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Proteção

Contraincêndio

Edição 2018
2/61

Proteção Contraincêndio
A disciplina Proteção Contraincêndio (PCI), faz parte do curso CBA-2 que tem como finalidade Capacitar
profissionais para exercerem a função operacional de bombeiro de aeródromo em aeródromos classes I,
II, III ou IV, conferindo Certificado de Habilitação BA-2.

1ª Edição Maio/2013 2ª Edição Abril/2018

Equipe de Desenvolvimento do Conteúdo: Equipe de Desenvolvimento do Conteúdo:


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ILA 1º Sgt SGS André Aparecido da Silva
Coordenação Pedagógica e Revisão Geral:
ILA Cap Esp Arm Carlos Henrique Dos Santos Coordenação Pedagógica e Revisão Geral:
ILA 2º Ten Ped Vivianete Milla De Freitas ILA Maj Esp Arm Carlos Henrique Dos Santos
ILA SO SML Evandro Breda De Almeida ILA 2º Ten Ped Camila de Melo Andriotti
ILA 1º Sgt SDE Maxwell de Oliveira
Diagramação:
ILA 3S BFT Justino Valentim do Nascimento Neto Diagramação:
ILA Cb SDE Henrique Borges de Jesus ILA S2 NE Bruno Correa Castro Palhano
ILA S2 NE Héron Henrico Soares

Rejeição de Responsabilidade

O presente trabalho foi desenvolvido para uso didático, em cursos que são oferecidos pelo Instituto de Logística da Aeronáutica (lLA). O seu conteúdo é fruto de
pesquisa em fontes citadas na referência bibliográfica, e que o(s) autor(es)/revisor(es) acreditam ser confiáveis. No entanto, nem o ILA, nem o(s) autor(es)/revisor(es)
garantem a exatidão e a atualização das informações aqui apresentadas, rejeitando a responsabilidade por quaisquer erros e/ou omissões, ou por danos e prejuízos
que possam advir do uso dessas informações. Esse trabalho é publicado com o objetivo de suprir informações acerca dos temas nele abordados, não devendo ser
entendido como um substituto dos serviços prestados por profissionais da área, ou das publicações técnicas específicas que tratam de assuntos correlatos.
Introdução 3/61

Esta apostila corresponde à disciplina de Proteção Contraincêndio (PCI).

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Objetivos:
a) identificar os aparelhos extintores e suas características (Cn);
b) conhecer a forma adequada de operação de cada tipo de aparelho extintor de incêndio (Ap);
c) definir proteção contraincêndio (Cn);
d) descrever as fases do desenvolvimento de um incêndio numa edificação (Cn);
e) identificar os diferentes tipos de proteção contraincêndio aplicáveis nas edificações (Cn);
f ) identificar o funcionamento de cada tipo de proteção contraincêndio (Cp);
g) descrever a operacionalidade dos diferentes tipos de proteção contraincêndio (Cn);
h) identificar a importância da manutenção dos sistemas de proteção contraincêndio (Cp);
i) definir acidente de trabalho (Cn);
j) identificar as causas de acidente do trabalho (Cn);
k) identificar os riscos existentes no ambiente de trabalho (Cn);
l) identificar os equipamentos de proteção individual (Cn); e
m) compreender a importância do uso de equipamentos de proteção individual adequado ao risco existente na área de trabalho (Cp).

Ementa:
1) Características Gerais dos Aparelhos Extintores: Classificação dos extintores, Indicador de Pressão, Cilindro de Pressurização, Agentes Expelentes, Câmara de
Expansão, Princípio de Funcionamento, Dispositivos de Segurança, Rótulo, Transportes dos Aparelhos Extintores. 2) Extintores Portáteis: Extintor de Água, Extintor de
Dióxido de Carbono, Extintor de Pó Químico, Extintor de Espuma Mecânica, Extintor de Gases Halogenados. 3) Extintores Sobre Rodas e Rebocáveis: Extintor Sobre Rodas
de Água, Extintor Sobre Rodas de Dióxido de Carbono, Extintor Sobre Rodas de Pó Químico, Extintor Sobre Rodas de Espuma Mecânica, Extintores Rebocáveis de Pó
Químico. 4) Características das Estruturas das Edificações em Incêndios: Proteção Contraincêndio, Desenvolvimento de um Incêndio, Resistência da Estrutura da Edificação
ao Fogo, Revestimentos, Selagens e Vedações de Proteções. 5) Proteção Passiva Contra Fogo: Proteção das Estruturas das Edificações, Isolamento de uma edificação
em relação à outra, Compartimentação de edificação, Proteção de cabos elétricos, Controle do material de acabamento,Controle do material depositado na edificação,
Ignifugação, Isolamento de riscos dentro da edificação, Saídas de emergência, Sinalização de emergência, Cores utilizadas na segurança de edificações, Sistemas de
proteção contra descargas atmosféricas, Plantas de risco, Acesso para viaturas de Bombeiros, Manutenção do sistema de proteção. 6) Proteção Ativa Contra Fogo: Sistema
de proteção contraincêndio por extintores, Sistema de proteção contraincêndio por hidrantes, Sistema de proteção contraincêndio por mangotinhos, Sistema de proteção
por chuveiros automáticos, Sistema de proteção por gases extintores, Sistema de iluminação de emergência, Sistema de detecção e alarme, Brigada contraincêndio,
Manutenção do sistema de proteção. 7) Segurança no Trabalho Aplicada às Atividades de Bombeiro: Generalidades sobre segurança no trabalho; Causas do acidente do
trabalho, Estabelecimento de um trabalho seguro, Atividades relativas a um acidente do trabalho, Consequências de um acidente do trabalho. 8) Utilização de EPI.
Unidade I
Extintores de Incêndio

Edição 2018
Extintores de Incêndio Unidade I 8/61

1. Apresentação
Os extintores de incêndio são aparelhos destinados a combater os princípios de incêndio, e não permitir a
sua evolução.
Muitas pessoas podem imaginar que o extintor é um equipamento supérfluo e ultrapassado. Porém estatísticas
mostram que cerca de 95% dos incêndios se desenvolveram a partir de minúsculos focos, tais como aqueles
originados de curto circuitos, pontas de cigarros jogadas inadvertidamente, etc. Se esses pequenos focos fossem
combatidos de início, enquanto o fogo estava pequeno, de fácil controle e extinção, certamente o incêndio não
ocorreria.
Os aparelhos extintores possuem as vantagens de pequeno porte, fácil manejo,
localização próxima ao fogo, baixo custo, etc. Por outro lado, sua capacidade extintora é
limitada, exigindo do operador muita eficácia para o completo êxito na extinção do foco
de incêndio.
A utilização rápida e eficaz do extintor evitará que tenhamos que lançar mão de
outros recursos mais dispendiosos para o combate ao fogo, e evitará maiores prejuízos
físicos e humanos. Os extintores possibilitam ao operador a escolha do agente extintor
adequado para cada classe de fogo.
Infelizmente muitas pessoas não são treinadas para utilizarem os aparelhos
extintores. Isso é facilmente verificado, pois em muitos incêndios, os bombeiros
encontram os extintores intactos nas paredes da edificação.

