Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
MATERIAL DIDÁTICO
Impressão
e
Editoração
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4
UNIDADE 1 - O MEIO AMBIENTE ............................................................................. 5
UNIDADE 2 - IMPACTO AMBIENTAL ....................................................................... 8
2.1 ATIVIDADES MODIFICADORAS DO MEIO AMBIENTE ..................................................... 8
UNIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ............................................. 10
UNIDADE 4 - QUESTÕES AMBIENTAIS GLOBAIS ............................................... 18
4.1 AUMENTO DA TEMPERATURA DA TERRA (AQUECIMENTO GLOBAL) ........................... 19
4.1.1 Terminologia .............................................................................................. 21
4.1.2 Evidências do Aquecimento Global ........................................................... 21
4.1.3 Determinação da temperatura global à superfície ..................................... 22
4.1.4 Possíveis causas ....................................................................................... 24
4.1.5 Histórico ..................................................................................................... 29
4.1.6 Modelos climáticos..................................................................................... 31
4.1.7 Principais consequências .......................................................................... 33
4.1.8 Adaptação político-econômica ................................................................... 36
4.1.9 Curiosidades .............................................................................................. 37
4.1.10 A Busca das possíveis causas do aquecimento global ............................ 38
4.1.11 As seis pragas do aquecimento global .................................................... 40
4.1.12 Os impactos do aquecimento sentidos no Brasil ..................................... 43
4.2 PERDA DA BIODIVERSIDADE ................................................................................. 45
4.2.1 Conservação da Biodiversidade ................................................................ 49
4.2.2 A Biodiversidade no Brasil ......................................................................... 50
4.3 A DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO ................................................................. 51
4.3.1 Degradação ............................................................................................... 54
4.3.2 O buraco na camada de ozônio ................................................................. 56
4.3.3 Consequências da degradação da camada ............................................... 59
4.3.4 Medidas tomadas em nível mundial para evitar a degradação da
ozonosfera .......................................................................................................... 62
4.4 CONTAMINAÇÃO OU EXPLORAÇÃO EXCESSIVA DOS RECURSOS DOS OCEANOS .......... 63
4.5 A ESCASSEZ, MAU USO E POLUIÇÃO DAS ÁGUAS..................................................... 66
4.6 A SUPERPOPULAÇÃO MUNDIAL ............................................................................. 68
3
INTRODUÇÃO
Enfim, uma espécie pode organizar (ou modificar) seu meio por iniciativa
própria (insetos sociais, castor e espécie humana).
1
Disponível em: Nosso futuro comum. Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Ed. Fundação Getúlio Vargas, 2ª edição 1991.
12
últimas décadas vem também crescendo e atuando cada vez mais ativamente e
eficaz, muitas vezes com influência e interferência nas diretrizes políticas de países.
Quanto aos Estados, o desenvolvimento sustentável vem exigindo-lhes uma
nova definição de atuação que deve ser pautada nos princípios da nova forma de
desenvolvimento, mas para isso, é necessário que entrem na era da modernidade
administrativa. Devem, entre outras medidas: redefinir suas funções como agentes
públicos do desenvolvimento; racionalizar suas atividades; enxugar sua máquina
administrativa; banir o clientelismo, o autoritarismo, assim como o corporativismo;
direcionar sua política socioeconômico-ambiental observando as tendências
mundiais nas respectivas áreas; celebrar efetivos acordos bilaterais e multilaterais
com outros Estados; celebrar parcerias com a sociedade civil representada esta
pelas ONG, abrindo-lhes novos campos de atuação; passar a ser gerenciador do
desenvolvimento, ditando as regras e fiscalizando as atividades, entre outros.
Seus agentes devem estar atualizados com as tendências mundiais, bem
como afetos aos métodos que exigem os novos paradigmas do desenvolvimento
para que possam direcionar essas novas e necessárias funções do Estado. A
flexibilização, ou seja, a mobilidade das decisões em vistas dos crescentes e novos
desafios deve ser a tônica da administração dos novos tempos.
Por sua vez, a coletividade deve participar também como ator fundamental
neste novo caminho, apresentando reivindicações, fiscalizando as obras públicas,
principalmente as que causam impacto ambiental, bem como exigindo legalidade e
probidade administrativa através de ações judiciais. A cidadania deve ser exercida a
todo o momento para que sejam corrigidas as distorções na administração da coisa
pública.
O empresariado também deve colaborar para o desenvolvimento com ações
sociais, aliando lucro à conduta social. Deve ainda observar as tendências mundiais
de produção limpa para evitar prejuízos ambientais.
O Poder Judiciário deve estar atento às mudanças dos conceitos de justiça,
principalmente quanto à aplicação das diretrizes das convenções mundiais, ante a
globalização dos Direitos Humanos e das questões ambientais, e o Ministério
Publico deve estar alerta no resguardo do patrimônio nacional e no bem-estar dos
cidadãos.
Portanto, somente com a participação efetiva destes importantes atores em
cooperação mútua e com os mesmos objetivos é que conseguiremos alcançar um
17
Estados Unidos Donald Trump anunciou que o país deixaria toda sua participação
no Acordo.
4.1.1 Terminologia
O termo “aquecimento global” é um exemplo específico do termo mais
abrangente “mudança climática”, que também pode se referir a esfriamento global.
