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Isaac Newton
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Índice
• 1 Primeiros anos
• 1.1 Os primeiros anos na escola
• 2 Universidade e resumo das suas realizações
• 3 Contribuições
• 3.1 Matemática
• 3.2 Óptica
• 3.3 Lei da gravitação universal
• 3.3.1 A queda da maçã e a dúvida de Newton
• 3.4 As três leis de Newton
• 3.5 Alquimia
• 4 Visão religiosa
• 4.1 Pontos de vista do fim do mundo
• 4.2 O movimento rosa-cruz
• 5 Os últimos anos de vida
• 6 Obras publicadas[carece de fontes?]
• 7 Ver também
• 8 Notas
• 9 Referências
• 10 Bibliografia
• 10.1 Fontes primárias
• 10.2 Fontes secundárias
• 11 Ligações externas
Primeiros anos
Mecânica clássica
Newton nasceu em 4 de janeiro de 1643 em Woolsthorpe Manor, embora seu nascimento tivesse
sido registrado como no dia de Natal, 25 de dezembro de 1642, pois àquela época a Grã-Bretanha
usava o calendário juliano. Seu nascimento foi prematuro, não tendo conhecido seu pai, um
próspero fazendeiro que também se chamava Isaac Newton e morreu três meses antes de seu
nascimento.[4] Sua mãe, Hannah Ayscough Newton, passou a administrar a propriedade rural da
família. A situação financeira era estável, e a fazenda garantia um bom rendimento. Com apenas três
anos, Newton foi levado para a casa de sua avó materna, Margery Ayscough, onde foi criado, já que
sua mãe havia se casado novamente (com um pastor chamado Barnabas Smith). O jovem Isaac não
havia gostado de seu padrasto e brigou com sua mãe por se casar com ele, como revelado por este
registro em uma lista de pecados cometidos até os 19 anos de idade: Ameaçar meu pai Smith e
minha mãe de queimar sua casa com eles dentro.[5]
Um ser de personalidade fechada, introspectiva e de temperamento difícil: assim era Newton, que,
embora vivesse em uma época em que a tradição dizia que os homens cuidariam dos negócios de
toda a família, nunca demonstrou habilidade ou interesse para esses tipos de trabalho. Parece que o
único romance de que se tem notícia na vida de Newton tenha ocorrido com a senhorita de nome
Anne Storer (filha adotiva do farmacêutico e hoteleiro William Clarke), embora isso não seja
comprovado.[6]
Newton (1702)
Por Godfrey Kneller, na National Portrait Gallery, Londres
Newton estudou no Trinity College de Cambridge, e graduou-se em 1665. Um dos principais
precursores do iluminismo, seu trabalho científico sofreu forte influência de seu professor e
orientador Isaac Barrow (desde 1663), e de Schooten, Viète, John Wallis, René Descartes, dos
trabalhos de Pierre de Fermat sobre retas tangentes a curvas; de Bonaventura Cavalieri, das
concepções de Galileu Galilei e Johannes Kepler.[carece de fontes]
O matemático francês Abraham de Moivre, um dos melhores amigos de Newton, lhe indagou sobre
as origens do interesse de Newton por matemática, e pediu detalhes a respeito de seus estudos.
Descobriu que o interesse de Newton começou em 1663, aos 20 anos, quando ele comprou um livro
de astrologia e não conseguiu entender a matemática usada nele.[11][12] Assim, Newton comprou
um livro de trigonometria, e não conseguindo entender as demonstrações, começou a estudar Os
Elementos de Euclides, que leu inteiro. Prosseguiu para o Clavis Mathematicae, de William
Oughtred, e então para o La Géométrie, de Descartes. Seguiu o estudo com Exercitationum
mathematicarum, de Schooten, e então o Opera Mathematica, de Viète. E finalmente para os dois
livros de Wallis: Arithmetica infinitorum e Tractatus duo. Estudos que Newton realizou como
autodidata em pouco mais de um ano.[13]
Em 1663, formulou o teorema hoje conhecido como Binômio de Newton. Fez suas primeiras
hipóteses sobre gravitação universal e escreveu sobre séries infinitas e o que chamou de teoria das
fluxões (1665), o embrião do Cálculo Diferencial e Integral.[carece de fontes]
Por causa da peste negra, o Trinity College foi fechado em 1666 e o cientista foi para a casa de sua
mãe em Woolsthorpe-by-Colsterworth. Foi neste ano de retiro que construiu quatro de suas
principais descobertas: o Teorema Binomial, o cálculo, a lei da gravitação universal e a natureza das
cores. Construiu o primeiro telescópio de reflexão em 1668, e foi quem primeiro observou o
espectro visível que se pode obter pela decomposição da luz solar ao incidir sobre uma das faces de
um prisma triangular transparente (ou outro meio de refração ou de difração), atravessando-o e
projetando-se sobre um meio ou um anteparo branco, fenômeno este conhecido como dispersão.