Figura 01
Extintores de Incêndio Unidade I 9/61

Observação: Desde 1990, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) proibiu a fabricação de
extintores portáteis ou sobre rodas, cujo agente extintor fosse a espuma química. Os extintores de espuma
química existentes até então, poderiam ser recarregados e vistoriados normalmente. A recomendação é que
eles sejam substituídos gradativamente por aparelhos contendo outros agentes extintores. Essa atitude
ocorreu devido à falta de segurança no manuseio e custo de manutenção elevado.

2. Classificação dos Extintores

2.1. Portabilidade
Quanto à portabilidade, os extintores podem ser classificados em:

Portáteis Veiculares
(possuem peso
total de até 20 Kg) De parede
Extintores Não portáteis Sobre rodas
(possuem peso Rebocáveis
total maior que 20
Estacionários
Kg)
ou fixos
Tabela 01
Extintores de Incêndio Unidade I 10/61
2.2. Pressão de Trabalho
Quanto à pressão de trabalho, os extintores são classificados como:

a) Aparelhos de baixa pressão


São confeccionados em chapa de aço metálico ou inoxidável, com emenda, que operam com pressão de trabalho
até 30 kgf/cm2.

b) Aparelhos de alta pressão


São confeccionados em tubo de aço carbono sem emenda, que operam com pressão de trabalho maior que 30
kgf/cm2.

2.3. Pressurização
Quanto à pressurização, os extintores podem ser:

a) Aparelhos de pressurização direta (pressurizados,


Fig. 02)
São aqueles que o gás expelente está em contato
permanente com o agente extintor. É caracterizado também
pela presença de indicador de pressão (exceto os extintores
de alta pressão).
Figura 02
Extintores de Incêndio Unidade I 11/61

b) Aparelhos de pressurização indireta, ou


de pressão injetável (a pressurizar)
São aqueles que o gás expelente não se
encontra em contato com o agente extintor, e sim
dentro de um cilindro de pressurização interno (Fig.
03) ou externo (Fig. 04).

Figura 03 Figura 04

3. Indicador de Pressão
Indicador de Pressão é um instrumento destinado a medir pressões de gases e líquidos. É constituído basicamente
de uma caixa metálica, normalmente circular, tendo na parte frontal um mostrador com números e um ponteiro.
Para proteger o ponteiro e o mostrador é colocado um visor de vidro ou plástico de alta resistência.
Seu funcionamento se dá através da ligação da pressão interna do recipiente com o Tubo de Bourdon, que tem
a forma espiral e se encontra atrás do mostrador, e deste com o ponteiro do mostrador. Com o acréscimo de pressão
no recipiente, esta chega até o Tubo de Bourdon fazendo com que o ponteiro, preso ao mesmo, se movimente no
sentido horário determinando a pressão interna do recipiente.
Extintores de Incêndio Unidade I 12/61
Normalmente os indicadores de pressão possuem mostradores contendo escalas em kgf/cm2 e MPa (Mega
Pascal), sendo que 1,0 MPa equivale a 10 kgf/cm2 conforme a Portaria 173/2006 do INMETRO, conforme podemos
observar nas figuras 05 e 06.

• Faixa vermelha - Pouca pressão, é necessário


pressurizar.
• Faixa verde - Pressão adequada ao trabalho.
• Faixa amarela ou branca - Excesso de pressão
(possui pressão mais do que suficiente).

Figura 05 Figura 06

4. Cilindro de Pressurização
São cilindros de alta pressão existentes nos aparelhos extintores de pressão indireta,
cuja finalidade é armazenar o gás expelente (Fig. 07).

Figura 07
Extintores de Incêndio Unidade I 13/61
A capacidade dos cilindros de pressurização está diretamente relacionada com a capacidade do aparelho
extintor.
O cilindro de pressurização, quando localizado externamente, deve estar instalado no aparelho extintor por
meio de um dispositivo seguro e protegido contra impactos.

5. Agentes Expelentes
Também chamados de gases propelentes, são destinados a pressurizar os aparelhos extintores fazendo com
que os agentes extintores sejam expelidos. Os mais utilizados são:
Gás Carbônico – CO2; e
Nitrogênio – N2.

Pressão indireta Pressão


Extintor direta
Água Outros*
Portátil N2 ou CO2 N2 ou CO2 N2
Não portátil N2 ou CO2 N2 ou CO2 N2
Tabela 02

*Observação: No caso dos aparelhos extintores de CO2, o próprio gás extintor é o agente expelente.
Extintores de Incêndio Unidade I 14/61

6. Câmara de Expansão (ou de Pressurização)


É o espaço que deve ser deixado dentro dos aparelhos extintores de baixa pressão,
destinado a acomodar o gás expelente (Fig. 08). O espaço ideal é de 20% da capacidade
volumétrica do aparelho, sendo admissível até 25%.

Figura 08

7. Princípio de Funcionamento
Qualquer que seja o tipo de pressurização do aparelho
extintor, o gás expelente ocupará a câmara de expansão fazendo
com que o agente extintor seja pressionado contra o fundo do
aparelho. Ao ser acionada a válvula de disparo ou a pistola, o
agente extintor fluirá através do tubo sifão em direção ao meio
externo (Fig. 09).
No caso do gás carbônico, a sua própria pressão propicia a
sua expulsão através do tubo sifão.
Figura 09
Extintores de Incêndio Unidade I 15/61

8. Dispositivos de Segurança

Os dispositivos de segurança são componentes


colocados nos aparelhos extintores que visam à
segurança das pessoas que irão utilizar ou manutenir
este equipamento.
São vários os dispositivos dentre eles podemos
citar: trava, lacre, dispositivo antirecuo (quebra-jato),
indicador de pressão, tampa com orifício ou ranhura na
rosca para alívio de pressão remanescente, dispositivo
de alívio de pressão e outros (Fig. 10).
Em nosso estudo vamos abordar a válvula de
alívio de pressão, tampas com orifícios ou ranhuras
nas roscas e a válvula de ruptura.

Figura 10
Extintores de Incêndio Unidade I 16/61

a) Válvula de alívio de pressão

Dispositivo que serve para aliviar somente o excesso de pressão do extintor. Funciona quando a pressão interna
do aparelho ultrapassa uma vez e meia a pressão de trabalho. Então ela se abre dando passagem para o excesso de
pressão, quando, depois de liberado este excesso, volta a se fechar. É geralmente encontrada nos extintores de
pressão injetável (Figs. 11, 12 e 13).

