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Direito Tributário II – Virginia Rugani Larissa M

Perguntas iniciais:

José adquiriu em maio de 2015. Em dezembro de 2017 ela vendeu o automóvel para Iago.
a. Como foi a cobrança do IPVA em 2015?
Como é um veículo novo, a obrigação de pagar o IPVA se cria na data da ocasião. Ela pagará o
IPVA proporcional, posto que a aquisição se deu em maio (ela paga de dezembro até maio).
b. Se Josi não pagou o IPVA de 2016, o Estado pode cobrar do Iago?
O contribuinte do IPVA de 2016 é de Josi, mas Iago é responsável (responsabilidade solidária).
c. Se Iago não pagou IPVA de 2018, o Estado poderá cobrar de Josi?

IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES

Introdução

Art. 155. Compete aos Estados e


 Constituição Federal: art. 155, III c/c §6º. É de ao Distrito Federal instituir
competência dos Estados e do Distrito Federal a instituição de impostos sobre:
III - propriedade de veículos
IPVA por meio de lei estadual. As alíquotas mínimas do IPVA automotores.
deveriam ser fixadas pelo Senado Federal, no entanto, o Senado § 6º O imposto previsto no
não legislou a respeito, razão pela qual fica a cargo de cada estado inciso III:
I - terá alíquotas mínimas
estabelecer a sua alíquota mínima. fixadas pelo Senado Federal;
 Constituição Federal art. 147: se a União criar um novo II - poderá ter alíquotas
diferenciadas em função do tipo e
território, a competência será da União para instituir qualquer
utilização.
tributo que seja previsto como de competência estadual na
Constituição Federal, inclusive o IPVA.
Art. 147. Competem à União,
 Código Tributário Nacional: não está previsto nenhuma em Território Federal, os impostos
disposição acerca do IPVA, posto que este último foi criado estaduais e, se o Território não for
dividido em Municípios,
posteriormente ao CTN. cumulativamente, os impostos
 Lei 14.937/03: lei estadual que trata do IPVA. municipais; ao Distrito Federal
cabem os impostos municipais.

1. Características

- Fiscal
- Direto
- Real
- Anterioridade
- Lançamento de ofício

1.1. Fiscal: quer dizer, ele visa à arrecadação.


1.2. Direto: não existe contribuinte de fato, somente contribuinte de direito. Quem arca com o ônus
econômico é o próprio contribuinte que está previsto na legislação (nos outros casos, como no
ICMS, é o contribuinte de fato, qual seja, o consumidor).
1.3. Real: o que significa que todas as características do IPVA levam em consideração o objeto sobre
o qual ele recaí.
1.4. Anterioridade
a. Alíquota: dupla anterioridade (nonagesimal e do exercício fiscal)
b. Base de cálculo (só exercício financeiro, não precisa respeitar os 90 dias)
1.5. Lançamento de ofício: o Estado que vai calcular o imposto e vai somente notificar o contribuinte
para pagamento.

2. Imunidades e Isenções

2.1. Imunidades
As imunidades estão sempre previstas na Art. 150
Constituição Federal e só são cabíveis a impostos. VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns
a. Genéricas, ou seja, prevista no art. 150, VI, a, dos outros;
b, c da Constituição Federal (imunidade b) templos de qualquer culto;
recíproca – não pode cobrar os veículos c) patrimônio, renda ou serviços dos
partidos políticos, inclusive suas fundações,
automotores da AP direta e indireta; imunidade das entidades sindicais dos trabalhadores,
a templos religiosos, sindicatos, partidos das instituições de educação e de assistência
políticos, entidades de assistência social). social, sem fins lucrativos, atendidos os
requisitos da lei;
Alguns impostos vão ter imunidades previstas
em outros locais da CF, razão pela qual essa
modalidade de imunidade se denomina
“imunidade genérica”.

2.2. Isenções
Por sua vez, as isenções são previstas em lei ordinária. O art. 3º da Lei Mineira (Lei
14.937/2003) dispõe sobre as várias hipóteses de isenção do IPVA no Estado. Dentre as isenções,
podemos citar:
a. Veículos adaptados para deficiente, limitado um carro por pessoa.
b. Taxi, também limitado um carro por pessoa.
c. Furto ou roubo do veículo. Se o carro for furtado após o pagamento do IPVA, pode pedir
restituição parcial.

3. Fato Gerador

3.1. Aspecto material: O aspecto material do fato gerador do IPVA é a propriedade de veículo
automotor. Ainda, tem-se os seguintes requisitos em relação ao veículo:
 O veículo automotor deve transportar bens e pessoas;
 Apenas veículos terrestres;

3.2. Aspecto temporal:


 Em caso de veículo zero, o IPVA se torna exigível na data da aquisição.
 Em caso de veículo importado, o IPVA se torna exigível na data do desembaraço
aduaneiro.
 Em se tratando de veículo usado, o IPVA se torna exigível em 1º de janeiro do ano
subsequente (anualidade). A obrigação tributária se renova anualmente, em 1º de
janeiro.
 IPVA Proporcional: em se tratando da aquisição de veículo zero ou importado, a
oponibilidade do IPVA se dá com a data da aquisição ou com o desembaraço aduaneiro. Dessa
forma, o proprietário deverá pagar IPVA proporcional, sendo que deverá pagar o período de
tempo entre 1º de janeiro e a data do aspecto temporal.