Optou, então, pela teoria corpuscular de propagação da luz, enunciando-a em 1675 e contrariando a
teoria ondulatória de Huygens.[carece de fontes]
Tornou-se professor de matemática em Cambridge (1669) e foi eleito Membro da Royal Society em
1672. Sua principal obra foi a publicação Princípios Matemáticos da Filosofia Natural em 1687, em
três volumes, na qual enunciou a lei da gravitação universal (Vol. 3), generalizando e ampliando as
constatações de Johannes Kepler, e resumiu suas descobertas, principalmente o cálculo. Essa obra
tratou essencialmente sobre física, astronomia e mecânica (leis dos movimentos, movimentos de
corpos em meios resistentes, vibrações isotérmicas, velocidade do som, densidade do ar, queda dos
corpos na atmosfera, pressão atmosférica, etc.).[carece de fontes]
De 1687 a 1690, foi membro do Parlamento Britânico, em representação da Universidade de
Cambridge. Em 1696 foi nomeado Warden of the Mint e em 1701 Master of the Mint, dois cargos
burocráticos da [[casa da moeda britânica. Foi eleito sócio estrangeiro da Académie des Sciences
em 1699 e tornou-se presidente da Royal Society em 1703. Publicou, em Cambridge, Arithmetica
universalis (1707), uma espécie de livro-texto sobre identidades matemáticas, análise e geometria,
possivelmente escrito muitos anos antes (talvez em 1673).[carece de fontes]
Contribuições
Matemática
O trabalho de Newton foi descrito como "Um Trabalho distinto, que avançou cada ramo da
matemática".[14] Sua obra sobre o assunto normalmente referido como cálculo, foi visto em um
manuscrito no mês de outubro de 1666, agora publicado entre os papéis matemáticos de Newton.
[15]
Isaac Newton (Bolton, Sarah K. Homens famosos da Ciência. NY: Thomas Y. Crowell & Co., 1889)
Óptica
Óptica
A capa do Optiks de Newton
Um prisma decompondo a luz branca nas cores do espectro, como descoberto por Newton
Newton realizou descobertas fundamentais em óptica. Em 1666, Newton observou que a luz que
entrava por um orifício circular ao ser refratada por um prisma em posição de desvio mínimo,
formava uma imagem oblonga, em vez de circular, como seria esperado matematicamente pela lei
de Snell. Com isto, Newton conjecturou que o prisma refrata cores diferentes por ângulos
diferentes, e realizou sistematicamente diversas experiências com o fim de corroborar ou falsear tal
hipótese.[24]
Entre 1670 e 1672, Newton trabalhou intensamente em problemas relacionados com a óptica e a
natureza da luz. Ele demonstrou, de forma clara e precisa, que a luz branca é formada por uma
banda de cores (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta) que podiam separar-se por
meio de um prisma.[carece de fontes]
Como resultado de muito estudo, concluiu que qualquer telescópio "refrator" sofreria de uma
aberração hoje denominada "aberração cromática", que consiste na dispersão da luz em diferentes
cores ao atravessar uma lente. Para evitar esse problema, Newton construiu um "telescópio refletor"
(conhecido como telescópio newtoniano). Isaac Newton acreditava que existiam outros tipos de
forças entre partículas, conforme diz na obra Principia. Essas partículas, capazes de agir à distância,
agiam de maneira análoga à força gravitacional entre os corpos celestes.[25] Em 1704, Isaac
Newton escreveu a sua obra mais importante sobre a óptica, chamada Opticks, na qual expõe suas
teorias anteriores e a natureza corpuscular da luz, assim como um estudo detalhado sobre
fenômenos como refração, reflexão e dispersão da luz.[carece de fontes]
Newton colocou na parte final do Óptica uma lista de questões pendentes e possíveis respostas a
elas, seção que Newton ainda viria a expandir nas edições seguintes. Nestes anos, ele foi capaz de
se permitir fazê-lo — a autoridade de Newton após o Principia era inquestionável, e eram poucos
que ousavam fazer objeções. Várias hipóteses revelaram-se proféticas. Em particular, Newton
previu:[26][27]
• deflexão da luz em um campo gravitacional;
• o fenômeno da polarização da luz;
• interconversão de luz e matéria.
onde
Obras
A obra Principia
A primeira lei e a segunda lei de Newton, escritas em latim, na edição original, de 1687.