 

Figura 11 Figura 13

Figura 12
Extintores de Incêndio Unidade I 17/61
b) Disco de segurança

Dispositivo de segurança existente nos extintores de alta pressão (Fig. 14) e nos cilindros de pressurização
(Fig. 15), destinado a evitar o rompimento do extintor ou cilindro. Quando a pressão interna aumenta e atinge um
nível em que a segurança do recipiente fica comprometida, o disco de segurança se rompe dando passagem a toda
a pressão interna. Neste caso não há como impedir o vazamento total da carga.


Figura 14 Figura 15
Extintores de Incêndio Unidade I 18/61
Como exemplo podemos citar o disco de segurança da válvula do extintor de dióxido de carbono, que se
rompe a partir de 163 kgf/cm² até o extremo do teste hidrostático 190 ou 200 kgf/cm², ou a 45º C , que representa o
limite máximo da faixa de temperatura de operação. É por isso que devemos ter o cuidado quando o extintor de CO2
fica exposto a temperaturas elevadas, como no pátio de aeronave de determinadas regiões, onde a temperatura
ambiente pode facilmente chegar a 45°.

c) Dispositivo para alívio de pressão remanescente

Dispositivo de segurança que serve para aliviar a pressão remanescente dentro do extintor. Quando o pessoal
de manutenção estiver desrosqueando a tampa ou a válvula de um extintor, antes de sua total remoção, os furos
diametralmente opostos existentes na rosca das tampas (Fig. 16), ou as ranhuras existentes na rosca das válvulas
(Fig. 17) e em algumas tampas (Fig. 18), permitirão a saída da pressão remanescente do extintor, evitando assim
possíveis acidentes.

Figura 16 Figura 17 Figura 18


Extintores de Incêndio Unidade I 19/61

9. Rótulo
O rótulo é um requisito obrigatório para qualquer aparelho extintor. Nele devem constar, no mínimo, as
seguintes informações:
a) Logomarca da empresa (fabricante ou de manutenção);
b) Carga nominal;
c) Capacidade extintora;
d) Indicação de uso nas classes de incêndio; e
e) Instruções de utilização.
a
b, c
d

Figura 19 Figura 20
Extintores de Incêndio Unidade I 20/61

10. Transporte dos Aparelhos Extintores


Com exceção de alguns extintores portáteis com carga de água com pressão injetável, que não podem ser
transportados na posição horizontal, devido ao fato de não possuírem dispositivo que impeçam a saída de água,
os aparelhos extintores podem ser transportados da maneira que mais o operador se adapte e se sinta seguro. Os
bombeiros recomendam o transporte conforme mostram as figuras 21 e 22.

Figura 21 Figura 22
Extintores de Incêndio Unidade I 21/61

11. Aparelhos Extintores Portáteis

11.1. Extintor de Água


a) Apresentação
São extintores de baixa pressão confeccionados em chapa de aço carbono
ou inoxidável. Existe uma variedade muito grande de extintores portáteis com
capacidade de 10 litros, podendo ser de pressurização indireta (Figs. 23, 24
e 25) ou direta (água pressurizada, Fig. 26). Os extintores de pressurização
indireta possuem válvula de segurança para alívio de pressão.

Figura 26
Figura 23 Figura 24 Figura 25
Extintores de Incêndio Unidade I 22/61
b) Funcionamento

b.1) Extintor de água de pressurização indireta: Seu funcionamento ocorre com a pressurização do extintor
através da liberação do gás expelente contido no cilindro de pressurização, que pressurizará o sistema e impulsionará
a água através do tubo sifão e mangueira rígida (Fig. 27).

1 5
4
1
2 2
2
3
3
3

Figura 27

1 - Alça de transporte
2 - Tubo sifão
3 - Cilindro de pressurização
4 - Tampa volante
5 - Válvula de disparo
Extintores de Incêndio Unidade I 23/61
b.2) Extintor de água de pressurização direta: Seu funcionamento ocorre com o acionamento da válvula de
disparo, que permitirá que a água flua através do tubo sifão e saia sob pressão através da mangueira rígida (Fig. 28).

c) Aplicação
Válvula de
Disparo
A água deve ser aplicada na base do fogo, começando
Alça de
o combate a uma distância inicial de 3 a 4 metros, avançando Transporte
à medida que o fogo for sendo apagado. Colocando-se o
dedo na extremidade da mangueira rígida, obteremos um Indicador de
Pressão
pequeno chuveiro (Fig. 29).

d) Duração da descarga
Tubo Sifão

Figura 28

Tabela 03

e) Alcance do jato

Acima de 4 metros.
Figura 29
Extintores de Incêndio Unidade I 24/61
f) Procedimentos de operação

f.1) Extintor de água de pressurização direta


(pressurizado)

1º) Levar o extintor até uma distância segura do


fogo (4 metros ou mais) e a favor do vento;
2º) Retirar o pino de segurança (Figs. 30 e 31);
3º) Empunhar a mangueira rígida;
4º) Acionar a válvula de disparo efetuando o teste
do extintor (Fig. 32); e
5º) Iniciar o combate a partir de uma distância de
3 a 4 metros do fogo, aplicando o jato na base do fogo, Figura 33

se aproximando à medida que for apagando o fogo.


Figuras 30 e 31
f.2) Extintor de água de pressurização indireta

1º) Levar o extintor até uma distância segura do


fogo (4 metros ou mais) e a favor do vento;
2º) Inclinar o extintor para frente segurando
a mangueira rígida apontada para o fogo e abrir o
registro do cilindro de pressurização, rompendo o
lacre (Fig. 33); Figura 32
Extintores de Incêndio Unidade I 25/61
Caso o extintor não tenha válvula de disparo:
3º) Empunhar a mangueira rígida e iniciar o combate a partir de uma distância de 3 a 4 metros do fogo, aplicando
o jato na base do fogo, se aproximando à medida que for apagando o fogo;

Caso o extintor tenha válvula de disparo:


3º) Empunhar a mangueira rígida e acionar a
válvula de disparo efetuando o teste do extintor; e
4º) Iniciar o combate a partir de uma distância 3a4m
de 3 a 4 metros do fogo (Fig. 34), aplicando o jato
na base do fogo, se aproximando à medida que Figura 34
for apagando o fogo.

g) Perigos oferecidos pelo extintor

g.1) Extintor de água de pressurização indireta

No momento da pressurização, devemos segurar a mangueira rígida, apontando-a para


a base do fogo, e inclinar o extintor 45° para frente (Fig. 35), apoiando-o no chão, pois existe
o risco da mangueira rígida chicotear e o da tampa (caso mal rosqueada) sair violentamente Figura 35
e acertar o nosso rosto.

g.2) Extintor de água de pressurização direta (pressurizado)

Não apresenta perigo.


