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ITAJUBÁ
2018
Pedro Henrique Miranda Alves Lanza França
ITAJUBÁ
2018
FRANÇA, Pedro Henrique Miranda Alves Lanza
I. LIMA, Cidélia Maria Barbosa. II. FEPI – Centro Universitário de Itajubá. III.
AVALIAÇÕES E PERÍCIAS NA ENGENHARIA CIVIL: estudo de caso em uma residência na
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus por ter me dado força e sabedoria para concluir
mais esta etapa da minha graduação. Sem Ele não seria nada!
Agradeço, também, aos meus pais Camilo e Nanci, por todo empenho para me
dar tudo de melhor, principalmente o exemplo de nunca desistir. A minha irmã Carol
por todo auxilio em tudo que precisei. A minha namorada Mariana por me apoiar e
muitas vezes me impulsionar ao longo deste percurso. A todos meus familiares que
foram suporte nas horas em que houve necessidade.
Aos meus amigos de fora da faculdade, que sempre proporcionaram momentos
de alegrias e foram fundamentais para que essa caminhada se tornasse mais leve.
Aos meus companheiros de caminhada da Turma LIV-B, agradeço por todo
companheirismo, alegrias, resumos, estudos, sofrimentos e vitorias. Tudo isso será
guardado pra sempre em meu coração. De forma especial, aqueles que estiveram
sempre perto de mim e que, com toda certeza, têm grande influência nessa conquista.
Aos meus queridos professores, que foram essenciais em toda aprendizagem,
que se sacrificaram pra fazer o melhor por todos nós alunos. Gratidão, principalmente,
a Professora Cidélia pela disponibilidade e empenho na orientação para elaboração
deste trabalho, mesmo com suas responsabilidades não poupou esforços em me
ajudar sempre que foi preciso. Agradeço também a professora Pâmella, que sempre
me auxiliou na execução deste trabalho em todos os momentos que se fez necessário.
Ao Sr. Antônio e Sra. Edilene, que abriram as portas de sua residência para que
fosse realizado o estudo de caso deste trabalho e foram solícitos sempre que pedi
alguma informação ou material. Muito obrigado.
Enfim, agradeço a todos que forma direta e indireta se fizeram presentes ao
longo da minha graduação. Gratidão eterna!
RESUMO
With the necessity of clarifying and understanding the facts, the area of valuations and
technical inspection has a great importance into the current Engineering scenario due
to the great occurrence of events and needs of assistance to find the common good.
For a better knowledge inside this area, one must always be up-to-date regarding
specific norms and techniques to conduct evaluations and technical inspections. It is
also worth mentioning the vast field of work for this kind of professional: it is a important
knowledge for those who wish to work in this area. It is extremely important to
understand that knowing the history of this profession in Brazil and in Minas Gerais
State is also to know the history of the public sector that rules this professional group:
IBAPE. The case study showed the reality of a residence in its physical / structural
aspect so that, having overhauled the same, it was detected several pathologies
related to differential soil repression because of the drainage work that was carried out
around the property. The judicial expert report was also led in order to exemplify the
execution for a possible judicial action. It was concluded that the study was very
important to realize the need of an professional Engineering in order that the facts are
clarified and, if possible, help certain processes parts. For future researches,
undergraduate students who wish to perform the pathologies corrective maintenance
presented in the residence, can work on these terms.
