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SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA

– S.O.M. –
ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
Trabalhos acadêmicos, projetos de pesquisa, monografias, dissertações, teses,
conforme a ABNT e especificações da Faculdade Jesuíta

Volume 2
4a edição revista e atualizada

Belo Horizonte
2019
Reitor: Prof. Dr. Geraldo Luiz De Mori SJ
Diretor do Departamento de Filosofia: Prof. Dr. Elton Vitoriano Ribeiro SJ
Diretor do Departamento de Teologia: Prof. Dr. Jaldemir Vitório SJ
Coordenador central de Pós-Graduação: Prof. Dr. Geraldo Luiz De Mori SJ
Diretor da Biblioteca Pe. Vaz (FAJE): Prof. Dr. Paulo César Barros SJ
Coordenadora da Biblioteca: Vanda Lúcia Abreu Bettio
Organização: Profa. Dra. Aparecida Maria de Vasconcelos

Supervisão, revisão e colaboração:


Prof. Dr. Johan Konings SJ (redação e supervisão geral)
Zita Mendes Rocha (redação, supervisão e formatação)
Prof. Dr. Édil Carvalho Guedes Filho (revisão)
Profa. Dra. Aparecida Maria de Vasconcelos (redação e revisão)
Prof. Dr. César Andrade Alves SJ (redação, digitação e revisão)
Rafael de Araújo Silva Alves dos Anjos (arte - layout)
Leonardo de Queiroz Sancho (fotos da capa)

Para referenciar este documento:


FACULDADE JESUÍTA DE FILOSOFIA E TEOLOGIA. Serviço de Orientação
Metodológica. Orientações para elaboração de trabalhos científicos: trabalhos
acadêmicos, monografias, projetos de pesquisa, dissertações, teses, conforme a ABNT
e especificações da FAJE. 4.ed. Belo Horizonte, 2019. v. 2. Disponível em: <informar
a URL de acesso>. Acesso em: informar a data de acesso.
SUMÁRIO

1 GUIA RÁPIDO DAS FORMATAÇÕES MAIS UTILIZADAS ......................................... 7


1.1 TAMANHO DA FOLHA E CONFIGURAÇÃO DAS MARGENS ................................. 7
1.2 FORMATAÇÃO DO TEXTO ................................................................................ 7
1.2.1 FONTE .......................................................................................................... 7
1.2.2 ESPAÇAMENTOS ........................................................................................... 7
1.2.3 PARÁGRAFO ................................................................................................. 9
1.3 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA DOS TÍTULOS DAS SEÇÕES................................. 9
1.4 SUMÁRIO .......................................................................................................... 9
1.5 PAGINAÇÃO .....................................................................................................11
1.6 IMPRESSÃO .....................................................................................................11
1.7 ÊNFASES .........................................................................................................11

2 CITAÇÕES ...........................................................................................................12
2.1 CITAÇÃO DIRETA (TEXTUAL) ..........................................................................12
2.2 CITAÇÕES CURTAS .........................................................................................12
2.2.1 CITAÇÕES LONGAS ......................................................................................13
2.3 CITAÇÃO INDIRETA (LIVRE) ............................................................................13

3 REFERÊNCIAS: INDICAÇÕES GERAIS .................................................................14


3.1 EM TRABALHOS DOS DIVERSOS CURSOS, PROJETOS, TCCS E ARTIGOS .......14
3.2 EM DISSERTAÇÕES E TESES ..........................................................................15
3.3 NOTAS DE RODAPÉ .........................................................................................16
3.3.1 NOTAS DE REFERÊNCIA OU ANOTAÇÕES DE FONTE ..................................16
3.3.2 NOTAS EXPLICATIVAS .................................................................................16
3.3.3 USO DE EXPRESSÕES E ABREVIATURAS LATINAS ......................................17

4 REFERÊNCIAS: OS ELEMENTOS COMPONENTES ................................................18


4.1 FORMAS DE ENTRADA ....................................................................................18
4.1.1 ENTRADA POR AUTOR PESSOAL .................................................................18
4.1.2 ENTRADA POR AUTOR-ENTIDADE ...............................................................21
4.1.3 ENTRADA PELO TÍTULO ..............................................................................22
4.2 TÍTULO E SUBTÍTULO......................................................................................22
4.3 EDIÇÃO ...........................................................................................................23
4.4 LOCAL DE PUBLICAÇÃO ..................................................................................23
4.5 EDITORA .........................................................................................................23
4.6 DATA ...............................................................................................................24
4.7 DESCRIÇÃO FÍSICA .........................................................................................24
4.8 NOME DA COLEÇÃO ........................................................................................24

5 REFERÊNCIAS: ANÁLISE DE EXEMPLOS COMPLETOS ........................................25


5.1 REFERÊNCIA COM APENAS UM AUTOR ...........................................................25
5.2 REFERÊNCIAS A OBRAS DE UM MESMO AUTOR DO MESMO ANO...................25
5.3 REFERÊNCIAS EM SEQUÊNCIA A DIVERSAS OBRAS DO MESMO AUTOR ........26
5.4 ENTRADA DE OBRA COM DOIS AUTORES .......................................................26
5.5 REFERÊNCIA NO CORPO DO TEXTO À OBRA COM DOIS AUTORES .................26
5.6 ENTRADA DE OBRA COM TRÊS AUTORES .......................................................26
5.7 ENTRADA DE OBRA COM MAIS DE TRÊS AUTORES ........................................27
5.8 ENTRADA DE OBRA DE AUTOR-ENTIDADE (ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS,
EMPRESAS, ASSOCIAÇÕES, CONGRESSOS, SEMINÁRIOS, ETC). ................................27
5.9 ENTRADA PELO EDITOR, ORGANIZADOR, ADAPTADOR ..................................27
5.10 REFERÊNCIA DE TRABALHOS NÃO PUBLICADOS ............................................28
5.11 UM MESMO TÍTULO DO MESMO AUTOR COM VÁRIOS VOLUMES ....................28
5.12 REFERÊNCIA DE PARTES DE LIVROS OU COLEÇÕES .....................................28
5.13 VERBETES DE DICIONÁRIOS ...........................................................................30
5.14 MONOGRAFIAS, DISSERTAÇÕES, TESES E TRABALHOS DOS CURSOS -
FORMATO CONVENCIONAL ........................................................................................30
5.15 REFERÊNCIAS DE ARTIGOS DE PERIÓDICOS .................................................31
5.16 REFERÊNCIAS DE DOCUMENTOS ELETRÔNICOS ............................................32
5.17 ENTREVISTAS .................................................................................................33
5.18 RECENSÃO (RESENHA) E NOTA BIBLIOGRÁFICA .............................................34

6 ABREVIATURAS E SIGLAS ...................................................................................35


6.1 TEXTOS DA SAGRADA ESCRITURA .................................................................36
6.2 LIVROS E OBRAS BÍBLICAS .............................................................................37
6.3 PERIÓDICOS ....................................................................................................37
6.4 COLEÇÕES, OBRAS DE REFERÊNCIA E DICIONÁRIOS ....................................38
6.5 TEXTOS E DOCUMENTOS DA IGREJA .............................................................39
6.6 TEXTOS DE TEÓLOGOS ...................................................................................40
6.7 ENTIDADES .....................................................................................................40
6.8 REFERÊNCIAS COMPLETAS DA BÍBLIA, DO MAGISTÉRIO, DA PATRÍSTICA E
DE DOCUMENTOS ECLESIAIS ....................................................................................40

7 ESTRUTURA DO TRABALHO ACADÊMICO ...........................................................44


7.1 CAPA ...............................................................................................................44
7.2 FOLHA DE ROSTO ...........................................................................................46
7.3 NATUREZA DO TRABALHO ..............................................................................46
7.4 FOLHA DE APROVAÇÃO ..................................................................................47
7.5 RESUMO E PALAVRAS-CHAVE OU DESCRITORES (NBR 6028) .........................56

8 ORIENTAÇÕES E MODELO PARA PROJETO DE MONOGRAFIA ............................57


8.1 PASSOS PRÉVIOS ............................................................................................57
8.2 ELEMENTOS DO PROJETO DE MONOGRAFIA ..................................................57

9 MODELO DE PROJETO DE PESQUISA PARA DISSERTAÇÃO OU TESE .................61


9.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA (“O QUÊ”?) ............................................................61
9.1.1 BREVE DESCRIÇÃO .....................................................................................61
9.1.2 TÍTULO E SUBTÍTULO PROVISÓRIOS ...........................................................61
9.2 OBJETIVO (“EM VISTA DE QUÊ”/PARA QUÊ?) ................................................62
9.2.1 OBJETIVO PRINCIPAL ..................................................................................62
9.2.2 OBJETIVOS COMPLEMENTARES OU SECUNDÁRIOS ....................................62
9.3 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA (“POR QUÊ”?) ................................................63
9.4 ESTADO DA QUESTÃO (“DA ARTE”) E “PONTA” DA PESQUISA ........................64
9.5 MÉTODO E DELIMITAÇÃO ...............................................................................65
9.6 EXEQUIBILIDADE ............................................................................................66
9.7 PLANO PROVISÓRIO ........................................................................................66
9.8 CRONOGRAMA ................................................................................................68
9.9 BIBLIOGRAFIA DE PARTIDA ............................................................................68
9.10 FOLHA DE ROSTO DO PROJETO PARA PÓS-GRADUAÇÃO ...............................69

REFERÊNCIAS ............................................................................................................70

ANEXO A – Abreviaturas dos meses em diversos idiomas ...........................................72

ANEXO B – Fichamento ..............................................................................................73

5
APRESENTAÇÃO

O Serviço de Orientação Metodológica (S.O.M.) foi idealizado para oferecer um suporte


técnico às pesquisas desenvolvidas no âmbito acadêmico da Faculdade Jesuíta de
Filosofia e Teologia (FAJE). A etapa inicial desse serviço disponibiliza aos discentes e
pesquisadores dessa instituição dois serviços.
O primeiro serviço é um subsídio (paulatinamente elaborado e sempre aberto à
atualização) para a organização e padronização dos trabalhos científicos. O conjunto
dessas informações atende tanto às exigências da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) para normalização e padronização nos trabalhos como aos direitos
reservados à FAJE de fazer os ajustes específicos para pesquisa e redação em
Filosofia e Teologia.
O segundo serviço, destinado aos docentes, apresenta um software antiplágio
(iThenticate – Plagiarism Detection) para trabalhos acadêmicos, assegurado pela
Associação Brasileira de Editores Científicos (ABEC).
O subsídio de Orientações para Elaboração de Trabalhos Científicos foi idealizado em
3 volumes. O volume 1, ainda em vias de elaboração, tratará da dimensão
epistemológica: a construção do conhecimento no âmbito filosófico e teológico. Esse
volume 1 está previsto para 2020.
O volume 2, já na sua quarta edição revista e atualizada, é este que está sendo agora
disponibilizado ao público-leitor. Ele trata da dimensão metodológica: a normalização
dos trabalhos e publicações científicas.
A dimensão técnica de digitação das pesquisas científicas, conteúdo do volume 3, é
um tutorial para uso do Word: formatação de páginas, margens, parágrafos, notas de
rodapé e sumário automático. A aplicabilidade das normas técnicas confere a
qualidade necessária para a apresentação dos trabalhos acadêmicos. O volume 3 já
está disponibilizado junto com o presente volume 2.

Maio de 2019
1
1 GUIA RÁPIDO DAS FORMATAÇÕES MAIS UTILIZADAS

Eis abaixo um guia rápido de referência para as formatações mais comumente


utilizadas. Elas aplicam-se a trabalhos dos diversos cursos, projetos, monografias,
dissertações e teses. O tema é detalhadamente abordado no volume 3 do S.O.M.

1.1 Tamanho da folha e configuração das margens

Papel: tamanho A4.


Margens: superior e esquerda com 3 cm; inferior e direita com 2 cm.

1.2 Formatação do texto

Os principais elementos de formatação do texto dizem respeito às configurações de


fonte, espaçamentos e parágrafo. Vejamos cada uma delas:

1.2.1 Fonte

Times New Roman.


Tamanho 12 para todo o trabalho, inclusive capa, lista final de referências e anexos,
com as seguintes exceções.
Tamanho 10 para: citações longas (+ de 3 linhas), notas de rodapé, para esquemas e
figuras.
Tamanho 14 unicamente para o título do trabalho.

1.2.2 Espaçamentos

Parágrafos do texto principal: espaçamento entre linhas 1,5; espaçamento antes e


depois de cada parágrafo de 0 (zero) pt.
Títulos das seções (os capítulos) e subseções (as divisões dos capítulos): espaçamento
entre linhas 1,5; espaçamento antes e depois de cada parágrafo de 0 (zero) pt.
Citações longas (+ de 3 linhas): espaçamento entre linhas simples; espaçamento
antes e depois de cada parágrafo de 0 (zero) pt.
Notas de rodapé: espaçamento entre linhas simples; espaçamento antes e depois de
cada parágrafo da mesma nota de 0 (zero) pt.
Referências (lista final): espaçamento entre linhas simples; espaçamento antes e
depois de cada parágrafo de 12 pt.

7
Exemplo:

8
1.2.3 Parágrafo

Parágrafos do texto principal: recuo diferenciado no início da primeira linha de 1,25


cm (use a Tecla Tab antes da primeira letra); texto justificado.
Parágrafo de texto recuado (citação longa): recuo à esquerda em todo o parágrafo de
4 cm; sem recuo diferenciado na primeira linha; texto justificado.

1.3 Numeração progressiva dos títulos das seções

A numeração progressiva das seções evidencia a sistematização do trabalho


acadêmico. Na numeração indicativa das seções devem ser utilizados algarismos
arábicos. O número indicativo de seção deve ser alinhado à esquerda e preceder o
título daquela seção. Após o último algarismo do número indicativo não se utilizam
ponto, hífen, travessão ou qualquer outro sinal. O título da seção deve ser colocado
após sua numeração, alinhado à esquerda e separado do último algarismo apenas
por um espaço.
Os títulos das seções devem receber um destaque tipográfico. Um título de seção
primária (títulos de capítulos) deve ser formatado todo em MAIÚSCULAS e em
NEGRITO. Os títulos das demais seções, que serão subdivisões dos capítulos, devem
receber apenas o destaque em negrito, mas serem escritos em minúsculas.
Exemplos:

1.4 Sumário

O sumário é a enumeração, numa mesma lista, das divisões, seções e outras partes
da obra acadêmica, na mesma ordem e grafia em que o conteúdo se encontra no texto
do trabalho.
O título contendo apenas a palavra Sumário deverá estar centralizado e com o mesmo
tipo de fonte utilizado na redação do trabalho.
Os números indicativos das seções que compõem o sumário devem ser alinhados à
esquerda.
Os títulos e, se houver, subtítulos sucedem os números indicativos das seções.
Recomenda-se que sejam alinhados pela margem do título mais extenso. Isso vale
inclusive para elementos pós-textuais.
Constam no Sumário somente os elementos textuais (introdução, cada capítulo,
conclusão) e os pós-textuais (referências, apêndices, anexos, índices).

