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Formação reticular

Ciclo vigília-sono
Regulado pelo SAA. Durante o dia, o córtex está ativado, recebendo informações somestésicas
dos núcleos talâmicos sensitivos. Para dormir, é necessário que um grupo de neurônios do
hipotálamo anterior (núcleo pré-óptico ventrolateral) inibe a atividade dos neurônios
monoaminérgicos do SAA, desativando o córtex cerebral. Ao mesmo tempo, o núcleo reticular
do tálamo inibe a atividade dos núcleos talâmicos sensitivos, impedindo que informações
sensoriais cheguem ao córtex. Com isso, começa o sono de ondas lentas, no qual a atividade
elétrica do córtex é devida a circuitos intrínsecos sem influência de informações externas. Pouco
antes de despertar, os neurônios do SAA voltam a disparar, cessa a inibição dos núcleos
talâmicos sensitivos pelo núcleo reticular e começa uma nova vigília.
Como o sono não é uniforme e de 4-5 vezes por noite há um traçado de vigília, essa fase do
sono é chamada de sono paradoxal. Durante essa fase os olhos se movem rapidamente,
caracterizada pela sigla REM (rapid eye movement). Assim, existem dois tipos de sono que se
alternam: sono REM e não REM ou sono de ondas lentas, este último dividido em fases I a IV.
Durante o sono REM, o cérebro consome tanto ou mais oxigênio do que durante a vigília, o que
prova a atividade cortical. O indivíduo sonha e seus olhos se movem rapidamente. Durante o
sono não REM o cérebro repousa. Sua atividade de consumo de oxigênio está em nível baixo e
predomina o tônus parassimpático, com redução da frequência cardíaca e respiratória. Dement
descreve o sono não REM como um cérebro ocioso em um corpo móvel e o sono REM como
um cérebro ativo num corpo imóvel. O sono REM ocupa de 20% a 25% do tempo total de sono
no adulto jovem. Pesquisas sugerem que ele tem papel no processo de consolidação de
memórias.
O sono REM é formado por neurônios colinérgicos do núcleo pedúnculo-pontino, cuja
destruição o abole. Durante o sono REM, muitas áreas corticais estão tão ativas quanto durante
a vigília, incluindo o córtex motor. O córtex motor não gera movimentos em todo o corpo
porque os neurônios motores estão inibidos, resultando em atonia. Essa atonia é produzida por
vias colinérgicas descendentes dos neurônios do núcleo pedúnculo-pontino. Algumas pessoas,
particularmente os idosos, perdem o mecanismo inibitório que promove a atonia muscular
durante o sono REM (Transtorno Comportamental do sono REM). Os portadores são vítimas
de constantes ferimentos por vivenciar seus sonhos com movimentos.
O sono REM é encerrado pelos neurônios do locus ceruleus, que aumentam sua atividade na
transição entre o sono paradoxal e a vigília, podendo ser considerados os neurônios do
despertar.

Controle eferente da sensibilidade


Sabe-se que o SN não recebe passivamente as informações sensoriais. Até certo ponto, ele é
capaz de modular a transmissão dessas informações através das fibras eferentes que agem
principalmente sobre os núcleos relés existentes nas grandes vias aferentes. A presença de vias
eferentes reguladoras da sensibilidade explica a capacidade que temos de selecionar, entre as
várias informações sensoriais que nos chegam em um momento, aquelas mais relevantes e que
despertam nossa atenção, diminuindo algumas e concentrando-se em outras, o que configura o
fenômeno da atenção seletiva. Essa atenção pode ocorrer ao mesmo tempo da habituação,
quando deixamos de perceber estímulos apresentados continuamente. Podemos deixar de sentir
as sensações táteis de uma cadeira no cinema quando assistimos a um filme. Isto se faz por um
mecanismo ativo, envolvendo fibras eferentes, capazes de modular a passagem dos impulsos
nervosos nas vias aferentes específicas. O controle da sensibilidade pelo SNC ocorre
geralmente por inibição e as vias responsáveis pelo processo originam-se no córtex cerebral e,
principalmente, na formação reticular. Destacam-se as fibras que inibem que impulsos
dolorosos cheguem ao SNC, as vias de analgesia.

