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PROIJAD – WIDE SCHOOL

2014

WIDE MISSION IDIOMAS E TREINAMENTOS LTDA


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ORATÓRIA Página 43
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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 03

AULA 01 INTRODUÇÃO 04

AULA 02 COMUNICAÇÃO 11

AULA 03 COMUNICAÇÃO CORPORAL 22

AULA 04 TRAVA LINGUAS 30

AULA 05 TIPOS DE DISCURSOS 41

AULA 06 APRESENTAÇÕES EM PÚBLICO 51

AULA 07 LEITURA EM PÚBLICO 65

AULA 08 APRESENTAÇÕES COM MICROFONE 74

AULA 09 APRESENTAÇÕES EM VÍDEO 81

AULA 10 APRESENTAÇÕES EM SALAS DE AULA 92

BIBLIOGRAFIA 159

PESQUISA DE SATISFAÇÃO 160

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Apresentação

O PROIJAD – Programa de Incentivo ao Jovem e Adolescente – é um projeto da empresa


WIDE MISSION IDIOMAS E TREINAMENTOS LTDA, cujo objetivo é oferecer aos jovens que
cursam o ensino médio de escolas públicas, a oportunidade de participarem de cursos de
qualificação profissional por preços bem acessíveis.

Através da parceria entre empresas e profissionais de treinamento e núcleos educacionais, o


programa pode ser oferecido aos alunos da rede pública de ensino médio das cidades do
interior paranaense, onde não há a disponibilidade de cursos de qualificação.

O PROIJAD leva às escolas, além dos cursos de qualificação, palestras gratuitas para
professores e alunos, onde são abordados temas motivacionais ou segundo a necessidade
apresentada pela unidade educacional de cada cidade.

O curso de RELAÇÕES HUMANAS foi criado com o objetivo de levar informações importantes
sobre comportamento.

O ser humano possui um cérebro maravilhoso que é o centro de seu comportamento, mas não
possui manual de usuário. Então temos que aprender a nos comportar com o tempo e isto é
doloroso de mais para o individuo e para os que o cercam.

Mas felizmente podemos trocar e reunir informações sobre nosso comportamento desde
tempos imemoriáveis e repassá-la a pessoas que como você adquiriu este maravilhoso
material, que podemos chamar de parte de um grande manual de comportamento humano.
Dizemos “parte” porque nosso cérebro é tão vasto e possui tantos labirintos que descrevê-lo
aqui seria na verdade impossível.

Contudo podemos tranquilizá-lo dizendo que você está prestes a fazer uma viagem
emocionante por caminhos incríveis num mundo que podemos chamar de RELAÇÕES
HUMANAS.

Aproveite ao máximo esse curso, participando das aulas, realizando os exercícios e tirando
qualquer dúvida com seu professor (a).

Outras informações sobre a empresa ou outros cursos podem ser adquiridas pelo nosso SAC:
(45) 3035 6907 ou contato@wideschool.com.br.

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AULA 01

INTRODUÇÃO AO CURSO DE ORATÓRIA

Reflexão:

APRESENTAÇÃO

A oratória é a arte de comunicação, que exige


compreensão de ideias, fatos, sentimentos, opiniões
e situações, entre o orador e o ouvinte. Não
esquecendo que as regras de retórica - arte de
ordenar o discurso - e da eloquência - arte de
persuadir - fazem parte deste currículo inestimável do
orador.

Foi em Siracusa que nasceu a arte da oratória. Na antiguidade, Siracusa foi a maior e
mais importante cidade da Sicília. Entre as ruínas arquitetônicas, contam-se um teatro
grego, um anfiteatro romano, o altar-mor de Híeron II e a cidadela do século IV a.C

O primeiro manual sobre a retórica surgiu nesta cidade no século V antes de Cristo.
Este manual foi escrito pelos siracusanos Córax e seu discípulo Tísias. Corax escreveu
a obra para orientar os advogados que se propunham a defender causas de pessoas
que desejavam reaver seus bens e suas propriedades tomados pelos tiranos.

Existe uma anedota sobre o aprendizado de Tísias. A história conta que Tísias se
recusou a pagar as aulas ministradas pelo seu mestre Corax alegando que, se fora
bem instruído pelo mestre, estava apto a convencê-lo de não cobrar. Se este não

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ficasse convencido, era porque o discípulo ainda não estava devidamente preparado,
fato que o desobrigava de qualquer pagamento.

A civilização Grega tinha em alta consideração os


homens que dominavam a arte da oratória. Aristóteles
discípulo de Platão escreveu as bases da oratória em seu
famoso tratado intitulada: A ARTE DA RETÓRICA,
Aristóteles não fazia discursos, apenas escreveu sobre o
assunto. Demóstenes, este sim, ficou famoso tornando-se o mais eloquente orador da
Grécia. Superou suas dificuldades naturais, pois era gago. Conta-se que Demóstenes
corria contra o vento recitando versos e colocava pedras na boca para aperfeiçoar sua
dicção.

Qual a possibilidade de ser orador?

1º Qualquer pessoa, física e mentalmente capacitada


para falar, pode tornar-se orador eficiente sem que para
isso, necessite de dotes de eloquência, basta aprender,
pelo estudo e pela prática, a desenvolver suas qualidades
naturais e os recursos adquiridos pela experiência.

2º Qualquer ser humano pode ser um orador bom com tendência a se tornar excelente
desde que se dedique, buscando um aperfeiçoamento pessoal e constante através da
experiência do dia- a- dia na teoria e na prática.

3º O orador eficiente não é aquele que exibe qualidades de boa voz, facilidade de
expressão e simpatia pessoal, apenas. É o que tendo em vista determinado objetivo,
seja informar, persuadir ou deleitar, plenamente o consegue pela influência que exerce
no auditório.

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Como se faz um orador

Thomas Edson já dizia que: “Em todo gênio há 99% de transpiração e 1% de


inspiração”.