3.3. Aspecto espacial


 Lançamento: domicílio do proprietário.

3.4. Aspecto subjetivo


a. Sujeito ativo: Estado/Fisco.
b. Sujeito passivo: contribuinte e responsável (adquirente e alienante). O contribuinte do IPVA é
o proprietário do veículo automotor. O responsável pelo IPVA é o adquirente (no nosso
exemplo, Iago) no tocante aos tributos anteriores à alienação. Importante relembrar que:
 Contribuinte tem uma relação direta com o fato gerador
 Responsável tem uma relação indireta com o fato gerador, mas é afeto a ele.
3.5. Aspecto quantitativo
 Base de cálculo: valor venal do veículo, que será avaliado por:
a. Nota fiscal, se for veículo novo;
b. Tabela da Secretaria da Fazenda Estadual;
 Alíquota
a. Alíquota mínima: não foi estabelecida pelo Senado
b. Alíquota diferenciada de uso;
c. Alíquota Diferenciada de tipo:
4% - carro
3% - caminhonetes
2% - motocicleta e carro de aluguel
1% - ônibus e caminhão

IMPOSTO TERRITORIAL RURAL

Introdução

Art. 29. O imposto, de competência da União,


 Art. 153, §4º, VI, da Constituição Federal: tributo de sobre a propriedade territorial rural tem como fato gerador
competência da União. a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por
 Art. 29 a 31 do Código Tributário Nacional. natureza, como definido na lei civil, localização fora da
zona urbana do Município.
 Lei 9.393/96: lei federal que instituiu o tributo. Art. 30. A base do cálculo do imposto é o valor
fundiário.
Art. 31. Contribuinte do imposto é o proprietário
do imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu
possuidor a qualquer título.

1. Características

- Extrafiscalidade
- Direito
- Real
- Lançamento por homologação
1.1. Extrafiscalidade (art. 153, §4º, I): isso significa que a intenção primordial do ITR não é
arrecadar dinheiro, mas sim induzir algum tipo de comportamento, qual seja, desestimular a
manutenção de propriedades improdutivas. Ou seja, a extrafiscalidade do ITR tem como objetivo
precípuo estimular a função social da propriedade.
1.2. Direto: ou seja, quem arca com a obrigação tributária é o sujeito previsto na lei.
1.3. Real: que quer significar que as características desse imposto acompanham o bem, no caso,
imóvel rural.
1.4. Lançamento por homologação: ou seja, o próprio contribuinte deve fazer o cálculo. O
contribuinte tem que entregar o DIAT (declaração do imposto e arrecadação do tributo) e o
DIAC para fins de atualização do cadastro do imóvel rural.

2. Imunidades e isenções

2.1. Imunidades
As imunidades do ITR são duas: a imunidade genérica e a imunidade das pequenas glebas rurais:

a. Genérica: ou seja, prevista no art. 150, VI, a, b, c da Constituição Federal (imunidade


recíproca – não pode cobrar os veículos automotores da AP direta e indireta; imunidade a
templos religiosos, sindicatos, partidos políticos, entidades de assistência social).
Ainda no que diz respeito às imunidades, alguns impostos vão ter imunidades
Art. 153, §4º (CF)
previstas em outros locais da Constituição Federal, razão pela qual essa modalidade
II - não incidirá sobre de imunidade se denomina “imunidade genérica”. Em se tratando do ITR, nós temos
pequenas glebas rurais, a imunidade prevista no art. 156, §4º, II da Constituição:
definidas em lei, quando as
explore o proprietário que
b. Art. 153, §4º, II e art. 2º Lei 9.393/96: não incidirá em pequenas
não possua outro glebas quando o proprietário tenha outro imóvel. Requisitos para se enquadrar na
imóvel; (Incluído pela imunidade: ser uma pequena gleba e ser proprietário de um só imóvel.
Emenda Constitucional nº
42, de 19.12.2003) A definição do que seria pequena gleba fica a cargo da lei federal: aquele
proprietário que explore só ou com sua família. A lei ordinária acrescentou um
requisito à imunidade, uma vez que as imunidades somente são previstas na Constituição e,
portanto, é inconstitucional. O parágrafo único do art. 2º da lei federal dispõe as características
das pequenas glebas isentas.
Art. 3º Lei 9.393/96:
São isentos do imposto:
2.2. Isenção I - o imóvel rural compreendido em programa oficial de reforma
 art. 3º Lei 9.393/96 agrária, caracterizado pelas autoridades competentes como
assentamento, que, cumulativamente, atenda aos seguintes
requisitos:
a. Imóvel compreendido pela reforma a) seja explorado por associação ou cooperativa de
agrária; produção;
b) a fração ideal por família assentada não ultrapasse os
b. Terras ocupadas por remanescentes limites estabelecidos no artigo anterior;
de quilombolas; c) o assentado não possua outro imóvel.
II - o conjunto de imóveis rurais de um mesmo proprietário, cuja
c. Índios: imunidade recíproca, uma vez área total observe os limites fixados no parágrafo único do artigo
que os indígenas são usufrutuários da anterior, desde que, cumulativamente, o proprietário:
terra. a) o explore só ou com sua família, admitida ajuda
eventual de terceiros;
b) não possua imóvel urbano
3. Fato Gerador

