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Penal IV – Resumo p/ Av1

Questões Objetivas:

• Delito Funcional → Trata-se da "infração penal cometida intencionalmente (com exceção


do peculato culposo) por quem se acha investido de um ofício ou função pública, praticada
contra a administração pública". Está previsto nos artigos 312 a 327 do Código Penal
brasileiro de 1940. Todo o crime funcional equivale a um ato de improbidade
administrativa.

Classificações:
 Crimes funcionais próprios ou propriamente ditos → Quando a qualidade de
funcionário público é essencial à realização do crime. Se ausente esta condição no
agente, o fato se torna ATÍPICO, isto é, não seria crime. Não há uma figura penal-
típica "subsidiária" para quem não seja funcionário público e pratica tal ação ou
omissão.
Por exemplo, se o crime de prevaricação, art. 319, CP (retardar, deixar de praticar ou
praticar indevidamente ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei,
para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.) é praticado por empregado não
funcionário público, essa conduta não se caracteriza como crime.

 Crimes funcionais impróprios, impropriamente ditos ou crimes mistos → Quando o


agente não tem a condição de funcionário público, a tipicidade do ato criminoso é
dada de forma diversa. Por exemplo, o funcionário público que se apropria de um
bem da repartição que ele tenha a posse comete o crime de peculato (Código Penal,
Art. 312). Porém, se o mesmo ato é praticado por agente não funcionário público, o
tipo penal da conduta é o CRIME COMUM de apropriação indébita (Código Penal,
Art. 168).

• Peculato → se caracteriza por crime praticado por funcionário público contra a própria
administração pública. Tais crimes encontram-se tipificados nos artigos 312 e 313 do Código
Penal.
 Próprio → O peculato próprio ocorre quando de forma material e direta, o indivíduo
de cargo público apropria-se ou desvia qualquer bem móvel, seja ele público ou
particular, através de seu cargo. Se o crime cometido for a apropriação, trata-se de
peculato-apropriação. Se, por outro lado, o crime for desvio, trata-se de um peculato
desvio.
 Impróprio → O peculato impróprio é definido especialmente pelo aproveitamento do
agente dos benefícios de seu cargo para que possa subtrair ou facilitar subtração.
Este é o ponto principal de diferenciação do peculato impróprio: o ilícito só é capaz
de ocorrer através do aproveitamento do cargo público – sem estes privilégios, o
crime seria impossível de ser realizado.
Se a natureza essencial do cargo não for presente no crime, trata-se de um peculato
próprio, onde sua função pública é apenas uma das características do agente.

Modalidades:
 Peculato-apropriação → O funcionário público se apropria do dinheiro, valor ou
qualquer outro bem móvel, público ou particular de que tem o agente a posse em
razão do cargo;
 Peculato-desvio → O funcionário público aplica ao objeto material destino diverso
que lhe foi determinado, em benefício próprio ou de outrem;
 Peculato-furto → O funcionário público não tem a posse do objeto material e o
subtrai, ou concorre para que outro o subtraia, em proveito próprio ou alheio, por
causa da facilidade proporcionada em razão do cargo.

• Aumento de pena p/ crimes funcionais → Conforme estabelece o art. 327, § 2º do CP: “A


pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste
Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou
assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista,
empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.”

• Funcionários públicos por equiparação → Art. 327 – “Considera-se funcionário público,


para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce
cargo, emprego ou função pública.”

Cargos: São criados por lei, em número certo e pagos pelos cofres públicos
Emprego público: São serviços temporários, com contrato de regime especial ou CLT
Função pública: Qualquer conjunto de atribuição pública que não cargo ou emprego.

Entende que empregados de autarquias, sociedades de economia mista, empresas públicas e


fundações instituídas pelo poder público serão funcionários públicos, chamados de:
Funcionários públicos por equiparação. Com base no art. 327, §1º, CP: “Equipara-se a
funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e
quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a
execução de atividade típica da Administração Pública.”

Questões Discursivas:

• Tráfico de drogas

Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à
venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar,
entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500
(mil e quinhentos) dias-multa.