9
Exemplo:

10
1.5 Paginação

A contagem das páginas começa pela folha de rosto. As folhas pré-textuais (isto é,
todas as partes que vêm antes da introdução, como folha de rosto, agradecimentos,
resumo, sumário) são apenas contadas, porém não são numeradas. A numeração
deve ser exibida só a partir da Introdução, em algarismos arábicos. Os números de
página devem ser postos no canto superior direito da folha.

1.6 Impressão

Recomenda-se que os elementos textuais (Introdução, cada capítulo, conclusão)


sejam impressos nas duas faces da folha de papel, ou seja, em impressão anverso
(frente) e verso.
Os elementos pré-textuais (folha de rosto, agradecimentos, resumo, sumário) devem
ser impressos somente no anverso, exceto para a ficha catalográfica (que deve estar
no verso da folha de rosto). A ABNT NBR 14724/2011 recomenda a impressão dos
elementos textuais (introdução, cada capítulo, conclusão) e pós-textuais (referências,
apêndices, anexos, índices) no anverso e verso.

1.7 Ênfases

Para enfatizar palavras, expressões ou trechos no texto de sua autoria, deve ser
adotado itálico ou negrito, mas não sublinhado.
Exemplo:

Ser e vida são uma dádiva que ao ser recebida se transforma em fazer próprio.

Para enfatizar palavras, expressões ou trechos em citações (curtas ou longas), ou


para fazer uma tradução de uma citação, a intervenção que se faz no texto do outro
autor deve ser indicada junto da indicação da fonte, no final desta, mediante as
expressões: itálico nosso, grifo nosso, tradução nossa.
Exemplo:
“Tal é, em linhas gerais, a unidade dinâmica da Teologia. Trata-se de uma unidade de
partes interdependentes” (LONERGAN, 2012, p. 167, itálico nosso).

Palavras ou expressões em língua estrangeira, assim como títulos de obras que


aparecem dentro do texto principal, devem ser postos em itálico.
Exemplos:
Em contrapartida, a creatio continua, a conservação do mundo, parece coincidir
temporalmente com a evolução.
A doutrina católica da fé na criação encontra no Catecismo da Igreja Católica um
amplo espaço.

11
2
2 CITAÇÕES

“As citações são trechos transcritos [...] retirados das publicações consultadas para
[...] o trabalho. São introduzidas no texto com o propósito de esclarecer ou
complementar as ideias do autor. A fonte de onde foi extraída a informação deve ser
citada obrigatoriamente” (FRANÇA; VASCONCELLOS, 2014, p. 136).
Tal indicação obrigatória da fonte (a referência) dever ser feita ou dentro do texto
principal (para trabalhos dos diversos cursos, monografia de bacharelado e
artigos científicos), ou em nota de rodapé (para dissertações e teses). Isso será
visto mais pormenorizadamente no tópico 4 (“Apresentação de referências”).
Ao citar textos em língua estrangeira, convém apresentar no corpo do texto a
tradução (textual ou livre) e, em nota de rodapé, colocar a transcrição no idioma do
documento original consultado (que pode ser uma tradução confiável, p.ex. do chinês
para o inglês). A inserção da tradução no texto aumenta a legibilidade e demonstra a
compreensão do conteúdo. A presença do texto na língua original em nota de rodapé
é para o leitor conferir a pertinência e exatidão da tradução. Pede-se sintetizar a
citação colocando, se necessário, colchetes p/ simplificar o texto traduzido.
Há dois tipos de citações: citação direta (textual, ipsis litteris) e citação indireta (livre).

2.1 Citação direta (textual)

“É a transcrição literal do texto de outros autores” com as referências


obrigatoriamente indicadas, no corpo do texto ou em nota de rodapé, conforme a
natureza da obra acadêmica. Elas distinguem-se em curtas e longas:

2.2 Citações curtas

As citações “de até três linhas” são inseridas no texto principal entre aspas duplas.
As aspas simples indicam uma citação que estava presente (com aspas duplas) no
texto original daquela citação. Assim, “as aspas duplas que eventualmente ocorrerem
dentro da citação são substituídas por aspas simples” (FRANÇA; VASCONCELLOS,
2014, p. 137; VADE-MÉCUM, 2012, p. 12).
Exemplo:
“Para ele (Jesus) é a fé que salva: ‘Tua fé te salvou’. Quanto ao encontro com Deus, ele
se dá no terreno da acolhida do outro” (FOSSION, 2015, p. 83).

12
2.2.1 Citações longas

As citações com mais de 3 linhas são reproduzidas em parágrafo recuado (4 cm da


margem esquerda), com tamanho de letra menor (tipo 11) do que é utilizado no texto
principal, “com espaçamento 1 entre linhas, dispensando as aspas” (FRANÇA;
VASCONCELLOS, 2014, p. 137). As aspas que ocorrerem dentro do texto original
citado permanecem intocadas.
Exemplo:

O termo “moral” se utiliza para referir-se ao conjunto de normas e


critérios que orientam uma pessoa, um grupo ou uma instituição. Quanto
ao uso dos termos, “ética” é frequentemente utilizado como sinônimo de
“moral”. Não obstante, a fim de delimitar os planos de reflexão, a filosofia
reserva o termo “ética” para a ciência cujo objeto é a ação moral. Visa,
também, fundamentar as normas e valores que orientam a ação [...], o
que as pessoas fazem ou deixam de fazer [...]. Toda ação, comportamento
e norma deveria ter como referência a pessoa e o bem comum (GASDA,
2016, p. 27).

2.3 Citação indireta (livre)

A citação indireta “ocorre quando se reproduzem ideias e informações do documento”,


mas não o texto original ipsis litteris, i.e., tal como aparece originalmente formulado.
Também a citação indireta exige a referência da fonte (entre parênteses ou no rodapé,
conforme a natureza do trabalho).
Exemplos:
A mística cristã não é reservada a pessoas especiais. Ela é uma dinâmica bem
encarnada no cotidiano onde o cristão, em suas ações as mais simples, testemunha
as virtudes teologais (FOSSION, 2015, p. 83).

Como lembra Mestre Eckhart (2016, p. 8), a verdadeira obediência é o despojamento


de si mesmo para perder-se em Deus.

13
3
3 REFERÊNCIAS: INDICAÇÕES GERAIS

Num trabalho acadêmico, o termo referência pode ter dois significados. Primeiro, ele
pode significar a indicação específica de uma obra individual que é fonte de onde se
retira uma citação. Segundo, o termo no plural (referências) pode designar toda
aquela lista de obras citadas que aparece no final do trabalho.
Uma referência (nos dois sentidos acima) reporta-se a textos que podem ser de
diversas categorias: artigos de periódicos, livros da Sagrada Escritura, livros
acadêmicos, documentos eletrônicos, etc.
Mas para que serve uma referência? Numa obra acadêmica ela é elemento
fundamental. A referência serve para que o leitor identifique a fonte da citação. Na
lista final das referências, a obra em questão deve aparecer com todos os dados
essenciais à sua identificação clara e precisa, para que o leitor que não conhece a
obra tenha todos os dados necessários para localizá-la e comprovar a citação que foi
feita pelo autor. Da lista final de referências, contudo, devem ser excluídas
informações suplementares desnecessárias para tal localização, tais como título
original ou tradutor.
O modo de fazer referência é diferente de acordo com a categoria do trabalho. Há uma
maneira a ser empregada em trabalhos dos diversos cursos, projetos, TCCs
(monografias de bacharelado) e artigos, e outra a ser utilizada em dissertações de
mestrado e teses de doutorado.

3.1 Em trabalhos dos diversos cursos, projetos, TCCs e artigos

Para trabalhos dos cursos, projetos, monografias de bacharelado e artigos científicos


segue-se o que a instituição ou o periódico assim prescreve. Nesses casos as
referências são feitas no corpo do texto principal mediante o sistema autor-data.
Nesse sistema, a indicação da fonte é inserida no corpo do texto por meio do
sobrenome do autor ou pelo nome da entidade responsável, seguido da data de
publicação do documento e da(s) página(s) da citação.
Exemplo:

SOBRENOME AUTOR + ano + página consultada


Exemplo: McGRATH, 2015, p. 45.

14
Ao se utilizar o sistema autor-data no texto principal, deve-se colocar a referência
completa daquela obra na lista final de referências bibliográficas.
Exemplos:
No texto principal:
Segundo McBrien (2000, p. 393) “João Paulo II considerou sua eleição para papa
providencial, uma compensação pelos sofrimentos dos poloneses durante o século XIX
e depois sob os nazistas e os comunistas no século XX”.
Na lista de referências aparecerá o título completo:
MCBRIEN, Richard P. Os papas: de São Pedro a João Paulo II. São Paulo: Loyola,
2000.

No texto principal:
Ambas as funções constituem poder para a ação e formam a dupla face do desejo: “a
emoção é o desejo enquanto vida e o hábito enquanto estrutura” (CASAROTTI, 2008,
p. 266).
Na lista de referências aparecerá assim:
CASAROTTI, Eduardo. Paul Ricœur: una antropología del hombre capaz. Córdoba:
EDUCC, 2008.

No texto principal:
“A humanidade não é o universo: como poderia prescindir de valores comuns? O
homem não é um átomo: é um ser vivo, é um ser racional, é um ser sociável; como
poderia prescindir a moral?.” (COMTE-SPONVILLE; FERRY, 1999, p. 37).
Na lista de referências aparecerá o título completo:
COMTE-SPONVILLE, André; FERRY, Luc. A sabedoria dos modernos: dez questões
para o nosso tempo. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

3.2 Em dissertações e teses

Para dissertações e teses as referências são feitas em notas de rodapé. Nesse caso
há duas opções que servem para referir qualquer tipo de obra escrita, seja ela em
papel ou em formato digital (livros, capítulos, verbetes, artigos, etc.). Podem ser
utilizados o sistema autor-data ou o sistema autor-título, sempre indicando em
seguida a página referida:

SOBRENOME AUTOR + ano + volume (se houver) + página consultada

Exemplo: GESCHÉ, 2001, v. 3, p. 38.

15
SOBRENOME AUTOR + título da publicação abreviado + página consultada
Exemplo: McGRATH, Inventing the universe, p. 45.

A consistência metodológica exige a manutenção de uma só opção ao longo de todo o


trabalho. Por isso, das duas opções acima, aquela que for escolhida deverá ser
mantida ao longo de toda a dissertação ou tese.
Em dissertações e teses as únicas referências colocadas no texto são:
Passagens bíblicas (Mt, 5, 1-8)
Documentos da Igreja (GS, n. 22); (DAp, n.1)
Textos de teólogos antigos (AGOSTINHO, Serm. 25,7, PL 46,937s.)
(TOMÁS, S.Th. IIª.IIae, q. 1-16)

3.3 Notas de rodapé

Todo trabalho acadêmico poderá ter notas de rodapé. Elas são indispensáveis em
TCCs (monografias de bacharelado), dissertações de mestrado e teses de doutorado.
“As notas de rodapé destinam-se a prestar esclarecimentos [...] que não devem ser
incluídos no texto, para não interromper a sequência lógica da leitura. [...]. As notas
se localizam na margem inferior da mesma página onde ocorre a chamada numérica
recebida no texto” (FRANÇA; VASCONCELLOS, 2014, p. 150-151).
Em dissertações e teses, a cada novo capítulo a numeração das notas de rodapé deve
recomeçar de “1” (um). As notas de rodapé distinguem-se em dois tipos: de referência
e de explicação.

3.3.1 Notas de referência ou anotações de fonte

São as notas que indicam fontes bibliográficas e que permitem ao leitor identificar de
onde aquilo foi retirado. Nas notas de rodapé também podem ser incluídas a
transcrição na língua original de uma citação traduzida no texto principal. Essa
transcrição em nota de rodapé de um texto na língua original é altamente
recomendável em dissertações e teses. Isso permite ao leitor comprovar que o autor
do trabalho realmente entendeu o que aparece ali escrito. Nesse caso limite-se o mais
possível a extensão da citação direta, colocando-se apenas o essencial.

3.3.2 Notas explicativas

São comentários e/ou explicações pessoais, ou orientações para leitura, etc., feitas
pelo autor do trabalho, mas que sobrecarregariam ou tirariam o foco caso fossem
postas no texto principal.
De acordo com a ABNT, quando se referencia uma obra pela primeira vez em nota de
rodapé, a referência vem com todos os dados bibliográficos obrigatórios. Porém, nas
referências posteriores, aparecem apenas os dados essenciais, seguidos da página ou
páginas que se reportam à referência em questão.
16
Exemplo:

RIDLEY, Mark. Evolução. 3.ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 27-28.

3.3.3 Uso de expressões e abreviaturas latinas

Em notas de rodapé é comum o uso de expressões e abreviaturas latinas, tais como


idem e ibidem, para referir notas anteriores. Isso, contudo, é uma prática
desvantajosa para o leitor e que por isso deve ser evitada, pois dificulta a leitura. O
leitor tem que sair procurando nas páginas anteriores onde é que aquilo aparece
citado pela primeira vez. “Essas expressões só podem ser utilizadas quando fizerem
referência às notas de uma mesma página [...] e devem ser grafadas em itálico”
(FRANÇA; VASCONCELLOS, 2014, p. 153).
Convém evitar a citação de outro autor mediante apud. Isso pode transmitir a
impressão que o autor do trabalho teve preguiça de ir atrás e localizar o texto original
que quer citar, e que se limitou comodamente a referi-lo através do que uma terceira
pessoa reproduziu. Essa forma de citação só deve ser feita em último caso. “Quando
não é possível o acesso ao documento original, há a possibilidade de reproduzir a
informação citada por outro autor, cujo texto foi de fato consultado, utilizando a
expressão apud” (FRANÇA; VASCONCELLOS, 2014, p. 139).

● Expressões em notas remissivas a obras anteriormente citadas:


Idem ou Id. = do mesmo autor
Ibidem ou Ibid. = na mesma obra.
Loco citato ou Loc. cit. = no lugar citado
Opus citatum ou Op. cit. = última obra citada do referido autor; o nome do autor deve
ser repetido).

● Outras expressões e abreviaturas latinas:


Apud = citado por, conforme
Passim = aqui e ali; em vários trechos ou passagens
Sequentia ou Et seq. = seguinte ou que se segue
Sic = assim mesmo, desta maneira (esta abreviatura vai entre colchetes depois do
elemento que se pretende evidenciar).

