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CÂMARA MUNICIPAL DE

TAQUARAÇU DE MINAS

REGIMENTO INTERNO
DA CÂMARA DE
TAQUARAÇU DE MINAS
PROMULGADO EM 05-12-2014
EDITADO EM JANEIRO DE 2015.
Regimento Interno da Câmara Municipal
do Município de Taquaraçu de Minas/MG

Estado de Minas Gerais

Plenário da Câmara Municipal de


Taquaraçu de Minas, aos 05 de Dezembro de 2014.

Presidente: Gisele Maria dos Santos

Vice-Presidente: Vilson Batista Sacramento

Secretária: Flávia Antônia de Barros Cruz

Suplente Secretária: Rógeres José Ferreira

Adilson dos Santos Cruz

Márcio Mercês da Costa

Nilton José de Almeida

Otoniel Lúcio Pinto

Webert Júnior dos Santos Moreira

Taquaraçu de Minas, 05 de Dezembro de 2014.

Edição: Janeiro/2015
Regimento Interno da Câmara Municipal
do Município de Taquaraçu de Minas/MG
Resolução n. 003/2014

ÍNDICE TÍTULO

TÍTULO I – DA CÂMARA MUNICIPAL........................................................................................01


CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES..............................................................................01
CAPÍTULO II – DA INSTALAÇÃO................................................................................................01
TÍTULO II – DOS ÓRGÃOS DA MESA..........................................................................................02
CAPITULO I – DA MESA.............................................................................................................02
SEÇÃO I – Disposições Preliminares......................................................................................... 02
SEÇÃO II – Da Eleição da Mesa..................................................................................................03
SEÇÃO III – Da Renúncia e da Destituição da Mesa...................................................................03
SEÇÃO IV – Das Atribuições da Mesa..........................................................................................05
SEÇÃO V – Do Presidente.............................................................................................................06
SEÇÃO VI – Do Secretário............................................................................................................08
CAPÍTULO II – DAS COMISSÕES...................................................................................................09
SEÇÃO I - Disposições Preliminares............................................................................................09
SEÇÃO II – Das Comissões Permanentes.....................................................................................09
SUBSEÇÃO I – Da Composição das Comissões Permanentes......................................................09
SUBSEÇÃO II – Dos Presidentes das Comissões Permanentes....................................................10
SUBSEÇÃO III – Das Reuniões.......................................................................................................10
SUBSEÇÃO IV – Dos Trabalhos nas Comissões.............................................................................10
SUBSEÇÃO V – Dos Pareceres.......................................................................................................12
SUBSEÇÃO VI – Da Competência das Comissões Permanentes...................................................12
SEÇÃO III – Das Comissões Temporárias......................................................................................14
CAPÍTULO III – DO PLENÁRIO.......................................................................................................18
TÍTULO III – DOS VEREADORES....................................................................................................18
CAPÍTULO I – DOS DEVERES DOS VERADORES............................................................................18
CAÍTULO II – DAS FALTAS E DAS LICENÇAS..................................................................................19
CAPÍTULO III – DO SUBSÍDIO........................................................................................................20
CAPÍTULO IV – DA EXTINÇÃO E CASSAÇÃO DO MANDATO.........................................................21
SEÇÃO I - Da Extinção do Mandato.............................................................................................21
SEÇÃO II – Da Cassação do Mandato...........................................................................................21
CAPÍTULO V – DA SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO.............................................................................23
CAPÍTULO VI – DOS LÍDERES E VICE-LÍDERES...............................................................................23
TÍTULO IV – DAS REUNIÕES..........................................................................................................24
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES...................................................................................24
SEÇÃO I – Das Reuniões e sua Abertura.........................................................................................24
SEÇÃO II – Do uso da Palavra..........................................................................................................25
SEÇÃO III – Da Suspensão e do Encerramento da Reunião............................................................26
SEÇÃO IV – Da Prorrogação das Reuniões......................................................................................26
CAPÍTULO II – DAS REUNIÕES ORDINÁRIAS....................................................................................27
SEÇÃO I – Disposições Preliminares................................................................................................27
SEÇÃO II – Da Tribuna Livre............................................................................................................27
SEÇÃO III - Do Expediente..............................................................................................................27
SEÇÃO IV – Da Ordem do Dia.........................................................................................................28
SUBSEÇÃO I – Regime Especial de Urgência................................................................................ 29
SUBSEÇÃO II – Do Adiamento........................................................................................................ 30
SUBSEÇÃO III – Da Retirada........................................................................................................... 30
CAPÍTULO III – DAS REUNIÕES EXTRAORDINÁRIAS....................................................................... 30
CAPÍTULO IV – DAS REUNIÕES SOLENES E ESPECIAIS................................................................... 31
TÍTULO V – DAS PROPOSIÇÕES...................................................................................................... 31
CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES................................................................................... 31
CAPÍTULO II – DAS INDICAÇÕES......................................................................................................32
CAPÍTULO III – DOS REQUERIMENTOS............................................................................................32
SEÇÃO I – Disposições Preliminares................................................................................................32
SEÇÃO II – Dos Requerimentos Sujeitos a Despacho de Plano do Presidente................................33
SEÇÃO III – Dos Requerimentos Sujeitos à Deliberação do Plenário..............................................34
CAPÍTULO IV – DOS PROJETOS........................................................................................................35
SEÇÃO – Disposições Preliminares...................................................................................................35
SEÇÃO II – Da Tramitação dos Projetos...........................................................................................36
SEÇÃO III – Da Discussão e Votação................................................................................................37
SUBSEÇÃO I – Da Segunda Discussão e Votação.............................................................................37
SUBSEÇÃO II – Da Redação Final.....................................................................................................38
SEÇÃO IV – Da Tramitação de Projetos em Prazo Legal Estabelecido para
Apreciação .......................................................................................................................................38
CAPÍTULO V – DOS SUBSTITUTIVOS E DAS EMENDAS.....................................................................38
CAPÍTULO VI – DA RETIRADA E ARQUIVAMENTO DE PROPOSIÇÕES..............................................39
TÍTULO VI – DOS DEBATES E DELIBERAÇÕES...................................................................................40
CAPÍTULO I – DA DISCUSSÃO............................................................................................................40
SEÇÃO I – Disposições Preliminares.................................................................................................40
SEÇÃO II – Do Encerramento da Discussão......................................................................................41
CAPÍTULO II – DA VOTAÇÃO............................................................................................................41
SEÇÃO I – Disposições Preliminares.................................................................................................41
SEÇÃO II – Do Encaminhamento da Votação....................................................................................41
SEÇÃO III – Dos Processos de Votação..............................................................................................42
SEÇÃO IV – Da Verificação Nominal de Votação..............................................................................42
SEÇÃO V – Da Declaração de Votos..................................................................................................42
CAPÍTULO III – DO TEMPO DE USO DA PALAVRA........................................................................... .43
CAPÍTULO IV – DAS QUESTÕES DE ORDEM E DOS PRECEDENTES REGIMENTAIS...........................43
SEÇÃO I – Dos Precedentes Regimentais...........................................................................................44
TÍTULO VII – DA ELABORAÇÃO LEGISLATIVA ESPECIAL.....................................................................44
CAPÍTULO I – DOS ORÇAMENTOS.....................................................................................................44
SEÇÃO I – Disposições Preliminares...................................................................................................44
SEÇÃO II – Da Tramitação do Projeto de Lei Orçamentária.............................................................45
CAPÍTULO II – DA CONCESSÃO DE TÍTULOS HONORÍFICOS...............................................................46
TÍTULO VIII – DA SANÇÃO, DO VETO, DA PROMULGAÇÃO E REGISTRO DE LEI,
DECRETOS LEGISLATIVOS E RESOLUÇÕES.........................................................................................46
TÍTULO IX – DA POLÍCIA INTERNA......................................................................................................48
TÍTULO X – DO COMPARECIMENTO DO PREFEITO À CÂMARA........................................................48
CAPÍTULO I – DA CONVOCAÇÃO DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS....................................................48
CAPÍTULO II – DAS CONTAS................................................................................................................49
TÍTULO XI – DA REFORMA DO REGIMENTO INTERNO ......................................................................50
JUSTIFICATIVA.....................................................................................................................................50
TÍTULO I
DA CÂMARA MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - A Câmara Municipal de Taquaraçu de Minas tem sua sede na Rua Cândido Ventura, nº 309,
Centro, Taquaraçu de Minas/ MG.

§ 1º - Reputam-se nulas as reuniões da Câmara realizadas fora de sua sede, à exceção das reuniões
solenes.

§ 2º - Comprovada a impossibilidade de acesso à sede da Câmara, ou outra causa que impeça a sua
utilização, poderão as reuniões serem realizadas em outro local, designado pela Mesa, ad referendum
da maioria absoluta dos Vereadores.

§ 3º - No Plenário da Câmara não se realizarão atos estranhos à sua função, sem prévia autorização do
Presidente da Câmara.

Art. 2º - Para os efeitos regimentais, a Legislatura é dividida em 04 (quatro) anos Legislativos,


compreendendo cada um deles, uma Sessão Legislativa.

Parágrafo único - A Câmara Municipal reunir-se-á, anualmente, na sede do Município, de 1º de


fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 31 de dezembro.

CAPÍTULO II
DA INSTALAÇÃO

Art. 3º - A Câmara Municipal de Taquaraçu de Minas instalar-se-á no dia 1º de janeiro do primeiro ano
de cada legislatura, às 11h, em reunião solene de instalação da Legislatura, independentemente de
número de vereadores, sob a Presidência do Vereador mais idoso entre os presentes, o qual designará
um de seus pares para secretariar os trabalhos.

§ 1º - Os Vereadores presentes, regularmente diplomados, serão empossados pelo Presidente, após a


leitura do "compromisso de posse", nos seguintes termos: "prometo exercer, com dedicação e lealdade,
o meu mandato, cumprindo e fazendo cumprir a constituição da república federativa do Brasil, a
constituição do estado de minas gerais e a lei orgânica do município de Taquaraçu de minas,
observando a legislação em geral, e promovendo o bem geral do município"; ato contínuo, os demais
Vereadores presentes dirão, em pé: "assim o prometo.”

§ 2º - O Presidente convidará, a seguir, o Prefeito e o Vice-Prefeito, eleitos e regularmente diplomados,


a prestar o compromisso a que se refere o parágrafo anterior, e os declarará empossados.

§ 3º - Na hipótese da posse não se verificar na data prevista neste Art., deverá ocorrer:

I - dentro de quinze dias, a contar da referida data, quando se tratar de Vereador, salvo motivo
justo aceito pela Câmara;
II - dentro do prazo de dez dias da data fixada para a posse, quando se tratar de Prefeito e Vice
Prefeito, salvo motivo de força maior.

§ 4º - Enquanto não ocorrer a posse do Prefeito, assumirá o cargo o Vice-Prefeito, e, na falta ou


impedimento deste, o Presidente da Câmara Municipal.
§ 5º - Prevalecerão, para os casos de posse superveniente, o prazo e o critério estabelecidos nos
parágrafos 3º e 4º deste Art..

§ 6º - Antes da posse, o Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, desincompatibilizar-se-ão, quando for o


caso, e, na mesma ocasião e ao término do mandato, apresentarão declaração de seus bens, a qual
ficará arquivada na Câmara.

Art. 4º - O Prefeito, o Vice-Prefeito, e os Vereadores, eleitos, apresentarão seus respectivos diplomas à


Secretaria da Câmara, até o início da reunião solene de instalação.

Art. 5º - Tendo prestado compromisso uma vez, fica o suplente de Vereador dispensado de fazê-lo
novamente, em convocações subsequentes, e da mesma forma proceder-se-á em relação a declaração de
bens.

Art. 6º - Na reunião solene de instalação da Câmara, poderão fazer uso da palavra, pelo prazo máximo
de 10 (dez) minutos, o Prefeito, o Presidente da Câmara e um representante das autoridades presentes.

TÍTULO II
DOS ÓRGÃOS DA CÂMARA
CAPÍTULO I
DA MESA
SEÇÃO I
Disposições Preliminares

Art. 7º - A Mesa Diretora da Câmara, eleita para um mandato de um ano, compor-se-á do Presidente,
Vice Presidente e Secretário.

Art. 8º - Se à hora regimental para o início da reunião não estiverem presentes os membros da Mesa
Diretora, assumirá a Presidência o Vereador mais votado dentre os presentes, que escolherá entre seus
pares, o Secretário.

§ 1° - Ausentes em Plenário o Secretário, o Presidente convidará qualquer Vereador para a substituição


em caráter eventual.

§ 2º - A Mesa Diretora composta na forma deste Art. dirigirá os trabalhos até o comparecimento do
Secretário.

Art. 9° - Ao Vice-Presidente compete substituir o Presidente em suas faltas, ausências, impedimentos


ou licenças.

Art. 10 - As funções dos membros da Mesa Diretora somente cessarão:

I - pela morte;
II - pela posse de qualquer membro eleito para a Mesa Diretora do mandato subsequente;
III - pela renúncia apresentada por escrito;
IV - pela destituição do cargo;
V - pela perda ou extinção do mandato de Vereador.

Art. 11 - Vago qualquer cargo da Mesa Diretora, a eleição respectiva deverá realizar-se no início da
primeira reunião ordinária subsequente à vaga ocorrida, ou em reunião extraordinária para esse fim
convocada.

§ 1º - Vaga a Presidência, assumirá a função em caráter interino, sucessivamente:

I - o Vice-Presidente;
II - o Secretário;
III - o vereador mais votado.

§ 2º - Até que se proceda à eleição prevista neste Art., o Presidente interino ficará investido na
plenitude das funções do cargo.

Art. 12 - Os membros eleitos da Mesa Diretora assinarão o respectivo termo de posse.

Art. 13 - Os membros da Mesa Diretora em exercício, incluindo o Vice-Presidente, não poderão fazer
parte das Comissões.

SEÇÃO II
Da Eleição da Mesa

Art. 14 - A Mesa da Câmara será eleita:

I - para o primeiro mandato, durante a reunião solene de instalação da Legislatura, após a posse
do Prefeito e Vice-Prefeito;
II - para os mandatos subseqüentes na última reunião ordinária do ano legislativo, às 20h30 min.

Parágrafo único - Os membros eleitos para o primeiro mandato serão empossados na reunião solene de
instalação e, para os outros mandatos, em reunião extraordinária para este fim convocada, no dia 02 de
janeiro do ano legislativo seguinte, às 10h.

Art. 15 - A eleição da Mesa far-se-á em primeiro escrutínio, por maioria absoluta de votos, por chapa
completa assinada pelos candidatos, vedado inscrição em mais de uma chapa.

§ 1º - A chapa completa será apresentada até quarenta e oito horas do início da eleição da Mesa
Diretora.

§ 2º - Para as eleições a que se refere este artigo poderá concorrer qualquer Vereador, ainda que os
tenham participado da Mesa da Sessão Legislativa anterior, permitindo-se a reeleição para o mesmo
cargo para o período subseqüente.

§ 3º - Não sendo possível, por qualquer motivo, efetivar-se ou completar-se a eleição da Mesa Diretora
na reunião, o Presidente convocará reunião para o dia seguinte, e, se necessário, para os dias
subsequentes, até o pleno alcance desse objetivo.

Art. 16 - A eleição da Mesa Diretora ou o preenchimento de qualquer vaga far-se-á em votação secreta,
utilizando-se cédulas de papel impressas, as quais serão recolhidas por funcionário da Câmara
designado pelo Presidente, e conferidas por um dos presentes observadas as seguintes exigências e
formalidades:

I - presença da maioria absoluta dos Vereadores para o primeiro escrutínio;


II - chamada dos Vereadores, que votarão em uma das chapas inscritas;
III - proclamação dos resultados pelo Presidente;
IV - realização de 2º turno entre as duas chapas mais votadas, caso necessário;
V - se ocorrer empate no segundo escrutínio, será proclamado eleito o candidato a Presidente
mais votado nas eleições municipais, se ainda assim permanecer o empate será eleito o vereador mais
idoso;
VI - proclamação dos eleitos, pelo Presidente em exercício.

SEÇÃO III
Da Renúncia e da Destituição da Mesa
Art. 17 - A renúncia do Vereador ao cargo que ocupa na Mesa Diretora, bem como a do Vice-
Presidente , dar-se-á por ofício a ela dirigido e se efetivará, independentemente de deliberação do
Plenário, a partir do momento em que for lido em reunião.

Parágrafo único - Em caso de renúncia de todos os membros da Mesa Diretora, incluindo o Vice-
Presidente, o ofício respectivo será levado ao conhecimento do Plenário, pelo Vereador mais votado,
exercendo o mesmo as funções de Presidente.

Art. 18 - Os membros da Mesa Diretora, isoladamente ou em conjunto, e o Vice-Presidente, quando no


exercício de seus cargos, poderão ser destituídos, mediante Resolução aprovada por 2/3 (dois terços)
dos membros da Câmara, assegurado o direito de ampla defesa.

Parágrafo único - É passível de destituição o membro da Mesa Diretora quando, faltoso, omisso ou
ineficiente no desempenho de suas atribuições regimentais.

Art. 19 - O processo de destituição terá início por representação subscrita, necessariamente, por um dos
membros da Câmara, lida em Plenário pelo seu autor, em qualquer fase da reunião, com ampla e
circunstanciada fundamentação sobre as irregularidades imputadas.

§ 1º - A representação, nos termos do presente Art., uma vez recebida pelo Presidente, será
transformada em Projeto de Resolução autorizando a constituição da Comissão de Investigação e
Processamento, a qual entrará na ordem do dia da reunião subsequente àquela em que foi apresentada.

§ 2º - Quando a representação for contra o presidente, será recebida pelo Secretário; quando for contra a
Mesa Diretora, será recebida pelo Vice-Presidente; quando for contra toda a Mesa Diretora, inclusive, o
Vice Presidente, será recebida pelo Presidente da Comissão de Constituição e Justiça.

§ 3º - Aprovado por maioria simples o projeto a que alude o § 1º, serão sorteados
03(três) Vereadores, entre os desimpedidos, para compor a Comissão Especial de Investigação e
Processamento, que se reunirá dentro das 48(quarenta e oito) horas seguintes, sob a Presidência do mais
votado de seus membros.