3.1. Aspecto Material

a. Art. 29 do Código Tributário Nacional


Art. 29. O imposto, de i. Posse (STJ 2009): a posse tem que ser com animus dominem. Ou
competência da
União, sobre a seja, uma pessoa que exerce a posse, mas não como se dona fosse, não se enquadra na
propriedade territorial condição de contribuinte do ITR. Como exemplo de pessoa que exerce atos de posse
rural tem como fato sem, contudo, ter animus dominem, podemos citar o locatário. Em 2009, o STJ se
gerador a propriedade,
o domínio útil ou a manifestou acerca da necessidade do MST pagar ITR; o STJ entendeu que o MST não
posse de imóvel por tem animus dominem, razão pela qual não incide o fato gerador do ITR.
natureza, como
definido na lei civil,
ii. Propriedade
localização fora da iii. Domínio útil: o domínio útil é titulado pelo enfiteuta. O
zona urbana do proprietário transfere o uso e o gozo da terra, no entanto o enfiteuta tem que pagar o
Município.
laudêmio, como se fosse um aluguel, ao proprietário. O Código Civil de 2002 vedou a
instituição de novas enfiteuses, contudo, com relação aos bens públicos, as enfiteuses
ainda podem ser constituídas (tal como ocorre com os terrenos da marinha).
b. Imóvel rural
i. Localização (art. 1º da Lei Federal): é através da
legislação de zoneamento que o próprio executivo Art. 1º O Imposto
municipal define os limites dos territórios municipais e, sobre a Propriedade
Territorial Rural -
ainda, os limites entre a zona urbana e a zona rural. É com ITR, de apuração
base nessa legislação que se aufere se o imóvel está anual, tem como fato
gerador a propriedade,
localizado na zona urbana ou na zona rural para fins de o domínio útil ou a
incidência do ITR. posse de imóvel por
ii. Utilidade (STF e STJ): ainda, o STJ e o STF permitem a natureza, localizado
fora da zona urbana
utilização do critério da utilidade para se definir a do município, em 1º
incidência ou não do ITR. Pelo critério da utilidade, deve- de janeiro de cada
se auferir qual está sendo a destinação do imóvel. Por ano.

exemplo, se eu utilizo aquele imóvel para realizar uma atividade agropecuária, essa
seria uma atividade tipicamente rural. Ou seja, para o STJ e para o STF mesmo que
um imóvel esteja localizado na zona urbana, incidirá o ITR se nele forem
desenvolvidas atividades tipicamente rurais.

3.2. Aspecto temporal


 1º de janeiro nasce a obrigação tributária.

3.2.1. Aspecto espacial


 Território nacional
§ 4º O imposto
previsto no inciso VI
do caput: 3.3. Aspecto subjetivo
III - será a. Sujeito ativo
fiscalizado e cobrado
pelos Municípios i. União
que assim optarem, ii. Art. 153, §4º, III: a Constituição prevê que o tributo pode ser
na forma da lei,
fiscalizado e cobrado pelo Município, mediante um convênio realizado entre o
desde que não
implique redução do Município e a União. Uma vez celebrado esse convênio, o repasse que seria de 50%
imposto ou qualquer para os Municípios, passa a ser de 100% do valor arrecadado.
outra forma de
renúncia fiscal.
iii. Lei 11.250/2005: lei que regulamenta o convênio a ser celebrado entre os Municípios e
a União.
b. Sujeito passivo
i. Contribuinte: proprietário, possuidor ou titular do domínio útil no dia 1º de janeiro.
ii. Responsável (art. 31 do CTN): sucessor a qualquer título (incorporação, fusão, cisão,
adquirente, espólio, herdeiros). São situações em que a sucessão se deu após o dia 1º
de janeiro.
3.4. Aspecto quantitativo

Toda vez que se fala em elemento quantitativo de algum imposto, estamos falando de base de cálculo
e de alíquota. A base de cálculo do ITR está previsto no art. 30 do CTN, qual seja, o valor fundiário (que é o
valor de mercado da terra nua ou valor da terra nua tributável). A base de cálculo não leva em consideração
as benfeitorias (plantações, construções), mas o que interessa é a terra nua. Em nenhum caso o valor do
imposto pode ser inferior a R$10,00 (art. 11 da Lei Federal).

A Constituição Federal dispõe que o ITR é progressivo (quanto maior a base de cálculo, maior a
alíquota) e tem como objetivo estimular a utilização do imóvel rural. No entanto, não há nenhuma
disposição de que a alíquota possa variar de acordo com o tamanho do imóvel. Alguns tributaristas
consideram que a alíquota variante de acordo com o tamanho do imóvel seria inconstitucional.