É fácil perceber o orador que se aventura a falar em público por teimosia, vaidade ou
imprudência. Ele simplesmente balbucia palavras desconexas e vulgares; flexiona
nervosamente os joelhos; bamboleia o corpo; olha para cima, para fora, pigarreia,
estala os dedos, coça a cabeça.

Tremedeiras, esquecimento, timidez, vacilações,


silêncios embaraçosos, ocorrem por ignorância dos
princípios da oratória e não por falta de recursos físicos
ou psíquicos.

Muitas vezes, o silêncio do orador, o “embaraçamento”


do palestrante, na maioria dos casos não é timidez ou
esquecimento, mas ignorância do assunto apresentado e das técnicas de oratória.

Alexandre Hamilton: “Todos me julgam um gênio, o caso, porém é simples: qualquer


assunto que me surja estudo-o a fundo. Penso nele de dia e de noite. Examino-o em
todos os aspectos, até que o meu espírito se apodere dele. O público julga mais tarde
uma manifestação de gênio, aquilo que é fruto do trabalho e do pensamento”.

Por que é importante saber falar em público?

Existem várias habilidades que profissionais devem desenvolver para entrar e se


manter bem no mercado de trabalho. Desde competências mais técnicas, diretamente
ligadas à área de atuação, até as mais gerais. Uma delas é a arte de falar bem em
público. Com o passar do tempo essa habilidade mudou, mas ela não perdeu a
validade nem o status de ser uma das mais valorizadas no meio profissional. Hoje,
pode ser um importante diferencial no mercado de trabalho.

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“Falar bem significa abrir portas”, diz a fonoaudióloga Cida Stier,


mestre em distúrbios da comunicação e especialista em voz. A
fonoaudióloga é fundadora do Instituto Cida Stier de comunicação e
uso profissional da voz, em Curitiba, onde oferece cursos a
jornalistas, apresentadores, profissionais liberais e políticos.

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AULA 02

COMUNICAÇÃO

Reflexão:

APRESENTAÇÃO

Comunicar-se é uma habilidade requerida a todos os


profissionais que exercem funções gerenciais, pois, na
maioria das atividades que desenvolvem, necessitam
exprimir-se oralmente ou comunicar-se com uma ou mais
pessoas.

Embora esta seja uma das capacidades humanas mais fundamentais e seu
desenvolvimento nas pessoas se dê de forma natural, há pessoas que não sabem
comunicar-se. Infelizmente isto ocorre também no âmbito das empresas, mesmo entre
os gestores de altos escalões.

Muitas pessoas, por saberem expressar-se com certo desembaraço, julgam-se bons
comunicadores. Cabe, entanto, lembrar que existe uma grande diferença entre informar
e comunicar. Informar é um ato que ocorre de forma unilateral, envolvendo a pessoa
que tem a informação a dar. Já comunicar implica tornar algo comum, fazer-se
entender, provocar reações no interlocutor.

Como saber comunicar significa fazer entender, o


comunicador precisa estar capacitado não apenas para
falar, mas também para ouvir. Muitas pessoas possui uma

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impressionante incapacidade para ouvir e entender o que as pessoas dizem, sendo


muito comum observar uma pessoa falando e a outra não estar ouvindo nada. Este
comportamento custa caro para as empresas dificulta o relacionamento entre as
pessoas e provoca conflitos desnecessários.

O processo de comunicação envolve os seguintes ingredientes: emissor, codificador,


mensagem, canal, decodificador e receptor.

O emissor é a pessoa que tem uma ideia ou sentimento que deseja comunicar. O
codificador é constituído pelo mecanismo responsável pela exteriorização da
mensagem. A mensagem é a expressão formal da ideia que o emissor deseja
comunicar. O canal é o meio pelo qual é conduzida a mensagem. O decodificador é
constituído pelo mecanismo responsável pela decifração da mensagem. Vemos,
portanto que a comunicação de pessoa para pessoa, o emissor e o codificador
aparecem juntos, assim como o receptor e o decodificador.

Um bom profissional, antes de qualquer outra habilidade, deve obter um desempenho


eficiente na função de comunicador, o que exigirá o conhecimento do processo de
comunicação, o reconhecimento dos fatores que a dificultam e o domínio de regras
para torná-la mais eficiente.

Existem dois tipos de comunicação

Interpessoal

Intrapessoal

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Comunicação intrapessoal

A comunicação intrapessoal é aquela que temos com o


nosso interior a todo o momento. É em termos simples,
como você conversa com você mesmo.

 Quando você está sozinho está mal acompanhado?


 Quando você se olha no espelho, o que você vê?
 Quando você faz alguma besteira, o que você diz para você mesmo?

Você só vai melhorar seus relacionamentos externos a partir do momento que melhorar
sua comunicação intrapessoal. Ela é a base da autoestima.

Comunicação interpessoal

A nossa capacidade de comunicação determinará em grande parte se vamos ou não


ter sucesso em nossa vida. Devemos desenvolver nossa comunicação se queremos
ser entendidos por nossos interlocutores e melhor, se queremos ser felizes. Hoje em
dia é muito comum ver pessoas dizendo: “ninguém me entende”, “parece que eu falo
para as paredes”, “parece que eu falo grego”, o que está acontecendo? A dificuldade
de se comunicar está levando muita gente ao fracasso pessoal e profissional.
São três os elementos que compõem a nossa comunicação externa e estão
relacionados da seguinte forma:

PALAVRA 7%

TOM DE VOZ 38%

COMUNICAÇÃO CORPORAL 55%

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Palavra - 7%

A palavra é a forma mais elementar de


comunicação, a grande maioria das pessoas só se
preocupa com este fator, e por mais que se
esforcem terão grandes dificuldades de serem
entendidas, pois a palavra é responsável por
apenas 7% da nossa capacidade de comunicação.

