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REFERENCIAL TEÓRICO

Conceito de Infecções Nosocomiais

O aparecimento das infecções nosocomiais, também conhecida como infecções


hospitalares é tão antigo quanto o surgimento dos hospitais. Data aproximadamente do
ano 330 a.C. no Império Romano, a existência do primeiro hospital urbano, embora a
construção do primeiro hospital tenha sido relatada no ano 394 a.C., na periferia de
Roma. Posteriormente, vários outros foram criados, como o Hotel-Dieu na França, que
possuía cerca de 1.200 leitos, muitos dos quais eram compartilhados com outros doentes
(Oliveira, Maruyama, 2008).

Infecção nosocomial ou Infecção hospitalar é uma condição local ou sistêmica


resultante de um agente infeccioso, ou de seus produtos, que ocorre durante a admissão
em um local associado à saúde, a qual não estava presente antes da admissão
(MADIGAN et al., 2010)

Segundo a Portaria nº 2.616 de 12 de Maio de 1998, do Ministério da Saúde (MS),


“Infecção Hospitalar (IH) é qualquer infecção adquirida após a admissão do paciente e
que se manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com
a internação ou procedimentos hospitalares”. Isso implica dizer que infecção hospitalar
é toda e qualquer infecção adquirida durante a permanência ou a alta do paciente no
ambiente hospitalar desde a que a mesma esteja relacionada ao seu período de
internação.

As infecções hospitalares ou doenças associadas ao cuidado são comuns e


problemáticas devido a sua freqüência, morbidade e mortalidade (KOLLEF, 2008), por
isso que os cuidados com estas infecções não se dá apenas no período em que estiver
internado; a assepsia do ambiente, seja hospitalar ou caseira, deve ser fundamental.
Cuidados que se relacionam com a assistência prestada, à organização e às condições
clínicas do paciente devem ser de suma pertinência.

A evolução histórica das infecções nosocomiais no Brasil


O termo infecção hospitalar embora só tenha sido utilizado na literatura médica
brasileira a partir da década de 1970, desde 1950, textos científicos já demonstravam
que a transmissão de doenças infecciosas no hospital era uma preocupação dos
profissionais de saúde. (SANTOS, 2006, pág. 20).

Em 1979, o ministério da Saúde participou, junto com outros países da América Latina
e os Estados Unidos, de uma conferência multidisciplinar na Guatemala, patrocinada
pela Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), com o objetivo de verificar a
situação dos programas de controle de infecção nosocomial. Esta reunião internacional
marcou o início de um aprofundamento da discussão oficial do problema no país
(FARIAS 1991).
Além disso, o aumento da consciência sobre as infecções hospitalares, a percepção de
um agravamento do problema e denúncias na imprensa, motivaram um estudo mais
detalhado da situação, por parte da Divisão Nacional de Organização de Serviços de
Saúde da Secretaria Nacional de Ações Básicas de Saúde do Ministério da Saúde
(FARIAS 1991).
O Hospital Ernesto Dornelles, no Rio Grande do Sul em 1963, de forma pioneira, cria à
primeira Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) de que se teve relato no
Brasil. Passados alguns anos, já na década de 70, hospitais públicos e privados
vinculados a hospitais universitários, criam as comissões multidisciplinares. (PEREIRA,
et al., 2005; RODRIGUES, et al., 1997)

Segundo Brasil (1983), a CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar) é


obrigatória em todos os hospitais do país e deveria monitorar a ocorrência das infecções
hospitalares.

A obrigatoriedade da CCIH ocorreu em 1983, com a publicação pelo Ministério da


Saúde (MS) da Portaria n° 196 (24 de junho de 1983), sendo considerado um dos
marcos histórico no controle das infecções hospitalares no Brasil. Apesar da
obrigatoriedade da CCIH nos hospitais, apenas em 1992, através da publicação da
Portaria MS n° 930 é que fora reestruturado o Programa de Controle de Infecções
Hospitalares (PCIH). 11,12
De acordo com a Portaria MS n° 930, todos os hospitais devem possuir diretrizes e
normas organizadas para a prevenção e controle de infecções hospitalares, através de
Programas de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH), desenvolvidas pelas Comissões
de Controle de Infecção Hospitalar. 12,15

O Ministério da Saúde, em 1994, realizou um estudo sobre a situação das Comissões de


Controle de Infecção Hospitalar no Brasil, cujos resultados mostraram que 76,1% dos
hospitais possuíam a comissão, formalmente, nomeada e apenas 3% deles não
realizavam vigilância epidemiológica das infecções, sendo que dos 72,6% que
investigavam os casos de infecção, 81,3% utilizavam o método de busca ativa, processo
de detecção recomendado pelo Ministério da Saúde. (ANVISA, 2004).

De Acordo com a Lei Federal nº 9.431 é promulgado em 1997, ratificando a


obrigatoriedade da existência de Programas de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH),
e de CCIH em todos os hospitais brasileiros (BRASIL 1997).

Segundo Silva, (2001) para que as Comissões de Controle de Infecção Hospitalar


possam desempenhar muito mais que um papel meramente burocrático devem receber o
apoio político da administração do hospital, que deverá provê-las de condições mínimas
essenciais para uma atuação efetiva dos programas de prevenção e controle

A Organização Mundial de Saúde (OMS), por meio da Aliança Mundial para a


Segurança do Paciente, também tem dedicado esforços na elaboração de diretrizes e
estratégias de implantação de medidas visando à adesão à prática de higienização das
mãos. 18

Fontes de Infecções Nosocomiais


A infecção é causada por microrganismos vivos e invisíveis a olho nu, que podem ser
classificados em: bactérias, fungos, vírus e protozoários, existentes no ambiente
hospitalar, em outros ambientes e até mesmo no próprio organismo. A interação entre:
os microrganismos, sua fonte de transmissão e o hospedeiro resultam na infecção.

Estes organismos podem vir de outros pacientes, de membros da equipe hospitalar ou de


visitantes. Podem também ser transmitidos por insetos (formigas, baratas, moscas) que
transitam nos fômites (vasos sanitários, latas de lixo) ao paciente. Outros objetos
inanimados, tais como o equipamento usado na terapia respiratória ou endovenosa, os
cateteres, os acessórios de banheiro e os sabonetes, bem como os sistemas de água,
também podem ser fontes de infecções exógenas (BLACK, 2002; TORTORA, 1998).

Diversos fatores relacionados à hospitalização predispõem os pacientes ao risco de


infecção adquirida no hospital. Os fatores mais importantes são aqueles que violam as
próprias defesas do hospedeiro. Os procedimentos invasivos produzem novas portas de
entrada para microrganismos provenientes do ambiente ou da própria flora do paciente.
Exemplos de invasão incluem o uso de dispositivos, como tubos endotraqueais,
respiradores mecânicos, cateteres intravenosos ou intra – arteriais e procedimento
cirúrgicos em geral.
Em termos gerais, a incidência das infecções Nosocomiais está relacionada com a
gravidade da doença subjacente, isto é, os pacientes com alta probabilidade de morrer
durante a sua hospitalização também correm maior risco de contrair infecções
hospitalares. Em contraste, os pacientes internados com doenças menos graves correm
menor risco de adquirir infecções no hospital. Isso reforça a necessidade de um melhor
tratamento do paciente gravemente comprometido, Infelizmente, calcula-se que apenas
cerca de um terço à metade de todas as infecções Nosocomiais sejam passiveis de
prevenção, mesmo nas condições mais favoráveis. (SHAECHTER, M. et al 2002).

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