O valor da terra nua tributável é alcançado pelo seguinte cálculo: valor da terra nua multiplicada pela
área tributável, dividido pela área real, conforme veremos:

a. Base de cálculo

Valor da terra nua x (área tributável ÷ área real) = valor da terra nua tributável

Área que não leva em consideração as Área real (total) do imóvel – as áreas que
benfeitorias. não são utilizáveis (APP, reserva legal, etc)

 As áreas não utilizáveis são as áreas de preservação permanente e as de reserva legal, que são
definidas pelo Código Florestal.
 Área de Preservação Permanente são áreas protegidas com função de preservar os recursos hídricos e
etc, que pode ou não ser coberta por vegetação nativa. O art. 4º do Código Florestal exemplifica
situações em que a área pode ser considerada de preservação permanente. Ex: áreas no entorno de
lagos e rios. Nem todo terreno, portanto, conta com uma APP.
 Já a reserva legal deve estar presente em todos os imóveis rurais. A reserva legal é definida pelo
Código Florestal como uma área que se destina ao desenvolvimento sustentável do terreno, dentre
outras funções. O percentual a ser definido como reserva legal é variável de acordo com a localidade
da propriedade rural.

b. Alíquota

A alíquota do ITR é progressiva conforme a área total e grau de utilização do imóvel. Portanto, para
calcular a alíquota do ITR, deve-se saber qual a área total do imóvel e o grau de utilização do imóvel.
Quanto maior a área do imóvel e menor o grau de utilização, maior a alíquota. Ou, quanto menor o imóvel e
maior a área de utilização, menor a alíquota.
Área total do imóvel + grau de utilização = alíquota

Área de uso ÷ área aproveitável para


exploração agropecuária (que não é APP nem
de reserva legal)

3.4.1. Documentos rurais

 CAR: Cadastro Ambiental Rural é um registro público obrigatório para todos imóveis rurais com
finalidade de integrar uma base de dados com os dados da propriedade rural. A inscrição é realizada
junto ao órgão estadual competente. Antes, a reserva legal era averbada junto ao registro do imóvel
no cartório; hoje em dia, o registro deve ser feito no CAR.
 CAFIR: Cadastro administrado pela Receita Federal, onde se consta os limites da área rural, os
proprietários. Todos os imóveis rurais devem se cadastrar no CAFIR, mesmo sendo isento ou imune.
 NIRF: Número do imóvel na Receita Federal, que equivale à numeração cadastral do IPTU dos
imóveis urbanos. Esse número serve de identificação do imóvel e é fornecido com a inscrição no
CAFIR.
 CCIR: Certificado de Cadastro de Imóvel Rural expedido pelo Incra que comprova a regularidade
cadastral do imóvel rural. Contém informações sobre o titular, a área, a localização, a exploração e a
classificação fundiária do imóvel rural. Os dados são declaratórios e exclusivamente cadastrais não
legitimando direito de domínio ou posse. O CCIR é indispensável para legalizar em cartório a
transferência, o arrecadamento, a hipoteca, o desmembramento, o remembramento e a partilha de
qualquer imóvel rural. É essencial também para a concessão de crédito agrícola, pois é exigido por
bancos e agentes financeiros.

IPTU

Perguntas iniciais:

A associação X alugou a casa da professora Virginia para exercer suas atividades. Incidirá IPTU? Sim. Mas
não é cobrado em razão de isenção da propriedade – a isenção destina-se à professora Virgínia, porque a
associação não usa o imóvel com animus dominem. Por que? A propriedade privada está sendo usada por
uma associação para fins sociais.

Introdução

 Constituição Federal, art. 156, I, §1º


 Código Tributário Nacional: art. 32 a 34
 Lei Complementar 63/2005 (Serro), que também poderia ser uma lei ordinária municipal.
1. Características

Art. 156: (...) 1.1. Fiscal, eminentemente e via de regra.


§ 1º Sem prejuízo da
progressividade no  A emenda constitucional 29/2000 alterou a sistemática do IPTU.
tempo a que se Isso porque, via de regra, os impostos reais não podem ter progressividade de alíquota, a
refere o art. 182, § não ser que a Constituição assim preveja. Com a citada emenda constitucional, a
4º, inciso II, o
imposto previsto no Constituição passou autorizar que as alíquotas do IPTU pudessem variar de acordo com o
inciso I poderá: valor do imóvel – ou seja, alíquota progressiva. Essa permissão não existe para o ITR ou
I: ser progressivo em
razão do valor do
qualquer outro imposto de natureza real. A progressividade de alíquota é característica
imóvel (fiscalidade) dos impostos pessoais, posto que estes levam em consideração a capacidade contributiva
II: ter alíquotas dos contribuintes. A progressividade é uma característica fiscal, porque o intuito é
diferentes de acordo
com a localização e arrecadar mais de quem tem mais dinheiro – ou seja, o objetivo é a arrecadação.
o uso do imóvel. 1.2. Extrafiscal
(extrafiscalidade
 A Constituição Federal autoriza expressamente o uso do IPTU para
genérica)
fins extrafiscais, consoante art. 156, §1º, I.
 A extrafiscalidade é a forma de intervenção estatal no domínio
econômico. Em se tratando do IPTU, a Constituição Federal traz duas hipóteses de
Art. 182: (...)
§ 4º É facultado ao extrafiscalidade, que, ao fim e ao cabo, servem para o cumprimento da função social da
Poder Público propriedade:
municipal, mediante i. Art. 182, §4º - função extrafiscal específica: aumento da alíquota do IPTU
lei específica para
área incluída no nos casos em que o proprietário não confere função social ao imóvel, função social
plano diretor, exigir, esta que está prevista no plano diretor da cidade.
nos termos da lei
ii. Art. 156, §1º, II – função extrafiscal genérica: alíquotas diferentes de
federal, do
proprietário do solo acordo com a localização e o uso do imóvel. No tocante à localização, quando a
urbano não Constituição permite que a alíquota varie de acordo com a localização, a intenção é a
edificado,
subutilizado ou não ocupação maior da periferia e esvaziamento dos centros das cidades. Com relação ao
utilizado, que uso, pode se cobrar um IPTU com alíquota menor para comércios, por exemplo; é
promova seu importante destacar a respeito dos lotes vagos, em que a alíquota aplicada será maior,
adequado
aproveitamento, s para estimular a função social da propriedade. Outro exemplo: edifícios abandonados.
ob pena,
sucessivamente, de:
II - imposto
1.3. Direto: ou seja, é o contribuinte de direito que arca com o ônus do
sobre a propriedade tributo.
predial e territorial 1.4. Real: as características do imposto geram sobre o objeto do fato
urbana progressivo
no tempo; gerador
(extrafiscalidade 1.5. Anterioridade
específica)  Quando se procede com o aumento da alíquota: anterioridade dupla (nonagesimal e
exercício fiscal)
 Quase se procede com o aumento da base de cálculo: anterioridade só em relação ao
exercício financeiro
 Súmula 669 do STF: se houver alteração da data de
pagamento do IPTU, não há necessidade de se respeitar a Norma legal que altera
o prazo de
anterioridade. Isso porque a anterioridade se refere ao fato recolhimento da
gerador do imposto; como o pagamento do imposto não é obrigação tributária não
se sujeita ao princípio
elemento integrante do fato gerador, a alteração da data de da anterioridade.
pagamento não é limitada pela anterioridade, seja a
nonagesimal seja a do exercício financeiro.
1.6. Legalidade
 Súmula 160 do STJ: se for mera atualização – É defeso, ao Município, atualizar
pelos índices de inflação, por exemplo – da base de o IPTU, mediante decreto, em
percentual superior ao índice ofi
cálculo, não precisa respeitar a legalidade, ou seja,
cial de correção monetária.
pode ser por decreto.
1.7. Lançamento de ofício: é o município que vai calcular o tributo e vai enviar uma notificação
ao contribuinte . .informando as condições de pagamento.
 Súmula 397 do STF: [conferir o número da súmula] o lançamento vai ser
considerado realizado com o envio pelos Correios, independente de recebimento
pelo contribuinte.