No uso comum, o termo se refere ao aquecimento recente e subentende-se uma
influência humana. A Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudança do
Clima (UNFCCC) usa o termo “alteração climática” para mudanças causadas por
humanos, e “variabilidade climática” para outras mudanças. O termo “alteração
climática antropogênica”, algumas vezes, é também usado quando se fala em
mudanças causadas pelo homem.
norte na primavera e verão também diminuiu em cerca de 10% a 15% desde 1950 e
houve retração dos glaciais e da cobertura de neve das montanhas em regiões não
polares durante todo o século XX. No entanto, a retração dos glaciais na Europa já
ocorre desde a era Napoleônica e, no Hemisfério Sul, durante os últimos 35 anos, o
derretimento apenas aconteceu em cerca de 2% da Antártida; nos restantes 98%,
houve um esfriamento e a IPPC estima que a massa da neve deva aumentar
durante este século. Durante as décadas de 1930 e 1940, em que a temperatura de
toda a região ártica era superior à de hoje, a retração dos glaciais na Groelândia era
maior do que a atual. A diminuição da área dos glaciais ocorrida nos últimos 40 anos
deu-se essencialmente no Ártico, na Rússia e na América do Norte; na Eurásia (no
conjunto Europa e Ásia), houve de fato um aumento da área dos glaciais, que se
pensa serem devido a um aumento de precipitação.
Estudos divulgados em Abril de 2004 procuraram demonstrar que a maior
intensidade das tempestades estava relacionada com o aumento da temperatura da
superfície da faixa tropical do Atlântico. Esses fatores teriam sido responsáveis, em
grande parte, pela violenta temporada de furacões registrada nos Estados Unidos,
México e países do Caribe. No entanto, enquanto, por exemplo, no período de
quarto-século de 1945-1969, em que ocorreu um ligeiro aquecimento global, houve
80 furacões principais no Atlântico, no período de 1970-1994, quando o globo se
submetia a uma tendência de aquecimento, houve apenas 38 furacões principais. O
que indica que a atividade dos furacões não segue necessariamente as tendências
médias globais da temperatura.
global do planeta é tão inútil como falar no “número de telefone médio” de uma lista
telefônica.
de carbono (CO2), que causa de 9 a 26%; o metano (CH4), causando entre 4 e 9%; e
o ozônio, que causa entre 3 e 7%. As concentrações atmosféricas de CO 2 e CH4
aumentaram em 31% e 149%, respectivamente, acima de níveis pré-industriais,
desde 1750. Estes níveis são consideravelmente mais altos do que em qualquer
período nos últimos 650.000 anos, o período em que é possível extrair informações
confiáveis das calotas polares. Utilizando-se de evidências geológicas menos
diretas, acredita-se que níveis tão altos de CO2 só estiveram presentes na atmosfera
há 20 milhões de anos.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em
inglês) defende que o aquecimento global tem como uma de suas principais causas
a emissão de gases poluentes como o CO2 pelo homem, contribuindo para o efeito
estufa. Aproximadamente três quartos das emissões antropogênicas de CO 2 para a
atmosfera durante os últimos 20 anos são devidas à queima de combustíveis
fósseis. O resto das emissões é devido predominantemente às mudanças no uso da
terra, especialmente o desmatamento. A atual concentração de gás carbônico na
atmosfera é de aproximadamente 383 partes por milhão (ppm) em volume. Os níveis
futuros de CO2 devem ser ainda maiores devido à ocorrência contínua dos motivos
mencionados anteriormente. A taxa de aumento irá depender de fatores
econômicos, sociológicos, tecnológicos e naturais incertos, mas está limitada, em
última análise, pela disponibilidade total de combustíveis fósseis.
O “Relatório Especial de Cenários de Emissão” (Special Report on Emissions
Scenarios, originalmente), do IPCC, prevê vários cenários futuros possíveis para a
concentração de CO2, variando entre 541 e 970 ppm no ano de 2100. As reservas
de combustível fóssil são suficientes para alcançar este patamar e continuar as
emissões além de 2100, se carvão, piche ou hidratos de metano forem
extensivamente utilizados. Efeitos como a liberação de metano, devido ao
derretimento do permafrost (possíveis 70.000 toneladas), podem levar a uma
intensificação adicional do efeito estufa, não incluída no modelo climático do IPCC.
26
Feedbacks:
Os efeitos de agentes externos no clima são complicados por vários
processos cíclicos e autoalimentados, chamados de Feedbacks. Um dos mais
pronunciados desses processos está relacionado com a evaporação da água. O CO 2
injetado na atmosfera ocasiona o aquecimento da mesma e da superfície da Terra.