17
4
4 REFERÊNCIAS: OS ELEMENTOS COMPONENTES

As referências bibliográficas fazem parte dos elementos pós-textuais, isto é, aqueles


que vêm após a conclusão. Elas compõem uma lista que é inserida fisicamente na
parte final da obra. Quando se trata de um livro, algumas das informações que vão
ser colocadas na referência podem ser coletadas já na capa daquela obra. Não
raramente, porém, as informações aparecem com mais clareza na página de rosto e
no verso dessa página. Os elementos que podem compor as referências são:
1- formas de entrada (por autor pessoal, por autor-entidade e por título);
2- título e subtítulo;
3- edição;
4- local de publicação;
5- editora;
6- data;
7- descrição física;
8- nome da coleção.

4.1 Formas de entrada

Cada item da lista de referências bibliográficas é uma “entrada”. Uma “entrada” é


normalmente composta por: nome do autor, título, cidade, editora, data, etc. Há três
tipos de entrada, que se diferenciam pela primeira palavra de cada uma. A primeira
palavra é a mais importante de todas e sempre deve aparecer em maiúsculas. Essa
primeira palavra mais importante define a categoria da entrada: por autor pessoal,
por autor-entidade e por título.

4.1.1 Entrada por autor pessoal

Na maioria das vezes uma entrada tem um ou mais autores pessoais. Nesse caso
inicia-se a entrada pelo sobrenome do autor em maiúsculas, seguido do prenome,
abreviado ou não.
Para autores oriundos de tradições que assim o fazem (que representam a maioria
das vezes), havendo mais de um sobrenome é o último que inicia a entrada. Para
autores de tradição hispanófona, o primeiro sobrenome é o que inicia a entrada, e o
segundo pode ou não ser omitido. Alguns autores (sobretudo aqueles com

18
reconhecimento internacional) padronizam a união de seus dois sobrenomes com um
hífen, o que deve ser respeitado ao se fazer a referência.
Deve-se adotar em todas referências o mesmo padrão para a apresentação dos
prenomes. Ou o prenome é escrito por extenso em todas as entradas, ou vem
empregada somente a inicial do prenome em todas elas.
Alguns prenomes parecem sobrenomes, mas devem ser tratados como prenomes
mesmo assim.

a) Um só autor
Exemplos:
VAZ, Henrique C. de Lima.
BOFF, Leonardo.
BOFF, L.
MARCONI, Marina de Andrade.
BAENA BUSTAMANTE, Gustavo.
BAENA, Gustavo.
HERCULANO-HOUZEL, Suzana.
SOARES, Afonso Ligório.
BRANDÃO, Ignácio de Loyola.

● Sobrenomes compostos ligados por hífen


São tratados como um só sobrenome.
Exemplo:
DUQUE-ESTRADA, Osório.
MENDONÇA-PREVIATO, Lúcia.

● Sobrenomes que indicam parentesco


São tratados como um só sobrenome.
Exemplo:
VARGAS NETO, José.
CÂMARA JÚNIOR, J. Mattoso.
CARDOSO FILHO, Antônio.

● Sobrenomes compostos de um substantivo + adjetivo


São tratados como um só sobrenome.
Exemplo:
CASTELO BRANCO, Camilo.
ESPÍRITO SANTO, Humberto.

19
● Sobrenomes compostos de nobreza
São tratados como um só sobrenome.
Exemplo:
AMAT DE GRAVESON, Ignace.

b) Até três autores


Mencionam-se os nomes dos autores na ordem em que constam na publicação,
separados por ponto e vírgula;
Exemplo:
DUPLEIX, André; MAURICE, Évelyne.
COMTE-SPONVILLE, André; EUVÉ, François; LECOINTRE, Guillaume.

c) Mais de três autores


Indica-se apenas o primeiro autor (no formato: SOBRENOME, nome), seguido da
expressão latina abreviada et al. (por extenso ela seria “et alii”, que significa “e
outros”), em itálico.
Exemplo:
BURNER, Bárbara B. et al.

d) Autoria coletiva com um responsável intelectual destacado (organizador,


editor, coordenador, compilador, adaptador e outros)
É referenciada pelo nome do autor seguido da abreviatura pertinente, indicando o
tipo de responsabilidade (Org., Ed., Comp., Coord., etc.).
Editor: “é a pessoa que prepara para publicação uma obra ou coleção de obras ou
artigos, escritos por outras pessoas”.
Compilador: “é a pessoa que produz uma obra com material extraído de obras de
outros autores”.
Adaptador: “é a pessoa que modifica uma obra, condensando-a ou ajustando-a a um
determinado fim ou tipo de leitor, conservando, entretanto, na medida do possível, o
texto e o argumento original”.
Exemplo:
LACOSTE, Jean-Yves (Dir.).
AZEVEDO, Fernando de (Comp.).
VILLER, Marcel (Ed.).
KERN, Walter et al. (Ed.).
MONTEIRO LOBATO, José Bento (Adapt.).

20
4.1.2 Entrada por autor-entidade

Não raro quem aparece assumindo a autoria de uma obra é uma entidade, ao invés
de pessoas físicas. Tal entidade deve aparecer na referência como autora da obra.

a) Entidades institucionalizadas de caráter privado


A entidade que assume a autoria de uma obra pode ter um caráter privado de cunho
mais institucionalizado, ainda que não necessariamente formalizado do ponto de
vista jurídico. É o caso, por exemplo, de fundações, empresas, associações,
congressos, conferências, simpósios etc. Tais entidades entram na lista com seu
próprio nome por extenso:
Exemplo:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.
PONTIFICIA UNIVERSITÀ GREGORIANA. Centro di Spiritualità Ignaziana.
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO.
SIMPÓSIO INTERNACIONAL FILOSÓFICO-TEOLÓGICO.
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL.

b) Grupos de pessoas considerados entidade


A entidade que assume a autoria de uma obra pode ser de cunho menos
institucionalizado. Mesmo assim ela deve entrar na lista com seu próprio nome por
extenso.
Exemplo:
ENCONTRO DE ESTUDANTES DE FILOSOFIA

c) Entidade pública
Quando a entidade é de natureza pública, seu nome é precedido pelo órgão superior
ou pelo nome da jurisdição geográfica à qual pertence.
Exemplo:
BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Departamento...
IBGE. Centro de Serviços Gráficos
BELO HORIZONTE. Prefeitura Municipal.

d) Entidade pública com homólogos regionais


“Quando a entidade coletiva, embora vinculada a um órgão maior, tem uma
denominação específica que a identifica, entra-se diretamente pelo seu nome. Em
caso de ambiguidade coloca-se no final, entre parênteses, o nome da unidade
geográfica a que pertence”.
Exemplo:
INSTITUTO MÉDICO LEGAL (RJ)
INSTITUTO MÉDICO LEGAL (SP)

21
4.1.3 Entrada pelo título

Há obras que não apresentam seu autor. Nesse caso, o que aparece em maiúscula é
a primeira palavra (sem contar artigos definidos ou indefinidos, nem numerais) do
título. Nesse caso, tal título não aparece em itálico.
Os livros da Bíblia sempre têm a entrada pelo título do livro, ainda que o nome do
autor seja o próprio título do livro, ou conste no título. Numa entrada dessas nunca
se coloca o nome do hagiógrafo (Mateus, Marcos, Paulo, Tiago, etc.) na posição de
autor. Utiliza-se a grafia com a qual o título do livro aparece na versão da Bíblia que
foi utilizada (JUDITE, ou LIVRO de Judite). Se o título do livro bíblico tiver número,
deve ser empregada a grafia com a qual este aparece na obra (1A CARTA de João, ou
PRIMEIRA Carta de João). Depois do título do livro é que se coloca, do modo
costumeiro, a referência da versão da Bíblia que foi empregada.
Exemplos:
RELIGIÃO e Cristianismo: manual de cultura religiosa. 2.ed. Porto Alegre: Instituto
de Teologia e Ciências Religiosas – PUCRS, 1977.
BÍBLIA de Jerusalém. 11.ed. São Paulo: Paulus, 2016.
LIVRO de Judite. In: Bíblia Sagrada. 18.ed. Brasília: CNBB; São Paulo: Canção Nova,
2017. p. 546-562.
ISAÍAS. In: Bíblia de Jerusalém. 11.ed. São Paulo: Paulus, 2016. p. 1254-1361.
APOCALIPSE. In: Bíblia de Jerusalém. 11.ed. São Paulo: Paulus, 2016. p. 2142-2168.
EVANGELHO segundo Marcos. In: Bíblia Sagrada. 18.ed. Brasília: CNBB; São Paulo:
Canção Nova, 2017. p. 1242-1266.
1A CARTA de João. In: Bíblia Sagrada. 18.ed. Brasília: CNBB; São Paulo: Canção
Nova, 2017. p. 1504-1509.
SEGUNDA Epístola aos Coríntios. In: Bíblia de Jerusalém. 11.ed. São Paulo: Paulus,
2016. p. 2017-2030.

4.2 Título e subtítulo

O título é reproduzido tal como se encontra escrito na obra referenciada, transliterado


se necessário (em caso de idioma com alfabeto não latino).
O subtítulo segue depois de dois pontos, e com a primeira letra em minúscula.
Subtítulos que não fornecem informação essencial podem ser suprimidos.
São permitidas supressões em títulos demasiadamente longos, desde que a
supressão não altere o sentido. Eventuais supressões são indicadas por reticências
entre colchetes: [...].
Também acréscimos (tradução do título etc.) dever ser indicados entre colchetes.
No caso específico de periódico com título genérico, incorpora-se o nome da entidade
autora ou editora, ligado por uma flexão gramatical posta entre colchetes:

22
Exemplo:
NOTÍCIAS [da] Paróquia S. José, São Venceslau, SP.

4.3 Edição

Indica-se a edição de uma publicação apenas a partir da segunda edição, no idioma


da publicação.
Exemplo:
2.ed. (português, espanhol)
2nd ed. (inglês)
2e éd. (francês)
2.Aufl. (alemão)
2a ed. (italiano).

4.4 Local de publicação

“O local de publicação (cidade) deve ser registrado como figura no documento”


(FRANÇA; VASCONCELLOS, 2014, p. 166). Observar o seguinte:
Caso “o documento não trouxer o nome da cidade, mas esta puder ser identificada,
registrá-la entre colchetes” (Ibid., p. 166).
Quando houver mais de um local para uma única editora, indica-se o primeiro ou o
que estiver com maior destaque.
Quando houver mais de uma cidade com o mesmo nome, acrescenta-se a abreviatura
do estado ou país, para identificá-la.
Exemplos:
[São Paulo]
Petrópolis
Viçosa, RN; Viçosa, CE; Viçosa, MG

4.5 Editora

“Havendo duas editoras, registram-se as duas com seus respectivos locais; mais de
duas, apenas a primeira ou a de maior destaque deverá ser indicada. Sendo as duas
editoras do mesmo local, registram-se as duas separadas por dois pontos ou como
figurar no documento” (Ibid., p.166).
Exemplo:
Rio de Janeiro: Ediouro; São Paulo: Atlas
Rio de Janeiro: EDUERJ: Contraponto
Brasília: UNB/Imprensa Oficial

23
4.6 Data

A indicação da data é um elemento essencial; nunca deve faltar. Se a data não estiver
disponível na obra, na entrada deve ser fornecida pelo menos uma data aproximada
entre colchetes, como no exemplo em seguida:
[1957 ou 1958]: um ano ou outro
[1981?] para data provável
[1978] data certa, obtida através de pesquisa em outras fontes
[entre 1914 e 1918] intervalos menores de 20 anos
[197-] para década certa
[197-?] para década provável
[18--] para século certo
[18-?] para século provável

4.7 Descrição física

“A descrição física refere-se ao número de páginas, folhas ou volumes do documento


que deve ser registrada da forma que aparece na obra” (FRANÇA; VASCONCELLOS,
2014, p. 168).
Exemplo:
432 p. (para obra paginada com algarismos arábicos).
112 f. (para os trabalhos acadêmicos escritos apenas no anverso da página).
4 v. (quando se referencia uma coleção composta de mais de um volume).
p. 150-185 (quando se referencia parte de uma obra, capítulos, por exemplo).
xliv, 167 p. (quando há uma parte inicial com 44 páginas numeradas em algarismos
romanos e outra parte que continua com numeração arábica).
302, xiv p. (quando há uma parte principal com páginas numeradas em algarismos
arábicos e uma parte final com 14 páginas numeradas em algarismos romanos)

4.8 Nome da coleção

Caso o livro faça parte de uma coleção, o nome desta aparece no final da referência
colocado entre parênteses.
Exemplo:
TEILHARD DE CHARDIN, Pierre. Le phénomène humain. Paris: Seuil, 1955. (Oeuvres
de Teilhard de Chardin, 1).

24
5
5 REFERÊNCIAS: ANÁLISE DE EXEMPLOS COMPLETOS

São apresentados diversos exemplos de referências individuais completas, junto com


a análise dos diversos elementos que compõem cada exemplo.

5.1 Referência com apenas um autor

Exemplo:
LIBANIO, João Batista. Introdução à vida intelectual. 2.ed. São Paulo: Loyola, 2001.
(Humanística, 1).

No exemplo acima, os diversos elementos têm os seguintes significados:


SOBRENOME, Nome Título Obra Edição Imprenta Coleção
(em itálico)
LIBANIO, João Batista ou Introdução à vida 2.ed. São Paulo: (Humanística, 1).
LIBANIO, J. B. intelectual. Loyola, 2001.

5.2 Referências a obras de um mesmo autor publicadas no mesmo ano

Se há referências a duas ou mais obras de um mesmo autor publicadas no mesmo


ano, a diferença precisa transparecer ao se fazer a citação mediante o sistema Autor-
data. Nesse caso, na lista de referências no final acrescenta-se uma letra, começando
por “a” e seguindo por ordem (“b”, “c”, “d”, etc.). Tal letra deverá aparecer quando se
fizer a citação. Nos exemplos abaixo, (BOFF, 2003a, p. 45) será como se deverá referir
dentro do texto a primeira obra, e (BOFF, 2003b, p. 97) a segunda.
Exemplo:
BOFF, Leonardo. Fundamentalismo: la globalizacion y el futuro de la humanidad.
Santander: Sal Terrae, 2003a.
______. Ética e eco-espiritualidade. Petrópolis: Vozes, 2003b.

Nos exemplos acima, os diversos elementos têm os seguintes significados:


SOBRENOME, Nome Título obra (em itálico) Subtítulo Imprenta
BOFF, Leonardo. Fundamentalismo: la globalizacion y el España: Sal Terrae,
futuro de la 2003a.
humanidad.
______. Ética e eco-espiritualidade. Petrópolis: Vozes,
2003b.

25
5.3 Referências em sequência a diversas obras do mesmo autor

Na lista de referência no final, substituir o nome completo do autor por traço


prolongado _____ (seis espaços “underline”, independentemente do tamanho do nome
substituído), seguido de ponto.
Exemplo:
TEILHARD DE CHARDIN, Pierre. Le phénomène humain. Paris: Seuil, 1955. (Oeuvres
de Teilhard de Chardin, 1).
______. Le coeur de la matière. Paris: Seuil, 1976. (Oeuvres de Teilhard de Chardin,
13).

