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Vale Do Iguaçu
Direito Processual Civil I.
3º período.
O artigo 193 do Novo Código prevê que os atos processuais serão total ou parcialmente
digitais, com a finalidade de possibilitar a produção, comunicação, armazenamento e validação
por meio eletrônico, considerando especialmente o atual contexto dos processos em quase todos
os órgãos judiciais.
1 O artigo 188 do Novo Código prevê que “Os atos e os termos processuais independem de forma determinada,
salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham
a finalidade essencial”.
2 O artigo 192 dispõe que “Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa.
Parágrafo único. O documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando
acompanhado de versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, ou
firmada por tradutor juramentado.”
3 O artigo 194 estabelece que “Os sistemas de automação processual respeitarão a publicidade dos atos, o acesso e a
participação das partes e de seus procuradores, inclusive nas audiências e sessões de julgamento, observadas as
garantias da disponibilidade, independência da plataforma computacional, acessibilidade e interoperabilidade dos
sistemas, serviços, dados e informações que o Poder Judiciário administre no exercício de suas funções”.
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além de instaurar denominado sistema pelo qual ocorrerá o processo digital, como prevê o artigo
196 4 do Novo Código.
São exemplos de processo digital vigentes em União da Vitória: (a) o Escritório Digital no
Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região; (b) o Processo Eletrônico do Judiciário (PROJUDI)
do Paraná no respectivo Tribunal de Justiça; e (c) o E-PROC (Processo Eletrônico) do Tribunal
Regional Federal da 4ª Região.
- Edifício do Fórum: regra geral, nos termos do artigo 217 6 do Novo Código.
- Externos: (a) Intimações pessoais, citação e cumprimento de mandados pelos Oficiais de
Justiça; (b) Autoridades que devem ser ouvidas em seu domicílio; (c) Em razão de obstáculos de
força maior. Observação: fora do juízo, os atos podem ser realizados no máximo até o limite da
circunscrição territorial, exceto no caso do perito.
a) Momento:
4 O artigo 196 prevê que “Compete ao Conselho Nacional de Justiça e, supletivamente, aos tribunais, regulamentar a
prática e a comunicação oficial dos atos processuais por meio eletrônico e velar pela compatibilidade dos sistemas,
disciplinando a incorporação progressiva dos novos avanços tecnológicos e editando, para esse fim, os atos que
forem necessários, respeitadas as normas fundamentais deste Código”.
5 O artigo 197 dispõe que “Os tribunais divulgarão as informações constantes de seu sistema de automação em
página própria na rede mundial de computadores, gozando a divulgação de presunção de veracidade e confiabilidade.
Parágrafo único. Nos casos de problema técnico do sistema e de erro ou omissão do auxiliar da justiça responsável
pelo registro dos andamentos, poderá ser configurada a justa causa prevista no art. 223, caput e § 1º.”
6 De acordo com o artigo 217, “Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou,
excepcionalmente, em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo
arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.”
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Os atos processuais são realizados em dias úteis, das 6:00 às 20:00 horas, nos termos do
artigo 212. Contudo, a prática do ato eletrônico pode ocorrer em qualquer horário, como dispõe
o artigo 213 do Novo Código.
Além disso, há exceções à regra do limite de horário para realização dos atos processuais,
como no caso do ato que iniciou antes das 20:00 horas e está em curso, assim como o ato que
visa a evitar danos irreparáveis ou de difícil reparação.
b) Suspensão do processo:
Nas férias forenses, assim como nos feriados, não serão praticados atos processuais, salvo
a tutela de urgência assim como citações, intimações e penhoras, como dispõe o artigo 214. O
artigo 215 acrescenta que durante as férias há tramitação de procedimentos de jurisdição
voluntária e os necessários à conservação de direitos (se há risco de prejuízo pelo adiamento), a
ação de alimentos e as demandas com nomeação ou remoção de tutor ou curador, além das
demais ações previstas em Lei.
De acordo com o artigo 216, são feriados, para efeito forense, sábados, domingos e
demais dias sem expediente forense, além das datas declaradas em Lei, suspendendo prazos
processuais, pois a contagem de prazo considera apenas dias úteis, como estabelece o artigo
219 8 do Novo Código.
c) Prazos processuais:
Prazo processual é o lapso temporal fixado pelo juiz ou pela Lei em que poderá ser
praticado determinado ato processual.
Para cômputo do prazo, há que se definir o ato que gera o começo do prazo, excluindo-
se o dia do início e incluindo-se o dia do fim, como prevê o artigo 224, caput9. Ou seja, os
prazos iniciam no dia útil posterior à data da intimação da parte incumbida do cumprimento. É
importante destacar que, por força do § 1º10 do artigo 224, o prazo começa e termina apenas
em dias úteis, motivo pelo qual, por exemplo, o intimado na sexta tem seu prazo iniciado só na
segunda-feira.
7 O artigo 220 prevê que “Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e
20 de janeiro, inclusive.”
8 O artigo 219 do Novo Código dispõe que “Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz,
para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado
depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.”
