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TAQUARAÇU DE MINAS
REGIMENTO INTERNO
DA CÂMARA DE
TAQUARAÇU DE MINAS
PROMULGADO EM 05-12-2014
EDITADO EM JANEIRO DE 2015.
Regimento Interno da Câmara Municipal
do Município de Taquaraçu de Minas/MG
Edição: Janeiro/2015
Regimento Interno da Câmara Municipal
do Município de Taquaraçu de Minas/MG
Resolução n. 003/2014
ÍNDICE TÍTULO
Art. 1º - A Câmara Municipal de Taquaraçu de Minas tem sua sede na Rua Cândido Ventura, nº 309,
Centro, Taquaraçu de Minas/ MG.
§ 1º - Reputam-se nulas as reuniões da Câmara realizadas fora de sua sede, à exceção das reuniões
solenes.
§ 2º - Comprovada a impossibilidade de acesso à sede da Câmara, ou outra causa que impeça a sua
utilização, poderão as reuniões serem realizadas em outro local, designado pela Mesa, ad referendum
da maioria absoluta dos Vereadores.
§ 3º - No Plenário da Câmara não se realizarão atos estranhos à sua função, sem prévia autorização do
Presidente da Câmara.
CAPÍTULO II
DA INSTALAÇÃO
Art. 3º - A Câmara Municipal de Taquaraçu de Minas instalar-se-á no dia 1º de janeiro do primeiro ano
de cada legislatura, às 11h, em reunião solene de instalação da Legislatura, independentemente de
número de vereadores, sob a Presidência do Vereador mais idoso entre os presentes, o qual designará
um de seus pares para secretariar os trabalhos.
§ 3º - Na hipótese da posse não se verificar na data prevista neste Art., deverá ocorrer:
I - dentro de quinze dias, a contar da referida data, quando se tratar de Vereador, salvo motivo
justo aceito pela Câmara;
II - dentro do prazo de dez dias da data fixada para a posse, quando se tratar de Prefeito e Vice
Prefeito, salvo motivo de força maior.
Art. 5º - Tendo prestado compromisso uma vez, fica o suplente de Vereador dispensado de fazê-lo
novamente, em convocações subsequentes, e da mesma forma proceder-se-á em relação a declaração de
bens.
Art. 6º - Na reunião solene de instalação da Câmara, poderão fazer uso da palavra, pelo prazo máximo
de 10 (dez) minutos, o Prefeito, o Presidente da Câmara e um representante das autoridades presentes.
TÍTULO II
DOS ÓRGÃOS DA CÂMARA
CAPÍTULO I
DA MESA
SEÇÃO I
Disposições Preliminares
Art. 7º - A Mesa Diretora da Câmara, eleita para um mandato de um ano, compor-se-á do Presidente,
Vice Presidente e Secretário.
Art. 8º - Se à hora regimental para o início da reunião não estiverem presentes os membros da Mesa
Diretora, assumirá a Presidência o Vereador mais votado dentre os presentes, que escolherá entre seus
pares, o Secretário.
§ 2º - A Mesa Diretora composta na forma deste Art. dirigirá os trabalhos até o comparecimento do
Secretário.
I - pela morte;
II - pela posse de qualquer membro eleito para a Mesa Diretora do mandato subsequente;
III - pela renúncia apresentada por escrito;
IV - pela destituição do cargo;
V - pela perda ou extinção do mandato de Vereador.
Art. 11 - Vago qualquer cargo da Mesa Diretora, a eleição respectiva deverá realizar-se no início da
primeira reunião ordinária subsequente à vaga ocorrida, ou em reunião extraordinária para esse fim
convocada.
I - o Vice-Presidente;
II - o Secretário;
III - o vereador mais votado.
§ 2º - Até que se proceda à eleição prevista neste Art., o Presidente interino ficará investido na
plenitude das funções do cargo.
Art. 13 - Os membros da Mesa Diretora em exercício, incluindo o Vice-Presidente, não poderão fazer
parte das Comissões.
SEÇÃO II
Da Eleição da Mesa
I - para o primeiro mandato, durante a reunião solene de instalação da Legislatura, após a posse
do Prefeito e Vice-Prefeito;
II - para os mandatos subseqüentes na última reunião ordinária do ano legislativo, às 20h30 min.
Parágrafo único - Os membros eleitos para o primeiro mandato serão empossados na reunião solene de
instalação e, para os outros mandatos, em reunião extraordinária para este fim convocada, no dia 02 de
janeiro do ano legislativo seguinte, às 10h.
Art. 15 - A eleição da Mesa far-se-á em primeiro escrutínio, por maioria absoluta de votos, por chapa
completa assinada pelos candidatos, vedado inscrição em mais de uma chapa.
§ 1º - A chapa completa será apresentada até quarenta e oito horas do início da eleição da Mesa
Diretora.
§ 2º - Para as eleições a que se refere este artigo poderá concorrer qualquer Vereador, ainda que os
tenham participado da Mesa da Sessão Legislativa anterior, permitindo-se a reeleição para o mesmo
cargo para o período subseqüente.
§ 3º - Não sendo possível, por qualquer motivo, efetivar-se ou completar-se a eleição da Mesa Diretora
na reunião, o Presidente convocará reunião para o dia seguinte, e, se necessário, para os dias
subsequentes, até o pleno alcance desse objetivo.
Art. 16 - A eleição da Mesa Diretora ou o preenchimento de qualquer vaga far-se-á em votação secreta,
utilizando-se cédulas de papel impressas, as quais serão recolhidas por funcionário da Câmara
designado pelo Presidente, e conferidas por um dos presentes observadas as seguintes exigências e
formalidades:
SEÇÃO III
Da Renúncia e da Destituição da Mesa
Art. 17 - A renúncia do Vereador ao cargo que ocupa na Mesa Diretora, bem como a do Vice-
Presidente , dar-se-á por ofício a ela dirigido e se efetivará, independentemente de deliberação do
Plenário, a partir do momento em que for lido em reunião.
Parágrafo único - Em caso de renúncia de todos os membros da Mesa Diretora, incluindo o Vice-
Presidente, o ofício respectivo será levado ao conhecimento do Plenário, pelo Vereador mais votado,
exercendo o mesmo as funções de Presidente.
Parágrafo único - É passível de destituição o membro da Mesa Diretora quando, faltoso, omisso ou
ineficiente no desempenho de suas atribuições regimentais.
Art. 19 - O processo de destituição terá início por representação subscrita, necessariamente, por um dos
membros da Câmara, lida em Plenário pelo seu autor, em qualquer fase da reunião, com ampla e
circunstanciada fundamentação sobre as irregularidades imputadas.
§ 1º - A representação, nos termos do presente Art., uma vez recebida pelo Presidente, será
transformada em Projeto de Resolução autorizando a constituição da Comissão de Investigação e
Processamento, a qual entrará na ordem do dia da reunião subsequente àquela em que foi apresentada.
§ 2º - Quando a representação for contra o presidente, será recebida pelo Secretário; quando for contra a
Mesa Diretora, será recebida pelo Vice-Presidente; quando for contra toda a Mesa Diretora, inclusive, o
Vice Presidente, será recebida pelo Presidente da Comissão de Constituição e Justiça.
§ 3º - Aprovado por maioria simples o projeto a que alude o § 1º, serão sorteados
03(três) Vereadores, entre os desimpedidos, para compor a Comissão Especial de Investigação e
Processamento, que se reunirá dentro das 48(quarenta e oito) horas seguintes, sob a Presidência do mais
votado de seus membros.
§ 6º - Findo o prazo estabelecido no § 5º, a Comissão, de posse ou não da defesa prévia, procederá às
diligências que entender necessárias, emitindo ao final, seu parecer.
§ 8º - A Comissão Especial terá o prazo máximo e improrrogável de 20(vinte) dias, para emitir o
parecer a que alude o § 6º, o qual deverá concluir pela improcedência das acusações, se julgá-las
infundadas, ou, em caso contrário, por Projeto de Resolução, propondo a destituição do acusado ou dos
acusados.
§ 10 - Se por qualquer motivo, não se concluir, na primeira reunião ordinária a apreciação do parecer,
as reuniões ordinárias subsequentes, ou as reuniões extraordinárias para esse fim convocadas, serão
integral e exclusivamente destinadas ao prosseguimento do exame da matéria, até a definitiva
deliberação do Plenário sobre a mesma.
§ 11 - O parecer da Comissão Especial, que concluir pela improcedência da acusação, será votado por
maioria simples, procedendo-se:
§ 12 - Ocorrendo a hipótese prevista na letra "b" do§ 11, a Comissão de Justiça e Redação elaborará,
dentro de 03(três) dias da deliberação do Plenário, parecer que conclua por Projeto de Resolução,
propondo a destituição do acusado ou dos acusados.
§ 14 - Sem prejuízo do afastamento, que será imediato, a Resolução respectiva será promulgada e
enviada à publicação dentro de 48(quarenta e oito) horas da deliberação do Plenário:
Art. 20 - O membro da Mesa Diretora envolvido nas acusações não poderá presidir, nem secretariar os
trabalhos, enquanto estiver sendo apreciado o parecer ou o projeto de Resolução da Comissão de
Investigação e Processamento ou da Comissão de Justiça e Redação, conforme o caso, estando,
igualmente, impedido de participar de sua votação.
§ 1º - O denunciante ou denunciantes são impedidos de votar sobre a denúncia, devendo ser convocado
respectivo Suplente ou Suplentes para exercer o direito de voto para os efeitos de quorum.
SEÇÃO IV
Das Atribuições da Mesa
Art. 21 - Além das atribuições consignadas neste Regimento, ou dele implicitamente resultantes,
compete à Mesa Diretora a direção dos trabalhos legislativos e dos serviços administrativos da Câmara,
especialmente dispor sobre:
SEÇÃO V
Do Presidente
Art. 22 - O Presidente é o representante legal da Câmara nas suas relações externas, cabendo-lhes as
funções administrativas e diretivas de todas as atividades internas, competindo-lhe, privativamente:
I - quanto as Reuniões:
a) convocar reuniões, nos termos deste Regimento, e comunicar aos Vereadores a convocar;
b) abrir, presidir, suspender e encerrar as reuniões;
c) manter a ordem dos trabalhos, interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;
d) mandar proceder à chamada e à leitura do expediente e proposições;
e) transmitir ao Plenário, a qualquer momento, as comunicações que julgar convenientes;
f) conceder ou negar a palavra aos Vereadores nos termos regimentais;
g) interromper o orador que se desviar da questão em debate ou falar sem o respeito devido à
Câmara ou a qualquer de seus membros, advertindo-o, chamando-o à ordem e, em caso de insistência,
cassando-lhe a palavra, podendo, ainda, suspender a reunião quando não atendido e as circunstâncias o
exigirem;
h) chamar a atenção do orador, quando se esgotar o tempo a que tem direito;
i) organizar a ordem do dia e submeter à discussão e votação a matéria dela constante;
j) anunciar o resultado das votações;
k) anotar, em cada documento, a decisão do Plenário;
l) resolver qualquer questão de ordem e, quando omisso o Regimento, estabelecer precedentes
regimentais, que serão anotados para solução de casos análogos;
II - quanto às proposições:
a) aceitar ou recusar as proposições apresentadas;
b) distribuir proposições, processos e documentos às Comissões;
c) determinar, a requerimento do autor, a retirada de proposições, nos termos regimentais;
d) declarar prejudicada a proposição, em face da aprovação de outra com o mesmo objetivo;
e) devolver ao autor, quando não atendidas as formalidades regimentais, proposição em que seja
pretendido o reexame de matéria anteriormente rejeitada ou vetada, e cujo veto tenha sido mantido;
f) não aceitar substitutivos ou emendas que não sejam pertinentes à proposição inicial;
g) determinar o desarquivamento de proposições nos termos regimentais;
h) despachar requerimentos verbais ou escritos, processos e demais papéis submetidos à sua
apreciação;
i) observar e fazer cumprir os prazos regimentais;
j) solicitar informações e colaborações técnicas para estudo de matéria sujeita à apreciação da
Câmara;
k) encaminhar proposição às Comissões Permanentes competentes para seus respectivos
pareceres, dentro do prazo de 03(três) dias, a contar da data da reunião em que o projeto tenha sido lido.