Extintores de Incêndio Unidade I 26/61

11.2. Extintor de Dióxido de Carbono (CO2)


a) Apresentação

São extintores de alta pressão confeccionados em tubo de aço carbono sem


emenda. Os extintores portáteis de dióxido de carbono podem ter a capacidade
que variam de 1 a 6 quilos (Figs. 37 e 38). Eles não possuem indicadores de
pressão devido ao fato dos indicadores de alta pressão tornarem o aparelho
extintor economicamente inviável.
Os difusores se destinam a direcionar o jato de CO2 que está sendo liberado,
de modo que ele se expanda e atinja o material em chamas com a sua melhor
concentração abafadora. Existem algumas variedades de modelos, porém os
maiores têm apresentado uma maior eficiência (Fig. 36).

Figura 36 Figura 37 Figura 38


Extintores de Incêndio Unidade I 27/61
b) Funcionamento

Ocorre com o acionamento da válvula de disparo, que libera a fase liquefeita do dióxido de carbono através do
tubo sifão. Após passar pela peça chamada “quebra-jato” (que reduz a força de reação provocada pela saída do gás
sob pressão de maneira violenta, permitindo ao operador manter o controle direcional), o CO2 percorre a mangueira
rígida e entra no difusor, por onde é liberado. O difusor permite a aplicação do dióxido de carbono de maneira suave,
uniforme e compacta. A fase líquida do CO2, ao se gaseificar, aumenta o seu volume em 450 vezes.

Quebra jato
Punho

Válvula de
Disparo

Difusor Alça de
Transporte

Tubo Sifão

Figura 39

Observação: O quebra-jato pode estar localizado na válvula ou na extremidade da mangueira.


Extintores de Incêndio Unidade I 28/61
c) Aplicação

O dióxido de carbono deve ser aplicado a favor do vento, a uma distância inicial de aproximadamente 1,5 a 2
metros do fogo, para dar condições de formar a nuvem abafadora. O operador deve avançar à medida que o fogo
for sendo apagado, ajudando na formação dessa nuvem, fazendo movimentos de “varredura” com o difusor, dentro
dos limites do material em chamas (Figs. 40 e 41). Sua melhor eficiência ocorre em ambientes fechados.

Figura 40 Figura 41

d) Duração da descarga

Depende do regime de descarga imposto pelo operador e da capacidade do extintor.

e) Alcance do jato (com eficiência)

De 0,60 a 1,20 metros.


Extintores de Incêndio Unidade I 29/61
f) Operação

1º) Levar o extintor até uma distância segura do fogo (4 metros ou mais) e a favor do vento;
2º) Retirar o pino de segurança;
3º) Empunhar o difusor segurando-o no punho (Fig. 42);
4º) Acionar a válvula de disparo efetuando o teste do extintor; e
5º) Iniciar o combate a uma distância de 1,5 a 2
metros do fogo (Fig. 43), aplicando o CO2 de modo
que a nuvem envolva a base do fogo, movimentando o
difusor (varredura), dentro dos limites do material em
chamas, se aproximando à medida que for apagando
o fogo.

Figura 42
Vídeo de Procedimentos de Utilizaçao de Extintor Prático:
https://www.youtube.com/watch?v=falsyoqXrN4

1,5 a 2 m

Figura 43
Extintores de Incêndio Unidade I 30/61

g) Perigos oferecidos pelo extintor

• Ele oferece o perigo de queimaduras nas mãos e pequenos choques elétricos, se o operador segurar no
difusor. Deve-se segurar no punho no momento da operação.
• A possibilidade de ocorrer choque elétrico é decorrente do fato da rápida expansão do CO2 líquido para o
estado gasoso, que produz energia estática.
• O dióxido de carbono produz queimaduras na pele, é irritante aos olhos e, em ambientes fechados e em
concentrações relativamente baixas (20%), pode causar morte por asfixia.

Vídeo de Extinção Química com CO2 (Extintor de gás carbonico)

https://www.youtube.com/watch?v=yklkLKMrP70
Extintores de Incêndio Unidade I 31/61
11.3. Extintor de Pó Químico (PQ)
a) Apresentação

São extintores de baixa pressão confeccionados em chapa de aço carbono


ou inoxidável. Os extintores portáteis com carga de pó químico são fabricados em
diversas capacidades que vão de 1 até 12 quilos, podendo ser de pressurização
indireta (Fig. 44) ou direta, também chamados de pressurizados (Figs. 45 e 46).
Os de 1 e 2 quilos não possuem mangueira rígida. Os de pressurização indireta
possuem válvula de segurança para alívio de pressão e tubo de pressurização.
O tubo de pressurização dos extintores de pó químico de pressurização
indireta tem como objetivo descompactar todo o pó que esteja no fundo do
cilindro, a fim de garantir a funcionalidade do aparelho.

Figura 44 Figura 45 Figura 46


Extintores de Incêndio Unidade I 32/61
b) Funcionamento Alça de
Transporte
b.1) Extintor de PQ de pressurização indireta: Ocorre com
a pressurização do extintor através da liberação do gás expelente Tubo de
contido no cilindro de pressurização. Esse gás será conduzido pelo Pressurização

tubo de pressurização até a parte de baixo do recipiente de pó. Então,


Cilindro de Tubo Sifão
quando ele subir em direção à câmara de expansão, irá forçar o pó Pressurização
químico a se descompactar. Uma vez na câmara de expansão, o gás
expelente impulsionará o PQ através do tubo sifão e pela mangueira
rígida até a pistola. Acionando-se a pistola, ocorrerá a saída do PQ
(Fig. 47).
Pistola
Figura 47

b.2) Extintor de PQ de pressurização direta (pressurizado): Válvula de Alça de


Ocorre com o acionamento da válvula de disparo, que permitirá Disparo Transporte

que o PQ flua através do tubo sifão e saia sob pressão através da


mangueira rígida (Fig. 48). Indicador de
Pressão

Tubo Sifão

Figura 48
Extintores de Incêndio Unidade I 33/61
c) Aplicação

O PQ deve ser aplicado a favor do vento, a uma distância inicial de aproximadamente 3 a 4 metros do fogo, para
se ter condições de formar a nuvem abafadora, avançando à medida que o fogo for sendo apagado. O operador deve
ajudar na formação dessa nuvem, fazendo movimentos de varredura, dentro dos limites do material em chamas.

d) Duração da descarga

Depende do regime de aplicação imposto pelo


operador e da capacidade do extintor.

e) Alcance do jato
Figura 49
Alcance eficaz é de 2 a 6 metros.

