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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS

LE703A - Sistemas Produtivos


Estudo de Caso: McDonalds

Prof. Dr. Paulo Sergio de Arruda Ignacio


Daniel da Silva Pereira - 169411
Luis Felipe Santos Soares - 182907
Luiz Fernando Magri dos Santos - 156473

Limeira, 2019
1. Introdução
A empresa McDonald’s é atualmente a maior rede de fast food no mundo, possuindo franquias ao
longo de 119 países, somando ao todo 37 mil pontos de venda. Seu maior foco de venda são os
hambúrgueres de carne, contudo sua produção é muito vasta, realizando vendas de milk shakes,
sorvetes, saladas, hambúrgueres de peixe, frango, vegano e entre outros.
A rede de fast food foi fundada em 1940, pelos irmãos Richard e Maurice McDonald, inicialmente
como uma churrascaria em Arcadia na Califórnia. Por volta de 10 anos depois, ao perceberem que
a maioria do seus lucros vinham de hambúrgueres, os irmão decidiram implementar um sistema
de montagem em série e vender apenas hambúrgueres, milk shakes e batatas, atingindo um enorme
sucesso. Logo após, franquias começaram a ser abertas ao longo de todo os Estados Unidos,
chamando a atenção de diversos empresários. Um deles foi Ray Kroc, o qual mais tarde comprou
os direitos da empresa e permitiu uma expansão ainda maior, abrindo franquias pelo mundo todo
e fortalecendo a marca até a forma como é vista nos dias atuais.
O campo de atuação da empresa é muito vasto, atingindo diversas classes sociais nos mais distintos
lugares. Alguns de seus produtos mais vendidos são: Big Mac, McChicken, Big Tasty.
Atualmente, 69 milhões de pessoas vão ao McDonald’s todos os dias, já no Brasil, desde a sua
chegada, mais de 4 bilhões de pessoas já se alimentaram pela franquia, o que demonstra o poder
da marca nos mais diversos mercados e a globalização a qual promove.
O presente trabalho teve como referência a franquia de Limeira situada na Avenida Comendador
Agostinho Prada, 1731, junto ao Sempre Vale Supermercados. A Loja funciona das 9h - 5h todos
os dias, opera com 2 turnos de 8 horas cada um com 1 hora para almoço, 15 funcionários para o 1º
turno e 25 funcionários para o 2º turno.

2. Inputs e outputs do sistema de produção


O processo de transformação de um processo de produção é dividido em Inputs (Entradas),
processo de transformação e Outputs (Saídas).
Inputs são os recursos necessários para que haja operação do sistema de produção, passando pelo
processo onde as atividades de transformação e de agregação de valor reúnem e transformam os
recursos até se tornarem os produtos finais prontos para serem entregues ao consumidor final.
No restaurante McDonald’s a divisão do sistema de produção é feita da seguinte maneira:
2.1. Inputs
2.1.1. Recursos transformadores
● Funcionários;
● Equipamentos da linha de produção.
2.1.2. Recursos transformados
● Matéria prima (pão, molhos, batatas, refrigerante, hambúrgueres, etc.);
● Clientes.
2.2. Processo de transformação
● Preparar os alimentos;
● Montar as refeições baseadas nos pedidos dos clientes.
2.3. Outputs
● Clientes satisfeitos com o serviço prestado.

3. Representação polar dos objetivos de desempenho


Para que haja um direcionamento adequado de recursos nas operações do restaurante, é necessário
monitorar os seus objetivos de desempenho.
A representação polar têm função de satisfazer esses objetivos os desdobrando em cinco seções:
Custo, Rapidez, Confiabilidade, Flexibilidade e Qualidade.
Os restaurantes McDonald’s seguem a representação polar dos objetivos de desempenho mostrada
na Figura 1.