V - quanto às publicações:
a) determinar a publicação de todos os atos da Câmara, da matéria de expediente e da ordem do
dia;
b) censurar os debates, não permitindo a publicação de expressões e conceitos anti
regimentais ou ofensivos ao decoro da Câmara, bem como de pronunciamentos que envolverem
ofensas às instituições nacionais, propaganda de guerra, de subversão da ordem política ou social, de
preconceito de raça, religião, cor ou classe, configurarem crime contra a honra ou contiverem
incitamento à prática de crimes de qualquer natureza;
c) mandar à publicação informações, notas e documentos que digam respeito às atividades da
Câmara e devam ser divulgados;
d) determinar o encaminhamento da ordem do dia e, posteriormente, do resumo das
deliberações do Plenário à imprensa.
Art. 25 - Para tomar parte de qualquer discussão, o Presidente deverá afastar-se da Presidência.
Art. 27 - Quando o Presidente estiver com a palavra no exercício de suas funções, durante as reuniões
plenárias, não poderá ser interrompido nem aparteado.
Art. 28 - O Presidente terá voto na eleição da Mesa Diretora, nas votações de matérias que exigirem
quorum qualificado e quando ocorrer empate nas votações em Plenário.
Art. 29 - O Presidente, para manter a ordem no recinto da Câmara, poderá solicitar a força necessária
para este fim.
SEÇÃO VI
Do Secretário
a) proceder à chamada, nos casos previstos neste Regimento, assinando as respectivas folhas;
b) ler ou solicitar que servidor da Câmara leia todos os papéis sujeitos ao conhecimento ou à
deliberação da Câmara;
c) determinar o recebimento e zelar pela guarda de proposições e papéis entregues à Mesa
Diretora, para conhecimento e deliberação da Câmara;
d) encerrar, com as necessárias anotações, as folhas de presença de cada reunião;
e) secretariar nas reuniões da Mesa Diretora, redigindo ou solicitando que servidor da Câmara
redija, em livro próprio, as respectivas atas;
f) superintender a redação da ata, resumindo os trabalhos da reunião, assinando-a juntamente
com o Presidente;
g) assinar com o Presidente os Atos da Mesa Diretora;
h) substituir o Presidente, na falta do Vice-Presidente;
i) auxiliar a Presidência na inspeção dos serviços da Secretaria e na observância do Regimento,
e efetuar chamada dos Vereadores para as votações nominais, comunicando ao Presidente o resultado e
assinando a folha de votação.
CAPÍTULO II
DAS COMISSÕES
SEÇÃO I
Disposições Preliminares
Art. 32 - Comissões são órgãos técnicos, constituídos por 03(três) membros da Câmara, em caráter
permanente ou transitório, destinadas a proceder a estudos e emitir pareceres especializados, a realizar
investigações, ou a representação da Câmara.
I - convocar, para prestar pessoalmente, no prazo de 30(trinta) dias, informações sobre assunto
previamente determinado:
a) Secretário Municipal;
b) dirigentes de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações
instituídas ou mantidas pelo Município;
c) o Procurador Geral do Município ou quem exerça suas funções;;
SEÇÃO II
Das Comissões Permanentes
Art. 35 - As Comissões Permanentes são em número de três, composta, cada uma, de três membros,
com as seguintes denominações:
I – Constituição e Justiça;
II- Finanças, Orçamento e Tomada de Contas;
III - Temáticas.
SUBSEÇÃO I
Da Composição das Comissões Permanentes
Art. 36 - Cada Vereador poderá participar de até duas Comissões Permanentes, mas, como Presidente,
de somente uma delas.
Art. 37 - A composição das Comissões Permanentes será feita por eleição em reunião ordinária,
assegurando-se tanto quanto possível, a representação proporcional partidária.
§ 2º - No ato da composição das Comissões Permanentes, figurará sempre o nome do Vereador efetivo,
ainda que licenciado.
§ 3º - A Comissão não terá relator fixo, e para cada proposição o Presidente nomeará o Vereador que
funcionará como relator.
Art. 38 - Não havendo acordo, a indicação dos membros das Comissões Permanentes será feita pelo
Presidente da Câmara.
Art. 39 - A constituição das Comissões Permanentes far-se-á na primeira reunião ordinária do Ano
Legislativo, a qual escolherá imediatamente o seu Presidente.
§ 1º - Se, por qualquer motivo, não se efetivar nessa reunião a constituição de todas as Comissões
Permanentes, as reuniões ordinárias subsequentes se destinarão ao mesmo fim, até plena consecução
desse objetivo.
§ 2º - Dentro da mesma legislatura, os mandatos dos membros de uma Comissão Permanente ficam
automaticamente prorrogados até que se proceda a sua recomposição.
Art. 40 - Em caso de vaga, licença ou impedimento de qualquer membro das Comissões Permanentes,
caberá ao Presidente da Câmara a designação do substituto, mediante indicação do Líder do Partido a
que pertença o cargo vago.
Parágrafo único - A substituição dos membros das Comissões Permanentes será apenas para completar
o ano do mandato, ou enquanto perdurar a licença ou o impedimento.
SUBSEÇÃO II
Dos Presidentes das Comissões Permanentes
a) fixar, de comum acordo com os membros da Comissão, o horário das reuniões ordinárias;
b) convocar reuniões de ofício ou a requerimento da maioria dos membros da Comissão;
c) presidir as reuniões da Comissão, e nelas manter a ordem;
d) dar conhecimento à Comissão, da matéria recebida e distribuí-la aos relatores;
e) zelar pela observância dos prazos concedidos à Comissão;
f) representar a Comissão nas relações com a Mesa e o Plenário;
g) solicitar substituto à Presidência da Câmara para os membros da Comissão.
§ 1º - O Presidente da Comissão Permanente funcionará como Relator, se outro membro não for por ele
designado.
§ 2º - Dos atos do Presidente da Comissão Permanente cabe, a qualquer momento, recursos ao Plenário.
SUBSEÇÃO III
Das Reuniões
Art. 42 - As reuniões extraordinárias serão sempre convocadas com antecedência mínima de 5(cinco)
dias consecutivos, por intermédio da Secretaria Administrativa da Câmara, que avisará,
obrigatoriamente, a todos os membros da Comissão.
Parágrafo único - As reuniões terão o tempo necessário para os seus fins, salvo deliberação em
contrário pela maioria dos membros da Comissão.
Art. 44 - As Comissões Permanentes somente deliberarão com a presença da maioria de seus membros.
SUBSEÇÃO IV
Dos Trabalhos nas Comissões
Art. 45 - O prazo para a Comissão exarar parecer será de 25(vinte e cinco) dias úteis, a contar da data
em que for juntado o parecer jurídico.
§ 1°- O prazo para a juntada do Parecer jurídico será de 20(vinte) dias, podendo ser prorrogado, pelo
Presidente da Comissão, em caso de necessidade.
§ 3° - Exarado o parecer pelo relator, será este submetido à Comissão na próxima reunião ordinária.
§ 4° - Findo o prazo, sem que o parecer seja apresentado, o Presidente da Comissão poderá avocar para
si a relatoria da proposição ou designar novo relator.
§ 6° - Sempre que determinada proposição tenha tramitado de uma para outra Comissão, ou somente
por determinada Comissão, sem que haja oferecido, no prazo o parecer respectivo, pelo relator ou pelo
Presidente da Comissão, o Presidente da Câmara designará relator “ad hoc” para produzi-lo no prazo de
5 (cinco) dias.
Art. 46 - Cada Comissão dará o seu parecer, separadamente, sendo a Comissão de Constituição e
Justiça ouvida sempre em primeiro lugar, seguida da Comissão de Finanças e Orçamento e Tomada de
Contas, e, em último lugar, a Comissão Temática.
Parágrafo único - A proposição encaminhada diretamente de uma Comissão para outra, pela Secretaria
Administrativa, feitos os registros competentes.
Art. 47 - As Comissões Permanentes poderão requisitar do Chefe do Poder Executivo, por intermédio
do Presidente da Câmara, independente, de manifestação do Plenário, todas as informações julgadas
necessárias.
Art. 49 - A manifestação de uma Comissão sobre determinada matéria não exclui a possibilidade de
nova manifestação, de ofício, mesmo em proposição de sua autoria se houver razões que a justifique.
SUBSEÇÃO V
Dos Pareceres
Art. 51 - Parecer é o pronunciamento da Comissão sobre qualquer matéria sujeita ao seu estudo.
Parágrafo único - Salvo nos casos expressamente previstos neste Regimento, o parecer é escrito e
constitui-se de duas partes:
Art. 52 - Os membros das Comissões emitirão seu juízo sobre a manifestação do relator, mediante voto.
§ 1º - O voto do relator somente será transformado em parecer se aprovado pela maioria dos membros
da Comissão.
§ 1º - O voto do relator não acolhido pela maioria da Comissão constituirá “voto vencido".
§ 2º - O "voto em separado" divergente ou não das conclusões do relator, desde que acolhido pela
maioria da Comissão, passará a constituir seu parecer.
Parágrafo único: Aprovado o parecer da Comissão de Constituição e Justiça que concluir pela
inconstitucionalidade ou ilegalidade da proposição, esta será arquivada; rejeitado o parecer, será a
proposição encaminhada às demais Comissões.
Art. 55 - A proposição que receber parecer contrário, quanto ao mérito, de todas as Comissões a que for
distribuída, será tida como rejeitada.
SUBSEÇÃO VI
Da Competência das Comissões Permanentes
b) elaborar a redação final de Projetos de Plano Plurianual de Investimento, Lei de diretrizes orçamentárias,
Leis Orçamentárias e seus créditos adicionais, com as respectivas emendas;
c) opinar sobre o Parecer Prévio do Tribunal de Contas de Minas Gerais, referente as contas do Poder
Executivo.
a) opinar sobre as proposições que envolvam qualquer assunto que não seja da competência específica da
Comissão de Constituição e Justiça ou da Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas, e especificamente
sobre:
Art. 58 - É vedado às Comissões Permanentes, ao apreciarem proposição ou qualquer matéria submetida a seu exame,
opinar sobre os aspectos que não sejam de sua atribuição específica.