f) Operação

f.1) Extintor de pressurização direta (pressurizado)

1º) Levar o extintor até uma distância segura do fogo


(4 metros ou mais) e a favor do vento;
2º) Retirar o pino de segurança;
3º) Empunhar a mangueira rígida (se possuir); Figura 50

4º) Acionar a válvula de disparo efetuando o teste do extintor (Fig. 49); e


5º) Iniciar o combate a uma distância de 3 a 4 metros do fogo, aplicando o jato de PQ de modo que a nuvem
envolva a base do fogo, movimentando a mangueira rígida ou o extintor (varredura, Fig. 50), dentro dos limites do
material em chamas, se aproximando à medida que for apagando o fogo.
Extintores de Incêndio Unidade I 34/61
f.2) Extintor de pressurização indireta

1º) Levar o extintor até uma distância segura do fogo (4 metros ou mais) e a favor do vento (Fig. 51);
2º) Inclinar o extintor para frente segurando a mangueira rígida e abrir o registro do cilindro de pressurização,
rompendo o lacre (Fig. 52);
3º) Empunhar a pistola e acionar efetuando o teste do extintor; e

Figura 51 Figura 52

4º) Iniciar o combate a uma distância de 3 a 4 metros do fogo, aplicando o jato de PQ de modo que a nuvem
envolva a base do fogo, movimentando a mangueira rígida ou o extintor (varredura), dentro dos limites do material
em chamas, se aproximando à medida que for apagando o fogo.
Extintores de Incêndio Unidade I 35/61
g) Perigos oferecidos pelo extintor

g.1) Extintor de pressurização indireta

No momento da pressurização, devemos segurar a mangueira rígida, apontando-a


para a base do fogo, e inclinar o extintor 45º para frente (Fig. 53), apoiando-o no chão,
pois existe o risco da mangueira rígida chicotear e o da tampa (caso mal rosqueada) sair
violentamente e acertar o nosso rosto. Figura 53

g.2) Extintor de pressurização direta (pressurizado)

Não apresenta perigo.

Vídeo de Extinção Química com PQS (Extintor de Pó Químico Seco).

https://www.youtube.com/watch?v=10rYyqIQ6j4
Extintores de Incêndio Unidade I 36/61

Vídeo de Combate a Fogo com Extintor de PQ

Vídeo 02

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Extintores de Incêndio Unidade I 37/61

11.4. Extintor de Espuma Mecânica


a) Apresentação

São extintores de baixa pressão confeccionados em chapa de aço inoxidável,


aço carbono ou chapa de alumínio. São fabricados com capacidade de 9 e 10 litros,
podendo ser de pressurização indireta (Fig. 54) ou direta, também chamado de
pressurizados (Fig. 55).

Figura 54 Figura 55
Extintores de Incêndio Unidade I 38/61
Válvula de
b) Funcionamento Disparo

b.1) Extintor de pressurização indireta: Ocorre com a


pressurização da pré-mistura (água + LGE) contida no extintor através Alça de
Transporte
da liberação do gás expelente contido no cilindro de pressurização.
Ao ser acionada a válvula de disparo, a mistura fluirá através do tubo
Tubo
sifão e da mangueira rígida até o esguicho formador de espuma, Sifão Cilindro de
onde o ar é aspirado e a espuma é formada e lançada (Fig. 56). Pressurização
Esguicho
Formador de
Espuma

Figura 56

Válvula de
Disparo
b.2) Extintor de pressurização direta (pressurizado): Ocorre
com o acionamento da válvula de disparo, que permitirá a saída da
Alça de
mistura pressurizada através do tubo sifão e da mangueira rígida até Transporte
o esguicho formador de espuma, onde o ar é aspirado e a espuma é
Indicador de
formada e lançada (Fig. 57). Pressão Tubo
Sifão

Esguicho
Formador de
Espuma

Figura 57
Extintores de Incêndio Unidade I 39/61
c) Aplicação
A espuma deve ser aplicada a partir de uma distância segura (3 a 4 metros, Fig. 58) de maneira a cobrir a
superfície do material em chamas. Devemos usar, nos casos de líquidos inflamáveis, um anteparo, ou seja, direcionar
o jato de espuma num anteparo de modo que ela escorra por ele e cubra de maneira suave a superfície do líquido
em chamas. Por exemplo: as bordas laterais de um recipiente que contenha líquido em chamas poderão ser usadas
como anteparo. Caso não se disponha de um anteparo, lançá-la para o alto para cair como chuva em cima do líquido.

d) Duração da descarga
Depende do regime de aplicação
imposto pelo operador.
3a4m
e) Alcance do jato
De 9 a 10 metros. Figura 58

f) Operação
Orifício para a
f.1) Extintor de pressurização direta (pressurizado)

entrada do ar

1º) Levar o extintor até uma distância segura do fogo (4 metros ou


mais) e a favor do vento;
2º) Retirar o pino de segurança;
3º) Empunhar a mangueira rígida pelo esguicho formador de espuma Figura 59
(Fig. 59). Observação: Ao empunhar o esguicho, tomar o cuidado de não
impedir a entrada do ar para a formação de espuma;
Extintores de Incêndio Unidade I 40/61
4º) Acionar a válvula de disparo efetuando o teste do extintor; e
5º) Iniciar o combate a uma distância de 3 a 4 metros do fogo, aplicando o jato de espuma num anteparo,
de modo que a espuma escorra suavemente pela superfície do líquido em chamas. À medida que for apagando,
efetue deslocamentos de modo a aplicar o jato de espuma em outras partes do anteparo para que a espuma possa
cobrir a superfície do líquido mais rapidamente.

f.2) Extintor de pressurização indireta

1º) Levar o extintor até uma distância segura do fogo (4 metros ou mais) e
a favor do vento;
2º) Abrir o registro do cilindro de pressurização, rompendo o lacre (Fig. 60);
3º) Empunhar a mangueira rígida pelo esguicho formador de espuma.
Obs: Ao empunhar o esguicho, tomar o cuidado de não impedir a entrada
do ar para a formação de espuma;
4º) Acionar a válvula de disparo efetuando o teste do extintor; e
5º) Iniciar o combate a uma distância de 3 a 4 metros do fogo, aplicando
o jato de espuma num anteparo, de modo que a espuma escorra suavemente
pela superfície do líquido em chamas.
Figura 60
À medida que for apagando, efetue deslocamentos de modo a aplicar o
jato de espuma em outras partes do anteparo para que a espuma possa cobrir
a superfície do líquido mais rapidamente.
Extintores de Incêndio Unidade I 41/61

Vídeo de Combate a Fogo com Extintor de Espuma Mecânica

Vídeo 03

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Extintores de Incêndio Unidade I 42/61
g) Perigos oferecidos pelo extintor

g.1) Extintor de pressurização indireta

No momento da pressurização devemos ter cuidado, pois existe o risco da válvula (caso mal rosqueada) sair
violentamente e acertar o nosso rosto.

g.2) Extintor de pressurização direta (pressurizado)

Não apresenta perigo.