O aquecimento leva a mais evaporação de água, e, como o vapor d’água é um gás
estufa, isso leva a mais aquecimento, o que por sua vez causa mais evaporação de
água, e assim por diante, até ser alcançado um novo equilíbrio dinâmico, com
aumento da umidade e da concentração de vapor d’água, levando a um aumento no
efeito estufa muito maior do que aquele devido apenas ao aumento da concentração
de CO2. Esse efeito só pode ser revertido muito lentamente, visto que o CO 2 tem um
tempo médio de vida na atmosfera muito longo. Um feedback ainda sujeito a
pesquisa e debate é o ocasionado pelas nuvens. Vistas de baixo, as nuvens emitem
radiação infravermelha de volta à superfície, aquecendo a mesma. Vistas de cima,
elas refletem a luz do sol e emitem radiação infravermelha para o espaço, resfriando
27
Variação solar:
Estudos recentes parecem indicar que a variação da radiação solar,
potencialmente ampliada pela ação do feedback das nuvens, poderá ter contribuído
em cerca de 45–50% para o aquecimento global ocorrido entre 1900 e 2000, e em
25-35% entre 1980 e 2000. Foram publicados artigos de autoria de dois
pesquisadores da universidade Duke, nos EUA, segundo os quais, os modelos
climáticos vigentes superestimam o efeito relativo dos gases estufa, comparados
com o efeito da luz solar; eles dizem ainda que os efeitos de cinzas vulcânicas e
aerossóis foram subestimados. Ainda assim, eles concluem que, mesmo
considerando o fator solar, a maior parte do aquecimento global nas últimas décadas
é atribuível aos gases estufa.
Outros pesquisadores são mais radicais, diminuindo fortemente a importância
de fatores antropogênicos no aquecimento global. Os defensores da teoria da
responsabilidade das emissões antropogênicas, durante a era industrial, afirmam
que a variação da radiação foi de 2,4W/m², dos quais, como foi indicado pelo IPCC
28
2001, 0,6W/m² durante os últimos 20 anos. Ora, (1) entre 2000 e 2004, a variação
da radiação solar, estimada por satélites de órbita baixa, foi de 2,06W/m² - Wielicki et
al.: (2) Pincker et al. registraram, entre 1983 e 2001, que a variação da radiação
solar absorvida pela Terra foi de 2,7W/m²; (3) Wild et al. registraram, por medições
terrestres, que a variação da radiação absorvida foi de 4,4W/m². Embora haja
desencontros nos números apresentados, pode-se admitir o valor mais baixo para
as variações entre 1983 e 2001 de 2,7W/m². Admitindo-se uma variação média
obtida entre 2000 e 2004 no valor de 1,5W/m², atinge-se o valor de 4,2W/m². Tal
valor é muito alto quando comparado com os números do IPCC, de 0,6W/m² nos
últimos 20 anos. Dessa forma, a influência do efeito estufa no aquecimento global
deixa de ser significativa e, da mesma forma, as contramedidas para combatê-lo
(Protocolo de Kioto) tornam-se desnecessárias e danosas ao desenvolvimento
humano.
Para além da variação da irradiação solar, a variação do campo magnético
solar poderá estar na origem de aquecimento à superfície da Terra pela sua
influência na quantidade de radiação cósmica que atinge o planeta. Uma equipe do
Centro Espacial Nacional Dinamarquês encontrou evidência experimental de que a
radiação cósmica proveniente da explosão de estrelas pode promover a formação
de nuvens na baixa atmosfera. Como, durante o século XX, o campo magnético do
Sol, que protege a Terra da radiação cósmica, mais do que duplicou em intensidade,
o fluxo de radiação cósmica foi menor. Isso poderá ter reduzido o número de nuvens
de baixa altitude na Terra, que promovem um arrefecimento da atmosfera. Os
elétrons libertados no ar pela passagem da radiação cósmica, composta por
partículas atômicas que vêm da explosão das estrelas, ajudam à formação dos
núcleos de condensação sobre os quais o vapor de água condensa para fazer
nuvens. Este pode ser um fator muito importante, e até agora encoberto, na
explicação do aquecimento global durante o último século.
Foi durante o período quente da Idade Média, quando o Sol estava tão ativo
como hoje, que os Vikings começaram a colonizar a Groenlândia. Nessa altura, a
Grã-Bretanha era um país produtor de vinho. No século XVII, quando se deu a
Pequena Idade do Gelo, a atividade magnética solar diminuiu muito e as manchas
solares quase desapareceram completamente, durante cerca de 150 anos. E, nessa
altura, os Vikings abandonaram a Groenlândia, cuja vegetação passou de verdejante
a tundra. A Finlândia perdeu um terço da sua população e a Islândia metade. O
29
4.1.5 Histórico
Desde o período atual até o início da humanidade, as temperaturas globais
tanto na terra como no mar aumentaram em 0,75 °C relativamente ao período entre
1860 e 1900, de acordo com o registro instrumental de temperaturas. Esse aumento
na temperatura medido não é significativamente afetado pela ilha de calor urbana.
Desde 1979, as temperaturas em terra aumentaram quase duas vezes mais rápido
que as temperaturas no oceano (0,25 °C por década contra 0,13 °C por década).
Temperaturas na troposfera mais baixa aumentaram entre 0,12 e 0,22 °C por
década desde 1979, de acordo com medições de temperatura via satélite. Acredita-
se que a temperatura tem sido relativamente estável durante os 1000 anos que
antecederam 1850, com possíveis flutuações regionais, como o período de calor
medieval ou a pequena idade do gelo.
Baseado em estimativas do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA
(Goddard Institute for Space Studies, no original), 2005 foi o ano mais quente desde
30
Modelo de Hansen:
Em setembro de 2006, James Hansen, diretor do Instituto Goddard de
Estudos Espaciais da NASA, juntamente com seus colaboradores, publicou na
revista “PNAS”, da Academia Nacional de Ciências dos EUA, uma matéria em que
são apresentadas informações detalhadas de um modelo climático aperfeiçoado
desde os anos 80, alimentado por medições originadas de satélites, navios e
estações meteorológicas no mundo inteiro.