§ 4º - Da Comissão Especial não poderá fazer parte o acusado ou acusados e o denunciante ou


denunciantes.

§ 5º - Instalada a Comissão Especial, o acusado ou os acusados serão notificados, dentro de 03(três)


dias, abrindo-se-lhes o prazo de 10(dez) dias, para apresentação, por escrito, de defesa prévia.

§ 6º - Findo o prazo estabelecido no § 5º, a Comissão, de posse ou não da defesa prévia, procederá às
diligências que entender necessárias, emitindo ao final, seu parecer.

§ 7º - O acusado ou acusados poderão acompanhar todos os atos e diligências da Comissão.

§ 8º - A Comissão Especial terá o prazo máximo e improrrogável de 20(vinte) dias, para emitir o
parecer a que alude o § 6º, o qual deverá concluir pela improcedência das acusações, se julgá-las
infundadas, ou, em caso contrário, por Projeto de Resolução, propondo a destituição do acusado ou dos
acusados.

§ 9º - O parecer da Comissão Especial, quando concluir pela improcedência da acusação, será


apreciado, em discussão e votação únicas, na ordem do dia da primeira reunião ordinária seguinte.

§ 10 - Se por qualquer motivo, não se concluir, na primeira reunião ordinária a apreciação do parecer,
as reuniões ordinárias subsequentes, ou as reuniões extraordinárias para esse fim convocadas, serão
integral e exclusivamente destinadas ao prosseguimento do exame da matéria, até a definitiva
deliberação do Plenário sobre a mesma.
§ 11 - O parecer da Comissão Especial, que concluir pela improcedência da acusação, será votado por
maioria simples, procedendo-se:

a) ao arquivamento do processo, se aprovado o parecer; e


b) à remessa do processo à Comissão de Justiça e Redação, se rejeitado.

§ 12 - Ocorrendo a hipótese prevista na letra "b" do§ 11, a Comissão de Justiça e Redação elaborará,
dentro de 03(três) dias da deliberação do Plenário, parecer que conclua por Projeto de Resolução,
propondo a destituição do acusado ou dos acusados.

§ 13 - Aprovado o Projeto de Resolução, propondo a destituição do acusado ou dos acusados, o fiel


translado dos autos será remetido ao Ministério Público, se for o caso.

§ 14 - Sem prejuízo do afastamento, que será imediato, a Resolução respectiva será promulgada e
enviada à publicação dentro de 48(quarenta e oito) horas da deliberação do Plenário:

a) pelo Presidente, se a destituição não houver atingido a sua pessoa;


b) pelo Secretário, se o destituído foi o Presidente;
b) pelo vereador mais votado dentre os presentes, se a destituição atingiu toda a Mesa Diretora,
inclusive o Vice-Presidente.

Art. 20 - O membro da Mesa Diretora envolvido nas acusações não poderá presidir, nem secretariar os
trabalhos, enquanto estiver sendo apreciado o parecer ou o projeto de Resolução da Comissão de
Investigação e Processamento ou da Comissão de Justiça e Redação, conforme o caso, estando,
igualmente, impedido de participar de sua votação.

§ 1º - O denunciante ou denunciantes são impedidos de votar sobre a denúncia, devendo ser convocado
respectivo Suplente ou Suplentes para exercer o direito de voto para os efeitos de quorum.

§ 2º - Para discutir o parecer ou o Projeto de Resolução da Comissão de Investigação e Processamento


ou da Comissão de Constituição e Justiça, conforme o caso, cada Vereador disporá de dez minutos,
exceto o relator e o acusado ou os acusados, cada um dos quais, poderá falar durante uma hora, sendo
vedada a cessão de tempo, com apartes.

§ 3º - Terão preferência, na ordem de inscrição, respectivamente, o relator do parecer e o acusado ou


acusados.

SEÇÃO IV
Das Atribuições da Mesa

Art. 21 - Além das atribuições consignadas neste Regimento, ou dele implicitamente resultantes,
compete à Mesa Diretora a direção dos trabalhos legislativos e dos serviços administrativos da Câmara,
especialmente dispor sobre:

I - Secretaria Executiva da Câmara e suas atribuições;


II - propor a criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus
servidores, fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na Lei de
Diretrizes Orçamentárias;
III - propor projetos de lei de sua iniciativa privativa;
IV - propor ação direta de inconstitucionalidade;
V - propor alteração, reforma ou substituição do Regimento Interno da Câmara;
VI - baixar, mediante Ato, as medidas que digam respeito aos Vereadores;
VII - baixar mediante Portaria, as medidas referentes aos servidores da Secretaria da Câmara
Municipal, como provimento e vacância dos cargos públicos e, ainda, abertura de sindicâncias,
processos administrativos e aplicação de penalidades;
VIII - elaborar e expedir mediante Ato, quadro de detalhamento das dotações, observado o
disposto na Lei Orçamentária e nos Créditos Adicionais abertos em favor da Câmara;
IX - solicitar ao Prefeito a abertura de Créditos Adicionais para a Câmara;
X - devolver à Prefeitura, no último dia do ano, o saldo de caixa existente;
XI - enviar ao Tribunal de Contas do Estado, para julgamento, até o dia trinta e um de março de
cada ano, as contas do exercício anterior;
XII - declarar a perda do mandato de Vereador, de ofício ou por provocação de qualquer de seus
membros, ou ainda, de Partido Político representado na Câmara, nos termos da Lei Orgânica do
Município;
XIII - encaminhar as Leis destinadas à sanção e promulgação pelo Prefeito;
XIV - promulgar as Emendas à Lei Orgânica.

SEÇÃO V
Do Presidente

Art. 22 - O Presidente é o representante legal da Câmara nas suas relações externas, cabendo-lhes as
funções administrativas e diretivas de todas as atividades internas, competindo-lhe, privativamente:

I - quanto as Reuniões:
a) convocar reuniões, nos termos deste Regimento, e comunicar aos Vereadores a convocar;
b) abrir, presidir, suspender e encerrar as reuniões;
c) manter a ordem dos trabalhos, interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;
d) mandar proceder à chamada e à leitura do expediente e proposições;
e) transmitir ao Plenário, a qualquer momento, as comunicações que julgar convenientes;
f) conceder ou negar a palavra aos Vereadores nos termos regimentais;
g) interromper o orador que se desviar da questão em debate ou falar sem o respeito devido à
Câmara ou a qualquer de seus membros, advertindo-o, chamando-o à ordem e, em caso de insistência,
cassando-lhe a palavra, podendo, ainda, suspender a reunião quando não atendido e as circunstâncias o
exigirem;
h) chamar a atenção do orador, quando se esgotar o tempo a que tem direito;
i) organizar a ordem do dia e submeter à discussão e votação a matéria dela constante;
j) anunciar o resultado das votações;
k) anotar, em cada documento, a decisão do Plenário;
l) resolver qualquer questão de ordem e, quando omisso o Regimento, estabelecer precedentes
regimentais, que serão anotados para solução de casos análogos;

II - quanto às proposições:
a) aceitar ou recusar as proposições apresentadas;
b) distribuir proposições, processos e documentos às Comissões;
c) determinar, a requerimento do autor, a retirada de proposições, nos termos regimentais;
d) declarar prejudicada a proposição, em face da aprovação de outra com o mesmo objetivo;
e) devolver ao autor, quando não atendidas as formalidades regimentais, proposição em que seja
pretendido o reexame de matéria anteriormente rejeitada ou vetada, e cujo veto tenha sido mantido;
f) não aceitar substitutivos ou emendas que não sejam pertinentes à proposição inicial;
g) determinar o desarquivamento de proposições nos termos regimentais;
h) despachar requerimentos verbais ou escritos, processos e demais papéis submetidos à sua
apreciação;
i) observar e fazer cumprir os prazos regimentais;
j) solicitar informações e colaborações técnicas para estudo de matéria sujeita à apreciação da
Câmara;
k) encaminhar proposição às Comissões Permanentes competentes para seus respectivos
pareceres, dentro do prazo de 03(três) dias, a contar da data da reunião em que o projeto tenha sido lido.

III - quanto as Comissões:


a) nomear Comissões Especiais, Comissão de Representação, Comissão de Inquérito, e
Comissão Processante, nos termos regimentais;
b) designar substitutos para os membros das Comissões em caso de vaga, licença ou
impedimento ocasional, observada a indicação partidária.

IV - quanto às reuniões da Mesa Diretora:


a) convocá-las e presidi-las;
b) tomar parte nas suas discussões e deliberações, com direito a voto e assinar os respectivos
Atos e decisões;
c) distribuir as matérias que dependerem de parecer da Mesa.

V - quanto às publicações:
a) determinar a publicação de todos os atos da Câmara, da matéria de expediente e da ordem do
dia;
b) censurar os debates, não permitindo a publicação de expressões e conceitos anti
regimentais ou ofensivos ao decoro da Câmara, bem como de pronunciamentos que envolverem
ofensas às instituições nacionais, propaganda de guerra, de subversão da ordem política ou social, de
preconceito de raça, religião, cor ou classe, configurarem crime contra a honra ou contiverem
incitamento à prática de crimes de qualquer natureza;
c) mandar à publicação informações, notas e documentos que digam respeito às atividades da
Câmara e devam ser divulgados;
d) determinar o encaminhamento da ordem do dia e, posteriormente, do resumo das
deliberações do Plenário à imprensa.

VI - quanto à administração da Câmara Municipal:


a) conceder férias aos funcionários da Câmara;
b) superintender o serviço da Secretaria da Câmara, autorizar, nos limites do orçamento, as suas
despesas;
c) proceder às licitações para compras, obras e serviços da Câmara de acordo com a legislação
pertinente ao assunto;
d) rubricar os livros destinados aos serviços da Câmara e de sua Secretaria e assinar os seus
respectivos termos de abertura e encerramento;
e) ordenar as despesas da Câmara e assinar, juntamente com o Secretário da Mesas Diretora, na
falta deste, o vereador mais votado, os cheques emitidos pela Câmara;
f) providenciar nos termos da Lei Orgânica do Município, a expedição de certidões que lhe
forem solicitadas, mediante petição escrita de qualquer interessado, no prazo máximo de 30(trinta) dias,
relativas a despachos, atos ou informações a que os mesmos, expressamente, se refiram;
g) fornecer atestados;
h) fazer, no fim de sua gestão, relatório dos trabalhos da Câmara;

VII - quanto às atividades e relações externas da Câmara:


a) manter, em nome da Câmara, todos os contatos de direito com o Prefeito e demais
autoridades;
b) convidar autoridades e outras personalidades ilustres a visitarem a Câmara;
c) determinar lugar reservado aos representantes credenciados da imprensa escrita, falada e
televisada;
d) zelar pelo prestígio da Câmara, e pelos direitos, garantias e respeito devidos aos seus
membros.

Art. 23 - Compete ainda, ao Presidente:

a) exercer, em substituição, a chefia do Poder Executivo, nos casos previstos em lei;


b) dar posse aos Vereadores e suplentes;
c) dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito;
d) declarar a extinção do mandato de Vereador;
e) justificar a ausência do Vereador às reuniões plenárias e às reuniões das Comissões
Permanentes, nos casos previstos neste Regimento, mediante requerimento do interessado;
f) executar as deliberações do Plenário;
g) promulgar as Resoluções, bem como as Leis com sanção tácita ou cujo veto tenha sido
rejeitado pelo Plenário e não promulgado pelo Prefeito no prazo de 48 (quarenta e oito) horas;
h) assinar a ata das reuniões, os Editais, as Portarias e o Expediente da Câmara;
i) dar andamento legal aos recursos interpostos contra atos seus ou da Mesa Diretora ou da
Câmara;
j) licenciar-se da Presidência quando precisar ausentar-se do Município por mais de 15 (quinze)
dias;
k) interpelar judicialmente o Prefeito, quando este deixar de colocar à disposição da Câmara, no
prazo legal, a parcela correspondente ao duodécimo de dotações orçamentárias;
l) comunicar ao Plenário e fazer constar da ata a declaração da extinção do mandato do
Vereador;
m) comunicar ao Plenário e fazer constar da ata a Resolução de cassação do mandato do
Vereador.

Art. 24 - O Presidente, na qualidade de Vereador, poderá oferecer proposições à Câmara.

Art. 25 - Para tomar parte de qualquer discussão, o Presidente deverá afastar-se da Presidência.

Art. 26 - Será sempre computada, para efeito de "quorum", a presença do Presidente.

Art. 27 - Quando o Presidente estiver com a palavra no exercício de suas funções, durante as reuniões
plenárias, não poderá ser interrompido nem aparteado.

Art. 28 - O Presidente terá voto na eleição da Mesa Diretora, nas votações de matérias que exigirem
quorum qualificado e quando ocorrer empate nas votações em Plenário.

Art. 29 - O Presidente, para manter a ordem no recinto da Câmara, poderá solicitar a força necessária
para este fim.

Art. 30 - O Vice-Presidente substituirá o Presidente em suas faltas, ausências, impedimentos ou


licenças, ficando, nas duas últimas hipóteses, investido na plenitude das respectivas funções.

SEÇÃO VI
Do Secretário

Art. 31 - São atribuições do Secretário:

a) proceder à chamada, nos casos previstos neste Regimento, assinando as respectivas folhas;
b) ler ou solicitar que servidor da Câmara leia todos os papéis sujeitos ao conhecimento ou à
deliberação da Câmara;
c) determinar o recebimento e zelar pela guarda de proposições e papéis entregues à Mesa
Diretora, para conhecimento e deliberação da Câmara;
d) encerrar, com as necessárias anotações, as folhas de presença de cada reunião;
e) secretariar nas reuniões da Mesa Diretora, redigindo ou solicitando que servidor da Câmara
redija, em livro próprio, as respectivas atas;
f) superintender a redação da ata, resumindo os trabalhos da reunião, assinando-a juntamente
com o Presidente;
g) assinar com o Presidente os Atos da Mesa Diretora;
h) substituir o Presidente, na falta do Vice-Presidente;
i) auxiliar a Presidência na inspeção dos serviços da Secretaria e na observância do Regimento,
e efetuar chamada dos Vereadores para as votações nominais, comunicando ao Presidente o resultado e
assinando a folha de votação.

CAPÍTULO II
DAS COMISSÕES
SEÇÃO I
Disposições Preliminares

Art. 32 - Comissões são órgãos técnicos, constituídos por 03(três) membros da Câmara, em caráter
permanente ou transitório, destinadas a proceder a estudos e emitir pareceres especializados, a realizar
investigações, ou a representação da Câmara.

§ 1º - As Comissões Permanentes são as que subsistem através da legislatura.

§ 2º - As Comissões Temporárias são as constituídas com finalidades especiais ou de representação, a


se extinguirem com o término da legislatura, ou antes, dela, quando preenchidos os fins para os quais
forem constituídas.

Art. 33 - Na constituição das Comissões assegurar-se-á, tanto quanto possível, a representação


proporcional dos Partidos Políticos com assento à Câmara.

Art. 34 - Cabe às Comissões, em matéria de sua competência:

I - convocar, para prestar pessoalmente, no prazo de 30(trinta) dias, informações sobre assunto
previamente determinado:
a) Secretário Municipal;
b) dirigentes de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações
instituídas ou mantidas pelo Município;
c) o Procurador Geral do Município ou quem exerça suas funções;;

II - realizar audiências públicas; e


III - tomar o depoimento de autoridade e solicitar o de cidadão.

SEÇÃO II
Das Comissões Permanentes

Art. 35 - As Comissões Permanentes são em número de três, composta, cada uma, de três membros,
com as seguintes denominações:

I – Constituição e Justiça;
II- Finanças, Orçamento e Tomada de Contas;
III - Temáticas.

SUBSEÇÃO I
Da Composição das Comissões Permanentes

Art. 36 - Cada Vereador poderá participar de até duas Comissões Permanentes, mas, como Presidente,
de somente uma delas.

Art. 37 - A composição das Comissões Permanentes será feita por eleição em reunião ordinária,
assegurando-se tanto quanto possível, a representação proporcional partidária.

§ 1º - As Comissões Permanentes serão nomeadas para um mandato de um ano, de 1º de fevereiro a 31


de janeiro.

§ 2º - No ato da composição das Comissões Permanentes, figurará sempre o nome do Vereador efetivo,
ainda que licenciado.

§ 3º - A Comissão não terá relator fixo, e para cada proposição o Presidente nomeará o Vereador que
funcionará como relator.
Art. 38 - Não havendo acordo, a indicação dos membros das Comissões Permanentes será feita pelo
Presidente da Câmara.

Art. 39 - A constituição das Comissões Permanentes far-se-á na primeira reunião ordinária do Ano
Legislativo, a qual escolherá imediatamente o seu Presidente.

§ 1º - Se, por qualquer motivo, não se efetivar nessa reunião a constituição de todas as Comissões
Permanentes, as reuniões ordinárias subsequentes se destinarão ao mesmo fim, até plena consecução
desse objetivo.

§ 2º - Dentro da mesma legislatura, os mandatos dos membros de uma Comissão Permanente ficam
automaticamente prorrogados até que se proceda a sua recomposição.

Art. 40 - Em caso de vaga, licença ou impedimento de qualquer membro das Comissões Permanentes,
caberá ao Presidente da Câmara a designação do substituto, mediante indicação do Líder do Partido a
que pertença o cargo vago.

Parágrafo único - A substituição dos membros das Comissões Permanentes será apenas para completar
o ano do mandato, ou enquanto perdurar a licença ou o impedimento.

SUBSEÇÃO II
Dos Presidentes das Comissões Permanentes

Art. 41 - Ao presidente da Comissão Permanente compete:

a) fixar, de comum acordo com os membros da Comissão, o horário das reuniões ordinárias;
b) convocar reuniões de ofício ou a requerimento da maioria dos membros da Comissão;
c) presidir as reuniões da Comissão, e nelas manter a ordem;
d) dar conhecimento à Comissão, da matéria recebida e distribuí-la aos relatores;
e) zelar pela observância dos prazos concedidos à Comissão;
f) representar a Comissão nas relações com a Mesa e o Plenário;
g) solicitar substituto à Presidência da Câmara para os membros da Comissão.

§ 1º - O Presidente da Comissão Permanente funcionará como Relator, se outro membro não for por ele
designado.

§ 2º - Dos atos do Presidente da Comissão Permanente cabe, a qualquer momento, recursos ao Plenário.

