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Vanessa, 21 anos, pergunta:

A paz do Senhor, pastor!

Hoje em dia está tudo tão banalizado, que eu não sei mais o
que tem respaldo bíblico e o que não tem. Segundo o meu pai,
o ministério profético acabou no Antigo Testamento e, hoje
em dia, temos apenas o dom de profecia. Mas tem muita gente
fazendo atos proféticos, louvor profético, intercessão
profética... e, dizendo que todos nós somos profetas, ordenam:
“Profetiiizaaaa!” Afinal de contas, o que é profeta, profecia e
ministério profético?

Vanessa

Pastor Ciro responde:

Olá, Vanessa!

Ah, meus 21 anos! É bom saber (risos) que uma jovem como
você se interessa pelo estudo da Palavra de Deus. Gostaria
que soubesse que recebi todas as suas perguntas e procurarei
respondê-las na medida do possível. E essa primeira é muito
pertinente.

Concordo com você quanto à grande banalização da profecia,


em nossos dias. Tudo é profético. Aqui no Rio de Janeiro
certo grupo “evangélico” escalou o Dedo de Deus, na Região
Serrana, a fim de ungi-lo. Para quê? Para declarar
“profeticamente” que esse Estado é do Senhor Jesus! Há
algum tempo, certa cantora disse ter usado botas confortáveis
para pisar “profeticamente” na cabeça do Diabo, etcétera e tal.

Bem, deixando de lado modismos e efemeridades, você me


fez uma tríplice pergunta — “Afinal de contas, o que é
profeta, profecia e ministério profético?” — e merece uma
resposta igualmente tripartida. No Novo Testamento temos
dois tipos de profeta: o que exerce o ministério, isto é, o ofício
de profeta (1 Co 12.29; Ef 4.11); e o que é usado com o dom
de profecia (1 Co 14.29-32).

O dom de profecia está à disposição de todos os servos de


Deus (1 Co 14.31); trata-se de uma capacitação sobrenatural
do Espírito, concedida ao crente, em geral durante o culto
coletivo (1 Co 14.26-30), a fim de que ele transmita uma
mensagem de edificação, consolação ou exortação à igreja
local (1 Co 14.3). Já o ofício de profeta diz respeito a um
ministro, um pregador dado por Deus à Igreja (Ef 4.11-15; At
15.32; 21.10).

Segue-se que há dois tipos de profeta e, conseqüentemente,


duas modalidades de profecia. O pregador chamado por Deus
(1 Tm 2.7), ao expor a Palavra, é usado pelo Senhor para falar
da parte dEle (1 Co 11.23). Mas o dom de profecia não requer
chamada específica. Qualquer crente, desde que seja um
“vaso preparado” (2 Tm 2.20,21), cheio do Espírito Santo (Ef
5.18) e revestido de poder do alto (Lc 24.49; At 1.8; 2.1-4),
pode transmitir uma mensagem profética.

Quanto ao ministério profético, é importante fazer aqui um


esclarecimento. O Senhor Jesus, ao afirmar que os profetas e a
lei profetizaram até João Batista (Mt 11.13), referiu-se ao
ministério profético nos moldes do Antigo Testamento. Ou
seja, apesar de João Batista aparecer no Novo Testamento, ele
teve um ministério similar ao exercido pelos profetas dos
tempos veterotestamentários. Portanto, conforme demonstrei
acima, existe sim ministério profético em nossos dias.

Quem ainda consulta certos “profetas” quanto a viagens,


casamentos, sexo do bebê, etc. é porque ainda não aprendeu
que há diferença entre os profetas (e os seus modos de
profetizar) dos tempos do Novo e o do Antigo Testamentos.
Hoje, não há mais a necessidade de se consultar profetas,
como ocorria antigamente (1 Rs 22.15-28; Jr 37.16,17), pois
temos a Bíblia completa (Sl 119.105; Rm 15.4; 2 Tm
3.16,17). Ademais, em nossos dias, o Espírito Santo fala como
e quando quer, e não quando queremos que Ele fale (1 Co
12.11).

Diante do exposto, Vanessa, se você já está pensando em


casamento — deve estar, pois as mulheres depois dos 20 já
começam a imaginar que ficarão para “titias” —, não dê
ouvidos a “profecias casamenteiras”...

A paz do Senhor!

CSZ

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