Articulação clara
Quando você articula bem as palavras, as pessoas conseguem entendê-lo e há maior
probabilidade de levarem a sério o que diz.

Envolve usar corretamente os órgãos da fala e compreender a estrutura das palavras.

Fale e leia todas as palavras com clareza – com a dicção apropriada, volume suficiente
e num ritmo moderado. Não emende as palavras de maneira que o significado do que
diz fique confuso aos ouvintes. Mantenha a cabeça erguida e abra a boca o suficiente
para falar. Treine para relaxar o pescoço, o maxilar, os lábios e os músculos da face e
da garganta.

Escolha de Palavras
Mostra respeito pela mensagem que você apresenta e revela muita
coisa sobre sua atitude para com os ouvintes. Influencia a reação
de outros ao que você diz.

É sempre bom usar palavras que exprimam respeito e bondade,


que sejam fáceis de entender, que acrescentem variedade à sua
palestra e que transmitam vigor e sentimentos apropriados. Usar
palavras ou expressões de acordo com as regras gramaticais
também é importante.

À base das sugestões desta lição, selecione apenas um ponto que


você deseja melhorar. Concentre-se nele por um mês ou mais.

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Tenha esse alvo em mente ao ler e ao ouvir oradores capazes. Anote expressões que
deseja incorporar à sua linguagem. Não demore mais de um
ou dois dias para usá-las.

Tom de voz - 38%

O tom de voz determina 38% da nossa capacidade de


comunicação e pode melhorar muito o nosso desempenho,
pois o tom da voz pode dar a devida importância naquilo em
que queremos dar ênfase.

Qualidade na voz.
Infelizmente, a maior parte dos oradores está mais preocupada com o que vai vestir
para a apresentação e com o conteúdo do discurso. Sem dúvida, esses são itens muito
importantes, mas só darão o resultado esperado se forem acompanhados por uma boa
emissão da voz. No mínimo, uma voz clara, firme, com dicção perfeita e simpática.
Pergunte-se se sua voz satisfaz a suas expectativas de ser um bom orador. Observe,
pois a voz que você ouve não é a mesma que os outros estarão ouvindo.

Segue a baixo algumas dicas para trabalhar com a questão da voz:


 Controle as tomadas de fôlego, nos momentos adequados. O ar deve ser
expulso de maneira lenta e regular, para que a respiração seja suave e silenciosa;
 Mantenha a voz firme e descontraída para ser agradável, sem perder a firmeza;
 O tom deve ser médio, para não cansar nem o orador nem o ouvinte, sem excluir
a modulação;
 Na locução a dois, o ideal é o contraste de vozes;
 Não forçar a voz;
 Manter a postura;
 Não beber nada quente, gelado ou alimentos que contenham leite, durante, ou
antes, do discurso.

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Força da Voz
A voz, como os olhos, tem grande poder de revelar o estado físico e
emocional da pessoa, demonstrando se estamos alegres, tristes,
apressados, seguros, etc. para perceber isso, o melhor é prestar
atenção às pessoas, quando estiverem falando ao telefone,
principalmente aquelas que se conhece.

A voz deve ter sempre grande intensidade emocional na interpretação, de acordo com
o ambiente, o assunto e o público. A voz pode apresentar tonalidade suave e
agradável, mistura de meiguice, de brandura, de paz e sossego. A firmeza e franqueza
na voz, muitas vezes, são necessárias para facilitar a mensagem que se quer
transmitir, mas devem ser de forma que não agridam os ouvintes para não provocar
reações negativas.

Falar é um ato cotidiano com o qual nos comunicamos com o mundo. Um processo
bem mais complicado do que se imagina, passa pela respiração, digestão e até pelo
convívio social. Trocar letras, falar rápido demais ou gaguejar são problemas
frequentes, mas que podem ser corrigidos, eliminando inseguranças e medo de
enfrentar situações.

Definição: fala é a forma de se comunicar através da linguagem, utilizando a língua.


Esta comunicação serve para mostrar as necessidades e os desejos do ser humano,
desde o nascimento. Ainda bebê, pelo choro; depois, usando o corpo e a linguagem
dos gestos, até dar início a sons sem significado e usar palavras.

A voz humana já existe desde o nascimento e se manifesta através do choro, riso e


grito. Assim, desde o início da vida, a voz torna-se um dos meios de interação mais
poderosos do indivíduo e se constitui no modo
básico de comunicação entre as pessoas. Presente
em nossos momentos mais decisivos, veículo de
nossos sentimentos, emoções, modifica-se
constantemente de acordo com a idade, saúde
física, história pessoal de vida, as condições
ambientais, a situação e o contexto de comunicação.

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Comunicamo-nos de múltiplas formas: pelo olhar, pelos gestos, pela expressão


corporal, pela expressão facial e pela fala. A voz, porém, é responsável por uma
porcentagem muito grande das informações contidas em uma mensagem que estamos
veiculando e revela muita coisa sobre nós mesmo. “A voz fala mais do que as
palavras”.

Alguns conselhos úteis:


“Uma bela voz não é aquela, tão somente, grave e aveludada; precisamos ainda de
uma bela dicção, articulação e interpretação de tudo que falarmos ao microfone.
Existem alguns cuidados para se manter um bom padrão vocal”.

 Evite tomar líquidos gelados, mas beba muita água, sempre.

 Cuide da saúde bucal e dentária.

 Evite o cigarro, saiba que o cigarro é um dos grandes inimigos da


voz.

 Cuidado com gritos. Além de machucar as cordas vocais, podem deixá-lo rouco
por vários dias.

 Nunca fale mais alto que o seu tom de voz normal, por muito tempo, para isso
existe o ganho dos microfones.

