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1º Simpósio Brasileiro de Tecnologia da Informação e Comunicação na 

Construção  
10º Simpósio Brasileiro de Gestão e Economia da Construção 
8 a 10 de novembro de 2017 ‐ Fortaleza ‐ Ceará ‐ Brasil

CIM: UM PASSO EM DIREÇÃO AO FUTURO


ARLEGO, Raphael (1); LIMA, Mariana (2); CARDOSO, Daniel (3)
(1) Mestrando em Engenharia Civil, PEC/UFC, (85) 3366-9607, raphael_arlego@hotmail.com, (2)
Professora Adjunta, DAU/UFC, lima.mmxavier@gmail.com, (3) Professor Adjunto, DAU/UFC,
daniel.br@mac.com

RESUMO
City Information Modeling (CIM) é uma tendência para futuros projetos de urbanização, planejamento e
modelagem urbana. O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão da literatura acerca do CIM, seus
conceitos, funcionalidades, potenciais, limitações e possíveis relações com o Lean Thinking. Pesquisas
feitas em todo o mundo envolvendo CIM e suas fronteiras foram compiladas neste trabalho. Pode-se notar
que tais pesquisas podem ser separadas em três temas que seguem rumos distintos: CIM como uma
extensão do Building Information Modeling (BIM), CIM como um desenvolvimento do Sistema de
Informação Geográfica (SIG) e implementação computacional necessária ao CIM. Foi concluído, baseado
nas interações entre Lean e BIM, que o CIM tem um grande potencial para trabalhar em sinergia com os
princípios Lean, contribuindo para todo tipo de redução de desperdícios no ciclo de vida da cidade. O
presente trabalho foi fruto de uma pesquisa realizada durante o Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Civil: Estruturas e Construção Civil (PEC/UFC) e contou com o apoio da Fundação Cearense
de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap).
Palavras-chave: Construção civil, Building Information Modeling, Sistema de Informação Geográfica,
City Information Modeling.

ABSTRACT
City Information Modeling (CIM) is a trend for future works of city modeling, planning and urbanization.
The aim of this paper is a literature review addressing CIM concepts, functionalities, potential,
limitations and its interaction with Lean Thinking. Papers made all over the world that cover CIM and its
boundaries were studied and compiled in this research. One can notice that these works can be separated
in three themes that go toward different directions: CIM as an extension from BIM, CIM as a
development from GIS and computational implementation toward CIM. It was concluded, based on BIM
and Lean interactions, that CIM has a great potential to work synergistically with Lean principles
contributing to all kind of waste reduction in a city’s life-cycle. This work was a result of a research
carried out during the Post-Graduate Program in Civil Engineering: Structures and Civil Construction
(PEC / UFC) and was supported by Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (Funcap).
Keywords: Civil construction, Building Information Modeling, Geographic Information System, City
Information Modeling.

1 INTRODUÇÃO
Houve um grande crescimento populacional durante a primeira revolução industrial, o
que gerou aglomerações urbanas com condições de vida precárias. Desde então,
diversos estudos se desenvolveram acerca do espaço urbano. O planejamento urbano foi
aplicado a fim de tratar a cidade como um processo dinâmico em vez de um modelo
ideal costumeiramente usado, uma vez que algumas premissas podem se tornar

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obsoletas em um curto intervalo de tempo (CAVALCANTE, T. 2016; BEIRÃO;