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3
3 METODOLOGIA ................................................................................................. 21
3.1 Caracterização do Imóvel ............................................................................... 22
3.2 Vistoria do local .............................................................................................. 23
3.3 Avaliações ...................................................................................................... 25
3.4 Laudo .............................................................................................................. 25
3.5 Análise comparativa ....................................................................................... 25
4 ESTUDO DE CASO ............................................................................................ 27
4.1 Caracterização do Imóvel ............................................................................... 27
4.2 Vistoria do local .............................................................................................. 31
4.2.1 Caracterização, classificação e quantificação das patologias ................ 33
4.2.1.1 Sala.............................................................................................. 34
4.2.1.2 Quarto 01 ..................................................................................... 35
4.2.1.3 Quarto 02 ..................................................................................... 38
4.2.1.4 W.C Social ................................................................................... 41
4.2.1.5 Cozinha........................................................................................ 44
4.2.1.6 Área Externa ................................................................................ 47
4.2.1.7 Área Descoberta 01 ..................................................................... 54
4.2.1.8 Área Descoberta 02 ..................................................................... 58
4.2.1.9 Garagem ...................................................................................... 63
4.2.1.10 Resumo das Patologias ............................................................... 67
4.3 Avaliação ........................................................................................................ 69
4.3.1 Resumo da avaliação ............................................................................. 69
4.4 Laudo .............................................................................................................. 73
4.5 Análise Comparativa ....................................................................................... 77
4.5.1 Reincidência 1: Patologia 16 .................................................................. 77
4.5.2 Reincidência 2: Patologia 19 .................................................................. 78
4.5.3 Reincidência 3: Patologia 20 .................................................................. 78
4.5.4 Reincidência 4: Patologia 21 .................................................................. 79
4.5.5 Reincidência 5: Patologia 24 .................................................................. 79
4.5.6 Restante das Patologias ........................................................................ 80
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Conhecer a Engenharia Civil como uma das profissões que mais colocam o
mundo para a frente já não é mais novidade para ninguém. Segundo o Portal
Educação (2013) “a engenharia civil não é uma profissão fixa na construção civil, o
profissional pode trabalhar em outras áreas que competem as matérias aprendidas
nos cinco anos de graduação”. As áreas mais comuns de atuação do profissional são:
Estruturas e Fundações, Gerência de obras, Projetos hidrossanitários e Infraestrutura.
Porém, o Engenheiro Civil pode atuar em outras áreas. Especificamente
relacionado a este trabalho, uma das funções em ascensão desta área de atuação é
o Engenheiro de Avaliações e Perícias, que surge devido a necessidade de
compreender, analisar e definir certos valores a específicos bens ou elaborar laudos
para resolver determinadas situações.
Tendo conhecimento que existe essa área de atuação é, necessário também,
conhecer como se define e quais as áreas de atuação desse profissional.
2.1 Perícia
Entende-se como perícia uma atividade técnica desenvolvida por profissionais
incumbidos de investigar e esclarecer os fatos, analisar e compreender a situação
física de um bem e apurar quais são as causas de determinados eventos, avaliação
dos bens, seus valores e direitos. (ABNT, NBR 14653-1,2001, p.5).
Conforme o Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias/SP, essas perícias
podem ser subdivididas em três atividades:
O mesmo autor diz que a perícia judicial depende que o profissional esteja
habilitado e credenciado a fazer este tipo de serviço, seguindo o Código de Processo
Civil (CPC). Assim sendo, ele recebe o serviço ou por nomeação do juiz (atuando
assim como perito) ou então por nomeação de uma das partes constituintes do
processo (atuando como assistente técnico). Nessa situação, o Perito nomeado é
obrigatório para o acontecimento do processo, enquanto o indicado pelas partes não.
Já as perícias administrativas são realizadas em empresas ou órgãos
(geralmente públicos), onde os peritos realizam seu trabalho que, futuramente, podem
ser utilizados em processos. Nesse tipo de perícia, o profissional não segue à risca as
diretrizes do CPC. (PRESOTTO et al, 2017)
Para perícia particular, o autor ainda cita que o processo de serviço é
basicamente igual ao judicial, com diferença no que diz respeito a questão da
contratação que, neste caso, deve ser realizado exclusivamente pelo contratante. Este
tipo de perícia tem como função principal evitar o embate judicial entre duas partes ou
então preparar uma medida para uma futura ação, para que se possa resolver os
problemas entre essas partes. Assim como citado acima, esse perito pode ser
considerado um assistente técnico.
Complementando isso, Deutsch (2013) diz que a área de atuação de um
Engenheiro Perito não se restringe somente à judicial, mas também a extrajudicial
(particular e administrativas). As consultorias extrajudiciais incluem avaliações
patrimoniais, pesquisas ambientais, inspeções prediais, vistorias, constatações de
obras irregulares e análise das patologias encontradas nas edificações.
2.3 Avaliação
Para Neto et al (2007), a Avaliação na Engenharia pode ser definida como
“Conjunto de conhecimentos técnico-científicos especializados aplicados à avaliação
de bens”.
Com isso, entende-se avaliação um conjunto de conhecimentos na área de
engenharia, arquitetura e outras áreas das ciências sociais, exatas e da natureza. Seu
objetivo é determinar valores de um bem (DANTAS, 2012).