§ 3º - O Presidente da Comissão será substituído, em suas ausências, faltas, impedimentos e licenças,


pelo Relator.

SUBSEÇÃO III
Das Reuniões

Art. 42 - As reuniões extraordinárias serão sempre convocadas com antecedência mínima de 5(cinco)
dias consecutivos, por intermédio da Secretaria Administrativa da Câmara, que avisará,
obrigatoriamente, a todos os membros da Comissão.

Parágrafo único - As reuniões terão o tempo necessário para os seus fins, salvo deliberação em
contrário pela maioria dos membros da Comissão.

Art. 43 - As Comissões Permanentes não poderão reunir-se durante a realização de Reuniões da


Câmara, salvo para emitirem parecer em matéria sujeita à tramitação de urgência.

Art. 44 - As Comissões Permanentes somente deliberarão com a presença da maioria de seus membros.
SUBSEÇÃO IV
Dos Trabalhos nas Comissões

Art. 45 - O prazo para a Comissão exarar parecer será de 25(vinte e cinco) dias úteis, a contar da data
em que for juntado o parecer jurídico.

§ 1°- O prazo para a juntada do Parecer jurídico será de 20(vinte) dias, podendo ser prorrogado, pelo
Presidente da Comissão, em caso de necessidade.

§ 2° - O relator terá o prazo de 07 (sete) dias úteis para a apresentação do parecer.

§ 3° - Exarado o parecer pelo relator, será este submetido à Comissão na próxima reunião ordinária.

§ 4° - Findo o prazo, sem que o parecer seja apresentado, o Presidente da Comissão poderá avocar para
si a relatoria da proposição ou designar novo relator.

§ 5° - Não poderá o autor de proposição ser dela relator.

§ 6° - Sempre que determinada proposição tenha tramitado de uma para outra Comissão, ou somente
por determinada Comissão, sem que haja oferecido, no prazo o parecer respectivo, pelo relator ou pelo
Presidente da Comissão, o Presidente da Câmara designará relator “ad hoc” para produzi-lo no prazo de
5 (cinco) dias.

Art. 46 - Cada Comissão dará o seu parecer, separadamente, sendo a Comissão de Constituição e
Justiça ouvida sempre em primeiro lugar, seguida da Comissão de Finanças e Orçamento e Tomada de
Contas, e, em último lugar, a Comissão Temática.

Parágrafo único - A proposição encaminhada diretamente de uma Comissão para outra, pela Secretaria
Administrativa, feitos os registros competentes.

Art. 47 - As Comissões Permanentes poderão requisitar do Chefe do Poder Executivo, por intermédio
do Presidente da Câmara, independente, de manifestação do Plenário, todas as informações julgadas
necessárias.

§ 1º - Os pedidos de informações constantes do caput deste Art. interrompem os prazos, previstos no


art. 45.

§ 2º - A remessa das informações dará continuidade à fluência dos prazos interrompidos.

Art. 48 - É vedado a qualquer Comissão manifestar-se:

I - sobre constitucionalidade ou legalidade do projeto, em contrário ao parecer da Comissão de


Constituição e Justiça;
II - sobre a conveniência ou a oportunidade de despesa, em oposição ao parecer da Comissão de
Finanças e Orçamento;
III - sobre o que não for de sua atribuição específica, ao apreciar os projetos submetidos a seu
exame.

Art. 49 - A manifestação de uma Comissão sobre determinada matéria não exclui a possibilidade de
nova manifestação, de ofício, mesmo em proposição de sua autoria se houver razões que a justifique.

Art. 50 - O recesso da Câmara interrompe todos os prazos consignados na presente subseção.

SUBSEÇÃO V
Dos Pareceres
Art. 51 - Parecer é o pronunciamento da Comissão sobre qualquer matéria sujeita ao seu estudo.

Parágrafo único - Salvo nos casos expressamente previstos neste Regimento, o parecer é escrito e
constitui-se de duas partes:

I - relatório, fundamentação e conclusão do relator sobre a aprovação ou rejeição total ou parcial


da matéria e, quando for o caso, oferecendo-lhe substitutivo ou emenda;
II - decisão da Comissão, com a assinatura dos membros que votaram a favor ou contra.

Art. 52 - Os membros das Comissões emitirão seu juízo sobre a manifestação do relator, mediante voto.

§ 1º - O voto do relator somente será transformado em parecer se aprovado pela maioria dos membros
da Comissão.

§ 2º - A simples oposição da assinatura, sem qualquer outra observação, implicará na concordância


total do signatário à manifestação do relator.

Art. 53 - Poderá o membro da Comissão exarar "voto em separado", devidamente fundamentado:

a) "pelas conclusões", quando, embora favorável às conclusões do relator, lhes dê outra e


diversa fundamentação;
b) "aditivo", quando, embora favorável às conclusões do relator, acrescente novos argumentos à
sua fundamentação; e
c) "contrário", quando se oponha frontalmente às conclusões do relator.

§ 1º - O voto do relator não acolhido pela maioria da Comissão constituirá “voto vencido".

§ 2º - O "voto em separado" divergente ou não das conclusões do relator, desde que acolhido pela
maioria da Comissão, passará a constituir seu parecer.

Art. 54 - Concluído o parecer da Comissão de Constituição e Justiça pela inconstitucionalidade ou


ilegalidade de qualquer proposição, deverá o mesmo ser submetido ao Plenário, em discussão e
votação, únicas.

Parágrafo único: Aprovado o parecer da Comissão de Constituição e Justiça que concluir pela
inconstitucionalidade ou ilegalidade da proposição, esta será arquivada; rejeitado o parecer, será a
proposição encaminhada às demais Comissões.

Art. 55 - A proposição que receber parecer contrário, quanto ao mérito, de todas as Comissões a que for
distribuída, será tida como rejeitada.

SUBSEÇÃO VI
Da Competência das Comissões Permanentes

Art. 56 - Compete às Comissões Permanentes:

a) estudar proposições e outras matérias submetidas ao seu exame, dando-lhes parecer,


oferecendo-lhes substitutivos e emendas;
b) promover estudos, pesquisas e investigações sobre problemas de interesse público, relativos à
sua competência; e
c) tomar a iniciativa da elaboração de proposições ligadas ao estudo de tais problemas, ou
decorrentes de indicação da Câmara ou de dispositivos regimentais.

Art. 57 - É da competência específica:

I - Comissão de Constituição e Justiça:


a) opinar sobre o aspecto constitucional, legal, regimental e de técnica legislativa das proposições, as quais não
poderão tramitar na Câmara sem o seu parecer;
b) oferecer a redação final aos projetos, exceto aos de Leis Orçamentárias, bem como, quando for o caso,
propor a reabertura da discussão, nos termos regimentais;
c) desincumbir-se de outras atribuições que lhe confere o Regimento.

II - Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas:


a) opinar sobre:

1 - as proposições que envolvam atividades econômicas, financeiras, tributárias e de ordem orçamentária do


Município e de entes a ele vinculados, que importem aumento ou diminuição da receita ou da despesa pública,
assegurando a compatibilidade ou adequação com o Plano Plurianual e as de Diretrizes orçamentárias e do Orçamento
anual;
2 - as propostas de Plano Plurianual de Investimento, lei de diretrizes orçamentárias, lei orçamentária e seus
créditos adicionais, sugerindo ou promovendo as modificações necessárias e sobre as emendas que lhe forem
apresentadas;
3 - as proposições que envolvam a fixação, alteração ou extinção de Sanções Administrativas, bem como as
que acarretem responsabilidade administrativa e extracontratual para o Município;
4 - as proposições que fixarem ou alterarem os vencimentos, as remunerações, as gratificações e os adicionais
dos ocupantes de cargos e empregos públicos municipais.

b) elaborar a redação final de Projetos de Plano Plurianual de Investimento, Lei de diretrizes orçamentárias,
Leis Orçamentárias e seus créditos adicionais, com as respectivas emendas;
c) opinar sobre o Parecer Prévio do Tribunal de Contas de Minas Gerais, referente as contas do Poder
Executivo.

III - Comissão Temática:

a) opinar sobre as proposições que envolvam qualquer assunto que não seja da competência específica da
Comissão de Constituição e Justiça ou da Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas, e especificamente
sobre:

1 - organização político-administrativa do Município, inclusive, criação, organização e


supressão de Distritos, e reforma administrativa;
2 - serviços e obras públicas, transporte público, sistema viário e educação para o segurança no
trânsito:
3 - regime jurídico e estatuto dos servidores públicos, quadro de empregados das empresas
públicas, sociedades de economia mista e demais entidades sob controle direto ou indireto do
Município;
4 - regime jurídico-administrativo das obras públicas;
5 - outras matérias relacionadas à atividade privada, mas sujeitas à deliberação da Câmara;
6 - plano-diretor e outros planos de desenvolvimento e programa de obras do Município;
7 - defesa do consumidor;
8 - política de saúde e processo de planificação em saúde, sistema único de saúde;
9 - serviços de saúde pública, campanhas de saúde pública, erradicação de doenças endêmicas,
vigilância sanitária e epidemiológica;
10 - higiene, educação e assistência sanitária;
11 - contratação de instituições de saúde privadas:
12 - política, planos plurianuais e programas de saneamento básico;
13 - limpeza urbana, coleta, tratamento e destinação final do lixo;
14 - política de meio ambiente, direito ambiental e legislação de defesa ecológica locais;
15 - preservação de florestas, fauna e flora, conservação da natureza, defesa do solo e recursos
naturais;
16 - política e sistema educacional, inclusive creches e recursos humanos, materiais e
financeiros para a educação;
17 - política de desenvolvimento e proteção do patrimônio cultural municipal;
18 - promoção da educação física, esporte e do lazer;
19 - política de desenvolvimento do turismo;
20 - defesa dos direitos individuais e coletivos;
21 - assistência social oficial;
22 - matérias referentes à família, à mulher, à criança, ao adolescente, ao idoso e ao portador de
deficiência.

Art. 58 - É vedado às Comissões Permanentes, ao apreciarem proposição ou qualquer matéria submetida a seu exame,
opinar sobre os aspectos que não sejam de sua atribuição específica.

SEÇÃO III
Das Comissões Temporárias

Art. 59 - As Comissões Temporárias poderão ser:

I - Comissões Especiais;
II - Comissões Parlamentar de Inquérito;
III - Comissões de Representação;
IV - Comissões Processantes.

Art. 60 - Comissões Especiais são aquelas que se destinam à elaboração e apreciação de estudos de problemas
municipais e à tomada de posição da Câmara em assuntos de reconhecida relevância, não afetos às Comissões
Permanentes.

§ 1º - As Comissões Especiais serão constituídas a requerimento escrito e apresentado por qualquer Vereador.

§ 2º - O requerimento propondo a constituição de Comissão Especial deverá indicar necessariamente:

I - a finalidade, devidamente fundamentada;


II - o prazo de funcionamento, que não poderá ser superior a 90 (noventa) dias.

§ 3º - A Comissão devidamente instalada poderá, a critério de seus membros, desenvolver seus trabalhos no período
de recesso parlamentar.

§ 4º - Ao Presidente da Câmara caberá indicar os Vereadores que comporão a Comissão, assegurando-se, tanto quanto
possível, a representação proporcional partidária.

§ 5º - Será Presidente da Comissão Especial, o autor do requerimento que a propôs.

§ 6º - Concluídos seus trabalhos, a Comissão Especial elaborará parecer sobre a matéria, enviando-o à Presidência,
que dará conhecimento de seu conteúdo ao Plenário, submetendo-o à deliberação, em discussão e votação, únicas.

§ 7º - Sempre que a Comissão Especial julgar necessário consubstanciar o resultado de seu trabalho numa proposição
apresentá-la-á em separado, constituindo seu parecer a respectiva justificativa.

§ 8º - Se a Comissão deixar de concluir seus trabalhos dentro do prazo estabelecido ficará, automaticamente extinta,
salvo se o Plenário houver aprovado, em tempo hábil, prorrogação de seu prazo de funcionamento, a requerimento
de membro da Comissão, formulado através de questão de ordem.

§ 9° - Só será admitido um pedido de prorrogação de prazo, não podendo ser superior àquele fixado originariamente
para funcionamento da Comissão Especial.

§ 10 - Em hipótese alguma será objeto de deliberação, requerimento propondo a constituição de Comissão Especial
para tratar de assunto de competência específica de qualquer Comissão Permanente.
Art. 61 - A Câmara Municipal, tomando conhecimento de qualquer ato do Prefeito que possa
configurar infração político-administrativa sujeita ao seu julgamento e sancionada com a perda do
mandato, definida no art. 29, § 2º da Constituição da República, e na Lei Orgânica, poderá nomear
Comissão Processante ou Comissão Parlamentar de Inquérito, conforme o caso, com prazo de noventa
dias para apresentar o relatório final, cujo procedimento observará as seguintes regras

§ 1º - A denúncia escrita da infração poderá ser feita por qualquer eleitor, partido político ou Vereador, com exposição
dos fatos e indicação das provas.

§ 2º - Se o denunciante for Vereador, ficará impedido de votar sobre a denúncia e de integrar a Comissão Especial,
podendo, todavia, praticar todos os atos de acusação.

§ 3º - Se o denunciante for o Presidente da Câmara, passará a Presidência ao substituto legal, para todos os atos do
processo e, neste caso, poderá praticar os atos de acusação, ficando impedido de votar.

§ 4º - Serão convocados suplente do Vereador impedidos de votar, o qual não poderá integrar a Comissão Processante.

§ 5º - De posse da denúncia, o Presidente da Câmara, na primeira reunião, determinará sua leitura e consultará o
Plenário Câmara sobre o seu conhecimento, que deliberará em um único turno de discussão e votação.

§ 6º - Decidido o recebimento, pelo voto da maioria absoluta da Câmara, na mesma reunião será constituída a
Comissão Processante, com 03(três) Vereadores sorteados dentre os desimpedidos, os quais elegerão, desde logo, o
Presidente e o Relator.

§ 7º - Recebendo o processo, o Presidente da Comissão iniciará os trabalhos dentro de cinco dias, notificando o
denunciado ou denunciados, com a remessa de cópia da denúncia e documentos que a instruírem, para que, no prazo
de dez dias apresente defesa prévia, por escrito, indique as provas que pretende produzir e arrole testemunhas, até o
máximo de 10(dez).

§ 8º - A notificação e intimação dos denunciados e testemunhas far-se-ão de acordo com o estabelecido no Código de
Processo Civil.

§ 9º - O Presidente da Comissão Processante poderá propor projeto de Decreto Legislativo suspendendo o Prefeito
Municipal de sua funções, até a votação final do processo, convocando-se o Vice-Prefeito para assumir o cargo,
enquanto durar a suspensão.

§ 10 - O projeto de Decreto Legislativo a que alude o § 9º entrará na ordem do dia primeira reunião ordinária após a
sua apresentação, sobrestando-se deliberação das demais matérias, o qual será deliberado na mesma reunião em que
for lido, pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores.

§ 11 - Decorrido o prazo da defesa, a Comissão Processante emitirá parecer dentro de cinco dias, opinando pelo
prosseguimento ou arquivamento da denúncia, o qual, neste caso, será submetido ao Plenário que o deliberará por
maioria absoluta de votos; se a Comissão opinar pelo prosseguimento, o Presidente da Comissão designará desde logo
o início da instrução, e determinará os atos, diligências e audiências que se fizerem necessárias, com o depoimento do
denunciado e inquirição das testemunhas.

§ 12 - O denunciado será informado de todos os atos do processo, pessoalmente, ou na pessoa de seu procurador, com
antecedência de pelo menos vinte e quatro horas, sendo-lhe permitido assistir as diligências e audiências, bem como
formular perguntas às testemunhas, e requerer o que for de interesse da defesa.

§ 13 - Concluída a instrução, será aberta vista do processo ao denunciado, para razões escritas, no prazo de cinco dias
e, após, a Comissão Processante emitirá parecer final, pela procedência ou improcedência da acusação, concluindo-se
por Projeto de Decreto Legislativo, encaminhando-o, com todas as peças do processo à Comissão de Constituição e
Justiça, para que emita parecer no prazo de dez dias. O parecer da Comissão Constituição e Justiça terá caráter
puramente orientativo, não sendo deliberado pelo Plenário.
§ 14 - Após a Comissão de Constituição e Justiça emitir o parecer, o Presidente da Câmara convocará, com
antecedência cinco dias, reunião extraordinária, constando da ordem do dia somente o Projeto de Decreto Legislativo,
que será publicado na íntegra aos senhores Vereadores e ao denunciado.

§ 15 - Na reunião de julgamento, o processo será lido integralmente e, a seguir, os Vereadores que desejarem, poderão
manifestar-se verbalmente, pelo tempo máximo de dez minutos cada um, e, ao final, o relator da Comissão
Processante e o denunciado ou seu procurador, terão o prazo máximo de duas horas, expletivamente, para sustentação
oral, da acusação e defesa.

§ 16 - Concluída a defesa, proceder-se-á tantas votações quantas forem as infrações articuladas na denúncia.
Considerar-se-á afastado, definitivamente do cargo, o denunciado que for declarado pelo voto de pelo menos dois
terços dos membros da Câmara, incurso em qualquer das infrações especificadas na denúncia.

§ 17 - Concluída a deliberação do Projeto de Decreto Legislativo, o Presidente da Câmara proclamará imediatamente


o resultado, e fará lavrar ata que consigne a votação nominal sobre cada infração, e, se houver condenação, será
convocando o Vice-Prefeito para assumir o cargo. Se o resultado da votação for absolutório, o Presidente determinará
o arquivamento do processo. Em qualquer dos casos, o Presidente da Câmara comunicará à Justiça Eleitoral o
resultado.

§ 18 - O ato da Mesa, constituindo a Comissão Processante, será promulgado até o encerramento da reunião ordinária
em que for formada, sendo a mesma suspensa para esse fim, caso necessário.

§ 19 - O prazo a que se refere o "caput" deste artigo poderá ser prorrogado, uma única vez e por igual período,
mediante requerimento da Comissão Processante, aprovado pelo Plenário da Câmara.

§ 20 - Caso o requerimento de prorrogação do prazo, apresentado em tempo hábil, não tiver sido apreciado pelo
Plenário até o término do prazo estabelecido no "caput" deste artigo, ficam interrompidos os prazos da Comissão
Processante até que se efetive a votação do requerimento em Plenário.

