Вы находитесь на странице: 1из 11

Métodos de Contagem

C e Estatística
E Cristianaa Poffal e Luvverci Nascimento

 
 
 
1. RELAÇ
ÇÕES DEE RECORR
RÊNCIA
 
1.1 Introduução 
 
 
  Algumas relaçções matemááticas podem m ser definid das por reco
orrência. O oobjetivo desssa aula consiiste 
em estudar esses tipos de relações. 
 
  Obbserve a seguinte situaçãão: Vamos co ortar fatias d
de um bolo 
retangular: 
 
 
 
Quuando fazemmos um cortee, obtemos 2 2 fatias. Quanndo fazemoss 2 
cortes, obteemos 4 fatiass. O terceiro corte produ om o quarto corte, terem
uz 7 fatias. Co mos 11 fatiass. Com o quin
nto 
mos quantas fatias? 
corte, terem
 
 
       
 

 
 
Corte: 1  Corte: 2  Corte:: 3  Coorte: 4 
Fatias: 2  Fatias: 4  Fatias: 7  Faatias: 11 
 
 
Paara respondeer à perguntta acima pod demos, realizar mais um m corte no boolo ou observar o que eestá 
acontecend do com o número de fatias do bolo aa medida  qu ue aumentamos o númeero de cortes. Dessa form ma, 
será possíveel responderr a uma pergunta mais geeral: quantass fatias haverá no bolo, q quando fizerm
mos  n  cortees? 
 É  possível obsservar  que  o n‐ésimo co
o orte cria  n  n
novas fatias. Logo, o núm
mero total d
de fatias obttido 
com  n  cortes denotado
t o por  f (n )  éé dado pela sseguinte relação de recorrrência: 
⎧ f (1) = 2
⎨  
⎩ f (n ) = f (n − 1) + n, n ≥ 2.
 
 
1.2 Definiçãão de Sequê ências Definidas por Reco orrência 
 
Umma seqüênciia é definida por recorrêência quando o a definiçãoo da função ttambém se rreferir à próp pria 
função.  Isto
o  é,  a  partiir  de  um  prrimeiro  valo
or  dado  (ou  alguns  pou ucos  valores)  na  seqüên ncia,  podemm‐se 
determinar os valores subsequentess. 
Poor  exemplo,  qualquer  prrogressão  arritmética  (a n )   de  razão  r   e  com  prrimeiro  term
mo  a1   pode  ser 
definida commo  an +1 = an + r , n > 1 . 

  1 
Métodos de Contagem e Estatística Cristiana Poffal e Luverci Nascimento

Para que a definição de uma relação de recorrência não seja circular, ela deve satisfazer às seguintes 
propriedades: 
 
a) Os valores de base não podem se referir à função. 
b) Cada vez que a função se referir a si própria, o argumento precisa estar próximo a um valor de base. 
 
É importante salientar que uma recorrência não define uma seqüência se o primeiro elemento não 
for definido.   
Classificação das sequências quanto à ordem 
  
⎧ f (1) = 2 ⎧a n +1 = a n + r , n > 1
As sequências  ⎨  e  ⎨  são recorrências de primeira ordem, 
⎩ f (n ) = f (n − 1) + n, n ≥ 2 ⎩ a1 = a
⎧a n + 2 = 2a n +1 + a n , n > 1
pois cada termo é expresso em função de seu antecessor imediato. A sequência   ⎨  é de 
⎩ a 0 = a1 = 1
segunda ordem, pois cada termo é expresso em função de dois antecessores imediatos. 
 
