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Introdução
Viagem pitoresca ao Brasil de Debret e Rugendas
Aqui fazemos uma viagem ao Brasil colônia do século XIX, com Debret e
Rugendas (autor da gravura acima, “Missa de Nossa Senhora da Candelária
em Pernambuco”, da obra “Voyage Pittoresque au Brésil”), mergulhando em
um passado que não mais existe, mas mesmo distante, deixou suas marcas
indeléveis na paisagem humana e nos costumes da nação que se construiu a
partir desta época.
Jean-Baptiste Debret e a Missão Artística Francesa
Jean-Baptiste Debret (1768-1848), pintor e desenhista nascido em Paris,
integrou a Missão Artística Francesa, chegando ao Brasil em 1816, ao lado do
arquiteto Grandjean de Montigny. A missão aconteceu por solicitação de dom João
VI, sendo planejada por António Araújo e Azevedo, o conde da Barca. O objetivo da
missão era, entre outros, organizar a criação da Academia de Belas Artes.
Durante a época que esteve no Brasil, de 1816 a 1931, Debret, com os seus
traços do neoclassicismo, retratou com detalhes históricos únicos o Brasil de então.
Da corte portuguesa no país à corte instalada pelo proclamador da independência,
dom Pedro I, nada passou despercebido na obra de Debret. Quando retornou à
França, publicou, entre 1834 e 1839, “Voyage Pittoresque et Historique au Brésil”
(Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil), que documentava os aspectos do homem,
da natureza e da sociedade brasileira.