33
2
Fontes: IPCC para os dados e as publicações da grande imprensa para as percepções gerais de
mudanças climáticas.
35
com que o aquecimento da superfície seja reforçado. Podemos, nesse caso, esperar
um aquecimento médio de 4 a 6ºC na superfície. Mas mais umidade (vapor de água)
no ar pode também significar uma presença de mais nuvens na atmosfera o que se
pensa que, em média, poderá causar um efeito de arrefecimento.
As nuvens têm de fato um papel importante no equilíbrio energético porque
controlam a energia que entra e que sai do sistema. Podem arrefecer a Terra, ao
refletirem a luz solar para o espaço, e podem aquecê-la por absorção da radiação
infravermelha radiada pela superfície, de um modo análogo ao dos gases
associados ao “efeito de estufa”. O efeito dominante depende de muitos fatores,
nomeadamente da altitude e do tamanho das nuvens e das suas gotículas.
Por outro lado, o aumento da evaporação poderá provocar pesados
aguaceiros e mais erosão. Muitas pessoas pensam que isto poderá causar
resultados mais extremos no clima, com um progressivo aquecimento global.
O aquecimento global também pode apresentar efeitos menos óbvios. A
Corrente do Atlântico Norte, por exemplo, é provocada por diferenças de
temperatura entre os mares. E, aparentemente, ela está diminuindo à medida que a
temperatura média global aumenta. Isso significa que áreas como a Escandinávia e
a Inglaterra que são aquecidas pela corrente poderão apresentar climas mais frios a
respeito do aumento do aquecimento global.
O aumento no número de mortos, desabrigados e perdas econômicas
previstas devido ao clima severo atribuído ao aquecimento global pode ser piorado
pelas densidades crescentes de população em áreas afetadas, apesar de ser
previsto que as regiões temperadas tenham alguns benefícios menores, tais como
poucas mortes devido à exposição ao frio. Um sumário dos prováveis efeitos e
conhecimentos atuais pode ser encontrado no relatório feito para o “Terceiro
Relatório de Balanço do IPCC” pelo Grupo de Trabalho 2. Já o resumo do “Quarto
Relatório de Balanço do IPCC”, informa que há evidências observáveis de um
aumento no número de ciclones tropicais no Atlântico Norte desde por volta de 1970,
em relação com o aumento da temperatura da superfície do mar, mas que a
detecção de tendências em longo prazo é difícil pela qualidade dos registros antes
das observações rotineiras dos satélites. O resumo também diz que não há uma
tendência clara do número de ciclones tropicais no mundo.
Efeitos adicionais antecipados incluem aumento do nível do mar de 110 a 770
milímetros entre 1990 e 2100, repercussões na agricultura, possível desaceleração
36
4.1.9 Curiosidades
2.000 quilômetros quadrados. Todo ano, áreas desse tamanho se
transformam em deserto devido à falta de chuvas.
40% das árvores da Amazônia podem desaparecer antes do final do século,
caso a temperatura suba de 2 a 3 graus.
2.000 metros. Foi o comprimento que a geleira Gangotri (que tem agora 25
km), no Himalaia, perdeu em 150 anos. E o ritmo está acelerando.
750 bilhões de toneladas. É o total de CO2 na atmosfera hoje.
2050, cientistas calculam que, quando chegarmos a esse ano, milhões de
pessoas que vivem em deltas de rios serão removidas, caso seja mantido o ritmo
atual de aquecimento.
A calota polar irá desaparecer por completo dentro de 100 anos, de acordo
com estudos publicados pela National Sachetimes de Nova Iorque, em julho de
38
2005, isso irá provocar o fim das correntes marítimas no oceano atlântico, o que fará
que o clima fique mais frio, é a grande contradição de aquecendo esfria.
O clima ficará mais frio apenas no hemisfério norte, quanto ao resto do mundo
a temperatura média subirá e os padrões de secas e chuvas serão alterados em
todo o planeta.
O aquecimento da terra e também outros danos ao ambiente está fazendo
com que a seleção natural vá num ritmo 50 vezes mais rápido do que o registrado
há 100 anos.
De 9 a 58% das espécies em terra e no mar vão ser extintas nas próximas
décadas, segundo diferentes hipóteses.
A disputa a nível político e público tem, sobretudo, que ver com saber se algo
pode e deve ser feito, e sobre que ações seriam efetivas em termos de
custo/benefício, para tentar reduzir ou reverter o aquecimento futuro, ou para lidar
com as suas esperadas consequências.
gelo no mar Ártico e mesmo o desaparecimento da camada do gelo que cobria este
oceano, mesmo no verão do hemisfério norte. As mudanças climáticas se
expressam, também, pelo aumento dos desastres naturais, tais como as grandes
inundações, secas de longa duração, tufões em maior quantidade e intensidade,
aparecendo, com mais frequência, em regiões extratropicais, recrudescimento do
fenômeno “El Niño” com suas más consequências para o clima e para a economia
das regiões pesqueiras de todo o oceano pacifico.
também não havia gelo no Ártico. E, mesmo que derretesse todo o gelo do Ártico,
isso não afetaria o nível da água nos oceanos porque se trata de gelo flutuante: o
volume de água criado seria igual ao volume de água deslocado pelo gelo quando
flutua.