2. Imunidades e Isenções

2.1. Imunidades

 Genérica: art. 150, VI (imunidade recíproca, templos, assistência social, sindicatos,


partidos políticos e etc). Não existem imunidades específicas em relação ao IPTU.
Vejamos algumas situações inerentes às imunidades recíprocas do IPTU:

 Imóvel de propriedade do município – confusão (art. 381, CC): o Art. 381 (CC).
sujeito ativo do IPTU é o próprio município; quando o imóvel for de Extingue-se a
propriedade da municipalidade, há coincidência da figura do sujeito obrigação, desde que
na mesma pessoa se
ativo com a figura do sujeito passivo, que também é o Município. confundam as
Nesses casos, o Município não pagará IPTU, no entanto, NÃO é qualidades de credor
Súmula 724: Ainda e devedor.
quando alugado a porque há imunidade recíproca, mas sim em razão do instituto da
terceiros, permanece confusão (art. 381 CC – confusão entre credor e devedor).
imune ao IPTU o  Imóvel de propriedade de entidades – Súmula 724 STF: já sabemos que a imunidade
imóvel pertencente a
qualquer das recíproca atinge os imóveis de propriedade das entidades. Mas e quando essas entidades
entidades referidas alugam tal imóvel?
pelo art. 150, VI, "c",
da Constituição, desde
Quando entidades de assistência social ou de educação forem locatárias de imóveis a
que o valor dos terceiros (agentes privados), o STF entendeu que, se o dinheiro advindo do aluguel for
aluguéis seja aplicado aplicado para o alcance de seus objetivos primordiais, o locador não deverá pagar IPTU,
nas atividades
essenciais de tais porque a imunidade abrange também o terceiro que está utilizando aquele imóvel. No
entidades. entanto, se a entidade utilizar a verba do aluguel para fins que não se coadunam com suas
finalidades precípuas, deverá haver pagamento de IPTU.
Súmula 583, STF:  Imóvel de propriedade das autarquias – Súmula 583 STF: as autarquias são parte da
Promitente comprador
de imóvel residencial
administração pública indireta e, por isso, são atingidas pela imunidade recíproca. A
transcrito em nome de súmula 583 do STF estabeleceu o entendimento de que, se a autarquia firmar contrato de
autarquia é promessa de compra e venda com terceiro (agente privado) com o posterior registro do
contribuinte do
imposto predial contrato no cartório de notas, a partir desse registro o terceiro (agente privado) já é
territorial urbano. obrigado ao pagamento do IPTU.