Art. 62 - A Comissão Parlamentar de Inquérito terá poder de investigação próprios das autoridades judiciais e
destinar-se-á a examinar fato determinado que se inclua na competência municipal.

§ 1º - A Comissão Parlamentar de Inquérito será criada mediante requerimento subscrito por um terço, no mínimo, dos
membros da Câmara, devendo ser expresso o fato determinado ou fatos determinados, e o prazo de duração, que não
poderá ser superior a 90 (noventa) dias.

§ 2º - A Comissão será formada pelos Vereadores que assinaram o requerimento solicitando sua criação, ou por outros
Vereadores mediante indicação do Presidente da Câmara.

§ 3º - Os membros da Comissão reunir-se-ão nos primeiros cinco dias da sua criação e elegerão o Presidente e o
Relator, devendo ser comunicado ao Presidente da Câmara o resultado desta eleição.

§ 4º - A Comissões Parlamentar de Inquérito poderá:

I - proceder a vistorias e levantamentos nas repartições públicas municipais da administração direta e indireta,
onde terão livre ingresso e permanência;
II - requisitar a exibição de documentos e a prestação dos esclarecimentos necessários;
III - transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presença, ali realizando os atos que lhes
competirem;
IV - determinar as diligências que reputarem necessárias;
V - requerer a convocação de Vereadores, Secretários Municipais ou Diretores equivalentes; e
VI - tomar depoimento de quaisquer autoridades municipais;
VII - intimar testemunhas e inquiri-las sob compromisso.

§ 5º - É fixado em quinze dias o prazo para que os responsáveis pelos órgãos do Município prestem as informações e
encaminhem os documentos requisitados pela Comissão Parlamentar de Inquérito.
§ 6º - As conclusões da Comissão Parlamentar de Inquérito serão encaminhadas ao Presidente da Câmara, que
submetê-las à deliberação do Plenário em discussão e votação únicas. Entendendo ser necessário, pelo voto da
maioria simples dos membros da Câmara, as conclusões serão enviadas ao Ministério Público para que promova a
responsabilidade civil e criminal de quem de direito, e ou ao Tribunal de Contas do Estado.

§ 7º - Só será admitido um pedido de prorrogação de prazo, não podendo ser superior àquele fixado originariamente
para funcionamento da Comissão Parlamentar de Inquérito.

§ 8º - Enviando-se as conclusões de Comissão Parlamentar de Inquérito ao Ministério Público e ou ao Tribunal de


Contas, a Câmara acompanhará o andamento do processo, através da Assessoria Jurídica.

Art. 63 - A Comissão de Representação têm por finalidade representar a Câmara em atos externos de caráter social,
especialmente em períodos de recesso parlamentar.

Parágrafo único - A Comissão de Representação é constituída por deliberação do Presidente da Câmara, ou a


requerimento escrito, de qualquer Vereador., a qual escolherá o seu presidente.

Art. 64 - As reuniões das Comissões Temporárias realizam-se com a presença de maioria de seus membros.

§ 1º - Inexistindo número legal na primeira chamada, proceder-se-á dentro de quinze minutos, a uma segunda
chamada; persistindo a falta de quorum será lavrada a ata constando o nome do Vereador que respondeu a chamada, a
qual será assinada pelos Vereadores presentes.

§ 2º - As faltas às reuniões das Comissões Temporárias devem ser justificadas ao Presidente da Comissão, no prazo de
cinco dias.

§ 3º - Os declarados ausentes no início da abertura dos trabalhos, não poderão assinar os depoimentos, as atas e os
relatórios de inspeções e os de visitas.

§ 5º - As convocações para depoimentos nas Comissões Temporárias somente serão feitas após a aprovação da
maioria dos seus membros.

Art. 65 - O membro da Comissão Temporária será destituído, caso não compareça, injustificadamente, a duas reuniões
consecutivas ou três alternadas.

§ 1º - Constatadas as faltas injustificadas pelo Presidente da Comissão, o mesmo deverá expedir comunicado ao
Presidente da Câmara que, de plano, declarará a destituição do referido membro.

§ 2º - Caso não ocorra o devido comunicado ao Presidente da Câmara do preceituado no § 1º, este, constatando as
faltas injustificadas, através do setor competente da Casa, declarará, de ofício, a destituição do membro.

§ 3º - O Presidente da Câmara preencherá, por nomeação, as vagas verificadas nas Comissões Temporárias, de acordo
com a indicação do Líder do partido respectivo.

§ 4º - Em não havendo Vereador para ser indicado pela respectiva Bancada com assento na Casa, a vaga será
preenchida por indicação do Presidente da Câmara.

§ 5º - As destituições e as novas indicações de membros das Comissões Temporárias serão comunicadas pelo
Presidente da Câmara aos Senhores Vereadores, em Plenário, durante a primeira reunião ordinária subsequente.

Art. 66 - Os relatórios finais das Comissões Temporárias serão apreciados pelo Plenário, nas seguintes condições:

I - o Presidente da Câmara, após receber o relatório final da Comissão, determinará sua publicação aos
Vereadores, observando-se a antecedência mínima de cinco dias para a sua inserção na pauta da ordem do dia;
II - o relatório será apreciado na primeira reunião após a ciência aos Vereadores, nos termos do inciso anterior;
III - na ordem do dia, o relator da Comissão terá o prazo de dez minutos para efetuar a leitura do parecer,
prorrogável por igual período, se necessário;
IV - após a leitura, o Presidente da Câmara colocará o parecer em discussão e votação.

Art. 67 - Aplicam-se às Comissões Temporárias, no que couberem, as disposições regimentais relativas às Comissões
Permanentes.

Art. 68 - O pedido de sobrestamento de Comissões Temporárias, será feito por uma única vez, devendo ser expresso o
seu motivo e o prazo de duração, que não poderá ser superior a trinta dias, mediante requerimento assinado pela
maioria de seus membros, sujeito à deliberação do Plenário.

CAPÍTULO III
DO PLENÁRIO

Art. 69 - Plenário é o órgão deliberativo e soberano da Câmara, constituído pela reunião dos Vereadores em exercício,
em local, forma e número estabelecidos neste Regimento.

§ 1º - O local é o recinto da sede da Câmara Municipal.

§ 2º - A forma legal para deliberar é a reunião regida pelos dispositivos referentes às matérias estatuídas em leis ou
neste Regimento.

§ 3º - O quorum é o número de Vereadores determinado em lei ou neste Regimento, para a realização das reuniões e
para as deliberações.

Art. 70 - A discussão e a votação de matéria pelo Plenário, constantes ou não da ordem do dia, só poderão ser
efetuadas com a presença da maioria absoluta dos membros da Câmara.

Arti. 71 - As deliberações do Plenário serão tomadas:

a) por maioria simples;


b) por maioria absoluta;
c) por maioria qualificada.

§ 1º - A maioria simples é a que compreende mais da metade dos presentes na reunião.

§ 2º - A maioria absoluta é a que compreende mais da metade do número dos Vereadores;

§ 3º - A maioria qualificada é a que atinge ou ultrapassa a dois terços dos Vereadores.

§ 4º - Salvo disposição em contrário, as deliberações serão tomadas por maioria simples de votos.

TÍTULO III
DOS VEREADORES
CAPÍTULO I
DOS DEVERES DOS VEREADORES

Art. 72 - São deveres dos Vereadores:

a) residir no Município de Taquaraçu de Minas;


b) comparecer à hora regimental, nos dias designados para a abertura das reuniões;
c) votar as proposições submetidas à deliberação da Câmara;
d) desempenhar-se dos encargos que lhe forem cometidos, salvo motivo justo alegado perante o
Presidente da Comissão da qual faz parte, o Presidente da Câmara, à Mesa Diretora ou ao Plenário,
conforme o caso;
e) comparecer às reuniões das Comissões Permanentes, Especiais, Parlamentares de Inquérito e
Processantes, das quais seja integrante, prestando informações e emitindo pareceres nos processos a ele
distribuídos, com a observância dos prazos regimentais;
f) propor à Câmara todas as medidas que julgar convenientes aos interesses do Município e a
segurança e bem-estar dos municípios, bem como impugnar as que lhe pareçam contrárias ao interesse
público;
g) comparecer decentemente trajado às Reuniões;
h) manter o decoro parlamentar;
i) conhecer e cumprir esse Regimento.

Art. 73 - O Vereador não poderá:

I - desde a expedição do diploma:


a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, fundação pública,
empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária do serviço público
municipal, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerados, inclusive os de que seja
demissível “ad nutum”, nas entidades indicadas na alínea anterior, salvo mediante aprovação em
concurso público conforme o disposto nesta Lei orgânica;

II - desde a posse:
a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresas que goze de favor decorrente de contrato
com a pessoa jurídica de direito público, ou nela exercerem função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que seja demissível ad nutum nas entidades indicadas no inciso I,
alínea “a”, salvo licenciando-se do exercício do mandato;
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I,
alínea "a";
d) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

Art. 74 - As viagens dos Vereadores serão subvencionadas apenas quando forem a serviço da Câmara
Municipal.

Parágrafo único - A solicitação de viagem será feita por requerimento escrito, devidamente
protocolado, o qual será apreciado pelo Presidente.

CAPÍTULO II
DAS FALTAS E DAS LICENÇAS

Art. 75 - Será atribuída falta ao Vereador que não assinar o livro de presença e não participar de
votações, salvo motivo justo.

§ 1º - Caso a Reunião seja encerrada antes da ordem do dia ou não se realize por falta de quorum, será
considerado presente o Vereador que assinar o livro de presença e responder a pelo menos uma
chamada para verificação de quorum.

§ 2º - A justificativa das faltas far-se-á por requerimento fundamentado ao Presidente da Câmara, que o
decidirá.

Art. 76 - O Vereador poderá licenciar-se somente:

a) por doença devidamente comprovada ou por licença gestante;


b) para desempenhar missão de caráter transitório;
c) para tratar de interesse particular;
d) para exercer, no Poder Executivo, o cargo de Secretário Municipal.
Parágrafo único - A licença depende de requerimento fundamentado, lido na primeira reunião ordinária
ou extraordinária após o seu recebimento, cabendo ao Presidente da Câmara decidi-la e dar
conhecimento ao Plenário.

Art. 77 - Quanto as hipóteses de licenças previstas pelas letras "a",”b” e "c" do Art. anterior, serão
observados os seguintes princípios:

I - no caso da letra "a", a licença será por prazo determinado, devendo o requerimento estar
instruído por atestado firmado por médico;
II - no caso da letra "c", a licença será por prazo determinado, nunca inferior a
30 (trinta) dias, não podendo o Vereador reassumir o mandato antes do prazo; e
III - em ambos os casos é expressamente vedada a reassunção do Vereador antes do término da
licença.

Art. 78 - Encontrando-se o Vereador impossibilitado física ou mentalmente de subscrever comunicação


de licença para tratamento de saúde, caberá ao Presidente da Câmara declará-lo licenciado, mediante
comunicação escrita por qualquer Vereador, devidamente instruída com atestado médico.

Art. 79 - É facultado ao Vereador prorrogar seu tempo de licença, por meio de novo pedido.

Art. 80 - O Vereador investido no cargo de confiança será considerado licenciado nos termos da letra
"d" do Art. 76.

Parágrafo único - Na hipótese do presente Art., o Vereador dará ciência imediata e por escrito ao
Presidente da Câmara.

Art. 81 - Aprovada a licença, o Presidente convocará, imediatamente, o respectivo suplente, desde que
o afastamento seja superior a 30(trinta) dias.

§ 1º - Os suplentes, quando convocados, deverão tomar posse no prazo de quinze dias da data do
recebimento da convocação, por ofício protocolado.

§ 2º - A recusa do suplente, quando convocado para tomar posse, importa em renúncia tácita do
mandato, devendo o Presidente, após o decurso do prazo estipulado no parágrafo anterior, declarar
extinto o mandato e convocar o próximo suplente.

§ 3º - O suplente de Vereador, para licenciar-se, precisa antes, assumir e estar no exercício do cargo.

CAPÍTULO III
DO SUBSÍDIO

Art. 82 - O Vereador receberá subsídio fixado por Resolução de iniciativa da Mesa Diretora, em cada
Legislatura para a subsequente, observado o que dispõem os art. 29-A, inciso I; 39, § 4º; 57, § 7º; 150,
inciso II; 153, inciso III e 153, § 2º, inciso I, da Constituição Federal, o qual será pago até o dia cinco
de cada mês, subsequente ao vencido.

§ 1º - O não comparecimento do Vereador à reunião da Câmara implica desconto do subsídio mensal, na seguinte
proporção:

I - reunião ordinária: 10%(dez por cento) do subsídio;


II - reunião extraordinária: 10%(dez por cento) do subsídio;
III - reunião de comissão: 10%(dez por cento) do subsídio

§ 2º - O desconto de que trata o § 1º não será aplicado quando a falta for por problema de saúde, comprovado por
atestado médico, ou por outro motivo cuja justificativa escrita, apresentada antecipadamente ou até quarenta e oito
horas após a reunião, seja aceita pela Mesa Diretora.
CAPÍTULO IV
DA EXTINÇÃO E CASSAÇÃO DO MANDATO
SEÇÃO I
Da Extinção do Mandato

Art. 83 - Perderá o mandato o Vereador e assim será declarado pelo Presidente da Câmara, nos casos
de:

I - falecimento;
II - renúncia;
III - cassação;
IV - suspensão dos direitos políticos ou condenação transitada em julgado;

Art. 84 - Ocorrido e comprovado o ato ou fato extintivo, o Presidente comunicará ao Plenário e fará
constar da ata a declaração da extinção do mandato.

Parágrafo único - O Presidente que deixar de declarar a extinção ficará sujeito às sanções de perda do
cargo e proibição de nova eleição para cargo da Mesa Diretora durante a legislatura.

Art. 85 - A renúncia de Vereador far-se-á por ofício, dirigido à Câmara,


reputando-se aberta a vaga, independentemente de votação, desde que seja lido em reunião da Câmara.

SEÇÃO II
Da Cassação do Mandato

Art. 86 - O vereador perderá o mandato quando:

I - utilizar-se do mandato para a prática de atos de corrupção ou de improbidade administrativa;


II - fixar residência fora do Município;
III - proceder de modo incompatível com a dignidade da Câmara, ou faltar com o decoro na sua
conduta pública;
IV - proceder de modo atentatório às instituições vigentes;
V - deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela Câmara, dentro do prazo fixado em lei;
VI - deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das reuniões ordinárias e
extraordinárias, salvo licença ou missão autorizada pela Mesa Diretora;
VII - incidir nos impedimentos para o exercício do mandato, estabelecidos em lei;
VIII - tiver cassado o diploma ou mandato, por decisão da Justiça Eleitoral

Parágrafo único - Considerar-se-á incompatível com o decoro parlamentar, o abuso das prerrogativas
asseguradas ao Vereador, ou percepção, no exercício do mandato, de vantagens ilícitas ou imorais.

Art. 87 - Nas hipóteses previstas no art. 86, o processo de cassação obedecerá ao rito estabelecido neste
Regimento.

Art. 88 - A Câmara Municipal, tomando conhecimento de qualquer ato do Vereador que possa
configurar infração político-administrativa sujeita ao seu julgamento e sancionada com a perda do
mandato, prevista na Lei Orgânica e ou neste Regimento, poderá nomear Comissão Processante ou
Comissão Parlamentar de Inquérito, conforme o caso, com prazo de noventa dias, cujo procedimento é
o seguinte:

§ 1º - O prazo a que se refere este artigo poderá ser prorrogado, uma única vez e por igual período,
mediante requerimento da Comissão Processante, aprovado pelo Plenário da Câmara.
§ 2º - A denúncia escrita da infração poderá ser feita por qualquer cidadão, partido político ou
Vereador, com exposição dos fatos e indicação das provas.

§ 3º - Se o denunciante for Vereador, ficará impedido de votar sobre a denúncia e de integrar a


Comissão Processante, podendo, todavia, praticar todos os atos de acusação.

§ 4º - Se o denunciante for o Presidente da Câmara, passará a presidência ao substituto legal, para todos
os atos do processo e, neste caso, poderá praticar os atos de acusação, ficando impedido de votar.

§ 5º - Serão convocados suplentes dos Vereadores impedidos de votar, os quais não poderão integrar a
Comissão Processante.

§ 6º - De posse da denúncia, o Presidente da Câmara, na primeira reunião, determinará sua leitura e


consultará o Plenário sobre o seu recebimento, que deliberará em um único turno de discussão e
votação, cabendo a cada Vereador o prazo de dez minutos para discutir, sem apartes.

§ 7º - Decidido pelo recebimento, pelo voto da maioria absoluta da Câmara, na mesma reunião será
constituída a Comissão Processante, com três Vereadores sorteados dentre os desimpedidos, os quais
elegerão, desde logo, o Presidente e o Relator.

§ 8º - O ato da Mesa, constituindo a Comissão Processante, será promulgado até o encerramento da


reunião ordinária em que for formada, sendo a mesma suspensa para esse fim, caso necessário.

§ 9º - Recebendo o processo, o Presidente da Comissão iniciará os trabalhos dentro de cinco dias,


notificando o denunciado, com a remessa de cópia da denúncia e documentos que a instruírem, para
que, no prazo de dez dias, apresente defesa prévia, por escrito, indique as provas que pretende produzir
e arrole testemunhas, até o máximo de dez.

§ 10 - As notificações e intimações ao denunciado e às testemunhas dos atos da Comissão, far-se-ão de


acordo com o estabelecido no Código de Processo Civil.

§ 11 - A Comissão Processante poderá propor projeto de Resolução, suspendendo de suas funções o


Vereador denunciado, até a votação final do processo, convocando-se o seu suplente para assumir o
cargo, enquanto durar a suspensão.

§ 12 - O projeto de Resolução a que alude o § 11 entrará na ordem do dia da primeira reunião ordinária
após a sua apresentação, sobrestando-se a deliberação das demais matérias, devendo ser deliberado na
mesma reunião em que for lido, pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores.