Figura 1 - Representação polar dos objetivos de desempenho

Fonte: Elaborada pelos autores


Analisando os objetivos de desempenho, nota-se alta prioridade pela Rapidez, visto que esta é uma
marca que a empresa preza desde a sua fundação. O tempo entre o pedido e a entrega do produto
finalizado ao cliente é pré-determinado e sua redução é um grande esforço da organização.
O Custo também possui grande importância para os objetivos de desempenho. A empresa
concentra grande parte de seus esforços em aumentar a produtividade e minimizar os custos dos
inputs dos processos. Ferramentas de qualidade aplicadas e o sistema Just-in-Time são as maneiras
para se obter as conformidades esperadas em desempenho.
A Confiabilidade também possui relativa importância, pois a empresa preza pela previsibilidade
como medida para reduzir gastos desnecessários e atender às expectativas de seus clientes.
A Flexibilidade possui média importância. A empresa preza pelo “gosto universal” de seus
produtos, porém há tendência a variar algumas de suas opções do cardápio dependendo da região
do mundo que estão alocados, não apenas para se adaptar a disponibilidade de matéria prima, mas
também para se adaptar à realidade étnico-cultural da população.
A Qualidade também possui média importância. O processo de preparação dos alimentos segue
padrões pré-determinados e os funcionários passam por treinamentos específicos para que os
processos estejam dentro das determinações da vigilância sanitária e dentro dos padrões da
empresa.

4. Indicadores de desempenho
Os indicadores de desempenho, também chamados de KPI (Key Performance Indicators), são um
conjunto de métricas focadas no desempenho organizacional e de conformidade dos objetivos de
um processo ou produto. Devem ser mensuráveis e refletir as metas da organização.
A medição de desempenho é uma ferramenta que permite que a organização planeje suas metas,
aloque de forma mais eficiente seus recursos, reduza riscos, e aumente a eficácia de seus processos.
Uma métrica para realizar sua função com êxito deve possuir os seguintes atributos:
● Specific (Específica);
● Measurable (Mensurávell);
● Attainable (Atingível);
● Realistic (Realista);
● Timely (Ter tempo definido).
Toda a rede de franquias McDonald’s possui indicadores padronizados de desempenho podendo
citar como os mais importantes:

4.1. Pesquisas de satisfação do cliente


As pesquisas de satisfação são um dos indicadores mais relevantes para um restaurante,
especialmente para as redes fast-food. O cliente, com a nota fiscal do serviço prestado participa
pela internet na página McExperiência, onde responde a uma série de questões qualitativas a
respeito de sua experiência no restaurante com relação à qualidade da comida, rapidez do serviço
e atendimento.
O restaurante passa a ter um melhor direcionamento de seus objetivos e pode realizar melhorias
em seus processos, enquanto o cliente recebe bonificações, como descontos e gratuidades.

4.2. Avaliações em redes sociais


Nas redes sociais do restaurante as avaliações são valorizadas por estarem abertas ao público e
serem mais atrativas para os clientes que as pesquisas de satisfação, além de permitir maior
interação.

Outros indicadores presentes nos restaurantes franqueados são relacionados à produtividade e


engajamento dos funcionários no trabalho, controle de desperdícios de material bruto, análise do
número de clientes por dia e hora, entre outros.

5. Ferramentas da qualidade aplicadas


Segundo Carvalho (2012, pg. 27), a qualidade não deve ser vista de forma isolada, mas inserida
em um modelo em que se consideram os aspectos essenciais da sobrevivência da organização e de
como a qualidade os afeta e é por eles influenciada. A organização deve considerar a qualidade
sob uma perspectiva estratégica, de modo que represente para ela um diferencial competitivo, se
empenhando na melhoria de seu processo de produção. Em um mercado extremamente
competitivo como o alimentício, a utilização de ferramentas de qualidade é essencial para o
McDonald’s alcançar seus objetivos de desempenho.
Visando reduzir os gastos e aumentar a eficiência dos serviços prestados, a organização adotou
como padrão para seus franqueados a estratégia Lean de produção, focando nas necessidades dos
clientes.
Nota-se em restaurantes de fast food há a utilização de princípios de fordismo, não seria diferente
com o McDonald’s. Há um grande número de funcionários por turno (entre 15 e 25, no restaurante
em questão) e suas atividades são limitadas e mecânicas, de maneira a diminuir muito o tempo de
ciclo de produção e aumentar a organização e comunicação através de um layout celular.
Neste contexto,unindo os princípios de fordismo com a flexibilidade do sistema de produção Just-
in-Time permite que os clientes sejam servidos de maneira extremamente rápida e com um padrão
alto de qualidade em um fluxo de produção quase industrial.