Mais conselhos úteis:

Todos precisam ter cuidados com a voz, mas quem utiliza a voz profissionalmente é
preciso ter alguns cuidados vocais essenciais, com isso é possível manter a integridade
vocal. Vejamos alguns desses cuidados:

 Deve-se beber, em média, dois (2) litros de água por dia.

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 Durante a atividade vocal, deve se beber


alguns goles de água, para umidificar a garganta. A
água deve estar em temperatura ambiente, para que
não ocorra o choque térmico.

 Evitar qualquer tipo de competição sonora.

 Evitar bebidas alcoólicas, pois o álcool tem um efeito anestésico,


assim provoca a diminuição da sensibilidade, e, na maioria das vezes,
ocorre um abuso vocal, lesando as cordas vocais.

 Evitar gritar e tossir, pois provoca um intenso atrito nas pregas


vocais, podendo lesioná-las.
 Não fumar, pois a fumaça irrita a mucosa da laringe, acumulando secreções
nas pregas vocais, e o ressecamento da mesma mucosa.

 Evitar o ar condicionado, pois provoca o ressecamento das mucosas,


alterando a vibração das pregas vocais. Se não for possível evitar o ar condicionado,
procure sempre beber água, durante todo o tempo que estiver exposto a ele.

 Evitar o consumo de leite, chocolate e seus derivados, ante a


intensa atividade vocal, pois esses alimentos aumentam a secreção de
muco no trato vocal.

 Procure consumir alimentos fibrosos, como maçã, que é um adstringente, ou


seja, agem limpando a boca e faringe.

 Procure ingerir sucos e frutas cítricas.

 Procure estar vestido (a) o mais confortável possível, para que o seu
vestuário não atrapalhe o fluxo respiratório, nem acarrete má postura.

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 Durante a fonação, mantenha a cabeça reta, uma postura ereta


com os dois pés apoiados no chão, pois assim permite a passagem do ar
sem dificuldades e o diafragma trabalha melhor.

 Articular bem as palavras, usando também expressões faciais


para evitar o abuso vocal.

O que mais afeta aqueles que utilizam a voz profissionalmente é a disfonia, que é
conhecida popularmente como rouquidão. Se a disfonia (rouquidão) persistir por mais
de 15 dias, procure um fonoaudiólogo.

Disfonia é um distúrbio de comunicação, caracterizado pela dificuldade na emissão


vocal, apresentando um impedimento na produção natural da voz. Pode ser
ocasionado por uma disfunção, abuso vocal ou uso incorreto da voz, sendo mais
frequente em indivíduos que utilizam abundantemente a voz diariamente de uma forma
incorreta.

Disfonias funcionais

São aquelas que não apresentam alteração visível nas pregas


vocais. Elas são decorrentes do mau- uso ou do abuso da voz.
Geralmente, ocorrem em profissionais da voz que não tem
nenhum tipo de orientação. Existem três fatores que podem vir
a desencadear uma disfonia funcional:

1) Uso incorreto da voz


Ocorre em pessoas, sejam profissionais da voz ou não, que
utilizem a voz abundantemente durante todo o dia, sem ter
nenhuma noção de como usá-la corretamente.

2) Inadaptações vocais
Não existe, no corpo humano, um aparelho que tenha por função específica a fonação,
mas o que temos é uma adaptação de várias estruturas, formando assim o aparelho

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fonador, quando não existe uma boa adaptação,


dessas estruturas, ocorre o que chamamos de
Inadaptações Vocais.

3) Alterações psicoemocionais
Nossas emoções influenciam e são responsáveis por
mudanças na nossa voz. A voz, como já foi dito anteriormente, faz com que nos
comuniquemos com outras pessoas, se temos alguma emoção muito forte (raiva,
ansiedade, alegria), isso pode repercutir em nossa voz, provocando uma disfonia
funcional.

Respiração

A respiração correta tem efeito direto na emissão da voz.


Normalmente, nós inspiramos só pela metade, falamos
ou ainda continuamos a falar, quando o ar praticamente
já terminou. O orador quase morre.

A respiração é um ato muscular coordenado, pelo qual o


volume da cavidade do tórax é alternadamente
aumentado ou diminuído. Até pouco tempo atrás,
considerávamos a respiração sobre dois aspectos, ou
seja, sua função primária de realizar as trocas gasosas imprescindíveis para a vida e a
outra fala, funcionando como uma bomba propulsora
de ar.
A respiração também revela o estado emocional em
que nos encontramos. Quando estamos agitados e
excitados, nossa respiração torna-se rápida e
irregular; quando estamos calmos e equilibrados,
nossa respiração torna-se harmônica, regular, lenta e suave. Veja na fita que a
respiração é realizada em duas fases: inspiração (pegar o ar), expiração (soltar o ar),
que são separadas por um pequeno intervalo. A inspiração é chamada de fase ativa
(diafragma em cúpula) e a expiração de fase passiva (relaxamento do diafragma).

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A respiração correta para o orador ou para qualquer


pessoa é aquela em que ao enchermos o pulmão o
fazemos na sua parte inferior, na região abdominal e
não na região torácica. Basta olhar a estrutura do
pulmão para entender. Esse órgão é maior na sua
parte abdominal, onde cabe mais volume de ar. Esse
método é conhecido como respiração diafragmática. Faça este teste: coloque a mão
direita sobre o peito e a mão esquerda mais abaixo do abdômen. Inspire ar, o bastante
para encher bem o pulmão, mas, faça assim: inspire direcionando o ar para a região
abdominal. Perceba que a mão esquerda sobe e a direita fica parada. O abdômen se
movimenta, o tórax não. Agora expire o ar, novamente a mão esquerda se mexe, a
direita fica parada. Faça esse exercício constantemente, pelo menos umas dez vezes
ao dia, até que se acostume, e passe a ter respiração diafragmática, que é mais
saudável. Se você adquirir esse hábito de respirar com o “fundo dos pulmões”, notará
imediatamente uma acentuada melhoria na emissão da voz, além de também
experimentar uma melhoria geral na saúde. O trabalho adicional que incumbe o
diafragma de trabalhar resulta em crescente eficiência digestiva. O oxigênio adicional
faz com que as células existentes na parte inferior dos pulmões produzam um efeito
tônico em toda a corrente sanguínea. Duas condições para que tenha uma saúde
melhor.