11.5. Extintor de Gases Halogenados
a) Apresentação

São extintores de baixa pressão confeccionados em chapa


de aço carbono ou inoxidável. O extintor com carga de halon
é fabricado em diversas capacidades, variando desde 1 até 9
quilos, todos já pressurizados com nitrogênio, e os modelos com
capacidade acima de 4 quilos, apresentam mangueira rígida para
melhor direcionar o jato (Figs. 61 e 62). Figura 61 Figura 62
b) Funcionamento

Ocorre com o acionamento da válvula de disparo, que permitirá a saída da mistura pressurizada de gases através
do tubo sifão e da mangueira rígida até o esguicho.
Vídeo de Extintor de Incêndio - Combate a Incêndio com Halon
https://www.youtube.com/watch?v=b_qdn8YG0eU
Extintores de Incêndio Unidade I 43/61
c) Aplicação

Deve ser aplicado a favor do vento a uma distância inicial de aproximadamente 1 a 2 metros do fogo, para
dar condições de formar a nuvem que envolve o material em chamas, avançando à medida que o fogo for sendo
apagado. O operador deve ajudar na formação dessa nuvem, fazendo movimentos de varredura, dentro dos limites
do material em chamas.

d) Duração da descarga

Depende do regime de aplicação e da capacidade do extintor.

e) Alcance do jato

De 3 a 6 metros.
Figura 63
f) Operação

1º) Levar o extintor até uma distância segura do fogo (4 metros ou mais) e a favor do vento;
2º) Retirar o pino de segurança;
3º) Empunhar a mangueira rígida (os que possuírem);
4º) Acionar a válvula de disparo para testar o equipamento (Fig. 63); e
5º) Iniciar o combate aplicando o jato de modo que a nuvem envolva a base do fogo, movimentando a mangueira
rígida (se possuir), ou o próprio extintor, de modo a fazer uma varredura, dentro dos limites do material em chamas,
se aproximando à medida que for apagando o fogo.
Extintores de Incêndio Unidade I 44/61
g) Perigos oferecidos pelo extintor

O extintor em si não oferece riscos, porém muitos gases halogenados são tóxicos e, além disso, em ambientes
fechados podem causar a asfixia.

Vídeo Mostrando o Uso Incorreto de Extintores

Vídeo 04

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Extintores de Incêndio Unidade I 45/61

12. Aparelhos Extintores Sobre Rodas (Carretas)

São aparelhos de grande volume. Para facilitar o seu transporte, são


montados sobre rodas, formando uma carreta (Fig. 64). Apesar de uma
pessoa bem treinada ter condições de operar um aparelho extintor sobre
rodas, devido ao seu porte, recomendamos que sejam operados por dois
elementos, que constituem a guarnição de carreta. Da seguinte forma:
O primeiro é o chefe da linha. É ele que empunha a mangueira rígida e
ataca o fogo.
O segundo é o auxiliar. É ele que aciona a carreta, movimentando-a de
acordo com o chefe da linha.
De modo geral, o funcionamento dos extintores portáteis e sobre rodas
é bem parecido.

Figura 64
Extintores de Incêndio Unidade I 46/61
12.1. Carreta de Água
a) Apresentação

São fabricadas com capacidade de 75 a 150 litros, com 5 a 10 metros de


mangueira rígida, podendo ser de pressurização direta ou pressurizada e de
pressurização indireta. Algumas possuem esguichos. Outras possuem pistolas.

b) Funcionamento

b.1) Carreta de água de pressurização indireta (Fig. 65): Ocorre com a


pressurização do extintor através da liberação do gás expelente contido no cilindro Figura 65

de pressurização, que pressurizará o sistema e impulsionará a água através do tubo


sifão e pela mangueira rígida. Ao ser acionada a pistola, o agente extintor será
expelido.

b.2) Carreta de água de pressurização direta (pressurizada, Fig. 66): Ocorre


com o acionamento da válvula de liberação do agente extintor, que permitirá que
a água flua através do tubo sifão e pela mangueira rígida. Ao ser acionada a pistola,
o agente extintor será expelido.

Figura 66
Extintores de Incêndio Unidade I 47/61
c) Aplicação

Devemos aplicar a água na base do fogo, começando o combate a uma distância inicial mínima de 5 metros,
avançando à medida que o fogo for sendo apagado. Colocando-se o dedo na extremidade da mangueira rígida,
obteremos um “pequeno chuveiro”.

d) Duração da descarga

d.1) Carreta de pressurização indireta:

Aproximadamente 3 (três) minutos.

d.2) Carreta de pressurização direta (pressurizada):

Depende do regime de descarga imposto pelo operador.

e) Alcance do jato

De 10 a 15 metros. Figura 67

f) Operação

f.1) Carreta de pressurização indireta:

1º) Levar a carreta até uma distância segura do fogo (5 metros ou mais) e a favor do vento;
2º) O chefe da linha estica a mangueira rígida e o auxiliar abre o registro do cilindro de pressurização,
rompendo o lacre (Fig. 67);
Extintores de Incêndio Unidade I 48/61
3º) Nas carretas com pistolas, o chefe da linha deve efetuar um disparo para testar o equipamento. Nas carretas
sem pistolas, a água começará a sair pelo esguicho;
4º) O chefe da linha inicia o combate ao fogo a partir de uma distância de 4 a 5 metros, se aproximando à
medida que for apagando o fogo; e
5º) O auxiliar movimenta a carreta conforme orientação do chefe da linha (avançar / recuar).

f.2) Carreta de pressurização direta (pressurizada)

1º) Levar a carreta até uma distância segura do fogo (5 metros ou mais) e a favor do vento;
2º) O chefe da linha estica a mangueira rígida e o auxiliar abre a válvula de liberação de água, rompendo o
lacre;
3º) Nas carretas com pistolas, o chefe da linha deve efetuar um disparo para testar o equipamento. Nas carretas
sem pistolas, a água começará a sair pelo esguicho;
4º) O chefe da linha inicia o combate ao fogo a partir de uma distância de 4 a 5 metros, se aproximando à
medida que for apagando o fogo; e
5º) O auxiliar movimenta a carreta conforme orientação do chefe da linha (avançar / recuar).

g) Perigos oferecidos pela carreta

g.1) Carreta de pressurização indireta


Possibilidade de soltar a tampa por ocasião da pressurização, caso esteja mal rosqueada.
Extintores de Incêndio Unidade I 49/61
g.2) Carreta de pressurização direta (pressurizada)
Não apresenta perigo.

