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Valnielli Militão 1 ano atrás

Inscritaaa... Amei! Vou correr atrás! 😘

Marcio Alexandre 2 anos atrás


O curso superior de física é um curso de
"matemática aplicada à física", e não um curso
de "pensar a física". É uma verdadeira
frustração pra quem se amarra na física!
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Bala de Canela 2 anos atrás


Tem a parte de laboratório também, mas é verdade, o resto é bem matemático.

Marcio Alexandre 2 anos atrás


No laboratório eram feitas observações de eventos físicos, como pêndulo molar, para
munir tabelas de dados e uma enxurrada de cálculos estatísticos que mais cansavam do
que ensinavam. Eu não digo que não deve ter aquilo, eu digo que não deve ser daquele
jeito! As grandes cabeças da física aconteceram fora da faculdade: Newton, Faraday,
Galileu, Copérnico...
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Osvaldo Ferreira 2 anos atrás (editado)


Eu não generalizaria dessa forma. Isso depende muito da forma como o professor
conduz a aula. Que pena que vc teve uma experiência ruim com o curso. Apesar disso,
eu acredito que a parte de entender a física, vc faz por conta própria, não é a
universidade que te dá de mão beijada. A física está sim intimamente relacionada com a
matemática, e não tem como entender a física plenamente sem ela. A princípio parece
que é só matemática aplicada a física mesmo, mas extrair a significação física das
equações, na minha opinião, é algo que depende quase inteiramente do aluno. É no
estudo individual, repetindo as demonstrações cuidadosamente, fazendo exercícios que
nos levam a enxergar os limites dos conceitos (em que situações eles se aplicam, onde
eles falham, que fenômenos não é possível entender com eles), e daí por diante, que
você começa a ser capaz de "pensar a física". Um exemplo do porque é importante dar
um tratamento rigoroso pra física (e não existe ferramenta melhor que a matemática
para isso), é o conceito de temperatura. Eu já vi alguns colegas tentando discutir alguns
fenômenos, e a discussão não saia do lugar por causa de maneiras diferentes de enxergar
temperatura. Não tem como "pensar a física" realmente, se você não dá uma
significação precisa para os conceitos. Resumindo: quem gosta de física, vai entender,
se estudar bastante, que não tem como realmente entender a física sem a matemática.
Sobre o laboratório: produzir ciência não é simples. Não basta fazer o experimento e
discutir ele com o colega, o estudante de física, que possivelmente vai se tornar
pesquisador depois, tem que saber como tratar os dados colhidos, para que as medidas
possam ser consideradas confiáveis, não só por ele, mas pela comunidade científica
também. Logo, aprender esses métodos estatísticos é fundamental. Novamente, com
todo o conhecimento acumulado, é mais fácil montar seus próprios experimentos e
curtir a física por conta própria. Mas dentro universidade você precisa aprender como a
ciência é feita também. Eu curto bastante os experimentos... Claro, acho chato os
relatórios, mas eu entendo o porque tenho que fazê-los. Sobre a sua última afirmação...
Newton se graduou em Cambrigde, Galileu estudou na Universidade de Pisa (não para
estudar física haha, mas a questão é que ele recebeu bastante educação formal), Faraday
não foi á universidade, mas não aprendeu sozinho, também teve quem o ensinasse e
orientasse. Einstein, apesar de não ter permanecido na Universidade para fazer pesquisa,
teve a sua formação lá. Não estou dizendo que não dá pra aprender física sem ir pra
universidade, mas eu não diminuiria sua importância também. Além disso, a quantidade
de conhecimento que é necessário possuir para gerar novos conhecimentos é muito
maior hoje que na época de Galileu ou Newton. Ou seja, a cada dia é mais difícil
produzir conhecimento na física sem ir á universidade.
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Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