MONTENEGRO; ARROBAS, 2012).
A cidade é a expressão espacial das relações econômicas, políticas e culturais de uma
sociedade e, por essa razão, é território de disputas, desequilíbrios e desigualdades. Por
causa do dinamismo da cidade, o planejamento urbano deve ser contínuo (LIMA, 2016).
A falta de dados que possam medir os problemas urbanos e os meios de visualizar
decisões da abordagem tradicional dos planejadores urbanos podem beneficiar, de
acordo com Lima (2016), somente uma parte da população, deixando todo o resto de
fora. Planejadores urbanos devem ser completamente capazes de acompanhar as
transformações que ocorrem na cidade, com ênfase no efeito da construção de novos
edifícios em adição aos empreendimentos pré-existentes (ALMEIDA; ANDRADE,
2016).
Tradicionalmente, a geração de informações oportunas e significativas era um problema
para os planejadores urbanos, mas, atualmente, eles enfrentam outro desafio que é como
lidar com a enorme quantidade de informação e usá-la para o planejamento espacial e
governança (THOMPSON et al., 2016). A complexidade urbana crescente e a
quantidade de informações necessárias para gerenciá-la tornam necessários novos
recursos para planejar, projetar, construir, gerenciar e renovar os ativos da cidade para
apoiar as pessoas responsáveis pela infraestrutura urbana (AMORIM, 2016;
CAVALCANTI; DE SOUZA, 2015).
Uma das primeiras referências ao termo City Information Modeling (CIM) foi
apresentada por Lachmi Khemlani em um artigo em 2005 sobre como as tecnologias
podem ajudar em situações de emergência como o furacão Katrina. Ela imaginou que,
se houvesse um modelo de cidade integrado semelhante ao BIM, seria mais fácil lidar
de forma mais holística com situações desastrosas como a que se enfrentou em Nova
Orleans (KHEMLANI, 2005). O CIM deve ajudar os planejadores urbanos a tomar
decisões mais flexíveis e embasadas, dando aos urbanistas uma nova visão para
entender o eterno desafio do que a cidade deve ser (LIMA, 2016; THOMPSON et al.,
2016).
Embora cada vez mais presentes na literatura técnica e fóruns de discussão, o acrônimo
CIM e seus conceitos ainda não são estabelecidos de forma unânime. Alguns termos
apresentados por Starvic et al. (2012) são: urban information modeling, digital city,
intelligent city, city information model, GIS city, smart 3D city e procedural city.
Mesmo o BIM, um assunto mais difundido, ainda carece de uma unanimidade
conceitual. Isso torna as pesquisas ainda mais difíceis uma vez que não há uma
convergência conceitual, com pessoas fazendo coisas semelhantes com denominações
diferentes (ALMEIDA; ANDRADE, 2016; AMORIM, 2016).
O objetivo deste artigo é fazer uma revisão da literatura, a fim de avaliar o nível de
maturidade do tema, encontrar lacunas e mostrar como o CIM pode estar relacionado ao
Lean Thinking.

2 O MELHOR DOS DOIS MUNDOS

2.1 GIS e BIM


De acordo com Cavalcante, F. (2016), o Sistema de Informações Geográficas (GIS -
Geographic Information System) é um sistema que reúne mapas e dados organizados
em tabelas, vincula-os, permitindo uma sobreposição de informações e,
consequentemente, facilitando a análise da dinâmica espacial. Cavalcante, T. (2016)

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comenta que suas funcionalidades vão além de desenhar mapas, tornando-se uma
ferramenta para apoiar a tomada de decisão para o planejamento e gestão urbanos.
Amorim (2015) disserta sobre outra representação da superfície chamada Modelo
Digital do Terreno (MDT) que está sendo chamada de 3D-GIS. Seu uso urbano atual
está focado em planejamento, gestão e controle de cidades, operação de sistemas e
serviços, mitigação de desastres e no âmbito do patrimônio histórico e cultural.
De acordo com Eastman et al. (2011), o BIM é uma abordagem para projeto, construção
e gestão de instalações centrada na colaboração e integração de dados que utiliza
objetos paramétricos. O BIM tem três níveis de abstração: produto, ferramenta (sistemas
/ software) e como processo. Almeida e Andrade (2016) afirmam que o termo Building
Information Modeling (BIM) foi proposto pela primeira vez por Jerry Laiserin em 2002
para sintetizar melhor o contexto de edificação, noção de informação e processo de
modelagem.
O BIM é predominantemente um modo de produção de natureza privada, embora seja
regulado por agências públicas. O CIM, no seu significado semântico de cidade, tem
que pertencer a um controle público para realmente ser eficaz e os procedimentos de
geração e manutenção de dados devem ser conciliados entre todas as divisões públicas
(ALMEIDA; ANDRADE, 2016).
Devido ao curto tempo de construção de um edifício, diante do seu ciclo de vida e do
seu efeito na cidade durante toda a sua existência, o BIM só atingirá todo o seu
potencial quando absorvido por um modelo de informação urbana que possa se
beneficiar das suas valiosas informações (ALMEIDA; ANDRADE, 2016).

