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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI

CAMPUS CENTRO OESTE DONA LINDU


FACULDADE DE FARMÁCIA

Exercício de Imunologia Clínica – Marcadores Tumorais

GRUPO: Ana kelen Rodrigues


Elisa M. Cardoso Freire
David Garcia
Lorena Rodrigues
Mathaws Ferreira
Roziane Paiva

Questão 1

Faça uma definição do que é o câncer e explique seu mecanismo


patofisiológico.

O câncer é entendido como uma doença multifatorial. Vários agentes podem atuar na célula,
levando a alteração em seu material genético, o que faz com que essa célula não mais
responda aos sistemas de controle e balanceamento fisiológicos para o grupo celular,
passando a multiplicar e dividir-se descontroladamente. Muitas vezes observa-se perda da
capacidade de diferenciação dessas células.

A atuação de vários fatores de agressão sobre a célula sendo eles agentes físicos, químicos,
ambientais e predisposição genética levam a alteração central da neoplasia maligna: a
mutação do DNA. Após esse evento, a célula perde seu mecanismo de controle e regulação e
segue-se a expansão clonal da célula, com produção exagerada de metabólitos ou produtos
celulares fisiológicos ou produção de proteínas anômolas.

Questão 2

Explique como a mutação do DNA em diferentes classes de genes pode


contribuir para o desenvolvimento do câncer.

Há duas classes principais de genes que podem sofrer mutações e contribuir para o
surgimento do câncer, os oncogenes e os genes supressores de tumor. Genes que
atuam no sentido de estimular a divisão celular podendo levar ao crescimento
descontrolado são chamados proto-oncogenes. Esses genes são ativos na fase
embrionária, e inativos nas células adultas. Muitos proto-oncogenes são moléculas
sinalizadoras de crescimento que, ao se tornar mutadas (oncogenes), ficam
perpetuamente "ligadas", gerando a amplificação dos sinais de crescimento celular,
suplantando os controles normais impostos pela homeostase celular. Os oncogenes
são em geral geneticamente dominantes, sendo que a mutação de uma cópia de
proto-oncogene é suficiente para produzir o fenótipo. Enquanto os proto-oncogenes
promovem o crescimento celular, existe uma classe de genes, denominados genes
supressores de tumor, que atua inibindo o ciclo de divisão das células. Ao contrário
dos oncogenes, que podem atuar na carcinogênese pela alteração de apenas um
alelo ocasionando ganho de função (efeito dominante), para os genes supressores
de tumor é necessário que ocorra a perda de função dos dois alelos, caracterizando,
portanto, efeito recessivo. Os genes supressores de tumor atuam regulando
negativamente os sinais de crescimento celular, permitindo o reparo do DNA. Eles
atuam no controle e na parada do ciclo celular, podendo também disparar o
processo de morte celular programada (apoptose).É fato bem estabelecido que o
acúmulo de alterações gênicas pode levar ao desenvolvimento do câncer. A maioria
dos cânceres surge da inativação mutacional dos genes supressores ou da ativação
de oncogenes.

Questão 3

Cite as principais características de um marcador tumoral ideal e explique


porque a maioria dos marcadores tumorais atuais possui utilidade apenas no
monitoramento do câncer e na detecção de recidivas, e não no diagnóstico da
doença.

O marcador ideal seria conceituado como: “ substância produzida exclusivamente pelo tumor
ou pelo organismo em resposta a ele, especifica para determinado tipo celular sensível
bastante para permitir o rastreamento e o diagnóstico de pequenas massas tumorais
potencialmente curáveis”. Infelizmente, as substâncias disponíveis atualmente para o uso
como marcadores tumorais não possuem essas características. Na maioria das vezes, o
marcador está presente tanto em tecidos benignos quanto malignos, sem possuir valor de
corte claro que permita distinção entre esses dois tipos de processo. Outras vezes, quando
apresentam alterações significativas em sua concentração o processo de malignidade já se
encontra em estado avançado. Portanto, a real utilidade dos marcadores tumorais atuais
encontra-se no monitoramento do tratamento e na detecção de recidivas.

Questão 4

Explique as seguintes afirmativas:

“O PSA é específico para a próstata, mas não é específico para o câncer de


próstata”.

PSA (antígeno prostático específico) é um teste laboratorial de sangue que ajuda a diagnosticar
ou acompanhar o câncer de próstata. É uma substância produzida na próstata e sensível a
qualquer alteração desta. Alguns fatores podem alterar os níveis de PSA, como:

• Aumento de tamanho da próstata - Hiperplasia prostática benigna ou um aumento não


canceroso da próstata comum em homens idosos.