Renan Alves 1 ano atrás

Esse depoimento REAL no grupo de discussão que faço parte expõe bem a REALIDADE e
mostra o quanto está distante da fantasias de jovens criados a pêra com leite. Segue!! Um
depoimento pessoal: Em 2010, estava cursando meu terceiro ano do ensino médio. Eu era fera
em Física. Com meus 16 anos, tinha lido ao menos duas dezenas de livros de divulgação
científica, nos moldes de “O Universo em uma Casca de Noz”, de Stephen Hawking. Em três
anos de ensino médio em uma das melhores escolas do meu Estado, nunca tirei menos de 10
em Física, Química e Matemática. Era a busca incessante da perfeição. Fui nono lugar na
Olimpíada de matemática a nível estadual e sétimo lugar na Olimpíada de Química. No meu
vestibular, apesar de uma leve curiosidade para saber como seria o curso de Direito, algo que
meus pais queriam que eu fizesse, não tive dúvidas: bacharelado em Física na Universidade
Federal. Primeiro lugar no curso. Logo nas primeiras difíceis matérias, já me destaquei. Cálculo
I: 45 reprovados e 5 aprovados. Estava entre os aprovados. Conceitos excelentes. Não
demorou muito e ganhei uma bolsa científica. Passei a estudar o que gostava, relatividade,
buracos negros e afins. Logo, me vi fazendo a solicitação de bolsa para o Ciência sem
Fronteiras. Destino? Califórnia. Obtive sem dificuldades cartas generosas dos professores
recomendando a minha ida. E, apesar dessa aparente história de sucesso, eu estava com
dúvidas. Muitas. Estava com medo. Pensava em todo meu esforço durante o Ensino Médio, as
horas de estudo enquanto meus amigos brincavam, toda minha dedicação e esmero e tudo o
que conseguia ver para o futuro eram horas e horas de dedicação e praticamente nenhuma
recompensa no horizonte. Não me levem a mal, não tenho pretensões de grandeza e fortuna.
Mas era injusto. Amigos que não tinham metade do empenho que eu tinha poderiam fazer
viagens, ser reconhecidos, morar em boas localidades da cidade e, em geral, ter boas
condições de vida. Eu, por buscar estudar aquilo que me fascinava, estaria destinado a ser
monge franciscano? E não só isso, estudando freneticamente sem ter momentos para
descansar, para lazer? Então, comecei a averiguar. E vi que a situação realmente era
complicada. Para ganhar um salário razoável, seriam mais dois anos de graduação (estava no
segundo ano, em 2012), dois de mestrado e quatro de doutorado, isso se passasse em tudo de
primeira. No mínimo mais oito anos. Para começar a vida. Para ter primeiro vínculo
empregatício. Isso se conseguisse, não há tantos concursos assim para professores de física em
universidades federais. Poderia ser que levasse mais, deveria estar pronto para esperar no
mínimo uma década. Seria isso justo? E foi com todas essas dúvidas que cheguei a esse texto,
no ano de 2012. Fiquei profundamente abalado. Foi um choque de realidade. O sacrifício é alto
demais. Espera-se que os cientistas sacrifiquem sua vida por amor ao conhecimento, com
salários baixos e pouco tempo para aproveitar a vida. Não apenas isso, quantos não são os que
têm que mudar de área, estudando outra coisa que não aquela que gostariam, pois precisam
do salário para sobreviver? Eu estaria disposto a passar por todo esse suplício? Não. Duas
semanas depois de ler este texto, solicitei desistência do Ciência Sem Fronteiras, antes que
homologassem meu pedido. Tranquei minha matrícula. Saí do curso. Mais duas semanas e me
via fazendo vestibular para Direito. Todo o sacrifício do ensino médio valeu. Mesmo sem ter
tido tempo para estudar, passei no vestibular em uma das melhores faculdades privadas.
Pouco empolgado no início, fui tomando gosto pelo curso. Novas perspectivas, novos olhares,
novos desafios. Ingressei em 2013 e me formei em fins de 2017. Apenas duas semanas após
me formar, estava empregado e ganhando já mais que uma bolsa de doutorado. Agora,
pretendo fazer concursos e alcançar objetivos ainda maiores. E, quem sabe, algum dia, por
hobby, voltar a estudar a nostálgica Física. Porque, após ler este texto, e me perguntar se eu
realmente queria ser um cientista nas condições em que a profissão se apresenta, descobri,
com muito pesar, que a resposta era um belo e pesaroso “Não”. Espero ter contribuído para a
discussão.

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Alexandre Santos 1 ano atrás

Você fez Bacharelado ou Licenciatura? É possível estudar e não ser professor?

Renan Alves 1 ano atrás

É nada boy, frustração maior vem quando tiver que arrumar emprego e não conseguir (não vai
conseguir mesmo) ai vai ter que viver de bolsa por 2 anos e depois continuar desempregrado,

e quando acordar pra realidade já terá caído na armadilha dos ratos. Viver de
idealismo é querer pular de um abismo,

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Alexandre Santos 1 ano atrás

Renan Alves quantos conseguem emprego em Física numa sala de 40 pessoas? Uns 3?

Renan Alves 1 ano atrás (editado)

Alexandre: Com muito otimismo talvez uns 3 ou 4. Alias existe um ditado na física que diz que
ser físico no Brasil é o jeito mais difícil de ser pobre

Renan Alves 1 ano atrás

Carl Sagan (autor do livro Cosmos) disse uma vez em entrevista: "A ciência é mais do que um
corpo de conhecimento, é uma maneira de pensar, uma maneira de analisar criticamente o
mundo e a vida". Dessa forma me pergunto por que os alunos do Curso de Física (que querem
ser cientistas) não analisam criticamente as suas vidas e para qual caminho elas estão
seguindo.

Alexandre Santos 1 ano atrás

Renan Alves e se fizer depois que já ter uma outra profissão?

Alexandre Santos 1 ano atrás

Renan Alves você acha ser físico uma furada? E se a pessoa já estiver estabilizada , o que acha?
Eu tenho vontade, mas acho que como não é reconhecido tem que fazer quando ter um plano
B e C.
Rodolfo M 2 anos atrás (editado)

Marisol uma pergunta: Será q devo continuar a faculdade? Eu passei no Curso de Engenharia
da Computação na UTFPR só que chegando lá reprovei em 5 das sete disciplinas. Isso me
frustrou mto. Entrei num quadro de transtorno misto de ansiedade e depressão hj tomo três
remédios. Outro agravante é q tem poucas turmas que abrem de calculo física I e GAAL ai
acumularam se mais de 142 pessoas por disciplina ou seja tenho q esperar dois semestres para
fazer essas disciplinas de novo. OBS eu tranquei a faculdade.

Bala de Canela 2 anos atrás

Vixi Rodolfo, essa pergunta só vc pode responder viu?! Eu acho que o ideal é entender porque
tudo isso te aconteceu, se é só o curso, se sao posturas que vc tomou que poderiam ter sido
diferentes, se vc realmente tava feliz e tal?!.. É importante ir com calma e se avaliar, se
respeitar. Se vc decidir continuar, talvez prestar vestibular de novo seja uma opção, porque
seu curriculum fica zerado e vc pode começar tudo outra vez.

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