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Contraincêndio
Edição 2018
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Proteção Contraincêndio
A disciplina Proteção Contraincêndio (PCI), faz parte do curso CBA-2 que tem como finalidade Capacitar
profissionais para exercerem a função operacional de bombeiro de aeródromo em aeródromos classes I,
II, III ou IV, conferindo Certificado de Habilitação BA-2.
Rejeição de Responsabilidade
O presente trabalho foi desenvolvido para uso didático, em cursos que são oferecidos pelo Instituto de Logística da Aeronáutica (lLA). O seu conteúdo é fruto de
pesquisa em fontes citadas na referência bibliográfica, e que o(s) autor(es)/revisor(es) acreditam ser confiáveis. No entanto, nem o ILA, nem o(s) autor(es)/revisor(es)
garantem a exatidão e a atualização das informações aqui apresentadas, rejeitando a responsabilidade por quaisquer erros e/ou omissões, ou por danos e prejuízos
que possam advir do uso dessas informações. Esse trabalho é publicado com o objetivo de suprir informações acerca dos temas nele abordados, não devendo ser
entendido como um substituto dos serviços prestados por profissionais da área, ou das publicações técnicas específicas que tratam de assuntos correlatos.
Introdução 3/61
O material foi elaborado, visando a uma aprendizagem autônoma, abordando temas especialmente selecionados em uma linguagem que
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Bom Estudo!
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6/61
Objetivos:
a) identificar os aparelhos extintores e suas características (Cn);
b) conhecer a forma adequada de operação de cada tipo de aparelho extintor de incêndio (Ap);
c) definir proteção contraincêndio (Cn);
d) descrever as fases do desenvolvimento de um incêndio numa edificação (Cn);
e) identificar os diferentes tipos de proteção contraincêndio aplicáveis nas edificações (Cn);
f ) identificar o funcionamento de cada tipo de proteção contraincêndio (Cp);
g) descrever a operacionalidade dos diferentes tipos de proteção contraincêndio (Cn);
h) identificar a importância da manutenção dos sistemas de proteção contraincêndio (Cp);
i) definir acidente de trabalho (Cn);
j) identificar as causas de acidente do trabalho (Cn);
k) identificar os riscos existentes no ambiente de trabalho (Cn);
l) identificar os equipamentos de proteção individual (Cn); e
m) compreender a importância do uso de equipamentos de proteção individual adequado ao risco existente na área de trabalho (Cp).
Ementa:
1) Características Gerais dos Aparelhos Extintores: Classificação dos extintores, Indicador de Pressão, Cilindro de Pressurização, Agentes Expelentes, Câmara de
Expansão, Princípio de Funcionamento, Dispositivos de Segurança, Rótulo, Transportes dos Aparelhos Extintores. 2) Extintores Portáteis: Extintor de Água, Extintor de
Dióxido de Carbono, Extintor de Pó Químico, Extintor de Espuma Mecânica, Extintor de Gases Halogenados. 3) Extintores Sobre Rodas e Rebocáveis: Extintor Sobre Rodas
de Água, Extintor Sobre Rodas de Dióxido de Carbono, Extintor Sobre Rodas de Pó Químico, Extintor Sobre Rodas de Espuma Mecânica, Extintores Rebocáveis de Pó
Químico. 4) Características das Estruturas das Edificações em Incêndios: Proteção Contraincêndio, Desenvolvimento de um Incêndio, Resistência da Estrutura da Edificação
ao Fogo, Revestimentos, Selagens e Vedações de Proteções. 5) Proteção Passiva Contra Fogo: Proteção das Estruturas das Edificações, Isolamento de uma edificação
em relação à outra, Compartimentação de edificação, Proteção de cabos elétricos, Controle do material de acabamento,Controle do material depositado na edificação,
Ignifugação, Isolamento de riscos dentro da edificação, Saídas de emergência, Sinalização de emergência, Cores utilizadas na segurança de edificações, Sistemas de
proteção contra descargas atmosféricas, Plantas de risco, Acesso para viaturas de Bombeiros, Manutenção do sistema de proteção. 6) Proteção Ativa Contra Fogo: Sistema
de proteção contraincêndio por extintores, Sistema de proteção contraincêndio por hidrantes, Sistema de proteção contraincêndio por mangotinhos, Sistema de proteção
por chuveiros automáticos, Sistema de proteção por gases extintores, Sistema de iluminação de emergência, Sistema de detecção e alarme, Brigada contraincêndio,
Manutenção do sistema de proteção. 7) Segurança no Trabalho Aplicada às Atividades de Bombeiro: Generalidades sobre segurança no trabalho; Causas do acidente do
trabalho, Estabelecimento de um trabalho seguro, Atividades relativas a um acidente do trabalho, Consequências de um acidente do trabalho. 8) Utilização de EPI.