 
Classificação das sequências quanto à linearidade 
 
Uma relação de recorrência pode ser classificada como linear ou não‐linear. 
A sequência   é dita linear se os valores anteriores de   que aparecem na definição tenham apenas 
⎧a n +1 = a n + r , n > 1 ⎧a n + 2 = 2a n +1 + a n , n > 1
a primeira potência. Por exemplo, as relações   ⎨  e  ⎨  são lineares, 
⎩ a1 = a ⎩ a 0 = a1 = 1
⎧a n + 2 = a n +1 + a n2 , n > 1
já  ⎨  é dita não‐linear, uma vez que o termo  a n  está elevado ao quadrado. 
⎩ a 0 = a1 = 1
 
A forma geral para uma relação de recorrência linear é  
 
a n = f1 (n )a n −1 + f 2 (n )a n − 2 + f k (n )a n − k + g n  
 
onde os termos  f i  e  g n  podem ser expressões envolvendo  n . 
 
Classificação das sequências quanto à homogeneidade 
 
Caso  g n   seja  nulo  para  todo  ,  a  relação  é  dita  homogênea.  Caso  contrário,  é  dita  não‐
homogênea.  
 
Uma relação de recorrência linear de primeira ordem tem a forma 
 

 
Por  exemplo,  a  função  fatorial  n!   é  uma  relação  de  recorrência,  pois  é  definida  da  forma 
⎧ 1, n = 0
n! = ⎨ .  
⎩n ⋅ (n − 1)!, n > 0

  2 
Métodos de Contagem e Estatística Cristiana Poffal e Luverci Nascimento

5! = 5 ⋅ 4!
= 5 ⋅ 4 ⋅ 3!
= 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2!
Por exemplo,  = 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1!  
= 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 ⋅ 0!
= 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 ⋅1
5! = 120
 
 
⎧a n +1 = 2a n , n > 1
Exemplo 1: Considere a sequência definida por  ⎨ , determine, justificando sua resposta: 
⎩ a1 = 3
a) a ordem da sequência; 
b) se é linear ou não‐linear; 
c) se é homogênea; 
d) o valor de  a5 ; 
e) uma expressão para  an  em função de  n . 
 
Solução: 
 
a) A sequência é de ordem 1, pois cada termo é expresso em função de seu antecessor imediato. 
b) A sequência é linear, pois todos os termos que aparecem na definição tem apenas a primeira potência. 
c) A relação é homogênea, pois  0. 
d) Sabendo que  a1 = 3  e que  a n +1 = 2 an , então obtemos a seguinte sequência: 
a1 = 3  
a 2 = 2 ⋅ a1 = 2 ⋅ 3  
a 3 = 2 ⋅ a 2 = 2 ⋅ (2 ⋅ 3) = 2 2 ⋅ 3  
a 4 = 2 ⋅ a 3 = 2 ⋅ [2 ⋅ (2 ⋅ 3)] = 2 3 ⋅ 3  
a 5 = 2 ⋅ a 4 = 2 ⋅ {2 ⋅ [2 ⋅ (2 ⋅ 3)]} = 2 4 ⋅ 3 = 48 . Logo,  a 5 = 48 . 
 
e) Analisando a sequência anterior, é possível perceber que temos uma progressão geométrica de razão 
2, assim a fórmula para  an  pode ser escrita como  a n = 3 ⋅ 2 n −1 . 
 
 
1.3 Solução de Relações de Recorrência 
 
No  exemplo  anterior,  a  expressão  a n = 3 ⋅ 2 n −1   permite  determinar  cada  termo  da  sequência 
⎧a n +1 = 2a n , n > 1
⎨   sem  a  necessidade  de  conhecer  todos  os  valores  menores.  Essa  equação  é  chamada  de 
⎩ a1 = 3
solução em forma fechada para a relação de recorrência em questão.  
Quando  encontramos  uma  solução  em  forma  fechada  para  uma  relação  de  recorrência,  podemos 
afirmar que resolvemos essa relação de recorrência. 

Resolver uma relação de recorrência consiste em determinar uma fórmula explícita para an em
termos de n .
 