2.2 CIM
A Figura 1 mostra que o conceito de CAD está contido no conceito de BIM, que por sua
vez, está contido no conceito de CIM. Mas isso é apenas uma submissão hierárquica,
uma visão mais holística, e não significa que um nível inferior deve ser substituído
pelos superiores (AMORIM, 2015).

Figura 1 – Relação entre CAD, BIM e CIM

CIM

BIM

CAD

Fonte: AUTORES (2017)

Palmer e Pressley (2009) e Cheng, Lu e Deng (2016) dissertam sobre uma escala
intermediária entre BIM e CIM, chamada de Civil Information Modeling, utilizada para
construções mais horizontais quando comparadas com os edifícios abordados pelo BIM

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(por exemplo, infraestruturas civis, pontes, túneis). Eles também são conhecidos como
BIM para infraestrutura (Suchocki 2015) e o número de projetos como esse está
aumentando de acordo com Guo et al. (2014).
CIM, no sentido de Civil Information Modeling, é uma representação 3D de edifícios e
outras construções de engenharia que são georreferenciadas, sendo um híbrido entre o
3D-GIS e o plan-design do ciclo de vida do BIM (ALMEIDA; ANDRADE, 2016).
Segundo tais autores, o processo de planejamento, projeto, construção e gerenciamento
do BIM e todos os seus aspectos podem ser estendidos ao CIM, mesmo que sua
complexidade também seja estendida.
Os modelos de informação da cidade incorporam a informação necessária para dar aos
projetos o contexto espacial necessário para tomar decisões baseadas na localização
geográfica, abrangendo aspectos paramétricos e de interoperabilidade (Almeida e
Andrade, 2016; Lima, 2016). Eles podem ser usados para projetar e gerenciar a
infraestrutura da cidade (semelhante ao BIM) ou podem ser usados para o planejamento
urbano e simulação de cenários (semelhante ao GIS). Além disso, eles devem ser
entendidos como uma abordagem computacional que mede indicadores e visualiza
cenários de decisões tomadas pelo planejamento urbano ao longo do processo (Lima,
2016). De acordo com Clarke (2015), quando uma proposta não é simulada, ela pode
não fornecer o desempenho desejado quando executada. Além disso, se não houver um
controle de desempenho pós-ocupação, as lacunas entre o desempenho operacional e a
intenção de projeto ainda permanecerão.
Amorim (2016) comenta que o CIM é uma extensão do BIM, representando a cidade da
mesma forma que BIM representa edifícios. Os requisitos para sua implementação são
uma unificação conceitual, a caracterização dos processos e a definição dos requisitos
que um modelo de cidade deve ter, o estabelecimento de padrões de modelo e o
desenvolvimento de tecnologias para fornecer suporte operacional. Cavalcanti e de
Souza (2015) afirmam que para o CIM ser utilizado, os dados devem ser coletados,
armazenados e atualizados de forma acessível, ter interoperabilidade e permitirem uma
comparação histórica de séries.
Lima (2016) classifica a implementação do CIM em três etapas. A primeira é seu uso
como uma ferramenta, substituindo análises do GIS e modelos do CAD com os modelos
3D georreferenciados da cidade. A segunda é o seu uso pelos urbanistas, com
coordenação e interoperabilidade, sobreposição de informações e extração de
indicadores. A última etapa é o seu uso aberto por todos da cidade com interação em
tempo real.
O conhecimento urbano é uma informação primária que incorpora modelos de cidades e
vão além da geometria (por exemplo, natureza dos objetos, funções, história, usos). Essa
é a informação semântica. Ou seja, se refere a uma melhoria de um sistema de
informação que torna a informação mais explícita e está relacionada com o significado
das coisas. Pode ser entendido como algo além da geometria e das imagens (orientada
para os dados), como uma conexão formal com a realidade (orientada para a natureza) e
como uma conexão com o uso, ou seja, orientada para os valores (BILLEN ET AL.,
2014).
De acordo com Gil, Almeida e Duarte (2011) e Amorim (2016), uma única base de
dados espaciais é o ponto chave de um modelo CIM, e, para isso, deve-se assegurar a
interoperabilidade entre todos os agentes. O formato CityGML (usado em 3D-GIS) é
uma tentativa de fazer isso, mas possui uma semântica inferior aos formatos IFC
(usados no BIM) e não tem algumas classes de objetos que são relevantes para o CIM