F12 é a força, sentida pelo corpo 1 devido ao corpo 2, medida em newtons;
G é a constante gravitacional universal, que determina a intensidade da força, G = 6 , 67 × 10
− 11 Nm 2 / kg 2 {\displaystyle G=6,67\times 10^{-11}{\text{Nm}}^{2}/{\text{kg}}^{2}} ;
m1 e m2 são as massas dos corpos que se atraem entre si, medidas em quilogramas;
r é a distância entre os dois corpos, medida em metros; e
r ^ {\displaystyle {\hat {r}}} é o versor do vetor que liga o corpo 1 ao corpo 2.
A constante gravitacional universal foi medida anos mais tarde por Henry Cavendish. A descoberta
da lei da gravitação universal se deu em 1685 como resultado de uma série de estudos e trabalhos
iniciados muito antes. Em 1679, Robert Hooke comunicou-se com Newton por meio de cartas, e os
assuntos eram sempre científicos.[carece de fontes]
Foi exatamente em 1684 que Newton informou seu amigo Edmond Halley de que havia resolvido o
problema da força inversamente proporcional ao quadrado da distância. Newton relatou esses
cálculos no tratado De Motu e os desenvolveu de forma ampliada no livro Princípios Matemáticos
da Filosofia Natural. A gravitação universal é muito mais do que uma força relacionada ao Sol. É
também um efeito dos planetas sobre o Sol e sobre todos os objetos do universo. Newton explicou
facilmente a partir de sua Terceira Lei da Dinâmica que, se um objeto atrai um segundo objeto, este
segundo também pode atrair o primeiro com a mesma força. Concluiu-se que o movimento dos
corpos celestes não podiam ser regulares. Para o célebre cientista, que era bastante religioso, a
estabilidade das órbitas dos planetas implicava reajustes contínuos sobre suas trajetórias impostas
pelo poder divino.[carece de fontes]
A queda da maçã e a dúvida de Newton
Sabe-se de seus cadernos de anotações que Newton estava analisando no final da década de 1660 a
ideia de que a gravidade da Terra se estendia, em proporção inversa ao quadrado da distância, até a
Lua; no entanto, levou duas décadas para desenvolver a teoria plenamente.[43] A pergunta não era
se a gravidade existia, mas se ela se estenderia tão longe da Terra que poderia também ser a força
que prende a Lua à sua órbita. Newton mostrou que, se a força diminuísse com o quadrado inverso
da distância, poderia então calcular corretamente o período orbital da Lua. Ele supôs ainda que a
mesma força seria responsável pelo movimento orbital de outros corpos, criando assim o conceito
de "gravitação universal".[carece de fontes]
As três leis de Newton
Ver artigo principal: Leis de Newton
Mecânica do contínuo
Leis[Expandir]
Mecânica dos sólidos[Expandir]
Mecânica dos fluidos[Expandir]
Reologia[Expandir]
Cientistas[Expandir]
• v
• d
• e
Isaac Newton publicou estas leis em 1687, no seu trabalho de três volumes intitulado Princípios
Matemáticos da Filosofia Natural. As leis explicavam vários comportamentos relativos ao
movimento de objetos físicos e foi um extenso trabalho no qual ele dedicou-se. A forma original na
qual as leis foram escritas é a seguinte:[carece de fontes]
• Lex I: Corpus omne perseverare in statu suo quiescendi vel movendi uniformiter in
directum, nisi quatenus a viribus impressis cogitur statum illum mutare.
Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a
menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças imprimidas sobre ele. É também
conhecido como princípio da inércia.[carece de fontes]
• Lex II: Mutationem motis proportionalem esse vi motrici impressae, et fieri secundum
lineam rectam qua vis illa imprimitur.
A mudança de movimento é proporcional à força motora imprimida, e é produzida na direção da
linha reta na qual aquela força é imprimida. É também conhecido como princípio da dinâmica.
