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FRANCA 2019
CAPÍTULO IV
Lewis traz que para a superação do subdesenvolvimento seria necessário que os
diversos setores crescessem simultaneamente, levando à expansão das ilhas de
desenvolvimento e modernidade. Dessa maneira, a mão de obra excedente também seria
absorvida de maneira produtiva.
CAPÍTULO V
Albert O. Hirschman critica a utilização das teorias de crescimento que explicam o
desenvolvimento dos países centrais aos países periféricos, como uma espécie de “atalho”.
Para o autor, esse atalho pode se transformar em uma longa curva, em função das adaptações
necessárias a uma boa aplicação da teoria à realidade.
Em suma, Hirschman propõe uma teoria, na qual não existe um modelo rígido para o
desenvolvimento dos países e na qual a “habilidade para o investimento” possui uma
relevância central no processo de crescimento, cabendo às autoridades a condução do
processo de modo que sejam eliminados os entraves para que essa habilidade se concretize em
projetos e crescimento econômico.
Além disso, o autor critica a abordagem da teoria do desenvolvimento equilibrado, pois essa
não considera as diferenças econômicas, sociais, políticas e culturais entre as sociedades. Para
Hirschman, o equilíbrio é muito mais negativo do que positivo para o desenvolvimento. O
desequilíbrio, para o autor, é justamente, com suas inúmeras forças e características, o que
deixa viva a circulação do sangue do crescimento, de modo que a primeira preocupação dos
condutores da política de desenvolvimento é procurar conservar e, não, eliminar os
desequilíbrios”.
De mesma forma, Friedrich List reconhece a importância das peculiaridades internas das
nações, assim como as diferenças que acabam definindo as dinâmicas econômicas mundiais.
Assim como Hirschman, List percebeu que o único interesse dos países desenvolvidos é
perpetuar seu ciclo de dominação a partir de trocas comerciais com benefícios desiguais.
Baseando-se na experiência histórica, o economista alemão chegou à conclusão de que o livre
comércio entre duas nações civilizadas só poderia ser mutuamente benéfico se ambas
estivessem em um mesmo grau de desenvolvimento industrial. Apenas sob essas
circunstancias, o livre comércio pode prover as diversas nações do mundo com as mesmas
vantagens. Caso contrário, qualquer nação que estivesse atrasada em relação à outra deveria,
antes, aparelhar-se para entrar na livre concorrência com nações mais desenvolvidas.
Diferenciando estratégias para cada estágio de desenvolvimento diferente, como é
característico da Escola Histórica Alemã, List opunha-se a adoção de medidas protecionistas
em países que não haviam chegado ao mínimo nível politico, econômico e cultural.
Constatava que o comércio era fundamental para a modernização de um país, mas que, se ele
não tivesse uma base interna forte, com condições que poderiam ser chamadas de
“competitividade sistêmica”, o capital e o comércio tenderiam a fugir para centros mais
adequados. Daí a importância da segurança jurídica, da democracia, de uma infra-estrutura
adequada, do controle das rotas comerciais, da visão geopolítica.
CAPÍTULO VI
Partindo para outro ponto teórico de Myrdal, é destacado os efeitos propulsores fracos que
explicam e perpetuam as próprias desigualdades internas dessas nações. Para ele, nos países
subdesenvolvido os propulsores são fracos e ineficientes ; já nos países desenvolvidos, fortes
e eficientes.
Por fim, em um último, não menos importante, ponto teórico, Myrdal nos diz que, para de fato
haver chance de êxito no programa de desenvolvimento econômico, deve-se priorizar a
criação de escolas e universidades, destinadas à preparação de estudiosos e cientistas dessa
área. A teoria econômica deveria transforma-se em uma teoria social.