De acordo com a NBR 14653-1, as avaliações podem ser realizadas em bens
palpáveis e não-palpáveis. Os palpáveis podem ser imóveis, máquinas,
equipamentos, veículos, móveis, acessórios, matérias primas, infraestruturas,
7
Com isso, o autor diz que os dois métodos utilizados para a avaliação de aluguéis
são o direto e o indireto. O direto, considerado comparativo, avalia o imóvel utilizando
de análise comparativa com locações que possuem similaridades com o bem
avaliado. Já o indireto, considerado como de renda, atribui um valor relativo, levando
em consideração o valor de mercado do imóvel e as possíveis rendas que esse bem
produzirá para o locatário, utilizando taxa de retorno que varia de acordo com as
características particulares do mesmo, do mercado da região e a época que está
sendo avaliado. Se conveniente a determinados casos, utiliza-se os dois métodos de
maneira conjunta, para que se analise os valores e cheguem em um denominador
comum.
10
Com isso, o autor conclui que as vistorias servem basicamente como verificação
dos fatos, podendo ser caracterizada como perícia para constatação dos fatos
(propriamente dita) ou então interpretativa. Porém, em alguns casos essa perícia deve
ter um valor jurídico, podendo apenas o parecer do perito ser utilizado para embargo
ou não de uma determinada obra (por exemplo), aumentando assim a
responsabilidade do profissional.
Não obstante, como regra genérica prática, tal como acontece nas perícias
em desapropriações, avaliações de aluguéis e vistorias, é recomendável,
para perfeita concatenação de ideias e fatos, que as respostas aos quesitos
sejam precedidas de:
a) um estudo preliminar resumindo os termos em que está posta a
demanda e os objetivos da perícia;
b) um relatório da situação apurada em vistoria;
c) uma seção destinada a considerações e interpretação técnica doas
fatos, além de documentos que levem a uma ou várias conclusões
alternativas a serem oferecidas à opção do juiz. (MEDEIROS JUNIOR;
FIKER, 1996)
Para o mesmo autor, quando se trata de imóveis rurais o perito deve, além de
ter um amplo conhecimento técnico no campo de engenharia, ter um variado
conhecimento especifico da região avaliada. Saber dos costumes do local, da ecologia
do meio, variações agrícolas, tipo de solo e vegetação local, histórico do local,
vocabulário usual popular, entre outras características próprias.
Sempre que possível, nessas pericias devem constar: levantamento topográfico;
detalhamento da área, perímetro e superfície que indiquem que o local tenha sido
ocupado em um determinado período de tempo, com imagens aéreas detalhadas ou
outros métodos comprobatórios. “Os requisitos específicos envolvendo ações reais
imobiliárias devem fornecer o maior conjunto possível de informações técnicas
devidamente analisadas que constituam subsídios para o esclarecimento da lide. ”
(IBAPE/SP, 2015)
12
Art. 1283. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição,
possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente
de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença,
a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis (Lei
nº 10.406 do Código Civil de 2002)
Alem do tempo, Medeiros Junior e Fiker (1996) define que nas ações de
usucapião devem ser estudados as características básicas de posse dos bens
imóveis. Analisa-se se a usucapião é “mansa, pacifica, ininterrupta e inquestionadas”.
A usucapião, possui caráter aquisitivo aliado com extintivo, frutos de uma fonte
comum que, de acordo com o tempo diminui o direito até extingui-lo, aumentando
assim o direito daquele que está em posse direta do imóvel. (MEDEIROS JUNIOR;
FIKER, 1996)
2.5.1 IBAPE
De acordo com o Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias/Nacional (Símbolo
na Figura 1) em sua história institucional, o mesmo foi fundado em 1957, em São
Paulo, movido pela necessidade de normatização e buscas de tecnologias especificas
que pudessem ajudar a classe de profissionais da área a desenvolverem os serviços
de avaliação na cidade, que passava por problemas de desapropriações em massa.
A partir daí foram realizados muitos eventos técnicos, congressos, treinamento
e aperfeiçoamento dos profissionais gabaritados a exercer o trabalho de perito. Com
isso, pode-se ver que o IBAPE esteve sempre à frente para alavancar a categoria no
cenário Nacional, dando todo suporte e, assim, aumentando a visão da necessidade
das avaliações e pericias de bens no meio da Engenharia.
Com o aumento dessa necessidade, em âmbito estadual, foram criados no total
de dezoito entidades filiadas que visam defender os interesses da classe dos
profissionais específicos de cada estado, sempre respondendo a entidade Nacional
(principalmente após a união do IBAPE com a ABRAP).