[carece de fontes]
• Lex III: Actioni contrariam semper et aequalem esse reactionem: sine corporum duorum
actiones in se mutuo semper esse aequales et in partes contrarias dirigi.
A toda ação há sempre oposta uma reação igual, ou, as ações mútuas de dois corpos um sobre o
outro são sempre iguais e dirigidas a partes opostas. É também conhecido como princípio da ação e
reação.[carece de fontes]
Alquimia
O seu primeiro contato com caminhos da alquimia foi através de Isaac Barrow e Henry More,
intelectuais de Cambridge. Por volta de 1693, escreveu Praxis, uma obra que sugere uma filosofia
que via na natureza algo diferente do que admitiam as filosofias mecanicistas ortodoxas. Newton
dedicou muitos de seus esforços aos estudos da alquimia. Escreveu muito sobre esse tema, fato que
soube-se muito tarde, já que a alquimia era totalmente ilegal naquela época.[carece de fontes]
Visão religiosa
O movimento rosa-cruz
A sociedade secreta rosa-cruz[49] foi possivelmente a que exerceu maior influência sobre Newton.
Apesar de o movimento rosa-cruz ter causado uma grande curiosidade entre os acadêmicos
europeus durante o século XVII, na época de Newton já havia atingido a maturidade e se tornara
algo menos sensacionalista. O movimento teve uma profunda influência sobre Newton,
particularmente nas pesquisas sobre alquimia e filosofia.[carece de fontes]
A crença rosa-cruz de serem especialmente escolhidos para comunicarem-se com os anjos ou
espíritos ecoa nas crenças proféticas de Newton. Os rosa-cruzes proclamavam também ter a
habilidade de viver para sempre usando o elixir vitae e a habilidade de produzir um sem limite de
quantidade de ouro a partir do uso da pedra filosofal, a qual diziam possuir. Tal como Newton, os
rosa-cruzes foram profundamente filósofos místicos, declaradamente cristãos e altamente
politizados. Newton teve muito interesse nas pesquisas sobre alquimia, mas também nos
ensinamentos esotéricos antigos e na crença em indivíduos iluminados com a habilidade de
conhecer a natureza, o universo e o reino espiritual.[49]
Ao morrer, a biblioteca de Newton apresentava 169 livros sobre o tópico da alquimia, e acreditava-
se que teria consideravelmente mais livros durante os anos de formação em Cambridge, embora
possivelmente os tenha vendido antes de mudar-se para Londres em 1696.[49]
Ver também
• Algoritmo de Gauss-Newton
• Nicolau Copérnico
• Newton, unidade de medida
• Pêndulo de Newton
• Disco de Newton
• Teorema de Newton sobre ovais
• Experiência do balde de Newton
• Cronologia do cálculo de π
Notas
1.
• Enquanto Newton esteve vivo, dois calendários eram utilizados na Europa: o juliano na Grã-
Bretanha e partes do norte e leste da Europa, e o gregoriano, utilizado pela Europa Católica
Romana (instituído em 1582 mas adotado na Inglaterra somente após 1752). No nascimento
de Newton, as datas no calendário gregoriano eram dez dias adiantados do juliano; assim,
Newton nasceu em 25 de dezembro de 1642 no calendário juliano, mas no dia 4 de janeiro
de 1643 no gregoriano. Já na época de sua morte, a diferença entre dias entre seus
calendários passou para onze dias. Alguns autores consideram que Newton nasceu em 25 de
dezembro para coincidir com a data da morte de Galileu e seus admiradores por
considerarem que ele foi um "presente de Natal" para a humanidade.
2. Escrito originalmente em latim com o título Philosophiae Naturalis Principia Mathematica
Referências
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Brewster (Volume II. Ch. 27)
•
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Bibliografia
Fontes primárias
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Fontes secundárias
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• FONTAINE, Joëlle e SIMAAN, Arkan. A Imagem do Mundo dos Babilônios a Newton. São
Paulo: Companhia das Letras, 2003.
• GJERTSEN, Derek. The Newton Handbook. Nova Iorque: Routledge & Kegan Paul, 1986.
• Maury, Jean-Pierre (1992). Newton e a mecânica celeste. Col: «Civilização/Círculo de
Leitores». Porto; Lisboa: Civilização Editora; Círculo de Leitores. ISBN 9722609998
• GLEICK, James. Isaac Newton, uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
• WESTFALL, Richard S: A vida de Isaac Newton. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995.
Ligações externas
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