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APLICAÇÃO DO ASFALTO DE BORRACHA EM PROL DA

SUSTENTABILIDADE

Bianca Vieira de Almeida e Gabriela Granoski


Universidade Federal de Santa Maria
(E-mail para contato – ambiental.bianca@hotmail.com)
Resumo:
O asfalto de borracha é um asfalto alterado, caracterizado por uma mistura descontínua de
ligante asfáltico com borracha triturada de pneus e compactado a quente. Além de ser uma
forma sustentável de dar destino aos pneus inúteis, resolvem um grande problema ecológico.
O uso de borracha moída de pneus no asfalto melhora muito as propriedades e o desempenho
do revestimento do asfalto, em geral, e é cerca de 40% mais resistente. O mesmo, mostra-se
como um promissor destino para os pneus velhos. Estima-se que cada quilômetro
pavimentado com asfalto de borracha, consuma, em média 500 pneus. Tendo em vista a
grande quantidade de pneus descartados irregularmente pelas estradas brasileiras, poderiam
ser construídos muitos quilômetros sustentáveis.

Palavras-chave: asfalto de borracha, pneus, sustentáveis.

1 Introdução
A grande maioria das rodovias pavimentadas no Brasil são de revestimento asfáltico,
porém a cerca de trinta anos foi verificado que a adição de polímeros ao asfalto melhora suas
propriedades. Por isso, vem ganhando importância à utilização de asfaltos modificados por
borrachas.
Existem muitas razões para a substituição do asfalto tradicional pelo asfalto
modificado, dentre elas estão:
o É um material homogêneo, que permite a determinação das suas características de
comportamento com mínima variação;
o Reutilização vai ao encontro da solução do problema ambiental dos pneus descartados;
o Seu custo resume-se ao transporte dos pneus dos locais onde foram gerados ao ponto
de utilização;
o Diminuição da poluição e melhoria da qualidade ambiental;
o Possibilidade de utilizar camadas mais delgadas;
o Maior elasticidade da mistura, maior coesão, menor sensibilidade a temperaturas
extremas e maior resistência ao trincamento;
o Melhor conservação dos agregados e do cimento asfáltico, podendo dobrar o tempo de
vida útil do produto;
o Menor aparecimento de trilhas de roda;
o Diminuição dos custos pelo aumento da vida útil do pavimento;
o Redução do nível de ruído do tráfego;
o Maior resistência à deformação permanente em altas temperaturas;

Nos últimos tempos aumentaram-se os estudos sobre a incorporação de fragmentos de


borracha proveniente de pneus inutilizáveis, fazendo uso desse material reciclado como
ligantes asfálticos.
Os resíduos sólidos são resultantes das atividades humanas e da natureza, os quais
podem ser utilizados, gerando proteção ao meio ambiente, à comunidade e economia de
recursos naturais.
A importância dos ligantes asfálticos para o desempenho dos pavimentos flexíveis tem
levado ao uso de aditivos para melhorar suas propriedades físicas, mecânicas e químicas,
aumentando a resistência à formação de defeitos. São adicionados aos cimentos asfálticos
produtos como agentes melhoradores da aderência, agentes rejuvenescedores, polímeros e,
particularmente, borracha moída.

2 Aditivos utilizados na pavimentação


As primeiras tentativas de se utilizar borracha de pneus inservíveis em asfalto datam
da década de 1950. Entretanto, o desempenho do material resultante não instigou os
pesquisadores a continuarem os testes experimentais.
Fato que contribui para o desenvolvimento do asfalto-borracha é a Resolução nº
258/99 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) aprovada em 1999 que institui
a responsabilidade do produtor e do importador pelo ciclo total do pneu, ou seja, a coleta o
transporte e a disposição final. Desde 2002 os fabricantes e importadores de pneus devem
coletar e dar a destinação final para os pneus usados. Os distribuidores, revendedores,
reformadores e consumidores finais são responsáveis pela coleta dos pneus servíveis e
inservíveis, os quais devem colaborar com a coleta.
Hoje, as misturas asfálticas com borracha são, normalmente, produzidas com restos ou
resíduos de borracha e são obtidas por meio de várias técnicas, incluindo o processo seco e
úmido. Essas misturas podem conter aditivos ou modificadores como diluentes e óleos, entre
outros. No processo seco, os grânulos da borracha representam de 0,5 a 3,0% da massa do
agregado, enquanto que no processo úmido o pó de pneu representa aproximadamente 15% da
massa do ligante ou menos que 1,5% da massa da mistura.
Além dos processos seco e úmido, existe um terceiro, denominado processo misto, no
qual a mistura é feita de forma semelhante ao da via seca, porém com o uso do ligante
modificado com borracha. A melhor interação entre os ligantes modificados e os grânulos de
borracha leva, a concretos asfálticos de boa qualidade e com um grande consumo de borracha,
o que torna o processo misto bastante atrativo do ponto de vista ambiental. Nesse processo, o
ligante é produzido em uma fábrica própria e depois o asfalto é distribuído para várias
empreiteiras, que realizam a pavimentação.
Para se reaproveitar os pneus inservíveis em materiais de pavimentação, o pneu deve passar
por um processo de trituração e moagem, onde é realizada a separação do aço e do nylon, pois
apenas a borracha em pó é misturada com o asfalto.