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como infraestrutura subterrânea. Assim, o formato IFC5 está surgindo para integrar
todos os dados ao incorporar todos os elementos urbanos necessários para um modelo
CIM, uma vez que os formatos IFC atuais (IFC4) não possuem classes de alinhamento
como estradas ou pontes (CORRÊA; SANTOS, 2015). Almeida e Andrade (2016)
também mostram um formato IFG, patrocinado pela BuildingSMART International,
semelhante a um IFC para GIS, como uma das primeiras tentativas de integrar ambos os
modelos.
Xu et al. (2014) dissertam sobre as muitas tentativas para reunir IFC e CityGML, ponto-
chave para integrar BIM e GIS. Os métodos atuais são unidirecionais, mas deve-se
buscar a interoperabilidade com mais anotações semânticas (Figura 2).

Figura 2 – Dados necessários para o CIM

Fonte: XU ET AL. (2014)

Uma vez que diferentes profissionais precisam trabalhar com diversas especificações,
uma ontologia é necessária para mesclar os significados de todo tipo de representações
para minimizar o retrabalho em cada troca de informações (CORRÊA; SANTOS,
2013). Montenegro e Duarte (2009) desenvolveram uma ontologia comum que tenta
garantir a interoperabilidade e prevenir ambiguidades entre os resultados.

2.3 Smart Cities e sustentabilidade


De acordo com Amorim (2015), a espinha dorsal de uma Cidade Inteligente (Smart
City) é a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) em pleno
potencial para melhorar o desempenho dos serviços urbanos, gerando bem-estar para
todos os usuários da cidade e garantindo uma participação efetiva dos cidadãos. Espera-
se que uma cidade inteligente responda com mais celeridade aos desafios globais e às
suas próprias demandas, podendo aprender, inovar e adaptar-se. Assim, a
implementação do CIM pode ser uma forma de fazer com que uma cidade alcance o
status de Cidade Inteligente, mas outros sistemas envolvidos devem ser usados para
trabalhar sinergicamente, garantindo eficiência e eficácia em todos os sistemas urbanos
e satisfação comprovada e bem-estar para todos os cidadãos.
A "cidade virtual" é composta por dois macrossistemas: a "cidade inteligente", para uso
dos cidadãos e administradores, e a outra é o modelo CIM, para apoiar todas as funções
e serviços urbanos (Amorim, 2016). Cada edifício tem sua contribuição individual e
mensurável no consumo de recursos, na geração de resíduos e no impacto na vizinhança
em uma cidade. O BIM já permite conceber um projeto energeticamente mais eficiente
e econômico, com baixas taxas de resíduos e emissões mínimas de CO2. O CIM
atenderá os serviços públicos e gestores urbanos para o controle de áreas de saturação e
de risco de forma mais precisa, além de avaliar parâmetros de sustentabilidade em
diferentes escalas (ALMEIDA; ANDRADE, 2016).

