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É MORALMENTE ACEITÁVEL O MAU USO DA

RETÓRICA?
Pedro Miguel Nunes Ribeiro
Escola Secundária de Lousada
Filosofia, 11º ano

11º F-S
Neste ensaio discute-se o problema de saber se é moralmente aceitável o mau uso
da retórica. A posição defendida é não devemos usufruir, nem deixar outros usufruir do
mau uso da retórica, o que pode acarretar más consequências.

A retórica estuda o que torna os argumentos eficazes. Um argumento é eficaz


quando o orador persuade o seu auditório a favor daquilo que deseja. A retórica
proporciona um conjunto de técnicas para persuadir as pessoas. Aquele que domina essas
técnicas pode fazer um bom uso ou um mau uso da retórica: a manipulação (mau uso) e
a persuasão (bom uso).

Segundo Philippe Breton, “manipular consiste em paralisar o juízo e em tudo fazer


para que o recetor abra ele próprio a sua porta mental a um conteúdo que de outro modo
não aprovaria”, isto é, a manipulação consiste em levar alguém a aceitar uma tese sem
avaliar criticamente (sem examinar de modo rigoroso e imparcial) as razões que existem
a seu favor e contra ela.

O mau uso da retórica pressupõe uma imposição e está associado à ausência de


princípios éticos, ao uso de sofismas (argumentos que visam enganar o auditório), à
predominância do pathos, à ausência do logos, logo quanto mais ignorante o auditório
for, maior será a sua eficácia, pois é mais fácil manipulá-lo devido à sua inconsciência.
Por outro lado, o bom uso da retórica pressupõe uma posição e está associada à presença
de princípios éticos, ao uso de argumentos, onde se verifica a predominância do logos,
neste caso, o uso da persuasão só irá ser mais eficaz quanto maior for a capacidade retórica
argumentativa do orador, por exemplo, num diálogo entre Górgias e Sócrates, através da
grande capacidade argumentativa de Sócrates consegue desconstruir por inteiro o
argumento que Górgias tinha referido e levou Górgias a entrar em consenso com Sócrates,
tudo através da grande capacidade retórica.

O mau uso da retórica pode ser uma “arma de manipulação de massas”, isto é,
através do desenvolvimento dos meios de comunicação e das técnicas de marketing
levaram ao aumento da manipulação. Estas técnicas levam o auditório a aceitar uma falsa
verdade, ou sejam, a acreditarem em algo que não é a realidade, um grande exemplo é a
publicidade enganosa, outro grande exemplo são as campanhas políticas, em que alguns
casos, o objetivo delas é conseguir manipular o auditório a seu favor.

Para concluir, não devemos usar esta “arte de dissimular, enganar ou ludibriar”,
pois iremos fazer algo em função de nós próprios, prejudicando o outro.

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