5.1. Sistema 5S
O Sistema 5S é uma ferramenta base para implementação da qualidade total, permitindo que haja
maior produtividade baseando-se nos conceitos de:
● Utilização;
● Organização;
● Limpeza;
● Padronização;
● Disciplina.
Aplicado no sistema de produção do McDonald’s, o 5S permite que haja redução de gastos com
desperdício, se possa ter processos mais velozes e organizados e que se tenha um bom ambiente
de trabalho.

5.2. Just-in-Time
O Just-in-Time é um dos pilares da produção Lean. Este estabelece que a produção deve ser
baseada na demanda do cliente, a produção é em célula e o layout é compacto e orientado para o
produto.
5.3. Kanban
Kanban é uma ferramenta de suporte do sistema produtivo, atuando no controle do estoque,
mantendo os alimentos utilizados sempre frescos, reduzindo os gastos com armazenamento e
otimizando o espaço físico.

6. Melhorias implementadas
Por mais que a rede McDonald’s possua um processo produtivo que serve de exemplo para muitas
empresas, inclusive as não ligadas ao ramo alimentício, houve uma necessidade de mudanças em
sua estrutura, principalmente organizacional, depois da estagnação do crescimento de suas receitas
no fim da década passada.
Algumas razões para essa estagnação foram devido a alta rotatividade de mão de obra, crescimento
do pensamento sustentável e saudável pela sociedade (algo até então desvinculado ao McDonald's)
e ainda a falta de tecnologia disponível na loja para o consumidor.
A primeira mudança feita pela rede foi mudar a sua imagem perante o consumidor e também ao
colaborador. Ao consumidor o objetivo era passar a imagem de que o fast-food poderia estar
atrelado a comida balanceada e sustentável, logo campanhas foram feitas permitindo ao cliente
uma mudança no menu (algumas delas foram: a troca de fritas por salada em um combo, ou até
mesmo a inclusão de uma fruta no McLanche Feliz, um dos carros chefes da empresa). No entanto
para ocorrer essa mudança da imagem externa era necessário mudar internamente, permitindo que
o funcionário passasse essa imagem ao consumidor também. Desta maneira foram criados métodos
para motivar o colaborador a fim de que ele trabalhasse por um período maior de tempo na loja,
visto que estatisticamente em média um funcionário tinha permanência na empresa em torno de 7
meses, sendo que a maioria não possuía um ensino superior e esse emprego era o seu primeiro,
gerando altos custos de demissão, contratação, capacitação e tempo de treinamento para esses
funcionários.
Para isso a empresa investiu no RH, passando de 20 funcionários para 50 neste setor, a fim de
estabelecer novas relações sustentáveis da empresa com o funcionário. Foram estabelecidos
horários flexíveis aos colaboradores cursando ensino superior, alimentação balanceada com uma
nutricionista à disposição dos funcionários e estímulo à competição entre os colaboradores
(programa All Star estabelecido permite que dentre todos os funcionários os melhores entre as 33
operações do McDonald’s recebam bolsas de estudo para cursos técnicos e faculdades que possam
qualificar o trabalho do colaborador).
Outras melhorias trazidas pela rede de fast food estão atreladas principalmente ao estabelecimento
de novas tecnologias e facilidades impostas em uma sociedade imediatista. Entre elas estão uma
melhoria na velocidade do drive thru, responsável por 50% das vendas da loja, simplificando o
cardápio disponível ao cliente nesse espaço e mudando a disposição física da cozinha a fim de
atender melhor esse processo.
Outra melhoria, apenas disponível nas lojas dos EUA é o estabelecimento dos pedidos por celular
e consequentemente do delivery, o qual permitiu o McDonald’s competir com outras empresas
famosas por essa tecnologia.
Cabe ressaltar que para todas essas mudanças ocorrerem, o marketing teve papel fundamental para
a rede pois era ele quem aproximava a empresa ao consumidor, estimulando as vendas perante tais
melhorias.
Especificamente na loja tida como referência para esse trabalho, as melhorias implementadas
passam por todo esse pensamento da rede global, tendo algumas pequenas diferenças. No entanto,
a principal mudança feita pela loja também está atrelada a melhor relação da empresa com o
colaborador, investiu-se desta maneira, capital na capacitação e treinamento dos funcionários a fim
de promover um melhor desempenho e uma motivação de se trabalhar na empresa.