§ 13 - Decorrido o prazo da defesa, a Comissão Processante emitirá parecer, dentro de cinco dias,
opinando pelo prosseguimento ou arquivamento da denúncia, o qual, neste caso, será submetido ao
Plenário que o deliberará por maioria absoluta de votos. Se a Comissão opinar pelo prosseguimento, o
Presidente da Comissão designará, desde logo, o início da instrução e determinará os atos, diligências e
audiências que se fizerem necessárias para o depoimento do denunciado e inquirição das testemunhas.

§ 14 - O denunciado será informado de todos os atos do processo, pessoalmente ou na pessoa de seu


procurador, com antecedência de pelo menos vinte e quatro horas, sendo-lhe permitido assistir as
diligências e audiências, bem como formular perguntas e reperguntas às testemunhas e requerer o
que for de interesse da defesa.

§ 15 - Concluída a instrução, será aberta vista do processo ao denunciado, para razões escritas, no prazo
de cinco dias e, após, a Comissão Processante emitirá parecer final, pela procedência ou improcedência
da acusação, concluindo-se por projeto de Resolução, encaminhando-o, com todas as peças do
processo, à Comissão de Constituição e Justiça para que emita parecer no prazo dez dias, o qual terá
caráter puramente orientativo, não sendo deliberado pelo Plenário.
§ 16 - Após a Comissão de Constituição e Justiça emitir o parecer, o Presidente da Câmara convocará,
com antecedência de cinco dias, reunião extraordinária, constando da ordem do dia somente o projeto
de Resolução, que será publicado na íntegra aos senhores Vereadores e ao denunciado.

§ 17 - Na reunião de julgamento o processo será lido integralmente e, a seguir, os Vereadores que


desejarem poderão manifestar-se, verbalmente, pelo tempo máximo de dez minutos cada um e, ao final,
o relator da Comissão processante e denunciado ou seu procurador, terão o prazo máximo de duas
horas, respectivamente, para sustentação oral da acusação e da defesa.

§ 18 - Concluída a defesa, proceder-se-á tantas votações quantas forem as infrações articuladas na


denúncia, considerar-se-á cassado o mandato do denunciado, pelo voto de pelo menos dois terços dos
membros da Câmara, se for declarado incurso em qualquer das infrações especificadas na denúncia.

§ 19 - Todas as votações relativas ao processo de cassação serão feitas nominalmente, em votação


nominal, devendo os resultados ser proclamados imediatamente pelo Presidente e, obrigatoriamente,
consignada a votação sobre cada infração em ata.

§ 20 - Concluída a deliberação do projeto de Resolução, o Presidente da Câmara proclamará,


imediatamente, o resultado e, se houver condenação, convocará o suplente para assumir o cargo. Se o
resultado da votação for absolutório, o Presidente da Câmara determinará o arquivamento do processo.
Em qualquer dos casos, o Presidente da Câmara comunicará à Justiça Eleitoral, o resultado.

Art. 89 - O presidente que deixar de promulgar a Resolução de cassação do mandato de Vereador ficará
sujeito às sanções de perda do cargo e proibição de nova eleição para cargo da Mesa durante a
Legislatura.

CAPÍTULO V
DA SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO

Art. 90 - Dar-se-á suspensão do exercício do mandato de Vereador:

I - por incapacidade civil absoluta, julgada por sentença de interdição;


II - por condenação criminal que impuser pena de privação de liberdade e enquanto durar seus
efeitos.

Art. 91 - A substituição do titular suspenso do exercício do mandato, pelo respectivo suplente, dar-se-á
até o final da suspensão.

CAPÍTULO VI
DOS LÍDERES E VICE-LÍDERES

Art. 92 - Líder é o porta-voz de uma bancada partidária com no mínimo


dois vereadores.

§ 1º - Cada bancada indicará à Mesa Diretora, dentro de quinze dias contados do início da 1ª Sessão
Legislativa, o seu Líder e Vice-Líder.

§ 2º - Enquanto não for feita a indicação prevista no § 1º , a Mesa Diretora considerará como Líder e
Vice-Líder os Vereadores mais votados, de cada bancada, respectivamente.

§ 3º - Os Líderes serão substituídos em suas faltas, licenças ou impedimentos, pelos Vice-Líderes.

§ 4º - Sempre que houver alteração nas lideranças deverá ser feita a devida comunicação à Mesa
Diretora.
Art. 93 - É de competência do Líder, além de outras atribuições que lhe são conferidas por este
Regimento, a indicação de Vereadores da Bancada para integrar Comissões Permanentes.

Art. 94 - É facultado ao líder, a qualquer momento, salvo quando estiver procedendo a discussão e
votação de matérias, houver orador na Tribuna e a palavra estiver com o residente, usar a palavra para
tratar de assunto relevante, urgente e de interesse do Partido, no prazo máximo e improrrogável de dez
minutos, com apartes.

Parágrafo único - O uso da palavra, nos termos do caput deste Art., pelo Líder da bancada, será feito
uma única vez por reunião.

Art. 95 - Sempre que o Prefeito, através de ofício dirigido à Mesa Diretora, indicar Vereador para
intérprete de seu pensamento junto à Câmara, este gozará de todas as prerrogativas concedidas aos
Líderes.

Art. 96 - A reunião de Líderes, para tratar de assunto de interesse geral,


realizar-se-á por proposta de qualquer deles ou por iniciativa do Presidente da Câmara.

TÍTULO IV
DAS REUNIÕES
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
SEÇÃO I
Das Reuniões e sua Abertura

Art. 97 - As Reuniões da Câmara:

I - Ordinárias;
II - Extraordinárias;
III - Especiais;
IV - Solenes;

§ 1º - As reuniões da Câmara são públicas, salvo deliberação em contrário, tomada pela maioria
qualificada da Câmara, quando ocorrer motivo relevante.

§ 2º - Em reuniões secretas não haverá votação de proposições;

§ 3º - Para assegurar a publicidade das reuniões da Câmara, serão publicadas na imprensa oficial do
Município, as sínteses das atas e as ordens do dia.

§ 4º - Qualquer pessoa pode assistir as reuniões da Câmara, na parte reservada ao público, desde que:

I - apresente-se convenientemente trajado;


II - não porte arma;
III - conserve-se em silencio- durante os trabalhos;
IV - não manifeste apoio ou desaprovação ao que se passa em Plenário;
V - atenda às determinações do Presidente.

§5º - O Presidente determinará a retirada do assistente que se conduza de forma a perturbar os


trabalhos, e evacuará o recinto sempre que julgar necessário, podendo, inclusive, solicitar a força
policial.

Art. 98 - A Câmara delibera com a presença de maioria dos seus membros.

Parágrafo único - Inexistindo número legal na primeira chamada, o presidente determinará a leitura da
alta da sessão anterior e dos documentos constantes do expediente; dentro de quinze minutos será feita
nova chamada, e persistindo a falta de quorum o Presidente encerrará a reunião e mandará lavrar a ata
constando o nome dos vereadores presentes.

Art. 99 - A verificação de presença em reunião plenária poderá ocorrer em qualquer momento, a


requerimento verbal de Vereador, ou por iniciativa do Presidente, caso em que a reunião será encerrada
se constatado que o número de Vereadores presentes não atinge o mínimo do art.98.

§ 1º - O Vereador que solicitar a verificação de quorum e não responder a chamada será considerado
ausente.

Art. 100 - As reuniões da Câmara terão a duração máxima de 03 (três) horas, podendo ser prorrogadas a
requerimento verbal de Vereador, aprovado pelo Plenário.

Art. 101 - Durante as reuniões, somente os Vereadores, assessores, servidores autorizados, e


representantes da imprensa devidamente cadastrados, poderão permanecer no recinto do Plenário.

Parágrafo único - A convite do Presidente, por iniciativa própria ou sugestão de qualquer Vereador,
poderão assistir os trabalhos no recinto do Plenário, autoridades Federais, Estaduais ou Municipais,
personalidades homenageadas, que terão lugar reservado para esse fim.

Art. 102 - O presidente declara a abertura da sessão da Câmara proferindo as seguintes palavras: "sob a
proteção de Deus, declaro abertos os trabalhos".

SEÇÃO II
Do Uso da Palavra

Art. 103 - Durante as reuniões, o Vereador só poderá falar para:

I - versar assunto de sua livre escolha, desde que inscrito para ocupar a tribuna;
II - discutir matéria em debate;
III - apartear;
IV - encaminhar votação;
V - declarar ou justificar voto;
VI - levantar questão de ordem;
VII - apresentar, reiterar ou discutir proposições.

Art. 104 - O uso da palavra será regulado pelas normas seguintes:

§ 1° - No caso do inciso I, o orador falará de pé, fazendo uso do microfone;

§ 2° - Nos casos dos incisos II a VII, o Vereador falará de pé, salvo autorização do Presidente a falar
sentado.

§ 3º - O Vereador só usará a palavra depois de autorizado pelo Presidente; seu pronunciamento poderá
constar da ata da reunião;

§ 4° - O Vereador poderá interromper o orador que estiver na Tribuna, mediante “aparte”, se assim o
for concedido pelo próprio orador;

§ 5° - Se o Vereador pretender falar sem que lhe tenha sido dada a palavra, ou permanecer na Tribuna
além do tempo que lhe é concedido, o Presidente advertir-lo-á a sentar-se; se, apesar da advertência e
do convite, o Vereador insistir em falar, o Presidente lhe cassará a palavra;

§ 6° - Se o Vereador ainda insistir em falar, perturbando a ordem ou o andamento dos trabalhos, o


Presidente convidá-lo-á a retirar-se do Plenário;
§ 7° - O Vereador, ao falar, dirigirá a palavra ao Presidente;

§ 8º - Ao dirigir-se ao Vereador, aquele que fizer uso da palavra dispensará o seguinte tratamento:
"Vossa Excelência”, "Senhor Vereador", "Nobre Vereador"; ou "Nobre Colega";

§ 9º - Não é permitido referir-se a seus pares e, de modo geral, a qualquer representante do Poder
Público, de forma descortês ou injuriosa.

SEÇÃO III
Da Suspensão e do Encerramento da Reunião

Art. 105 - A Reunião poderá ser suspensa:

I - para preservação da ordem;


II - para permitir, quando for o caso, que a Comissão possa exarar parecer escrito;
III - por solicitação de Líder de Bancada;
IV - para recepcionar visitantes ilustres;

§ 1º - Os motivos da suspensão serão comunicados aos ouvintes, e ao retornar os trabalhos o Presidente


dará ciência sobre as manifestações ou decisões ocorridas.

§ 2º - A suspensão da reunião, no caso dos incisos III e IV não poderá exceder de trinta minutos, e nem
ser renovada, a pedido do mesmo líder, para a discussão da mesma matéria.

§ 3º - O tempo de suspensão não será computado na duração da reunião.

Art. 106 - A reunião será encerrada antes da hora regimental, por deliberação do Presidente, de o´ficio,
ou a requerimento de Vereador, nos seguintes casos:

I - por falta de quorum regimental;


II - por motivo de luto, calamidade pública;
III - de tumulto grave.

Art. 107 - Encerrada a reunião, o Presidente proferirá as seguintes palavras: “declaro encerrada a
reunião".

SEÇÃO IV
Da Prorrogação das Reuniões

Art. 108 - As reuniões, a requerimento de Vereador e mediante deliberação do Plenário, poderão ser
prorrogadas por tempo determinado, não superior a uma hora.

Parágrafo único - Dentro dos limites estabelecidos no caput, admitir-se-á o fracionamento de horas nas
prorrogações, somente de trinta em trinta minutos.

Art. 109 - Os requerimentos de prorrogação são verbais, não se admitindo discussão, encaminhamento
de votação ou justificativa de voto.

Parágrafo único - Os requerimentos de prorrogação serão apresentados nos últimos vinte minutos que
antecederem ao término do prazo.

Art. 110 - De cada reunião da Câmara, lavrar-se-á ata dos trabalhos, contendo, resumidamente, os
assuntos tratados, a fim de ser submetida ao Plenário.
§ 1º - As proposições e documentos apresentados em reunião serão indicados apenas com a declaração
do objeto a que se referirem números e autores, respectivamente, salvo requerimento verbal de qualquer
Vereador, de transcrição integral da matéria em ata, aprovado pelo Plenário.

§ 2º - A transcrição de declaração de voto, feita por escrito e em termos concisos e regimentais, deve
ser requerida verbalmente ao Presidente.

§ 3º - A ata da reunião anterior será submetida ao Plenário, na reunião subsequente.

§ 4º - A ata poderá ser redigida pela Secretaria Administrativa, na forma estabelecida no caput, e será
colocada à disposição dos Vereadores.

§ 5º - As atas das reuniões solenes serão, segundo determinação do Presidente, colocadas à disposição
dos Vereadores na Secretaria Administrativa, independentemente de deliberação do Plenário.

§ 6º - Cada vereador poderá falar uma só vez sobre a ata para pedir sua retificação, durante cinco
minutos, sem apartes.

§ 7º - Aprovada a retificação, a mesma será incluída na ata da Reunião em que ocorrer a sua votação.

§ 8º - Aprovada a ata, esta será assinada pelo Presidente e pelo Secretário.

Art. 111 - A ata da última reunião de cada legislatura será redigida, lida e submetida à aprovação, com
qualquer número, antes de encerrar-se a reunião.

CAPÍTULO II
DAS REUNIÕES ORDINÁRIAS
SEÇÃO I
Disposições Preliminares

Art. 112 - As reuniões ordinárias ocorrem em número de duas mensais: a primeira, até o dia cinco, e a
segunda, até o dia quinze, de cada mês, e terão a duração de três horas.

Parágrafo único - Nas reuniões ordinárias os Vereadores trajarão roupas sócio-esportivas.

Art. 113 - As reuniões ordinárias compor-se-ão de quatro partes:

I - tribuna livre;
II - expediente;
III - ordem do dia;
IV - comunicações finais.

SEÇÃO II
Da Tribuna Livre

Art. 114 - Na última reunião ordinária de cada mês a Tribuna Livre será facultada a
dois representantes de entidades legalmente constituídas, e devidamente inscritas, com antecedência de
24 (vinte e quatro) horas do início da seção, na Secretaria Administrativa da Câmara.

Parágrafo único - O uso da palavra na Tribuna Livre não excederá a dez minutos, sendo permitido a
Vereador presente apartear ou solicitar esclarecimentos.

Art. 115 - A entidade interessada no acesso à Tribuna Livre, atenderá as seguintes exigências:

I - fazer seu pedido na Secretaria Administrativa da Câmara;


II - indicar, no ato da inscrição, com clareza e objetividade, a matéria a ser exposta.
Art. 116 - O Presidente da Câmara poderá indeferir a inscrição quando a matéria a ser exposta não se
relacionar diretamente com as atividades administrativas, socioeconômicas, políticas, sindicais,
culturais e assistenciais do Município de Taquaraçu de Minas, tiver conteúdo que contrarie os
princípios constitucionais do país, ou versar sobre questão exclusivamente pessoal.

Parágrafo único - A decisão do Presidente é irrecorrível.

Art. 117 - O orador usará da palavra em termos respeitáveis e compatíveis com a dignidade da Câmara,
obedecendo as normas desse regimento e as restrições impostas pelo Presidente.

§ 1º - O Presidente cassará a palavra do orador que persistir em se expressar com linguagem imprópria,
cometendo abuso ou desrespeitando a Câmara, seus Vereadores e funcionários, ou as autoridades
constituídas, não lhe cabendo nenhuma ação contra a decisão do Presidente.

§ 2º - A exposição do orador poderá ser entregue ao Presidente, por escrito, para efeito de
encaminhamento a quem de direito ou para sua transcrição na ata dos trabalhos, a critério do
Presidente.

Art. 118 - A entidade que fizer uso da Tribuna Livre, somente poderá inscrever-se novamente após três
meses, contados da reunião em que se manifestou.

SEÇÃO III
Do Expediente

Art. 119 - O Expediente, terá a duração improrrogável de uma hora e trinta minutos, devendo ser
observada a seguinte ordem:

I - leitura e aprovação da ata da reunião anterior;


II - leitura de comunicações e correspondências recebidas;
III - leitura de pareceres;
IV - apresentação, sem discussão de proposições;
V - oradores inscritos.

Art. 120 - As matérias a serem registradas no Expediente, serão encaminhadas à Câmara até às 12 horas
do dia da Reunião.

Parágrafo único - Será lido e encaminhado a quem de direito as indicações dos Vereadores.

Art. 121 - Terminado o Expediente o Presidente anunciará a Ordem do Dia.

SEÇÃO IV
Da Ordem do Dia

Art. 122 - A Ordem do Dia será organizada pelo Presidente da Câmara.

Art. 123 - A Ordem do Dia com tempo de duração estimado em uma hora e vinte e cinco minutos
destina-se à:

I - leitura e encaminhamento:

a) indicações;
b) moções;

II - leitura, discussão e votação:


a) veto;
b) emenda à Lei Orgânica;
c) projeto de lei;
d) projeto de resolução;
e) requerimento;
f) representação;
g) redações finais.

§ 1° - A ordem do dia conterá somente proposições que contenham pareceres de todas as Comissões
Permanentes.

§ 2° - Os projetos de emenda à Lei Orgânica, lei complementar, e de resolução, serão lidos somente sua
ementa.

Art. 124 - A ordem do dia estabelecida nos termos do art. 123, só poderá ser interrompida ou alterada:

I - para comunicação de licença do Vereador;


II - para a posse de Vereador ou Suplente;
III - em caso de inclusão de projeto na pauta, em regime de urgência especial;
IV - em caso de inversão de pauta;
V - em caso de retirada da proposição da pauta;

Art. 125 - As proposições constantes da ordem do dia, poderão ser objeto de:

I - preferência para votação;


II - adiamento;
III - retirada de pauta.

SUBSEÇÃO I
Regime Especial de Urgência

Art. 126 - Urgência é a dispensa de exigências, interstícios ou formalidades regimentais, respeitados os


seguintes requisitos:

I - leitura no expediente;
II - pareceres das comissões;
III - quorum para deliberação.

§ 1º - As proposições urgentes, assim consideradas por requerimento aprovado pelo Plenário, na forma
do § 2º, terão o mesmo tratamento e trâmite regimental, apreciadas em única discussão e votação.