Unidade I
Extintores de Incêndio
Edição 2018
Extintores de Incêndio Unidade I 8/61
1. Apresentação
Os extintores de incêndio são aparelhos destinados a combater os princípios de incêndio, e não permitir a
sua evolução.
Muitas pessoas podem imaginar que o extintor é um equipamento supérfluo e ultrapassado. Porém estatísticas
mostram que cerca de 95% dos incêndios se desenvolveram a partir de minúsculos focos, tais como aqueles
originados de curto circuitos, pontas de cigarros jogadas inadvertidamente, etc. Se esses pequenos focos fossem
combatidos de início, enquanto o fogo estava pequeno, de fácil controle e extinção, certamente o incêndio não
ocorreria.
Os aparelhos extintores possuem as vantagens de pequeno porte, fácil manejo,
localização próxima ao fogo, baixo custo, etc. Por outro lado, sua capacidade extintora é
limitada, exigindo do operador muita eficácia para o completo êxito na extinção do foco
de incêndio.
A utilização rápida e eficaz do extintor evitará que tenhamos que lançar mão de
outros recursos mais dispendiosos para o combate ao fogo, e evitará maiores prejuízos
físicos e humanos. Os extintores possibilitam ao operador a escolha do agente extintor
adequado para cada classe de fogo.
Infelizmente muitas pessoas não são treinadas para utilizarem os aparelhos
extintores. Isso é facilmente verificado, pois em muitos incêndios, os bombeiros
encontram os extintores intactos nas paredes da edificação.
Figura 01
Extintores de Incêndio Unidade I 9/61
Observação: Desde 1990, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) proibiu a fabricação de
extintores portáteis ou sobre rodas, cujo agente extintor fosse a espuma química. Os extintores de espuma
química existentes até então, poderiam ser recarregados e vistoriados normalmente. A recomendação é que
eles sejam substituídos gradativamente por aparelhos contendo outros agentes extintores. Essa atitude
ocorreu devido à falta de segurança no manuseio e custo de manutenção elevado.
2.1. Portabilidade
Quanto à portabilidade, os extintores podem ser classificados em:
Portáteis Veiculares
(possuem peso
total de até 20 Kg) De parede
Extintores Não portáteis Sobre rodas
(possuem peso Rebocáveis
total maior que 20
Estacionários
Kg)
ou fixos
Tabela 01
Extintores de Incêndio Unidade I 10/61
2.2. Pressão de Trabalho
Quanto à pressão de trabalho, os extintores são classificados como:
2.3. Pressurização
Quanto à pressurização, os extintores podem ser:
Figura 03 Figura 04
3. Indicador de Pressão
Indicador de Pressão é um instrumento destinado a medir pressões de gases e líquidos. É constituído basicamente
de uma caixa metálica, normalmente circular, tendo na parte frontal um mostrador com números e um ponteiro.
Para proteger o ponteiro e o mostrador é colocado um visor de vidro ou plástico de alta resistência.
Seu funcionamento se dá através da ligação da pressão interna do recipiente com o Tubo de Bourdon, que tem
a forma espiral e se encontra atrás do mostrador, e deste com o ponteiro do mostrador. Com o acréscimo de pressão
no recipiente, esta chega até o Tubo de Bourdon fazendo com que o ponteiro, preso ao mesmo, se movimente no
sentido horário determinando a pressão interna do recipiente.
Extintores de Incêndio Unidade I 12/61
Normalmente os indicadores de pressão possuem mostradores contendo escalas em kgf/cm2 e MPa (Mega
Pascal), sendo que 1,0 MPa equivale a 10 kgf/cm2 conforme a Portaria 173/2006 do INMETRO, conforme podemos
observar nas figuras 05 e 06.
Figura 05 Figura 06
4. Cilindro de Pressurização
São cilindros de alta pressão existentes nos aparelhos extintores de pressão indireta,
cuja finalidade é armazenar o gás expelente (Fig. 07).