7. Estudo de caso: Big Mac


Para exemplificar melhor o processo produtivo adotado pelo McDonald’s, este trabalho
contemplará um estudo de caso baseado no lanche mais famoso da empresa: O Big Mac.
Este lanche foi criado em 1965 e é o lanche mais lucrativo da empresa. É vendido mundialmente,
podendo ter algumas alterações em sua composição, no entanto a base é sempre a mesma: Dois
hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola, picles, além de um pão com gergelim.

7.1. Bill of materials (BOM)


Na Figura 2, segue a bill of materials do Big Mac. Foram considerados os valores em dólares
americanos devido ao fato de a variação do valor do Big Mac em cada país é diferente.
Figura 2 - Bill of Materials do Big Mac

Fonte: McDonald’s Brasil


7.2. Árvore do produto
O Big Mac é o carro chefe do mix de produtos do McDonald’s. Está presente em todos os cardápios
da franquia ao redor do mundo. Para agilizar o tempo de montagem do lanche a maioria dos
materiais já chegam praticamente prontos para a montagem, necessitando apenas serem mantidos
armazenados corretamente. A Figura 3 apresenta a árvore do produto para o lanche Big Mac
seguindo o padrão da bill of materials.A árvore apresenta somente 2 níveis o que mostra que o
processo de produção é simplificado.

Figura 3: Árvore do produto para o Big Mac

Fonte: Elaborada pelos autores


7.3 Folha de instrução de trabalho (FIT)
Na Figura 4, pode-se observar a FIT referente ao Big Mac.

Figura 4 - Folha de Instrução de trabalho do Big Mac

Fonte: McDonald’s Brasil

8. Política de produção
A produção do McDonald’s é organizada buscando fluxo contínuo, ou seja, produzir um produto
sem paradas entre processos. Para garantir a satisfação dos atributos agilidade e rapidez.
Considerando que, neste caso, os ingredientes envolvidos no processo são perecíveis, altos
estoques ocasionariam perdas de produtos e de qualidade, além do valor percebido pelo cliente.
A programação estratégica da produção no McDonald’s é feita através de uma programação diária
de vendas, onde cada pedido é chamado de “TC”. Esta previsão é dividida por hora e tem ênfase
nos períodos de maior fluxo, como por exemplo almoço e jantar. Visando eliminar a produção
excessiva de certa qualidade de sanduíche, avalia-se as vendas mensais de cada gênero, 2 anos
antes do atual. Então são feitas previsões baseadas em estimativas de dias anteriores, condições
climáticas e comportamento semanal e mensal. A programação garante toda a logística interna e
preparação dos alimentos e ingredientes para a possível demanda da hora, além da realocação de
pessoal, é também esta programação que serve de base para a escolha de qual processo produtivo
será utilizado pela empresa.