 Tutela imediata - saúde pública


 Tutela mediata - saúde individual das pessoas que integram a sociedade.
 Sujeito ativo: crime comum
 Na modalidade prescrever e ministrar o crime só pode ser praticado por médico ou
dentista.
 Primário: Sociedade.
 Secundário: pessoas sem capacidade de discernimento e auto determinação.

Obs1. Trata-se de crime plurinuclear, considerado misto alternativo desde que o agente
pratique mais de um núcleo no mesmo contexto fático. Inexistindo essa proximidade
comportamental em que as várias condutas "falta de contexto fático", haverá concurso de
crimes, portanto, considerado neste particular crime misto cumulativo. Exemplo: possui
cocaína em depósito e vende maconha.

Obs2. Conflito aparente de normas com ECA, art. 243


✓ Se estiver na portaria da Anvisa vai pro artigo 11343
✓ Se NÃO estiver na portaria da Anvisa vai pro ECA

Art. 33° §1 (Condutas equiparadas ao tráfico)

I. Dá matéria prima, insumo ou produto químico destinado a preparação de drogas. Ex.


Éter sulfúrico
II. semear, cultivar ou colher matéria prima (plantas) para preparação de drogas. (art28
§1) –
Obs1. Como punir o plantio para uso próprio??? Requisitos- para uso próprio,
pequena quantidade.
III. Utilização de local ou qualquer bem para o tráfico. Ex. Emprestar o apartamento
para o comércio de drogas

§ 2o Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga: (Vide ADI nº 4.274,
Marcha da maconha, O STF deu interpretação conforme.

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.
Ex. Emprestar o apartamento para alguém usar drogas.

§ 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento,


para juntos a consumirem (Fornecimento gratuito de drogas para consumo em conjunto)
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500
(mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.

Requisitos:
✓ Oferecimento eventual
✓ Sem objetivo de lucro
✓ Fornecimento a pessoa de seu relacionamento
✓ PARA JUNTOS CONSUMIREM

§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de
um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se
dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. (Tráfico privilegiado,
tráfico menor, tráfico eventual ou traficâncias anã.)

Tráfico anã requisitos:

✓ Agente primário
✓ Bons antecedentes
✓ Não se dedique a atividades criminosas.
✓ Não integre organização criminosa

Obs. Agente primário é aquele que não é reincidente. Reincidência: é a prova do


fracasso do estado na sua função ressocializadora.
• Hediondo → Lei nº 8.072/90

Crimes considerados hediondos:


 Homicídio praticado por grupo de extermínio “Chacina” (mesmo que praticado por
um só agente);
 Homicídio qualificado
 Lesão corporal dolosa de natureza gravíssima e lesão corporal seguida de morte,
quando praticadas contra autoridade ou agentes, integrantes do sistema prisional e
da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência
dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro
grau;
 Latrocínio (roubo mediante violência com resultado morte, desde que tenha sido
durante o roubo (fator tempo) e em razão do roubo (fator nexo));
 Extorsão qualificada pela morte (com restrição da vítima não é hediondo);
 Extorsão mediante sequestro e na forma qualificado;
 Estupro;
 Estupro de vulnerável;
 Epidemia com resultado morte (falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de
produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais);
 Favorecimento de prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou
adolescente ou de vulnerável
 Posse ou porte de arma de uso restrito
 Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts. 1º, 2º, 3º da
Lei nº 2.889/56, tentado ou consumado.

Crimes EQUIPARADOS a hediondos:


 Tortura-
• Existe a tortura por omissão que é chamada por tortura imprópria (que não é
considerada crime hediondo) EX- DELEGADO QUE VER UMA PESSOA SER
TORTURADO E NÃO FAZ NADA.
 Tráfico de drogas (Art. 33 da lei 11343/06)
• Tráfico privilegiado não é crime hediondo (Art. 33 §4 da lei 11343/06)
 Terrorismo.

