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DOCUMENTOS

OS DOCUMENTOS
ARABES DO ARQUIVO P ~ B L I C ODO
ESTADO DA BAHIA
2.. Sétse: Orafies Is2âmicas (Nm-Cordnicas) - Editados
transcritos. traduzidos e comentados por Rolf Refchert. do CEAO

Com o preaiente trabaiho, con- res Lamtuna para o Baho Senegal.


tinum06 a publicaçfio dos docurnen- Daí se expandíu ppi todo x, império
tos brabes inclufdos nos autos da dos almorávi8se, qtm obm@a, en-
insurreição baiana de 1835(1). Apre- tão, o *i0 Portugal.
s e n b o 9 oito documentos (NPs 10- A decifraçh apresentou canaiáe-
17) bem dlstinkos entre 4: alguns rávets dificuldades. Foi-me p088ivel
dêles são textos elaborados, escritos contar tamb8m. para esta série de
cuidadosamente e contendo poucos documentos, com a valiosa colabo-
êrros (N.% 10. 11) ; outros, como o i ~ 8 de
0 M. Ahmad Bioud Abdel-
n.0 17, um aglomerado de palavras ghani, conservador da Biblioteca
incompletas, na malor parte com- Nacional de Paris. No trabaiho de
posta.~de exclamações tendo como tradução contei com a colaboração
base o nome de Deu, cheio de er- do Sr. Bahige R. Sahada. dsa doh
ros, refletindo o grau de instrução agradeço cordlalanentb -a contribui-
de quem os concebeu e wmveu. ção que prestaram.
Parte dos documentos são "ora-
@es fortes", ge q u i s o portador DOCUMENTO N.O 10
atribuía -i mkgica e protetora,
levadas, com 81i sem envoltbrloa, &-
bre o corpo, Eonforme o ~ ~ Doeauto: A.Justlça
mingos, .
NagBo
- O preto Do-
A u d , escravo de
Tais "oraçb~hrtes" (p. ex., o da- João Pinto Leite.
cumenta n.0 12) ~ c i i m e n t ese dis-
tinguem de amiuetas; poderiam, de ( 1) em nome de deus compaeeiv0
fato, ser classificadas W b é m na misericordioso (uma) bbnQã0
3.a série desta nossa pubiicação. que nos salva a todoa
Contudo, adjudicamos a esta 2.a sé- os e s p a n b e 08 We) e que
rie tudos aquêles documfmtos que (2 )
contêm. fora da Bismillah, texto8 nos fortalece m a tC)CIBB as
inequivocamenbe islâmicos, invoca- (3 difamaçtka e @e noe purifica
ções de Deus e do Profeta, etc., deMdmasvfmmnhaae
quer f@mrn usados como amuletos 4 que nos eleva a ti contigo a
ou não. sabedoria dos graus e que nos
A grafia 6 a mesma em todos os eleva
documentos, ou wja, a chamada ( 5 ) de tadas as vergonhas e que
"magMbina", com origem em Qay- no8 eleva e que nos faz atlngir
rawan, donde chegou pelo ano de ( 6 ) as extremas inclinaçóes(?)
1035, com o jurista e professor 'Ali de todos as bem da vida e 6 4
Ibn Yasin, contratado pelos berbe- pois

1 R. Reichcrt, "Os documentos Arabes no Arquivo Piiblico do Estado d. Bahia,


1.a série: Textoa torgnicos", Ajrs-Ásia N."s wf,
SPhwW. 1966.