2.2. Isenção
 Imóveis cedidos a serviços sociais: existe o costume dos municípios isentarem imóveis
cedidos aos serviços sociais. Nesses casos, a propriedade é do agente privado; se o
agente privado cede o imóvel para uma entidade, uma associação ou algum órgão do
poder público para fins sociais, o proprietário será isento do pagamento do IPTU. Há o
fato gerador, mas o proprietário é isento de pagamento.
3. Fato gerador

O imposto, de
3.1. Aspecto Material – art. 32 do CTN1
competência dos a. Propriedade urbana: o art. 32 do CTN dispõe que precisa ter, no
Municípios, sobre a mínimo, dois equipamentos urbanos (meio fio ou calçamento, abastecimento de água,
propriedade predial e
territorial urbana tem água canalizada de chuva, rede de iluminação, posto de saúde, escola primária) próximo a
como fato gerador a essa propriedade domínio útil ou posse para que incida o IPTU.
propriedade, o
b. Domínio útil e posse com animus dominem. A Constituição Federal
domínio útil ou a
posse de bem imóvel só fala em propriedade urbana, sendo que o domínio útil e a posse foram acrescidos pelo
por natureza ou por Código Tributário Nacional. Ressalta-se que o usufruto é considerado como domínio útil.
acessão física, como
definido na lei civil,  Não atinge locatário e comodatário. Pode se estabelecer em contrato
localizado na zona privado de locação que o pagamento deverá ser feito pelo locatário. No entanto, o fisco irá
urbana do executar o proprietário, posto que essa disposição é de natureza cível e não oponível ao
Município.
fisco. Entretanto, cabe ação de regresso em face do locatário.

3.2. Elemento espacial


a. Localização: na zona urbana
 Zoneamento: estabelecido no Plano Diretor como zona urbana ou de expansão urbana (zona
em que o Município começa a inserir políticas públicas para a ocupação), além de conter dois
estabelecimentos urbanos.
 Registro: se o imóvel localizar na divisa entre dois municípios, jurisprudencialmente entende-
se que o IPTU é devido ao município em que o imóvel está registrado.

Súmula 626-STJ: A incidência do IPTU sobre imóvel situado em área considerada pela lei local como
urbanizável ou de expansão urbana não está condicionada à existência dos melhoramentos elencados no art. 32,
§ 1º, do CTN.

3.3.Elemento temporal
a. 1º de janeiro:
 Contínuo: todo 1º de janeiro é renovada a obrigação de pagar o IPTU
3.4. Elemento subjetivo
a. Sujeito ativo: via de regra, é de competência privativa do Município. Porém, o art. 147 da
Constituição Federal prevê que, no caso de criação de um território não dividido em Municípios,
a competência é da União (para tributos municipais e estaduais).
b. Sujeito passivo: a Constituição Federal diz que é o proprietário. No entanto, o CTN amplia o
sujeito passivo, enquadrando também o possuidor e o enfiteuta no rol de sujeitos passivos. Dessa
forma, em se tratando de locação e comodato não fazem surgir a obrigação tributária.
 O STJ decidiu que o usufrutuário também seria contribuinte do IPTU. O STJ entende que o
Súmula 399: usufrutuário é enquadrado como domínio útil, posto que, na visão do STJ, a condição do
Cabe à usufrutuário se assemelha à do enfiteuta (o que não ocorre, já que o domínio útil acarreta uma
legislação
quase propriedade – ver art. 1.789 do CC).
municipal
estabelecer o  Súmula 399 do STJ: essa súmula estabelece que cabe ao Município estabelecer quem é o
sujeito passivo sujeito passivo, estabelecendo detalhes do fato gerador, sendo limitado pela Constituição e
do IPTU. pelas disposições do CTN. O art. 22 da Lei Orgânica do Serro traz uma regra que dá espaço

1
No atual Código Civil, as definições encontram-se no art. 79 e seguintes, sobre bens imóveis; sobre propriedade, nos art. 1228 e
seguintes e; sobre acessão, no art. 1.248, enquanto que sobre domínio útil as disposições estão no art. 1.789, III.
para que qualquer possuidor possa ser considerado como sujeito passivo contribuinte do
IPTU. No entanto, uma interpretação constitucional do dispositivo do art. 32 implica que
somente o proprietário ou o possuidor com animus dominem sejam considerados como
sujeitos passivos do tributo. Resumindo: em provas, comodatário e locatário NÃO são
sujeitos passivo do IPTU.
c. Os responsáveis são: espólio, herdeiros, legatários, adquirente e incorporador (art. 131 do
CTN). O adquirente é responsável solidário pelo pagamento do IPTU regresso e, em relação
aos impostos futuros, o adquirente passará a ser sujeito passivo.
3.5. Elemento quantitativo
Art. 33 (CTN). A base do
a. Base de cálculo: art. 33 do CTN cálculo do imposto é o valor
 Valor venal (valor de venda) de imóvel sem contar os venal do imóvel. Parágrafo
único. Na determinação da
bens móveis que guarnecem o local. Esse valor venal é base de cálculo, não se
determinado pela Planta Genérica de Valores. considera o valor dos bens
 Planta Genérica de Valores é a tabela onde está móveis mantidos, em caráter
permanente ou temporário, no
determinado os valores de referência de valores imóvel, para efeito de sua
imobiliários do m² em cada zona do município. Essa utilização, exploração,
aformoseamento ou
Planta pode ser atualizada por decreto, se for atualizada comodidade.
segundo a inflação ou por meio de lei, se for atualizada
acima da inflação.