Consequências dos crimes hediondos


• § 2 - Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins e o terrorismo são insuscetíveis: Graça, indulto, anistia e fiança
• Pena será cumprida inicialmente em regime fechado, a progressão de regime só será a
partir dos 2/5 para o réu primário e 3/5 prós reincidentes
▪ Se for antes de 2006 será 1/6 para o réu.
▪ STF entende de como o regime inicial fechado de maneira obrigatória é
inconstitucional.
• § 3 - Processado o preso: recorre preso, salvo se ausentes os fundamentos da prisão
preventiva.
• Processado o solto: recorre solto, salvo se presentes os fundamentos da prisão
preventiva.
• Cabe prisão temporária
Sistemas:
 Legal ou mais justo → compete ao legislador definir em rol taxativo o que é crime
hediondo (adotado no Brasil);
 Judicial → é o juiz, na avaliação do caso concreto, quanto a gravidade do delito,
define se a infração tem natureza hedionda;
 Misto → O legislador apresenta um rol exemplificativo, permitindo ao juiz encontrar
outros exemplos de crime hediondo.

• Caso concreto – semana 4

Tentativa de roubo de tênis termina com morte de uma adolescente em SP

O criminoso queria roubar o tênis do namorado da vítima. Gabriela dos Santos tinha 17 anos,
chegou com vida ao hospital, mas não resistiu.

Disponível em: http://g1.globo.com/hora1/noticia/2016/11/tentativa-de-roubo-de-tenis-termina-


com-mortede-uma-adolescente-em-sp.html (Atualizado em 16/11/2016 08h44)

A polícia de São Paulo procura um motoqueiro suspeito de matar uma adolescente, na capital.
Tudo aconteceu porque o criminoso queria roubar o tênis do namorado dela. O crime aconteceu
por volta das 20h de segunda-feira (14). Uma câmera de segurança gravou a aproximação de uma
moto preta, em baixa velocidade na Avenida Arraias do Araguaia, em Sapopemba. A polícia
suspeita que o rapaz que aparece nas imagens, de capacete preto e blusa vermelha, procurava uma
vítima pelo bairro – e encontrou assim que entrou na Travessa Alessandro Tassoni. Era um casal
que saiu de uma padaria caminhando e foi parado quase na porta de casa. O namorado contou à
polícia que o ladrão desceu da moto, apontou uma arma para o casal e exigiu que ele entregasse o
tênis. Quando o rapaz se abaixou para tirar o calçado dos pés, o motoqueiro fez um disparo que
atingiu a cabeça da namorada, que estava ao lado. O bandido fugiu sem levar nada. Os namorados
tinham saído de casa só para trocar dinheiro e já estavam voltando quando foram abordados. O
rapaz contou aos policiais que tudo foi muito rápido e quando ele pediu calma, o ladrão atirou.
Gabriela dos Santos, de 17 anos, foi socorrida pelos parentes. Chegou com vida ao pronto socorro,
mas algumas horas depois os médicos constataram a morte cerebral da adolescente. A vizinhança
passou o dia tentando acalmar a família da jovem. Revoltados, os amigos e os parentes não
quiseram falar sobre o crime. Até agora ninguém foi preso. A polícia disse que o suspeito aparenta
ter menos de 20 anos e cerca de um 1,80m de altura.

Com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécies e delitos hediondos, responda às
questões formuladas:

a) Qual a correta capitulação da conduta do motoqueiro? Ainda, o delito restou tentado ou


consumado? Responda de forma objetiva e fundamentada.

R: A tipificação é de LATROCÍNIO CONSUMADO, uma vez que o crime se consumou ainda que a
subtração tenha ficado na tentativa, pois o crime de latrocínio se consuma quando há morte. De
acordo com a súmula 610 STF.

b) Caso o motoqueiro venha a ser preso e posteriormente condenado pelo delito praticado, sendo
no curso do processo-crime descoberto que o mesmo é reincidente, qual será o prazo mínimo de
cumprimento de pena para a progressão de regimes? Responda de forma objetiva e fundamentada.
R: O prazo mínido de cumprimento de pena para crimes hediondos é de 2/5 para primário, porém,
no caso apresentado, o prazo mínino será de 3/5, uma vez que o apenado é reincidente. Conforme
estabelece o art. 2º, § 2º, Lei nº 8.072/90 (Lei de Crimes Hediondos).

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