Controle da motricidade somática e postura


A FR exerce ação controladora sobre a motricidade somática, através dos tratos reticuloespinais
pontino e bulbar. Esses tratos são importantes para manutenção da postura e da motricidade
voluntária da musculatura axial e apendiculares proximais. Para suas funções motoras, a FR
recebe aferências do cerebelo e de áreas motoras do córtex cerebral. Entretanto, há evidências
de que os tratos reticuloespinhais veiculam também comando motores descendentes, gerados
na própria formação reticular e relacionados com alguns padrões complexos e estereotipados
de movimentos, como os da locomoção.

Controle do SNA
Os dois centros supraespinhais mais importantes para o controle do SNA são: sistema límbico
e o hipotálamo. Ambos têm muitas projeções na FR, a qual se liga aos neurônios pré-
ganglionares do SNA, estabelecendo, assim, o principal mecanismo de controle da FR sobre o
SNA.

Controle neuroendócrino
Os estímulos elétricos da FR do mesencéfalo causam liberação de ACTH e de hormônio
antidiurético. Sabe-se também que, no controle hipotalâmico da liberação de hormônios adeno-
hipofisários, estão envolvidos mecanismos noradrenérgicos e serotoninérgicos, o que envolve
também a FR, já que nela se originam quase todas as fibras contendo essa monoaminas que se
dirigem ao hipotálamo.

Integração de reflexos: centros respiratório e vasomotor


Na FR existem centros que, ao serem estimulados eletricamente, desencadeiam respostas
motoras, estereotipadas, características de fenômenos como vômito, deglutição, locomoção,
mastigação, movimentos oculares, além de alterações respiratórias e vasomotoras. Esses centro
têm neurônios que causam padrões de atividade motora estereotipada (patern generators) e
podem ter sua atividade iniciada ou modificada seja por estímulos químicos, comandos centrais
(corticais ou hipotalâmicos) ou por aferências sensoriais. Neste último caso, funcionam como
centros integradores de reflexos em que os impulsos aferentes dão origem a sequências motoras
complicadas, cuja execução envolve núcleos e áreas diversas e às vezes distantes do SNC.
Um exemplo desses reflexos é o vômito, ativado pelo centro do vômito (situado na FR do bulbo,
próximo ao núcleo do trato solitário, estendendo-se até a parte inferior da ponte, onde está
situado o centro da deglutição). Na FR da ponte, próxima ao núcleo do nervo abducente, existe
o centro parabducente, considerado o centro controlador dos movimentos conjugados dos olhos
no sentido horizontal. Na FR do mesencéfalo situa-se o centro locomotor, que, no homem, age
em conjunto com os centros locomotores da medula. A mastigação é controlada é controlada
por neurônios da FR adjacente aos núcleos motores do trigêmeo (movimentos da mandíbula),
facial (movimento dos lábios) e do hipoglosso (movimentação da língua). Esses neurônios
coordenam também a respiração e recebem retroalimentação sensorial do núcleo do trato
solitário (gustação) e do trigêmeo para textura e temperatura dos alimentos e posição da
mandíbula.
Os neurônios geradores de padrões de atividades motoras estereotipadas ao redor do núcleo
motor facial coordenam a mímica característica de situações emocionais como sorriso e choro,
que são difíceis de serem produzidas voluntariamente. Assim como a medula, a FR do tronco
também contém neurônios que coordenam reflexos e padrões motores estereotipados que
podem coordenar reflexos e padrões motores estereotipados que podem se tornar mais
complexos sob o controle voluntário do córtex cerebral.
Por sua importância, merecem destaque os centros respiratório e vasomotor, que controlam não
só o ritmo respiratório como também o ritmo cardíaco e a pressão arterial, sendo centros vitais,
cuja presença no bulbo torna qualquer lesão desse órgão extremamente perigosa. Os centros
respiratórios e vasomotor diferem dos outros por funcionarem como osciladores, apresentando
atividade rítmica espontânea e sincronizada, respectivamente, com os ritmos respiratório e
cardíaco. Essa atividade rítmica é endógena (independente de aferências sensoriais).