Figura 07
Extintores de Incêndio Unidade I 13/61
A capacidade dos cilindros de pressurização está diretamente relacionada com a capacidade do aparelho
extintor.
O cilindro de pressurização, quando localizado externamente, deve estar instalado no aparelho extintor por
meio de um dispositivo seguro e protegido contra impactos.
5. Agentes Expelentes
Também chamados de gases propelentes, são destinados a pressurizar os aparelhos extintores fazendo com
que os agentes extintores sejam expelidos. Os mais utilizados são:
Gás Carbônico – CO2; e
Nitrogênio – N2.
*Observação: No caso dos aparelhos extintores de CO2, o próprio gás extintor é o agente expelente.
Extintores de Incêndio Unidade I 14/61
Figura 08
7. Princípio de Funcionamento
Qualquer que seja o tipo de pressurização do aparelho
extintor, o gás expelente ocupará a câmara de expansão fazendo
com que o agente extintor seja pressionado contra o fundo do
aparelho. Ao ser acionada a válvula de disparo ou a pistola, o
agente extintor fluirá através do tubo sifão em direção ao meio
externo (Fig. 09).
No caso do gás carbônico, a sua própria pressão propicia a
sua expulsão através do tubo sifão.
Figura 09
Extintores de Incêndio Unidade I 15/61
8. Dispositivos de Segurança
Figura 10
Extintores de Incêndio Unidade I 16/61
Dispositivo que serve para aliviar somente o excesso de pressão do extintor. Funciona quando a pressão interna
do aparelho ultrapassa uma vez e meia a pressão de trabalho. Então ela se abre dando passagem para o excesso de
pressão, quando, depois de liberado este excesso, volta a se fechar. É geralmente encontrada nos extintores de
pressão injetável (Figs. 11, 12 e 13).
Figura 11 Figura 13
Figura 12
Extintores de Incêndio Unidade I 17/61
b) Disco de segurança
Dispositivo de segurança existente nos extintores de alta pressão (Fig. 14) e nos cilindros de pressurização
(Fig. 15), destinado a evitar o rompimento do extintor ou cilindro. Quando a pressão interna aumenta e atinge um
nível em que a segurança do recipiente fica comprometida, o disco de segurança se rompe dando passagem a toda
a pressão interna. Neste caso não há como impedir o vazamento total da carga.
Figura 14 Figura 15
Extintores de Incêndio Unidade I 18/61
Como exemplo podemos citar o disco de segurança da válvula do extintor de dióxido de carbono, que se
rompe a partir de 163 kgf/cm² até o extremo do teste hidrostático 190 ou 200 kgf/cm², ou a 45º C , que representa o
limite máximo da faixa de temperatura de operação. É por isso que devemos ter o cuidado quando o extintor de CO2
fica exposto a temperaturas elevadas, como no pátio de aeronave de determinadas regiões, onde a temperatura
ambiente pode facilmente chegar a 45°.
Dispositivo de segurança que serve para aliviar a pressão remanescente dentro do extintor. Quando o pessoal
de manutenção estiver desrosqueando a tampa ou a válvula de um extintor, antes de sua total remoção, os furos
diametralmente opostos existentes na rosca das tampas (Fig. 16), ou as ranhuras existentes na rosca das válvulas
(Fig. 17) e em algumas tampas (Fig. 18), permitirão a saída da pressão remanescente do extintor, evitando assim
possíveis acidentes.
9. Rótulo
O rótulo é um requisito obrigatório para qualquer aparelho extintor. Nele devem constar, no mínimo, as
seguintes informações:
a) Logomarca da empresa (fabricante ou de manutenção);
b) Carga nominal;
c) Capacidade extintora;
d) Indicação de uso nas classes de incêndio; e
e) Instruções de utilização.
a
b, c
d
Figura 19 Figura 20
Extintores de Incêndio Unidade I 20/61
Figura 21 Figura 22
Extintores de Incêndio Unidade I 21/61
Figura 26
Figura 23 Figura 24 Figura 25
Extintores de Incêndio Unidade I 22/61
b) Funcionamento
b.1) Extintor de água de pressurização indireta: Seu funcionamento ocorre com a pressurização do extintor
através da liberação do gás expelente contido no cilindro de pressurização, que pressurizará o sistema e impulsionará
a água através do tubo sifão e mangueira rígida (Fig. 27).