SEÇÃO III
Das Comissões Temporárias
I - Comissões Especiais;
II - Comissões Parlamentar de Inquérito;
III - Comissões de Representação;
IV - Comissões Processantes.
Art. 60 - Comissões Especiais são aquelas que se destinam à elaboração e apreciação de estudos de problemas
municipais e à tomada de posição da Câmara em assuntos de reconhecida relevância, não afetos às Comissões
Permanentes.
§ 1º - As Comissões Especiais serão constituídas a requerimento escrito e apresentado por qualquer Vereador.
§ 3º - A Comissão devidamente instalada poderá, a critério de seus membros, desenvolver seus trabalhos no período
de recesso parlamentar.
§ 4º - Ao Presidente da Câmara caberá indicar os Vereadores que comporão a Comissão, assegurando-se, tanto quanto
possível, a representação proporcional partidária.
§ 6º - Concluídos seus trabalhos, a Comissão Especial elaborará parecer sobre a matéria, enviando-o à Presidência,
que dará conhecimento de seu conteúdo ao Plenário, submetendo-o à deliberação, em discussão e votação, únicas.
§ 7º - Sempre que a Comissão Especial julgar necessário consubstanciar o resultado de seu trabalho numa proposição
apresentá-la-á em separado, constituindo seu parecer a respectiva justificativa.
§ 8º - Se a Comissão deixar de concluir seus trabalhos dentro do prazo estabelecido ficará, automaticamente extinta,
salvo se o Plenário houver aprovado, em tempo hábil, prorrogação de seu prazo de funcionamento, a requerimento
de membro da Comissão, formulado através de questão de ordem.
§ 9° - Só será admitido um pedido de prorrogação de prazo, não podendo ser superior àquele fixado originariamente
para funcionamento da Comissão Especial.
§ 10 - Em hipótese alguma será objeto de deliberação, requerimento propondo a constituição de Comissão Especial
para tratar de assunto de competência específica de qualquer Comissão Permanente.
Art. 61 - A Câmara Municipal, tomando conhecimento de qualquer ato do Prefeito que possa
configurar infração político-administrativa sujeita ao seu julgamento e sancionada com a perda do
mandato, definida no art. 29, § 2º da Constituição da República, e na Lei Orgânica, poderá nomear
Comissão Processante ou Comissão Parlamentar de Inquérito, conforme o caso, com prazo de noventa
dias para apresentar o relatório final, cujo procedimento observará as seguintes regras
§ 1º - A denúncia escrita da infração poderá ser feita por qualquer eleitor, partido político ou Vereador, com exposição
dos fatos e indicação das provas.
§ 2º - Se o denunciante for Vereador, ficará impedido de votar sobre a denúncia e de integrar a Comissão Especial,
podendo, todavia, praticar todos os atos de acusação.
§ 3º - Se o denunciante for o Presidente da Câmara, passará a Presidência ao substituto legal, para todos os atos do
processo e, neste caso, poderá praticar os atos de acusação, ficando impedido de votar.
§ 4º - Serão convocados suplente do Vereador impedidos de votar, o qual não poderá integrar a Comissão Processante.
§ 5º - De posse da denúncia, o Presidente da Câmara, na primeira reunião, determinará sua leitura e consultará o
Plenário Câmara sobre o seu conhecimento, que deliberará em um único turno de discussão e votação.
§ 6º - Decidido o recebimento, pelo voto da maioria absoluta da Câmara, na mesma reunião será constituída a
Comissão Processante, com 03(três) Vereadores sorteados dentre os desimpedidos, os quais elegerão, desde logo, o
Presidente e o Relator.
§ 7º - Recebendo o processo, o Presidente da Comissão iniciará os trabalhos dentro de cinco dias, notificando o
denunciado ou denunciados, com a remessa de cópia da denúncia e documentos que a instruírem, para que, no prazo
de dez dias apresente defesa prévia, por escrito, indique as provas que pretende produzir e arrole testemunhas, até o
máximo de 10(dez).
§ 8º - A notificação e intimação dos denunciados e testemunhas far-se-ão de acordo com o estabelecido no Código de
Processo Civil.
§ 9º - O Presidente da Comissão Processante poderá propor projeto de Decreto Legislativo suspendendo o Prefeito
Municipal de sua funções, até a votação final do processo, convocando-se o Vice-Prefeito para assumir o cargo,
enquanto durar a suspensão.
§ 10 - O projeto de Decreto Legislativo a que alude o § 9º entrará na ordem do dia primeira reunião ordinária após a
sua apresentação, sobrestando-se deliberação das demais matérias, o qual será deliberado na mesma reunião em que
for lido, pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores.
§ 11 - Decorrido o prazo da defesa, a Comissão Processante emitirá parecer dentro de cinco dias, opinando pelo
prosseguimento ou arquivamento da denúncia, o qual, neste caso, será submetido ao Plenário que o deliberará por
maioria absoluta de votos; se a Comissão opinar pelo prosseguimento, o Presidente da Comissão designará desde logo
o início da instrução, e determinará os atos, diligências e audiências que se fizerem necessárias, com o depoimento do
denunciado e inquirição das testemunhas.
§ 12 - O denunciado será informado de todos os atos do processo, pessoalmente, ou na pessoa de seu procurador, com
antecedência de pelo menos vinte e quatro horas, sendo-lhe permitido assistir as diligências e audiências, bem como
formular perguntas às testemunhas, e requerer o que for de interesse da defesa.
§ 13 - Concluída a instrução, será aberta vista do processo ao denunciado, para razões escritas, no prazo de cinco dias
e, após, a Comissão Processante emitirá parecer final, pela procedência ou improcedência da acusação, concluindo-se
por Projeto de Decreto Legislativo, encaminhando-o, com todas as peças do processo à Comissão de Constituição e
Justiça, para que emita parecer no prazo de dez dias. O parecer da Comissão Constituição e Justiça terá caráter
puramente orientativo, não sendo deliberado pelo Plenário.
§ 14 - Após a Comissão de Constituição e Justiça emitir o parecer, o Presidente da Câmara convocará, com
antecedência cinco dias, reunião extraordinária, constando da ordem do dia somente o Projeto de Decreto Legislativo,
que será publicado na íntegra aos senhores Vereadores e ao denunciado.
§ 15 - Na reunião de julgamento, o processo será lido integralmente e, a seguir, os Vereadores que desejarem, poderão
manifestar-se verbalmente, pelo tempo máximo de dez minutos cada um, e, ao final, o relator da Comissão
Processante e o denunciado ou seu procurador, terão o prazo máximo de duas horas, expletivamente, para sustentação
oral, da acusação e defesa.
§ 16 - Concluída a defesa, proceder-se-á tantas votações quantas forem as infrações articuladas na denúncia.
Considerar-se-á afastado, definitivamente do cargo, o denunciado que for declarado pelo voto de pelo menos dois
terços dos membros da Câmara, incurso em qualquer das infrações especificadas na denúncia.
§ 18 - O ato da Mesa, constituindo a Comissão Processante, será promulgado até o encerramento da reunião ordinária
em que for formada, sendo a mesma suspensa para esse fim, caso necessário.
§ 19 - O prazo a que se refere o "caput" deste artigo poderá ser prorrogado, uma única vez e por igual período,
mediante requerimento da Comissão Processante, aprovado pelo Plenário da Câmara.
§ 20 - Caso o requerimento de prorrogação do prazo, apresentado em tempo hábil, não tiver sido apreciado pelo
Plenário até o término do prazo estabelecido no "caput" deste artigo, ficam interrompidos os prazos da Comissão
Processante até que se efetive a votação do requerimento em Plenário.
Art. 62 - A Comissão Parlamentar de Inquérito terá poder de investigação próprios das autoridades judiciais e
destinar-se-á a examinar fato determinado que se inclua na competência municipal.
§ 1º - A Comissão Parlamentar de Inquérito será criada mediante requerimento subscrito por um terço, no mínimo, dos
membros da Câmara, devendo ser expresso o fato determinado ou fatos determinados, e o prazo de duração, que não
poderá ser superior a 90 (noventa) dias.
§ 2º - A Comissão será formada pelos Vereadores que assinaram o requerimento solicitando sua criação, ou por outros
Vereadores mediante indicação do Presidente da Câmara.
§ 3º - Os membros da Comissão reunir-se-ão nos primeiros cinco dias da sua criação e elegerão o Presidente e o
Relator, devendo ser comunicado ao Presidente da Câmara o resultado desta eleição.
I - proceder a vistorias e levantamentos nas repartições públicas municipais da administração direta e indireta,
onde terão livre ingresso e permanência;
II - requisitar a exibição de documentos e a prestação dos esclarecimentos necessários;
III - transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presença, ali realizando os atos que lhes
competirem;
IV - determinar as diligências que reputarem necessárias;
V - requerer a convocação de Vereadores, Secretários Municipais ou Diretores equivalentes; e
VI - tomar depoimento de quaisquer autoridades municipais;
VII - intimar testemunhas e inquiri-las sob compromisso.
§ 5º - É fixado em quinze dias o prazo para que os responsáveis pelos órgãos do Município prestem as informações e
encaminhem os documentos requisitados pela Comissão Parlamentar de Inquérito.
§ 6º - As conclusões da Comissão Parlamentar de Inquérito serão encaminhadas ao Presidente da Câmara, que
submetê-las à deliberação do Plenário em discussão e votação únicas. Entendendo ser necessário, pelo voto da
maioria simples dos membros da Câmara, as conclusões serão enviadas ao Ministério Público para que promova a
responsabilidade civil e criminal de quem de direito, e ou ao Tribunal de Contas do Estado.
§ 7º - Só será admitido um pedido de prorrogação de prazo, não podendo ser superior àquele fixado originariamente
para funcionamento da Comissão Parlamentar de Inquérito.
Art. 63 - A Comissão de Representação têm por finalidade representar a Câmara em atos externos de caráter social,
especialmente em períodos de recesso parlamentar.
Art. 64 - As reuniões das Comissões Temporárias realizam-se com a presença de maioria de seus membros.
§ 1º - Inexistindo número legal na primeira chamada, proceder-se-á dentro de quinze minutos, a uma segunda
chamada; persistindo a falta de quorum será lavrada a ata constando o nome do Vereador que respondeu a chamada, a
qual será assinada pelos Vereadores presentes.
§ 2º - As faltas às reuniões das Comissões Temporárias devem ser justificadas ao Presidente da Comissão, no prazo de
cinco dias.
§ 3º - Os declarados ausentes no início da abertura dos trabalhos, não poderão assinar os depoimentos, as atas e os
relatórios de inspeções e os de visitas.
§ 5º - As convocações para depoimentos nas Comissões Temporárias somente serão feitas após a aprovação da
maioria dos seus membros.
Art. 65 - O membro da Comissão Temporária será destituído, caso não compareça, injustificadamente, a duas reuniões
consecutivas ou três alternadas.
§ 1º - Constatadas as faltas injustificadas pelo Presidente da Comissão, o mesmo deverá expedir comunicado ao
Presidente da Câmara que, de plano, declarará a destituição do referido membro.
§ 2º - Caso não ocorra o devido comunicado ao Presidente da Câmara do preceituado no § 1º, este, constatando as
faltas injustificadas, através do setor competente da Casa, declarará, de ofício, a destituição do membro.