§ 2º - A urgência só poderá ser solicitada quando a observância dos prazos regimentais implicar em
perda do prazo ou prejuízo justificável e dependerá de apresentação de requerimento escrito, com a
necessária justificativa, e o pedido somente será considerado para apreciação do Plenário quando a
iniciativa for:

I - da Mesa Diretora, em proposição de sua autoria;


II - do Prefeito, para projeto de sua autoria;
III - maioria dos líderes.

§ 3º - O requerimento deverá ser aprovado pela maioria dos membros da Câmara e a proposição será
incluída na ordem do dia da próxima reunião, ressalvado o previsto no
§ 6º deste Art..

§ 4º - Se rejeitado o requerimento de que trata o §3º fica prejudicado o previsto no § 6º.


§ 5º - Não se admitirá regime de urgência para os projetos de leis orçamentárias, créditos adicionais,
códigos e estatutos.

§7º - Aprovada a proposição, conforme o disposto neste Art., os trabalhos serão suspensos até que seja
elaborada a redação final para ser apreciada na mesma reunião.

SUBSEÇÃO II
Do Adiamento

Art. 127 - Por deliberação do Plenário, o adiamento da discussão ou votação de proposição, pode ser a
requerimento escrito de qualquer vereador, devendo ser especificada a finalidade e o número de
reuniões propostas.

§ 1º - O adiamento da votação de qualquer matéria será admitido, desde que não tenha sido votada
nenhuma peça do processo.

§ 2º - Não será admitido o adiamento em projetos que tenham sido inseridos na ordem do dia em
regime de urgência especial.

§ 3º - Os projetos que tenham sido inseridos na ordem dia com parecer contrário de qualquer uma das
Comissões Permanentes, poderão ser adiados apenas uma vez, devendo ser apreciados,
obrigatoriamente, na reunião em que forem reinseridos.

SUBSEÇÃO III
Da Retirada

Art. 128 - A retirada de proposição de tramitação dar-se-á, a qualquer momento, independentemente de


deliberação do Plenário, por solicitação de seu autor, ou do líder do governo em projetos de autoria do
Executivo.

Parágrafo único - A retirada de pauta de proposição da ordem do dia dar-se-á, por deliberação do
Plenário, por solicitação de seu autor, ou do líder do governo em projetos de autoria do Executivo.

CAPITULO III
DAS REUNIÕES EXTRAORDINÁRIAS

Art. 129 - A reunião extraordinária da Câmara Municipal, para deliberação de matéria específica, pode
ser convocada:

I - pelo Presidente, de ofício;


II - pela maioria absoluta dos membros da Câmara;

Art. 130 - As reuniões extraordinárias serão convocadas com antecedência mínima de 24 (vinte e
quatro) horas, fazendo-se constar da convocação a ordem do dia.

Art. 131 - Sempre que houver convocação da reunião extraordinária, o Presidente fará a devida
comunicação aos Vereadores, especificando o dia, a hora e a respectiva pauta da matéria a ser
deliberada.

Art. 132 - Nas reuniões extraordinárias só se delibera as matérias constantes da ordem do dia, com
quórum de maioria absoluta dos membros da Câmara.

CAPÍTULO IV
DAS REUNIÕES SOLENES E ESPECIAIS
Art. 133 - As reuniões solenes destinam-se à realização de homenagens e ou comemorações, e as
reuniões especiais destinam-se a discussão ou exposição de assuntos de relevante interesse público.

Art. 134 - As reuniões solenes são convocadas pelo Presidente.

Art. 135 - Nas reuniões solenes, o Vereador usará terno.

Art. 136 - As reuniões solenes e especiais poderão ser realizadas fora do recinto da Câmara, e não
haverá verificação de presença.

§ 1º - Nas Reuniões tratadas no caput, não haverá tempo determinado para seu encerramento, lavrando-
se, entretanto, a ata.

§ 2º - Será elaborado previamente e com ampla divulgação, o programa a ser obedecido nas reuniões
solenes e especiais, podendo, inclusive, usar da palavra, autoridades, homenageados, representantes de
classes, e de outras entidades, sempre a critério do Presidente da Câmara.

TÍTULO V
DAS PROPOSIÇÕES
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 137 - As proposições constituirão em:

I - indicações;
II - requerimentos;
III - projeto de emenda à Lei Orgânica;
IV - projetos de lei complementar;
V - projetos de lei ordinária;
VI - projetos de resolução;
VII - projeto de decreto legislativo;
VIII - substitutivo ou emenda;
IX - moção.

Art. 138 - As proposições serão redigidas em termos claros e sintéticos, e serão justificadas.

Art. 139 - Serão restituídas ao autor, as proposições:

I - manifestamente antirregimentais, ilegais ou inconstitucionais;


II - quando, em se tratando de substitutivo ou emenda, não guardem direta relação com a
proposição a que se refere; e
III - quando, consubstanciem matéria anteriormente rejeitada, vetada ou com veto mantido.

§ 1º - As razões da devolução ao autor, de qualquer proposição, nos termos do presente Art., serão
devidamente fundamentadas pelo Presidente.

§ 2º - Não se conformando o autor com a decisão do Presidente, poderá recorrer do ato ao Plenário.

Art. 140 - As proposições subscritas pela Comissão de Justiça e Redação, não poderão deixar de ser
recebidas sob alegação de ilegalidade ou inconstitucionalidade.

Art. 141 - A propositura de iniciativa de Vereador poderá ser apresentada individual ou coletivamente.

§ 1º - As atribuições ou prerrogativas regimentais conferidas ao autor serão exercidas em Plenário por


um só dos signatários da proposição, regulando-se a precedência segundo a ordem em que a
subscreveram.
§ 2º - O quorum para a apreciação de proposituras de iniciativa coletiva, exigido pela Lei Orgânica ou
por este Regimento, será obtido mediante a verificação de presença da maioria.

§ 3º - No caso de iniciativa coletiva, a retirada será feita a requerimento da maioria dos subscritores da
proposição.

§ 4º - As assinaturas à proposição não poderão ser retiradas após sua entrega à Mesa Diretora.

Art. 142 - A proposição de autoria de Vereador licenciado, renunciante ou com mandato cassado,
entregue à Mesa antes de efetivada a licença, renúncia ou apreciada, terá tramitação regimental.

§ 1º - O Suplente não poderá subscrever a proposição que se encontre nas condições previstas no caput,
quando de autoria de Vereador que esteja substituindo.

§ 2º - A proposição do Suplente entregue à Mesa Diretora, quando em exercício, terá tramitação


normal, embora não tenha sido lida ou apreciada antes de o Vereador efetivo ter reassumido.

§ 3º - O Vereador efetivo, ao reassumir, não poderá subscrever proposições de seu Suplente, que se
encontre nas condições do § 2º.

CAPÍTULO II
DAS INDICAÇÕES

Art. 143 - Indicação é a proposição em que o Vereador sugere ao Poder Executivo ou à Mesa da
Câmara, medidas de interesse público.

Parágrafo único - Apresentada a indicação até a hora prevista neste Regimento, o Presidente a
despachará, dando conhecimento ao Plenário do conteúdo da mesma.

Art. 144 - Não é permitido dar forma de indicação a assuntos reservados, por este Regimento, para
constituir objeto de Requerimento.

§ 1º - No caso de entender o Presidente, que a Indicação não deva ser encaminhada, dará conhecimento
da decisão ao autor; caso este não aceite a decisão, o Presidente solicitará o pronunciamento da
Comissão competente, cujo parecer escrito será discutido e votado no Expediente da reunião ordinária
subsequente.

CAPÍTULO III
DOS REQUERIMENTOS
SEÇÃO I
Disposições Preliminares

Art. 145 - Requerimento é a proposição dirigida por qualquer Vereador ou Comissão, ao Presidente,
sobre matéria de competência da Câmara.

Art. 146 - Os requerimentos assim se classificam:

I - quanto a maneira de formulá-los:

a) verbais;
b) escritos.

II - quanto a competência para decidi-los:

a) sujeitos a despacho de plano do Presidente;


b) sujeitos a deliberação do Plenário.

III - quanto a fase de formulação:

a) específicos às fases de Expediente;


b) específicos à Ordem do Dia;
c) comuns a qualquer fase da Reunião.

Art. 147 - Não se admitirão emendas a requerimentos, facultando-se somente a apresentação de


substitutivos.

Parágrafo único - Os requerimentos a serem ao Poder Executivo deverão obedecer às normas


constitucionais pertinentes, ser claros, ter assuntos certos e determinados, com indicação de sua
finalidade ou objetivo, mencionar as cópias pretendidas, com as justificativas de seu autor e
pormenores que facilite o seu atendimento dentro do prazo legal, evitando-se desvio de finalidade e o
abuso de direito.

Art. 148 - Sempre que um requerimento dependa da deliberação do Plenário, somente será possível a
sua apreciação, com a presença do seu autor.

Art. 149 - Nos casos em que o requerimento, requisitando o envio de documentos ou informações,
forem atendidos pelo Poder Executivo de forma inadequada, incompleta, incompatível, ou não seja
respondido no prazo previsto na Lei Orgânica e neste Regimento, o Presidente da Câmara,
imediatamente, renovará o Expediente visando a integral satisfação da propositura pelo Executivo,
dentro do prazo máximo de quarenta e oito horas.

§ 1º - O atendimento inadequado ou o não atendimento a que se refere o caput deste artigo ensejará, por
parte da Mesa Diretora, na tomada de medidas administrativas e judiciais cabíveis que o caso requeira,
no prazo máximo de trinta dias.

§ 2º - Nos casos previstos no caput e/ou no § 1º, decorridos os trinta dias sem que a Mesa Diretora tome
as providências cabíveis, poderá o Vereador autor do requerimento provocá-las através de requerimento
endereçado ao Presidente, que terá no máximo novos trinta dias para atendê-lo com as medidas
administrativas e judiciais pertinentes, sob pena de responsabilidade.

§ 3º - Das respostas encaminhadas pelo Poder Executivo, o Presidente da Câmara dará ciência ao
Vereador interessado, cujos documentos permanecerão na Secretaria da Câmara à disposição de toda a
edilidade, ficando vedada aos Vereadores a repetição do requerido, no todo ou em parte, na mesma
sessão.

SEÇÃO II
Dos Requerimentos Sujeitos a Despacho de Plano do Presidente

Art. 150 - Será despachado de plano pelo Presidente, o requerimento que solicitar:

I - retirada, pelo autor, de requerimento verbal ou escrito;


II - retificação de ata;
III - verificação de presença;
IV - verificação nominal de votação;
V - requisição de documento ou publicação existente na Câmara, para subsídio de proposição
em discussão;
VI - retirada, pelo autor, de proposição sem parecer ou com parecer contrário;
VII - juntada ou desentranhamento de documentos;
VIII - inscrição em ata de voto de pesar, por falecimento;
IX - convocação de reunião extraordinária;
X - justificação de falta do Vereador às reuniões plenárias;
XI - constituição de Comissão de Representação, quando requerida pela maioria absoluta dos
Vereadores;
XII - constituição de Comissão Parlamentar de Inquérito, quando requerida por um terço dos
Vereadores;
XIII - volta à tramitação de proposições arquivadas em término de Legislatura;
XIV - informações sobre fato relacionado com matéria legislativa em trâmite ou sobre fato
sujeito à fiscalização da Câmara;
XV - autorização para vereador proceder viagem a serviço da Câmara;

Parágrafo único - Serão, necessariamente escritos, os requerimentos que aludem os incisos V, VI,VIII,
IX, X, XI, XII, XIV, XV.

SEÇÃO III

Dos Requerimentos Sujeitos à Deliberação do Plenário

Art. 151 - Dependerá de deliberação do Plenário, independentemente de discussão, o requerimento que


solicitar:

I - inclusão de projeto na pauta, em regime de urgência;


II - adiamento de discussão ou votação de proposição;
III - retirada de proposição da Ordem do Dia;
IV - prorrogação da reunião;
V - para não ser lido em Plenário o resumo da ata.

Parágrafo único - Os requerimentos referidos nos incisos I, II, e V do presente Art. serão verbais e os
demais, necessariamente, escritos.

Art. 152 - Dependerá de deliberação do Plenário, após discussão o requerimento que solicitar:

I - licença do Prefeito e Vice-Prefeito;


II - autorizar o Prefeito a ausentar-se do Município por mais de quinze dias;
III - licença de vereadores, para fins de representação;
IV - inserção em ata de voto de louvor, júbilo ou congratulações, por ato ou acontecimento de
alta significação;
V - manifestação de apoio ou repúdio a publicações, fatos, acontecimentos ou outros atos de
interesse para o Município, Estado ou Nação;
VI - prorrogação de prazo ou sobrestamento de Comissões Temporárias da Câmara;
VII - autorização para vereador realizar viagem a serviço da Câmara.

Parágrafo único - Os requerimentos de que tratam os incisos IV e V serão apresentados em forma de


moção.

Art. 153 - Sempre que um requerimento comportar discussão, cada Vereador disporá, para discuti-lo,
de cinco minutos, com apartes.

Art. 154 - Os requerimentos que autorizam viagem dos vereadores, com ônus para a Câmara Municipal,
seguem às seguintes regras:

I - não podem ser apreciados e votados em bloco, juntamente com os demais, devendo sempre
ser apreciados em destaque;
II - conterão o motivo da viagem, com as razões de sua realização;
III - após a viagem, o vereador apresentará relatório ao Presidente da Câmara Municipal
discriminando os resultados obtidos;
IV - terão prioridade na votação sobre qualquer outro tipo de requerimento.
CAPÍTULO IV
DOS PROJETOS
SEÇÃO I

Disposições Preliminares

Art. 155 - A Câmara exerce sua função legislativa por meio de:

I - projetos de Emenda à Lei Orgânica;


II - projetos de Lei Complementar;
III - projetos de Lei Ordinária;
IV - projetos de Resolução;
V - projeto de Decreto Legislativo.

Art. 156 - O projeto de Emenda à Lei Orgânica poderá ser proposto por:

I - 1/3 (um terço), no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;


II - Prefeito;
III - iniciativa popular, assinada por, no mínimo, 5%(cinco por cento) do eleitorado do
Município.

§ 1º - A Lei Orgânica não pode ser emendada na vigência do estado de defesa, estado de sítio ou
intervenção.

§ 2º - A proposta será discutida e votada em dois turnos, com interstício mínimo de dez dias,
considerando-se aprovada quando obtiver em ambas as votações, o voto favorável de dois terços dos
membros da Câmara Municipal.

§ 3º - A Emenda aprovada será promulgada pela Mesa da Câmara, com o respectivo número de ordem.

§ 4º - A matéria constante de Emenda rejeitada ou havida por prejudicada não poderá ser objeto de
nova proposta na mesma Sessão Legislativa.

Art. 157 - Projeto de Lei Complementar ou Ordinária, é toda proposição que tem por fim regular
matéria legislativa de competência da Câmara e sujeita à sanção do Prefeito.

§ 1º - A iniciativa dos projetos de Lei cabe:

I - à Mesa da Câmara;
II - ao Prefeito;
III - ao Vereador;
IV - à Comissão Permanente;
V - aos cidadãos.

§ 2º - A iniciativa popular dar-se-á através de projeto de lei de interesse específico do Município,


através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado do Município.

§ 3º - Os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais, serão fixados por lei de
iniciativa da Mesa Diretora da Câmara Municipal.

Art. 158 - Compete exclusivamente ao Prefeito à iniciativa dos projetos de lei que disponham sobre:

I - criação e extinção de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e


autárquica, bem como a fixação da respectiva remuneração, ressalvada a remuneração relativa aos
cargos de Secretários Municipais;
II - criação, estruturação e atribuições das secretarias municipais e órgãos da administração;
III- regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos servidores.
IV - as diretrizes orçamentárias, cujo projeto de lei deverá ser enviado à Câmara Municipal até o
dia 15 de abril de cada ano;
V - o plano plurianual, cujo projeto de lei deverá ser enviado à Câmara até o dia 30 de setembro
do primeiro ano de cada mandato;
VI - o orçamento anual, cujo projeto de lei deverá ser enviado à Câmara Municipal até o dia 30
de setembro de cada ano.

Parágrafo único - Ressalvado o disposto na Constituição Federal, aos projetos de iniciativa do Prefeito,
não serão admitidas Emendas que aumentem a despesa, nem as que alterem a criação de cargos.

Art. 159 - Os projetos de lei com prazo para apreciação estabelecido em lei dependem de parecer das
Comissões, precedidos de parecer jurídico.

Parágrafo único - Nas hipóteses previstas no caput, as proposituras não poderão sofrer adiamento da
discussão e votação.

Art. 160 - Projeto de resolução é a proposição destinada a regulamentar matéria político administrativa
da Câmara.

Parágrafo único - Constitui matéria de projeto de Resolução:

I - assuntos de economia interna da Câmara;


II - perda de mandato do Vereador;
III - destituição da Mesa ou de qualquer de seus membros;
IV - Regimento Interno;
V - deliberação sobre o parecer do Tribunal de Contas do Estado, relativo às contas do
Executivo;
VI - criação de cargos da Câmara e fixação da respectiva remuneração.

Art. 161 - Os projetos de lei e de resolução observarão os requisitos da Lei Complementar nº 95 de 26


de fevereiro de 1998, e serão acompanhados de justificação, com exposição circunstanciada dos
motivos de mérito que fundamentam a adoção da medida proposta.

SEÇÃO II
Da Tramitação dos Projetos

Art. 162 - Os projetos, inclusive os substitutivos, serão lidos e distribuídos de plano às Comissões
Permanentes.

§ 1º - Os projetos serão apreciados em primeiro lugar, pela Comissão de Justiça e redação.

§ 2º - Quando o projeto apresentado for de autoria de todas as Comissões competentes, será


considerado em condições de figurar na Ordem do Dia.

§ 3º - As Comissões, em seus pareceres, poderão oferecer substitutivo ou emendas, que não serão
considerados quando constantes de voto em separado ou voto vencido.

§ 4º - No transcorrer das discussões em primeiro turno, será admitida a apresentação de emendas, as


quais serão apreciadas, em segundo turno, após os devidos pareceres.

Art. 163 - Todos os substitutivos, emendas e pareceres aos projetos serão entregues aos Vereadores
antes de sua inclusão na Ordem do Dia.

Art. 164 - Os projetos rejeitados em qualquer fase de discussão serão arquivados.