1 5
4
1
2 2
2
3
3
3
Figura 27
1 - Alça de transporte
2 - Tubo sifão
3 - Cilindro de pressurização
4 - Tampa volante
5 - Válvula de disparo
Extintores de Incêndio Unidade I 23/61
b.2) Extintor de água de pressurização direta: Seu funcionamento ocorre com o acionamento da válvula de
disparo, que permitirá que a água flua através do tubo sifão e saia sob pressão através da mangueira rígida (Fig. 28).
c) Aplicação
Válvula de
Disparo
A água deve ser aplicada na base do fogo, começando
Alça de
o combate a uma distância inicial de 3 a 4 metros, avançando Transporte
à medida que o fogo for sendo apagado. Colocando-se o
dedo na extremidade da mangueira rígida, obteremos um Indicador de
Pressão
pequeno chuveiro (Fig. 29).
d) Duração da descarga
Tubo Sifão
Figura 28
Tabela 03
e) Alcance do jato
Acima de 4 metros.
Figura 29
Extintores de Incêndio Unidade I 24/61
f) Procedimentos de operação
Ocorre com o acionamento da válvula de disparo, que libera a fase liquefeita do dióxido de carbono através do
tubo sifão. Após passar pela peça chamada “quebra-jato” (que reduz a força de reação provocada pela saída do gás
sob pressão de maneira violenta, permitindo ao operador manter o controle direcional), o CO2 percorre a mangueira
rígida e entra no difusor, por onde é liberado. O difusor permite a aplicação do dióxido de carbono de maneira suave,
uniforme e compacta. A fase líquida do CO2, ao se gaseificar, aumenta o seu volume em 450 vezes.
Quebra jato
Punho
Válvula de
Disparo
Difusor Alça de
Transporte
Tubo Sifão
Figura 39
O dióxido de carbono deve ser aplicado a favor do vento, a uma distância inicial de aproximadamente 1,5 a 2
metros do fogo, para dar condições de formar a nuvem abafadora. O operador deve avançar à medida que o fogo
for sendo apagado, ajudando na formação dessa nuvem, fazendo movimentos de “varredura” com o difusor, dentro
dos limites do material em chamas (Figs. 40 e 41). Sua melhor eficiência ocorre em ambientes fechados.
Figura 40 Figura 41
d) Duração da descarga
1º) Levar o extintor até uma distância segura do fogo (4 metros ou mais) e a favor do vento;
2º) Retirar o pino de segurança;
3º) Empunhar o difusor segurando-o no punho (Fig. 42);
4º) Acionar a válvula de disparo efetuando o teste do extintor; e
5º) Iniciar o combate a uma distância de 1,5 a 2
metros do fogo (Fig. 43), aplicando o CO2 de modo
que a nuvem envolva a base do fogo, movimentando o
difusor (varredura), dentro dos limites do material em
chamas, se aproximando à medida que for apagando
o fogo.
Figura 42
Vídeo de Procedimentos de Utilizaçao de Extintor Prático:
https://www.youtube.com/watch?v=falsyoqXrN4
1,5 a 2 m
Figura 43
Extintores de Incêndio Unidade I 30/61
• Ele oferece o perigo de queimaduras nas mãos e pequenos choques elétricos, se o operador segurar no
difusor. Deve-se segurar no punho no momento da operação.
• A possibilidade de ocorrer choque elétrico é decorrente do fato da rápida expansão do CO2 líquido para o
estado gasoso, que produz energia estática.
• O dióxido de carbono produz queimaduras na pele, é irritante aos olhos e, em ambientes fechados e em
concentrações relativamente baixas (20%), pode causar morte por asfixia.
https://www.youtube.com/watch?v=yklkLKMrP70
Extintores de Incêndio Unidade I 31/61
11.3. Extintor de Pó Químico (PQ)
a) Apresentação
Tubo Sifão
Figura 48
Extintores de Incêndio Unidade I 33/61
c) Aplicação
O PQ deve ser aplicado a favor do vento, a uma distância inicial de aproximadamente 3 a 4 metros do fogo, para
se ter condições de formar a nuvem abafadora, avançando à medida que o fogo for sendo apagado. O operador deve
ajudar na formação dessa nuvem, fazendo movimentos de varredura, dentro dos limites do material em chamas.
d) Duração da descarga
e) Alcance do jato
Figura 49
Alcance eficaz é de 2 a 6 metros.