§ 3º - O Presidente da Câmara preencherá, por nomeação, as vagas verificadas nas Comissões Temporárias, de acordo
com a indicação do Líder do partido respectivo.
§ 4º - Em não havendo Vereador para ser indicado pela respectiva Bancada com assento na Casa, a vaga será
preenchida por indicação do Presidente da Câmara.
§ 5º - As destituições e as novas indicações de membros das Comissões Temporárias serão comunicadas pelo
Presidente da Câmara aos Senhores Vereadores, em Plenário, durante a primeira reunião ordinária subsequente.
Art. 66 - Os relatórios finais das Comissões Temporárias serão apreciados pelo Plenário, nas seguintes condições:
I - o Presidente da Câmara, após receber o relatório final da Comissão, determinará sua publicação aos
Vereadores, observando-se a antecedência mínima de cinco dias para a sua inserção na pauta da ordem do dia;
II - o relatório será apreciado na primeira reunião após a ciência aos Vereadores, nos termos do inciso anterior;
III - na ordem do dia, o relator da Comissão terá o prazo de dez minutos para efetuar a leitura do parecer,
prorrogável por igual período, se necessário;
IV - após a leitura, o Presidente da Câmara colocará o parecer em discussão e votação.
Art. 67 - Aplicam-se às Comissões Temporárias, no que couberem, as disposições regimentais relativas às Comissões
Permanentes.
Art. 68 - O pedido de sobrestamento de Comissões Temporárias, será feito por uma única vez, devendo ser expresso o
seu motivo e o prazo de duração, que não poderá ser superior a trinta dias, mediante requerimento assinado pela
maioria de seus membros, sujeito à deliberação do Plenário.
CAPÍTULO III
DO PLENÁRIO
Art. 69 - Plenário é o órgão deliberativo e soberano da Câmara, constituído pela reunião dos Vereadores em exercício,
em local, forma e número estabelecidos neste Regimento.
§ 2º - A forma legal para deliberar é a reunião regida pelos dispositivos referentes às matérias estatuídas em leis ou
neste Regimento.
§ 3º - O quorum é o número de Vereadores determinado em lei ou neste Regimento, para a realização das reuniões e
para as deliberações.
Art. 70 - A discussão e a votação de matéria pelo Plenário, constantes ou não da ordem do dia, só poderão ser
efetuadas com a presença da maioria absoluta dos membros da Câmara.
§ 4º - Salvo disposição em contrário, as deliberações serão tomadas por maioria simples de votos.
TÍTULO III
DOS VEREADORES
CAPÍTULO I
DOS DEVERES DOS VEREADORES
II - desde a posse:
a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresas que goze de favor decorrente de contrato
com a pessoa jurídica de direito público, ou nela exercerem função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que seja demissível ad nutum nas entidades indicadas no inciso I,
alínea “a”, salvo licenciando-se do exercício do mandato;
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I,
alínea "a";
d) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
Art. 74 - As viagens dos Vereadores serão subvencionadas apenas quando forem a serviço da Câmara
Municipal.
Parágrafo único - A solicitação de viagem será feita por requerimento escrito, devidamente
protocolado, o qual será apreciado pelo Presidente.
CAPÍTULO II
DAS FALTAS E DAS LICENÇAS
Art. 75 - Será atribuída falta ao Vereador que não assinar o livro de presença e não participar de
votações, salvo motivo justo.
§ 1º - Caso a Reunião seja encerrada antes da ordem do dia ou não se realize por falta de quorum, será
considerado presente o Vereador que assinar o livro de presença e responder a pelo menos uma
chamada para verificação de quorum.
§ 2º - A justificativa das faltas far-se-á por requerimento fundamentado ao Presidente da Câmara, que o
decidirá.
Art. 77 - Quanto as hipóteses de licenças previstas pelas letras "a",”b” e "c" do Art. anterior, serão
observados os seguintes princípios:
I - no caso da letra "a", a licença será por prazo determinado, devendo o requerimento estar
instruído por atestado firmado por médico;
II - no caso da letra "c", a licença será por prazo determinado, nunca inferior a
30 (trinta) dias, não podendo o Vereador reassumir o mandato antes do prazo; e
III - em ambos os casos é expressamente vedada a reassunção do Vereador antes do término da
licença.
Art. 79 - É facultado ao Vereador prorrogar seu tempo de licença, por meio de novo pedido.
Art. 80 - O Vereador investido no cargo de confiança será considerado licenciado nos termos da letra
"d" do Art. 76.
Parágrafo único - Na hipótese do presente Art., o Vereador dará ciência imediata e por escrito ao
Presidente da Câmara.
Art. 81 - Aprovada a licença, o Presidente convocará, imediatamente, o respectivo suplente, desde que
o afastamento seja superior a 30(trinta) dias.
§ 1º - Os suplentes, quando convocados, deverão tomar posse no prazo de quinze dias da data do
recebimento da convocação, por ofício protocolado.
§ 2º - A recusa do suplente, quando convocado para tomar posse, importa em renúncia tácita do
mandato, devendo o Presidente, após o decurso do prazo estipulado no parágrafo anterior, declarar
extinto o mandato e convocar o próximo suplente.
§ 3º - O suplente de Vereador, para licenciar-se, precisa antes, assumir e estar no exercício do cargo.
CAPÍTULO III
DO SUBSÍDIO
Art. 82 - O Vereador receberá subsídio fixado por Resolução de iniciativa da Mesa Diretora, em cada
Legislatura para a subsequente, observado o que dispõem os art. 29-A, inciso I; 39, § 4º; 57, § 7º; 150,
inciso II; 153, inciso III e 153, § 2º, inciso I, da Constituição Federal, o qual será pago até o dia cinco
de cada mês, subsequente ao vencido.
§ 1º - O não comparecimento do Vereador à reunião da Câmara implica desconto do subsídio mensal, na seguinte
proporção:
§ 2º - O desconto de que trata o § 1º não será aplicado quando a falta for por problema de saúde, comprovado por
atestado médico, ou por outro motivo cuja justificativa escrita, apresentada antecipadamente ou até quarenta e oito
horas após a reunião, seja aceita pela Mesa Diretora.
CAPÍTULO IV
DA EXTINÇÃO E CASSAÇÃO DO MANDATO
SEÇÃO I
Da Extinção do Mandato
Art. 83 - Perderá o mandato o Vereador e assim será declarado pelo Presidente da Câmara, nos casos
de:
I - falecimento;
II - renúncia;
III - cassação;
IV - suspensão dos direitos políticos ou condenação transitada em julgado;
Art. 84 - Ocorrido e comprovado o ato ou fato extintivo, o Presidente comunicará ao Plenário e fará
constar da ata a declaração da extinção do mandato.
Parágrafo único - O Presidente que deixar de declarar a extinção ficará sujeito às sanções de perda do
cargo e proibição de nova eleição para cargo da Mesa Diretora durante a legislatura.
SEÇÃO II
Da Cassação do Mandato
Parágrafo único - Considerar-se-á incompatível com o decoro parlamentar, o abuso das prerrogativas
asseguradas ao Vereador, ou percepção, no exercício do mandato, de vantagens ilícitas ou imorais.
Art. 87 - Nas hipóteses previstas no art. 86, o processo de cassação obedecerá ao rito estabelecido neste
Regimento.
Art. 88 - A Câmara Municipal, tomando conhecimento de qualquer ato do Vereador que possa
configurar infração político-administrativa sujeita ao seu julgamento e sancionada com a perda do
mandato, prevista na Lei Orgânica e ou neste Regimento, poderá nomear Comissão Processante ou
Comissão Parlamentar de Inquérito, conforme o caso, com prazo de noventa dias, cujo procedimento é
o seguinte:
§ 1º - O prazo a que se refere este artigo poderá ser prorrogado, uma única vez e por igual período,
mediante requerimento da Comissão Processante, aprovado pelo Plenário da Câmara.
§ 2º - A denúncia escrita da infração poderá ser feita por qualquer cidadão, partido político ou
Vereador, com exposição dos fatos e indicação das provas.
§ 4º - Se o denunciante for o Presidente da Câmara, passará a presidência ao substituto legal, para todos
os atos do processo e, neste caso, poderá praticar os atos de acusação, ficando impedido de votar.
§ 5º - Serão convocados suplentes dos Vereadores impedidos de votar, os quais não poderão integrar a
Comissão Processante.
§ 7º - Decidido pelo recebimento, pelo voto da maioria absoluta da Câmara, na mesma reunião será
constituída a Comissão Processante, com três Vereadores sorteados dentre os desimpedidos, os quais
elegerão, desde logo, o Presidente e o Relator.
§ 12 - O projeto de Resolução a que alude o § 11 entrará na ordem do dia da primeira reunião ordinária
após a sua apresentação, sobrestando-se a deliberação das demais matérias, devendo ser deliberado na
mesma reunião em que for lido, pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores.
§ 13 - Decorrido o prazo da defesa, a Comissão Processante emitirá parecer, dentro de cinco dias,
opinando pelo prosseguimento ou arquivamento da denúncia, o qual, neste caso, será submetido ao
Plenário que o deliberará por maioria absoluta de votos. Se a Comissão opinar pelo prosseguimento, o
Presidente da Comissão designará, desde logo, o início da instrução e determinará os atos, diligências e
audiências que se fizerem necessárias para o depoimento do denunciado e inquirição das testemunhas.
§ 15 - Concluída a instrução, será aberta vista do processo ao denunciado, para razões escritas, no prazo
de cinco dias e, após, a Comissão Processante emitirá parecer final, pela procedência ou improcedência
da acusação, concluindo-se por projeto de Resolução, encaminhando-o, com todas as peças do
processo, à Comissão de Constituição e Justiça para que emita parecer no prazo dez dias, o qual terá
caráter puramente orientativo, não sendo deliberado pelo Plenário.
§ 16 - Após a Comissão de Constituição e Justiça emitir o parecer, o Presidente da Câmara convocará,
com antecedência de cinco dias, reunião extraordinária, constando da ordem do dia somente o projeto
de Resolução, que será publicado na íntegra aos senhores Vereadores e ao denunciado.
Art. 89 - O presidente que deixar de promulgar a Resolução de cassação do mandato de Vereador ficará
sujeito às sanções de perda do cargo e proibição de nova eleição para cargo da Mesa durante a
Legislatura.
CAPÍTULO V
DA SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO
Art. 91 - A substituição do titular suspenso do exercício do mandato, pelo respectivo suplente, dar-se-á
até o final da suspensão.
CAPÍTULO VI
DOS LÍDERES E VICE-LÍDERES
§ 1º - Cada bancada indicará à Mesa Diretora, dentro de quinze dias contados do início da 1ª Sessão
Legislativa, o seu Líder e Vice-Líder.
§ 2º - Enquanto não for feita a indicação prevista no § 1º , a Mesa Diretora considerará como Líder e
Vice-Líder os Vereadores mais votados, de cada bancada, respectivamente.
§ 4º - Sempre que houver alteração nas lideranças deverá ser feita a devida comunicação à Mesa
Diretora.
Art. 93 - É de competência do Líder, além de outras atribuições que lhe são conferidas por este
Regimento, a indicação de Vereadores da Bancada para integrar Comissões Permanentes.