Nos exemplos acima, os diversos elementos têm os seguintes significados:


SOBRENOME, Nome Título Obra Edição Imprenta Coleção
(em itálico)
TEILHARD DE Le phénomène Paris: Seuil, (Oeuvres de Teilhard de
CHARDIN, Pierre. humain. 1955. Chardin, 1).
______. Le coeur de la Paris: Seuil, (Oeuvres de Teilhard de
matière. 1976. Chardin, 13).

(Atenção: o que vai dentro dos parênteses são notas referentes a coleção ou série).

5.4 Entrada de obra com dois autores

Exemplo:
LIBANIO, João Batista; MURAD, Afonso. Introdução à Teologia: perfil, enfoques,
tarefas. 9.ed. São Paulo: Loyola, 2014.

No exemplo acima, os diversos elementos têm os seguintes significados:


SOBRENOME, Nome Título Obra Subtítulo Edição Imprenta
(em itálico) (sem itálico)
LIBANIO, J. B.; MURAD, A. Introdução à perfil, enfoques, 9.ed. São Paulo: Loyola,
Teologia: tarefas. 2014.

5.5 Referência no corpo do texto à obra com dois autores

Como deveria ficar uma citação da obra acima, por exemplo da página 10, que faço
no texto do meu trabalho utilizando o sistema autor-data?
Exemplo:
(LIBANIO; MURAD, 2014, p. 10).

5.6 Entrada de obra com três autores

Exemplo:
BARBAGLIO, Giuseppe; FABRIS, Rinaldo; MAGGIONI, Bruno. Os Evangelhos (I):
Mateus e Marcos. São Paulo: Loyola, 1990. (Bíblica Loyola, 1).

26
No exemplo acima, os diversos elementos têm os seguintes significados:
SOBRENOME, Título Obra Subtítulo Imprenta Coleção
Nome (em itálico) (sem itálico)
BARBAGLIO, G.;
Os Evangelhos (I): Mateus e Marcos. São Paulo: Loyola, (Bíblica Loyola, 1).
FABRIS, R.;
1990.
MAGGIONI, B.

5.7 Entrada de obra com mais de três autores

Exemplo:
BECKER, Fernando et al. Apresentação de trabalhos escolares. 6.ed. Porto Alegre:
Prodil,1982.

No exemplo anterior, os diversos elementos têm os seguintes significados:


SOBRENOME, Nome Título da Obra (em itálico) Edição Imprenta
BECKER, Fernando et al Apresentação de trabalhos 6.ed. Porto Alegre: Prodil, 1982.
escolares.

5.8 Entrada de obra de autor-entidade (órgãos governamentais, empresas,


associações, congressos, seminários, etc).

● Em obras de entidade, a entrada, de modo geral, é pelo seu próprio nome, por
extenso.
Exemplos:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e
documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.
PONTIFÍCIA COMISSÃO BÍBLICA. Inspiração e verdade da Sagrada Escritura: a
palavra que vem de Deus e fala de Deus para a salvação do mundo. São Paulo:
Paulinas, 2014.

● No caso de reuniões e encontros científicos (congressos, colóquios, simpósios,


seminários e outros), incluem-se: nome do evento, número, ano e local de realização.
Exemplos:
SIMPÓSIO INTERNACIONAL FILOSÓFICO-TEOLÓGICO, 11., 2015, Belo Horizonte.
Religiões para a paz ou para guerra? Diálogos transdisciplinares: anais do Simpósio
Internacional FAJE-PUC Minas. Belo Horizonte: FAJE, 2015.
COLÓQUIO CORPO-ENCARNAÇÃO, 2015, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte:
FAJE, 2015.

5.9 Entrada pelo editor, organizador, adaptador

Exemplos:
NASCIMENTO, Fernando; SALLES, Valter (Orgs.). Paul Ricoeur: ética, identidade e
reconhecimento. São Paulo: Loyola; Rio de Janeiro: PUC Rio, 2013.

27
DUFFY, Kathleen (Ed.). Rediscovering Teilhard’s Fire. Philadelphia: Saint Joseph’s
University Press, 2010.

5.10 Referência de trabalhos não publicados

Uma entrada de trabalho não publicado segue este esquema:


AUTOR. Título: subtítulo. Cidade, entidade, data. Gênero do documento.
Exemplos:
SCHÜLER, Donaldo. A embaixada a Aquiles na estrutura da Ilíada. Porto Alegre:
PUCRS, 1970. Tese de livre-docência não publicada.
SALVADOR, Ângelo Domingos. Trabalhos didáticos: normas técnicas. Porto Alegre:
Instituto de Teologia e Ciências Religiosas – PUCRS, 1981. Apostila mimeografada.

5.11 Um mesmo título do mesmo autor com vários volumes

Um mesmo autor pode escrever uma obra de título único que se subdivide em mais
de um volume.
Exemplos:
GESCHÉ, Adolphe. Dieu pour penser. 2e éd. Paris: Cerf, 2001-2007. 7 v.
______. Dieu pour penser: Dieu. 2e éd. Paris: Cerf, 2001. v. 3.

“7 v.” quer dizer que a obra de vários volumes está sendo referenciada como um todo.
“v. 3.” quer dizer que apenas o volume 3 que eu consultei está sendo referenciado.

5.12 Referência de partes de livros ou coleções

Aconselha-se referenciar as obras pela parte (artigo, contribuição) da qual é tirada a


citação, sobretudo em se tratando de obras coletivas ou coletâneas. Deste modo a
propriedade de cada autor será mais bem respeitada, especialmente perante
instâncias de qualificação de autores que os avaliam de acordo com a frequência com
que eles são citados nas publicações científicas. O mesmo vale para os verbetes de
dicionários.
● Partes com autoria própria
Exemplos:
RAD, Gerhard von. Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: ASTE, 1973. v. 2, p. 45.
ROBERT, A.; FEUILLET, A. Introdução à Bíblia. São Paulo: Herder, 1970. v. 5, p. 22.
Ou, especificando o título da parte:
MARQUES, Eduardo. Condições habitacionais e urbanas no Brasil. In: ARRETCHE,
Marta (Org.). Trajetórias das desigualdades: como o Brasil mudou nos últimos 50
anos. São Paulo: CEM: UNESP, 2015. p. 223-247.

(Atenção: não coloque aspas em nenhum título, a não ser que no sumário do livro o
título do artigo esteja destacado).

28
● Volume de uma obra em diversos volumes de autores diferentes
Exemplo:
WIEDERKEHR, Dietrich. Cristologia sistemática. In: FEINER, Johannes; LÖHRER,
Magnus. Mysterium salutis: compêndio de dogmática histórico-salvífica. Petrópolis:
Vozes, 1973. v. III/3. 2.

● Volume de uma coleção com diversas obras do mesmo autor


Exemplo:
PANIKKAR, Raimon. Christianity. Part Two: a Christophany. New York: Orbis Books,
2016. (Opera Omnia, 3/2).

● Seção ou parte de livro:


- Partes com autor diferente daquele do livro:
As partes individuais de um livro podem ou não apresentar um autor específico. Caso
apareça no livro a indicação de quem o escreveu aquela seção ou parte, é essa autoria
que deve aparecer em primeiro lugar na referência.
Exemplos:
GRELOT, P. A interpretação católica dos livros santos. In: ROBERT, A.; FEUILLET,
A. Introdução à Bíblia. São Paulo: Herder, 1969. v. l, secção 3, p. 171 -213.
MEMÓRIA e história: entrevista com dom João Resende Costa. In: ANTONIAZZI,
Alberto (Org.). As veredas de João na barca de Pedro. Belo Horizonte: PUC-Minas,
2002. p. 19-60.

Nos exemplos anteriores, os diversos elementos têm os seguintes significados:


Autor da Título Autoria Obra (tít. + imprenta) Parte Obs.
secção
GRELOT, A interpretação católica In: ROBERT, Introdução à Bíblia. São v. 1,
Pierre dos livros santos. André; FEUILLET, Paulo: Herder, 1969. secção 3,
André. p. 171-
213.
MEMÓRIA e história: In: ANTONIAZZI, As veredas de João na
entrevista com dom Alberto (Org.) barca de Pedro. Belo p. 19-60.
João Resende Costa. Horizonte: PUC-Minas,
2002.

- Partes das quais o nome do autor aparece também como responsável por toda a
obra:
FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização. In: FREUD, Sigmund. Obras
psicológicas. Rio de Janeiro: Imago, 1996. v. 21.
BUYST, Ione. Celebrar é preciso. In: BUYST, Ione; SILVA, José Ariovaldo da. O
mistério celebrado: memória e compromisso I. São Paulo: Paulinas; Valencia: Siquem,
2003. p.11-24.

29
Nos exemplos acima, os diversos elementos têm os seguintes significados:
Autor da Título Autoria Obra (tít. + imprenta) Parte Obs.
secção
FREUD, O mal-estar na In: FREUD, Obras psicológicas. Rio de Janeiro: v. 21.
Sigmund civilização. Sigmund Imago, 1996.
BUYST, Celebrar é In: BUYST, Ione; O mistério celebrado: memória e p.11-
Ione preciso SILVA, José compromisso I. São Paulo: Paulinas; 24
Ariovaldo da Valencia: Siquem, 2003

5.13 Verbetes de dicionários

Num dicionário ou enciclopédia os verbetes individuais podem ou não terem um autor


específico. Caso naquele verbete seja indicado o nome de quem o escreveu, é a autoria
do verbete que precisa aparecer em primeiro lugar.
CEVADA. In: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda (Ed.). Novo dicionário da língua
portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975. p. 312.
COSMO. In: MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário Enciclopédico de
Astronomia e Astronáutica. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1987. p. 204.
COTTEN, Jean-Pierre. Heidegger Martin (1889-1976). In: HUISMAN, Denis (Dir.).
Dicionário dos Filósofos: A-Z. São Paulo: Martins Fontes, 2002. p. 472-479.
LECLERC, Marc. Evolução. In: LACOSTE, Jean-Yves. Dicionário Crítico de Teologia.
São Paulo: Paulinas, 2004. p. 694-698.

Nos exemplos anteriores, os diversos elementos têm os seguintes significados:


Autor Título (verbete) Autoria (Ed. Org. etc.) obra (tít. + imprenta) parte obs.
(verbete) do dicionário,
enciclopédia
CEVADA. In: FERREIRA, Aurélio Novo dicionário da língua p. 312.
Buarque de Holanda portuguesa. Rio de Janeiro:
(Ed.). Nova Fronteira, 1975.
COTTEN, Heidegger Dicionário dos Filósofos: A-Z. p.
Jean-Pierre Martin (1889- HUISMAN, Denis (Dir.) São Paulo: Martins Fontes, 472-
1976) 2002. 479
LECLERC, LACOSTE, Jean-Yves. Dicionário Crítico de Teologia. p.
Marc. Evolução. São Paulo: Paulinas, 2004. 694-
698.

No texto do trabalho ou rodapé deve aparecer assim:


(FERREIRA, 1975, p. 312) → atenção: é referido o editor do dicionário.
(COTIEN, 2002, p. 473) → atenção: é referido o autor do verbete.

5.14 Monografias, dissertações, teses e trabalhos dos cursos - Formato


convencional

Nesses casos segue-se o seguinte esquema:


AUTOR. Título: subtítulo. Ano de apresentação. Número de folhas ou volumes.
(categoria e área de concentração) – Nome da Faculdade, Nome da Universidade,
cidade, ano da defesa.

30
Exemplo:
VASCONCELOS, Aparecida Maria de. A extensão da cristogênese em Teilhard de
Chardin: “Omnia in ipso constant” (Cl 1,17). 2015. 331 p. Tese (Doutorado em
Teologia) – Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, Belo Horizonte, 2015.

5.15 Referências de artigos de periódicos

Na lista final de referências os artigos são referidos do seguinte modo:


Exemplos:
VOIGT, Simão. Jesus Cristo no Novo Testamento. Revista Eclesiástica Brasileira,
Petrópolis, v. 62, n. 248, p. 771-792, out. 2002.
DE MORI, Geraldo. Recordando Teilhard de Chardin por ocasião do cinquentenário
de sua morte. Síntese, Belo Horizonte, v. 32, n. 104, p. 293-308, set./dez. 2005.
KONINGS, Johan; DE MORI, Geraldo. O papa da conversão e da misericórdia.
Perspectiva Teológica, Belo Horizonte, v. 48, n. 1, p. 11-16, jan./abr. 2016. Editorial.

Nos exemplos acima, os diversos elementos têm os seguintes significados:


Autor Título do artigo Revista Local Tomo Fasc. Parte Data Obs.
VOIGT, Jesus Cristo no Revista Petrópolis, v. 62, n. p. out.
Simão. Novo Testamento. Eclesiástica 248, 771- 2002.
Brasileira, 792,
DE MORI, Recordando Síntese, Belo v. 32, n. p. set./dez.
Geraldo. Teilhard de Horizonte, 104, 293- 2005
Chardin por 308,
ocasião do
cinquentenário de
sua morte.
KONINGS, O papa da Perspectiva Belo v. 48, n. 1, p. jan./abr. Editorial
Johan; DE conversão e da Teológica, Horizonte, 11- 2016.
MORI, misericórdia. 16,
Geraldo.

Quando o primeiro exemplo acima for citado dentro do trabalho mediante o sistema
autor-data, a referência aparecerá apenas assim:
(VOIGT, 2002, p. 771)

Quando o texto do periódico não apresentar originalmente o autor, a entrada se faz


conforme indicado em 4.1.3: pelo título do texto sem itálico, com a primeira palavra
(sem contar artigos definidos ou indefinidos, nem numerais)) em maiúsculas.
Se o periódico tiver um título genérico, segue-se o que está indicado em 4.2:
incorpora-se ao título do periódico o nome da entidade autora ou editora, ligado por
uma flexão gramatical posta entre colchetes.
Caso se trate de um texto eletrônico, deve ser indicada também a URL em que foi
obtido e a data de acesso:

31
Exemplo:

AMAZONÍA: nuevos caminos para la Iglesia y para una ecología integral. Documento
preparatorio del Sínodo de los Obispos para la Asamblea Especial sobre la Región
Panamazónica. Bollettino [della] Sala Stampa della Santa Sede, Vaticano, Viernes
06.08.2018. Disponível em:
<https://press.vatican.va/content/salastampa/es/bollettino/pubblico/2018/06/
08/panam.pdf>. Aceso em: 02 jan. 2019.

5.16 Referências de documentos eletrônicos

No texto principal, documentos eletrônicos que tenham autor, data e página podem
ser referidos como qualquer outra publicação. Caso contrário, a referência vai para
nota de rodapé. Muitas vezes os documentos eletrônicos não possuem número de
página. Nesses casos as referências feitas no texto principal devem apresentar a
indicação “não paginado”.
Se o documento eletrônico for acessível mediante um link, na lista final de referências
deve ser acrescentada a URL que permite tal acesso. Deve ser indicada também a
data em que foi feito o último acesso via internet, pois frequentemente os materiais
disponibilizados on-line não estão ali em caráter permanente, mas sim de maneira
efêmera ou transitória.