12.2. Carreta de Pó Químico


a) Apresentação

Encontrados com as mais diferentes capacidades, a partir de 20 quilos,


providos de 3 a 10 metros de mangueira rígida com pistola, podendo ser
de pressurização indireta e de pressurização direta ou pressurizada. Alguns
equipamentos possuem válvulas de abertura de linha e válvulas de limpeza
de linha.

b) Funcionamento

b.1) Carreta de pressurização indireta (Fig. 68): Ocorre com a


pressurização do extintor através da liberação do gás expelente contido no
cilindro de pressurização. Esse gás será conduzido pelo tubo de pressurização
até a parte de baixo do recipiente de pó. Então, quando ele subir em direção
à câmara de expansão, irá forçar o pó químico a se descompactar. Uma vez
na câmara de expansão, o gás expelente impulsionará o PQ através do tubo
Figura 68
sifão e pela mangueira rígida até a pistola. Acionando-se a pistola, ocorrerá
a saída do PQ.
Extintores de Incêndio Unidade I 50/61

b.2) Carreta de pressurização direta (pressurizada, Fig. 69): Ocorre com o


acionamento da válvula de liberação de PQ, que permitirá que PQ flua através do
tubo sifão e pela mangueira rígida até a pistola. Acionando-se a pistola, ocorrerá
a saída do PQ.

c) Aplicação

Deve ser aplicado a favor do vento, a uma distância inicial mínima de


aproximadamente 5 metros do fogo, para dar condições de formar a nuvem
abafadora. O operador deve avançar à medida que o fogo for sendo apagado
ajudando na formação dessa nuvem, fazendo movimentos de varredura, dentro
dos limites do material em chamas.

d) Duração da descarga

Depende do regime de aplicação imposto pelo operador e da capacidade da Figura 69


carreta.

e) Alcance do jato

De 6 a 14 metros.
Extintores de Incêndio Unidade I 51/61
f) Operação

f.1) Carreta de pressurização indireta

1º) Levar a carreta até uma distância segura do fogo (5 metros


ou mais) e a favor do vento;
2º) O auxiliar abre o registro do cilindro de pressurização,
rompendo o lacre e o chefe da linha estica a mangueira rígida e se
posiciona a pelo menos 5 metros do fogo;
3º) O chefe da linha efetua um disparo para testar o equipamento; Figura 70

4º) O chefe da linha inicia o combate ao fogo a partir de 5 metros de distância, empunhando a pistola,
aplicando o jato de PQ de modo que a nuvem envolva a base do fogo, realizando movimentos de varredura,
dentro dos limites do material em chamas, se aproximando à medida que for apagando; e
5º) O auxiliar movimenta a carreta conforme orientação do chefe da linha (avançar / recuar).

f.2) Carreta de pressurização direta (pressurizada)

1º) Levar a carreta até uma distância segura do fogo (5 metros ou mais) e a favor do vento;
2º) O auxiliar abre a válvula de liberação de PQ, rompendo o lacre e o chefe da linha estica a mangueira
rígida e se posiciona a pelo menos 5 metros do fogo;
3º) O chefe da linha efetua um disparo para testar o equipamento;
4º) O chefe da linha inicia o combate ao fogo a partir de 5 metros de distância, empunhando a pistola,
aplicando o jato de PQ de modo que a nuvem envolva a base do fogo, realizando movimentos de varredura,
dentro dos limites do material em chamas, se aproximando à medida que for apagando; e
Extintores de Incêndio Unidade I 52/61
5º) O auxiliar movimenta a carreta conforme orientação do chefe da linha (avançar / recuar).

g) Perigos oferecidos pela carreta

g.1) Carreta de pressurização indireta

Possibilidade de soltar a tampa por ocasião da pressurização, caso esteja mal rosqueada.

g.2) Carreta de pressurização direta (pressurizada)

Não apresenta perigo.

12.3. Carreta de Dióxido de Carbono (CO2)


a) Apresentação

Encontradas com capacidades variáveis entre 10 e 50 quilos, providas


de mangueiras rígidas com 2 a 5 metros de comprimento e difusor. As de
10 kg possuem apenas a válvula de disparo na parte superior do cilindro.
As de maiores capacidades, possuem uma válvula de liberação de CO2
na parte superior do cilindro, e uma válvula de disparo junto ao difusor.
Algumas carretas são providas de um prolongador para que o
agente extintor possa ser aplicado em locais altos, como em motores
montados nas asas de aeronaves de asa alta, como o C-130 (Hércules),
por exemplo (Figs. 71 e 72). Figura 71 Figura 72
Extintores de Incêndio Unidade I 53/61

b) Funcionamento

Ocorre com o acionamento da válvula de disparo, que libera


o dióxido de carbono, que está sob pressão, através do tubo sifão.
Após passar pela peça chamada “quebra-jato” (que reduz a força
de reação provocada pela saída do gás sob pressão de maneira
violenta, permitindo ao operador manter o controle direcional),
o CO2 percorre a mangueira rígida e entra no difusor, por onde é
liberado. O difusor permite a aplicação do CO2 de maneira suave,
uniforme e compacta.
Nos aparelhos de maior capacidade, é necessário abrir a
válvula de liberação do CO2 (Fig. 73) para depois acionar a válvula
Figura 73
de disparo.

c) Aplicação

O CO2 deve ser aplicado a favor do vento, a uma distância inicial de aproximadamente 2 a 3 metros do fogo,
para dar condições de formar a nuvem abafadora. O operador deve avançar à medida que o fogo for sendo apagado,
ajudando na formação dessa nuvem, fazendo movimentos de “varredura” com o difusor, dentro dos limites do
material em chamas.
Extintores de Incêndio Unidade I 54/61

d) Duração da descarga

Depende do regime de aplicação imposto pelo operador e


da capacidade da carreta.

e) Alcance do jato (com eficiência)

De 1,50 a 3 metros.

f) Operação
Figura 74
f.1) Carreta sem registro de liberação do CO2

1º) Levar a carreta até uma distância segura do fogo (3 metros ou mais) e a favor do vento;