f) Operação
1º) Levar o extintor até uma distância segura do fogo (4 metros ou mais) e a favor do vento (Fig. 51);
2º) Inclinar o extintor para frente segurando a mangueira rígida e abrir o registro do cilindro de pressurização,
rompendo o lacre (Fig. 52);
3º) Empunhar a pistola e acionar efetuando o teste do extintor; e
Figura 51 Figura 52
4º) Iniciar o combate a uma distância de 3 a 4 metros do fogo, aplicando o jato de PQ de modo que a nuvem
envolva a base do fogo, movimentando a mangueira rígida ou o extintor (varredura), dentro dos limites do material
em chamas, se aproximando à medida que for apagando o fogo.
Extintores de Incêndio Unidade I 35/61
g) Perigos oferecidos pelo extintor
g.1) Extintor de pressurização indireta
https://www.youtube.com/watch?v=10rYyqIQ6j4
Extintores de Incêndio Unidade I 36/61
Vídeo 02
Figura 54 Figura 55
Extintores de Incêndio Unidade I 38/61
Válvula de
b) Funcionamento Disparo
Figura 56
Válvula de
Disparo
b.2) Extintor de pressurização direta (pressurizado): Ocorre
com o acionamento da válvula de disparo, que permitirá a saída da
Alça de
mistura pressurizada através do tubo sifão e da mangueira rígida até Transporte
o esguicho formador de espuma, onde o ar é aspirado e a espuma é
Indicador de
formada e lançada (Fig. 57). Pressão Tubo
Sifão
Esguicho
Formador de
Espuma
Figura 57
Extintores de Incêndio Unidade I 39/61
c) Aplicação
A espuma deve ser aplicada a partir de uma distância segura (3 a 4 metros, Fig. 58) de maneira a cobrir a
superfície do material em chamas. Devemos usar, nos casos de líquidos inflamáveis, um anteparo, ou seja, direcionar
o jato de espuma num anteparo de modo que ela escorra por ele e cubra de maneira suave a superfície do líquido
em chamas. Por exemplo: as bordas laterais de um recipiente que contenha líquido em chamas poderão ser usadas
como anteparo. Caso não se disponha de um anteparo, lançá-la para o alto para cair como chuva em cima do líquido.
d) Duração da descarga
Depende do regime de aplicação
imposto pelo operador.
3a4m
e) Alcance do jato
De 9 a 10 metros. Figura 58
f) Operação
Orifício para a
f.1) Extintor de pressurização direta (pressurizado)
entrada do ar
1º) Levar o extintor até uma distância segura do fogo (4 metros ou mais) e
a favor do vento;
2º) Abrir o registro do cilindro de pressurização, rompendo o lacre (Fig. 60);
3º) Empunhar a mangueira rígida pelo esguicho formador de espuma.
Obs: Ao empunhar o esguicho, tomar o cuidado de não impedir a entrada
do ar para a formação de espuma;
4º) Acionar a válvula de disparo efetuando o teste do extintor; e
5º) Iniciar o combate a uma distância de 3 a 4 metros do fogo, aplicando
o jato de espuma num anteparo, de modo que a espuma escorra suavemente
pela superfície do líquido em chamas.
Figura 60
À medida que for apagando, efetue deslocamentos de modo a aplicar o
jato de espuma em outras partes do anteparo para que a espuma possa cobrir
a superfície do líquido mais rapidamente.
Extintores de Incêndio Unidade I 41/61
Vídeo 03
No momento da pressurização devemos ter cuidado, pois existe o risco da válvula (caso mal rosqueada) sair
violentamente e acertar o nosso rosto.
Ocorre com o acionamento da válvula de disparo, que permitirá a saída da mistura pressurizada de gases através
do tubo sifão e da mangueira rígida até o esguicho.
Vídeo de Extintor de Incêndio - Combate a Incêndio com Halon
https://www.youtube.com/watch?v=b_qdn8YG0eU
Extintores de Incêndio Unidade I 43/61
c) Aplicação
Deve ser aplicado a favor do vento a uma distância inicial de aproximadamente 1 a 2 metros do fogo, para
dar condições de formar a nuvem que envolve o material em chamas, avançando à medida que o fogo for sendo
apagado. O operador deve ajudar na formação dessa nuvem, fazendo movimentos de varredura, dentro dos limites
do material em chamas.
d) Duração da descarga
e) Alcance do jato
De 3 a 6 metros.