• Idade - Os níveis de PSA normalmente aumentam lentamente à medida que o homem


envelhece, sem sinal aparente de qualquer doença.

• Prostatite - Infecção ou inflamação da próstata.

• Ejaculação - Pode causar aumento do PSA por um tempo curto, que cai logo em seguida.
• Andar de bicicleta - Alguns estudos sugerem que o ciclismo pode elevar os níveis do PSA.

• Procedimentos urológicos - Alguns procedimentos urológicos realizados em consultório, que


afetam a próstata, como biópsia ou cistoscopia, podem elevar os níveis de PSA por um curto
período de tempo. Alguns estudos sugerem que o exame de toque retal pode elevar
ligeiramente os níveis de PSA.

• Medicamentos - Alguns hormônios masculinos, como a testosterona ou outros


medicamentos que elevam os níveis de testosterona pode causar um aumento do PSA.

Portanto, a determinação de PSA se mostra específico para próstata, mas não-específico para
câncer de próstata.

“A determinação do PSA não exclui a necessidade do exame de toque retal”.

O toque retal proporciona valiosa informação sobre o tamanho, consistência e sensibilidade da


próstata; assim como sobre a presença de nódulos sugestivos de cancro.
Este exame é menos eficaz que o PSA, mas às vezes pode detectar o câncer em homens com
níveis de PSA normais, razão pela qual é realizado para o rastreamento do câncer.
É utilizado também para determinar se o tumor pode vir a disseminar para os tecidos vizinhos,
e para detectar recidivas após o tratamento.

Questão 5

Cite as principais aplicações dos marcadores tumorais: gonadotrofina coriônica


humana subunidade beta (β-HCG), alfa-fetoproteína (AFP), antígeno
carcinoembrionário (CEA), β2-microglobulina (β2M), tireoglobulina, CA 15-3,
CA 19-9, CA 125.

Gonadotrofina coriônica humana, subunidade beta β-HCG  monitoramento da doença


trofoblástica gestacional e tumores de células germinativas dos testículos, sendo imperativo
no monitoramento do tratamento deste.

α-fetoproteína – AFP  monitoramento de tumores de células germinativas dos testículos e


carcinoma hepatocelular.

Antígeno carcinoembrionário – CEA  marcador no carcinoma coloretal.

Β2 – microglobulina - Β2M  marcador de neoplasias linfoides de célula B, incluindo leucemias


linfoides crônicas de células B, linfomas não-Hodgkin e mieloma múltiplo.

Tireoglobulina  monitoramento de pacientes portadores de carcinomas diferenciados da


tireoide submetidos a terapia curativa, com retirada completa da tireoide.

CA 15-3  monitoramento de neoplasias mamárias.


CA 19-9  marcador do carcinoma pancreático e do carcinoma de vias biliares –
colangiocarcinoma.

CA 125  marcador do carcinoma ovariano.

Questão 6

Explique a seguinte afirmativa: “As mutações BRCA1 e BRCA2 consistem em


marcadores de suscetibilidade individual para o desenvolvimento de carcinoma
mamário e ovariano, e não em marcadores tumorais em si”.

Aproximadamente 5 – 10% dos cânceres de mama são causados pela mutação em um gene de
predisposição a esse câncer. BRCA1 e BRCA2 são os mais importantes. Mulheres com história
familiar de câncer de mama e que carregam esses genes mutados apresentam altíssimo risco
de desenvolvimento desse câncer, além do risco do desenvolvimento de câncer de ovário. São,
portanto, marcadores de suscetibilidade individual e não marcadores tumorais em si. Sua
pesquisa também não está recomendada como rotina e a interpretação de seus resultados
gera importantes discussões éticas, devido as medidas a serem recomendadas às pacientes
com resultado positivo.

Referências:

1) BRASIL. Instituto Nacional de Câncer: INCA. Câncer. Rio de Janeiro, 2012. Acesso em:
18 de novembro de 2015. Disponível em:
<http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=322>.

2) Instituto Oncoguia. Disponível em: <http://www.oncoguia.org.br/conteudo/> . Acesso


em 27 de novembro de 2015.

3) ALMEIDA, J.R.C., PEDROSA,N. L., LEITE, J.B., FLEMING,T. R. P., CARVALHO, V. H.,
CARDOSO, A. A. A. Marcadores Tumorais: Revisão de Literatura. Revista Brasileira de
Cancerologia 2007; 53(3): 305-316.

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