O aparelho respiratório tem uma relação direta com a voz. Quando não é bem utilizado,
compromete o bom desempenho do orador. Vejamos alguns
conselhos úteis:

 Relaxar: utilize-se de regras e exercícios de


relaxamento.

 Ler e sem pressa: se vai ler seu discurso, nunca


demonstre pressa ao ler ou falar alguma coisa. Isto
demonstrara falta de interesse pela matéria e também pelo
ouvinte. Não confundir pressa com entusiasmo ou ritmo, pois
são coisas completamente opostas.

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 Não ler até que acabe o ar expirado: procure se abastecer


de ar no momento certo da frase, para que você não perca o
fôlego durante a locução. Isto causa “no ar” uma sensação de
nervosismo e insegurança. Procure sempre finalizar a frase com
reservas de ar.

 Não inspirar por períodos curtos: a inspiração por


períodos curtos faz com que a locução fique entrecortada
quando lida. Procure definir os pontos exatos onde também ocorrer a inspiração.

 Não ler automaticamente decodificando apenas a mensagem, mas sim procurar


captar o sentido do texto: o locutor/orador precisa saber o que está lendo ou falando ao
ouvinte. Deve preparar a leitura do texto de forma a assimilá-lo completamente, para
que possa interpretá-lo corretamente.

 Observe atentamente o início de suas frases: ele deve ser flexionado para
chamar a atenção do ouvinte.

 Não exagere a inspiração a ponto de não poder dosar a


quantidade necessária para uma fonação tranquila: quando se
inspira demasiadamente o ar antes de falar, aumenta a pressão
do mesmo dentro dos pulmões e a tendência desta, provocada
pelo excesso de ar dentro dos pulmões, é pressionar todo o
aparelho fonador, fazendo com que haja alterações na voz. Além
de causar demasiadas liberações de ar durante a locução,
provoca os chamados “pufs” com o deslocamento de ar e consequentemente inevitável
saturação de sinais junto ao microfone.

Dicção

Outro fator muito importante na voz é a pronuncia de sons da palavra de forma


inadequada. A troca de letras com o “R” pelo “L” como “problema”, “clássico”, “Cláudio”
para “probrema”, “crássico”, “Cráudio”, etc. a omissão de “R”, “i”, e do “S” como: “levá”,

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“trazê”, “fizemo”, “tercero”, “janero”, “feverero”, “fomo”, “vimo”, etc.


Uma pratica que vai ajudar você a corrigir a dicção é observar a fala dos outros. A toda
hora ouvimos vozes preguiçosas enunciando de forma descuidada: “Ondé que cê vai?”
“Dexo vê” “Qué presentar seu amig’?” “Onde cotô” “Vamo lá” “Vão toma um cafezin’?”
etc. e tal.

Numa certa emissora de rádio, o locutor animado iniciava


sua narração na abertura de uma partida de futebol: “Num
patrocínio de guaraná antática, entram em campo aqui no
estádio Carlos Babosa os times do Atrético e do primero de
maio...” estes e muitos outros erros nós encontramos no dia-
a-dia das pessoas, mas na voz de um profissional, de um orador em público é
imperdoável. Pronunciar corretamente requer apenas um pequeno esforço.
A pronúncia cuidadosa e correta contribuirá para a melhoria da fala. É um hábito
que pode ser adquirido sem demora e com esforço razoável. Basta estar atento e ir
corrigindo diariamente os erros de pronúncia que for descobrindo, faça um esforço
planificado para melhorar a pronúncia das palavras.
Leia em voz alta, com intervalos frequentes,
escolhendo trechos que possam beneficiá-lo. Pegue
um livro de autores consagrados e leia em voz alta,
pronunciando corretamente as palavras e
entonando corretamente as frases. Esteja atento
para a respiração diafragmática.

Comunicação corporal

Comunicação corporal ou simplesmente fisiologia é


colocar o seu corpo em sincronismo com o que você
está falando. Você não pode estar falando sobre um
produto que é fantástico parado com os braços para
baixo. A fisiologia determina 55% da capacidade de
comunicação.

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O que acontece com seu corpo quando você está tenso? Ele se retrai todo, a
respiração e o coração disparam. Se você alterar esse quadro, alterará também seu
estado. Você tem total controle sobre sua respiração, se quiser. Portanto, respire
profunda e pausadamente. Administre sua respiração. Ela tem um efeito poderoso
sobre seu organismo e estado emocional, contribuindo para relaxar e eliminar as
tensões. Mais adiante, há um item especifico sobre a maneira correta de respirar.

Relaxe os pés, as pernas, os músculos do abdômen, as costas, os braços, os


músculos do peito, os ombros, o pescoço, o rosto, os olhos, as pálpebras, a testa, o
cérebro, todo o corpo. Ótimo! A seguir, levante os ombros e ponha o peito para frente.
Assuma uma postura poderosa de uma pessoa de sucesso. Faça esse exercício agora
para ver se ele altera seu estado.

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AULA 03

COMUNICAÇÃO CORPORAL

Reflexão:

APRESENTAÇÃO

No processo de comunicação interpessoal, 7% de importância ficam com as palavras,


35% com a tonalidade de voz e 55% com a linguagem corporal. Por isto, é importante
que o apresentador utilize bem estes atributos, desde a entrada até a saída do palco.
Ao entrar, com segurança, com passo firme, cumprimentando o auditório, olhando nos
olhos dos participantes e com um sorriso discreto, está sendo feita a primeira utilização
da comunicação corporal. Com estes gestos simples, inicia-se a conquista imediata da
simpatia de todos. Chegando no local da apresentação, olhe novamente para todos e,
com gestos demonstrativos de aceitação, cumprimente o público, com tonalidade de
voz amável, mas firme e com bastante naturalidade.
O corpo não deve indicar excesso de humildade, nem de arrogância, olhando
por cima do auditório, a não ser que seja necessário
teatralizar “arrogância” ou “humildade” dentro do
contexto da fala.