Sobre a entidade Nacional, o regimento interno do IBAPE diz que o mesmo não
possui fins lucrativos e apresenta os seguintes objetivos:
3 METODOLOGIA
Caracterização do Imóvel;
Vistoria do Local;
Avaliações e Laudo;
Análise comparativa com imagens anteriores a reforma.
22
5.2.2.3 Benfeitorias
A caracterização das benfeitorias compreende:
a) construções: descrição, compreendendo classificação; características da
construção, com ênfase para fundações, estrutura, vedações, cobertura e
acabamentos; quantificação, abrangendo número de pavimentos e/ou
dependências, dimensões, áreas, idade real e/ou aparente e estado geral de
conservação;
b) instalações, equipamentos e tratamentos: compreendendo as instalações
mecânicas, eletromecânicas e eletrônicas de ar-condicionado; elétricas e
hidráulicas, de gás; de lixo; equipamentos de comunicação interna e externa
de sonorização, tratamento acústico e outros. (NBR 13752,1996)
Quadro 1 – Anomalias/Aberturas
ANOMALIAS ABERTURAS (mm)
Fissura Até 0,5
Trinca De 0,5 a 1,5
Rachadura De 1,5 a 5,0
Fenda De 5,0 a 10,0
Brecha Acima de 10,0
Figura 3 – Fissurômetro
Com as fotografias em mãos, será indicado na planta do imóvel cada uma das
patologias referentes as imagens e terminando, assim, a vistoria completa necessária
para avaliação e comparação dessas patologias.
3.3 Avaliações
Com as informações já obtidas, deve-se avaliar as patologias existentes (ou
recorrentes) por meio de bibliografia especializadas. As “trincas” encontradas, serão
avaliadas de acordo com o livro “Trincas e Edifícios: Causas, prevenção e
Recuperação (THOMAZ,2002) ”. As demais patologias são avaliadas de acordo com
bibliografias pontuais, de acordo com o desenvolvimento do estudo de caso.
Ao fim dessas avaliações, será entregue as informações necessárias, de acordo
com o referencial teórico das normas e demais bibliografias, para a execução do laudo
técnico.
3.4 Laudo
O modelo de laudo a ser utilizado para redigir o mesmo, deverá ser o laudo
unânime, prevista pelo artigo 422 do Código Processo Civil (Lei nº 8.455/92). Este tipo
de laudo tem como único objetivo retratar a situação atual de determinado imóvel.
A redação do laudo deste presente trabalho, será baseada no terceiro exemplo
do livro “A Perícia Judicial: Como redigir laudos e argumentar dialeticamente
(MEDEIROS JUNIOR; FIKER, 1996)”, complementando com as normas: NBR 13.752
(Perícias de Engenharia Na Construção Civil) e NBR 14.653 – 2 (Avaliações de
imóveis urbanos).
4 ESTUDO DE CASO
Figura 7 – Fachada
a) Benfeitorias de construção
Descrição do imóvel: O imóvel se classifica como unifamiliar de 1 pavimento,
no qual habitam 04 moradores.
Características da Construção:
Fundação: A edificação possui fundação rasa do tipo baldrame, sem
estaqueamento
Estrutura: Possui estrutura indefinida pelos proprietários por ausência de
projeto estrutural.
Vedação: todas a alvenaria do imóvel é de tijolo furado
Cobertura: A cobertura se divide em laje com telha de fibrocimento e telha
cerâmica, conforme a Figura 10:
32
Figura 10 – Cobertura
Dimensões e Áreas:
Perímetro: Terreno = 60 metros / Edificado = 70 m
Área: Terreno = 200 m² / Edificada = 138 m²
4.2.1.1 Sala
Patologia 01
A patologia 01 pode ser classificada como um início de fissuração da laje, visto
na Figura 13.
4.2.1.2 Quarto 01
Patologia 02
De acordo com o Quadro 1, a Patologia 02 está contida na parede e pode ser
classificada como uma fissura transversal pois possui uma abertura de 0,2 mm com
uma inclinação aproximada de 45º, destacada nas Figuras 15 e 16.
Patologia 03
De acordo com o Quadro 1, a Patologia 03 está contida na parede e pode ser
classificada como uma fissura longitudinal pois possui uma abertura de 0,3 mm ao
longo da parede (próximo a laje), destacada nas Figuras 17 e 18.