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Pasquinelli et al. (2016) comentam que sensores podem ser usados para coletar dados na
operação da construção, dando feedback para fazer o edifício adaptar-se em tempo real
para mudar os requisitos, mostrando que as tecnologias são o ponto-chave para evoluir
para edifícios inteligentes e cidade inteligente. Eles fazem uma analogia com uma
cidade cognitiva que poderia prever as necessidades do cidadão, gerando soluções de
conforto ideal usando o mínimo de recursos possível.
Esforços como esses fazem muitos exemplos de cidades que atingiram o status
inteligente ou cidades planejadas para ser assim desde a sua concepção, como a cidade
neutra de carbono e desperdício zero de Abu Dhabi, a cidade de Masdar (REICHE,
2010).
Mesmo a construção e manutenção de um único edifício sustentável é uma tarefa difícil
e complexa. O desafio de estender isso à escala da cidade é ainda mais difícil. Os
edifícios de hoje são projetados para curtos ciclos de vida, de modo que o controle de
resíduos deve ser efetuado com um Modelo de Informação de Cidade Sustentável
(Sustainable City Information Model - SCIM), incluindo dados meteorológicos e redes
inteligentes para gerar energia quando em movimento, promovendo economia de
energia e de custos (GRASSL, 2013).
Kim et al. (2012), buscando o desenvolvimento de uma Cidade Verde Inteligente
(Smart Green City), projetaram um modelo baseado na web para monitoramento de
energia que usa dados maciços. Esse foi um projeto iniciado pelo governo coreano para
entregar a quantidade certa de energia (eletricidade ou calor) para as áreas onde for
necessária, cobrindo toda a cidade com uma rede de energia inteligente. Padsala e Coors
(2015) também fizeram um SCIM baseado na web focado em simulação de energia,
mas trazem como contribuição o potencial fotovoltaico. No SCIM apresentado por
Schiefelbein et al. (2015) simulações dinâmicas são capazes de estimar o estado de
retrofit de uma cidade visando a redução das emissões de gases de efeito estufa.

2.4 Aplicações
Cavalcante, F. (2016) mostra como o GIS e o software paramétrico urbano podem ser
utilizados como Modelo de Informação da Cidade para simulações de cenários, que se
mostraram dinâmicos, flexíveis às mudanças e uma forte ferramenta de antecipação de
impactos antes da implementação de um projeto. Na aplicação da modelagem de
informações da cidade fornecida por Sankaran France-Mensah e O'Brien (2016), o
maior desafio enfrentado foi como reunir a informação espacial necessária dispersa em
vários contratos e projetos anteriores para que possa ser compilada e ser relevante para o
escopo do projeto atual.
Pereira Filho e Serra (2015) apresentam o modelo tridimensional da cidade de Seattle
(EUA), um dos maiores desse tipo, que não é apenas para visualização, mas contém
toda a informação da cidade real, incluindo infraestruturas urbanas para um controle
colaborativo e dinâmico. Começou como um modelo privado por Parsons Brinkerhoff,
multinacional americana que atua em design e engenharia, mas agentes públicos o têm
usado como uma ferramenta para a gestão integrada da cidade.
Amorim (2015) relata que o uso de um modelo de cidade em 3D, mesmo apenas para
visualização, como em Montreal e Helsinque, coloca a cidade à frente de muitas outras
do mesmo status em um processo estratégico. No entanto, o autor ressalta que os
benefícios mais valiosos são apenas percebidos quando se constrói um modelo
semântico rico que vai além da visualização 3D.

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Xu et al. (2014) apresentaram uma aplicação em gerenciamento de segurança contra


incêndio em um campus e Park et al. (2014 e 2015) estudaram como o CIM pode ser
usado para prevenir desastres como danos causados por inundações. No estudo, foram
feitas simulações de inundações, utilizando análise hidráulica, para estimar mortes e
danos com base em um modelo aberto de informação da cidade. Esse tipo de trabalho
segue a ideia original de Khemlani para o CIM.
As principais diferenças entre BIM e CIM, como ressaltadas neste item, foram
sintetizadas no Quadro 1 para um melhor esclarecimento do tema.