Gestos e expressões faciais

Gestos e expressões faciais dão mais ênfase visual e


emocional às palavras. Podem intensificar seus
sentimentos e dar mais vida à voz.

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É de extrema importância movimentar as mãos, os ombros


ou o corpo inteiro para expressar ideias, sentimentos e
atitudes. Usar os olhos, a boca e a cabeça de uma forma
expressiva, pra reforçar o que diz e para transmitir
sentimentos. Nosso corpo conversa o tempo todo, expressa
as nossas emoções de um modo surpreendente, por isso
que nossos gestos não podem ser esquecidos.

Gestos com braços

Quando estiver caminhando, os braços devem balançar normalmente. Quando parar


no local onde vai falar, eles devem ficar estendidos ao longo do corpo e, ao começar a
falar, eleva-se um dos braços acima da linha da cintura com as mãos semiabertas e,
pouco depois, o outro braço. Se você for ficar atrás de uma mesa, pode apoiar os
braços nela, porém, evitando inclinar o corpo para frente.

Da mesma forma, pode apoiar-se na tribuna e depois iniciar a gesticulação. Por fim, o
orador poderá ficar com as mãos juntas, em forma de conchas na frente do corpo
acima da linha da cintura ou então segurando algum objeto como um papel com
anotações. Daí por diante, o movimento dos braços e os gestos com as mãos deverão
ocorrer normalmente, de acordo com as palavras e com a mensagem que estiver
passando aos ouvintes.

Não é recomendável iniciar ou conduzir-se durante o discurso com:

 Mãos para trás: imagem de alguém


supervisionando;

 Mãos sobre a barriga: lembra um sermão


religioso;

 Mãos na cintura. Uma ou ambas as mãos na

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cintura: lembra sargentão, técnico de futebol;

 Mãos caídas ao longo do corpo, ombros baixos, pernas arqueadas: lembra


pistoleiro de filme de far-west;

 Mãos enfiadas nos bolsos da calça: lembra displicência, “tô nem aí...”.
 Braços cruzados à frente do corpo: pessoa fechada em atitude de defesa;

 As mãos na haste do microfone. Se o fizer, tomar cuidado para não esfregar ou


bater na haste produzindo barulho;

 Mexendo com a pulseira do relógio, tirando e colocando ou ajeitando os óculos


repetidas vezes, tirando e colocando a caneta no bolso da camisa ou do paletó,
estalando os dedos, limpando as unhas, segurando o cinto, puxando as mangas e a
gola, arrancando botões, alisando o cabelo, colocando a mão no rosto, cabelo ou
barba, coçando os olhos, coçando os cotovelos, coçando o pescoço, mordendo os
lábios, colocando o dedo no ouvido ou nariz;

 Mãos e gestos pejorativos: extrema gravidade. Deve-se evitar gestos com as


mãos e dedos que lembrem gestos obscenos ou deselegantes.

Gestos com as mãos

Alguns gestos com as mãos são marcantes e dão vida à


apresentação:

 Mão fechada, com o polegar pressionando o dedo médio: força, energia,


vigor.

 Mão aberta, com a palma voltada para baixo: rejeição e repulsa.

 Mão aberta, com a palma voltada para baixo e com pequenos movimentos:
Pedido de calma, paciência, espera, silêncio.

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 Mão aberta, com a palma voltada para cima e a outra aberta como se fosse
cortar: separar, dividir.

 Mãos abertas, voltadas para baixo com movimentos laterais: afastar,


remover.

 Pontas dos dedos unidos, voltados para baixo, com pequenos movimentos
pressionando a palma da mão: plantar, penetrar, tempo presente, local próximo.

 Mãos com as palmas voltadas para cima e com os braços para os lados na
altura da linha da cintura, erguendo ligeiramente os ombros: ideia de desconhecer.

 Mão girando sobre a outra na frente do corpo ou apenas uma mão virada
para baixo também girando – enroscando alguma coisa.

 As mãos apontando ou tocando o próprio peito: para se referir ao próprio


orador.

 As mãos abertas, estendidas para frente, com as palmas para cima: ideia de
pedir.

Movimento das pernas

Na apresentação de pé, as pernas devem ficar paradas dando


um bom equilíbrio ao corpo e jogando o peso do corpo sobre
uma e outra, alternadamente, para descansar. A distância entre
as pernas é de, aproximadamente, 20 centímetros. Na
apresentação de uma palestra ou discurso, as pernas deverão
se movimentar o mínimo possível, mas não precisam ser
também uma estátua. No caso de cursos, o instrutor deve
caminhas normalmente no salão, sem ficar “correndo” para os
lados ou para frente, pois cansa os ouvintes.

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Na apresentação em que o palestrante fica sentado, a perna pode ser posicionada uma
ao lado da outra com os dois pés no chão ou colocar uma sobre a outra, cruzando-as e
ficando com um pé no ar, e trocando-as periodicamente para não se cansar.

O que não deve ser feito:

 Encostar-se na mesa ou cadeira, ficando com uma perna arqueada para trás.

 Ficar com as pernas abertas, jogando o peso do corpo sobre uma delas.

 Ficar com as pernas muito juntas.

 Cruzar as pernas em forma de “x”.

 Quando sentado, cruzar as pernas formando 4, de forma que a sola do


sapato fique voltada para as pessoas.

 Ficar balançando o corpo para frente e para trás, na ponta dos pés.