O relatório mais recente do IPCC (2014) aponta que o gelo está em recuo
acelerado na maior parte das regiões frias do mundo. De acordo com o órgão, os
oceanos têm acumulado a maior parte do aquecimento, servindo como um
amortecedor para o aquecimento da atmosfera, estocando mais de 90% da energia
do sistema do clima e muito gás carbônico. É virtualmente certo que os 700 metros
superiores do oceano aqueceram entre 1971 e 2010, e provavelmente também
tenha sido afetado até o seu fundo. No entanto, à medida que o oceano aquece, ele
perde capacidade de absorver gás carbônico, o que pode acelerar os efeitos
atmosféricos quando ele atingir a saturação.
5) Os desertos avançam
O total de áreas atingidas por secas dobrou em trinta anos. Um quarto da
superfície do planeta é agora de deserto. Só na China, as áreas desérticas avançam
10.000 quilômetros quadrados por ano, o equivalente ao território do Líbano. De
acordo com o IPCC (2014), o regime de chuvas, as correntes marinhas e o padrão
dos ventos estão sendo perturbados, aumentando a tendência de secas e
43
6) Já se contam os mortos
A Organização das Nações Unidas estima que 150.000 pessoas morram
anualmente por causa de secas, inundações e outros fatores relacionados
diretamente ao aquecimento global. Estima-se que em 2030, o número dobrará.
serem mais
benéficos, a melhor
escolha para a
conservação é
assegurar a
persistência do maior
número possível de
genes.
Para os
ecólogos, essa
abordagem às vezes
é considerada
inadequada e muito restrita.
A perda da Biodiversidade está intimamente ligada ao intenso desmatamento
de florestas e à poluição ocasionada pelas queimadas. As madeireiras, que retiram a
madeira de forma predatória, sem promover programas de reflorestamento,
principalmente nos países do hemisfério sul, onde se situam as florestas tropicais e
os grandes projetos agropecuários baseados na monocultura e na criação de gado
são os principais causadores do desmatamento. Segundo dados de órgãos ligados
às Nações Unidas, aproximadamente 50% das florestas tropicais do planeta já foram
perdidos. A redução dessas áreas, nas mais diversas regiões, apresenta riscos
significativos para o principal banco genético da Terra. As formas inadequadas de
aproveitamento econômico das florestas têm levado à esterilização dos solos,
alterações climáticas, tal como o aparecimento de secas prolongadas, e ao aumento
de catástrofes naturais, como furacões e enchentes.
Durante as últimas décadas, uma erosão da Biodiversidade foi observada. A
maioria dos biólogos acredita que uma extinção em massa está a caminho. Apesar
de divididos a respeito dos números, muitos cientistas acreditam que a taxa de
perda de espécies é maior agora do que em qualquer outra época da história da
Terra.
Alguns estudos mostram que cerca de 12,5% das espécies de plantas
conhecidas estão sob ameaça de extinção. Todo ano, entre 17.000 e 100.000
espécies são varridas de nosso planeta. Alguns dizem que cerca de 20% de todas
as espécies viventes poderiam desaparecer em 30 anos. Quase todos dizem que as
49
Potencial econômico:
A bBodiversidade pode contribuir de forma significativa para a agricultura, a
pecuária, a extração florestal e a pesca. No entanto, quase todas as espécies
exploradas economicamente, seja vegetal, como a soja e o café, seja animal, como
o frango, são originárias de outros países, e sua exploração é feita de forma
frequentemente danosa ao meio ambiente. Já o aproveitamento econômico de
espécies nativas ainda engatinha. Para o PIB brasileiro, o setor florestal representa
pouco mais de 1% e a pesca, 0,4%. A pequena participação das espécies nativas na
51
economia tem, entre suas causas, a falta de políticas e investimentos tanto para a
pesquisa básica como para o desenvolvimento de produtos. Na falta disso, não há
como calcular quanto o Brasil poderia receber por patentes e tecnologias
desenvolvidas com o estudo de sua Biodiversidade – algo que, segundo alguns
especialistas, estariam na casa dos trilhões de dólares. Um único medicamento para
o controle da hipertensão, desenvolvido com o veneno da jararaca, espécie
brasileira, rendia cerca de 1,5 bilhões de dólares por ano ao laboratório estrangeiro
que o patenteou, um valor comparável às exportações nacionais de carne bovina e
suína somadas.
O2 + energia => O + O
O + O2 + M => O3 + M
4.3.1 Degradação
Os clorofluorcarbonetos (CFC), para além de outros produtos químicos
produzidos pelo homem que são bastante estáveis e contêm elementos de cloro ou
bromo, como o brometo de metila, são os grandes responsáveis pela destruição da
camada de ozônio. Os CFC têm inúmeras utilizações, pois são relativamente pouco
tóxicos, não inflamáveis e não se decompõem (facilmente). Sendo tão estáveis,
duram cerca de cento e cinquenta anos. Esses compostos, resultantes da poluição
provocada pelo Homem, sobem para a estratosfera completamente inalterados
devido à sua estabilidade e na faixa dos 10 a 50 km de altitude, onde os raios
solares ultravioletas os atingem, decompõem-se, libertando seu radical, no caso dos
CFC, o elemento químico cloro. Uma vez liberto, um único átomo de cloro destrói
cerca de 100 000 moléculas de ozônio antes de regressar à superfície terrestre,
muitos anos depois.