● Documentos, textos, reportagens:


Exemplo:

FRANCISCO, Papa. Viagem apostólica do Papa Francisco ao Equador, Bolívia e


Paraguai (5-13 de julho de 2015): encontro com o clero, os religiosos, as religiosas e
os seminaristas. Disponível em:
<http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2015/july/documents/pap
a-francesco_20150708_ecuador-religiosi.html>. Acesso em: 02 fev. 2019.
GLEISER, Marcelo. Ciência, fé e as três origens. Folha de São Paulo, Ciência, 20 de
fevereiro de 2011. Disponível em:
<https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe2002201102.htm>. Acesso em: 31
jan. 2019.
● E-book, Kindle e ePUB:
Exemplo:
ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. Desenvolvido por Rafael Arrais. 2016 (Clássicos
Eternos). E-book. Disponível em:
<https://www.amazon.com.br/gp/product/B01L0VPTMG/
ref=s9>. Acesso em: 12 dez. 2017.
GARCIA RUBIO, Alfonso. O encontro com Jesus Cristo vivo. São Paulo: Paulinas 2016.
E-book.

32
● Homepage institucional:
Exemplo:
CIVITAS. Coordenação de Simão Pedro P. Marinho. Desenvolvido pela Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais, 1995-1998. Apresenta textos sobre
urbanismo e desenvolvimento de cidades. Disponível em: <http//
www.gcs.net.com.br/oamis/civitas>. Acesso em: 27 nov. 1998.

● Apresentações de slides em PowerPoint ou similares:


Caso o documento eletrônico com o conjunto de slides for de natureza restrita ou
privada, indicar pelo menos (quando possível) o nome do autor, o título da
apresentação, a cidade, o ano, a indicação que é uma apresentação de slides e o
número destes. Se o arquivo tiver sido disponibilizado na internet, acrescentar a URL
e a data do último acesso.
Exemplo:
MOSER, José. Imigração suíça no Brasil. Nova Friburgo, 2018. Apresentação
PowerPoint, 33 slides. Disponível em: http://www.URL.com/moser.php. Acesso em:
28 nov. 2018.

● Mensagem eletrônica:
Exemplo:
BARROCA, Marta (barroca@ufmg.br). Versão eletrônica de manuais [mensagem
pessoal]. Mensagem recebida por biblio@ufmg.br em 12 set. 2002.
EDITORA UFMG. Setor de Marketing. (editora@ufmg.br). Lançamento do livro “Os
sons do rosário”, de Glaura Lucas [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por
junialfranca@ufmg.br em 28 nov. 2002.

● Arquivo em disco:
Exemplo:
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas.doc: normas
para apresentação de trabalhos. Curitiba, 7 mar. 1998. 5 disquetes 3½”, Word for
Windows 7.0.

5.17 Entrevistas

 Entrevistas individuais: “a entrada é feita pelo nome da pessoa entrevistada”,


tema da entrevista, cidade, local da entrevista, data e nome da pessoa que fez a
entrevista.
Exemplo:
MALDAMÉ, Jean-Michel. Teilhard de Chardin. Toulose: Couvent des Dominicains,
2012. Entrevista concedida a Aparecida Maria de Vasconcelos.

33
 Entrevistas coletivas: quando várias pessoas são entrevistadas ao mesmo
tempo, a referência deve ter a entrada pelo nome do entrevistador.
Exemplo:
CASTELLO BRANCO, Lúcia. Encontro com escritoras portuguesas. Boletim do
Centro de Estudos Portugueses, Belo Horizonte, v. 13, n. 16, p. 103-114, jul./dez.
1993. Entrevista.

5.18 Recensão (resenha) e nota bibliográfica

● Elaboração de recensão (resenha) e nota bibliográfica


Uma recensão é um texto maior e mais elaborado que uma nota bibliográfica e contém
apreciação crítica. Uma nota bibliográfica é um texto curto de até 1 página contendo
uma apresentação da obra.
Para elaborar uma recensão (resenha) ou nota bibliográfica, deve ser colocado um
cabeçalho antes do texto propriamente dito. Esse cabeçalho deve conter a referência
completa da obra com as devidas informações suplementares: nome de quem
eventualmente traduziu a obra, número de páginas do livro, medidas (largura em cm
x altura em cm), número do ISBN. Só depois disso é que começa o conteúdo da
apreciação crítica da resenha.
Exemplo:
LOHFINK, Gerhard. Jesus de Nazaré. O que ele queria? Quem ele era? Trad. Ênio Paulo
Giachini. Petrópolis: Vozes, 2015. 487p. 15x22cm. ISBN 978-85-326-5146-4.

● Referência de uma recensão (resenha)


Quando, num trabalho, deve-se fazer referência a uma recensão, segue-se este
esquema:

AUTOR. Título da publicação resenhada. Local: Editora, data. Recensão de:


AUTOR DA RECENSÃO. Dados da publicação que trouxe a recensão.
Exemplo:
LOHFINK, Gerhard. Jesus de Nazaré. O que ele queria? Quem ele era? Petrópolis:
Vozes, 2015. Recensão de: KONINGS, Johan. Perspectiva Teológica, Belo Horizonte,
v. 48, n. 1, p. 186-192, jan./abr. 2016.

34
6
6 ABREVIATURAS E SIGLAS

As abreviaturas e siglas são utilizadas para evitar a repetição de palavras e


expressões frequentemente empregadas no texto. [...] “Quando uma sigla ou
abreviatura for apresentada pela primeira vez no texto, deve estar entre parênteses e
ser precedida do nome por extenso”. (FRANÇA; VASCONCELLOS, 2014, p.111)
Exemplo:
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi fundada em 1952. Pertencem
a ela todos os bispos diocesanos, coadjutores e auxiliares do país, assim como os
outros bispos titulares cujo encargo foi confiado pela Sé Apostólica. A CNBB realiza
anualmente sua assembleia geral.

“Não se abreviam nomes geográficos, a não ser quando se trata de abreviaturas


universalmente aceitas, como: EUA ou USA (Estados Unidos), UK (Reino Unido).
Portanto, escreve-se sempre por extenso: São Paulo (e não S. Paulo ou S.P.)”
(FRANÇA; VASCONCELLOS, 2014, p.111). Para abreviaturas dos meses do ano na
língua portuguesa e em outras línguas, consultar o ANEXO A no final deste volume
do S.O.M.
As abreviaturas específicas do trabalho e siglas desconhecidas devem constar em
lista prévia, ordenadas alfabeticamente, formando um só elenco sem subdivisões,
seguida do nome por extenso. Ao compor seu elenco único, o autor deve evitar que
haja duas siglas ou abreviaturas iguais referenciando coisas diferentes. As siglas e
abreviaturas podem ser adaptadas segundo as exigências do trabalho. “Quando em
pequeno número, podem ser registradas no próprio texto” (FRANÇA;
VASCONCELLOS, 2014, p.112).
Exemplo:

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS


Adv.Haer - Adversus haereses
AT - Antigo Testamento
BAC - Biblioteca de Autores Cristãos
CELAM - Conferência Episcopal Latino-Americana e do Caribe

35
CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
DCE - Encíclica de Bento XVI Deus Caritas est
DGAE - Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil
DV - Constituição Dogmática Dei Verbum
GS - Constituição Pastoral Gaudium et Spes
LG - Constituição Dogmática Lumen Gentium
NT – Novo Testamento
S. Th. - Suma Teológica
VS - Carta encíclica Veritatis Splendor

Exemplos de abreviaturas e siglas para o Departamento de Teologia1


Por razões pedagógicas, dividimos os exemplos em sete categorias.

6.1 Textos da Sagrada Escritura

Sigla O que é referenciado


ARA A Bíblia Sagrada: Antigo e Novo Testamento [...] por João Ferreira de
Almeida, ed. revista e atualizada [...]
AT Antigo Testamento
BCNBB Bíblia da CNBB, Brasília
BHS Biblia Hebraica Stuttgartensia
BJ Bíblia de Jerusalém, São Paulo
BSA Bíblia Sagrada Africana
LXX Bíblia dos Setenta
NT Novo Testamento
NIV Bíblia Sagrada: nova versão internacional
TEB Tradução Ecumênica da Bíblia, São Paulo
TOB Traduction Oecumenique de la Bible, Paris

1 Para um elenco abrangente de siglas e abreviaturas, consultar a obra de referência:


IATG2 = S. SCHWERTNER. Internationales Abkürzungsverzeichnis für Theologie und
Grenzgebiete, 2. Auflage. Índice internacional de abreviaturas para Teología y materias
afines, 2a edición. Berlin-New York: De Gruyter, 1992.

36
6.2 Livros e obras bíblicas

Sigla O que é referenciado


HDt Historiografia deuteronomista
Dt 5-8 Deuteronômio, capítulos 5 a 8 (integrais)
Pr 24,2 Provérbios, capítulo 24, versículo 2
Mt 2,3-5 Mateus capítulo 2, versículos 3 a 5
Mt 13,3-8.13 Mateus, capítulo 13, versículos 3 a 8 e versículo 13
Jo 3,23-25; 6,1-4 João, capítulo 3, versículos 23 a 25 e capítulo 6, versículos 1 a 4
1Cor 12,3.6.11- Primeira Carta aos Coríntios, capítulo 12, versículo 3, versículo 6 e
33 versículos 11 a 33
Jo 2,13–4,54 João, capítulo 2, versículo 13 a capítulo 4, versículo 54 (observe o
hífen longo ou traço para separar capítulos)

6.3 Periódicos

Sigla O que é referenciado


AAS Acta ApostolicaeSedis, Roma
AtTeol Atualidade Teológica, Rio de Janeiro
Bib Biblica, Roma
BZ Biblische Zeitschrift, Paderborn
EE Estudios Eclesiásticos, Madrid
EsBib Estudos Bíblicos, Petrópolis
EstB Estudios Bíblicos, Salamanca
EsTe Estudos Teológicos, São Leopoldo
ETL Ephemerides Theologicae Lovanienses, Louvain
Greg Gregorianum, Roma
HeRe Hekima Review, Nairobi
HorTeol Horizonte Teológico, Belo Horizonte
NRT Nouvelle Revue Théologique, Bruxelles
NTS New Testament Studies, Cambridge
PerspTeol Perspectiva Teológica, Belo Horizonte
PRC Periodica de Re Canonica, Roma
RB Revue Biblique, Jerusalém
REB Revista Eclesiástica Brasileira, Petrópolis
RevistB Revista Bíblica, Buenos Aires

37
RIBLA Revista de Interpretação Bíblica Latino-americana, Petrópolis
RLAT Revista Latinoamericana de Teología, San Salvador
RThom Revue Thomiste, Toulouse
RTL Revue Théologique de Louvain
SalTer Sal Terrae, Madrid
ScTh ScriptaTheologica, Pamplona
SEDOC Serviço de Documentação, Petrópolis
Teoc Teocomunicação, Porto Alegre
ThX TheologicaXaveriana, Bogotá
TS Theological Studies, Milwaukee
ZKTh Zeitschrift für katholische Theologie, Innsbruck

6.4 Coleções, obras de referência e dicionários

Sigla O que é referenciado


AnBib Analecta Biblica, Roma
AncB Anchor Bible, New York
ANET Ancient Near Eastern Texts Relating to the Old Testament, Princeton
ANF The Ante-Nicene Fathers, New York
AS Acta Synodalia Sacrosanti Concilii Oecumenici Vaticani II, Cidade do
Vaticano
BAC Biblioteca de Autores Cristianos, Madrid
BAug Bibliotèque Augustinienne, Paris
BKV Bibliothek der Kirchenväter, Kempten
CCSG Corpus Christianorum. Series Graeca, Turnhout
CCSL Corpus Christianorum. Series Latina, Turnhout
CSCO Corpus Scriptorum ChristianorumOrientalium, Roma
CSEL Corpus Scriptorum Ecclesiasticorum Latinorum, Viena
DBS Dictionnaire de la Bible Supplément, Paris
DEB Dicionário Enciclopédico da Bíblia, Petrópolis
DH H. Denzinger–P. Hünermann, Compêndio dos símbolos, definições e
declarações de fé e moral, São Paulo
DS H. Denzinger–A. Schönmetzer, El Magisterio de la Iglesia, Barcelona, a
partir de 1963
Dz H. Denzinger, Enchiridion Symbolorum definitionum et declarationum de
rebus fidei et morum, Freiburg, antes de 1963
38
DSp Dictionnaire de Spiritualité Ascétique et mystique, Paris
DTB Dicionário de Teologia Bíblica, São Paulo
DTC Dictionnaire de Théologie Catholique, Paris
DTF Dicionário de Teologia Fundamental, São Paulo
DTI Dizionario Teologico Interdisciplinare, Torino
EB Enchiridion Biblicum, Bologna
EV Enchiridion Vaticanum, Bologna
GCS Die griechischen christlichen Schriftsteller, Berlin
IATG2 S. Schwertner, Internationales Abkürzungsverzeichnis für Theologie und
Grenzgebiete, 2 Auflage. Índice internacional de abreviaturas para Teología
y materias afines, 2a edición, Berlin-New York
LThK Lexikon für Theologie und Kirche, Freiburg im Breisgau
MS MysteriumSalutis, Compêndio de dogmática histórico-salvífica, Petrópolis
NHC Nag Hammadi Codices
NJBC R. Brown; J. Fitzmyer; R. Murphy, The New Jerome Biblical Commentary,
Englewood Cliffs
PG J. Migne, Patrologiae cursus completus, Series I, Ecclesia Graeca, Paris
PL J. Migne, Patrologiae cursus completus, Series II, Ecclesia Latina, Paris
SC Sources Chrétiennes, Paris
SM Sacramentum Mundi, Enciclopedia Teológica, Barcelona
TRE Theologische Realenzyklopädie, Berlin-New York
TWNT G. Kittel, Theologisches Wörterbuch zum Neuen Testament, Stuttgart

6.5 Textos e documentos da Igreja

Sigla O que é referenciado


AG Ad Gentes, Concílio Vaticano II, Decreto sobre a atividade missionária da
Igreja
CIC Catecismo da Igreja Católica, São Paulo
CCE Catechismus Catholicae Ecclesiae, Cidade do Vaticano
CDC Código de Direito Canônico, São Paulo
CIC Codex Iuris Canonici, Cidade do Vaticano
DV Dei Verbum, Concílio Vaticano II, Constituição dogmática sobre a
revelação divina
No corpo do texto: (DV, n.1)
GS Gaudium et Spes, Concílio Vaticano II, Constituição pastoral sobre a Igreja

39
LG Lumen Gentium, Concílio Vaticano II, Constituição dogmática sobre a
Igreja
SC Sacrosanctum Concilium, Concílio Vaticano II, Constituição sobre a
Sagrada Liturgia.