 Quando sentado, cruzar as pernas na altura da “canela”, colocando as


pernas para frente e para trás.

 Ficar balançando os pés ou fazendo barulho no chão.

Movimento da cabeça

Mantenha-a bem equilibrada com o corpo, não a deixando pender para os


lados, para trás ou para frente, a não ser, quando necessário representar
esses movimentos em caso, por exemplo, de fatos afirmativos ou
negativos.

Um cuidado com a cabeça é evitar “falar com a cabeça”, isto é, alguns

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oradores movimentam a cabeça no ritmo da fala, sacodem tanto, que parece que a
qualquer momento vai se desprender do pescoço e rolar pelo palco.

Evite tanto uma postura robótica com pescoço duro quanto uma postura “jack in the
box” ou “boneco- bobo ” aquele que tem uma mola no pescoço.

Expressão do Semblante

O semblante pode ser considerado a parte mais poderosa


no processo de comunicação entre os seres humanos.
Cada sentimento vivenciado é, rapidamente mostrado no
rosto, através do queixo, da boca, do nariz, da testa, dos
olhos e das sobrancelhas, individualmente, ou em conjunto.

Da mesma forma em que o orador é observado,


transmitindo seus sentimentos a plateia, esta também é
observada pelo orador. O orador sabe quando a plateia esta atenta ou desatenta,
calma ou nervosa, interessada ou desinteressada, pela expressão do semblante.

É preciso não exagerar na expressão facial para não se tornar caricato. Quando o
apresentador for ler sentado ou dar entrevistas, as expressões ganham muito mais
importância. Caras e bocas exageradas, trejeitos e caretas, biquinhos e outros, além de
ser caricatos, tiram a atenção do ouvinte, é mal para a imagem do palestrante.

A boca

Além da fala, a boca pode expressar sentimentos,


como o de mágoa ou frustração, quando o lábio inferior
empurra levemente superior. A boca semiaberta
demonstra ansiedade, expectativa, espanto; e,
mordendo lentamente o lábio inferior, demonstra
descoberta, reflexão.

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Salivação. Este é um ponto muito importante. Existem pessoas que por algum distúrbio
glandular salivam muito, e quando falam costumam apresentar uma espuminha branca
no canto da boca ou até respingar, “cuspir” nos mais próximos. Existe tratamento para
esse problema. Mas, ainda assim, essas pessoas devem estar sempre atentas e usar
lenços durante a apresentação.

O sorriso

Sorrir deve ser uma constante, tanto no momento, da


oratória como em todos os momentos da nossa vida,
tornando-se um elemento essencial na comunicação. O
sorriso faz bem a saúde mental e física, conquista as
pessoas, desarma agressões, facilita e estimula as relações pessoais.
O sorriso tem o poder de abrir os corações das pessoas e, quanto mais sincero
ele for, mais poder ele tem. O sorriso pode ser treinado e hoje já existem cursos de riso
terapia. Na oratória, até nos momentos fúnebres, quando se cumprimenta alguém, este
deve ser acompanhado de um sorriso generoso de condolências.

Os olhos

Uma das frases mais conhecidas sobre os olhos é “Os


olhos são a janela da alma”, de uma verdade fortíssima,
por que os olhos são de um poder extraordinário de
revelação dos sentimentos das pessoas. Através deles,
podemos saber se a plateia está atenta, dando-nos o
retorno de nossas palavras atuando como um verdadeiro
espelho.

Os olhos representam-se mais vivos, aberto, iluminados, quando as pessoas estão


interessadas na nossa fala. A comunicação visual dá oportunidade ao orador de
modificar ou continuar a forma com que está conduzindo sua apresentação.

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As pessoas que não forem alcançadas com o olhar do orador começam a ficar
desmotivadas para a apresentação. Por isso, é importante que todas as pessoas sejam
vistas e vejam o orador. As pessoas querem ser reconhecidas.

Falhas do olhar

 Fugir com os olhos e fixar intensamente, pois pode causar constrangimento.


 Fixar o olhar em um ponto fixo no auditório ou no teto e em alguém, mesmo
que ele esteja incomodando.
 Movimentar somente os olhos e deslocá-los de um lado para o outro com
muita intensidade.
 Ficar com o olhar perdido, com a mente vagando por outros lugares.

Exercícios para aprimorar o uso dos gestos

Temos vários exercícios especificamente criados com o objetivo de trabalhar a


coordenação dos gestos, emoções e fala. Apresento, a seguir, alguns desses
exercícios. Eles são extremamente importantes para desenvolver a expressividade e a
convicção. São excelentes, também para trabalhar a desinibição e eliminar a sensação
de ridículo que mantém o orador preso, enclausurado e rígido.

Fazendo estes exercícios várias vezes, o corpo naturalmente começa a ser usado para
comunicar em sintonia com a voz e a emoção, e a pergunta “o que fazer com as
mãos?” perde o sentido.

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EXERCÍCIO 1: Poço
Ponha-se de pé, em um lugar que tenha espaço para se movimentar. Pronuncie cada
frase do exercício colocando a emoção e fazendo o gesto corretamente. Os gestos
devem corresponder às palavras em negrito.

Veja o texto a seguir:


“Eu estava puxando água do poço,
Quando ouvi um grito.
Corri até próximo a uma árvore.
Era uma árvore altíssima
Com um tronco desse tamanho
Cercada por outras árvores
Bem pequenininhas.
Olhei para a frente,
Para os lados,
Para trás,
Para o chão
E levei um susto:
O João havia caído em um buraco
Era um buraco enorme,
Profundo,
Cheio de formigas.
Pequei uma corda,
Amarrei uma ponta na árvore
E joguei a outra ponta para o João.
Ele então começou a subir
Enquanto eu puxava a corda,
Até ele sair do buraco.
Suspirei aliviado.
Joguei a corda para cima dele e disse
“Eu já te disse para ter mais cuidado”.
Voltei caminhando até o poço
E continuei puxando água”.