I07
da morte tr88-.11ú8 o bem dos tes, limitam-se B confusão em t8r-
mundos 10uVsdo pelo bem do no de certas letras, p. ex., ha e h&,
mundo td e td marbuta, ayn e alij, etc.
pelo bem do mundo e pelo Umas poucas paiavras são inin-
úitimo bem.. . o bem dos teliglveis, como também a linha 14,
mundos principalmente nos lugares onde o
.
maomé .. . de .. e de .. .
dos irmãos elevado é o se-
documento está dilacerado.
nhor DOCUMENTO NP 11
.
como o senhor . . d b r e que
Do auto: A Justiça - O preto Do-
8
êles ordenam e paz sâbre
os enviados oh .. . oh alto mingos, Nagáo Aussb, escravo de
oh rico oh onisciente oh rico João Pinto Leite
oh observador(?) e oh doa-
dor oh generoso oh auxílio ( 1 em nome de deus compassivo
oh misericordioso oh deus oh
magnânimo oh extenso oh mercê s6bre mim oh rico
dono do . .. oh dono do li- f 2 1 oh onisciente oh abridor oh
cito e suetentador oh doador oh
do generoso ... donde . . . condutor oh generoso oh
(15) e por seu poder e por sua fôr- ( 3 ) majestoso oh magnânimo O h
ça si3bre tada coisa poderoso extenso oh dono noderoso das
e causas oh dono
(16) louvor a deus que afastou a do 1Lcito e generoso conce-
trbteza deveras nosso senhor de-me meu sustento onde fôr
é o perdoador e regozije-me
(17) agradecido oh deus peço-te o com meu sustento em todo
amor bo beneficio lugar por teu poder e tua força
deveras tu és sobre
(18) e . . . *Ia recitação e o amor toda coisa poderoso e êle
do pobre e deveras tu me disse louvor a deus que atas-
perdoarás e tou a trlsteza
(19) tu te com^ de mim deveras nosso senhor é o
e deveras o poder . .. entre
tuas criaturas peço-te n m o
.
perdoador agradecido .. faz-
.
senhor . .
nos sair por ela de todo lu-
gar
diz deveras tu és a volta e
Obserucrçóes: Esta oração não tem benze esta terra e a volta e
texto estabelecido; é improvisada. a finalidade( ?
Ainda que seja algo desordenada,
demonstra tadas as características .
oh deus mais rico . . ... e
do inferno
duma prece muçulmana: o enalteci-
mento de Deus, de sua onipotência, paz e fôrça do senhor mise-
onisciência e misericórdia, a enu- ricordioso e minha tranqüi-
meração de vhrios de seus atribu- lidade e
tos (h.11-13) . O suplicante implo- minha morada e minha tran-
ra a graça de Deus, náo ihe pede qüilidade e minha morada oh
um favor especifico, o que aerla deus meu senhor
inimaginhvel para um muçulmano. peço-te o amor do beneficio
Apesar de tudo, através das 1s. 2, 3 e por um pouco da recitação e
e 5, podemos perceber a situação hu- O amor
milhante e lastimosa do suplicante. do pobre e deveras tu me per-
A escrita faz presumir um autor d o a r & ~e te compadecerás de
que domina o Srabe relativamente mim e deveras o poder.. .
bem e que tem certa prhtica de ca- entre tuas criaturas pego-te
Ugrafia. Os erros sán in6igniiican- nosso senhor teu amor e o
tes. Fora de alguns lapsos eviden- amor de quem estimul& e
(15) o amor da atividade por ela (22) seu regresso o onipotente e
meu senhor dever- teu não há poder e nio h& força
amor ...
oh dono db U d t o e o
. - generoso e oh . .
salvo com deus o elevado
(23) l o majestoso
(16) mais misericor81oso dos mi-
eericordiosos e minha tran- Este documento concorda, no seu
quiiidade e minha morada e conteQdo e na sua forma improvi-
minha tranqüiiidade e sada, com o documento n.0 10; al-
minha morada e minha tran- guns trechos 880 idênticos. Tam-
qüilidade e minha morada e bém a escrita e at6 os erros &o as
minha traaqüiiidade e minha mesmos nas dnas orações, que têm,
morada
paz e força do senhor &r- sem dúvida, o mesmo autor. A pre-
ricordioiw paz e fôrça do se- sente oração aparece ainda mais
nhor misericordioso insistente e tamb6m mais especifi-
paz e f6rça do senhor mise- ca; as palavras "minha morada"
ricordioso faz-nos salr por ela "minha tranquiiidade" repetem-se
de todo no ...
e vol-
t a e benze esta terra e volta
muitas vêzes . Algumas expressões
ficam obscuras, especialmente a
faz-nos sair por ela de tudo "volta" (auba) na8 Unhas 8, 19, 20
na e 21. Quanto ao mais, prevalece o
volta e benze esta terra e que foi dito a respeito do documento
volta deveras Ble 6 capaz de n.0 10.

em nome de deus compassivo misericordtoso :.


a que deus benza mmo.senhor maomé
oh deus e sua f a m a e seus amigos a dê-Um pas e a
oh mmm6 salvação :' oh deus deveras te peqo
oh deus
. . . . . . pela ação ... senhor maom6 :. envia-
do de deus
j d a..bên@b de deus e sobre êle e a paz ..........
oh deu8
oh maom6 oh m-6 :. oh maomé '.'
oh deus oh maom6 '.' a
4

oh maom6 ,', oh maom6 :.


