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I – Crime e Castigo
Ao conhecer da causa-crime e proferir decisão condenatória, o
juiz, para fixar ao réu sua pena, atenderá ao ponto dos antecedentes. É
a dicção do art. 59 do Código Penal.
Que coisa, porém, à face da Justiça Criminal, é isto dos
antecedentes?
Os mais dos autores têm para si (e o mesmo étimo está a
persuadi-lo) que antecedentes significam os fatos pretéritos da vida de
alguém.
Não só os fatos anteriores bons, também os maus (sobretudo
estes, pois que irão agravar a sorte do condenado) caem na conta do
julgador. Destarte, importa saber o que se entende, para os efeitos da
lei penal, por maus antecedentes. Geralmente falando, são os fatos
concretos do currículo da vida pregressa do acusado, reveladores “de
uma hostilidade franca, ou militante incompatibilidade em relação à ordem
jurídico-social”(1).
Notas
(1) Nélson Hungria, Comentários ao Código Penal, 1951, vol. III, p. 83.
(2) José Frederico Marques, Curso de Direito Penal, 1956, vol. III, p. 74.
(3) Art. 98, nº I, da Constituição Federal. Faz muito ao caso o erudito
artigo doutrinário de Luiz Flávio Gomes, tirado à luz na Revista
Brasileira de Ciências Criminais (número especial de lançamento,
pp. 88 a 109) sob o título: Tendências político-criminais quanto à
criminalidade de bagatela.
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Carlos Biasotti
Desembargador aposentado do TJSP e ex-presidente da Acrimesp