9. Layout de processo
O McDonald’s ao longo do tempo foi enxugando sua linha de produção ao máximo na tentativa de
conseguir agilidade e qualidade. Por isso seu layout é desenhado na forma de célula onde cada
operador segue um padrão de processo. Ao longo dos anos as chapas para hambúrgueres foi
substituída por uma assadeira automática por esteira. Na frente da loja o cliente tem acesso à todo
mix de produtos disponíveis.
Todos os materiais necessários para a montagem do lanche são alocados por um operador no
estoque com gavetas onde o montador tem acesso rápido aos materiais. A Figura 5 mostra o layout
do processo desde o pedido do lanche no balcão até sua entrega. Cada número representa:
1 - O cliente faz o pedido para o atendente no balcão da frente. Esse pedido é repassado para
o funcionário que irá montar o lanche por um sistema eletrônico que imprime uma ordem
de pedido.
2 - Equipamentos de fritar as batatas;
3 - Equipamentos de refrigerantes;
4 - Área livre;
5 - Porta para o estoque;
6 - Equipamento para preparar os hamburgueres;
7 - Linha de montagem do lanche;
8 - Local de armazenamento dos lanches já prontos para entrega.
Seguindo o fluxo de produção de um sanduíche, os ingredientes são retirados de câmaras frias, as
carnes enviadas para chapas e os pães para as tostadeiras. Em seguida é feita a montagem dos
sanduíches, complementados com molhos, saladas e queijos específicos, segundo receita prévia.
Só então os sanduíches são embalados e são dispostos na estufa. De acordo com os pedidos, os
sanduíches são retirados e entregues aos clientes.
Figura 5: Modelo do layout de processo do McDonald’s.

Fonte: McDonald’s Brasil.

10. Análise de capacidade


O McDonald’s opera com um planejamento de capacidade onde cada produto tem sua própria
embalagem e a produção tem que ser ágil de modo que não reduza a qualidade do produto, isso
feito de uma maneira que haja a menor variação possível entre um produto e outro. Para isso são
feitos testes e inspeções nas lojas.
O McDonald’s trabalha com uma estratégia de capacidade onde ele aumenta a capacidade em
antecipação ao aumento da demanda, por isso seu estoque é baixo. Essa demanda é obtida
analisando meses anteriores levando em conta as estimativas diárias anteriores, condições
climáticas e comportamento semanal e mensal.
A loja franqueada do McDonald’s analisada atua com um sistema de drive-thru por isso ela opera
em 3 turnos de 8 horas diários sem horas extras, 7 dias por semana. Abaixo segue o cálculo da
capacidade para o lanche Big Mac:
● Tempo de preparação: 210 segundos;
● Tempo de preparação em horas: 210/3600 = 0,058 horas;
● Tempo disponível: 24 horas x 30 dias = 720 horas mensais;
● Demanda mensal: 2500 unidades aproximadamente;
● Tempo necessário para o Big Mac: 2500 unidades x 0,058 horas = 145 horas;
● Capacidade: 720/0,058 = 12343 unidades/mês aproximadamente;
● Eficiência: 145 horas / 720 horas = 20,13 %