b. Alíquota: art. 156, §1º


Art. 156: (...)
§ 1º Sem prejuízo da
 Progressivas em razão do valor do imóvel: quanto maior o
progressividade no valor do imóvel, maior a arrecadação (maior a alíquota) – critério fiscal.
tempo a que se  Progressiva em razão do uso e da localização: e diferentes
refere o art. 182, §
4º, inciso II, o em razão da localização e do uso (facultativo). É um critério extrafiscal, não visa a
imposto previsto no arrecadação, mas sim o desenvolvimento das áreas periféricas (localização) e
inciso I poderá: função social da propriedade (uso).
I: ser progressivo em
razão do valor do  Progressiva em razão da função social propriamente dita:
imóvel (fiscalidade) é o IPTU progressivo no tempo previsto no art. 182 da CF.
II: ter alíquotas Art. 182: (...)
diferentes de acordo
 Serro: 1% sobre o valor venal do
§ 4º É facultado ao
com a localização e terre- no sem benfeitorias e edificações permanentes. O Poder Público
o uso do imóvel. serro adota somente a progressividade em razão do uso. municipal, mediante
(extrafiscalidade lei específica para
genérica) 0,6% sobre terreno sem edificações com fechamento área incluída no
em muro e com passeio; plano diretor, exigir,
0,5% sobre terreno com construções ou edificações nos termos da lei
federal, do
permanentes; proprietário do solo
0,4% sobre terreno com edificações com fechamento urbano não
edificado,
em muro e passeio.
subutilizado ou não
c. Progressividade no tempo – art. 182 da CF e art. 7º da Lei utilizado, que
10.257/2001 – Estatuto da Cidade (Chamada de progressividade promova seu
adequado
extrafiscal). O Estatuto da Cidade vai procurar desenvolver uma aproveitamento, s
cidade sustentável, sendo que o Brasil foi um pioneiro na questão ob pena,
formal. A Constituição Federal obriga que os Municípios com sucessivamente, de:
II - imposto
mais de 20 mil habitantes têm a obrigatoriedade de edição do sobre a propriedade
Plano Diretor. O plano diretor tem que dizer o que significa a predial e territorial
urbana progressivo
função social da propriedade dentro do território municipal! no tempo;
O art. 182 prevê, ainda, que o Plano Diretor tem que dispor o que (extrafiscalidade
é uso adequado do imóvel, além de prever a região do município específica)
em que serão aplicados os instrumentos urbanísticos elencados pela Constituição e pelo
Estatuto da Cidade (água canalizada, meio fio e etc). Além disso, a Constituição, visando
uma bom planejamento do desenvolvimento municipal, exige que o Município crie
uma(s) lei(s) ordinária(s) para regular os seguintes mecanismos específicos: uma
instrumento que se chama PEUC, uma lei dispondo da progressividade no tempo e para a
desapropriação.
 Parcelamento ou Edificação Compulsórios (PEUC): se você tem um imóvel não utilizado ou
subutilizado, e esse imóvel está numa região que o Plano Diretor prevê que pode incidir as
penalidades previstas no art. 182, o Município pode exigir que o particular parcele o imóvel ou,
ainda, pode obrigar ao particular proceder com a construção naquele imóvel. Em caso de não
cumprimento, há a previsão de aplicação de pena sucessiva através do IPTU progressivo no tempo,
de forma que a alíquota do IPTU vai aumentando durante o prazo máximo de cinco anos. Se mesmo
ao final dos cinco anos não houver utilização do imóvel, poderá haver a desapropriação.

Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal,
conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte
mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de
ordenação da cidade expressas no plano diretor.
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano
diretor, exigir, nos termos da lei federal (Estatuto da Cidade), do proprietário do solo urbano não
edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,
sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e
sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

 Estatuto da Cidade

Art. 7o Em caso de descumprimento das condições e dos prazos previstos na forma do caput do art. 5 o desta Lei,
ou não sendo cumpridas as etapas previstas no § 5 o do art. 5o desta Lei, o Município procederá à aplicação do
imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo, mediante a majoração da
alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos.
§ 1o O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será fixado na lei específica a que se refere o caput do art.
5o desta Lei e não excederá a duas vezes o valor referente ao ano anterior (ou seja, se a alíquota era de 2% no
ano anterior, ela não pode exceder a 4%; no próximo ano, pode ser 8%, até chegar ao teto máximo), respeitada
a alíquota máxima de quinze por cento.
§ 2o Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja atendida em cinco anos, o Município manterá a
cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida obrigação, garantida a prerrogativa prevista no art.
8o.
§ 3o É vedada a concessão de isenções ou de anistia relativas à tributação progressiva de que trata este artigo.
Art. 8o Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a
obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel,
com pagamento em títulos da dívida.
IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS

 Art. 156, II da Constituição Federal


 Art. 35 a 42 do Código Tributário Nacional
 Lei 63/2005

1. Características

1.1.1. Fiscal: ou seja, primordialmente usado para arrecadação de recursos pelo Fisco.
1.1.2. Direto: o contribuinte de direito é quem vai arcar com o ônus da obrigação tributário
1.1.3. Real: as características do imposto recaem sobre o bem e não sobre o sujeito passivo
1.1.4. Anterioridade dupla e legalidade: nonagesimal e exercício financeiro.
1.1.5. Lançamento por declaração: o contribuinte declara o valor venal do imóvel à Prefeitura,
que emitirá a DAM para pagamento pelo contribuinte. A partir das informações declaradas,
o Município calcula o valor do tributo. Há uma responsabilidade e atuação mista do
contribuinte e do ente municipal.