Patologia 04
A Patologia 04 (Figura 19) é um tanto quanto incomum. Após as obras de
drenagem e o aparecimento de patologias na residência, foram realizadas algumas
reformas mal sucedidas na residência. No caso do quarto 02, apareceram fendas no
piso e para corrigir, a empresa ao invés de fazer a manutenção adequada, fez um
contra piso de 1 cm sobre o piso com patologia. Considerando que a manutenção não
foi adequada, levaremos em conta como uma patologia endógena.
4.2.1.3 Quarto 02
Patologia 05
De acordo com o Quadro 1, a Patologia 05 está contida na parede e pode ser
classificada como uma fissura vertical pois possui uma abertura de 0,2 mm, destacada
nas Figuras 21 e 22.
Figura 21 – Patologia 05: Fissura Vertical
Patologia 07
De acordo com o Quadro 1, a Patologia 07 está contida ao longo piso paralelo a
baldrame e pode ser classificada como uma rachadura longitudinal pois possui uma
abertura de 3,5 mm, destacada nas Figuras 24 e 25.
Patologia 08
De acordo com o Quadro 1, a Patologia 08 está contida na parede e pode ser
classificada como uma rachadura longitudinal pois possui uma abertura de 1,5mm ao
longo da parede (na junta do revestimento), destacada nas Figuras 27 e 28.
Patologia 09
De acordo com o Quadro 1, a Patologia 09 está contida na parede e pode ser
classificada como uma fissura transversal pois possui uma abertura de 0,4 mm com
uma inclinação aproximada de 45º, destacada nas Figuras 29 e 30.
Patologia 10
A patologia 10 pode ser classificada como um início de fissuração da laje, visto
na Figura 13.
Figura 31 – Patologia 10: Fissuração na Laje
4.2.1.5 Cozinha
Patologia 11
A patologia 11 pode ser classificada como um início de descolamento de
revestimento cerâmico, visto na Figura 33.
Patologia 12
De acordo com o Quadro 1, a Patologia 12 está contida na parede e pode ser
classificada como uma fissura transversal pois possui uma abertura de 0,4 mm,
destacada nas Figuras 34 e 35.
Patologia 13
De acordo com o Quadro 1, a Patologia 13 está contida na parede e pode ser
classificada como uma fissura longitudinal pois possui uma abertura de 0,1 mm ao
longo da parede, destacada nas Figuras 36 e 37.
Patologia 14
De acordo com o Quadro 1, a Patologia 14 está contida no piso e pode ser
classificada como uma trinca possui uma abertura de 1,1 mm, destacada nas Figuras
39 e 40.
48
Patologia 15
A Patologia 15 está contida na parede e pode ser classificada como afastamento
entre alvenarias com abertura variada, destacada na Figura 41.
Patologia 16
De acordo com o Quadro 1, a Patologia 16 está contida na parede e pode ser
classificada como uma trinca transversal pois possui uma abertura de 0,6 mm,
destacada nas Figuras 42 e 43.
Patologia 17
De acordo com o Quadro 1, a Patologia 17 está contida na parede e pode ser
classificada como uma trinca vertical pois possui uma abertura de 0,7 mm, destacada
nas Figuras 44 e 45.
51
Patologia 18
De acordo com o Quadro 1, a Patologia 17 está contida na parede e pode ser
classificada como uma fissura vertical pois possui uma abertura de 0,3 mm, destacada
nas Figuras 46 e 47.
Patologia 19
De acordo com o Quadro 1, a Patologia 19 está contida na parede e pode ser
classificada como uma fissura vertical pois possui uma abertura de 0,1 mm, destacada
nas Figura 48.
Patologia 20
De acordo com o Quadro 1, a Patologia 20 inicia na parede e continua na divisa
entre parede e piso e pode ser classificada como uma trinca pois possui uma abertura
de 1,2 mm, destacada nas Figuras 50, 51 e 52.
Patologia 21
De acordo com o Quadro 1, a Patologia 21 inicia na parede como uma rachadura
vertical e segue na divisa das alvenarias e pode ser classificada como uma rachadura
pois possui uma abertura de 3,0 mm, destacada nas Figuras 53, 54 e 55.
Patologia 22
A Patologia 22 é considerada uma fenda entre piso e alvenaria devido ao
recalque diferencial do solo, destacada na Figura 57.