Figura 63
f) Operação
1º) Levar o extintor até uma distância segura do fogo (4 metros ou mais) e a favor do vento;
2º) Retirar o pino de segurança;
3º) Empunhar a mangueira rígida (os que possuírem);
4º) Acionar a válvula de disparo para testar o equipamento (Fig. 63); e
5º) Iniciar o combate aplicando o jato de modo que a nuvem envolva a base do fogo, movimentando a mangueira
rígida (se possuir), ou o próprio extintor, de modo a fazer uma varredura, dentro dos limites do material em chamas,
se aproximando à medida que for apagando o fogo.
Extintores de Incêndio Unidade I 44/61
g) Perigos oferecidos pelo extintor
O extintor em si não oferece riscos, porém muitos gases halogenados são tóxicos e, além disso, em ambientes
fechados podem causar a asfixia.
Vídeo 04
Figura 64
Extintores de Incêndio Unidade I 46/61
12.1. Carreta de Água
a) Apresentação
b) Funcionamento
Figura 66
Extintores de Incêndio Unidade I 47/61
c) Aplicação
Devemos aplicar a água na base do fogo, começando o combate a uma distância inicial mínima de 5 metros,
avançando à medida que o fogo for sendo apagado. Colocando-se o dedo na extremidade da mangueira rígida,
obteremos um “pequeno chuveiro”.
d) Duração da descarga
e) Alcance do jato
De 10 a 15 metros. Figura 67
f) Operação
1º) Levar a carreta até uma distância segura do fogo (5 metros ou mais) e a favor do vento;
2º) O chefe da linha estica a mangueira rígida e o auxiliar abre o registro do cilindro de pressurização,
rompendo o lacre (Fig. 67);
Extintores de Incêndio Unidade I 48/61
3º) Nas carretas com pistolas, o chefe da linha deve efetuar um disparo para testar o equipamento. Nas carretas
sem pistolas, a água começará a sair pelo esguicho;
4º) O chefe da linha inicia o combate ao fogo a partir de uma distância de 4 a 5 metros, se aproximando à
medida que for apagando o fogo; e
5º) O auxiliar movimenta a carreta conforme orientação do chefe da linha (avançar / recuar).
1º) Levar a carreta até uma distância segura do fogo (5 metros ou mais) e a favor do vento;
2º) O chefe da linha estica a mangueira rígida e o auxiliar abre a válvula de liberação de água, rompendo o
lacre;
3º) Nas carretas com pistolas, o chefe da linha deve efetuar um disparo para testar o equipamento. Nas carretas
sem pistolas, a água começará a sair pelo esguicho;
4º) O chefe da linha inicia o combate ao fogo a partir de uma distância de 4 a 5 metros, se aproximando à
medida que for apagando o fogo; e
5º) O auxiliar movimenta a carreta conforme orientação do chefe da linha (avançar / recuar).
b) Funcionamento
c) Aplicação
d) Duração da descarga
e) Alcance do jato
De 6 a 14 metros.
Extintores de Incêndio Unidade I 51/61
f) Operação
4º) O chefe da linha inicia o combate ao fogo a partir de 5 metros de distância, empunhando a pistola,
aplicando o jato de PQ de modo que a nuvem envolva a base do fogo, realizando movimentos de varredura,
dentro dos limites do material em chamas, se aproximando à medida que for apagando; e
5º) O auxiliar movimenta a carreta conforme orientação do chefe da linha (avançar / recuar).
1º) Levar a carreta até uma distância segura do fogo (5 metros ou mais) e a favor do vento;
2º) O auxiliar abre a válvula de liberação de PQ, rompendo o lacre e o chefe da linha estica a mangueira
rígida e se posiciona a pelo menos 5 metros do fogo;
3º) O chefe da linha efetua um disparo para testar o equipamento;
4º) O chefe da linha inicia o combate ao fogo a partir de 5 metros de distância, empunhando a pistola,
aplicando o jato de PQ de modo que a nuvem envolva a base do fogo, realizando movimentos de varredura,
dentro dos limites do material em chamas, se aproximando à medida que for apagando; e
Extintores de Incêndio Unidade I 52/61
5º) O auxiliar movimenta a carreta conforme orientação do chefe da linha (avançar / recuar).