6.6 Textos de teólogos

Sigla O que é referenciado


Adv.Haer. S. Ireneu de Lião, Adversus haereses
Civ.Dei S. Agostinho, De civitate Dei
Conf. S. Agostinho, Confissões
DeTrin. S. Agostinho, De Trinitate
ScG S. Tomás de Aquino, Summa contra Gentiles
ST S. Tomás de Aquino, Suma Teológica, São Paulo
STh S. Thomas Aquinatis, SummaTheologiae

6.7 Entidades

Sigla O que é referenciado


ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
CpDF Congregação para a Doutrina da Fé
CpEC Congregação para a Educação Católica
CdIC Congregatio de InstitutioneCatholica
CEP Congregação para a Evangelização dos Povos
CGE Congregatio pro Gentium Evangelizatione
CB Congregação para os Bispos
CpE Congregatio pro Episcopis
CELAM Conselho Episcopal Latino-americano
CNBB Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
CTI Comissão Teológica Internacional
PCB Pontifícia Comissão Bíblica
SRR Sacra Romana Rota

6.8 Referências completas da Bíblia, do Magistério, da Patrística e de


documentos eclesiais

APOCALIPSE. In: Bíblia de Jerusalém. 11.ed. São Paulo: Paulus, 2016. p. 2142-
2168.

40
BENTO XVI, Papa. Carta encíclica Deus caritas est. São Paulo: Paulinas, 2005.
BENTO XVI, Papa. Exortação apostólica pós-sinodal Verbum Domini. Roma: 2010.
Disponível em: <http://w2.vatican.va/content/benedict-
xvi/pt/apost_exhortations/documents/hf_ben-xvi_exh_20100930_verbum-
domini.html>. Acesso em: 10 mar. 2019.
BÍBLIA de Jerusalém. 11.ed. São Paulo: Paulus, 2016.
BÍBLIA Sagrada Africana: texto sagrado da Bíblia da Difusora Bíblica. Luanda
(Angola): Paulinas, [2004].
BÍBLIA Sagrada. 18.ed. Brasília: CNBB; São Paulo: Canção Nova, 2017.
BÍBLIA Sagrada: Antigo e Novo Testamento [...] por João Ferreira de Almeida. Ed.
rev. e atual. no Brasil. Rio de Janeiro: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969.
BÍBLIA Sagrada: nova versão internacional. São Paulo: Sociedade Bíblica
Internacional, 2000.
BÍBLIA. Tradução Ecumênica. Nov. ed. rev. e corr. São Paulo: Paulinas: Loyola,
1995.
1A CARTA de João. In: Bíblia Sagrada. 18.ed. Brasília: CNBB; São Paulo: Canção
Nova, 2017. p. 1504-1509.
CARTA de Judas. In: Bíblia Sagrada. 18.ed. Brasília: CNBB; São Paulo: Canção
Nova, 2017. p. 1512-1513.
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. 6.ed. Petrópolis: Vozes; São Paulo: Paulinas:
Loyola, 1993.
CÓDIGO de Direito Canônico. São Paulo: Loyola, 2001.
COMISIÓN TEOLÓGICA INTERNACIONAL. Documentos 1969-1996: Veinticinco
años de servicio a la teología de la Iglesia. Madrid: BAC, 1998. (Biblioteca de
Autores cristianos, 587).
CONCÍLIO VATICANO II. Compêndio do Vaticano II: constituições, decretos e
declarações. 29.ed. Coordenação de Frederico Vier. Petrópolis: Vozes, 2000.
CONCÍLIO VATICANO II. Constituciones, decretos, declaraciones, documentos
pontifícios complementarios. Madrid: Editorial Católica, 1965. (Biblioteca de
Autores Cristianos, 252).
CONCÍLIO VATICANO II. Dei Verbum: constituição dogmática sobre a revelação
divina. 5.ed. São Paulo: Paulinas, 2000. (A Voz do Papa, 37).
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Campanha da Fraternidade
2019: texto-base. Brasília: CNBB, 2018.
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Comunidade de
comunidades: uma nova paróquia: a conversão pastoral da paróquia. 5.ed. São
Paulo: Paulus, 2015.
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Iniciação à vida cristã:
itinerário para formar discípulos missionários. 2.ed. Brasília: CNBB, 2018.

41
CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ. Carta aos bispos da Igreja Católica
sobre o atendimento pastoral das pessoas homossexuais –homosexualitatis
problema. Roma, 1986. Disponível em: <www.vatican.va>. Acesso em: 26 dez. 2015.
CONGREGAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO CATÓLICA. Orientações para a utilização
das competências psicológicas na admissão e na formação dos candidatos ao
sacerdócio. Roma, 2007. Disponível em: <www.vatican.va>. Acesso em: 30 out.
2015.
CONSELHO EPISCOPAL LATINO-AMERICANO. A Igreja na atual transformação da
América Latina à luz do Concílio: conclusões da II Conferência Geral do Episcopado
Latino-Americano, Medellín, 1968. Petrópolis: Vozes, 1970.
CONSTITUCIÓN Pastoral Gaudium Spes sobre la Iglesia en el mundo actual. In:
CONCILIO VATICANO II. Constituciones, decretos, declaraciones, documentos
pontifícios complementarios. Madrid: Editorial Católica, 1965. p. 209-356.
(Biblioteca de los auctores cristianos, 252).
CONSTITUIÇÃO Dogmática Dei Verbum. In: CONCÍLIO VATICANO II. Compêndio
do Vaticano II: constituições, decretos e declarações. 29.ed. Coordenação de
Frederico Vier. Petrópolis: Vozes, 2000. p. 124-147.
CONSTITUIÇÃO Dogmática Lumen Gentium. In: CONCÍLIO VATICANO II.
Compêndio do Vaticano II: constituições, decretos e declarações. 29.ed.
Coordenação de Frederico Vier. Petrópolis: Vozes, 2000. p. 9-123.
DENZINGER, H. Compêndio dos símbolos, definições e declarações de fé e moral.
Traduzido com base na 40ª edição alemã (2005), aos cuidados de Peter
Hünermann, por José Marino Luz e Johan Konings. São Paulo: Paulinas/Loyola,
2007.
EPÍSTOLA aos Efésios. In: Bíblia de Jerusalém. 11.ed. São Paulo: Paulus, 2016. p.
2039-2047.
EVANGELHO segundo Marcos. In: Bíblia Sagrada. 18.ed. Brasília: CNBB; São
Paulo: Canção Nova, 2017. p. 1242-1266.
FRANCISCO, Papa. Carta encíclica Laudato Si´: sobre os cuidados com a casa
comum. Petrópolis: Vozes, 2015.
INTRODUÇÃO a Jeremias. In: Bíblia Sagrada. 18.ed. Brasília: CNBB; São Paulo:
Canção Nova, 2017. p. 969-970.
INTRODUÇÃO aos Profetas. In: Bíblia de Jerusalém. 11.ed. São Paulo, Paulus,
2016. p. 1230-1253.
ISAÍAS. In: Bíblia de Jerusalém. 11.ed. São Paulo: Paulus, 2016. p. 1254-1361.
JEREMIAS. In: Bíblia Sagrada. 18.ed. Brasília: CNBB; São Paulo: Canção Nova,
2017. p. 970-1033.
JOÃO PAULO II, Papa. Pronunciamentos do Papa no Brasil: textos apresentados
pela CNBB. Petrópolis: Vozes, 1980.
JOÃO PAULO II, Papa. Exortação apostólica pós-sinodal Christifidelis Laici. Roma:
1988. Disponível em: http://w2.vatican.va/content/john-paul-
ii/pt/apost_exhortations/documents/hf_jp-ii_exh_30121988_christifideles-
laici.html. Acesso em: 28 fev. 2019.

42
MISSAL ROMANO restaurado por decreto do Segundo Concílio Ecumênico
Vaticano Segundo [...]. Tradução portuguesa da 2ª edição típica realizada e
publicada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil com acréscimos
aprovados pela Santa Sé. 3.ed. São Paulo: Paulus; Petrópolis: Vozes, 1992.
PONTIFÍCIA COMISSÃO BÍBLICA. A interpretação da Bíblia na Igreja: discurso de
Sua Santidade Papa João Paulo II e documento da Pontifícia Comissão Bíblica.
8.ed. São Paulo: Paulus, 2009.
SEGUNDA Epístola aos Coríntios. In: Bíblia de Jerusalém. 11.ed. São Paulo:
Paulus, 2016. p. 2017-2030.
TOMÁS de Aquino. Suma Teológica: a fé, a esperança, a caridade, a prudência: II
seção da II parte, questões 1-56. São Paulo: Loyola, 2004. v.5.
VICARIATO EPISCOPAL PARA A AÇÃO PASTORAL DA ARQUIDIOCESE DE BELO
HORIZONTE. Projeto de Evangelização Proclamar a Palavra: diretrizes da ação
evangelizadora da Arquidiocese de Belo Horizonte. Coordenação de Pe. Áureo
Nogueira de Freitas. Belo Horizonte: FUMARC, 2017.

43
7
7 ESTRUTURA DO TRABALHO ACADÊMICO

Os elementos de um livro podem ser:


● Elementos materiais: capa, sobrecapa, folhas de guarda, lombada ou dorso da
publicação, orelhas.
● Elementos pré-textuais: falsa folha de rosto, folha de rosto, dedicatória,
agradecimentos, epígrafe, listas, sumário, prefácio e/ou apresentação.
● Elementos textuais: texto propriamente dito que apresenta introdução,
desenvolvimento e conclusão.
● Elementos de apoio e localização, e pós-textuais: posfácio, referências
bibliográficas, glossário, apêndice, índice.
Segundo a ABNT 14724/2011, a estrutura do trabalho acadêmico compreende duas
partes: externa e interna. Confira a lista dos elementos dessas duas partes na página
seguinte.

7.1 Capa

A capa é elemento obrigatório para: monografia de bacharelado; projeto de pesquisa


para dissertação ou tese; dissertação; tese.
Para a entrega definitiva do trabalho acadêmico exigem-se os seguintes materiais e
cores:
As monografias de bacharelado podem ser encadernadas em espiral, com capa em
cartolina leve na cor azul claro.
As dissertações e teses na sua versão final após a apresentação à banca devem ter
capa dura. No Departamento de Filosofia a cor dessa capa é vinho-bordeaux, com
letras douradas. No Departamento de Teologia a cor da capa é azul marinho escuro,
com letras douradas. As instruções para entrega da versão final devem ser verificadas
na Secretaria do Curso.
A lombada com inscrição é exigida para aqueles casos em que se usa capa dura. Ela
deve ser legível de cima para baixo. Os elementos devem estar nesta ordem: autor
(iniciais do nome, sobrenome com maiúscula inicial) e título (todo em maiúsculas,
sem o subtítulo), ano.

44
45
7.2 Folha de rosto

A folha de rosto é elemento obrigatório para projeto de pesquisa, monografia,


dissertação e tese. Os elementos que compõem uma folha de rosto são:
a) Nome do autor do trabalho
b) Título e (se houver) subtítulo
d) Natureza do trabalho
e) Área de concentração
e) Nome do orientador e, se houver, nome do coorientador
f) Local (cidade da instituição)
g) Nome da instituição
i) Ano

7.3 Natureza do trabalho

Na folha de rosto deve aparecer a descrição da natureza do trabalho, isto é, a


descrição sumária e clara da categoria acadêmica daquele texto que está sendo
entregue à instituição. A descrição da natureza do trabalho é necessária para:
trabalhos acadêmicos dos diversos cursos, projeto de pesquisa, monografia,
dissertação e tese. Deve ser ali mencionado se o curso é de graduação ou de pós-
graduação, a unidade e o nome da instituição aos quais o texto será submetido e o
objetivo (obtenção de título, grau pretendido e outros). (FRANÇA; VASCONCELLOS,
2014, p. 38-39).
Exemplos:

TRABALHOS DOS DIVERSOS CURSOS

FAJE – Departamento de [Filosofia ou Teologia]


Disciplina: [nome da disciplina + ano + semestre] [Livros Históricos – 2019/1o]
Professor:
Aluno: [nome sublinhado]
Data: [data marcada para entrega]

MONOGRAFIA

Monografia apresentada ao curso de Filosofia [Teologia] da Faculdade Jesuíta


de Filosofia e Teologia, como requisito parcial para obtenção do título de
Bacharel/Licenciado em Filosofia [Bacharel em Teologia].

46
PROJETO DE PESQUISA
Projeto de Pesquisa apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Teologia
[Filosofia] da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, como parte das
exigências para admissão ao Mestrado [ao Doutorado].

MONOGRAFIA
Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Juventude
[Espiritualidade Cristã e Orientação Espiritual] da Faculdade Jesuíta de
Filosofia e Teologia, como requisito parcial para obtenção do título de
Especialista em Teologia [Filosofia].

DISSERTAÇÃO
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Filosofia
[Teologia] da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, como requisito
parcial para obtenção do título de Mestre em Filosofia [Teologia].

TESE
Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Teologia da Faculdade
Jesuíta de Filosofia e Teologia, como requisito parcial para obtenção do título
de Doutor em Teologia.

7.4 Folha de Aprovação

A folha de aprovação é elemento obrigatório para dissertações e teses. Ela é inserida


após a folha de rosto. A folha de aprovação definitiva será fornecida pela Secretaria
de Pós-Graduação.
Exemplos nas próximas páginas:

Graduação: exemplos de capa e folha de rosto para monografia.

Pós-Graduação: exemplos de capa, folha de rosto e folha de aprovação para


dissertação.

Pós-Graduação: exemplos de capa, folha de rosto e folha de aprovação para tese.

47
Graduação

48
Graduação

49
Pós-Graduação

50
Pós-Graduação

51
Pós-Graduação

FOLHA DE APROVAÇÃO – DISSERTAÇÃO

52
Pós-Graduação

53
Pós-Graduação

54
Pós-Graduação

FOLHA DE APROVAÇÃO - TESE

55
7.5 Resumo e palavras-chave ou descritores (NBR 6028)

O resumo é a apresentação concisa dos pontos relevantes do trabalho acadêmico.


Deve ser escrito em um único parágrafo, com espaçamento simples entre linhas.
A extensão deve ser:
de 150 a 500 palavras (= 3.500 caracteres) para trabalhos na Faculdade que o exigem;
de 100 a 250 palavras para os artigos de periódicos;
de 50 a 100 palavras os destinados a indicações breves.