 
Exemplo 2: Resolva as relações de recorrência abaixo: 

  3 
Métodos de Contagem e Estatística Cristiana Poffal e Luverci Nascimento

 
⎧a = a n + 3 n , n > 1 ⎧a = 2 a n + 2 n , n > 1
a)  ⎨ n +1       b)  ⎨ n +1  
⎩ a1 = 1 ⎩ a1 = 1
 
Solução: 
 
a) Escrevendo os termos de  an +1 = an + 3n  até enxergar um padrão: 
 
n  an +1 = an + 3n  
1  a1+1 = a1 + 3 n ⇒ a 2 = 1 + 31  
2  a 2 +1 = a 2 + 3 2 ⇒ a 3 = 1 + 31 + 3 2  
3  a 3+1 = a 3 + 33 ⇒ a 4 = 1 + 31 + 3 2 + 3 3  
4  a 4 +1 = a 4 + 3 4 ⇒ a 5 = 1 + 31 + 3 2 + 33 + 3 4  
M  M 
n  3 −1n
an =  
2
 
A expressão para  an  é obtida através da fórmula da soma de uma progressão geométrica (PG) 
de  n  termos. 
 
b) Escrevendo os termos de  an +1 = 2an + 2 n  até enxergar um padrão: 
 
n  an +1 = 2an + 2 n  
1  a1+1 = 2a1 + 21 ⇒ a 2 = 2 + 21 = 2 ⋅ 2 = 2 2  
2  ( )
a 2 +1 = 2a 2 + 2 2 ⇒ a 3 = 2 2 2 + 2 2 = 3 ⋅ 2 2  
3  a 3+1 = 2a 3 + 2 ⇒ a 4 3
= 2[2(2 + 2 ) + 2 ] + 2 = 4 ⋅ 2
1 2 3 3
 
4  a 4 +1 = 2a 4 + 2 4 ⇒ a5 = 2{2[2(2 + 2 ) + 2 ] + 2 }+ 2
1 2 3 4
= 5 ⋅ 24  
M  M 
n  a n = (n ) ⋅ 2 n −1
 
 
A solução é dada por  a n = (n ) ⋅ 2 n −1 . 
 
Fórmula generalizada para a solução da relação de recorrência linear de primeira ordem 
 
É possível obter uma fórmula generalizada para a solução da relação de recorrência linear de 
primeira ordem  , onde o termo   é conhecido? 
 
Sim, para isso usamos a relação de recorrência repetidamente, isto é, escrevemos: 
 
 
 
 
 
 
 
 

  4 
Métodos de Contagem e Estatística Cristiana Poffal e Luverci Nascimento

Depois de k expansões, observa‐se que a fórmula geral pode ser 
 

 
Se o primeiro termo da equação for conhecido, então a expansão termina quando 
1, ou seja, 
 

 
ou, em uma notação mais compacta: 
 
  ∑ . 
 
Para  toda  e  qualquer  relação  de  recorrência  na  forma  ,  com  o  termo   
definido, o processo realizado acima não precisa ser repetido. 
No  exemplo  2,  as  respostas  poderiam  ser  obtidas  através  da  fórmula  obtida  acima.  Para  o 
item a, temos  1 e  3 ,  1, logo  1 ∑ 3 ∑ 3 , cujo resultado é obtido 
3n − 1
usando a soma de uma progressão geométrica (PG) de  n  termos. E chega‐se a  a n = . 
2
 
1.4 Recorrências Lineares de Segunda Ordem 
 
1.4.1 Recorrência linear de segunda ordem homogênea com coeficientes constantes 
 
Uma  recorrência  linear  de  segunda  ordem  homogênea  com  coeficientes  constantes  tem  a  forma 
0, para  0. 
A  cada  recorrência  desse  tipo  pode‐se  associar  uma  equação  do  segundo  grau  0, 
que é chamada de equação característica. 
O  cálculo  das  raízes  dessa  equação  permite  determinar  a  solução  da  recorrência  dada.  Ao  efetuar 
esse cálculo, obtemos as raízes   e   e podemos chegar a uma das seguintes situações: 
 
1) Duas raízes reais distintas:   
2) Duas raízes reais iguais:   
3) Duas raízes complexas conjugadas:    e  , onde  1 
 
  
Situação 1: Duas raízes reais distintas 
 
Teorema 1: Se as raízes da equação característica  0 são   e  , então   
é solução da equação de recorrência  0 para quaisquer valores de   e  . 
 
