territoriolivre.
org
Corte não!
Queremos a cabeça
de Weintraub!
Só o “Corte não!” já é pouco. O movimento
todo no país já tem isso como consenso. O
primeiro passo, é claro, é derrubar o corte
das verbas. Mas já podemos adiantar mais,
pois temos força e podemos aterrorizar
esse ministro e seu bando de incompeten-
tes. É hora do movimento nacional pedir
também a cabeça do ministro. Não pode-
mos admitir que sejamos governado por
um Ministro da Educação absolutamente
incompetente. O sujeito não sabe escrever
direito, não sabe fazer operações básicas
de matemática (apesar de trabalhar com
isso!). Tais problemas são compreensíveis
na população comum – que teve educação
ruim graças a gente como Weintraub – mas
são inaceitáveis numa pessoa que ocupa o
cargo que ele ocupa.
Fora Weintraub!
Unificar com os trabalhadores
e derrubar Bolsonaro
A juventude contra os cortes + a popula-
ção contra reforma da previdência, essa
é a fórmula perfeita para liquidar desde já
com o governo Bolsonaro. Entrar e ocupar
as ruas, não sair, aumentar os nossos atos
da juventude. Parar tudo. Isso arrastará
aos poucos a maioria da população traba-
lhadora para a luta, pois ela já não quer a
reforma da previdência. Ela sabe que essa
reforma só vai piorar a vida de todo mundo
no médio e longo prazo.
É possível derrubar Bolsonaro. É um dos
governos mais frágeis das últimas déca-
das. Temos uma chance histórica na mão.
Não cabe pensar “ah, não é comigo, pois
não sou aluno de universidade federal”,
“ah, não é comigo, pois sou secundarista
de escola pública estadual”. Não! É pela
educação como um todo, ou seja, é para
impedir que a educação que já é ruim
fique ainda pior. Pois para esses caras o
poço nunca tem fundo.
Ir para a rua e não sair. Radicalizar. Ar-
rastar a massa do povo para a rua, não
só contra os cortes na educação, mas
também contra a reforma da previdência
asquerosa de Bolsonaro!
Não esquecer o passado: o PT
também tem culpa!
Se queremos mesmo lutar contra Bol-
sonaro e mudar este país, não podemos
esquecer o passado. Não só o passado
de lutas dos últimos poucos anos, mas
também da última década. Isso porque
pode haver agentes duplos dentro do
nosso movimento. Se olharmos o presente
com calma, veremos que a nossa geração
se depara com uma situação histórica: ou
cria algo absolutamente novo, superior,
ou repete as merdas do passado recente,
vivendo um círculo vicioso.
Não esquecer: os petistas falaram que
Bolsonaro seria o melhor concorrente para
Lula/Haddad no segundo turno. Os petis-
tas impediram a criação de qualquer coisa
nova na esquerda, sempre bloqueando
para ter hegemonia, e nas eleições usaram
o espantalho Bolsonaro para fazer todo
mundo apoiar Lula/Haddad, com medo.
Os petistas são os responsáveis por
propor as atuais reformas trabalhista e da
previdência, no início do segundo gover-
no da Dilma. Essas reformas, aprovadas
no governo Temer e Bolsonaro, são do
PT. Joaquim Levy, Ministro da Fazenda
de Dilma, amigo de Paulo Guedes, é hoje
presidente do BNDES. Da mesma forma,
Dilma fez reunião com Paulo Guedes,
oferencendo-lhe o cargo de ministro, pou-
co antes de optar por Levy. A Dilma em
2015 – apesar do slogan do governo ser
“Brasil, Pátria Educadora” – cortou 30%
das verbas destinadas à educação. O que
Bolsonaro está fazendo é mera continui-
dade do que Dilma fez em 2015. São as
mesmas medidas capitalistas e burguesas
de direita, mas antes o governo fingia que
era de esquerda, e agora finge que é de
“extrema-direita”.
E mais: a esquerda de verdade já anun-
ciava desde 2006 (há 13 anos) que as
medidas do PT para educação iam dar
nessa merda que deu hoje. O PT iniciou a
expansão das universidades e institutos
federais por meio do programa REUNI,
mas isso foi irresponsável porque o grosso
do dinheiro era dado aos grandes setores
privados da educação, por meio do FIES
e do PROUNI. Os gigantescos grupos
capitalistas da educação cresceram como
cogumelos, mas vários depois da crise
fecharam, deixando alunos com diplomas
que não valem nada, de instituições que
nem existem mais. Vários alunos ficaram
endividados. Muitos têm diploma mas
não conseguem emprego de acordo com
a sua qualificação ou estão propriamente
desempregados. O PT não tinha, nunca
teve, nem terá jamais um plano de forma-
ção da nossa juventude e de elevação da
cultura da população. Pelo contrário: seu
programa sempre foi dar uma roupagem
mais bonita, de “esquerda”, à barbárie
capitalista. Isso deve ser absolutamente
repudiado.