Art. 94 - É facultado ao líder, a qualquer momento, salvo quando estiver procedendo a discussão e
votação de matérias, houver orador na Tribuna e a palavra estiver com o residente, usar a palavra para
tratar de assunto relevante, urgente e de interesse do Partido, no prazo máximo e improrrogável de dez
minutos, com apartes.
Parágrafo único - O uso da palavra, nos termos do caput deste Art., pelo Líder da bancada, será feito
uma única vez por reunião.
Art. 95 - Sempre que o Prefeito, através de ofício dirigido à Mesa Diretora, indicar Vereador para
intérprete de seu pensamento junto à Câmara, este gozará de todas as prerrogativas concedidas aos
Líderes.
TÍTULO IV
DAS REUNIÕES
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
SEÇÃO I
Das Reuniões e sua Abertura
I - Ordinárias;
II - Extraordinárias;
III - Especiais;
IV - Solenes;
§ 1º - As reuniões da Câmara são públicas, salvo deliberação em contrário, tomada pela maioria
qualificada da Câmara, quando ocorrer motivo relevante.
§ 3º - Para assegurar a publicidade das reuniões da Câmara, serão publicadas na imprensa oficial do
Município, as sínteses das atas e as ordens do dia.
§ 4º - Qualquer pessoa pode assistir as reuniões da Câmara, na parte reservada ao público, desde que:
Parágrafo único - Inexistindo número legal na primeira chamada, o presidente determinará a leitura da
alta da sessão anterior e dos documentos constantes do expediente; dentro de quinze minutos será feita
nova chamada, e persistindo a falta de quorum o Presidente encerrará a reunião e mandará lavrar a ata
constando o nome dos vereadores presentes.
§ 1º - O Vereador que solicitar a verificação de quorum e não responder a chamada será considerado
ausente.
Art. 100 - As reuniões da Câmara terão a duração máxima de 03 (três) horas, podendo ser prorrogadas a
requerimento verbal de Vereador, aprovado pelo Plenário.
Parágrafo único - A convite do Presidente, por iniciativa própria ou sugestão de qualquer Vereador,
poderão assistir os trabalhos no recinto do Plenário, autoridades Federais, Estaduais ou Municipais,
personalidades homenageadas, que terão lugar reservado para esse fim.
Art. 102 - O presidente declara a abertura da sessão da Câmara proferindo as seguintes palavras: "sob a
proteção de Deus, declaro abertos os trabalhos".
SEÇÃO II
Do Uso da Palavra
I - versar assunto de sua livre escolha, desde que inscrito para ocupar a tribuna;
II - discutir matéria em debate;
III - apartear;
IV - encaminhar votação;
V - declarar ou justificar voto;
VI - levantar questão de ordem;
VII - apresentar, reiterar ou discutir proposições.
§ 2° - Nos casos dos incisos II a VII, o Vereador falará de pé, salvo autorização do Presidente a falar
sentado.
§ 3º - O Vereador só usará a palavra depois de autorizado pelo Presidente; seu pronunciamento poderá
constar da ata da reunião;
§ 4° - O Vereador poderá interromper o orador que estiver na Tribuna, mediante “aparte”, se assim o
for concedido pelo próprio orador;
§ 5° - Se o Vereador pretender falar sem que lhe tenha sido dada a palavra, ou permanecer na Tribuna
além do tempo que lhe é concedido, o Presidente advertir-lo-á a sentar-se; se, apesar da advertência e
do convite, o Vereador insistir em falar, o Presidente lhe cassará a palavra;
§ 8º - Ao dirigir-se ao Vereador, aquele que fizer uso da palavra dispensará o seguinte tratamento:
"Vossa Excelência”, "Senhor Vereador", "Nobre Vereador"; ou "Nobre Colega";
§ 9º - Não é permitido referir-se a seus pares e, de modo geral, a qualquer representante do Poder
Público, de forma descortês ou injuriosa.
SEÇÃO III
Da Suspensão e do Encerramento da Reunião
§ 2º - A suspensão da reunião, no caso dos incisos III e IV não poderá exceder de trinta minutos, e nem
ser renovada, a pedido do mesmo líder, para a discussão da mesma matéria.
Art. 106 - A reunião será encerrada antes da hora regimental, por deliberação do Presidente, de o´ficio,
ou a requerimento de Vereador, nos seguintes casos:
Art. 107 - Encerrada a reunião, o Presidente proferirá as seguintes palavras: “declaro encerrada a
reunião".
SEÇÃO IV
Da Prorrogação das Reuniões
Art. 108 - As reuniões, a requerimento de Vereador e mediante deliberação do Plenário, poderão ser
prorrogadas por tempo determinado, não superior a uma hora.
Parágrafo único - Dentro dos limites estabelecidos no caput, admitir-se-á o fracionamento de horas nas
prorrogações, somente de trinta em trinta minutos.
Art. 109 - Os requerimentos de prorrogação são verbais, não se admitindo discussão, encaminhamento
de votação ou justificativa de voto.
Parágrafo único - Os requerimentos de prorrogação serão apresentados nos últimos vinte minutos que
antecederem ao término do prazo.
Art. 110 - De cada reunião da Câmara, lavrar-se-á ata dos trabalhos, contendo, resumidamente, os
assuntos tratados, a fim de ser submetida ao Plenário.
§ 1º - As proposições e documentos apresentados em reunião serão indicados apenas com a declaração
do objeto a que se referirem números e autores, respectivamente, salvo requerimento verbal de qualquer
Vereador, de transcrição integral da matéria em ata, aprovado pelo Plenário.
§ 2º - A transcrição de declaração de voto, feita por escrito e em termos concisos e regimentais, deve
ser requerida verbalmente ao Presidente.
§ 4º - A ata poderá ser redigida pela Secretaria Administrativa, na forma estabelecida no caput, e será
colocada à disposição dos Vereadores.
§ 5º - As atas das reuniões solenes serão, segundo determinação do Presidente, colocadas à disposição
dos Vereadores na Secretaria Administrativa, independentemente de deliberação do Plenário.
§ 6º - Cada vereador poderá falar uma só vez sobre a ata para pedir sua retificação, durante cinco
minutos, sem apartes.
§ 7º - Aprovada a retificação, a mesma será incluída na ata da Reunião em que ocorrer a sua votação.
Art. 111 - A ata da última reunião de cada legislatura será redigida, lida e submetida à aprovação, com
qualquer número, antes de encerrar-se a reunião.
CAPÍTULO II
DAS REUNIÕES ORDINÁRIAS
SEÇÃO I
Disposições Preliminares
Art. 112 - As reuniões ordinárias ocorrem em número de duas mensais: a primeira, até o dia cinco, e a
segunda, até o dia quinze, de cada mês, e terão a duração de três horas.
I - tribuna livre;
II - expediente;
III - ordem do dia;
IV - comunicações finais.
SEÇÃO II
Da Tribuna Livre
Art. 114 - Na última reunião ordinária de cada mês a Tribuna Livre será facultada a
dois representantes de entidades legalmente constituídas, e devidamente inscritas, com antecedência de
24 (vinte e quatro) horas do início da seção, na Secretaria Administrativa da Câmara.
Parágrafo único - O uso da palavra na Tribuna Livre não excederá a dez minutos, sendo permitido a
Vereador presente apartear ou solicitar esclarecimentos.
Art. 115 - A entidade interessada no acesso à Tribuna Livre, atenderá as seguintes exigências:
Art. 117 - O orador usará da palavra em termos respeitáveis e compatíveis com a dignidade da Câmara,
obedecendo as normas desse regimento e as restrições impostas pelo Presidente.
§ 1º - O Presidente cassará a palavra do orador que persistir em se expressar com linguagem imprópria,
cometendo abuso ou desrespeitando a Câmara, seus Vereadores e funcionários, ou as autoridades
constituídas, não lhe cabendo nenhuma ação contra a decisão do Presidente.
§ 2º - A exposição do orador poderá ser entregue ao Presidente, por escrito, para efeito de
encaminhamento a quem de direito ou para sua transcrição na ata dos trabalhos, a critério do
Presidente.
Art. 118 - A entidade que fizer uso da Tribuna Livre, somente poderá inscrever-se novamente após três
meses, contados da reunião em que se manifestou.
SEÇÃO III
Do Expediente
Art. 119 - O Expediente, terá a duração improrrogável de uma hora e trinta minutos, devendo ser
observada a seguinte ordem:
Art. 120 - As matérias a serem registradas no Expediente, serão encaminhadas à Câmara até às 12 horas
do dia da Reunião.
Parágrafo único - Será lido e encaminhado a quem de direito as indicações dos Vereadores.
SEÇÃO IV
Da Ordem do Dia
Art. 123 - A Ordem do Dia com tempo de duração estimado em uma hora e vinte e cinco minutos
destina-se à:
I - leitura e encaminhamento:
a) indicações;
b) moções;
§ 1° - A ordem do dia conterá somente proposições que contenham pareceres de todas as Comissões
Permanentes.
§ 2° - Os projetos de emenda à Lei Orgânica, lei complementar, e de resolução, serão lidos somente sua
ementa.
Art. 124 - A ordem do dia estabelecida nos termos do art. 123, só poderá ser interrompida ou alterada:
Art. 125 - As proposições constantes da ordem do dia, poderão ser objeto de:
SUBSEÇÃO I
Regime Especial de Urgência
I - leitura no expediente;
II - pareceres das comissões;
III - quorum para deliberação.
§ 1º - As proposições urgentes, assim consideradas por requerimento aprovado pelo Plenário, na forma
do § 2º, terão o mesmo tratamento e trâmite regimental, apreciadas em única discussão e votação.
§ 2º - A urgência só poderá ser solicitada quando a observância dos prazos regimentais implicar em
perda do prazo ou prejuízo justificável e dependerá de apresentação de requerimento escrito, com a
necessária justificativa, e o pedido somente será considerado para apreciação do Plenário quando a
iniciativa for:
§ 3º - O requerimento deverá ser aprovado pela maioria dos membros da Câmara e a proposição será
incluída na ordem do dia da próxima reunião, ressalvado o previsto no
§ 6º deste Art..
§7º - Aprovada a proposição, conforme o disposto neste Art., os trabalhos serão suspensos até que seja
elaborada a redação final para ser apreciada na mesma reunião.
SUBSEÇÃO II
Do Adiamento
Art. 127 - Por deliberação do Plenário, o adiamento da discussão ou votação de proposição, pode ser a
requerimento escrito de qualquer vereador, devendo ser especificada a finalidade e o número de
reuniões propostas.
§ 1º - O adiamento da votação de qualquer matéria será admitido, desde que não tenha sido votada
nenhuma peça do processo.
§ 2º - Não será admitido o adiamento em projetos que tenham sido inseridos na ordem do dia em
regime de urgência especial.
§ 3º - Os projetos que tenham sido inseridos na ordem dia com parecer contrário de qualquer uma das
Comissões Permanentes, poderão ser adiados apenas uma vez, devendo ser apreciados,
obrigatoriamente, na reunião em que forem reinseridos.
SUBSEÇÃO III
Da Retirada
Parágrafo único - A retirada de pauta de proposição da ordem do dia dar-se-á, por deliberação do
Plenário, por solicitação de seu autor, ou do líder do governo em projetos de autoria do Executivo.