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Caso a parte tenha ciência de que deve realizar determinado ato processual e o faça a ntes
do início do prazo fixado pelo juiz ou pela Lei para tanto, o ato será tempestivo, como prevê o §
4º do artigo 218. Tal esclarecimento pelo Novo Código é relevante porque existe divergência
jurisprudencial e doutrinária a respeito da tempestividade do ato realizado antes do prazo na
vigência do Código de Processo Civil de 1973.
d) A publicação:
Para cientificar as partes, seus procuradores e eventuais interessados a respeito dos atos
processuais, ocorre a publicação no Diário da Justiça Eletrônico. A partir da divulgação no Diário
da Justiça, o primeiro dia útil seguinte é considerado como data da publicação, conforme
especifica o artigo 224, § 2º11, do Novo Código, esclarecendo o § 3º12 que a contagem do prazo
iniciará no dia útil após a data da publicação, que corresponde então ao dia do começo do prazo
(isso ocorre porque a contagem exclui o primeiro dia, como demonstrado acima, nos termos do
artigo 224, caput).
O artigo 231 estabelece as regras para fixação do dia do começo do prazo quando:
I – a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a
intimação for pelo correio;
II – a data de juntada aos autos do mandado cumprido, a citação ou a intimação for por
oficial de justiça;
III – a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do
escrivão ou do chefe de secretaria;
IV – o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou
intimação for por edital;
V – o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do
prazo para que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;
VI – a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a
data de juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação
ou a intimação se realizar em cumprimento de carta;
VII – a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso
ou eletrônico;
VIII – o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em
carga, do cartório ou da secretaria.
Há possibilidade de o juiz prorrogar os prazos por até dois meses em comarcas, seções ou
subseções judiciárias onde for difícil o transporte, como dispõe o artigo 222 13, acrescentando em
seu § 2º14 que em caso de calamidade pública será possível exceder o limite de dois meses.
11 O artigo 224, § 2º, do Novo Código prevê que “Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte
ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.”
12 O artigo 224, § 3º, expõe que “A data da publicação corresponde ao dia do começo do prazo e a contagem terá
10.5.1. Intimação:
- Prazo Geral: toda vez em que houver silêncio da lei e do juiz, o prazo é de cinco dias.
- Prazo Próprio: não cumprimento gera preclusão temporal, ou seja, a perda da possibilidade de
se praticar um ato no processo. São aplicados nos atos praticados pelas partes. Seu
descumprimento acarreta em consequências processuais.
- Prazo Impróprio: não gera preclusão. São os prazos estabelecidos aos atos do juiz, por
exemplo. Seu descumprimento acarreta apenas em medidas disciplinares.
14 O artigo 222, § 2º, prevê que “Havendo calamidade pública, o limite previsto no artigo para prorrogação de prazos
poderá ser excedido.”
15 O artigo 223 dispõe que “Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou emendar o ato processual,
independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa
causa.”
16 O artigo 223, § 1º, prevê que “Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e que a impediu de
- Prazos Peremptórios: fixado por ordem pública. São inalteráveis. O juiz apenas poderá reduzir
tais prazos com a concordância das partes, como prevê o artigo 222, § 1º 18, do Novo Código.
Exemplos de prazo peremptório: prazo para contestação é de 15 dias, para apresentar emenda à
petição inicial também, sendo prazos improrrogáveis.
- Litisconsortes (tanto passivos como ativos) que tenham advogados distintos de escritórios
diferentes terão prazo em dobro para qualquer manifestação 19, o que não se aplica aos
processos eletrônicos (artigo 229, § 2º, do Código).
- Critério de Sucumbência: quem perde, paga. O vencedor deve ser protegido sem ter
sequer um prejuízo. Exceção: réu demora a apresentar documento cognitivo: mesmo se ve ncer
ele arca com estes custos.
O Código de Processo Civil regulamenta a justiça gratuita em seu artigo 98, da seguinte
forma:
“Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, despesas processuais
e honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
§ 1º A gratuidade da justiça compreende:
I - as taxas ou custas judiciais;
II – os selos postais;
III – as despesas com publicação na Imprensa Oficial, dispensando-se a publicação em outros meios;
IV – a indenização devida à testemunha que, quando empregada, receberá do empregador salário integral, como se em serviço estivess e;
V – as despesas com a realização de exame de código genético – DNA e de outros exames considerados essenciais;
18 O artigo 222, § 1º, do Novo Código prevê que “Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das
partes.”
19 O artigo 229 dispõe que “Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia
distintos, terão prazos contados em dobro para manifestar-se nos autos, independentemente de requerimento.”
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VI – os honorários do advogado e do perito, e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em
português de documento redigido em língua estrangeira;
VII – o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida para instauração da execução;
VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, propositura de ação e para a prática de outros atos processuais i nerentes
ao exercício da ampla defesa e do contraditório;
IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores em decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato not arial
necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo judicial no qual o benefício t enha sido concedido.
§ 2º A concessão da gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e honorários advocatí cios
decorrentes de sua sucumbência.
§ 3º Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente
poderão ser executadas se, nos cinco anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstr ar que deixou
de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão da gratuidade; passado esse prazo, extinguem-se tais obrigações
do beneficiário.
§ 4º A concessão da gratuidade não afasta o dever de o beneficiário pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas.
§ 5º A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais, ou consistir na redução percentual de despesas
processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento.
§ 6º Conforme o caso, o juiz poderá conceder direito ao parcelamento de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso
do procedimento.”
Atividades de fixação.