A irmã de Paulo Guedes é presidente de
um conselho de universidades privadas,
setor que “nunca antes na história deste
país” lucrou tanto quanto nos anos do PT.
Aliás, nos anos em que Fernando Haddad
era o Ministro da Educação! Haddad é um
dos maiores responsáveis pela destruição
da educação no país. Weintraub é a sua
contraparte. Como em tudo, PT e Bolso-
naro são duas faces da mesma moeda.
Não escrevemos por implicância com o
PT, mas porque este movimento pode
ser sequestrado pelos petistas. Eles já
planejam isso. Não podemos deixar algo
assim acontecer, pois eles podem voltar e
trazer os mesmos problemas vinte vezes
maiores, trazer um Bolsonaro vinte vezes
pior ao poder. A tarefa histórica da nova
geração da juventude é para frente, e não
para trás: não é deixar o PT voltar, mas
superar o lixo histórico do PT e criar uma
nova esquerda neste país, uma esquerda
de verdade, radical e revolucionária!
Não deixar o movimento atual ser seques-
trado pelo vergonhoso “Lula Livre”!
Radicalizar nas universidades,
escolas e nas ruas!
Não sair das ruas! O movimento não pode
refluir enquanto não conquistar o mínimo:
a queda dos cortes.
Para radicalizar, é preciso criar formas
democráticas de luta nos locais de ensino.
Absolutamente democráticas. Do con-
trário, os movimentos ficarão presos às
cúpulas e poderão ser sequestrados pelos
aparelhistas estudantis, aqueles que têm
interesse em deixar tudo controlado para
fazer acordos; aqueles que querem acabar
com a radicalidade que a situação exige.
Quantas entidades estudantis – UNE, UEE,
UBES, DCEs, Grêmios etc. – não estão
hoje nas mãos daqueles que até ontem
aplicaram a política falida do PT para a
educação? A política que nos trouxe a
essa situação miserável! Essas pessoas
vão querer deixar o movimento sob con-
trole para fazer acordos com Bolsonaro.
É a ideia de uma oposição sob controle,
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(11) 9 4127 7604
O Território Livre é a organização de
juventude da Transição Socialista, uma
organização revolucionária. Lute com
o TL em sua escola e universidade,
pela criação de um futuro de verdade,
contra o falso futuro oferecido pelos
representantes do Estado e do
mercado.
bem moldada para, amanhã, virar um mo-
vimento com fins eleitorais. É assim que
eles fazem sempre.
Contra isso, devemos estabelecer na práti-
ca a democracia direta. Em todos os luga-
res de estudo onde for possível, devemos
exigir a criação de Comitês de Mobilização
da luta contra os cortes. Durante a mo-
bilização, esses comitês devem ocupar o
lugar político das entidades tradicionais.
Eles devem assumir a direção dos movi-
mentos nos seus locais de estudo. Em
cada escola, universidade ou instituto, o
comitê deve fazer reuniões sempre aber-
tas, e a depender da dimensão da base
local (universidades, por exemplo), ele
deve ter representantes eleitos em cada
curso. Esses representantes são eleitos
mas podem ser des-eleitos (revogados) a
qualquer momento, em qualquer assem-
bleia de base de curso.
Só assim podemos fazer a maioria par-
ticipar, e portanto fazer o movimento
representar a vontade da juventude; fazer
o movimento radicalizar e derrotar Wein-
traub e Bolsonaro!
Se o governo continuar nos ignorando,
devemos radicalizar e dar a nossa de-
monstração de força: devemos começar
a ocupação de universidades federais, de
institutos federais e de escolas. As ocu-
pações se tornam o centro de um grande
movimento, inclusive nos bairros. Deve-
mos trazer toda a população dos entornos
para se solidarizar e participar. E assim
ampliamos a movimentação até derrubar
os parasitas que nos atacam.
E se nada disso funciona, temos que ca-
minhar para a greve por tempo indetermi-
nado da educação brasileira. Parar tudo,
até que o corte caia.
É a hora! A juventude tem força; já mos-
trou nas ocupações de universidades e
escolas dos últimos anos que pode derru-
bar os lacaios do Estado. É hora de ir pra
frente, radicalizar, e criar uma esquerda
nova, de luta, neste país!
Às ruas, às ruas, às ruas!
Corte não! Só da cabeça do
Ministro!
CORTA A
CABECA DO
MINISTRO!