Demonstração: 
 
A fim de verificar se   é solução da recorrência  0, precisa‐
se obter uma identidade ao substituí‐la na relação.  
 
Passo 1: Calcular   e  : 
 
 
 
 
 

  5 
Métodos de Contagem e Estatística Cristiana Poffal e Luverci Nascimento

Passo 2: Substituir   ,    e   na relação de recorrência  0: 


 

 
Passo 3: Agrupar os termos de forma conveniente: 
 
Colocando   e   em evidência, obtém‐se:  
  0.  
 
Como    e    são  raízes  da  equação  característica,  então  0 0 0  é  uma 
identidade.  
 
Exemplo 3: Considere a recorrência   4 5 0, determine: 
 
a) Sua ordem; 
b) Se é homogênea ou não; 
c) Sua equação característica; 
d) Sua solução. 
 
Solução: 
 
a) A recorrência é de segunda ordem, pois há a dependência de dois antecessores. 
b) É homogênea, pois todos os termos dependem de a. 
c) A  equação  característica  é  4 5 0,  que  é  a  equação  do  segundo  grau  associada  à 
recorrência dada. 
d) As  raízes  da  equação  característica  são  1  e  5,  então  a  solução  da  recorrência  é  
1 5 ,  onde    e   são  constantes  arbitrárias  que  poderão  ser  determinadas 
quando os forem fornecidos dois valores para a recorrência. 
 
4 5 0
Exemplo 4: Determine a solução da recorrência   1   
1
 
Solução: 
 
A  equação  característica  dessa  recorrência  foi  construída  no  exemplo  anterior,  bem  como  foi 
realizado o cálculo de suas raízes (reais e distintas). Com isso, é necessário apenas substituir os valores de base 
na recorrência para obter os valores de   e   através da resolução do sistema de equações resultante.  
 
A  partir  de  1 5 ,  substituindo  0  e  1,  obtemos  1
1
5 1 e  1 5 1, o que resulta no sistema    cuja solução é   e 
5 1
. Logo, a solução da relação de recorrência dada é  1 5 . 
 
 
Teorema 2: Se as raízes da equação característica  0 são distintas, então todas as soluções de 
recorrência  0 são da forma  , onde   e   são constantes. 
 
 
Situação 2: Duas raízes complexas conjugadas 
 
Se  as  raízes  da  equação  característica  forem  complexas   e  ,  a  solução  de 
0 pode ser escrita de modo a evitar cálculos com números complexos. Escrevem‐se as 
raízes em sua forma trigonométrica e a solução fica 

  6 
Métodos de Contagem e Estatística Cristiana Poffal e Luverci Nascimento

  θ θ ,  
 
onde   corresponde ao módulo das raízes  | | e θ é o argumento do número complexo  . 
 
Por que isso acontece?  
 
O número complexo   pode ser escrito na forma polar. 
Observe  na  figura  ao  lado  a  representação  vetorial  de  ,  onde  é  possível 
localizar   e θ. A forma polar do número complexo   é 
 
  θ θ   
 
e de seu complexo conjugado,  
 
                 θ θ .    
 
Essas representações devem ser substituídas em  , isto é, 
 
  θ θ   θ θ   . 
 
As potências de   e   são calculadas como 
 
  θ θ  e  θ θ .  
 
Assim,  θ θ θ θ . 
Reagrupando os coeficientes de  θ  e de  θ , obtém‐se 
 
θ θ . 
 
