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PORTUGUÊS (LÍNGUA)
Mais do que interpretar textos ou o significado das palavras, os alunos do 4º ano falham quando
são chamados a dar respostas mais compridas ou a escrever textos longos. Aí, ficam evidentes os
problemas ao nível da redação, seja na articulação das ideias, na concordância, na pontuação ou na
ortografia.
Feita a análise das respostas dadas pelos 110 mil alunos que realizaram em maio a prova de
aferição de Português, esta é uma das conclusões a que chega o relatório que o Gabinete de Avaliação
Educacional (Gave), organismo responsável pela elaboração dos testes nacionais, faz todos os anos. “Sem
dúvida que os melhores desempenhos dos alunos são na leitura e funcionamento da língua. Os professores
fazem muita análise de texto, explicam a gramática e podem descurar um pouco a parte escrita mais
desenvolvida”, explica Edviges Ferreira, presidente da Associação de Professores de Português (APP).
(...)
A verdade é que as dificuldades em escreverem bem continuam depois a aparecer nos restantes
níveis de ensino, chegando a prejudicar os desempenhos a outras disciplinas, como tem sido mostrado
noutros relatórios. “Não é por acaso que o próprio Ministério elaborou (no mês passado) orientações para
os professores de Português no 12º ano, com vista à ‘melhoria da expressão oral e escrita’. O que
acontece é que os programas são muito extensos e o tempo é manifestamente insuficiente para treinar a
escrita. O reforço em 45 minutos semanais da carga horária da disciplina, no 12º, vai ajudar um pouco”,
considera a presidente da APP.
Na prova de aferição deste ano, um dos exercícios de escrita pedia que se simulasse um e-mail
enviado a um amigo, a convidar para uma visita ao museu. E pedia-se que fossem indicadas duas boas
razões para o fazer, o dia e a hora. Só 26% dos alunos se lembraram de incluir todos os elementos pedidos
e apenas 14,5% conseguiram a cotação máxima por escreverem com “clareza e correção”.
No segundo exercício de escrita – simulação de um diálogo com 15 a 20 linhas –, os parâmetros
em que as taxas de sucesso são mais baixas voltam a ser a sintaxe e morfologia (construir frases
cumprindo regras de concordância, ordem e pontuação) e o desenvolvimento e articulação das ideias, com
recurso a vocabulário adequado e variado.
Já no que respeita às questões relacionadas com a gramática, e ainda que as classificações
tenham sido globalmente positivas, o relatório mostra que há exercícios particularmente difíceis para os
alunos do 4º ano (...). Só metade conseguiu identificar corretamente o sujeito e o predicado de duas frases
e menos de 20% escreveu corretamente seis verbos (regulares e irregulares) no pretérito perfeito.
Os resultados não surpreendem Edviges Ferreira. “É natural que miúdos daquela idade (10 anos)
ainda não tenham o conhecimento da escrita completamente formado. E há erros que cometem não
porque não saibam o que é o sujeito de uma frase, por exemplo, mas por falta de concentração e dispersão
naquele momento da prova”.
Independentemente das razões, a presidente da APP elogia o trabalho de análise às provas e
exames nacionais que tem sido feito pelo Cave. “É um trabalho muito sério que permite aos professores
ver onde existem falhas e corrigi-las. Cada escola está a receber o seu relatório em novembro, o que dá
muito tempo para trabalhar o que parecem ser as maiores lacunas dos alunos”. A média nacional foi de
66%.
(...) Nenhum aluno com positiva na nota da escola terá negativa (nem mesmo tendo 1 no exame).
Mas a mudança, aplaudida pela APP e rejeitada pela APM [Associação de Professores de Matemática],
não deixa de marcar uma nova etapa do sistema educativo e o fim definitivo das provas de aferição, que
se realizam desde 2000.
Isabel Leiria
Expresso, Primeiro Caderno, 01-12-2012, p.26
Grupo I (50 PONTOS)
Resuma o texto que acabou de ler em cerca de 400 palavras.
6- Apenas uma destas palavras pode ser considerada antónima de «alvo». Qual?
(2,5 pontos)
a) Puro
b) Branco
c) Alvura
d) Escuro
10- No texto que se segue, substitua a construção verbal com fazer por verbos mais
expressivos, não repetindo nenhum deles. (10 pontos)
Ele fez-me ver (1) que eu não tinha razão; eu é que fizera nascer (2) toda aquela
situação. Não sei se conseguirei fazer renascer (3) a amizade entre nós pois aquela
discussão fez baixar (4) o nosso grau de entendimento. De qualquer modo, acho que
não fez desaparecer (5) completamente o que nos unia há tanto tempo. Acho que te fiz
sofrer (6) muito e, por isso, faço-te saber (7) que faço questão em te fazer chegar (8)
as minhas desculpas. As discussões fazem aparecer (9) situações que só fazem vir (10)
ao de cima os nossos piores sentimentos.
Prova especialmente adequada destinada a avaliar a capacidade para a frequência do
ensino superior para maiores de 23 anos
PORTUGUÊS (LÍNGUA)
SÚMULA
RESUMO DO TEXTO
ESCREVER CORRETAMENTE É O MAIS DIFÍCIL PARA OS ALUNOS
6- Apenas uma destas palavras pode ser considerada antónima de «alvo». Qual? (2,5
pontos)
d) Escuro
10- No texto que se segue, substitua a construção verbal com fazer por verbos mais
expressivos, não repetindo nenhum deles. (10 pontos)
Ele explicou (1) que eu não tinha razão; eu é que causara (2) toda aquela situação. Não
sei se conseguirei reavivar (3) a amizade entre nós pois aquela discussão abalou (4) o
nosso grau de entendimento. De qualquer modo, acho que não destruiu (5)
completamente o que nos unia há tanto tempo. Acho que te magoei (6) muito e, por
isso, anuncio-te (7) que faço questão em te enviar (8) as minhas desculpas. As
discussões provocam (9) situações que só trazem (10) ao de cima os nossos piores
sentimentos.