Figura 57 – Patologia 22: Fenda no piso
Patologia 23
De acordo com o Quadro 1, a Patologia 23 está contida na parede e pode ser
classificada como uma rachadura vertical pois possui uma abertura de 1,5 mm,
destacada nas Figuras 58 e 59.
Patologia 24
De acordo com o Quadro 1, a Patologia 24 está contida na parede e pode ser
classificada como uma trinca vertical pois possui uma abertura de 1,0 mm, destacada
nas Figuras 60 e 61.
Patologia 25
De acordo com o Quadro 1, a Patologia 25 está contida no e pode ser
classificada como uma fissura na direção do ralo pois possui uma abertura de 0,4 mm,
destacada nas Figuras 62 e 63.
Patologia 26
De acordo com o Quadro 1, a Patologia 26 está contida na parede e pode ser
classificada como uma trinca vertical pois possui uma abertura de 0,9 mm, destacada
nas Figuras 64 e 65.
Figura 64 – Patologia 26: Trinca vertical
4.2.1.9 Garagem
Figura 66 – Garagem (sem escala)
Patologia 27
A Patologia 27 se refere ao “tombamento” da parede em relação a cobertura
devido a um recalque diferencial do solo, destacado na Figura 67.
Patologia 28
A Patologia 28 se refere a abertura de uma fenda entre parede em e piso devido
a um recalque diferencial do solo, destacado na Figura 68. Vale destacar que essa
patologia se dá paralelamente e próxima a Patologia 6 do Quarto 02 (afundamento do
piso).
Patologia 29
De acordo com o Quadro 1, a Patologia 29 está contida na parede e pode ser
classificada como uma fissura vertical pois possui uma abertura de 0,2 mm, destacada
nas Figuras 69 e 70.
Patologia 30
A Patologia 30 se refere a abertura de uma fenda no rejunte do piso devido a um
recalque diferencial do solo, destacado na Figura 71. Vale destacar que essa patologia
se dá paralelamente a Patologia 28 (Fenda).
4.3 Avaliação
Para o melhor desenvolvimento da avaliação as patologias foram separadas em
grupos, de acordo com suas similaridades de atuação:
GRUPO 1: Fissuração da laje – Patologias 01 e 10
GRUPO 2: Aberturas Transversais na Parede – Patologia 02
GRUPO 3: Fissura Longitudinal paralela a Laje – Patologia 03
GRUPO 4: Patologia Endógena no Contra Piso – Patologia 04
GRUPO 5: Aberturas Verticais na Parede – Patologias 05, 17, 18, 19, 21, 23,
24, 26 e 29
GRUPO 6: Descolamento de Revestimento Cerâmico – Patologia 11
GRUPO 7: Aberturas em esquadrias – Patologias 08, 09, 12, 13 e 16
GRUPO 8: Patologias diretamente ligadas ao Recalque diferencial do solo –
Patologias 06, 07, 14, 15, 20, 22, 25, 27, 28 e 30.
A patologia do Grupo 3, pode ser classificada como uma trinca típica com um
traçado bem definido paralelamente a laje devido aos efeitos dos esforços de tração
na face interna da parede em que a patologia aparece (Figura 76). Isso acontece pelo
fato da parede em questão ser autoportante (sem estrutura) e não trabalhar bem no
que se diz respeito a dilatação térmica. (THOMAZ, 1989)
Para finalizar, foi avaliada a Patologia do Grupo 04. Se trata de uma patologia
endógena a fim de sanar outra patologia. Os moradores relataram que, após as obras
de drenagem, no quarto em que se encontra a patologia, apareceu uma fenda de
dimensão considerável e que, a empresa que reformou a residência, preferiu subir o
contra piso que realizar uma correção mais eficaz. Portanto, foi considerada uma
patologia endógena por descaracterizar esse quarto de toda a residência, criando um
degrau que antes era inexistente, e também por ter que diminuir a porta do cômodo
pela impossibilidade de fechamento da mesma.
73
4.4 Laudo
Como o laudo redigido será para fins de estudos, alguns dados são fantasiosos
para que o laudo seja completo, como Vara cível, nome da empresa processada e
número do processo. Vale destacar que quando o laudo se referenciar “Imagens em
anexo”, entende-se como as imagens presentes no corpo do trabalho, para que não
exista repetições. Novas imagens foram acrescentadas no laudo por ocasião de
necessidade de exposição dos fatos.