Quadro 1 – Diferenças entre BIM e CIM

BIM CIM
Representa edificações com Representa mapas de cidades com
Modelagem 3D
objetos paramétricos informação semântica
Análise da dinâmica espacial, apoio
na tomada de decisões para
planejamento e gestão da
infraestrutura urbana e da operação
Planejamento, projeto, construção
Aplicações e de sistemas e serviços (com contexto
e gestão de instalações com foco na
funcionalidades espacial, paramétrico e com
colaboração e integração de dados
interoperabilidade), mitigação de
desastres e simulação de cenários
com medição de indicadores de
desempenho
Natureza privada, mas regulado
Modo de produção Controle público
por agências públicas
Cada empresa tem sua base de Única e interoperável para toda a
Base de dados
dados cidade
Ainda não unificado e interoperável
(deve unir o CityGML do GIS com o
Formatos IFC (IFC4) IFC do BIM). IFG e IFC5 (com
classes de alinhamento) como
tentativas de unificação
Quando usado em
pleno potencial Edifícios sustentáveis Smart Cities
ajuda a gerar
Fonte: AUTORES (2017)

3 LIMITAÇÕES
No Quadro 2, todas as limitações acima estão resumidas e fica claro que as restrições de
interoperabilidade e hardware / software são as mais comuns nas aplicações atuais do
CIM, mostrando onde os pesquisadores e as fabricantes de software devem se
concentrar.

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Quadro 2 – Ocorrência de cada limitação

Müller, Broschart e Zeile


Correa e Santos (2015)

Cavalcanti e de Souza

Beirão, Montenegro e
Cavalcante F. (2016)
Almeida e Andrade

Billen et al. (2015)


Autores

Gil et al. (2010)


Amorim (2016)

Arrobas (2012)
Lima (2016)

(2015)

(2016)
(2016)
Limitações
Serviço de internet x
Hardware/Software x x x x x
Escalas múltiplas e x x
detalhes (LOD)
Interoperabilidade x x x x
Aquisição de dados x x
Pequena produção x
bibliográfica
Número de stakeholders x
envolvidos
Qualificação da mão de x
obra
Ambiguidade de x
conceitos
Privacidade e qualidade x x
dos dados
Cultura x
Conflito de interesses x
Pequeno número de x
aplicações
Fonte: AUTORES (2017)

Pode-se identificar que há algumas limitações como pequeno número de produção


bibliográfica e ambiguidade de conceitos que têm uma natureza subjetiva e estão
relacionados a questões teóricas. Além disso, o restante das limitações encontradas tem
uma natureza objetiva e está relacionado a questões práticas, abordando restrições mais
tangíveis, que são claramente as encontradas com maior frequência na literatura.

4 RELAÇÃO COM O LEAN THINKING


Pode-se notar, após os trabalhos supracitados, que as pesquisas atuais sobre o CIM
podem ser divididas em três ramos ou temas diferentes: CIM como extensão do BIM,
CIM como desenvolvimento de SIG e semântica, arquitetura de dados e implementação
computacional rumo ao CIM (Figura 3). Mas o que liga o CIM aos Princípios Lean?

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Figura 3 – Temas atuais na pesquisa do CIM

Fonte: AUTORES (2017)