As palavras-chave ou descritores representam os temas principais que aparecem no


conteúdo do trabalho. Elas devem ser colocadas logo abaixo do resumo, antecedidas
da expressão “Palavras-chave”. As diferentes palavras-chave são separadas entre si
por ponto, e esse conjunto é finalizado por ponto final. Devem ser apresentadas de 3
a 5 palavras-chave.
Exemplo:

RESUMO
Este artigo fornece uma visão de como abordar uma cristologia em perspectiva
descolonial. Tal tarefa supõe um “descentramento epistêmico” na doutrina e na
pregação. O tema da “descolonização epistemológica da teologia” tem chamado a
atenção devido ao apelo de se fazer uma outra teologia. Contudo, apesar de diversas
reflexões, no domínio cristológico percebe-se a carência de um estudo mais organizado
de como se dá aí o processo de descolonização. Nosso objetivo é, pois, investigar e
compreender como se constrói o caminho rumo a tal tarefa. A análise da proposta
compreende três abordagens: a “repatriação” da fé cristã ao seu berço
neotestamentário originário, pelo viés de uma inculturação da fé cristã no centro da
cultura helênica e na doutrina calcedoniana. A seguir, o modo de como entrar
descolonialmente na cristologia. Por fim, como se dá esse processo a nível das religiões.
Conclui-se que o irreformável, visitado criticamente e confrontado com os apelos do
momento, continua balizando as cristologias contemporâneas num exercício criativo,
descentrado de discursos totalitários, mas sempre apoiado no coração da fé cristã.

PALAVRAS-CHAVE: Descolonização. Cristologia. Des-helenização. Cristianismo.


Calcedônia.

56
8
8 ORIENTAÇÕES E MODELO PARA PROJETO DE MONOGRAFIA

Quem faz a Graduação precisará realizar o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso),


ou Monografia. Um ano antes de entregar na Secretaria Acadêmica esse trabalho
final, contudo, o aluno terá entregue ali o projeto de tal trabalho. O projeto em si já
compõe um notável e profícuo exercício acadêmico de sistematização e elaboração
das ideias.

8.1 Passos prévios

Antes de elaborar o projeto, o aluno deve ter estudado o tema, de modo a ter alguma
questão que queira aprofundar. Depois, fale com o professor que deseja ter como
orientador. É desejável que o aluno consulte na versão atual do “Ano Acadêmico” da
Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia a indicação das áreas, linhas e projetos de
pesquisa da Faculdade, com vista a adequar seu assunto a algum dos projetos
constantes ali.

8.2 Elementos do projeto de monografia

No texto do projeto deverão aparecer uma série de itens formais.

I Cabeçalho (em cima, alinhado à direita):


Nome do documento
Nome da instituição
Nome do/a aluno/a (sublinhado)
Cidade e data de entrega

II Título e subtítulo (provisórios) da monografia (centralizados, em duas linhas, em


maiúsculas):
Devem aparecer o objeto material (o assunto) e o objeto formal (o aspecto ou
delimitação do mesmo). A delimitação deve ser bem específica (por exemplo, um só
assunto em um só autor).

57
III Breve resumo:
Explicar, em um texto com dimensões entre 5 a 10 linhas, o título e subtítulo de tal
modo que se perceba realmente o núcleo da questão.

IV Objetivos:
Principal: objeto central da pesquisa, a hipótese ou intuição a ser demonstrada.
Objetivos complementares ou secundários: que se deduzem do principal, o que a ele
se relacionam como complementares. Eles podem também estar relacionados com o
objeto a ser desenvolvido/demonstrado em cada capítulo.

V Método:
O método mais comum em Filosofia e Teologia é o da pesquisa bibliográfica.

VI Plano (provisório) da monografia:


Cria-se uma divisão em capítulos com eventuais subdivisões internas.

VII Bibliografia básica:


Ela deve constar de no mínimo dois títulos de livros ou artigos que falem
especificamente do assunto do trabalho, mais algumas obras gerais, como sejam
comentários a livros bíblicos e monografias de Teologia. No projeto não se mencionam
indicações genéricas de obras instrumentais (edições da Bíblia, dicionários
teológicos, coleções de documentos), cujo uso é pressuposto. É, contudo, louvável a
indicação de verbetes específicos (adequadamente referidos) sobre o assunto que se
encontrem em dicionários.

VIII Cronograma:
Deve-se apresentar uma previsão das fases principais:
- Prazo para a pesquisa básica.
- Quando será a submissão do esquema detalhado a quem o orienta.
- Quando a primeira parte da redação será submetida a quem o orienta.
- Quando a redação final do conjunto será submetida a quem o orienta.
- A entrega na Secretaria, no prazo estabelecido.

Tamanho e apresentação
Um projeto de monografia deve ter no máximo duas páginas. O papel é A4, a letra
Times New Roman 12, espaçamento entre linhas 1,5. Veja o modelo em seguida:

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Modelo de Projeto de Monografia

PROJETO DE MONOGRAFIA
Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia
Aluno: José Maria da Silva
Belo Horizonte, 20 de agosto de 2019

A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO
SEGUNDO A “INTRODUÇÃO À TEOLOGIA” DE JOÃO BATISTA LIBANIO

Orientador:
Área de concentração:
Linha de pesquisa:
Projeto de Pesquisa:

Resumo
João Batista Libanio vê a Introdução à Teologia como z x c v b n m a q w e r t y u i
opasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvvbnmq
wertyuio pasdfghkl zxcvbnmaqwertyuiopasdfghjklzx
cvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvvbnmqwertyuio pasdf
g h k l. Consideramos enfim as críticas a esta concepção.

Objetivos
Objetivo geral: mostrar um exemplo claro de conceptualização da Teologia da
Libertação no ambiente brasileiro.
Objetivos específicos: conhecer melhor a história da Teologia e da pastoral no Brasil
nos decênios recentes.

Método: pesquisa bibliográfica

Esquema provisório
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I: A discussão atual em torno da Teologia da Libertação
CAPÍTULO II: Análise do conceito de Teologia da libertação segundo a “Introdução
à Teologia” de J. B. Libanio
CAPÍTULO III: Reflexão sistemático-crítica
CONCLUSÃO

59
Bibliografia básica
LIBANIO, João Batista. Introdução à Teologia: perfil, enfoques, tarefas. 9.ed. São
Paulo: Loyola, 2014.
PALACIO, Carlos. Deslocamentos da Teologia, mutações do cristianismo: a teologia
aos 40 anos do Vaticano II. São Paulo: Loyola, 2001. (CES, 12).
BOFF, Leonardo. Da libertação: o sentido teológico das libertações sócio-históricas.
2.ed. Petrópolis: Vozes, 1980. (Teologia, 19).

Cronograma:
Pesquisa básica: ago.-set. 2019.
Submissão do esquema detalhado ao Orientador: set. 2019.
Redação primeira a ser submetida ao Orientador: abr. 2020.
Redação final submetida ao Orientador: jun. 2020
Entrega na Secretaria, no prazo estabelecido: 25 ago. 2020.

_________________________ __________________________
Aprovação pelo Orientador Assinatura do Aluno(a)

Belo Horizonte, _________ de ___________________ de ___________.

60
9
9 MODELO DE PROJETO DE PESQUISA PARA DISSERTAÇÃO OU TESE

Apresentam-se aqui orientações para redigir um projeto de dissertação de mestrado


ou tese de doutorado, tanto em Filosofia como em Teologia. Nos projetos para
mestrado e doutorado o caminho é semelhante, mas o aprofundamento será maior
no segundo caso. A dissertação de mestrado deve sobretudo mostrar a informação
criteriosa e a compreensão crítica do assunto. Já o projeto para o doutorado supõe
um posicionamento pessoal diante da problemática (por isso se chama “tese”, uma
proposição a ser exposta e defendida). Ele deve manifestar um novo saber, uma
contribuição original, um avanço na reflexão em Filosofia ou Teologia. Também a
elaboração de uma maneira nova de apresentar a problemática é uma contribuição
para o progresso em Filosofia ou Teologia.

9.1 Apresentação do tema (“o quê”?) – Extensão máxima: 15 linhas

9.1.1 Breve descrição

Identifique e descreva brevemente o que vai ser examinado no trabalho. Trata-se do


objeto do estudo. Visa-se aqui uma descrição sumária do assunto, da indagação ou
da problemática sobre a qual versará o trabalho.
Exemplo em Filosofia:
[em elaboração]
Exemplo em Teologia:
O objeto de nosso projeto de pesquisa é a fala de Jesus nas frases introduzidas pela
fórmula “Eu sou” seguida por um predicado de majestade.

9.1.2 Título e subtítulo provisórios

Crie um título e subtítulo provisórios. Eles servirão para registro de seu projeto, mas
poderão ser modificados, até a ocasião de entrega do texto final, em função do
progresso do trabalho.

61
O título identifica o objeto material (tal fato, teoria ou texto); o subtítulo especifica o
objeto formal, o ângulo de visão ou de abordagem (“sob o aspecto de...”; “como visto
por...”; “segundo...”; “nos escritos de...”).
O título (com o subtítulo) não deve ultrapassar 20 palavras, inclusive para não
complicar o registro na Secretaria e no Currículo Lattes.
Exemplo em Filosofia:
[em elaboração]
Exemplo em Teologia:
As autoafirmações “Eu sou” de Jesus no Quarto Evangelho segundo a exegese do
século XXI.

9.2 Objetivo (“em vista de quê”/Para quê?) – Extensão máxima total: 25 linhas

Note-se que por objetivo refere-se aqui ao que aparecerá explicitamente no conteúdo
do texto. Não se trata de objetivos em âmbitos que transcendem ou vão além do
conteúdo do texto, como seriam por exemplo: “Obter um título acadêmico” ou
“Realizar um sonho pessoal”. Estas são coisas que se encontram para lá do conteúdo
do texto, e por isso não servem aqui.

9.2.1 Objetivo principal

Em aproximadamente cinco linhas, expresse aquilo que se pretende alcançar dentro


do texto do trabalho a ser realizado. Descreva aquilo que, dentro do texto, busca-se
atingir como propósito mais central ou destacado da exposição. Em vista de que, no
espaço do texto, o trabalho será feito? No raciocínio a ser construído pelas palavras
do texto, para que a exposição será desenvolvida? Pode ser “examinar tal tema/tal
teoria em tal autor” ou algo assim.
O objetivo principal deve corresponder àquilo que aparece indicado no título.
Exemplo em Filosofia:
[em elaboração]
Exemplo em Teologia:
Examinar a historicidade das expressões “Eu sou”, de Jesus, no evangelho de João.

9.2.2 Objetivos complementares ou secundários

Como parte de sua pesquisa ou colateralmente com ela pode-se, concomitantemente,


focar em outros objetivos. Eles têm a natureza de serem complementares ou
secundários em relação ao objetivo principal da pesquisa e de estarem subordinados
a este. Os objetivos complementares podem ser desdobramentos do objetivo
principal, ou servirem para apoiá-lo. No conteúdo do texto que será produzido, que

62
outros elementos subordinados buscam-se atingir? O trabalho será feito em vista de
que outros pontos complementares que aparecerão explicitados naquele texto?
Para obter a formulação dos objetivos complementares ou secundários podem ser
seguidas duas vias. Uma é obter um objetivo complementar a partir de cada capítulo
que consta do plano provisório que está sendo apresentado no projeto. Nesse caso,
cada capítulo forneceria um objetivo complementar a ser perseguido rumo a
consecução do objetivo maior e principal do trabalho. Outra via é a especificação de
questões secundárias que atravessam ou acompanham o trabalho todo, e não apenas
cada capítulo individual.
Exemplo em Filosofia:
[em elaboração]
Exemplos em Teologia:
1) Verificar o valor epistemológico do historicismo fundamentalista.
2) Examinar o estilo retórico da autopredicação figurativa.
3) Relevar as consequências pastorais do literalismo.

9.3 Justificativa e relevância (“por quê”?) – Extensão máxima: 50 linhas

Explique também brevemente as circunstâncias objetivas e os motivos subjetivos que


o levam a escolher esse tema. Trata-se de explicitar as razões, os motivos, pelos quais
o tema do projeto será examinado. Por que tal objeto de estudo será submetido por
você a uma reflexão metódica e ordenada? Aqui pode-se recorrer a elementos de
âmbitos que transcendem ou vão além do conteúdo do texto.
Exemplo em Filosofia:
[em elaboração]
Exemplo em Teologia:
O retrocesso da Teologia crítica, isto é, cuidadosa de suas bases epistemológicas (cf.
E. Kant), e o avanço do assim chamado fundamentalismo, que, em todas as formas
do cristianismo, recusa por um lado a criteriologia epistemológica e, por outro, a
hermenêutica consciente e autocrítica, põe em cheque os principais expoentes da
exegese crítica do século XX, e, com isso, todo um esforço acadêmico e pastoral de
levar ao povo uma outra maneira de ler a Bíblia (e de gostar dela), diferente do
literalismo considerado ingênuo de séculos anteriores. Isso tem graves consequências
tanto para o ensino da Teologia como para a apropriação pessoal e pastoral das
Escrituras, que, conforme os últimos Papas, devem ser o coração da Teologia cristã,
que são [tal e tal coisa, etc. ...]. Além disso, minha experiência pastoral pessoal me
ensinou [tal e tal coisa, etc. ...]. Julgo que o estudo que pretendo realizar pode
iluminar [tal e tal coisa, etc. ...].

63
9.4 Estado da questão (“da arte”) e “ponta” da pesquisa – 1 a 3 páginas

O estado da questão, status quaestionis ou estado da arte é uma breve exposição das
posições recentes em torno do assunto. Caso seja necessário, faça nessa breve
exposição um recuo até as teses “clássicas” pressupostas pelas opiniões recentes, as
quais naquelas se baseiam ou contra elas reagem.
O status quaestionis apresentado no projeto é apenas provisório. Deverá ser
retomado, de modo mais completo e aprofundado, como primeiro capítulo da
dissertação ou tese acabadas.
No status quaestionis não basta simplesmente elencar em ordem cronológica os
estudos (livros ou artigos) recentes. É preciso mostrar como eles interagem entre si e
com as posições clássicas. Que novidades eles propõem, e como elas são acolhidas
no âmbito (filosófico ou teológico) acadêmico? É ocasião para revelar de modo
sintético os efeitos desses estudos anteriores, mostrando como são eles recebidos
num âmbito mais amplo.
Esta parte deve mencionar as obras relevantes dos últimos anos. O número concreto
desses anos pode ser variável em função do assunto. Alguns assuntos são
aprofundados apenas raras vezes no lapso de meio século, outros enchem as
bibliotecas em cinco anos. A abrangência deste status quaestionis deve ser discutida
com um entendido no assunto, preferencialmente quem orienta o projeto.
Embora o acento esteja mais no “mapa” das principais opiniões ou visões acerca do
tema, claro que no estado da questão se mencionam as obras (livros ou artigos) mais
relevantes (que significam uma contribuição original na discussão). Não é preciso
mencionar todos os estudos que tocam no assunto, porque muitos são apenas
repetições das contribuições marcantes. O projeto não é o lugar de se fazer longas
citações formais. Basta apontar de modo sucinto o significado das principais
contribuições na reflexão filosófica ou teológica. Ao individuar determinada opinião
de um autor (de preferência por citação conceitual), inclua a referência de fonte em
forma abreviada (autor-data-página) no texto (não em nota de rodapé), cuidando que
a referência bibliográfica completa se encontre no fim do projeto.
Além de constatar o estado da questão (ou seja, como está a discussão), é preciso,
sobretudo para o doutorado, indicar em que sentido ou direção você pretende
contribuir para o avanço da reflexão em Filosofia ou Teologia. Isso se chama a “ponta”
de sua pesquisa. Essa “ponta”, porém, pressupõe sólido conhecimento daquilo que
está sendo discutido, o estado da questão. Se não houver esse sólido conhecimento
sua contribuição corre o risco de ser irreal (por falta de base) ou, ao contrário, inócua,
por repetir apenas aquilo que já é conhecimento notório (o que seria “chover no
molhado”).