oh maomé :. oh maomé
se deus quiser que seja elevado :. :. se quiser
...........................
Na parte superior, B direita, o do- baixo de um traço, letras incoe-
cumento leva uma fórmula de ora- rentes, muitas v h s repetidas, em
çáo conhecida. Beguem as palavras séries horizontais e duas verticaia.
"deveras te peço", mas o objeto do Estas letras podem ter valores nu-
pedi@, representado duas vbes mbricos, ou pode tratar-se de letras
pelas quatro letras mim - ayn - w m definido eentiào mágico. O
Zam -kaf fica ininbligivel. De- livro de as-Suyuti(2) abunda de
2 Jzlal ad-Din as-Suyuti, Kitab ar-rahma fi 't-tibb wa' I-hikmo ("O Livro da
miseridrdia pela medicina e a mbedoria"), Cairo, s.a. (escrito pelo ano 1WO).
9'%-
t , lemm d*- gue-se o nome .Abu W a k , pro~h-
Aaes W e -ta
dkts tm-* tRn)).m
e
na 3.8 parte vebnente o nme&nte. Abn Hhsa-
-
de bi seria o nome rio oresumivel des-
Maorn4 . A parta ,$ e 8 q u e x su- tinatário. Aa "genloa" e
por que dste docaento foi usado '.delitos" podem w .miefk @wi pe-
como "oraçãri..%ortaW.Nas duas fi- cados perante D e w n m também a
puras c r i l d m 1er.w~a nome de um caw ente -r e destina-
JosB (Pusigf) $. Wmaçõea de Deus thrio. Nesta última hipbtsse se tra-
s do P m m . . . faria duma me-a contida
g m ~paçé9.Contudo pefa mutila-
@@ do, 9ocUmenta tudo fica muito
Incerto.
( 1 em.arme ris d e u compassivo
DO auto: A ju$tiW - L U .
(2) mi&b houeráprofeta depois escravo de AntP da Rocha
d&e em nome de d e u h-
vor a b w . . , i 1 1 ein nome de deus c o m ~ i v o
( 3 ) ..., porta .... porta e ... niw-
chave ( 3 ) c 2 1 -ricõrdioso . aue deus te salve
(4 ..... :.
o ~compsssivo o ..i 3 1 do mal . não-as contará
compassivo ò compssdvo o ( 4 ) todos s6bre , . . .. . ..
'

com-
( 5 ) passivo o compassivo o com-
(5 . ... de e l a amhm
i6
passivo
que w j a elevado
.',
ae deus quiser Trata-se provhvelmente duma "ora-
.'.
@o forte". protetora do mal (li-
abu % e 3 ) . O fim do texto 6 in-
Este documento se compõe na sua erb, o autor cometeu erros evi-
mafor ~ a r t ede invocações repetidas dentes, omlssbes de letras desafei-
de Deus. Mo seu centro (Unha 3) tadas. etc.
p r e c e que contém uma mensagem, Não seria uma tentativa de tram-
embora hdecifrhvel: lê-se a pala- crigáo do fim do verso V, 67 como
'

vra "porta" duas- vêzes e a última :-&upóe.XüONTEiLi~) do qual êste! do-


pahvra da Unha (incerta) "chave" cumento só contém três palavras:
c naWh). "que Detu te salve de.. ."
-D N.0 16
-
7py: Y-.
??:.%*&;
- , ( 1)em nome de deus compassivo
i1 ) em wi&3& ccrmpassi- m~icordiaao
v0 misaridbi' ... . ( 2 ) um ffoanho bandos um
(2) oh deus tu h meu senhor não fl~xsklho
hA divindade além de . . . . ( 3-1 uin fia!dnho bandos üül
( 3) tu 6s meu profeta e is8o M f i6.tlnlio
ordem . . . . e deveras não ( 4)e desejafia a b r e ti
h á ... (5) um amor de mim ....
(4 remetente (?) abu malak (da ( 6 ) desejara si3bne ti um amor
.tribo das) i>eni mat .. . . (7) de mim .(-7:
( 5 1. .pBrfCBbtt habsabl 2erdoa . . . . (81 maom4
( 6 J - - . .. i b l e 68 deIltbs tu .... (91 venenoso ( 1 ) pJ@kI?)
Trata-se de um8 f6ha mutiiada da g dlfi rui pre-
guai falta a margem esquerda. A õ
eu rs "fio-
f
invwção de Deus e da Pmfeta se- aPihaf' coeren-