Escrevendo   e   , chega‐se a  θ θ . 
 
 
Exemplo 5: Determine a solução da recorrência  0. 
 
Solução: 
 
Passo 1: Escreve‐se a equação característica:  1 0. 
 
Passo 2: Resolve‐se a equação característica: as raízes são   . 
 
Sendo   as raízes, calculam‐se o módulo e o argumento correspondente, isto é, | | 1, 
θ . 
 
Passo 3: Escrever a solução da recorrência:  . 
 
 
Situação 3: Duas raízes reais iguais 
 
Teorema: Se as raízes da equação característica  0 são iguais,  , então todas as 
soluções  de  recorrência  0  são  da  forma  ,  onde    e   são 
constantes. 
 
 

  7 
Métodos de Contagem e Estatística Cristiana Poffal e Luverci Nascimento

Exemplo 6: Determine a solução da recorrência  8 16 0. 
 
Solução: 
 
Passo 1: Escreve‐se a equação característica:  8 16 0. 
 
Passo 2: Resolve‐se a equação característica: as raízes são   4. 
 
Passo 3: Escrever a solução da recorrência:  4 4    
 
 
1.4.2 Recorrência linear de segunda ordem não‐homogênea com coeficientes constantes 
 
Estudaremos um processo de solução de recorrências não‐homogêneas. 
 
Teorema: Se   é uma solução da equação  , então a substituição de 
 transforma a equação em  0. 
 
Esse teorema indica que a solução de uma recorrência não‐homogênea  consiste de duas parcelas: a 
solução  homogênea    (já  sabemos  como  calcular)  e  solução  não‐homogênea    (vamos  calcular  por 
tentativas). Isto é, podemos escrever  . 
 
Demonstração do teorema:  
 
Substituindo   em  , obtemos 
 
  .  
 
Mas,   é solução de  , logo  0. 
 
 
Exemplo 7: Resolva a recorrência  7 12 2 . 
 
Solução: 
 
Como essa recorrência é não‐homogênea, sua solução será composta por duas parcelas e será escrita 
na forma  . 
 
Etapa 1: Resolve‐se a equação homogênea:  7 12 0 com o intuito de determinar  . 
 
1. Escreve‐se a equação característica:  7 12 0 
2. Resolve‐se a equação característica: As raízes da equação são  3 e  4. 
3. Escreve‐se a solução homogênea  :  4 3   . 
 
 Etapa 2: Determinar a solução não‐homogênea  . 
 
Essa solução chamada de   pode ser obtida por tentativa, porém, precisa‐se levar em conta que, ao 
ser substituída na recorrência   7 12 2 , deve produzir uma identidade.  
Assim, testa‐se a expressão  ⋅2  que corresponde à soma de um polinômio 
completo  do  segundo  grau  com  uma  função  exponencial  de  base  2,  ou  seja,  é  uma  solução  cujo  formato  é 
semelhante ao da função  2 . 
 
1. Substitui‐se  ⋅2   na  relação  de  recorrência  original  7 12
2 . 

  8 
Métodos de Contagem e Estatística Cristiana Poffal e Luverci Nascimento

 
Calculam‐se os termos   e  : 
 
2 2 ⋅2  ,  1 1 ⋅2  
 
Faz‐se a substituição de cada termo na recorrência e obtém‐se: 
 
2 2 ⋅2   7 1 1 ⋅2
12 ⋅2 2  
 
 
2. Expandem‐se os produtos notáveis, realizam‐se as multiplicações, agrupam‐se os termos semelhantes: 
 
6 6 10 3 5 6 2 ⋅2 2  
 
3. Comparam‐se os termos semelhantes nos dois membros da equação e se chega ao sistema: 
 
6 1
6 10 0
 
3 5 6 0
2 1
 
4. Resolve‐se o sistema por substituição e obtém‐se  , ,   e  . 
 
5. Substituem‐se os valores encontrados na expressão de  ⋅2 : 
 
1 5 17 1
⋅2  
6 18 54 2
Essa é a solução não‐homogênea. 
 