CAPITULO III
DAS REUNIÕES EXTRAORDINÁRIAS
Art. 129 - A reunião extraordinária da Câmara Municipal, para deliberação de matéria específica, pode
ser convocada:
Art. 130 - As reuniões extraordinárias serão convocadas com antecedência mínima de 24 (vinte e
quatro) horas, fazendo-se constar da convocação a ordem do dia.
Art. 131 - Sempre que houver convocação da reunião extraordinária, o Presidente fará a devida
comunicação aos Vereadores, especificando o dia, a hora e a respectiva pauta da matéria a ser
deliberada.
Art. 132 - Nas reuniões extraordinárias só se delibera as matérias constantes da ordem do dia, com
quórum de maioria absoluta dos membros da Câmara.
CAPÍTULO IV
DAS REUNIÕES SOLENES E ESPECIAIS
Art. 133 - As reuniões solenes destinam-se à realização de homenagens e ou comemorações, e as
reuniões especiais destinam-se a discussão ou exposição de assuntos de relevante interesse público.
Art. 136 - As reuniões solenes e especiais poderão ser realizadas fora do recinto da Câmara, e não
haverá verificação de presença.
§ 1º - Nas Reuniões tratadas no caput, não haverá tempo determinado para seu encerramento, lavrando-
se, entretanto, a ata.
§ 2º - Será elaborado previamente e com ampla divulgação, o programa a ser obedecido nas reuniões
solenes e especiais, podendo, inclusive, usar da palavra, autoridades, homenageados, representantes de
classes, e de outras entidades, sempre a critério do Presidente da Câmara.
TÍTULO V
DAS PROPOSIÇÕES
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
I - indicações;
II - requerimentos;
III - projeto de emenda à Lei Orgânica;
IV - projetos de lei complementar;
V - projetos de lei ordinária;
VI - projetos de resolução;
VII - projeto de decreto legislativo;
VIII - substitutivo ou emenda;
IX - moção.
Art. 138 - As proposições serão redigidas em termos claros e sintéticos, e serão justificadas.
§ 1º - As razões da devolução ao autor, de qualquer proposição, nos termos do presente Art., serão
devidamente fundamentadas pelo Presidente.
§ 2º - Não se conformando o autor com a decisão do Presidente, poderá recorrer do ato ao Plenário.
Art. 140 - As proposições subscritas pela Comissão de Justiça e Redação, não poderão deixar de ser
recebidas sob alegação de ilegalidade ou inconstitucionalidade.
Art. 141 - A propositura de iniciativa de Vereador poderá ser apresentada individual ou coletivamente.
§ 3º - No caso de iniciativa coletiva, a retirada será feita a requerimento da maioria dos subscritores da
proposição.
§ 4º - As assinaturas à proposição não poderão ser retiradas após sua entrega à Mesa Diretora.
Art. 142 - A proposição de autoria de Vereador licenciado, renunciante ou com mandato cassado,
entregue à Mesa antes de efetivada a licença, renúncia ou apreciada, terá tramitação regimental.
§ 1º - O Suplente não poderá subscrever a proposição que se encontre nas condições previstas no caput,
quando de autoria de Vereador que esteja substituindo.
§ 3º - O Vereador efetivo, ao reassumir, não poderá subscrever proposições de seu Suplente, que se
encontre nas condições do § 2º.
CAPÍTULO II
DAS INDICAÇÕES
Art. 143 - Indicação é a proposição em que o Vereador sugere ao Poder Executivo ou à Mesa da
Câmara, medidas de interesse público.
Parágrafo único - Apresentada a indicação até a hora prevista neste Regimento, o Presidente a
despachará, dando conhecimento ao Plenário do conteúdo da mesma.
Art. 144 - Não é permitido dar forma de indicação a assuntos reservados, por este Regimento, para
constituir objeto de Requerimento.
§ 1º - No caso de entender o Presidente, que a Indicação não deva ser encaminhada, dará conhecimento
da decisão ao autor; caso este não aceite a decisão, o Presidente solicitará o pronunciamento da
Comissão competente, cujo parecer escrito será discutido e votado no Expediente da reunião ordinária
subsequente.
CAPÍTULO III
DOS REQUERIMENTOS
SEÇÃO I
Disposições Preliminares
Art. 145 - Requerimento é a proposição dirigida por qualquer Vereador ou Comissão, ao Presidente,
sobre matéria de competência da Câmara.
a) verbais;
b) escritos.
Art. 148 - Sempre que um requerimento dependa da deliberação do Plenário, somente será possível a
sua apreciação, com a presença do seu autor.
Art. 149 - Nos casos em que o requerimento, requisitando o envio de documentos ou informações,
forem atendidos pelo Poder Executivo de forma inadequada, incompleta, incompatível, ou não seja
respondido no prazo previsto na Lei Orgânica e neste Regimento, o Presidente da Câmara,
imediatamente, renovará o Expediente visando a integral satisfação da propositura pelo Executivo,
dentro do prazo máximo de quarenta e oito horas.
§ 1º - O atendimento inadequado ou o não atendimento a que se refere o caput deste artigo ensejará, por
parte da Mesa Diretora, na tomada de medidas administrativas e judiciais cabíveis que o caso requeira,
no prazo máximo de trinta dias.
§ 2º - Nos casos previstos no caput e/ou no § 1º, decorridos os trinta dias sem que a Mesa Diretora tome
as providências cabíveis, poderá o Vereador autor do requerimento provocá-las através de requerimento
endereçado ao Presidente, que terá no máximo novos trinta dias para atendê-lo com as medidas
administrativas e judiciais pertinentes, sob pena de responsabilidade.
§ 3º - Das respostas encaminhadas pelo Poder Executivo, o Presidente da Câmara dará ciência ao
Vereador interessado, cujos documentos permanecerão na Secretaria da Câmara à disposição de toda a
edilidade, ficando vedada aos Vereadores a repetição do requerido, no todo ou em parte, na mesma
sessão.
SEÇÃO II
Dos Requerimentos Sujeitos a Despacho de Plano do Presidente
Art. 150 - Será despachado de plano pelo Presidente, o requerimento que solicitar:
Parágrafo único - Serão, necessariamente escritos, os requerimentos que aludem os incisos V, VI,VIII,
IX, X, XI, XII, XIV, XV.
SEÇÃO III
Parágrafo único - Os requerimentos referidos nos incisos I, II, e V do presente Art. serão verbais e os
demais, necessariamente, escritos.
Art. 152 - Dependerá de deliberação do Plenário, após discussão o requerimento que solicitar:
Art. 153 - Sempre que um requerimento comportar discussão, cada Vereador disporá, para discuti-lo,
de cinco minutos, com apartes.
Art. 154 - Os requerimentos que autorizam viagem dos vereadores, com ônus para a Câmara Municipal,
seguem às seguintes regras:
I - não podem ser apreciados e votados em bloco, juntamente com os demais, devendo sempre
ser apreciados em destaque;
II - conterão o motivo da viagem, com as razões de sua realização;
III - após a viagem, o vereador apresentará relatório ao Presidente da Câmara Municipal
discriminando os resultados obtidos;
IV - terão prioridade na votação sobre qualquer outro tipo de requerimento.
CAPÍTULO IV
DOS PROJETOS
SEÇÃO I
Disposições Preliminares
Art. 155 - A Câmara exerce sua função legislativa por meio de:
Art. 156 - O projeto de Emenda à Lei Orgânica poderá ser proposto por:
§ 1º - A Lei Orgânica não pode ser emendada na vigência do estado de defesa, estado de sítio ou
intervenção.
§ 2º - A proposta será discutida e votada em dois turnos, com interstício mínimo de dez dias,
considerando-se aprovada quando obtiver em ambas as votações, o voto favorável de dois terços dos
membros da Câmara Municipal.
§ 3º - A Emenda aprovada será promulgada pela Mesa da Câmara, com o respectivo número de ordem.
§ 4º - A matéria constante de Emenda rejeitada ou havida por prejudicada não poderá ser objeto de
nova proposta na mesma Sessão Legislativa.
Art. 157 - Projeto de Lei Complementar ou Ordinária, é toda proposição que tem por fim regular
matéria legislativa de competência da Câmara e sujeita à sanção do Prefeito.
I - à Mesa da Câmara;
II - ao Prefeito;
III - ao Vereador;
IV - à Comissão Permanente;
V - aos cidadãos.
§ 3º - Os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais, serão fixados por lei de
iniciativa da Mesa Diretora da Câmara Municipal.
Art. 158 - Compete exclusivamente ao Prefeito à iniciativa dos projetos de lei que disponham sobre:
Parágrafo único - Ressalvado o disposto na Constituição Federal, aos projetos de iniciativa do Prefeito,
não serão admitidas Emendas que aumentem a despesa, nem as que alterem a criação de cargos.
Art. 159 - Os projetos de lei com prazo para apreciação estabelecido em lei dependem de parecer das
Comissões, precedidos de parecer jurídico.
Parágrafo único - Nas hipóteses previstas no caput, as proposituras não poderão sofrer adiamento da
discussão e votação.
Art. 160 - Projeto de resolução é a proposição destinada a regulamentar matéria político administrativa
da Câmara.
SEÇÃO II
Da Tramitação dos Projetos
Art. 162 - Os projetos, inclusive os substitutivos, serão lidos e distribuídos de plano às Comissões
Permanentes.
§ 3º - As Comissões, em seus pareceres, poderão oferecer substitutivo ou emendas, que não serão
considerados quando constantes de voto em separado ou voto vencido.
Art. 163 - Todos os substitutivos, emendas e pareceres aos projetos serão entregues aos Vereadores
antes de sua inclusão na Ordem do Dia.
Art. 165 - Instruído o projeto com os pareceres de todas as Comissões a que forem distribuídos, será
incluído na ordem do dia para a primeira discussão e votação, ou discussão e votação, únicas, conforme
for o caso.
Parágrafo único: O adiamento da discussão de qualquer proposição somente poderá ser proposto antes
de iniciar-se a mesma.
Art. 166 - Para discussão e votação em Plenário de projeto de autoria de Vereador, será necessária a
presença de seu autor.
§ 1º - Se o Vereador autor do projeto não estiver presente e desde que não tenha respondido a nenhuma
chamada anteriormente formulada, o mesmo sairá automaticamente da ordem do dia, retornando na
reunião ordinária subsequente.
Art. 168 - Se houver substitutivos, estes serão votados com antecedência sobre o projeto original.
Art. 169 - Se o projeto requerer duas discussões, deverá ser incluído na ordem do dia para o segundo
turno, tendo como preliminar as possíveis emendas apresentadas.
SUBSEÇÃO I
Da Segunda Discussão e Votação
Art. 172 - Se o projeto for aprovado, será desde logo enviado à sanção do Prefeito ou à promulgação do
Presidente, conforme o caso.
SUBSEÇÃO II
Da Redação Final
Art. 173 - Ressalvado o disposto no art. 157, terminada a fase de votação, o projeto com emendas e
substitutivos será encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça para elaboração, no prazo de três
dias, da Redação Final, de acordo com a deliberação, sendo incluído na ordem do dia da reunião
imediatamente posterior.