O CIM é muito recente, o que pode ser notado pela referência bibliográfica, sendo
assim, pesquisas com conexão entre CIM e Lean Thinking são difíceis de encontrar. Por
isso, neste trabalho, foi feita uma pesquisa buscando uma relação entre BIM e Lean
Thinking para inferir a relação potencial que o CIM poderia ter com o Lean Thinking,
uma vez que um dos ramos acima mencionados é o CIM como uma extensão do BIM.
CIM como um processo tem de ser um ciclo devido à dinâmica da cidade de forma
semelhante a um PDCA (Almeida e Andrade 2016). Isto é consistente com a melhoria
contínua (kaizen), um dos princípios Lean. Starvic et al. (2012) comentam que o CIM
facilitará a tomada de decisões com um modelo 5D (incluindo custos e tempo) que
minimize os mecanismos administrativos e permita correções em caso de falhas e
disfunções. Isso contribui para reduzir o desperdício de recursos, um dos principais
objetivos do Lean Thinking.
Sacks et al. (2010) fizeram uma matriz relacionando as funcionalidades BIM e
princípios Lean, encontrando 56 interações, 52 das quais mostram a sinergia potencial
entre eles no processo de eliminação de resíduos dominantes em construções,
permitindo um mecanismo de "produção puxada" para reduzir a variabilidade no
processo de construção e aumentando o valor para o cliente. Esses autores enfatizam
que o BIM é a base para alcançar os resultados que a construção enxuta espera entregar.
Eles também dizem que esses conceitos não são dependentes, mas o pleno potencial de
melhoria de projetos de construção só é alcançado com uma abordagem integrada
(como no IPD) que pode melhorar os resultados do Lean. Entre os 14 princípios Lean
de Deming, apenas aqueles com uma natureza filosófica não estão relacionados ao BIM.
Sacks, Radosavljevic e Barak (2010) mostram os requisitos para um BIM baseado em
gestão Lean (chamado KanBIM). Em seu estudo, relacionam BIM com o last planner
system e mostraram seu potencial para puxar a produção, para reduzir o desperdício,
para manter a estabilidade do fluxo de trabalho e para visualizar todo o processo.
Ningappa (2011) concentrou esforços na dúvida se o BIM tinha feito a construção mais
enxuta. Mais de 60 artigos foram cobertos, confirmando que o BIM ajuda a reduzir o
desperdício nas construções. A autora também comparou projetos com e sem BIM,
mostrando que o BIM ajuda a reduzir os custos totais. Além disso, nessa mesma
pesquisa, profissionais foram entrevistados e a conclusão foi que o BIM reduz os
resíduos originados de confusão, retrabalho, sobreprodução, sobreprocessamento,
condições inseguras do local e defeitos. Uma vez que o Lean foi usado originalmente na
indústria de manufatura para reduzir o desperdício em seus processos, segundo a autora,
é seguro dizer que BIM realmente fez a construção mais enxuta.
Levando-se em conta todos esses trabalhos anteriores, pode-se inferir que, como o CIM
tem um grande potencial para reduzir todo tipo de resíduos urbanos, como energéticos,

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espaciais e sólidos, ele pode trabalhar sinergicamente com o Lean para melhorar a
eficiência da cidade em todo o seu ciclo da vida.

5 CONCLUSÃO
A maioria dos autores concorda que o CIM melhorará o processo de planejamento e
controle da cidade e é uma promessa para o futuro, uma vez que há muitas questões em
aberto a serem resolvidas. Em suma, como afirmam Cavalcanti e de Souza (2015), a
potencial aplicabilidade da CIM é alta, mesmo considerando as desvantagens.
O uso do CIM pode tornar a informação mais acessível para qualquer pessoa,
aumentando a transparência e facilitando as futuras pesquisas. Além da não
unanimidade nos conceitos de modelagem de informação da cidade, houve algumas
dificuldades de busca com a palavra-chave CIM, que também significa Computer
Integrated Manufacturing, dificultando a prospecção por trabalhos.
Olhando para o CIM com uma extensão do BIM, pode-se inferir que existe um
potencial a ser explorado onde o CIM pode atuar como indutor para implementação dos
princípios Lean na gestão das cidades, uma vez que foi mostrado que o BIM já tinha
tornado a construção mais enxuta.
Ao longo deste estudo, foram encontradas muitas limitações do CIM, indicando para
onde as futuras pesquisas podem convergir para tornar o CIM completamente
operacional para que todas as cidades do mundo possam evoluir para o status de uma
cidade inteligente.

REFERÊNCIAS
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Urbanismo, 4., Porto Alegre, 2016. Anais... Porto Alegre: IV ENANPARQ, 2016.
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Urbanismo, 4., Porto Alegre, 2016. Anais... Porto Alegre: IV ENANPARQ, 2016.
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Graduação em Arquitetura e Urbanismo, 4., Porto Alegre, 2016. Anais... Porto Alegre: IV
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AGRADECIMENTOS
À Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(Funcap), pelo apoio ao primeiro autor.

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