3 Uso do asfalto de borracha


A borracha dos pneus é usada nos Estados Unidos há 40 anos, mas os estudos no Brasil
começaram a partir da década de 90. O material ainda precisava de avaliações do
comportamento mecânico para prever seu uso como camada de revestimento. Em 2003 mais
de 3.300 km de rodovias já eram cobertas ou restauradas utilizando ligantes modificados com
borracha. O Asfalto Ecológico da GRECA alcançou em 2012 a marca com mais de 5 mil
quilômetros pavimentados, o ECOFLEX chega ao número de 5 milhões de pneus retirados da
natureza. Estes valores se devem ao fato de que para cada quilômetro pavimentado com o
Asfalto-Borracha, são utilizados cerca de mil pneus inservíveis.
A lei n° 14.691, sancionada pelo governo do Estado de São Paulo no início do ano de
2013, determina o uso de asfalto-borracha na conservação das estradas estaduais, mas muitas
estradas já estão sendo pavimentadas com a solução ecológica antes da lei entrar em vigor. A
Rodovia dos Bandeirantes, no trecho entre Campinas e São Paulo, sentido Capital, já está
pavimentada com a mistura de massa asfáltica com borracha obtida a partir de pneus que não
são mais usados. E a concessionária Ecovias, que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes,
utiliza o material em mais da metade de todo o pavimento das rodovias administradas.

4 Durabilidade e relação custo-benefício


A durabilidade varia de acordo com as condições da estrada, a temperatura e clima da
região, assim como a intensidade do tráfego, podendo variar de 5 a 30 anos.

Além da resistência e diminuição de custos de manutenção, a adição da borracha traz a


vantagem de maior aderência, o que ajuda a evitar derrapagens. Além disso, pode ser utilizado
em qualquer rodovia com as mesmas condições da aplicação do asfalto convencional.

A observação é que esse tipo de pavimentação é cerca de 30% mais caro, porém decidir se a
resistência compensa o custo maior de implantação do asfalto de borracha vai depender da
análise do projeto técnico.

5 Conclusão
A utilização do asfalto-borracha em obras de pavimentação é extremamente aconselhável
em virtude de todos os benefícios apresentados neste trabalho, o mais relevante é a quantidade
de pneus reciclados no processo seja ele no processo seco como úmido, chega em média de
um milhão de pneus por ano. Contudo a tecnologia desse tipo de asfalto ainda é nova em
nosso país, o que requer investimentos para que possa progredir e alcançar níveis de países
que utilizam o asfalto de borracha há bastante tempo. Mas as expectativas futuras são ótimas,
pois universidades e concessionárias estão investindo em pesquisas e na produção deste tipo
de asfalto, assim basta apenas o incentivo governamental para que a produção possa crescer
de vez, pois com certeza será vantajoso para todos.

Referências
http://www.ufrgs.br/ensinodareportagem/meiob/asfaltob.html
Acesso em 26 de outubro de 2015.

http://www.asfaltoborracha.com.br/index.php/6-art-artigos-e-reportagens
Acesso em 28 de outubro de 2015.

http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/11/asfalto-borracha-a-adicao-de-po-
de-borracha-extraido-de-245173-1.aspx
Acesso em 3 de novembro de 2015.

http://guaruja.jornalbaixadasantista.com.br/conteudo/asfalto_borracha_nova_te
Acesso em 9 de novembro de 2015.

http://www.br.com.br/wps/portal/portalconteudo/produtos/asfalticos/autoborracha/!
ut/p/c4/04_SB8K8xLLM9MSSzPy8xBz9CP0os3hLf0N_P293QwP3YE9nAyNTD5egIEcnQ_
dQQ_2CbEdFAGNDEBo!/
Acesso em 9 de novembro de 2015.

http://www.mma.gov.br/port/conama/
Acesso em 9 de novembro de 2015.

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