11. Aplicação dos conceitos de produção enxuta


O fluxo do McDonald’s é puxado, iniciando-se no caixa quando o cliente faz seu pedido. Neste
momento, o atendente/caixa verifica se as batatinhas solicitadas estão prontas na prateleira,
funcionando como um supermercado. A própria retirada do produto do supermercado funciona
como um Kanban, sinalizando ao processo anterior a necessidade de reposição do mesmo. Se o
produto não estiver disponível, é feita uma solicitação para que a cozinha prepare o pedido. Neste
caso, o tempo de preparação (fritura) deve ser suficiente para a menor sensação de espera possível
ao cliente.
Conforme se verifica, a retirada do produto do supermercado pela venda, faz com que a fritura
desencadeie um processo de reposição. A falta dos produtos utilizados pela fritura gera um
processo semelhante, de reposição do supermercado, pelo processo de ambientação. Cada
supermercado tem um tempo máximo de permanência (frescos) dos produtos, para manter a
qualidade dos estoques.
Os estoques dos ingredientes necessários para a montagem dos lanches também utilizam o sistema
Kanban. Os níveis de insumos (por exemplo, batatinhas ambientadas, saquinhos, caixinhas) são
calculados para suportar uma hora de produção. De acordo com a programação estratégica e
conforme o consumo e a baixa de estoque, inicia-se a reposição dos mesmos. A troca de
embalagem segue este sistema, respeitando o FIFO (first in, first out), ou seja, produtos mais
antigos são consumidos primeiro.
Em suma, em tal sistema de disparo, produção e reposição, não é necessário haver programação
operacional.
A cadeia de fornecimento tem um importante papel no sistema utilizado pela empresa e é onde a
programação estratégica se mostra fundamental. Visando a redução de desperdício com estoque,
um único pedido é feito pelo gerente de balcão através da Internet para uma central e este, é
entregue com a freqüência de três vezes por semana. A quantidade a ser entregue é baseada no
estoque atual da loja, mais a previsão de vendas para a semana, sendo que o estoque máximo é de
três dias. Todos os pedidos são feitos para o distribuidor, na Food Town, onde são centralizados e
distribuídos.
A Food Town também é uma inovação pelo enfoque de distribuição e logística. Formada pelas
empresas Braslo (processadora de carnes), Brapelco (empresa da área de logística e distribuição)
e Interbakers (fabricante de pães), em São Paulo. Sua principal vantagem é a otimização dos
processos, evidente na redução no tempo e no custo de transporte entre o fornecedor e o
distribuidor, uma vez que estes, estão localizados lado a lado.

12. Mapeamento de fluxo de valor (VSM)


O mapeamento do fluxo de valor é uma ferramenta da produção enxuta que permite que todo o
sistema produtivo de um determinado produto seja analisado de forma rápida, permitindo assim a
identificação de possíveis melhorias.
A base do VSM (Value Stream Mapping) está na redução de perdas relacionadas à esperas ou
gargalos, excesso de estoque, movimento desnecessário e correção de defeitos.
O Mapa de fluxo de valor referente ao Big Mac pode ser observado no Anexo A.

13. Possíveis melhorias do processo


O processo produtivo do McDonald’s, em especial do Big Mac, foi sendo melhorado há anos até
atingir a excelência vista nos dias atuais. No entanto algumas melhorias poderiam ser atribuídas
para tornar o processo ainda mais eficiente e rápido.
Uma das maneiras de otimizar o processo produtivo do McDonald’s é a adoção de métodos
tecnológicos para realizar os pedidos, medida já presente em alguns restaurantes fora do Brasil,
reduzindo assim o intervalo de tempo entre o pedido e o início da produção.
O intervalo de tempo entre a finalização do pedido e a entrega poderia ser reduzido através de
pequenas mudanças no layout e nas atribuições de cada funcionário relacionados ao processo, não
apenas para otimizar o tempo total de processo, mas evitar que o lanche pedido esfrie.
A melhor capacitação dos funcionários relacionada ao sistema de produção Lean, poderia
proporcionar uma melhor versatilidade da produção, permitindo reduzir o número de funcionários
por turno sem reduzir o número de funcionários envolvidos em cada pedido, diminuindo sua folha
salarial sem diminuir sua eficiência.
Outra possível melhoria seria uma mudança no layout da cozinha, tornando as distâncias entre uma
operação e outra o mais curta possível, no entanto todavia promovendo espaço suficiente para
locomoção dos colaboradores.
E por fim, em horários de pico, adotar uma linha específica para o Drive Thru, deixando-o mais
veloz e assim incentivando o seu uso pelos consumidores, podendo assim atingir maior número de
clientes ( Drive Thru + os pedidos dentro da loja)

14. Conclusão
Através dos dados coletados, é possível observar que o processo produtivo do McDonald’s é
extremamente otimizado e pensado de forma a se obter o melhor lucro para empresa através das
técnicas de produção associadas à produção enxuta.
No entanto ao observar o histórico da empresa podemos analisar que para alcançar os modos de
produção nos moldes atuais, houveram diversas etapas que o McDonald’s teve que passar, a cada
uma modificando e implementando mudanças que aperfeiçoavam a produção, havendo inclusive
influências em sistemas produtivos da indústria maquinaria como o fordismo e o toyotismo e assim,
estabelecendo uma empresa referência neste assunto.