O texto do laudo está escrito por formatação característica do modelo, fugindo
da formatação padrão deste trabalho.
Em caso de utilização em processos futuros, há necessidade de dados precisos
e que as imagens sejam anexadas corretamente.
Segue o laudo:
LAUDO UNÂNIME
1.CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
1.1- Objetivo
O objetivo do mesmo, com a presente medida cautelar, é identificar o estado e as
características de um imóvel de propriedade do requerente, localizado nesta cidade à
rua Marechal Juarez Távora (291, Bairro Medicina), tendo em vista o aparecimento de
aberturas devido a obras de drenagem no entorno da mesma.
1.2- Vistoria
1.2.1- Localização e características topográficas
O imóvel que interessa ao caso está situado na rua Marechal Juarez, no quarteirão
compreendido entre as ruas Comendador João Carneiro e Dr. Evaristo Cabral Renó,
Bairro Medicina, nesta cidade.
74
O imóvel do autor apresenta um estado entre bom e regular, porém sua construção
apresenta instabilidade mesmo após reforma do acordo. As aberturas encontradas
apresentam direta relação com recalque diferencial do solo, conforme vistoriado em
exame visual reproduzidas nas fotografias anexadas (resumidas no Quadro 2) e
avaliação realizada com auxílio de bibliografia especializada (“Trincas e Edifícios:
Causas, prevenção e Recuperação”).
Ditas ocorrências, destaca-se que as mesmas não são corriqueiras em construções
do mesmo gênero, o que podem vir a afetar na estabilidade da construção, levando
risco a segurança das pessoas residentes no imóvel.
2.QUESITO DAS PARTES
2.1- Quesitos do autor
1º) Qual a posição relativa entre imóvel e local da obra, interessados no caso?
Resposta: A posição relativa do imóvel é no decorrer da rua em que a obra foi
realizada, relatada no item 1.2.1 retro.
2º) Descrever o imóvel do autor, dando suas características, idade de conservação e
etc.
Resposta: Os esclarecimentos desejados por esta podem ser encontrados no item
1.2.3 retro
3º) Apresenta a construção fissuras, trincas, rachaduras, fendas e/ou fatores
endógenos? Enumerá-los detalhadamente.
Resposta: As ocorrências solicitadas no questionamento estão caracterizadas e
enumeradas nas imagens em anexo.
4º) Qual o estado atual do imóvel e da obra?
Resposta: Como citado no corpo do laudo, a obra do réu já está finalizada com tráfego
normal na via. Já o imóvel do autor encontra-se em estado de preocupação devido ao
reaparecimento de aberturas mesmo com reformas realizadas pelo réu em ação de
acordo com o autor.
2.1- Quesitos do réu
1º) Qual as características da obra do réu?
Resposta: A obra se encontra finalizada, com pavimentação asfáltica sobre a via e
liberado o tráfego no local. Ademais no subitem 1.2.2 retro.
2º) Tomando-se em conta a estrutura e o acabamento do imóvel do autor, qual a
influência da obra no que diz respeito ao estado de conservação?
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Resposta: Antes das obras, o estado da residência era ótimo (segundo relato do
autor). Após as obras, o estado se define entre bom e regular, conforme o subitem
1.2.3 retro.
3º) Esclareça Sr. Perito tudo o mais que julgar digno de nota.
Resposta: Destaca o perito ao recalque diferencial sofrido na residência em
consequência as obras de drenagem, destacadas patologias nas imagens anexadas
ao corpo do laudo.
3.ENCERRAMENTO
Segue, portanto, o presente laudo redigido em 4 (folhas escritas) de um só lado, todas
rubricadas e a última datada e assinada. Acompanham 1 (um) anexo com as
fotografias.
Itajubá, 15 de outubro de 2018.
Pedro Henrique Miranda Alves Lanza França
Engenheiro Civil – CREA 11692/18
ANEXO
Figura 77 – Abertura de Vala para obras de Drenagem
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
DANTAS, R.A. Engenharia de Avaliações. 3 ed. São Paulo: Pini, 2012, 255p.
NETO, Alcides Ferrari et al. Avaliação: O que é e como contratar. São Paulo: IBAPE-
SP, 2007. 76 p. Disponível em: <http://www.ibape-sp.org.br>. Acesso em: 11 mar.
2018.