Três por cento (3%), talvez
mesmo cinco por cento (5%), do
total da camada de ozônio já
foram destruídos pelos
clorofluorcarbonetos. Outros
gases, como o óxido de azoto
(NO), libertado pelos aviões na
estratosfera, também contribuem
para a destruição da camada do
ozônio. Foi em 1986 que se
verificou pela primeira vez a
destruição progressiva da
camada do ozônio, com a sua consequente rarefação, designada por buraco do
ozônio. Essa descoberta foi feita sobre a Antártida pelo físico britânico Joe Farman.
Os fluidos de refrigeração:
Até os anos 1920, o fluido utilizado para aquecimento e resfriamento era a
amônia ou dióxido de enxofre, gases venenosos e que causam um cheiro
desagradável. No caso de vazamento, podem ocasionar envenenamento naqueles
que se encontram próximos aos equipamentos de refrigeração. Iniciou-se então a
pesquisa para encontrar um gás substituto que fosse líquido em condições ideais,
55
O2 + Energia UV => 2O
2Cl (do CFC) + 2O3 => 2ClO + 2O2
2Cl + 2O (regenerando o Cl) + 2O2
ozônio. Quanto mais frio é o inverno antártico mais afetada é a camada do ozônio.
Em 2002, as dimensões sofreram um decréscimo e o “buraco” foi mesmo dividido
em duas partes distintas, devido a uma vaga de calor sem precedentes na região, foi
o menor buraco do ozônio desde 1988.
Com efeito, no ano 2000, as dimensões do “buraco” da camada de ozônio
atingiram um valor máximo de 27 a 28 milhões de km2, devido a um Inverno
particularmente frio. Tudo isso nos leva a crer que, enquanto anteriormente se
pensava que este fenômeno era totalmente independente das emissões dos gases
de estufa, tais como o dióxido de carbono, os dois fenômenos podem, de fato, estar
relacionados. Isso porque o aquecimento climático é acompanhado de um
arrefecimento da alta atmosfera em altitude, o que pode acelerar a destruição da
camada de ozônio. Anteriormente à descoberta da possível correlação entre estes
dois fenômenos estimava-se que a recuperação da camada de ozônio não deveria
começar a ocorrer antes de 2010-15, e que a recuperação completa dessa mesma
camada só poderia começar a ser esperada cerca de 2050-60. A eventual
correlação entre os dois fenômenos poderá resultar na revisão, para mais longe,
destas expectativas, a menos que o Protocolo de Kyoto venha a ter resultados
positivos em breve, sobre a diminuição das emissões de gases com efeito de estufa.
O buraco do ozônio persiste normalmente até novembro/dezembro, quando as
temperaturas regionais aumentam. O tempo exato e amplitude do buraco de ozônio
na Antártida dependem de variações meteorológicas regionais.
O buraco do ozônio não se restringe à Antártida. Um efeito similar, mas mais
fraco, tem sido detectado no Ártico e também noutras regiões do planeta, a camada
de ozônio tem ficado mais fina, permitindo a intensificação dos raios UV e o
aparecimento de novos buracos que poderão surgir sobre qualquer latitude.
(Antártida). Durante o inverno, quando os raios solares não atingem esta região do
planeta, as temperaturas são baixíssimas, formando-se umas nuvens de
constituição diferente das que costumamos observar. Isso vai criar uma conversão
mais rápida e fácil dos CFC em radicais de cloro destrutivos de ozônio. Como as
massas de ar circulam em camadas sobrepostas, dos Polos para o Equador e no
sentido inverso, estas têm a capacidade de transportar poluentes para milhares de
quilômetros de distância de onde estes foram emitidos. Na Antártida, a circulação é
interrompida, formando-se círculos de convecção exclusivos daquela área que
levam as moléculas com cloro para a estratosfera. Esses poluentes trazidos pelas
correntes no verão permanecem na Antártida até nova época de circulação. Ao
chegar a primavera, com os seus primeiros raios de sol, as reações químicas que
destroem o ozônio são estimuladas. Forma-se, então, o buraco de ozônio de
dimensões imensas (cerca de 20 milhões de km2) que, por via da sua dimensão
aparenta arrastar os níveis de ozônio noutros continentes do planeta. Em novembro,
o ar que chega de outras regiões permite uma recomposição parcial do escudo de
ozônio; o buraco diminui de tamanho, mas não fecha completamente.
fundo de ajuda aos países em desenvolvimento para esse fim. Os Estados Unidos,
Canadá, Suécia e Japão anteciparam essa data para 1995 e a UE decidiu parar com
a produção até Janeiro de 1996. Segundo a Organização Meteorológica Mundial, o
Protocolo de Montreal tem dado bons resultados, uma vez que foi registrada uma
lenta diminuição da concentração de CFC na baixa atmosfera após um máximo
registrado no período de 1992/1994. Em fevereiro de 2003, cientistas neozelandeses
anunciaram que o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida poderá estar
fechado em 2050, como resultado das restrições internacionais impostas contra a
emissão de gases prejudiciais. Estudos de 2016 já apontam a diminuição do buraco,
conforme apresentado acima.