Etapa 3: Escrever a solução geral da recorrência:   , isto é: 
 
1 5 17 1
4 3   ⋅2  
6 18 54 2
 
Para mostrar que o resultado encontrado é solução da relação de recorrência dada, basta substituí‐lo 
em  7 12 2 . 
 
 
Exemplo 8: Resolva a relação de recorrência  4 3 2 . 
 
Solução: 
 
Como essa recorrência é não‐homogênea, sua solução será composta por duas parcelas e será escrita 
na forma  . 
 
Etapa 1: Resolve‐se a equação homogênea:  4 3 0 com o intuito de determinar  . 
 
1. Escreve‐se a equação característica:  4 3 0 
2. Resolve‐se a equação característica: As raízes da equação são  1 e  3. 
3. Escreve‐se a solução homogênea  :  1 3   , isto é,  3  
 
 Etapa 2: Determinar a solução não‐homogênea  . 
 

  9 
Métodos de Contagem e Estatística Cristiana Poffal e Luverci Nascimento

Essa solução chamada de   pode ser obtida por tentativa, porém, precisa‐se levar em conta que, ao 
ser substituída na recorrência   4 3 2 , deve produzir uma identidade.  
Assim,  testa‐se  ⋅2   que  corresponde  à  soma  de  um  polinômio  completo  do 
primeiro  grau com uma função exponencial de base 2, ou seja, é uma solução cujo formato é semelhante ao 
da função  2 . 
 
4. Substitui‐se  ⋅2  na relação de recorrência original  4 3 2 . 
 
Calculam‐se   e  : 
 
2 ⋅2  ,  1 ⋅2  
 
Faz‐se a substituição de cada termo na recorrência e obtém‐se: 
 
2 ⋅2 4 1 ⋅2 3 ⋅2 2  
 
 
5. Expandem‐se os produtos notáveis, realizam‐se as multiplicações, agrupam‐se os termos semelhantes: 
 
2 ⋅2 2  
 
6. Comparam‐se os termos semelhantes nos dois membros da equação e se observa que essa igualdade 
é impossível. Logo, a recorrência não admite solução da forma  ⋅2 . 
 
7. Observando a solução homogênea, é possível perceber que a constante já faz parte da solução, então 
pode‐se  fazer  uma  nova  tentativa,  aumentando  o  grau  do  termo  ,  ou  seja,  tenta‐se   
⋅2 . 
 
a. Calculam‐se os termos da recorrência a partir da solução   escolhida, ou seja,  
 
2 2 ⋅2 ,  1 1 ⋅2 . 
 
 
b. Substituindo  cada  termo  na  relação  de  recorrência  e  agrupando  os  termos  semelhantes, 
chega‐se a 
 
4 2 ⋅2 2  
c. Obtém‐se o sistema 
 
4 1
2 0 
1
 
d. Determinam‐se os valores   ,  0 e  1. 
 
 
8. Substituem‐se os valores encontrados na expressão de  2 .  
 
Essa é a solução não‐homogênea. 
 
Etapa 3: Escrever a solução geral da recorrência:   , isto é: 
 
1
3   2  
4

  10 
Métodos de Contagem e Estatística Cristiana Poffal e Luverci Nascimento

 
Para  mostrar  que  o  resultado  encontrado  é  solução  da  recorrência  dada,  basta  substituí‐lo  em 
4 3 2 . 
 
 
Observação: Nesse exemplo, nossa primeira tentativa de obtenção da solução não‐homogênea não funcionou, 
porque não se analisou a solução homogênea antes de escrever a solução não‐homogênea. As soluções devem 
ser distintas, por isso, quando houver repetição deve‐se aumentar o grau do bloco onde essa repetição ocorre 
multiplicando por  . 
 
 

  11 

Вам также может понравиться