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Introdução
A origem do termo latim habitus, vem do grego hexis, que Aristóteles entendia
por um estado adquirido que orienta nossa moral e nossa conduta. Na
Escolástica Medieval, Tomás de Aquino traduziu para o latim que determinava
características corpóreas e espirituais adquiridas num processo de intensa
aprendizagem. Ainda poderia ser usada como uma disposição durável que
ficava entre o factível e o premeditado.
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designava-o como conduta mental proveniente de experiências passadas em
mediação com ações futuras (WACQUANT, 2002).
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O habitus não se conforma como uma disposição natural, mas sobr etudo,
advinda do social com variáveis bem definidas de espaço, tempo e poder. Ele
não é a prática em si, porém se estende para todos os domínios das práticas
humanas, se tornando uma disposição para e em si dentro de uma perspectiva
de um determinado estilo de vida ou de classe.
A noção de habitus não é eterna, ainda que durável , mesmo sendo dotado de
uma inércia incorporada e um defasamento inetivável ante a determinações
passadas em confrontamento com situações atuais (WACQUANT, 2002).
O habitus ³é aquilo que confere às práticas a sua relativa autonomia no que diz
respeito às determinações externas do presente imediato. Esta autonomia é a
do passado, ordenado e atuante, que, funcionando como capital acumulado
produz história na base da história e assim a ssegura que a permanência no
interior da mudança faça do agente individual um mundo no interior do mundo´
(BOURDIEU 1980/1990: 56).
Não devemos entender, contudo, que o habitus é a ação, ou gera
necessariamente a ação. Ele atua como um catalisador que nec essita de um
estímulo externo e não pode ser desvinculado dos campos. Antes de tudo é
uma matriz de esquemas híbridos que tende a ser acionada conforme os
contextos sociais de produção e realização (WACQUANT, 200 2).
A noção de habitus está para ser verificada muito mais do que em esquemas
teóricos fechados e abstratos. Ela só pode ser apreendida na análise empírica,
na captação do movimento das práticas tal qual ele se apresenta. A
classificação proposta por Bourdieu, em termos de conceituação nos serve
para reforçar a perspectiva dialética da análise das práticas cotidianas na vida
humana e relacioná-las de modo mais orgânico com a teia social que compõe
cada conjuntura dos grupos sociais.
O cotidiano em Certeau
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A dominação, para Certeau, é cravada por microresistências que pressupõem
acordos culturais muitas vezes imperceptíveis e que são a base da
estruturação da vida em sociedade e que contribuem para a perspectiva de
mudança social. Ao analisar os microespaços como lugares sociais onde se
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perpetuam as transgressões ao normativo, Certeau admite que esses
microespaços são mais abertos à criatividade e ação do homem, ainda que
sofrendo a repressão consciente da ordem.
Ainda em (#
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que a antidisciplina se constitui como uma rede de procedimentos articulados e
acumulados historicamente num enredo social quase que uniformemente
convergente para a perspectiva de enfrentamento à atomização apresentada
pelo advento do poder e não como a violência da ordem se vale de tecnologias
disciplinares e estruturantes da vida social. As artes de fazer não são
facilmente colonizadas, pois conservam poderes de diversas épocas anteriores
(SOUSA FILHO, 2002).
Para ele,
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Dessa forma, analisa a vida política como um sub-produto da luta cotidiana dos
indivíduos frente ao processo de dominação e opressão, como um processo
ordenado e imemorial localizado historicamente nas experiências passadas de
vivencias humanas.
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O giro epistemológico: significados da vida cotidiana em Lefebvre e
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Ele aborda essa perspectiva por duas razões primeiras. Uma é que n a vida
contemporânea, as relações sociais de dominação ganharam primazia sobre
as relações de produção, ainda que aquela esteja contida nesta. Em segundo
lugar, é que a própria produção capitalista se ocupa de ter como centro de sua
atenção e atuação, justamente a vida cotidiana, que é o espaço de produção e
reprodução da vida social.
Para o autor, a vida cotidiana é planejada em nossos tempos para ser o espaço
da realização do consumo de bens materiais e culturais, onde aos indivíduos
tendem à homogeneização das relações, dos costumes e dos valores. Para
captar essa realidade então é preciso lançar mão do método crítico , onde a
análise da realidade e das predisposições no campo produtivo são o fio
condutor para a apreensão do movimento da vida c otidiana.
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agentes mandantes´ (CARVALHO, 2010). A insatisfação (manifesta na
contestação ou mesmo na passividade), ao mesmo tempo que mascara a
mediocridade, germina o desejo de ruptu ra e a procura por autenticidade nas
relações. Esta aqui expressa a lógica dialética hegeliana, revisitada por Marx,
onde os contraditórios são possíveis e fundadores da vida humana.
Conclusão
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importância fundamental a estruturas do pensamento herdadas de outras
épocas históricas, dando uma noção de sobreposição de valores, crenças e
idéias, ainda que significadas.
Referências
_______________, (organizado por Renato Ortiz). São Paulo: Ática,
1983.
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. Cambridge: Polity Press. [1980]1990.
CERTEAU, M. D. #
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. Petrópolis: Vozes,
2001
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HELLER, A. 8 p
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. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1972.
LEFEBVRE, H.
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. Paris: L¶Arche Éditeur, 1981.
SOUSA FILHO, A. J ÿ
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. São Paulo/SP, v.2, p.129 - 134, 2002.
WACQUANT, L.
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Rio de Janeiro, Relume Dumará, trad. Ângela Ramalho, 2002.
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