Centro respiratório
Informações sobre o grau de distensão dos alvéolos chegam ao núcleo do trato solitário pelas
fibras aferentes viscerais gerais do nervo vago. Desse núcleo, os impulsos nervosos passam ao
centro respiratório, localizado na FR do bulbo e apresenta uma parte dorsal, que controla a
inspiração e outra ventral, que controla a expiração. Do centro respiratório saem fibras
reticuloespinhais que terminam fazendo sinapse com os neurônios motores da porção cervical
e torácica da medula. Os primeiros dão origem às fibras que chegam ao diafragma pelo nervo
frênico. Os que se originam na medula torácica dão origem a fibras que chegam aos músculos
intercostais pelos nervos intercostais. No centro respiratório existem neurônios que mantém
espontaneamente um ritmo de disparos, gerando atividade motora mesmo na ausência de
aferências. Os neurônios motores relacionados com os nervos frênico e intercostais recebem
também fibras do trato corticoespinhal, o que permite o controle voluntário da respiração.

Centro vasomotor
Está na FR do bulbo. O centro vasomotor coordena os mecanismos que regulam o calibre
vascular, do qual depende a pressão arterial, influenciando também o ritmo cardíaco.
Informações sobre pressão arterial chegam ao núcleo do trato solitário a partir de
barorreceptores situados principalmente no seio carotídeo, trazidas pelas fibras aferentes
viscerais gerais do nervo vago. A partir do núcleo do trato solitário, os impulsos passam para o
centro vasomotor. Desse centro saem fibras para os neurônio pré-ganglionares da coluna lateral
da medula, resultando impulsos simpáticos. Mecanorreceptores do coração e quimiorreceptores
da aorta são importantes para regulação da pressão arterial. O centro vasomotor está ainda sobre
controle do hipotálamo, responsável pelo aumento da pressão arterial resultante de situações
emocionais ou até mesmo antecipadamente, em casos em que prevemos uma situação de
estresse.
Correlações anatomoclínicas
O córtex cerebral é incapaz de funcionar por si próprio de maneira consciente, dependendo de
impulsos que recebe da FR do tronco encefálico e do hipotálamo. Patologias que comprimem
o mesencéfalo ou a sua transição com o diencéfalo, resultam em coma, devido à lesão da
formação reticular, com interrupção do SARA.

