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RESUMO - O ENSINO DE ASPECTOS HISTÓRICOS E FILOSÓFICOS DA

QUÍMICA E AS TEORIAS ÁCIDO-BASE DO SÉCULO XX

A ciência a partir do século XIX tem sido cada vez mais influente nas atividades
humanas e não é raro, a mídia incluir comerciais de produtos que visando convencimento
do público afirmam a eficácia testada cientificamente. Diante disso, a Filosofia tem
tentado caracterizar a Ciência e avaliar o tão citado conhecimento científico. No entanto,
não se encontrou propriamente um método científico, mas levantou-se a relevância das
teorias que buscam explicar e organizar conhecimentos sobre determinado assunto.
Existem teorias consideradas “boas” e “ruins”. As teorias que são consideradas
boas devem preencher três critérios: Ordena e explica os fatos de seu domínio de acordo
com critérios definidos, claros e mapeados e, posteriormente, explica os fatos através de
algum esquema, modelo etc; Propõe problemas, como por exemplo, os problemas que
preveem fatos novos, chamados previsões, que colaboram até mesmo para a testificação
da teoria; Ser prática, simples, funcional, pois se elas não atenderem a estas características
não serão usadas para explicar ou resolver problemas. Além disso, devem utilizar
conceitos da época, senão perdem a utilidade.
Ainda em relação as teorias, o comportamento ácido-base tem sido alvo de teorias
na tentativa de explicar este comportamento. No século XIX, o tema foi abordado de
formas diferentes, sendo que ganharam destaque a de Ore que dizia que o comportamento
ácido-base é algo dependente do modo que os elementos estão combinados e a de Liebig,
que atribuía ao hidrogênio este comportamento ácido-base, sendo que ele podia ser
substituído por metais. Esta última prevaleceu sobre a primeira.
A primeira teoria a ser considerada é a de Arrhenius, em 1887, que caracteriza
como ácido toda substância que em água produz íons H+ e base, a que produz OH-, sendo
que a neutralização seria a reação entre as duas produzindo água. Esta teoria foi muito
importante e levou ao desenvolvimento de inúmeras linhas de pesquisa, além de
contribuir com a Química Analítica, porém sempre foi muito restrita à água e em alguns
casos, se estendia a alguns poucos elementos.
Em 1905, surge a teoria dos sistemas solventes que foi sendo construída por
diversos pesquisadores e partia da ideia de que todo solvente sofre uma auto-ionização,
gerando um cátion (ácido) e um ânion (base). Ácido seria o que faz aumentar a
concentração do cátion característico do solvente e base, o que aumenta a concentração
do ânion. A neutralização é a formação do solvente a partir dos dois elementos.
A teoria protônica, de 1923, apresenta que o ácido é um doador de prótons, a base
um receptor de prótons e a reação de neutralização seria uma transferência de prótons
entre um ácido e uma base. Já em 1939, surge a teoria de Lux que propunha que o ânion
óxido (O2-) era a entidade transferida, ao invés do próton. O ácido é um receptor de O2-
e a base, um doador, sendo que uma reação entre um óxido ácido e um óxido básico seria
uma reação de neutralização. Em 1954, surge a teoria ionotrópica que não traz muitas
inovações e sim uma espécie de junção das três últimas teorias, onde as reações poderiam
ser de uma base com um cátion característico formando um ácido e um ácido com um ânion
característico formando uma base.
Em 1923, junto com a teoria protônica, surge a teoria eletrônica de G. N. Lewis
baseada em sua teoria do par eletrônico. O pesquisador considerava como ácido toda
espécie química capaz de receber um par eletrônico e base, aquela capaz de doar um par
eletrônico. Apesar de ser bastante geral, a teoria não conquista muitos químicos e em
1938, Lewis a representa novamente trazendo quatro parâmetros acerca da do
comportamento ácido-base, sendo eles: a reação entre um ácido e uma base
(neutralização) é rápida; um ácido (ou uma base) pode deslocar um ácido (ou uma base)
mais fraco de seus compostos; Ácidos e bases podem ser titulados um com o outro por
meio de indicadores; e, ácidos e bases são capazes de atuarem como catalisadores. A
partir desses critérios, muitos estudos foram desenvolvidos.
Em 1939, surge a teoria de Usanovich que apresentou uma teoria geral onde
definia ácido como a espécie que reage com base para formar sais, doando cátions ou
aceitando ânions ou elétrons, e base como a espécie que reage com ácidos para formar
sais doando ânions ou elétrons, ou combinando com cátions. A teoria não gerou muitos
estudos.
Por fim, ao observar todas as teorias ácido-base é possível verificar uma tendência
em todas elas de generalizar a anterior e não se opor a ela. As teorias novas vão sempre
buscando ampliar-se e abranger novos fenômenos químicos, o que leva as teorias “velhas”
a serem uma parte das novas.

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