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J.Locke (1632-1704)
Entre 1689/90 publica suas principais obras;
Cartas sobre a Tolerância;
Ensaio sobre o Entendimento Humano;
Dois Tratados sobre o Governo Civil;
(Segundo Tratado sobre o Governo Civil – 1690 )
Os dois Tratados são uma obra de características
jusnaturalista: existe uma lei natural, ela pode ser conhecida
pela razão, ela é obrigatória, ela é universal, tudo que se
ajusta a essa lei, no mundo civil, é um bem.
O objetivo do Segundo Tratado: ensaio sobre a origem, a
extensão e objetivo do governo civil.
O JUSNATURALISMO DE LOCKE
As leis da natureza devem servir de modelo para a
constituição do Estado.
O bom governo é aquele que nasce com limites que
não podem ser ultrapassados.
São as leis naturais que presidem a formação da
sociedade política, das quais as leis positivas são um
reflexo.
A força do governo consiste exclusivamente em fazer
respeitar “as leis positivas da sociedade,
determinadas em conformidade com as leis da
natureza.”
AS PRINCIPAIS LEIS DA
NATUREZA
Liberdade:
“liberdade natural do homem consiste em estar livre de
qualquer poder superior na terra, de não estar sob a
vontade ou autoridade legislativa do homem, tendo
somente a lei da natureza como regra” (Cap. II, § 22)
“dispor e ordenar conforme lhe convém sua pessoa,
ações, posses e toda a sua propriedade, dentro da
sanção das leis, sem ficar sujeito à vontade arbitrária
de outrem, seguindo livremente a própria vontade.”
(VI, § 27).
Concepção negativa de liberdade.
AS PRINCIPAIS LEIS DA
NATUREZA
Igualdade
“todo homem tem todos os direitos e privilégios da
lei da natureza”
Propriedade
“... Embora as coisas naturais sejam dadas em
comum, o homem (sendo senhor de si mesmo e
proprietário de sua própria pessoa e das ações ou do
trabalho) tem ainda em si mesmo a grande fundação
da propriedade.” (V, § 44)
OS INCOVENIENTES DO ESTADO
DE NATUREZA
se as naturais podem ser violadas;
se as violações das leis naturais devem ser punidas – e
os danos que essas violações provocam precisam ser
reparados;
se o poder de punir e de exigir reparação cabe, neste
estado, à própria pessoa vitimada;
se quem é juiz em causa própria habitualmente não é
imparcial e tende a vingar-se, em vez de punir -
então: o maior inconveniente do estado de natureza é
a falta de um juiz imparcial para julgar os conflitos
entre os indivíduos. Portanto, a inconveniência desse
estado é a inexistência de uma lei e a falta de um juiz.
A INSTITUIÇÃO DA SOCIEDADE
POLÍTICA OU CIVIL
Através do consentimento unânime.
O governo civil é o remédio apropriado para os
inconvenientes do estado de natureza que pode se
tornar um estado de guerra.
No estado civil, o estado de natureza não é negado,
mas recuperado nos seus males, através da
constituição de um poder comum (lei) e de juiz
comum para julgar as desavenças e garantir os
direitos naturais.
A sociedade política de Locke é uma particular
political society.
OS FINS DO PODER POLÍTICO
O poder soberano não precisa ser temido para ser obedecido.
Os indivíduos são sócios no empreendimento político.
O poder deve estar voltado para a garantia dos direitos naturais
do indivíduo.
O estado deve seguir a fórmula da rule of law (a regra da lei) para
governar.
O poder político deve ter limites: respeitar os direitos naturais, a
lei.
Separação do poder executivo do legislativo. O primeiro deve
estar subordinado ao segundo.
Quando o legislativo ou o executivo violam os fins para os quais
foram instituídos, tornam-se ilegítimos, conferindo ao povo o
direito de resistência à opressão e à tirania.
JEAN-JACQUES ROUSSEAU
1712/1778
Provido da capacidade:
Perfectibilidade (p. 258).
O ESTADO SOCIAL
A sociabilidade (p. 259, 260, 262).