SEÇÃO III
Da Discussão e Votação

Art. 165 - Instruído o projeto com os pareceres de todas as Comissões a que forem distribuídos, será
incluído na ordem do dia para a primeira discussão e votação, ou discussão e votação, únicas, conforme
for o caso.

Parágrafo único: O adiamento da discussão de qualquer proposição somente poderá ser proposto antes
de iniciar-se a mesma.

I - O adiamento será sempre por tempo determinado.


II - Apresentados 2 (dois) ou mais requerimentos de adiamento, será votado de preferência, o que
marcar menor prazo.
III - Não se concederá adiamanto de matéria que se ache em regime de urgência especial ou
simples.
IV - O adiamento poderá ser motivado por pedido de vista, caso em que houver mais de um, a vista
será sucessiva para cada um dos requerentes e pelo prazo máximo de 3(três) dias para cada um
deles.

Art. 166 - Para discussão e votação em Plenário de projeto de autoria de Vereador, será necessária a
presença de seu autor.

§ 1º - Se o Vereador autor do projeto não estiver presente e desde que não tenha respondido a nenhuma
chamada anteriormente formulada, o mesmo sairá automaticamente da ordem do dia, retornando na
reunião ordinária subsequente.

§ 2º - Excetuam-se da exigência deste artigo os projetos de autoria do Executivo, os de iniciativa


popular e os que estiverem em regime de urgência.

Art. 167 - Encerrada a discussão, passar-se-á à votação.

Art. 168 - Se houver substitutivos, estes serão votados com antecedência sobre o projeto original.

§ 1º - A aprovação de um substitutivo prejudica os demais, bem como o projeto original.

§ 2º - Na hipótese de rejeição do substitutivo, passar-se-á à votação do projeto original.

Art. 169 - Se o projeto requerer duas discussões, deverá ser incluído na ordem do dia para o segundo
turno, tendo como preliminar as possíveis emendas apresentadas.

SUBSEÇÃO I
Da Segunda Discussão e Votação

Art. 170 - Serão discutidas e votadas em preliminar, as emendas apresentadas ao projeto e, se


aprovadas, incorporará ao texto original.

Art. 171 - Encerrada a discussão, passar-se-á à votação.

Art. 172 - Se o projeto for aprovado, será desde logo enviado à sanção do Prefeito ou à promulgação do
Presidente, conforme o caso.

SUBSEÇÃO II
Da Redação Final

Art. 173 - Ressalvado o disposto no art. 157, terminada a fase de votação, o projeto com emendas e
substitutivos será encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça para elaboração, no prazo de três
dias, da Redação Final, de acordo com a deliberação, sendo incluído na ordem do dia da reunião
imediatamente posterior.

Parágrafo único - Será considerado como redação final o projeto regularmente aprovado sem
modificação, dispensado o previsto no caput.

Art. 174 - Aprovada ou dispensada a redação final, a matéria será enviada no prazo de cinco dias à
apreciação do Prefeito Municipal, para sanção.

SEÇÃO IV
Da Tramitação de Projetos com Prazo Legal Estabelecido para Apreciação

Art. 175 - Os projetos com prazo estabelecido para apreciação, lidos na ordem do dia da primeira
reunião ordinária seguinte ao seu recebimento pela Câmara, serão despachados pelo Presidente às
Comissões competentes.

Art. 176 - A Comissão de Constituição e Justiça terá o prazo de 07(sete) dias, contados do recebimento
do parecer jurídico, para emitir parecer.

Art. 177 - À Comissão de Constituição e Justiça é facultada a apresentação de substitutivos, desde que
versando sobre o aspecto legal ou constitucional da matéria.

Art. 178 - Se o projeto receber parecer contrário da Comissão de Constituição e Justiça quanto ao
aspecto legal ou constitucional, será incluído em pauta da próxima reunião ordinária, para discussão e
votação, únicas, do parecer.

§ 1º - Aprovado o parecer contrário da Comissão de Constituição e Justiça será o projeto arquivado.

§ 2º - Rejeitado o parecer contrário da Comissão de Constituição e Justiça, o projeto seguirá sua


tramitação normal, com apreciação das demais Comissões.

Art. 179 - Apresentado o parecer de mérito da Comissão ou Comissões, o processo irá à ordem do dia,
a critério do presidente.

Parágrafo único - Em caso de rejeição do projeto, este será remetido ao arquivo.

Art. 180 - Aprovado o projeto ou substitutivo, será a matéria remetida ao Prefeito para sanção.

CAPÍTULO V
DOS SUBSTITUTIVOS E DAS EMENDAS

Art. 181 - Substitutivo é a proposição apresentada por Vereador, por Comissão Permanente, pela Mesa
ou pelo Prefeito, para substituir integralmente outra já existente sobre o mesmo assunto.

§ 1º - Para a apresentação de substitutivos deverá ser observado o disposto no


Art. 162 deste Regimento.

§ 2º - Não será permitido a Vereador, à Comissão, à Mesa ou ao Prefeito, a apresentação de mais de um


Substitutivo a mesma proposição, sem prévia retirada do anteriormente apresentado.

§ 3º - Os Substitutivos serão discutidos e votados com antecedência sobre a proposição inicial, na


ordem de sua apreciação.

§ 4º - O Substitutivo oferecido por qualquer Comissão terá preferência para discussão e votação sobre
as de autoria de Vereador, Mesa ou do Prefeito.
Art. 182 - Emenda é a proposição apresentada por Vereador, por Comissão Permanente, pela Mesa ou
pelo Prefeito, que visa alterar parte do projeto a que se refere.

§ 1º - A Emenda só será admitida em Comissão ou até a discussão em primeiro turno, quando:

I - apresentada por Comissão Permanente;


II - por ofício do Prefeito, aos projetos de sua competência privativa;
III - apresentada por Vereador.

§ 2º - Após a votação em primeiro turno não serão admitidas emendas a nenhum projeto, salvo aquelas
apresentadas pela maioria dos membros da Câmara ou pela maioria dos líderes.

Art. 183 - As emendas, depois de aprovado o projeto ou o substitutivo em primeiro turno, serão votadas
uma a uma, em segundo turno, na ordem direta de sua apresentação, exceto quanto às de autoria de
Comissão, que terão sempre preferência.

§ 1º - A requerimento de qualquer Vereador, ou mediante proposta do Presidente, com aprovação do


Plenário, poderão ser votadas por grupos, devidamente especificadas, ou em bloco.

§ 2º - As emendas rejeitadas não poderão ser reapresentadas.

Art. 184 - Não serão aceitos, por impertinentes, substitutivos ou emendas, que não tenham relação
direta ou imediata com a matéria contida na proposição a que se refiram.

Parágrafo único - O recebimento de substitutivo ou emenda impertinente, não implica na


obrigatoriedade de sua votação, podendo o Presidente considerá-los prejudiciais antes de submetê-los à
votação.

Art. 185 - O substitutivo e as emendas, antes de serem apreciados pelo Plenário, receberão parecer da
Comissão de Constituição e Justiça, precedido do parecer jurídico, devendo o Presidente, quando for o
caso, suspender a reunião para a emissão dos mesmos.

§ 1º - Se o substitutivo ou emenda receber parecer contrário da Comissão de Constituição e Justiça, o


parecer será imediatamente submetido à apreciação do Plenário.

§ 2º - Aprovado o parecer contrário da Comissão de Constituição e Justiça, a emenda será arquivada.

§ 3º - Rejeitado o parecer contrário da Comissão de Constituição e Justiça, o projeto seguirá sua


tramitação normal.

§ 4º - Sendo o substitutivo ou a emenda de autoria da Comissão de Constituição e Justiça, a própria


justificativa da Comissão terá efeito de parecer.

§ 5º - O Substitutivo ou a Emenda de autoria do Prefeito será encaminhado por ofício ao Presidente da


Câmara, que dará conhecimento do mesmo ao Plenário, no Expediente, e determinará a sua inclusão no
projeto.

CAPÍTULO VI
DA RETIRADA E ARQUIVAMENTO DE PROPOSIÇÕES

Art. 186 - A retirada de proposição dar-se-á, observada a regra do art. 128, nos seguintes termos:

I - quando constante da ordem do dia, nos termos do art. 128;


II - quando não tenham ainda sido incluídas na ordem do dia:
a) por solicitação do autor, ou do líder do governo em projetos de autoria do Executivo, deferida
de plano pelo Presidente, se a proposição estiver inquinada de ilegalidade ou inconstitucionalidade, ou
se a matéria não tiver recebido nenhum parecer favorável da Comissão de mérito;
b) por solicitação de seu autor ou do líder do governo em projetos de autoria do Executivo,
deferida de plano pelo Presidente, se a proposição ainda não tiver recebido nenhum parecer;
c) se, de autoria da Mesa ou de Comissão Permanente, obedecida a regra geral pela maioria dos
seus membros.

Art. 187 - No início de cada Legislatura, serão arquivadas todas as proposições da Legislatura anterior
de autoria de Vereadores que não tenham sido reeleitos.

§ 1º - As proposições de iniciativa do Executivo e de Vereadores reeleitos continuarão tramitando


normalmente, exceto os requerimentos e as indicações, que serão arquivados.

§ 2º - As proposições arquivadas nos termos deste artigo, exceto os requerimentos e as indicações,


poderão voltar à tramitação normal, desde que requerido.

§ 3º - Não poderão ser desarquivadas as proposições eivadas de inconstitucionalidade ou ilegalidade e


as que tenham parecer contrário da Comissão de Constituição Justiça.

TÍTULO VI
DOS DEBATES E DELIBERAÇÕES
CAPÍTULO I
DA DISCUSSÃO
SEÇÃO I
Disposições Preliminares

Art. 188 - Discussão é a fase dos trabalhos destinada aos debates em Plenário.

Art. 189 - Os debates deverão realizar-se com urbanidade e ordem.

Art. 190 - Não serão permitidos apartes:

I - à palavra do Presidente, quando na direção dos trabalhos;


II - paralelos ou cruzados;
III - quando o orador estiver encaminhando votação, declarando voto, falando sobre a ata ou
pela ordem;
IV - quando o Líder de Bancada estiver fazendo uso da palavra, nos termos do
art. 94;
V - para solicitar esclarecimentos ao Prefeito, na hipótese prevista no Art. 249.

§ 1º - Os apartes subordinar-se-ão às disposições relativas aos debates em tudo o que lhe for aplicável.

§ 2º - Não constarão da ata os apartes proferidos em desacordo com os dispositivos regimentais e assim
declarados pelo Presidente.

SEÇÃO II
Do Encerramento da Discussão

Art. 191 - O encerramento da discussão dar-se-á:

I - por falta de orador;


II - por disposição legal;
III - a requerimento de Vereador, mediante deliberação do Plenário, pelo voto favorável da
maioria absoluta dos membros da Câmara.
Parágrafo único - O requerimento de encerramento da discussão comporta apenas encaminhamento de
votação.

CAPÍTULO II
DA VOTAÇÃO
SEÇÃO I
Disposições preliminares

Art. 192 - Votação é o ato complementar da discussão, através do qual o Plenário manifesta sua
vontade deliberativa.

Parágrafo único - Considera-se qualquer matéria em fase de votação, a partir do momento em que o
Presidente declara encerrada a discussão.

Art. 193 - O Vereador presente à Reunião não poderá escusar-se de votar.

Parágrafo único - O Vereador votará favorável, contrário, ou em branco, mediante abstenção.

Art. 194 - Votada uma proposição, todas as demais que tratem do mesmo assunto serão consideradas
prejudicadas e remetidas ao arquivo.

SEÇÃO II
Do Encaminhamento da Votação

Art. 195 - A partir do momento em que o Presidente declarar a matéria já debatida e com discussão
encerrada, poderá ser solicitada a palavra para encaminhamento da votação, ressalvados os
impedimentos regimentais.

SEÇÃO III
Dos Processos de Votação

Art. 196 - São dois os processos de votação:

I - simbólico;
II - nominal.

Art. 197 - O processo simbólico de votação consiste na simples contagem de votos favoráveis e
contrários, apurados pela forma estabelecida no parágrafo seguinte.

Parágrafo único - Quando o Presidente submeter qualquer matéria à votação, pelo processo simbólico,
convidará os Vereadores favoráveis a permanecerem como estão e os contrários a se manifestarem,
procedendo em seguida, à necessária proclamação do resultado.

Art. 198 - O processo nominal de votação consiste na contagem dos votos favoráveis e contrários, com
a consignação expressa do nome e do voto de cada Vereador.

Parágrafo único - Proceder-se-á, obrigatoriamente, votação nominal para:

I - destituição da Mesa;
II - votação do Parecer do Tribunal de Contas do Estado, sobre as contas do Prefeito;
III - votação de proposições que exijam maioria absoluta ou dois terços dos Vereadores;
IV - votação de requerimento de convocação de Secretário Municipal;
V - votação de requerimento de regime de urgência especial.
Art. 199 - Ao submeter qualquer matéria à votação nominal, o Presidente convidará os Vereadores a
responderem "favorável" ou "contrário", à medida que forem sendo chamados.

§ 1º - O Secretário, ao proceder à chamada, anotará as respostas na respectiva lista, repetindo em voz


alta o voto de cada Vereador e também declarando os ausentes.

§ 2º - Terminada a chamada a que se refere o § 1º e, caso não tenha alcançado "quorum" para
deliberação, o Secretário procederá, ato contínuo, a uma segunda e última chamada dos Vereadores que
ainda não tenham votado.

§ 3º - Enquanto não for proclamado o resultado da votação, é facultado ao Vereador retardatário


proferir seu voto.

§ 4º - O Vereador poderá retificar seu voto antes de anunciado o resultado, na forma regimental.

§ 5º - Concluída a votação, o Presidente proclamará o resultado, anunciando o número de Vereadores


que votaram "favoráveis" e o número daqueles que votaram "contrários".

SEÇÃO IV
Da Verificação Nominal de Votação

Art. 200 - Se algum Vereador tiver dúvida quanto ao resultado da votação simbólica proclamada pelo
Presidente, poderá requerer verificação nominal de votação.

§ 1º - O requerimento de verificação nominal de votação será de imediato e, necessariamente, atendido


pelo Presidente.

§ 2º - Nenhuma votação admitirá mais de uma verificação.

§ 3º - Ficará prejudicado o requerimento de verificação nominal de votação, caso não se encontre


presente no momento em que for chamado pela primeira vez, o Vereador que o requereu.

§ 4º - Prejudicado o requerimento de verificação nominal de votação, pela ausência de seu autor, ou por
pedido de retirada, faculta-se a qualquer outro Vereador formulá-lo.

SEÇÃO V
Da Declaração de Votos

Art. 201 - Declaração de voto é o pronunciamento do Vereador sobre os motivos que o levaram a
manifestar-se contrário ou favoravelmente à matéria votada.

Art. 202 - A declaração de voto a qualquer matéria far-se-á de uma só vez, depois de concluída, por
inteiro, a votação de todas as peças do processo.

Art. 203 - Em declaração de voto, cada Vereador disporá de um minuto, sendo vedados apartes.

CAPÍTULO III
DO TEMPO DE USO DA PALAVRA

Art. 204 - O tempo de que dispõe o Vereador, sempre que ocupar a Tribuna, será de quinze minutos e
começará a fluir no instante em que lhe for dada a palavra.

Parágrafo único - Quando o Vereador for interrompido em seu discurso por qualquer motivo, exceto
por aparte concedido, o prazo de interrupção não será computado no tempo que lhe cabe.
Art. 205 - Salvo disposição em contrário, os Vereadores dispõem dos seguintes tempos para fazer uso
da palavra:

I - quinze minutos na Tribuna para exposição do orador;


II - dois minutos em aparte;
III - três minutos pela ordem, para pedir esclarecimentos;
IV - dois minutos para pedir retificação ou para impugnar a ata;
V - dois minutos para o Vereador responder interpelações ou prestar esclarecimentos;
VI - cinco minutos para o Líder de bancada;
VII - dez minutos para explicação de autor ou relatores de projetos, quando requerida;
VIII - cinco minutos para encaminhamento de votação, sem apartes;
IX - dois minutos para declaração de voto;
X – cinco minutos para solicitar esclarecimentos aos Secretários Municipais, quando
comparecerem em reunião da Câmara;
XI – quinze minutos para defesa oral de propositura de iniciativa popular;
XII - Na discussão de matérias:

a) veto: dez minutos;


b) única ou primeira discussão de projetos: dez minutos;
c) segunda discussão de projetos: cinco minutos;
d) redação final ou de reabertura de discussão: três minutos;
e) parecer de inconstitucionalidade ou ilegalidade do projeto: cinco minutos;
f) pareceres do Tribunal de Contas sobre contas do Prefeito: dez minutos;
g) recebimento de denúncia de infração político-administrativa do Prefeito: cinco minutos para
cada Vereador;
h) recebimento de denúncia de infração de Vereador: cinco minutos para cada Vereador;
i) processo de julgamento de cassação de Prefeito, Vereador ou destituição de membro da Mesa
Diretora: uma hora para o relator, dez minutos para cada Vereador, sem apartes, e uma hora para o
denunciado ou seu procurador;
j) cinco minutos para requerimentos;
k) três minutos para emendas;

CAPÍTULO IV
DAS QUESTÕES DE ORDEM E DOS PRECEDENTES REGIMENTAIS

Art. 206 - Pela ordem, o Vereador só poderá falar declarando o motivo fundamentado no Regimento
Interno para:

I - reclamar contra preterição de formalidades regimentais;


II - suscitar dúvidas sobre a interpretação do Regimento ou quando este for omisso para propor
o melhor método para o andamento dos trabalhos;
III - na qualidade de Líder, para dirigir comunicação à Mesa, nos termos do
art. 94.
IV - solicitar prorrogação do prazo de funcionamento de Comissão Especial ou comunicar a
conclusão de seus trabalhos;
V - solicitar a retificação de voto;
VI - solicitar a censura do Presidente a qualquer pronunciamento de outro Vereador, que
contenha expressão, frase ou conceito que considerar injurioso;
VII - solicitar ao Presidente esclarecimentos sobre assuntos de interesse da Câmara.

Art. 207 - Não se admitirão questões de ordem:

I - quando, na direção dos trabalhos, o Presidente estiver com a palavra;


II - na fase do Expediente;
III - quando houver orador na Tribuna;
IV - quando se estiver processando qualquer votação.
Art. 208 - A questão de ordem formulada nos termos do inciso VI, do Art. 206, só será publicada caso o
Presidente não promova a censura solicitada.