Sistemas modulatórios de projeção difusa


1. ASPECTOS GERAIS: existem monoaminas que interferem em processos mentais. As
monoaminas mais importantes são: noradrenalina, serotonina, dopamina e histamina. Os
neurônios monoaminérgicos têm conexões muito amplas, não estando relacionados diretamente
a funções motoras ou sensoriais, mas desempenhando funções regulatórias, modulando, ou seja,
modificando a excitabilidade de sistemas neuronais do encéfalo. Cada neurônio pode
influenciar até 100.000 outros que podem estar em áreas muito distantes. Possuem redes de
terminais, com dilatações chamada de varicosidades. Um neurônio dopaminérgico da
substância negra do rato pode ter 500.000 varicosidades. Os dopaminérgicos podem liberar
neurotransmissores nas sinapses, podem liberá-los no espaço extracelular fora das sinapses,
aumentando a difusão desses neurotransmissores. Assim, apesar de serem poucos neurônios
monoaminérgicos, eles fazem muitas conexões por quase todo o SNC, sendo neurônios de
projeção difusa. Existem no SN dos vertebrados sistemas modulatórios dopaminérgicos,
noradrenérgicos, adrenérgicos, serotoninérgicos e histaminérgicos. Existem no SNC
neurônios monoaminérgicos sem projeção difusa, associados a funções específicas, como as
fibras dopaminérgicas que ligam a substância negra ao corpo estriado. Embora acetilcolina não
seja monoamina, existem fibras colinérgicas modulatórias de projeção difusa.
2. NEURÔNIOS E VIAS SEROTONINÉRGICAS: a maior parte dos neurônios
serotoninérgicos do tronco encefálico localiza-se na FR, nos nove núcleos da rafe que se
entendem na linha média, do bulbo ao mesencéfalo. Os axônios originados nos núcleos mais
altos têm trajeto ascendente, projetando-se para quase todas as estruturas do Prosencéfalo,
incluindo córtex cerebral, hipotálamo e sistema límbico, e participam da regulação do ciclo
vigília-sono, de comportamentos motivacionais e emocionais. O sistema serotoninérgico
participa do controle afetivo, digestão, comportamento sexual e tônus motor, além de promover
a ativação cortical durante a vigília, como parte do SARA. As fibras rafe-espinhais, que do
núcleo magno da rafe ganham a substância gelatinosa da medula, onde inibem a entrada de
impulsos dolorosos, fazendo paste das vias da analgesia.
3. NEURÔNIOS E VIAS NORADRENÉRGICAS: a maioria dos neurônios noradrenérgicos
do SNC está distribuída em vários núcleos na FR do bulbo e da ponte. Destes, o núcleo mais
importante é o locus ceruleus, núcleo situado no assoalho do 4º ventrículo e que possui cerca
de 12.000 neurônios. As projeções noradrenérgicas atingem quase todo o SNC, e todo o córtex
cerebral. Um neurônio pode fazer até 250.000 sinapses, sendo um dos sistemas de projeções
mais difusas do encéfalo. O sistema noradrenérgico está envolvido na regulação do alerta, da
atenção seletiva, e da vigília, assim como no aprendizado e na memória. Devido às suas
projeções difusas, pode influenciar literalmente todo o encéfalo. São especialmente ativados
por estímulos sensoriais novos e inesperados, oriundos do ambiente. Em casos de eventos
estressantes, participam do alerta geral do encéfalo, aumentando a capacidade cerebral de
responder a estímulos e sua eficiência. Por outro lado, encontram-se menos ativos nas
atividades calmas, como no repouso e nas refeições.
4. NEURÔNIOS E VIAS ADRENÉRGICAS: estão misturados aos noradrenérgicos do
bulbo. Existem os do tronco encefálico que se projetam para a coluna lateral da medula,
modulando a atividade vasomotora por meio do sistema simpático. Outros vão para o
hipotálamo, participando do controle cardiovascular.
5. NEURÔNIOS E VIAS DOPAMINÉRGICAS: a maioria desses neurônios se localiza no
mesencéfalo, em duas regiões muito próximas:
Área tegmentar ventral: pertence à formação reticular, originando a via dopaminérgica
mesolímbica, que se projeta para o núcleo accumbens, núcleos do septo e o córtex pré-frontal
integrantes do sistema de recompensa ou de prazer do cérebro. Sua descoberta reforçou a
hipótese dopaminérgica da esquizofrenia.
Substância negra: origina a via nigroestriadal, que termina no corpo estriado, sendo importante
no controle da atividade motora.
As vias dopaminérgicas possuem fibras bem menos restritas e localizadas do que as vias
serotoninérgicas e noradrenérgicas. Além das regiões descritas como tendo funções
modulatórias, existem neurônios dopaminérgicos de distribuição mais restrita em várias partes
do encéfalo, principalmente no hipotálamo, onde estão envolvidos na regulação endócrina e
autonômica.
6. NEURÔNIOS E VIAS HISTAMINÉRGICAS: os seus neurônios de projeção difusa
localizam-se no núcleo tuberomamilar do hipotálamo. Projetam-se para todo o córtex por via
extratalâmica e, junto das fibras serotoninérgicas e noradrenérgicas, integram o SAA,
responsável pela vigília. A presença de neurônios histaminérgicos no SAA explica o fato de
medicamentos anti-histamínicos causarem sono com efeito colateral.
7. NEURÔNIOS E VIAS COLINÉRGICAS: o sistema modulatórios colinérgico tem dois
componentes: um situado na formação reticular da junção ponte-mesencéfalo (núcleo pedún-
culo-pontino) – responsável pelo sono REM e pela atonia muscular durante esse sono. O
principal componente do Prosencéfalo basal é o núcleo basal de Meynert, que provê grande
parte das projeções colinérgicas para o encéfalo sendo um dos sendo um dos componentes do
SAA.
8. OS SISTEMAS MODULATÓRIOS E PSICOFARMACOLOGIA: drogas que
interferem no metabolismo das monoaminas influenciam as atividades psíquicas. Um exemplo
é a fluexitina, um inibidor de captação de serotonina, usado como antidepressivo. Várias outras
drogas foram sintetizadas, atuando sobre os diversos sistemas modulatórios. Os alucinógenos
que têm como droga inicial o LSD têm efeitos comportamentais, como aumento da percepção
sensorial e alucinações múltiplas. Atuam sobre o sistema modulatórios serotoninérgico.
As drogas estimulantes como cocaína e anfetaminas exercem seu efeito atuando sobre os
sistemas noradrenérgicos e dopaminérgico, bloqueando a recaptação dessas monoaminas pela
membrana pre-sináptica, o que as disponibiliza na fenda sináptica.

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