Sem a forte adesão ao Protocolo, os níveis de substâncias prejudiciais para o
ozônio seriam cinco vezes maiores do que são hoje. Mesmo assim, a luta pela
restauração da camada de ozônio tem de continuar, pois aquelas substâncias têm
um tempo de vida longo. Os cientistas prevêem que o aparecimento anual do buraco
do ozônio no Polo Sul dure ainda vários anos. O êxito do Protocolo de Montreal
evidencia o sucesso da cooperação entre países e organizações internacionais para
um fim comum. Só o cumprimento integral e continuado das disposições do
Protocolo por parte dos países desenvolvidos e dos países em desenvolvimento
poderá garantir a recuperação total da camada de ozônio.
por volta de 1927, 2 bilhões de habitantes. O terceiro bilhão foi atingido 34 anos
depois, em 1961, e assim por diante. Ao lado pode-se ver o ano em que se atingiram
cada bilhão de seres humanos. Num abrir e fechar de olhos, a contar no relógio da
História do ser humano, o homem abandonou o modus vivendi que criara há cerca
de 10 mil anos, com o advento da agricultura, e passou a multiplicar-se nas cidades,
um mundo de facilidades, mas também um mundo literalmente à parte da natureza.
Em 1900, nove em cada dez homens, mulheres e crianças, que somavam uma
população de 1,65 bilhões de humanos, ainda viviam no campo. Espera-se que,
daqui a pouco tempo (cerca de 1 ano), quase metade dos atuais 6 bilhões de
pessoas habitará cidades; dessa população urbana, estima-se que uma proporção
de três para vinte pessoas se encontre nas cerca de meia centena de metrópoles e
megalópoles (população igual ou maior que 5 milhões de habitantes).
A ONU estima que no ano 2000, a população mundial crescia então a um
ritmo de 1,2 % (77 milhões de pessoas) por ano. Isso representa um decréscimo da
taxa de crescimento em relação ao seu nível em 1990, sobretudo devido à quebra
das taxas de natalidade.
A China é atualmente o país mais povoado do mundo com mais de 1,3
milhões de habitantes, porém devido à baixa taxa de natalidade será superada em
2050 pela Índia, que na altura atingirá os 1,6 milhões.
Foram várias as causas desta fase de rápido crescimento da população
mundial. Os índices de mortalidade nos países em vias de desenvolvimento tiveram
uma queda marcante após a Segunda Guerra Mundial. Campanhas de saúde
pública e de vacinação reduziram espetacularmente a doença e a mortalidade
infantil. Nos países desenvolvidos, esses declínios na mortalidade tinham levado
séculos para ocorrer, à medida que a própria sociedade gradualmente se
transformava, tornando-se mais urbanizada e menos dependente de grandes
famílias. Como resultado, as taxas de natalidade e mortalidade tendiam a decrescer
proporcionalmente, e as taxas de crescimento populacional nunca atingiram o nível
que atingiriam mais tarde, nos países em desenvolvimento. Na década de sessenta,
as mulheres nos países em desenvolvimento estavam tendo, em média, seis filhos.
O crescimento futuro da população é difícil de prever. As taxas de natalidade
estão a diminuir em geral, mas variam muito entre países desenvolvidos e países em
vias e desenvolvimento. As taxas de mortalidade podem mudar inesperadamente
devido a doenças, guerras e catástrofes, ou avanços na medicina. A ONU publicou
70
que sua utilização é causa direta de importantes danos para o meio ambiente e para
a sociedade: destruição de ecossistemas, danos em bosques e aquíferos, doenças,
redução da produtividade agrícola, corrosão de edificações, monumentos e
infraestruturas, deterioração da camada de ozônio ou chuva ácida. Sem esquecer os
efeitos indiretos como os acidentes em sondagens petrolíferas e minas de carvão ou
a contaminação por derramamentos químicos ou de combustível.
Atualmente, um dos problemas ambientais mais graves, resultante de um
sistema energético que privilegia
o uso de fontes de energia não
renováveis é o denominado efeito
de estufa. As instalações que
utilizam combustíveis fósseis não
produzem apenas energia, mas
também grandes quantidades de
vapor de água e de dióxido de
carbono (CO2), gás que é um dos
principais responsáveis pelo
efeito de estufa do planeta. A
partir deste, são ainda emitidos
para a atmosfera outros gases nocivos como os óxidos de azoto (NO x), de enxofre
(SO2) e os hidrocarbonetos (HC). Esses gases, por sua vez, provocam uma série de
modificações ambientais graves e cuja concentração na atmosfera causa a poluição
das cidades, a formação de chuvas ácidas, de névoa (denominada smog
fotoquímico), o aumento do efeito de estufa do planeta e concentrações elevadas de
ozônio troposférico.