Possibilidade de soltar a tampa por ocasião da pressurização, caso esteja mal rosqueada.
b) Funcionamento
c) Aplicação
O CO2 deve ser aplicado a favor do vento, a uma distância inicial de aproximadamente 2 a 3 metros do fogo,
para dar condições de formar a nuvem abafadora. O operador deve avançar à medida que o fogo for sendo apagado,
ajudando na formação dessa nuvem, fazendo movimentos de “varredura” com o difusor, dentro dos limites do
material em chamas.
Extintores de Incêndio Unidade I 54/61
d) Duração da descarga
De 1,50 a 3 metros.
f) Operação
Figura 74
f.1) Carreta sem registro de liberação do CO2
1º) Levar a carreta até uma distância segura do fogo (3 metros ou mais) e a favor do vento;
2º) O auxiliar retira o pino de segurança, rompendo o lacre e o chefe da linha estica a mangueira rígida e
empunha o difusor através do punho (Fig. 74);
3º) A comando do chefe da linha, o auxiliar aciona a válvula de disparo, realizando um teste de operação;
4º) O chefe da linha inicia o combate a partir de 2 a 3 metros de distância, aplicando o CO2 de modo que a
nuvem envolva a base do fogo, movimentando o difusor (varredura), dentro dos limites do material em chamas,
avançando à medida que for apagando o fogo; e
5º) O auxiliar movimenta a carreta conforme solicitação do chefe da linha (avançar / recuar).
Extintores de Incêndio Unidade I 55/61
1º) Levar a carreta até uma distância segura do fogo (3 metros ou mais) e a favor
do vento;
2º) O auxiliar abre a válvula de liberação de CO2, rompendo o lacre e o chefe da
linha estica a mangueira rígida e empunha o difusor através do punho e válvula de
disparo (Fig. 75);
3º) O chefe da linha aciona a válvula de disparo, realizando um teste de operação;
4º) O chefe da linha inicia o combate a partir de 2 a 3 metros de distância, aplicando
o CO2 de modo que a nuvem envolva a base do fogo, movimentando o difusor
(varredura), dentro dos limites do material em chamas, avançando à medida que for
apagando o fogo; e
5º) O auxiliar movimenta a carreta conforme solicitação do chefe da linha (avançar
/ recuar). Figura 75
O risco oferecido por este tipo de carreta é o perigo de queimaduras nas mãos e pequenos choques elétricos,
se o operador segurar no difusor. Deve-se segurar no punho no momento da operação.
O CO2, em ambientes fechados e em grande concentração, pode causar asfixia.
Extintores de Incêndio Unidade I 56/61
a) Apresentação
b) Funcionamento
Figura 76
Extintores de Incêndio Unidade I 57/61
b.2) Carreta de pressurização indireta (Fig. 77): Ocorre com a pressurização da
pré-mistura (água + LGE) contida no extintor através da liberação do gás expelente
contido no cilindro de pressurização. Ao ser acionada a válvula de disparo, a mistura
fluirá através do tubo sifão e da mangueira rígida até o esguicho formador de espuma,
onde o ar é aspirado e a espuma é formada e lançada.
c) Aplicação
d) Duração da descarga
e) Alcance do jato
De 10 a 15 metros.
Extintores de Incêndio Unidade I 58/61
f) Operação
1º) Levar a carreta até uma distância segura do fogo (5 metros ou mais) e a favor do vento;
2º) O chefe da linha estica a mangueira rígida e o auxiliar abre o cilindro de pressurização, rompendo o lacre;
3º) Nas carretas com pistolas, o chefe da linha deve efetuar um disparo para testar o equipamento. Nas carretas
sem pistolas, a espuma começará a sair pelo esguicho;
Extintores de Incêndio Unidade I 59/61
4º) O chefe da linha inicia o combate ao fogo a partir de uma distância de 4 a 5 metros, avançando à medida
que for apagando o fogo; e
5º) O auxiliar movimenta a carreta conforme orientação do chefe da linha (avançar / recuar).
Observação: As bordas laterais internas de um recipiente que contenha líquido em chamas, podem ser usadas
como anteparo.
Caso o líquido esteja em chamas no chão, a aplicação deverá ser feita de modo que a espuma caia como se
fosse chuva.
No momento da pressurização, existe o risco da mangueira rígida chicotear e a tampa (caso mal rosqueada)
sair violentamente.
Figura 83