64
9.5 Método e delimitação – Extensão máxima: 25 linhas

Baseado no status quaestionis (isto é, tendo observado bem o terreno), projeta-se a


melhor via para alcançar o objetivo do trabalho, ou seja, projeta-se o método. Nos
campos da Filosofia e da Teologia o método é quase sempre o da pesquisa
bibliográfica, isto é, a pesquisa sobre textos que dizem respeito ao assunto. Trata-se
de um método sobejamente conhecido pelos profissionais da área. A grande maioria
das pesquisas de mestrado e doutorado utiliza apenas esse método. Isso, entretanto,
não exclui que, dependendo do assunto, outros métodos sejam necessários. Por
exemplo, o trabalho poderá exigir métodos adicionais nos campos da Linguística ou
da Arqueologia. Ou ainda, o trabalho poderá exigir métodos de pesquisa de campo
(entrevistas). Quando o assunto inclui tópicos de caráter sociológico, econômico ou
demográfico, provavelmente serão empregados métodos sociográficos ou estatísticos.
E ainda: em tópicos de, por exemplo, Ecologia ou Medicina, poderão ser necessários
métodos característicos das Ciências da Natureza.
Conhecendo suficientemente a matéria a ser examinada e os métodos disponíveis,
pode-se delimitar com segurança a pesquisa tanto no aspecto material como no
aspecto formal: é a descrição do método. Faça uma projeção dos passos que vão ser
seguidos e do instrumental envolvido em cada passo.
Nessa projeção dos passos a serem seguidos e do instrumental é importante prever a
fase do fichamento analítico (em papel ou em arquivo eletrônico) dos elementos úteis
para a pesquisa e para a redação do trabalho. O fichamento é necessário porque o
conjunto de informações a serem recolhidas será demasiadamente grande para ser
apenas memorizado; não pretenda escrever todo o trabalho de um jato só a partir do
que tem na memória.

Confira o anexo B a respeito do fichamento, no final deste volume do S.O.M.

Após expor o método, é fundamental expor a delimitação da sua pesquisa. A


delimitação é a demarcação das fronteiras, ou estabelecimento dos limites, dentro
dos quais sua pesquisa ficará circunscrita. A delimitação é a especificação daquelas
coisas que, apesar de importantes, não serão examinadas embora o objeto material
talvez o sugira. A delimitação pode ser feita em diversos âmbitos, como por exemplo:
temático, categorial, confessional, temporal, espacial.

Exemplo em Filosofia:
[em elaboração]

65
Exemplo em Teologia:
Ao tratar dos milagres de Jesus não examinaremos as condições físicas de sua
possibilidade, mas, acolhendo o testemunho dos evangelistas a respeito da
ocorrência, examinaremos o sentido religioso e literário que eles têm no texto
evangélico.
Não examinaremos a cientificidade linguístico-histórica das etimologias
heideggerianas, mas o sentido que Heidegger evoca através de suas considerações
etimológicas.
Limitar-nos-emos apenas à bibliografia de [tal] confissão religiosa, que por si só
fornece abundante material de pesquisa. Utilizaremos apenas autores
compreendidos entre [tal e tal] ano, ou década, ou até [tal] ano, ou a partir de [tal]
período, ou que desenvolveram suas reflexões em [tal] continente.

9.6 Exequibilidade – Extensão máxima: 15 linhas

Tendo projetado a pesquisa segundo os tópicos anteriores, é mister considerar sua


exequibilidade ou factibilidade. Será possível colocar em prática aquilo que aparece
no projeto? Será que é razoavelmente admissível dar conta das atividades previstas
nos dois anos disponíveis para a dissertação de mestrado ou nos quatros anos do
doutorado? Será possível ter acesso ao material impresso que será submetido à
pesquisa bibliográfica? Será possível ter acesso facilitado à Faculdade e aos outros
centros de pesquisa? Haverá condições financeiras para realizar a pesquisa? Há
garantia de acompanhamento sério e contínuo por parte de quem orientará a
pesquisa?

9.7 Plano provisório – 1 a 2 páginas

Descreva brevemente, na forma de uma lista dos pontos principais, a estrutura que
em princípio se pensa que o texto final possuirá. Elabore, de maneira logicamente
ordenada e em sequência, todos os elementos que serão pesquisados e transformados
em texto redigido. Lembre-se que é um plano provisório, e essa lista certamente
sofrerá alterações posteriores. A estrutura do plano poderá ser modificada a qualquer
momento em função do progresso da pesquisa ou da redação.
Leve em consideração o lema clássico: “Ordo inventionis non est ordo expositionis”.
Isso quer dizer: “A ordem de concepção (da descoberta, criação, e nesse sentido
invenção) não é a ordem da exposição (da apresentação, descrição)”. O trabalho deve
manifestar ambas as dimensões:
1- “Ordo inventionis”: como serão encontrados e coletados os dados.
2- “Ordo expositionis”: a ordem lógica em que serão expostos/explanados.
Há diversos modos de conceber o plano da futura obra. O plano provisório poderá ser
apresentado com estrutura mais sintética e com capítulos grandes. O plano poderá
também ser mais analítico ou pormenorizado, com capítulos ou tópicos menores,

66
porém em maior quantidade. A opção por um ou outro modo será feita na
dependência da maneira de se trabalhar, assim como da própria matéria a ser
apresentada. A tradicional proporcionalidade entre todos os capítulos (isto é, todos
os capítulos com mais ou menos o mesmo tamanho) é um critério relativo, pois nem
todas as matérias podem ser tratadas em capítulos aproximadamente iguais.

Um exemplo geral de esquema provisório é o seguinte:

- Introdução (breve e não numerada: ela expõe de forma discursiva o roteiro da


sequência do texto que será desenvolvido à frente).
- Capítulo 1: descrição do tema e status quaestionis.
- Capítulo 2: organização dos dados (da inventio).
- Capítulos 3 e seguintes (tantos quantos forem necessários): desdobramentos do
tema e argumentação.
- Parte final: Conclusão. Uma regra fundamental é que numa conclusão não podem
ser introduzidos elementos novos, ou seja, que ainda não tenham sido comentados
nos capítulos anteriores. O próprio termo conclusão já indica que se trata apenas de
tirar a conclusão lógica daquilo que foi anteriormente exposto. Na conclusão são
explicitados juntos os principais resultados revelados pelo conjunto da investigação
anterior. É também a ocasião para manifestar alguma possível abertura do tema
rumo a futuras pesquisas. Numa conclusão de tese de doutorado deve-se também
explicitar a confirmação da contribuição original, feita com aquele trabalho, que
representou um avanço na reflexão em Filosofia ou Teologia.
- Anexos. Caso necessário podem ser previstos anexos para mostrar material (como
análises, estatísticas, textos, etc.) que dificilmente poderia ser incluído no decorrer
da exposição dos capítulos.
- Referências bibliográficas. A lista das referências deve estar no fim e ser única.
Jamais elabore mais de uma lista, ainda que a multiplicidade de listas possa lhe
parecer bonita ou pedagógica. Na verdade, irá apenas dificultar a vida do leitor. Com
uma lista única o leitor não precisará procurar um item bibliográfico em várias listas
diferentes, mas numa só. Tal lista única de referências bibliográficas deve
necessariamente ser apresentada em ordem alfabética, com o mesmo intuito de
facilitar a vida do leitor quando ele fizer uma busca a partir das referências
abreviadas usadas no texto ou nas notas de rodapé.

67
9.8 Cronograma – Meia página

Para ser realista, calcule de trás para frente (em ordem cronológica inversa), a partir
da data de entrega máxima fixada pelo Programa de Pós-Graduação (que não é a data
da defesa!), o tempo (considerável!) necessário para a redação e as correções finais,
as redações provisórias, até chegar aos momentos iniciais (leitura e coleta de dados).
Então coloque isso num esquema, mas agora elaborado na ordem cronológica real,
começado pelos trabalhos iniciais e terminando na data da entrega (não da defesa)
da dissertação ou tese na Secretaria da Pós-Graduação. Não se deve detalhar demais,
pois seria irreal.

9.9 Bibliografia de partida – Mestrado: uns 25 títulos – Doutorado: cerca de


100

Identifique e liste as referências completas (conforme a ABNT e o manual do S.O.M.)


das fontes que pretende utilizar. Se registrar verbetes específicos oriundos de
dicionários ou capítulos individuais de obras coletivas, registre a referência completa
do artigo (com “In” + obra coletiva + páginas), mas também, em entrada à parte, a
referência apenas da obra coletiva completa ou do dicionário completo.
Na fase de pesquisas para obter o levantamento dos artigos que serão utilizados, faça
de modo regressivo. Comece pesquisando os artigos importantes no ano corrente.
Depois vá recuando cronologicamente um ano por vez, até onde razoavelmente seja
necessário ou oportuno, conforme a natureza do assunto e o aconselhamento de
quem orienta o projeto.
A classificação segue ordem alfabética e deve compor uma lista única (conforme as
normas da ABNT e do S.O.M.). Artigos de revistas e textos acessíveis na internet são
incluídos no meio dos outros itens conforme a ordem alfabética.

68
9.10 Folha de rosto do projeto para Pós-Graduação

69
10
REFERÊNCIAS2

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e


documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6024: informação e


documentação: numeração progressiva das seções de um documento escrito:
apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6027: informação e


documentação: sumário: apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e


documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e


documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. 3.ed. Rio de Janeiro: ABNT,
2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15287: informação e


documentação: projeto de pesquisa: apresentação. 2.ed. Rio de Janeiro: ABNT, 2011.

BASTOS, Cleverson Leite. Aprendendo a aprender: introdução à metodologia


científica. 22.ed. Petrópolis: Vozes, 2008.

CEIA, Carlos. Ambiguidade. E-Dicionário de termos literários. Disponível em:


<http://www.fcsh.unl.pt/edtl/verbetes/A/ambiguidade.htm>. Acesso em: 05 abr.
2016.

CHAVES, Marco Antônio. Projeto de pesquisa: guia prático para monografia. 4.ed. Rio
de Janeiro: Wak, 2007. p. 38-39.

DICIONÁRIO Contemporâneo da língua portuguesa Caldas Aulete. Disponível em:


<http://www.auletedigital.com.br/>. Acesso em: 05 abr. 2016.

2 As obras e demais documentos serão referenciados em uma única lista com os títulos em
ordem alfabética. Não há subdivisão na listagem, tipo: fontes, bibliografia principal,
secundária, outros. Quando há várias obras de um mesmo autor é para referenciá-las em
ordem cronológica, da antiga para a atual. Exemplo: primeiro a de 1979, depois a de 1981
e enfim a de 1988.

70
FACULDADE JESUÍTA DE FILOSOFIA E TEOLOGIA. Vade-Mécum para pesquisa e
redação em Filosofia e Teologia. Belo Horizonte, 2015. Apostila não publicada.

FARINA, Rafaello. Metodologia: Avviamento alla tecnica del lavoro scientifico. 4.ed.
Roma: Ateneo Salesiano, 1986. p. 156-159.

FERNANDES, Francisco. Dicionário de verbos e regimes. 4.ed. Porto Alegre: Globo,


1971.

______. Dicionário de regimes de substantivos e adjetivos. 2.ed. Porto Alegre: Globo,


1971.

FRANÇA, Júnia Lessa; VASCONCELLOS, Ana Cristina de. Manual para normalização
de publicações técnico-científicas. 9.ed. Belo Horizonte: UFMG, 2014.

HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva,


2001.

LIBANIO, João Batista. Introdução à vida intelectual. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2002.
p. 69. (Humanística 1).

MARQUES, Valdir. Apostila Metodologia da Pesquisa Teológica: apontamentos para


as aulas. Belo Horizonte: Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia - FAJE, 2009.
Apostila não publicada.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23.ed. rev. e atual.


São Paulo: Cortez, 2007.

SILVA, José Maria da; SILVEIRA, Emerson Sena da. Apresentação de trabalhos
acadêmicos: normas e técnicas. 2.ed. atualizada de acordo com as normas da ABNT.
Petrópolis: Vozes, 2007.

TACHIZAWA, Takeshy. Como fazer monografia na prática. 5. ed. Rio de Janeiro:


Getulio Vargas, 2000. (FGV Prática).

71
11
ANEXO A – Abreviaturas dos meses em diversos idiomas

Português Espanhol Italiano Francês Inglês Alemão

Janeiro jan. enero genn. janv. Jan. Jan.

Fevereiro fev. feb. febbr. févr. Feb. Feb.

Março mar. marzo mar. mars Mar. Mãrz

Abril abr. abr. apr. avril Apr. Apr.

Maio maio mayo magg. mai May Mai

Junho jun. jun. giugno juin. June Juni

Julho jul. jul. luglio juil. July Juli

Agosto ago. agosto ag. août Aug. Aug.

Setembro Set. sept. sett. sept. Sept. Sept.

Outubro out. oct. ott. oct. Oct. Okt.

Novembro nov. nov. nov. nov. Nov. Nov.

Dezembro dez. dic. dic. déc. Dec. Dez.

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ANEXO B – Fichamento

Para a pesquisa bibliográfica e a redação de um trabalho acadêmico é importante


coletar os elementos úteis em fichas, que podem ser em papel ou em arquivo
eletrônico.
O fichamento é necessário porque o conjunto de informações a serem recolhidas
será demasiadamente grande para ser apenas memorizado. Não se consegue
escrever todo o trabalho de um jato só a partir do que tem na memória.
Por ficha podem ser entendidas peças singulares e separadas (de papel ou arquivo
digital) contendo o conjunto de informações completas acerca de um elemento, mas
também apenas trechos distintos de uma mesma folha de papel ou arquivo digital.

Três tipos de fichas

1) Fichas bibliográficas: contém cada uma a referência completa de uma obra a ser
consultada.

2) Fichas de leitura: são resumos das obras importantes ou citações formais de


textos marcantes, sempre acompanhadas da referência abreviada da fonte para
que depois você saiba de onde recolheu aquele material.

3) Fichas de insights: podem ser intuições pessoais ou fornecidas por pessoas de


confiança, cujo conteúdo comporá um material provisório para uma futura
redação.

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