O recurso à energia nuclear surgiu como uma solução possível face ao
problema do efeito de estufa (não são emitidos gases poluentes para a atmosfera;
contribui para a diversificação das fontes de energia, diminuindo a vulnerabilidade do
país às oscilações de preço dos combustíveis fósseis; entre outros), mas os riscos
inerentes à produção de energia elétrica recorrendo a esta fonte (perigo de explosão
nuclear e de fugas radioativas; produção de resíduos radioativos; contaminação
radioativa; entre outros), sem esquecer também o custo elevado de construção e
manutenção das instalações, contribuem significativamente para que o uso desta
73
Desertificação no Brasil:
A desertificação encontra-se em maior escala nas regiões do Nordeste
(principalmente Gilbués-PI,
Irauçuba-CE, Seridó-RN e
Cabrobó-PE) e do norte de
Minas e do Rio Grande do Sul
(deserto dos pampas).
Para que esse problema
seja contornado, o Ministério do
Meio Ambiente, dos Recursos
Hídricos e da Amazônia Legal
vem implementando o Plano
Nacional de Combate à Desertificação, tendo como principais diretrizes da política
de controle da desertificação:
fortalecimento da comunicação e do fluxo de informações sobre a
desertificação;
capacitação de recursos humanos em gestão de recursos naturais em áreas
sujeitas à desertificação;
sensibilização e conscientização da população das áreas afetadas;
elaboração de programas de monitoramento, prevenção e recuperação da
desertificação;
76
Aterro sanitário:
Segundo a norma ABNT NBR 8419/1996, aterro sanitário é
Compostagem:
Um segundo método de tratamento e disposição sanitariamente adequados
dos resíduos sólidos é a compostagem. Por definição, é a transformação de
resíduos orgânicos presentes no lixo, através de processos físicos, químicos e
biológicos, em material biogênico mais estável e resistente. O resultado final é o
“composto”, excelente condicionador orgânicos dos solos.
O processo se constitui basicamente de duas etapas:
Física, onde se dá o preparo dos resíduos, fazendo-se uma separação entre a
matéria a ser composta e outros materiais (potencialmente recicláveis e/ou rejeito), e
em seguida uma homogeneização;
Biológica, que consiste da fermentação e da digestão do material, realizadas
sob condições controladas, num período que varia, geralmente, de 60 a 120 dias.
Incineração:
A incineração é um processo de redução de peso (em até 70%) e de volume
(em até 90%) do lixo através de combustão controlada, de 800 a 1.000 o C, visando
a disposição final. O processo é realizado em fornos especiais, nos quais se pode
garantir oxigênio para combustão, turbulência, tempos de permanência e
temperaturas adequados.
É uma alternativa indicada para o caso de grande quantidade de resíduos
sépticos e/ou perigosos ou quando se têm grandes distâncias a serem percorridas
entre a coleta e disposição final, e o lixo é rico em materiais secos comburentes.
Outra circunstância que recomenda a incineração é a dificuldade de encontrar áreas
para aterro. Um grande inconveniente deste processo é a liberação de gases tóxicos
que precisam ser tratados. Além disto, as cinzas e demais materiais remanescentes
do processo de incineração precisam ser convenientemente dispostos.
longo de todo o ciclo de vida dos produtos. Os resultados de tal avaliação devem ser
transformados em indicadores claros para informação dos consumidores e das
pessoas em posição de tomar decisões.
Os Governos, em cooperação com a indústria e outros grupos pertinentes,
devem estimular a expansão da rotulagem com indicações ecológicas e outros
programas de informação sobre produtos relacionados ao meio ambiente, a fim de
auxiliar os consumidores a fazer opções informadas.
Além disso, os Governos também devem estimular o surgimento de um
público consumidor informado e auxiliar indivíduos e famílias a fazer opções
ambientalmente informadas das seguintes maneiras:
com a oferta de informações sobre as consequências das opções e
comportamentos de consumo, de modo a estimular a demanda e o uso de produtos
ambientalmente saudáveis;
com a conscientização dos consumidores acerca do impacto dos produtos
sobre a saúde e o meio ambiente por meio de uma legislação que proteja o
consumidor e de uma rotulagem com indicações ecológicas;
com o estímulo a determinados programas expressamente voltados para os
interesses do consumidor, como a reciclagem e sistemas de depósito/restituição.
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS BÁSICAS
CUNHA, Sandra Baptista da; GUERRA, Antônio José Teixeira. A Questão
Ambiental: Diferentes Abordagens. 1 ed., Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 252p.,
2003.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
BEDDINGTON, J. R.; ASADUZZAMAN, M.; CLARK, M. E.; FERNÁNDEZ
BREMAUNTZ, A; GUILLOU, M. D.; HOWLETT, D. J. B; JAHN, M. M.; LIN, E.;
MAMO, T.; NEGRA, C.; NOBRE, A.; SCHOLES, R. J.; VAN BO, N.; WAKHUNGU, J.
What Next for Agriculture After Durban? Science, v. 335, p. 289-290, 2012.
CARDOSO, Fátima. Efeito Estufa – Por que a Terra morre de calor? 1 ed., São
Paulo: Terceiro Nome, 94p., 2006.
LULUCF. IPCC special reports: land use, land-use change, and forestry. WATSON,
R. T.; NOBLE, I. R.; BOLIN, B.; RAVINDRANATH, N. H.; VERARDO, D. J.;
DOKKEN, D. J. (Eds.). Cambridge, UK: University Press, 2000.
VIDAL, O.; RAST, W. Mar y tierra. Revista Nuestro Planeta, PNUMA- Programa das
Nações Unidas para Meio Ambiente, Tomo 8, nº 3, p.22/24, 1996.