Parágrafo único - Será considerado como redação final o projeto regularmente aprovado sem
modificação, dispensado o previsto no caput.
Art. 174 - Aprovada ou dispensada a redação final, a matéria será enviada no prazo de cinco dias à
apreciação do Prefeito Municipal, para sanção.
SEÇÃO IV
Da Tramitação de Projetos com Prazo Legal Estabelecido para Apreciação
Art. 175 - Os projetos com prazo estabelecido para apreciação, lidos na ordem do dia da primeira
reunião ordinária seguinte ao seu recebimento pela Câmara, serão despachados pelo Presidente às
Comissões competentes.
Art. 176 - A Comissão de Constituição e Justiça terá o prazo de 07(sete) dias, contados do recebimento
do parecer jurídico, para emitir parecer.
Art. 177 - À Comissão de Constituição e Justiça é facultada a apresentação de substitutivos, desde que
versando sobre o aspecto legal ou constitucional da matéria.
Art. 178 - Se o projeto receber parecer contrário da Comissão de Constituição e Justiça quanto ao
aspecto legal ou constitucional, será incluído em pauta da próxima reunião ordinária, para discussão e
votação, únicas, do parecer.
Art. 179 - Apresentado o parecer de mérito da Comissão ou Comissões, o processo irá à ordem do dia,
a critério do presidente.
Art. 180 - Aprovado o projeto ou substitutivo, será a matéria remetida ao Prefeito para sanção.
CAPÍTULO V
DOS SUBSTITUTIVOS E DAS EMENDAS
Art. 181 - Substitutivo é a proposição apresentada por Vereador, por Comissão Permanente, pela Mesa
ou pelo Prefeito, para substituir integralmente outra já existente sobre o mesmo assunto.
§ 4º - O Substitutivo oferecido por qualquer Comissão terá preferência para discussão e votação sobre
as de autoria de Vereador, Mesa ou do Prefeito.
Art. 182 - Emenda é a proposição apresentada por Vereador, por Comissão Permanente, pela Mesa ou
pelo Prefeito, que visa alterar parte do projeto a que se refere.
§ 2º - Após a votação em primeiro turno não serão admitidas emendas a nenhum projeto, salvo aquelas
apresentadas pela maioria dos membros da Câmara ou pela maioria dos líderes.
Art. 183 - As emendas, depois de aprovado o projeto ou o substitutivo em primeiro turno, serão votadas
uma a uma, em segundo turno, na ordem direta de sua apresentação, exceto quanto às de autoria de
Comissão, que terão sempre preferência.
Art. 184 - Não serão aceitos, por impertinentes, substitutivos ou emendas, que não tenham relação
direta ou imediata com a matéria contida na proposição a que se refiram.
Art. 185 - O substitutivo e as emendas, antes de serem apreciados pelo Plenário, receberão parecer da
Comissão de Constituição e Justiça, precedido do parecer jurídico, devendo o Presidente, quando for o
caso, suspender a reunião para a emissão dos mesmos.
CAPÍTULO VI
DA RETIRADA E ARQUIVAMENTO DE PROPOSIÇÕES
Art. 186 - A retirada de proposição dar-se-á, observada a regra do art. 128, nos seguintes termos:
Art. 187 - No início de cada Legislatura, serão arquivadas todas as proposições da Legislatura anterior
de autoria de Vereadores que não tenham sido reeleitos.
TÍTULO VI
DOS DEBATES E DELIBERAÇÕES
CAPÍTULO I
DA DISCUSSÃO
SEÇÃO I
Disposições Preliminares
Art. 188 - Discussão é a fase dos trabalhos destinada aos debates em Plenário.
§ 1º - Os apartes subordinar-se-ão às disposições relativas aos debates em tudo o que lhe for aplicável.
§ 2º - Não constarão da ata os apartes proferidos em desacordo com os dispositivos regimentais e assim
declarados pelo Presidente.
SEÇÃO II
Do Encerramento da Discussão
CAPÍTULO II
DA VOTAÇÃO
SEÇÃO I
Disposições preliminares
Art. 192 - Votação é o ato complementar da discussão, através do qual o Plenário manifesta sua
vontade deliberativa.
Parágrafo único - Considera-se qualquer matéria em fase de votação, a partir do momento em que o
Presidente declara encerrada a discussão.
Art. 194 - Votada uma proposição, todas as demais que tratem do mesmo assunto serão consideradas
prejudicadas e remetidas ao arquivo.
SEÇÃO II
Do Encaminhamento da Votação
Art. 195 - A partir do momento em que o Presidente declarar a matéria já debatida e com discussão
encerrada, poderá ser solicitada a palavra para encaminhamento da votação, ressalvados os
impedimentos regimentais.
SEÇÃO III
Dos Processos de Votação
I - simbólico;
II - nominal.
Art. 197 - O processo simbólico de votação consiste na simples contagem de votos favoráveis e
contrários, apurados pela forma estabelecida no parágrafo seguinte.
Parágrafo único - Quando o Presidente submeter qualquer matéria à votação, pelo processo simbólico,
convidará os Vereadores favoráveis a permanecerem como estão e os contrários a se manifestarem,
procedendo em seguida, à necessária proclamação do resultado.
Art. 198 - O processo nominal de votação consiste na contagem dos votos favoráveis e contrários, com
a consignação expressa do nome e do voto de cada Vereador.
I - destituição da Mesa;
II - votação do Parecer do Tribunal de Contas do Estado, sobre as contas do Prefeito;
III - votação de proposições que exijam maioria absoluta ou dois terços dos Vereadores;
IV - votação de requerimento de convocação de Secretário Municipal;
V - votação de requerimento de regime de urgência especial.
Art. 199 - Ao submeter qualquer matéria à votação nominal, o Presidente convidará os Vereadores a
responderem "favorável" ou "contrário", à medida que forem sendo chamados.
§ 2º - Terminada a chamada a que se refere o § 1º e, caso não tenha alcançado "quorum" para
deliberação, o Secretário procederá, ato contínuo, a uma segunda e última chamada dos Vereadores que
ainda não tenham votado.
§ 4º - O Vereador poderá retificar seu voto antes de anunciado o resultado, na forma regimental.
SEÇÃO IV
Da Verificação Nominal de Votação
Art. 200 - Se algum Vereador tiver dúvida quanto ao resultado da votação simbólica proclamada pelo
Presidente, poderá requerer verificação nominal de votação.
§ 4º - Prejudicado o requerimento de verificação nominal de votação, pela ausência de seu autor, ou por
pedido de retirada, faculta-se a qualquer outro Vereador formulá-lo.
SEÇÃO V
Da Declaração de Votos
Art. 201 - Declaração de voto é o pronunciamento do Vereador sobre os motivos que o levaram a
manifestar-se contrário ou favoravelmente à matéria votada.
Art. 202 - A declaração de voto a qualquer matéria far-se-á de uma só vez, depois de concluída, por
inteiro, a votação de todas as peças do processo.
Art. 203 - Em declaração de voto, cada Vereador disporá de um minuto, sendo vedados apartes.
CAPÍTULO III
DO TEMPO DE USO DA PALAVRA
Art. 204 - O tempo de que dispõe o Vereador, sempre que ocupar a Tribuna, será de quinze minutos e
começará a fluir no instante em que lhe for dada a palavra.
Parágrafo único - Quando o Vereador for interrompido em seu discurso por qualquer motivo, exceto
por aparte concedido, o prazo de interrupção não será computado no tempo que lhe cabe.
Art. 205 - Salvo disposição em contrário, os Vereadores dispõem dos seguintes tempos para fazer uso
da palavra:
CAPÍTULO IV
DAS QUESTÕES DE ORDEM E DOS PRECEDENTES REGIMENTAIS
Art. 206 - Pela ordem, o Vereador só poderá falar declarando o motivo fundamentado no Regimento
Interno para:
Art. 209 - Para falar pela ordem, cada Vereador disporá de um minuto.
Art. 210 - Se a questão de ordem comportar resposta, esta será dada imediatamente, se possível; caso
contrário, em fase posterior da mesma reunião ou na reunião ordinária seguinte.
SEÇÃO I
Dos Precedentes Regimentais
Art. 211 - Os casos não previstos neste Regimento serão decididos pelo Presidente, passando as
decisões a constituir precedentes regimentais que orientarão a solução dos casos análogos.
§ 2º - Os precedentes regimentais serão condensados pelo Presidente até o término da reunião ordinária
seguinte, e posterior publicação aos Vereadores.
TÍTULO VII
DA ELABORAÇÃO LEGISLATIVA ESPECIAL
CAPÍTULO I
DOS ORÇAMENTOS
SEÇÃO I
Disposições Preliminares
Art. 212 - Os projetos de lei, de iniciativa do Prefeito, que dispõem sobre o Plano Plurianual e
Diretrizes Orçamentárias serão enviados à Câmara até o dia quinze de abril, e o projeto da lei
orçamentária, até o dia trinta de setembro.
Art. 213 - Recebidos os projetos de que trata o art. 214, serão numerados, lidos no Expediente da
primeira reunião seguinte, enviados à Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas, e
distribuídos aos Vereadores.
Art. 214 - O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara Municipal, para propor modificação nos
projetos a que se refere o art. 214, enquanto não for emitido o parecer da Comissão de Finanças,
Orçamento e Tomada de Contas.
Art. 215 - Tratando-se do orçamento anual, não tendo a Câmara Municipal recebido a proposta até a
data prevista no art. 214, será considerada como projeto, a Lei Orçamentária vigente, pelos valores de
sua edição inicial, monetariamente corrigido pela aplicação de índice inflacionário oficial, respeitado o
princípio do equilíbrio orçamentário.
Art. 216 - Em nenhuma fase da tramitação dos projetos de que trata o art. 214, conceder-se-á vista do
processo a qualquer Vereador.
SEÇÃO II
Da Tramitação do Projeto de Lei Orçamentária
Art. 217 - A Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas, disporá do prazo regimental para
emitir seu parecer, que deverá apreciar o aspecto constitucional, formal, e de mérito do projeto.
§ 1º - As emendas apresentadas, devidamente justificadas, serão encaminhadas à Comissão de
Finanças, Orçamento e Tomada de Contas para apreciação.
§ 3º - Não serão recebidas, pelo Presidente, emendas em desacordo com as normas gerais de direito
financeiro, para elaboração e controle dos orçamentos.
Art. 218 - Em seu parecer, a Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas, observará as
seguintes normas:
I - as emendas da mesma natureza ou objetivo serão reunidas pela ordem numérica de sua
apresentação, em três grupos, conforme a Comissão recomende sua aprovação, rejeição ou cuja
apreciação transfira ao Plenário;
II - a Comissão poderá oferecer novas emendas, de caráter técnico ou retificativo, ou que visem
restabelecer o equilíbrio financeiro;
Art. 219 - Aprovado o Projeto, a votação das emendas far-se-á individualmente ou em grupos,
conforme dispuser o parecer da Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas, ou o Plenário.
Art. 220 - Se aprovado sem emendas, o projeto será enviado à sanção do Prefeito, caso contrário, o
projeto retornará à Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas para elaborar a redação
final, no prazo de três dias.
