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J.B. Thompson é sociólogo e toda sua formação foi na Inglaterra, pela Universidade de
Cambridge; onde hoje é professor de sociologia e membro do Jesus College. Este livro
fora resultado de uma fase de pesquisa, em que suas inquietudes eram a natureza dos
meios de comunicação e o impacto social e político das mudanças nas formas de
comunicação. Atualmente, sua pesquisa está focada no impacto da revolução digital na
indústria editorial.
Prefácio / Introdução
John B. Thompson destaca que seu interesse de estudo é “entender as formas complexas
e múltiplas pelas quais a mídia passou a moldar o mundo em que hoje vivemos”. Neste
livro, o duplo objetivo do autor é locar o estudo da mídia no âmago do estudo das
sociedades modernas e, também, desenvolver em detalhes a Teoria Social da Mídia.
O autor centra-se em perceber que o uso dos meios de comunicação implica a criação de
novas formas de ação e de interação sociais, novos tipos de relações sociais e de
maneiras de relacionamento dos indivíduos.
Capítulo 1 – Comunicação e Contexto Social
O autor desenvolve uma abordagem que privilegia a comunicação como parte integral
de contextos mais amplos da vida social. Para tal, divide o capitulo em seis seções.
Neste tópico, o autor traz aspectos de contextos sociais entre os quais a comunicação e a
comunicação mediada, em particular, deveriam ser entendidas. Enquanto forma de ação,
a comunicação deve ter sua análise baseada, ao menos em parte, na análise da ação e na
consideração do seu caráter socialmente contextualizado.
Considerando que os fenômenos sociais podem ser vistos como ações intencionais e que
o poder é um fenômeno social penetrante, Thompson considera útil fazer uma distinção
entre as diversas formas de poder, destacando quatro tipos principais: poder econômico,
poder político, poder coercitivo e poder simbólico.
Nesta seção, o autor explora algumas questões sobre as relações entre a comunicação
mediada e os contextos sociais práticos nos quais ela é recebida e entendida. Para tal, é
preciso entender a recepção dos produtos da mídia como uma rotina, em geral, já
integrada pelos indivíduos em suas vidas cotidianas.
Esta analise percebe a recepção como uma atividade (ação) que é situada e rotineira,
que possui caráter de realização especializada e que está envolvida num processo de
interpretação.