REFERÊNCIAS
CARVALHO, Marly Monteiro de; PALADINI, Edson P. Gestão da qualidade: teoria e casos.
Rio de Janeiro: Elsevier; Campus, 2012.

SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JONHSTON, R. Administração da Produção. 2 ed. São Paulo:
Atlas, 2002

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão da produção: uma abordagem introdutória. 3. ed. Barueri:


Manole, 2014.
UNEBAN; Fordismo na atualidade e análise interdisciplinar da questão social e tecnológica
desse modelo, Disponível em: <https://unebadm.wordpress.com/2016/11/03/primeiro-post-do-
blog/> Acesso em: 13 junho 2019.

MCDONALD’S; Site da empresa, Disponível em


<https://www.mcdonalds.com.br/cardapio/sanduiches-de-carne/big-mac> Acesso em: 13 junho
2019.

MOTTA, A. F. et al. Processo de produção McDonald’s, Uberlândia: UFU, 2013, Disponível em:
<https://pt.scribd.com/doc/167778495/Processo-de-Producao-McDonald> Acesso em: 13 junho
2019.

ZAWILASK, P. A.; MARODIN, G.; GERBER, C. de C.; A produção enxuta aplicada ao


McDonald’s, Disponível em:
<https://www.researchgate.net/publication/279957561_A_PRODUCAO_ENXUTA_APLICAD
A_AO_MCDONALD'S> Acesso em: 13 junho 2019.

VIEIRA, Vanessa; O McDonald’s está tendo que mudar sua gestão de pessoas, Disponível em:
<https://exame.abril.com.br/carreira/venha-para-ficar/> Acesso em: 13 junho 2019.

LUTZ, Ashely; McDonald’s is making 3 chanches to win back americans, Disponível em:
<https://www.businessinsider.com/mcdonalds-changes-to-improve-business-2014-9> Acesso
em: 13 junho 2019.

TRENDSITY, Estudo sobre transparência, Setembro, 2018, Disponível


em:<http://mcdonaldsdeportasabertas.com.br/pesquisa-sobre-transparencia-na-alimentacao/>
Acesso em: 13 junho 2019.

GARLAND, Matt; How to maek a Big Mac, Disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?v=Xedkk1xvgeo> Acesso em: 13 junho 2019.
BERGSTROM, Felicia; How it’s made | The McDonalds Big Mac, Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=2IViEL3_Z5Y> Acesso em 13 junho 2019.
ANEXO A - MAPA DE FLUXO DE
Demanda:
VALOR DO BIG MAC 2500 unidades por mês
Controle de
Produção
McDonald's
Demanda Mensal
Pedidos 2 vezes
Fornecedor
por semana Cliente

Estoque 1 1 1
1 1
4 Dias

Pedido Posicionar a Preparar os Embalagem Pedido


Tostar o pão Preparar a
recebido embalagem condimentos final e entrega Entregue
carne

T/C: 15s T/C: 20s T/C: 10s T/C: 20s T/C: 100s
T/R: 0 T/R: 0 T/R: 0 T/R: 0 T/R: 90s

Disp: 100% Disp: 100% Disp: 100% Disp: 100% Disp: 100%
Tempo Disp.: 720h Tempo Disp.: 720h Tempo Disp.: 720h Tempo Disp.: 720h Tempo Disp.: 720h

60s 15s 20s 10s 20s 100s

10s 15s 7s 15s 10s Lead Time: 225s


VA: 57s

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