2º) O auxiliar retira o pino de segurança, rompendo o lacre e o chefe da linha estica a mangueira rígida e
empunha o difusor através do punho (Fig. 74);
3º) A comando do chefe da linha, o auxiliar aciona a válvula de disparo, realizando um teste de operação;
4º) O chefe da linha inicia o combate a partir de 2 a 3 metros de distância, aplicando o CO2 de modo que a
nuvem envolva a base do fogo, movimentando o difusor (varredura), dentro dos limites do material em chamas,
avançando à medida que for apagando o fogo; e
5º) O auxiliar movimenta a carreta conforme solicitação do chefe da linha (avançar / recuar).
Extintores de Incêndio Unidade I 55/61

f.2) Carreta com válvula de liberação do CO2

1º) Levar a carreta até uma distância segura do fogo (3 metros ou mais) e a favor
do vento;
2º) O auxiliar abre a válvula de liberação de CO2, rompendo o lacre e o chefe da
linha estica a mangueira rígida e empunha o difusor através do punho e válvula de
disparo (Fig. 75);
3º) O chefe da linha aciona a válvula de disparo, realizando um teste de operação;
4º) O chefe da linha inicia o combate a partir de 2 a 3 metros de distância, aplicando
o CO2 de modo que a nuvem envolva a base do fogo, movimentando o difusor
(varredura), dentro dos limites do material em chamas, avançando à medida que for
apagando o fogo; e
5º) O auxiliar movimenta a carreta conforme solicitação do chefe da linha (avançar
/ recuar). Figura 75

g) Perigos oferecidos pela carreta

O risco oferecido por este tipo de carreta é o perigo de queimaduras nas mãos e pequenos choques elétricos,
se o operador segurar no difusor. Deve-se segurar no punho no momento da operação.
O CO2, em ambientes fechados e em grande concentração, pode causar asfixia.
Extintores de Incêndio Unidade I 56/61

12.4. Carreta de Espuma Mecânica

a) Apresentação

Normalmente é fabricada na capacidade de 50 litros, podendo ser de


pressurização direta ou pressurizada, e de pressurização indireta, provida
de mangueira rígida de 5 metros de comprimento, esguicho formador de
espuma e válvula de disparo.

b) Funcionamento

b.1) Carreta de pressurização direta (pressurizada, Fig. 76): Ocorre


com o acionamento da válvula de liberação da mistura, que permitirá que
ela flua através do tubo sifão e pela mangueira rígida. Quando a válvula de
disparo é acionada, a mistura flui através do esguicho, onde o ar é aspirado
e a espuma é formada e lançada.

Figura 76
Extintores de Incêndio Unidade I 57/61
b.2) Carreta de pressurização indireta (Fig. 77): Ocorre com a pressurização da
pré-mistura (água + LGE) contida no extintor através da liberação do gás expelente
contido no cilindro de pressurização. Ao ser acionada a válvula de disparo, a mistura
fluirá através do tubo sifão e da mangueira rígida até o esguicho formador de espuma,
onde o ar é aspirado e a espuma é formada e lançada.

c) Aplicação

A espuma deve ser aplicada a partir de uma distância segura (a partir de 5 a 6


metros) de maneira a cobrir a superfície do material em chamas. Devemos usar, nos
casos de líquidos inflamáveis, um anteparo, ou seja, direcionar o jato de espuma num
anteparo de modo que ela escorra por ele e cubra de maneira suave a superfície do Figura 77
líquido em chamas.
Caso não se disponha de um anteparo, lançá-la para o alto para cair como chuva em cima do líquido.
À medida que o fogo for sendo apagado, os operadores devem se aproximar para efetuar uma melhor distribuição
da camada de espuma.

d) Duração da descarga

Depende do regime de descarga imposto pelo operador.

e) Alcance do jato

De 10 a 15 metros.
Extintores de Incêndio Unidade I 58/61
f) Operação

f.1) Carreta de pressurização direta (pressurizada)


1º) Levar a carreta até uma distância segura do fogo (5
metros ou mais) e a favor do vento;
2º) O chefe da linha estica a mangueira rígida e o auxiliar
abre a válvula de liberação de mistura, rompendo o lacre (Fig.
78);
3º) Nas carretas com pistolas, o chefe da linha deve efetuar
um disparo para testar o equipamento. Nas carretas sem
pistolas, a espuma começará a sair pelo esguicho;
Figura 78
4º) O chefe da linha inicia o combate ao fogo a partir de
uma distância de 4 a 5 metros, avançando à medida que for
apagando o fogo; e
5º) O auxiliar movimenta a carreta conforme orientação do chefe da linha (avançar / recuar).

f.2) Carreta de pressurização indireta

1º) Levar a carreta até uma distância segura do fogo (5 metros ou mais) e a favor do vento;
2º) O chefe da linha estica a mangueira rígida e o auxiliar abre o cilindro de pressurização, rompendo o lacre;
3º) Nas carretas com pistolas, o chefe da linha deve efetuar um disparo para testar o equipamento. Nas carretas
sem pistolas, a espuma começará a sair pelo esguicho;
Extintores de Incêndio Unidade I 59/61

4º) O chefe da linha inicia o combate ao fogo a partir de uma distância de 4 a 5 metros, avançando à medida
que for apagando o fogo; e
5º) O auxiliar movimenta a carreta conforme orientação do chefe da linha (avançar / recuar).

Observação: As bordas laterais internas de um recipiente que contenha líquido em chamas, podem ser usadas
como anteparo.
Caso o líquido esteja em chamas no chão, a aplicação deverá ser feita de modo que a espuma caia como se
fosse chuva.

g) Perigos oferecidos pela carreta

g.1) Carreta de pressurização indireta

No momento da pressurização, existe o risco da mangueira rígida chicotear e a tampa (caso mal rosqueada)
sair violentamente.

g.2) Extintor de pressurização direta (pressurizado)

Não apresenta perigo eminente.


Extintores de Incêndio Unidade I 60/61

13. Aparelhos Extintores Rebocáveis


13.1. Aparelhos Extintores Rebocáveis de PQ
São classificados como rebocáveis, os
aparelhos montados em cima dos CCI (Figs.
79, 80 e 81) ou veículos rebocados (Fig. 82).
Atualmente são fabricados em capacidades
que variam de 50 a 200 Kg de PQ, com 30
(trinta) metros de mangueira rígida. O Sistema
de Contraincêndio da Aeronáutica já possuiu
viaturas com 1500 Kg de PQ. Figura 79: CCI AC-3 com 2 P-50 Figura 80: P-50 com 30m de
mangotinho
Da mesma forma que os aparelhos
extintores sobre rodas, é recomendado que a
operação desses equipamentos, seja realizada
por dois operadores: um chefe de linha e um
auxiliar.
As características técnicas e de
operação serão abordadas na apostila de
superestrutura do CCI no qual os aparelhos
extintores estão montados.
Figura 81: CCI PIONEIRO II com 2 P-750 Figura 82: Carretinha
rebocável com 1 P-250
Extintores de Incêndio Unidade I 61/61

14. Aparelhos Extintores Fixos


Correspondem aos sistemas fixos de extinção que utilizam gases extintores, destinados a proteger as
edificações. Podem ser utilizados os gases inertes ou os halogenados.
As características técnicas e de funcionamento serão abordadas na apostila de proteção contraincêndio
em edificações.

Figura 83

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