2. Imunidades

Há as imunidades genéricas (imunidade recíproca) e também as imunidades recíprocas:


2.1. Eventos societários: art. 156, §2º da Constituição Federal: fusão, cisão, incorporação e
transformação. Quando a atividade principal da empresa não é atividade imobiliária, quando
há um evento societário em relação a essa empresa, não há pagamento de ITBI.
2.2. Reforma agrária: art. 184, §5º da Constituição Federal. Quando um bem é direcionado para
um beneficiário da reforma agrária, ele não terá que pagar ITBI, por mais que seja uma
transmissão de bem imóvel.

3. Isenção no Serro

 Alienante seja o poder público


 Transmissão ao cônjuge

4. Elemento material

i. Transmissão inter vivos por ato oneroso


ii. Bens imóveis
iii. Direitos reais, exceto os direitos reais de garantia: art. 1.225 do Código Civil
iv. Cessão de Direito de Aquisição
v. Compromisso de compra e venda

 Exemplo: compra e venda, permuta, divórcio (acima do quinhão de 50% se oneroso)


 Aquisição originária: usucapião desapropriação
5. Elemento temporal

Cartório de Notas x Cartório de Registro de Imóveis. Há a discussão a respeito do momento em que


o ITBI é devido, sendo que a legislação varia de município para município, conforme discussão do artigo
realizada.

6. Elemento espacial

Município de situação do bem

7. Elemento subjetivo

7.1. Sujeito ativo: município


7.2. Sujeito passivo: art. 42 do CTN – adquirente
7.3.Responsável

8. Elemento quantitativo

8.1. Base de cálculo: valor venal


IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO

Tanto a causa mortis quanto a doação são transferências gratuitas de propriedade. Se a propriedade
transferida for um imóvel e essa transferência se der de forma onerosa, o imposto incidente é o ITBI.

1. Introdução

 Art. 155, §1º, I da Constituição Federal


 Resolução Senado nº 9/92: essa resolução traz o teto da alíquota do ITCMD. Nenhum Estado
pode estabelecer alíquota maior que 8%. Existe uma proposta para aumentar o teto para 20%.
 Art. 35 a 42 do Código Tributário Nacional
 Lei Estadual 14.941/03
 Decreto 43.981/2005

2. Características

2.1. Fiscal, ou seja, o único objetivo é arrecadar recursos. Parcela da doutrina advoga a favor da
extrafiscalidade do ITCMD – alíquotas diferentes para reduzir desigualdades; o certo seria que a
alíquota fosse progressiva. Esse posicionamento já foi adotado pelo STF.
2.2. Direto, vai onerar o contribuinte de direito.
2.3. Real
2.4. Anterioridade dupla: nonagesimal e do exercício fiscal.
2.5. Legalidade
2.6. Lançamento por declaração: no próprio site da Secretaria Estadual da Fazenda se preenche os
dados da transmissão, sendo que o próprio contribuinte declara os valores, sendo que o Fisco
homologará a declaração. No entanto, o lançamento não é por homologação porque sempre
haverá a revisão pelo Fisco. Na verdade, o lançamento seria misto. Mas se na prova cair a
pergunta, o lançamento é por declaração.

3. Imunidades

Genéricas: imunidades recíprocas, templo, partido político, entidade de assistência social e etc.

4. Isenções

Todas as isenções estão previstas no art. 3º Lei Estadual, posto que isenções são previstas na Lei
Ordinária. Existem isenções para a causa mortis e as isenções para a doação. Dentre as isenções, podemos
destacar as principais:

4.1. Causa mortis


 Imóveis (requisitos cumulativos).
a. Se a transmissão for de um imóvel residencial de valor venal de até 40 mil
UFEMGs (R$130 mil);
b. desde que seja o único imóvel e;
c. o espólio seja o total de até 48 mil UFEMGs (R$156 mil)
 roupa, aparelhos domésticos: são isentos de ITCMD, porque há isenção. Se a lei não
isentasse, teria que pagar, porque o ITCMD também recai sobre transferência de bens
móveis!
4.2. Doação
 Extinção de usufruto: instituiu usufruto, tem que pagar o ITCMD – se for usufruto
gratuito; isso porque se o usufruto for oneroso, se paga ITBI. Mas, com a extinção do
usufruto (seja usufruto vitalício, seja temporário), há isenção de pagamento do ITCMD e
também do ITBI.
 Reserva de usufruto: a instituição do usufrutro se dá quando o usufrutuário não é
proprietário do bem. Já a reserva do usufruto se dá quando usufrutuário é proprietário do
bem. Ou seja, na reserva há a transferência de propriedade, mas o antigo proprietário
reserva para si o usufruto. Nesse caso, recai o ITCMD na doação da propriedade; no
entanto, não recai sobre a reserva do usufruto, porque seria bitributação (pagaria ITCMD
duas vezes sobre a mesma transmissão da propriedade).
 Doação de até 10 mil UFEMGs (3 exercícios): a doação é isenta se o valor da doação
for de até 10 mil UFEMGs, ou seja, até R$32.500,00. Essa isenção é limitada a três
exercícios civis, ou seja, três anos. Se houve uma doação de um carro em 2019 e, em
abril de 2021 o mesmo doador quer doar outro bem, não há isenção. Isso porque só pode
doar esse limite de valor por uma vez em três anos. É ano civil e não ano fiscal!!! Isso
porue se a doação inicial se deu em março, não é necessário aguardar até março de 2022,
sendo que em janeiro de 2022 já se considera completados os 3 exercícios civis.

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