Art. 221 - A Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas, ao elaborar o parecer de redação
final adaptará os termos das emendas que restabelece o equilíbrio financeiro ao qual foi deliberado em
Plenário sobre as demais emendas, devendo, nessa hipótese, mencionar no preâmbulo do parecer a
adaptação feita.
Art. 222 - A redação final, com as emendas, será incluída na ordem do dia da próxima reunião
ordinária.
Art. 223 - Aprovada a redação final, o projeto será encaminhado à sanção do Prefeito.
Art. 224 - A Câmara não entrará em recesso, enquanto não deliberar sobre os projetos de lei de que
trata o art. 214.
Art. 225 - Ressalvadas as disposições expressas neste Capítulo, para discussão e votação de projetos de
leis orçamentárias, aplicar-se-ão no que couber, as normas estabelecidas no Regimento Interno e Lei
Orgânica, para os projetos de Leis Complementares.
CAPÍTULO II
DA CONCESSÃO DE TÍTULOS HONORÍFICOS
Art. 226 - Por via de Resolução, aprovado em turno único, por dois terços de seus membros, a Câmara
poderá conceder Título de Cidadania ou Diploma de Honra ao Mérito, personalidades nacionais ou
estrangeiras ou pessoa jurídica, radicadas no país, comprovadamente dignas de honraria.
Art. 227 - O projeto de concessão de título honorífico ou de honraria, além das formalidades
regimentais, será acompanhado de circunstanciada biografia da pessoa ou entidade que se deseja
homenagear, bem com a justificação expressa dos serviços prestados a Taquaraçu de Minas ou à
humanidade.
Art. 228 - O autor será considerado como fiador das qualidades da pessoa que se deseja homenagear e
da relevância dos serviços que tenha prestado, e não poderá solicitar a retirada da propositura depois de
recebida pela Mesa Diretora.
Parágrafo único - Cada Vereador poderá propor até dois projetos de concessão de honraria, por
Legislatura.
Art. 229 - Para discutir projeto de concessão de título honorífico, cada Vereador disporá do tempo
descrito no art. 205, inciso VII, alínea “b”, deste Regimento.
Art. 230 - As entregas dos títulos honoríficos serão feitas conjuntamente em reunião solene para este
fim convocada, realizada uma por ano legislativo.
TÍTULO VIII
Art. 231 - O projeto de lei aprovado pela Câmara será enviado ao Prefeito, dentro de três dias úteis,
contados da data de sua aprovação, que, aquiescendo o sancionará.
Parágrafo único - Decorrido o prazo de quinze dias úteis, o silêncio do Prefeito importará em sanção.
Art. 232 - Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse
público, vetá-lo-á, total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do
recebimento.
Art. 233 - As razões do veto serão comunicadas ao Presidente da Câmara dentro de quarenta e oito
horas, as quais serão em Plenário, no Expediente da reunião seguinte.
Art. 234 - A Câmara Municipal deliberará sobre o veto no prazo de trinta dias de seu recebimento, em
único turno de discussão e votação, com parecer, só podendo ser rejeitado pelo voto de maioria dos
membros da Câmara.
§ 1º - Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no art. 236, o veto será incluído na ordem do dia
da reunião seguinte, sobrestando-se as demais proposições, até sua votação final.
§ 2º - A entrada da Câmara em recesso interromperá o prazo para apreciação do veto anteriormente
recebido.
Art. 235 - Para dar parecer sobre o veto será nomeada Comissão Especial, a qual terá prazo de sete
dias.
Art. 237 - No veto parcial, a votação será, necessariamente, em bloco, quando se tratar de matéria
correlata ou idêntica.
Parágrafo único - Não ocorrendo a condição prevista no caput, será possível a votação em separado de
cada uma das disposições autônomas atingidas pelo veto, desde que assim o requeira um terço dos
Vereadores, com aprovação do Plenário, não se admitindo, para esse requerimento, discussão,
encaminhamento de votação ou declaração de voto.
Art. 238 - Para o acatamento do veto é suficiente o voto favorável da maioria simples do Vereadores
presentes na reunião.
§ 1º - Rejeitado o veto, o Presidente da Câmara enviará o projeto ao Prefeito para, em quarenta e oito
horas, promulgá-lo.
Art. 239. Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Prefeito, o Presidente da
Câmara a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice Presidente da Câmara fazê-
lo.
Art. 240 - Serão promulgados e enviados à publicação no prazo máximo de três dias, contados da data
de sua aprovação em Plenário, ressalvadas as exceções regimentais:
Art. 241 - Os originais de emendas à Lei Orgânica, de Leis, de Resoluções, serão registrados em livros
ou pastas próprios, e arquivados na Secretaria da Câmara, enviando-se ao Prefeito, para os fins legais,
cópia autêntica da Redação Final devidamente assinada pelo Presidente.
Art. 242 - A matéria constante de projeto de lei rejeitado, somente poderá constituir objeto de novo
projeto na mesma Sessão Legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara.
TÍTULO IX
DA POLÍCIA INTERNA
Parágrafo Único - O policiamento poderá ser feito por investigadores de polícia, elementos da Polícia
Militar, pessoal contratado diretamente pela Câmara ou outros elementos requisitados à Secretaria de
Segurança Pública do Estado de Minas Gerais, e postos à disposição da Câmara.
Art. 244 - No edifício da Câmara é proibido o porte de armas, por qualquer pessoa, inclusive por
Vereadores, exceto pelos elementos do corpo de policiamento.
Art. 245 - É vedado aos espectadores manifestarem-se sobre o que se passar em Plenário.
§ 1º - Pela infração ao disposto no caput, o Presidente determinará ao corpo de policiamento a retirada
do infrator ou infratores do edifício da Câmara, inclusive empregando a força, se necessário.
Art. 246 - A Mesa poderá prender em flagrante qualquer pessoa que perturbar a ordem dos trabalhos ou
que desacatar a Câmara ou qualquer de seus membros.
Parágrafo único - O auto de flagrante será lavrado pelo Secretário da Mesa, assinado pelo Presidente e
duas testemunhas e, a seguir, será encaminhado juntamente com o detido, à autoridade competente,
para a instauração de inquérito.
TÍTULO X
DO COMPARECIMENTO DO PREFEITO À CÂMARA
Art. 247 - Poderá o Prefeito Municipal comparecer à Câmara, em dia e hora previamente agendados,
para prestar esclarecimentos sobre matérias específicas, quando julgar oportuno fazê-lo.
§ 1º - A Câmara Municipal ouvirá o Prefeito em reunião Especial para esse fim convocada.
§ 2º - Cada vereador disporá, no máximo, de dois minutos para interpelar o Prefeito Municipal, na
ordem previamente estabelecida, mediante inscrição.
§ 3º O vereador que desejar fazer novas perguntas só poderá fazê-las mais uma única vez, e após terem
falado todos os vereadores inscritos pela primeira vez.
Art. 248 - Sempre que comparecer à Câmara, o Prefeito terá assento à Mesa, à direita do Presidente.
CAPÍTULO I
DA CONVOCAÇÃO DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS
Art. 249 - Os Secretários Municipais poderão ser convocados a requerimento de qualquer Vereador ou
Comissão, para prestar informações que lhe forem solicitadas sobre assunto de sua competência.
§ 3º - Cada Vereador disporá, no máximo, de dois minutos para interpelar o Secretário Municipal sobre
os quesitos constantes do requerimento, na ordem previamente estabelecida, mediante inscrição.
§ 4º - O Vereador que desejar fazer novas perguntas só poderá fazê-las mais uma única vez, e após
terem falado todos os Vereadores inscritos pela primeira vez.
Art. 250 - O Secretário Municipal atenderá à convocação da Câmara dentro do prazo improrrogável de
quinze dias contados da data do recebimento do ofício.
Art. 251 - A Câmara ou Comissão poderá reunir-se em reunião extraordinária, em dia e hora
previamente estabelecidos, com o fim específico de ouvir o Secretário Municipal sobre os motivos da
convocação.
§ 1º - Aberta a reunião, os Vereadores dirigirão interpelações ao Secretário Municipal, sobre os
quesitos constantes do requerimento, dispondo, para tanto, de 05 (cinco) minutos, sem apartes, na
ordem estabelecida em inscrição.
Art. 252 - Não havendo mais Vereadores inscritos para indagações relativas aos quesitos do
instrumento de convocação, o Secretário convocado, obedecidos os mesmos critérios, será interpelado
sobre outros assuntos relevantes que, por dever de ofício, seja obrigado a conhecer.
CAPÍTULO II
DAS CONTAS
Art. 253 - As contas do Poder Executivo, correspondentes a cada exercício financeiro, serão julgadas
pela Câmara, após o parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais.
Art. 254 - Recebido o parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, o Presidente
despachará, imediatamente, à Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas, a qual elaborará
o respectivo parecer, concluindo por projeto de Resolução ou Decreto Legislativo, no prazo regimental.
§ 2º - Instruído o projeto com o respectivo parecer, o Presidente o incluirá ordem do dia da próxima
reunião ordinária, sobrestando-se à deliberação quanto aos demais assuntos, até que se ultime a
votação.
§ 4º - Somente por deliberação de dois terços dos membros da Câmara será rejeitado o Parecer Prévio
do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais.
Art. 255 - Para a apreciação das contas, a Câmara terá o prazo improrrogável de 120 (cento e vinte)
dias, contados de seu recebimento do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais.
Parágrafo único - Decorrido o prazo previsto no caput sem que a Câmara tenha deliberado a respeito, as
contas serão consideradas aprovadas ou rejeitadas, de acordo com as conclusões do Tribunal de Contas
do Estado de Minas Gerais.
Art. 256 - Rejeitadas as Contas, serão estas imediatamente enviadas ao Ministério Público, para os
devidos fins.
Parágrafo único - As contas do Município ficarão durante sessenta dias, anualmente, à disposição de
qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhe a legitimidade, nos termos
da lei.
TÍTULO XI
DA REFORMA DO REGIMENTO INTERNO
Art. 257 - Este Regimento Interno poderá ser alterado, reformado ou substituído, através de Resolução.
Art. 258 - O Projeto de Resolução que vise alterar, reformar ou substituir o Regimento Interno, somente
será admitido quando proposto:
§ 1º - O Projeto de Resolução a que se refere o caput será discutido e votado em turno único, e somente
será considerado aprovado se contar com o voto mínimo favorável da maioria absoluta dos Vereadores.
Art. 259 - Sempre que se proceder à reforma ou substituição do Regimento Interno, a Mesa da Câmara,
promulgará a Resolução, simultaneamente, com o respectivo Ato das Disposições Transitórias.
Art. 260 - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogada a Resolução nº 02 de
15 de abril de 1985.
Justificativa:
O presente projeto tem como finalidade substituir o Regimento Interno da Câmara de Taquaraçu de
Minas, de modo a atualizá-lo e adequá-lo conforme a Constituição da República, a Constituição do
Estado Minas Gerais e a Lei Orgânica Municipal. O projeto foi elaborado dentro das normas
determinadas pela própria Lei Orgânica Municipal, pelo Regimento Interno desta Casa, em seu art. 227,
e em consonância com os ditames da Lei Complementar nº 95, de 26 de fevereiro de 1998, que rege a
elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis.
Deste modo, esperamos contar com o apoio de todos os pares na sua aprovação.
05-12-2014