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Questões Objetivas:
Classificações:
Crimes funcionais próprios ou propriamente ditos → Quando a qualidade de
funcionário público é essencial à realização do crime. Se ausente esta condição no
agente, o fato se torna ATÍPICO, isto é, não seria crime. Não há uma figura penal-
típica "subsidiária" para quem não seja funcionário público e pratica tal ação ou
omissão.
Por exemplo, se o crime de prevaricação, art. 319, CP (retardar, deixar de praticar ou
praticar indevidamente ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei,
para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.) é praticado por empregado não
funcionário público, essa conduta não se caracteriza como crime.
• Peculato → se caracteriza por crime praticado por funcionário público contra a própria
administração pública. Tais crimes encontram-se tipificados nos artigos 312 e 313 do Código
Penal.
Próprio → O peculato próprio ocorre quando de forma material e direta, o indivíduo
de cargo público apropria-se ou desvia qualquer bem móvel, seja ele público ou
particular, através de seu cargo. Se o crime cometido for a apropriação, trata-se de
peculato-apropriação. Se, por outro lado, o crime for desvio, trata-se de um peculato
desvio.
Impróprio → O peculato impróprio é definido especialmente pelo aproveitamento do
agente dos benefícios de seu cargo para que possa subtrair ou facilitar subtração.
Este é o ponto principal de diferenciação do peculato impróprio: o ilícito só é capaz
de ocorrer através do aproveitamento do cargo público – sem estes privilégios, o
crime seria impossível de ser realizado.
Se a natureza essencial do cargo não for presente no crime, trata-se de um peculato
próprio, onde sua função pública é apenas uma das características do agente.
Modalidades:
Peculato-apropriação → O funcionário público se apropria do dinheiro, valor ou
qualquer outro bem móvel, público ou particular de que tem o agente a posse em
razão do cargo;
Peculato-desvio → O funcionário público aplica ao objeto material destino diverso
que lhe foi determinado, em benefício próprio ou de outrem;
Peculato-furto → O funcionário público não tem a posse do objeto material e o
subtrai, ou concorre para que outro o subtraia, em proveito próprio ou alheio, por
causa da facilidade proporcionada em razão do cargo.
Cargos: São criados por lei, em número certo e pagos pelos cofres públicos
Emprego público: São serviços temporários, com contrato de regime especial ou CLT
Função pública: Qualquer conjunto de atribuição pública que não cargo ou emprego.
Questões Discursivas:
• Tráfico de drogas
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à
venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar,
entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500
(mil e quinhentos) dias-multa.
Obs1. Trata-se de crime plurinuclear, considerado misto alternativo desde que o agente
pratique mais de um núcleo no mesmo contexto fático. Inexistindo essa proximidade
comportamental em que as várias condutas "falta de contexto fático", haverá concurso de
crimes, portanto, considerado neste particular crime misto cumulativo. Exemplo: possui
cocaína em depósito e vende maconha.
§ 2o Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga: (Vide ADI nº 4.274,
Marcha da maconha, O STF deu interpretação conforme.
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.
Ex. Emprestar o apartamento para alguém usar drogas.
Requisitos:
✓ Oferecimento eventual
✓ Sem objetivo de lucro
✓ Fornecimento a pessoa de seu relacionamento
✓ PARA JUNTOS CONSUMIREM
§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de
um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se
dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. (Tráfico privilegiado,
tráfico menor, tráfico eventual ou traficâncias anã.)
✓ Agente primário
✓ Bons antecedentes
✓ Não se dedique a atividades criminosas.
✓ Não integre organização criminosa
O criminoso queria roubar o tênis do namorado da vítima. Gabriela dos Santos tinha 17 anos,
chegou com vida ao hospital, mas não resistiu.
A polícia de São Paulo procura um motoqueiro suspeito de matar uma adolescente, na capital.
Tudo aconteceu porque o criminoso queria roubar o tênis do namorado dela. O crime aconteceu
por volta das 20h de segunda-feira (14). Uma câmera de segurança gravou a aproximação de uma
moto preta, em baixa velocidade na Avenida Arraias do Araguaia, em Sapopemba. A polícia
suspeita que o rapaz que aparece nas imagens, de capacete preto e blusa vermelha, procurava uma
vítima pelo bairro – e encontrou assim que entrou na Travessa Alessandro Tassoni. Era um casal
que saiu de uma padaria caminhando e foi parado quase na porta de casa. O namorado contou à
polícia que o ladrão desceu da moto, apontou uma arma para o casal e exigiu que ele entregasse o
tênis. Quando o rapaz se abaixou para tirar o calçado dos pés, o motoqueiro fez um disparo que
atingiu a cabeça da namorada, que estava ao lado. O bandido fugiu sem levar nada. Os namorados
tinham saído de casa só para trocar dinheiro e já estavam voltando quando foram abordados. O
rapaz contou aos policiais que tudo foi muito rápido e quando ele pediu calma, o ladrão atirou.
Gabriela dos Santos, de 17 anos, foi socorrida pelos parentes. Chegou com vida ao pronto socorro,
mas algumas horas depois os médicos constataram a morte cerebral da adolescente. A vizinhança
passou o dia tentando acalmar a família da jovem. Revoltados, os amigos e os parentes não
quiseram falar sobre o crime. Até agora ninguém foi preso. A polícia disse que o suspeito aparenta
ter menos de 20 anos e cerca de um 1,80m de altura.
Com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécies e delitos hediondos, responda às
questões formuladas:
R: A tipificação é de LATROCÍNIO CONSUMADO, uma vez que o crime se consumou ainda que a
subtração tenha ficado na tentativa, pois o crime de latrocínio se consuma quando há morte. De
acordo com a súmula 610 STF.
b) Caso o motoqueiro venha a ser preso e posteriormente condenado pelo delito praticado, sendo
no curso do processo-crime descoberto que o mesmo é reincidente, qual será o prazo mínimo de
cumprimento de pena para a progressão de regimes? Responda de forma objetiva e fundamentada.
R: O prazo mínido de cumprimento de pena para crimes hediondos é de 2/5 para primário, porém,
no caso apresentado, o prazo mínino será de 3/5, uma vez que o apenado é reincidente. Conforme
estabelece o art. 2º, § 2º, Lei nº 8.072/90 (Lei de Crimes Hediondos).