Art. 209 - Para falar pela ordem, cada Vereador disporá de um minuto.

Art. 210 - Se a questão de ordem comportar resposta, esta será dada imediatamente, se possível; caso
contrário, em fase posterior da mesma reunião ou na reunião ordinária seguinte.

SEÇÃO I
Dos Precedentes Regimentais

Art. 211 - Os casos não previstos neste Regimento serão decididos pelo Presidente, passando as
decisões a constituir precedentes regimentais que orientarão a solução dos casos análogos.

§ 1º - Também constituirão precedentes regimentais, as interpretações do Regimento, feitas pelo


Presidente.

§ 2º - Os precedentes regimentais serão condensados pelo Presidente até o término da reunião ordinária
seguinte, e posterior publicação aos Vereadores.

§ 3º - Para os efeitos do § 2º o precedente conterá, além do texto, a indicação do dispositivo regimental


a que se refere, o número e a data da reunião em que foi estabelecido e a assinatura do Presidente.

TÍTULO VII
DA ELABORAÇÃO LEGISLATIVA ESPECIAL
CAPÍTULO I
DOS ORÇAMENTOS
SEÇÃO I
Disposições Preliminares

Art. 212 - Os projetos de lei, de iniciativa do Prefeito, que dispõem sobre o Plano Plurianual e
Diretrizes Orçamentárias serão enviados à Câmara até o dia quinze de abril, e o projeto da lei
orçamentária, até o dia trinta de setembro.

Art. 213 - Recebidos os projetos de que trata o art. 214, serão numerados, lidos no Expediente da
primeira reunião seguinte, enviados à Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas, e
distribuídos aos Vereadores.

Art. 214 - O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara Municipal, para propor modificação nos
projetos a que se refere o art. 214, enquanto não for emitido o parecer da Comissão de Finanças,
Orçamento e Tomada de Contas.

Art. 215 - Tratando-se do orçamento anual, não tendo a Câmara Municipal recebido a proposta até a
data prevista no art. 214, será considerada como projeto, a Lei Orçamentária vigente, pelos valores de
sua edição inicial, monetariamente corrigido pela aplicação de índice inflacionário oficial, respeitado o
princípio do equilíbrio orçamentário.

Art. 216 - Em nenhuma fase da tramitação dos projetos de que trata o art. 214, conceder-se-á vista do
processo a qualquer Vereador.

SEÇÃO II
Da Tramitação do Projeto de Lei Orçamentária

Art. 217 - A Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas, disporá do prazo regimental para
emitir seu parecer, que deverá apreciar o aspecto constitucional, formal, e de mérito do projeto.
§ 1º - As emendas apresentadas, devidamente justificadas, serão encaminhadas à Comissão de
Finanças, Orçamento e Tomada de Contas para apreciação.

§ 2º - Apresentado o parecer da Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas, o projeto será


incluído em ordem do dia da próxima reunião ordinária, para discussão e votação, sendo vedada a
apresentação de emendas após o parecer.

§ 3º - Não serão recebidas, pelo Presidente, emendas em desacordo com as normas gerais de direito
financeiro, para elaboração e controle dos orçamentos.

Art. 218 - Em seu parecer, a Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas, observará as
seguintes normas:

I - as emendas da mesma natureza ou objetivo serão reunidas pela ordem numérica de sua
apresentação, em três grupos, conforme a Comissão recomende sua aprovação, rejeição ou cuja
apreciação transfira ao Plenário;
II - a Comissão poderá oferecer novas emendas, de caráter técnico ou retificativo, ou que visem
restabelecer o equilíbrio financeiro;

Art. 219 - Aprovado o Projeto, a votação das emendas far-se-á individualmente ou em grupos,
conforme dispuser o parecer da Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas, ou o Plenário.

Art. 220 - Se aprovado sem emendas, o projeto será enviado à sanção do Prefeito, caso contrário, o
projeto retornará à Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas para elaborar a redação
final, no prazo de três dias.

Art. 221 - A Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas, ao elaborar o parecer de redação
final adaptará os termos das emendas que restabelece o equilíbrio financeiro ao qual foi deliberado em
Plenário sobre as demais emendas, devendo, nessa hipótese, mencionar no preâmbulo do parecer a
adaptação feita.

Art. 222 - A redação final, com as emendas, será incluída na ordem do dia da próxima reunião
ordinária.

Art. 223 - Aprovada a redação final, o projeto será encaminhado à sanção do Prefeito.

Art. 224 - A Câmara não entrará em recesso, enquanto não deliberar sobre os projetos de lei de que
trata o art. 214.

Art. 225 - Ressalvadas as disposições expressas neste Capítulo, para discussão e votação de projetos de
leis orçamentárias, aplicar-se-ão no que couber, as normas estabelecidas no Regimento Interno e Lei
Orgânica, para os projetos de Leis Complementares.

CAPÍTULO II
DA CONCESSÃO DE TÍTULOS HONORÍFICOS

Art. 226 - Por via de Resolução, aprovado em turno único, por dois terços de seus membros, a Câmara
poderá conceder Título de Cidadania ou Diploma de Honra ao Mérito, personalidades nacionais ou
estrangeiras ou pessoa jurídica, radicadas no país, comprovadamente dignas de honraria.

§ 1º - É vedada a concessão de títulos honoríficos a pessoas candidatas a cargos eletivos em nível


municipal, estadual ou federal.

§ 2º - Os títulos referidos no caput serão conferidos:


I - o título de Cidadão Honorário será conferido à personalidades não nascidas no Município de
Taquaraçu de Minas, mas que prestaram relevantes serviços à municipalidade, dignos de
reconhecimento público;
II - o diploma de Honra ao Mérito será conferido a personalidades ou pessoas jurídicas, nas
cidades ou estabelecidas, respectivamente, em Taquaraçu de Minas, que se destacaram pelos relevais
serviços que prestaram ao Município ou à humanidade.

Art. 227 - O projeto de concessão de título honorífico ou de honraria, além das formalidades
regimentais, será acompanhado de circunstanciada biografia da pessoa ou entidade que se deseja
homenagear, bem com a justificação expressa dos serviços prestados a Taquaraçu de Minas ou à
humanidade.

Art. 228 - O autor será considerado como fiador das qualidades da pessoa que se deseja homenagear e
da relevância dos serviços que tenha prestado, e não poderá solicitar a retirada da propositura depois de
recebida pela Mesa Diretora.

Parágrafo único - Cada Vereador poderá propor até dois projetos de concessão de honraria, por
Legislatura.

Art. 229 - Para discutir projeto de concessão de título honorífico, cada Vereador disporá do tempo
descrito no art. 205, inciso VII, alínea “b”, deste Regimento.

Art. 230 - As entregas dos títulos honoríficos serão feitas conjuntamente em reunião solene para este
fim convocada, realizada uma por ano legislativo.

§ 1º - O Vereador autor do projeto de Resolução e o Presidente da Câmara assinarão a honraria


outorgada.

§ 2º - Na reunião a que alude o caput, falarão o homenageado, ou um representante dos homenageados,


quando forem mais de um, e o Presidente, em nome da Câmara.

TÍTULO VIII

DA SANÇÃO, DO VETO, DA PROMULGAÇÃO E REGISTRO DE LEIS,


DECRETOS LEGISLATIVOS E RESOLUÇÕES

Art. 231 - O projeto de lei aprovado pela Câmara será enviado ao Prefeito, dentro de três dias úteis,
contados da data de sua aprovação, que, aquiescendo o sancionará.

Parágrafo único - Decorrido o prazo de quinze dias úteis, o silêncio do Prefeito importará em sanção.

Art. 232 - Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse
público, vetá-lo-á, total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do
recebimento.

Art. 233 - As razões do veto serão comunicadas ao Presidente da Câmara dentro de quarenta e oito
horas, as quais serão em Plenário, no Expediente da reunião seguinte.

Art. 234 - A Câmara Municipal deliberará sobre o veto no prazo de trinta dias de seu recebimento, em
único turno de discussão e votação, com parecer, só podendo ser rejeitado pelo voto de maioria dos
membros da Câmara.

§ 1º - Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no art. 236, o veto será incluído na ordem do dia
da reunião seguinte, sobrestando-se as demais proposições, até sua votação final.
§ 2º - A entrada da Câmara em recesso interromperá o prazo para apreciação do veto anteriormente
recebido.

Art. 235 - Para dar parecer sobre o veto será nomeada Comissão Especial, a qual terá prazo de sete
dias.

Art. 236 - Na discussão de veto, cada Vereador disporá de dez minutos.

Art. 237 - No veto parcial, a votação será, necessariamente, em bloco, quando se tratar de matéria
correlata ou idêntica.

Parágrafo único - Não ocorrendo a condição prevista no caput, será possível a votação em separado de
cada uma das disposições autônomas atingidas pelo veto, desde que assim o requeira um terço dos
Vereadores, com aprovação do Plenário, não se admitindo, para esse requerimento, discussão,
encaminhamento de votação ou declaração de voto.

Art. 238 - Para o acatamento do veto é suficiente o voto favorável da maioria simples do Vereadores
presentes na reunião.

§ 1º - Rejeitado o veto, o Presidente da Câmara enviará o projeto ao Prefeito para, em quarenta e oito
horas, promulgá-lo.

§ 2º - A manutenção do veto não restaura matéria suprimida ou modificada pela Câmara.

Art. 239. Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Prefeito, o Presidente da
Câmara a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice Presidente da Câmara fazê-
lo.

Art. 240 - Serão promulgados e enviados à publicação no prazo máximo de três dias, contados da data
de sua aprovação em Plenário, ressalvadas as exceções regimentais:

I - pela Mesa, as emendas à Lei Orgânica, com os respectivos números de ordem;


II - pelo Presidente, as Resoluções.

Art. 241 - Os originais de emendas à Lei Orgânica, de Leis, de Resoluções, serão registrados em livros
ou pastas próprios, e arquivados na Secretaria da Câmara, enviando-se ao Prefeito, para os fins legais,
cópia autêntica da Redação Final devidamente assinada pelo Presidente.

Art. 242 - A matéria constante de projeto de lei rejeitado, somente poderá constituir objeto de novo
projeto na mesma Sessão Legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara.

TÍTULO IX
DA POLÍCIA INTERNA

Art. 243 - O policiamento do edifício da Câmara, externa ou internamente, compete privativamente à


Mesa, sob a direção do Presidente, sem intervenção de qualquer outra autoridade.

Parágrafo Único - O policiamento poderá ser feito por investigadores de polícia, elementos da Polícia
Militar, pessoal contratado diretamente pela Câmara ou outros elementos requisitados à Secretaria de
Segurança Pública do Estado de Minas Gerais, e postos à disposição da Câmara.

Art. 244 - No edifício da Câmara é proibido o porte de armas, por qualquer pessoa, inclusive por
Vereadores, exceto pelos elementos do corpo de policiamento.

Art. 245 - É vedado aos espectadores manifestarem-se sobre o que se passar em Plenário.
§ 1º - Pela infração ao disposto no caput, o Presidente determinará ao corpo de policiamento a retirada
do infrator ou infratores do edifício da Câmara, inclusive empregando a força, se necessário.

§ 2º - Não sendo suficientes as medidas previstas no § 1º, o Presidente suspenderá ou encerrará a


reunião.

Art. 246 - A Mesa poderá prender em flagrante qualquer pessoa que perturbar a ordem dos trabalhos ou
que desacatar a Câmara ou qualquer de seus membros.

Parágrafo único - O auto de flagrante será lavrado pelo Secretário da Mesa, assinado pelo Presidente e
duas testemunhas e, a seguir, será encaminhado juntamente com o detido, à autoridade competente,
para a instauração de inquérito.

TÍTULO X
DO COMPARECIMENTO DO PREFEITO À CÂMARA

Art. 247 - Poderá o Prefeito Municipal comparecer à Câmara, em dia e hora previamente agendados,
para prestar esclarecimentos sobre matérias específicas, quando julgar oportuno fazê-lo.

§ 1º - A Câmara Municipal ouvirá o Prefeito em reunião Especial para esse fim convocada.

§ 2º - Cada vereador disporá, no máximo, de dois minutos para interpelar o Prefeito Municipal, na
ordem previamente estabelecida, mediante inscrição.

§ 3º O vereador que desejar fazer novas perguntas só poderá fazê-las mais uma única vez, e após terem
falado todos os vereadores inscritos pela primeira vez.

Art. 248 - Sempre que comparecer à Câmara, o Prefeito terá assento à Mesa, à direita do Presidente.

CAPÍTULO I
DA CONVOCAÇÃO DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS

Art. 249 - Os Secretários Municipais poderão ser convocados a requerimento de qualquer Vereador ou
Comissão, para prestar informações que lhe forem solicitadas sobre assunto de sua competência.

§ 1º - O requerimento indicará explicitamente o motivo da convocação, especificando os quesitos que


serão propostos ao Secretário.

§ 2º - Aprovado o requerimento de convocação, o Presidente da Câmara expedirá o respectivo ofício ao


Prefeito, para que seja estabelecido, em quarenta e oito horas, o dia e hora do comparecimento do
Secretário Municipal.

§ 3º - Cada Vereador disporá, no máximo, de dois minutos para interpelar o Secretário Municipal sobre
os quesitos constantes do requerimento, na ordem previamente estabelecida, mediante inscrição.

§ 4º - O Vereador que desejar fazer novas perguntas só poderá fazê-las mais uma única vez, e após
terem falado todos os Vereadores inscritos pela primeira vez.

Art. 250 - O Secretário Municipal atenderá à convocação da Câmara dentro do prazo improrrogável de
quinze dias contados da data do recebimento do ofício.

Art. 251 - A Câmara ou Comissão poderá reunir-se em reunião extraordinária, em dia e hora
previamente estabelecidos, com o fim específico de ouvir o Secretário Municipal sobre os motivos da
convocação.
§ 1º - Aberta a reunião, os Vereadores dirigirão interpelações ao Secretário Municipal, sobre os
quesitos constantes do requerimento, dispondo, para tanto, de 05 (cinco) minutos, sem apartes, na
ordem estabelecida em inscrição.

§ 2º - É facultado ao Vereador reinscrever-se para nova interpelação.

Art. 252 - Não havendo mais Vereadores inscritos para indagações relativas aos quesitos do
instrumento de convocação, o Secretário convocado, obedecidos os mesmos critérios, será interpelado
sobre outros assuntos relevantes que, por dever de ofício, seja obrigado a conhecer.

CAPÍTULO II
DAS CONTAS

Art. 253 - As contas do Poder Executivo, correspondentes a cada exercício financeiro, serão julgadas
pela Câmara, após o parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais.

Art. 254 - Recebido o parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, o Presidente
despachará, imediatamente, à Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas, a qual elaborará
o respectivo parecer, concluindo por projeto de Resolução ou Decreto Legislativo, no prazo regimental.

§ 1º - Após recebido o parecer da Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas, o projeto de


Resolução será encaminhará à Comissão de Constituição e Justiça para que, no prazo quinze dias emita
o respectivo parecer.

§ 2º - Instruído o projeto com o respectivo parecer, o Presidente o incluirá ordem do dia da próxima
reunião ordinária, sobrestando-se à deliberação quanto aos demais assuntos, até que se ultime a
votação.

§ 3º - Para discutir o parecer, cada Vereador disporá de dez minutos.

§ 4º - Somente por deliberação de dois terços dos membros da Câmara será rejeitado o Parecer Prévio
do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais.

Art. 255 - Para a apreciação das contas, a Câmara terá o prazo improrrogável de 120 (cento e vinte)
dias, contados de seu recebimento do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais.

Parágrafo único - Decorrido o prazo previsto no caput sem que a Câmara tenha deliberado a respeito, as
contas serão consideradas aprovadas ou rejeitadas, de acordo com as conclusões do Tribunal de Contas
do Estado de Minas Gerais.

Art. 256 - Rejeitadas as Contas, serão estas imediatamente enviadas ao Ministério Público, para os
devidos fins.

Parágrafo único - As contas do Município ficarão durante sessenta dias, anualmente, à disposição de
qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhe a legitimidade, nos termos
da lei.

TÍTULO XI
DA REFORMA DO REGIMENTO INTERNO

Art. 257 - Este Regimento Interno poderá ser alterado, reformado ou substituído, através de Resolução.

Art. 258 - O Projeto de Resolução que vise alterar, reformar ou substituir o Regimento Interno, somente
será admitido quando proposto:

I - por um terço dos membros da Câmara;


II - pela Mesa;
III - pela Comissão Especial para esse fim constituída.

§ 1º - O Projeto de Resolução a que se refere o caput será discutido e votado em turno único, e somente
será considerado aprovado se contar com o voto mínimo favorável da maioria absoluta dos Vereadores.

§ 2º - Cabe somente à Comissão de Constituição e Justiça manifestar-se no projeto de Resolução


referido no caput.

Art. 259 - Sempre que se proceder à reforma ou substituição do Regimento Interno, a Mesa da Câmara,
promulgará a Resolução, simultaneamente, com o respectivo Ato das Disposições Transitórias.

Art. 260 - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogada a Resolução nº 02 de
15 de abril de 1985.

Taquaraçu de Minas, 05 de dezembro de 2014.

Justificativa:

O presente projeto tem como finalidade substituir o Regimento Interno da Câmara de Taquaraçu de
Minas, de modo a atualizá-lo e adequá-lo conforme a Constituição da República, a Constituição do
Estado Minas Gerais e a Lei Orgânica Municipal. O projeto foi elaborado dentro das normas
determinadas pela própria Lei Orgânica Municipal, pelo Regimento Interno desta Casa, em seu art. 227,
e em consonância com os ditames da Lei Complementar nº 95, de 26 de fevereiro de 1998, que rege a
elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis.

Deste modo, esperamos contar com o apoio de todos os pares na sua aprovação.

Gisele Maria Dos Santos


Presidente Mesa Diretora da Câmara Municipal de Taquaraçu de Minas

Vilson Batista Sacramento


Vice-Presidente Câmara Municipal de Taquaraçu de Minas

Flávia Antônia de Barros Cruz


Secretária Câmara Municipal de Taquaraçu de Minas
REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA DE
TAQUARAÇU DE MINAS-MG

05-12-2014

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