3 V. Morteil, "Analjse des 25 docw&a arabes dQaL&lts de Bahia" (18351


Bulletin & 4' J.&A.N, T. XXUC,.-&r. B. nP 1-2. 1!3$Oq,
v
.. .,
-t
* 3
.
.
--:
*3v r:
*!
.,<. a %le oh profeJB-eta a . .
oh deus oh
. r

( 4 1 e oh deus oh d& oh deus %a-


dms
IL3aJcgsirdá:dWtx5,lethsq~4!l&wla. A
gegunda letra mim do svra mu-
( 5 - ) = . d 3 ..,
@ eoh e
~ u deusa& ,... a
s ~ ~ ~ I M ã > " ( P ) . . i d V C l d r i * -( 8 ) ... t a w a a e t t i e - * d e u s
ds mais, contem (i prrlavra -8 oh a êle oh
mn- e m W r P ou ( 7 1 e náo para que A d4le (7)b n -
€9),. em evidente $e e a ele um segredo e
das 1- 4-6.
gala- SietU088s ( 8 ) e a ... não e a ele nP6 e
nQoibbra&ie
Todo o doaummio flca mdto fn-
. certo. Fora da ~ i s m n i a hb h a 11, pala-
Com o verso 87 da &um X;X (c!.
MONTE& p. W) o tegto tem &
uma palavra em Wmm: " a w -
vras incoerentes,
Deus. Possivelmente o esc tor, que
mitlto pouco dominava a sua arte,
"'T"
- Sobre ti". não compreendia o sentido das pa-
kwm%. J8 na ptsmillah cometeu
trêa e m . continuamen-
MK?UMENTO N.O 17 te as pdavraa dhrhu "Deus",
Hllahi "a Deus" Q11 "m *- e
(1 em nome de deu8 compassivo k h u l<aêle" ou d6cl&leb*,%Mn &Wí&
mi8eri-a trata-se duma "oraçáo i0rb" h
t 2 1 deus úk profeta profeta
náo o elevedo a deua
..
, qual seu portador atribula uma f8rça
d g i c a.

T H E ARABZC DOCUMENTS ZN T H E PUBLIC ARWJYES 08"T H E


STATE OF BAHZA (Pseries)

The publication of t b Ifrobic docurnents, pieces of evidente, enclosed


in thc recordr of the actions a& the rebellíow slmtes of 1835 (comp.
Afro Aaia N.m 2-3, 1966, pp. 169476) is continued. The present series
is compmed of Islizmic (non-Coranic) prayers. They differ v e y much
from e& dhm, àccording to the degree of education of their authors:
*
on the m e hmd faultkss, neatly written texts, on the other conglme-
rates of stru~rrh#tú.w@ri#s. Zn part thop are so-a..kd. "ornç's forte8 to
which their bearr* &butsd a magical force and @hidi h& &ore on
his body in order ta prorcti'hg'mself againsl detrirnental influentes.

LES DOCUMENTS ARARES DES ARCHIVES PUBLZQWE~ DE


L'ETAT DE BAHZA (2* strie)
.
i a publication des documents arabes, pidces justificatives dans les
dossiers des procks conlre les esclaves révoltbs de 1835 (comp. Afro-Asia
N.*2-3, 1966, pp. 169-176) est ctrntinuée. La prdsente série se compose de
p i h e s islarniques nan coranigwh Jts d a - &mucoup, selon le Bcpk
d'instruction de ses auteurs: textes élaborés sans jautes, écrits au net, de
I'une côté, des paroles balbutiées, conglomérées, de l'autre. En partie i1
s'agit dc soi-disantes "mações fortes", auxquelles leur porteur attribuait
une force magique et qu'il portait sur son corps pour se protéger des
injluences nociues.
OS DOCUMENTOS ARABES D O
ARQUIVO DO ESTADO DA BAHIA:
FAC-SIMILES E TRANSCRIÇõES.
Documento NP I 0
Documento N P 11
Documento Na0 13
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I . . . . . . . . . . .

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Documento N.0 12

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Documento N.0 13
Documento NP 14
(3 1 - 6 1 b* J &
Documento N.0 14
Docuniento N.0 15

, r J , y d ' - J Y ,

d, d Y, d, 1 ..A,
Documento N.0 17

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