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EXERCÍCIO 2: Rainha do baile

Imagine o Club lotado, com mais de duas mil pessoas. Você foi encarregado de
apresentar a rainha da festa.

Fale o mais alto que puder, não há microfone, com muita emoção, usando todo o corpo
para comunicar, com gestos bem largos; enfim, use toda a expressividade.

A banda está tocando, você tem que ordenar que ela pare e depois fazer a
apresentação.

“Pare a música por favor!


E atenção pessoal!
Chegou o momento mais esperado da noite!
É o momento máximo!
É hora de sabermos quem foi eleita a rainha da nossa
festa!

Atenção, torcidas!
Preparem seus corações!
A mais votada por vocês.
E que vai desfilar aqui,
Para o nosso aplauso.
É a simpática, sensual, fantástica, a maravilhosa... Santinha!
Palmas para a Santinha”.

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EXERCÍCIO 3: Dramatização

Pense em um fato que tenha exigido de você muita movimentação física. Uma ocasião
em que você teve de se movimentar acima do normal, como fazendo uma mudança,
trocando os móveis de lugar, consertando uma peça em casa (preparando a tinta,
subindo escadas, pintando); uma pescaria; um assalto; um quase afogamento. Ou,
num jogo, aquele lance sensacional. Quem sabe a necessidade de fugir de um animal;
ou, um dia em que você acordou atrasado. Em fim, tem de ser um momento em que
você se movimentou acima do normal.

Relate esse fato, como ele aconteceu, usando


voz, emoção e gestos. Não confunda com falar
rápido. Cada ideia do exercício deve ser
transmitida com a voz, emoção e gestos
correspondentes. Seja o mais expressivo e
dramático que puder.

Se você disser “eu corri”, terá que correr; se


disser “eu me joguei no chão”, jogue-se no
chão. Faça tudo o que falar.

EXERCÍCIO 4: Ênfase

Repita o seguinte texto, com gestos e emoção.

 O tom deste violão, não está bom. Em compensação, o som deste órgão está
excelente.

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EXERCÍCIO 5: Interpretação 1

Repita as expressões seguintes, usando gestos e


todo o volume de voz que você tiver. Imagine-se
falando para duas mil pessoas. Solte toda sua
emoção e apoie sua voz na última fila. A voz
sempre deve apoiar-se em seu alvo, em seu alvo,
em seu ponto de chegada e não em seu ponto de
partida.

 Pessoal. Acreditem. Vocês são um sucesso!


Eu sou um sucesso! Nós todos somos um grande
sucesso!

 Atenção pessoal! Há várias maneiras de se fazer sucesso. Mas a nossa é a


melhor!

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EXERCÍCIO 6: Interpretação 2

Crie três maneiras diferentes de interpretar com


gestos – com uma e com duas mãos – as
seguintes frases. Faça um gesto para cada ideia
enfatizada na frase representada pelas palavras
em negrito.

Ontem a situação era péssima, hoje a situação está boa e amanhã, estará excelente;
Nunca mais voltarei àquele lugar;
Somente num futuro muito distante, essa situação poderá se repetir;
Logo, eles estarão de volta;
Muito antes de você tomar conhecimento;
No passado, isto seria um privilegio;
É muito dinheiro para uma porção tão pequena.
Essa é uma acusação muito séria.
Aqui se faz, aqui se paga;
Nós ficaremos aqui;
Lá não há lugar;
Neste lado, ficamos nós, e, naquele lado, ficam eles;
Atrás é quadrado e na frente é redondo;
O escritório era no térreo e a residência no segundo piso;
Um grupo encontrava-se próximo a nós e outro bem distante.
Isso ocorreu a muitos e muitos anos;

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AULA 04

TRAVA LÍNGUA

Reflexão:

APRESENTAÇÃO

Tendo origem na cultura popular os trava-línguas são


modalidades de parlendas, em prosas, versos, ou frases,
ordenadas de tal forma que se torna difícil pronunciá-las
sem tropeço ou sem travar a língua como o próprio nome
diz. A articulação torna-se difícil porque deve ser
pronunciada de forma rápida ou três vezes seguida.

São ótimos recursos em sala de aula para serem utilizadas por professores com a
intenção de trabalhar a consciência fonológica, melhora na dicção e leitura oral,
devendo ter o cuidado de não expor alguma criança que possua dificuldades como
gagueira ou outro problema de fala.

As diferenças entre r e rr podem ser discutidas a partir de trava-línguas como: A aranha


arranha a rã. A rã arranha a aranha. Nem a aranha arranha a rã. Nem a rã arranha a
aranha. Bem como trabalhar outros fonemas ajudando na consciência fonológica.

Desenvolvimento da linguagem através dos fonemas, ritmo, pausa, gestos, entonação


de voz. Trabalha a criatividade criando novos trava-línguas.

Na geografia, certos trava-línguas permitem discutir as diferenças regionais e raciais.

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Em uma aula de ciências, a importância de


cuidar da boca e da garganta. A importância da
voz, como ela nos faz falta quando estamos
roucos, como o cigarro prejudica a voz, o tom
de voz que usamos com o outro, como gritar
pode tornar uma pessoa afônica, a importância
da higiene bucal, etc. Chamar um
fonoaudiólogo, otorrinolaringologista e dentista
para palestras, cada um com suas finalidades,
seria interessante.

Apesar das parlendas serem a composição de palavras rimadas e ritmadas não


havendo melodia, pode-se inventar melodias e ritmos nas aulas de música. Os trava-
línguas também são utilizados como exercícios em teatro musical e música cênica.

Exercícios de trava línguas

‘’SE UM CONSTANTINOPOLITANO QUISESSE


DESCONSTANTINOPOLITANIZAR A CIDADE DE
CONSTANTINOPLA, QUAL CONSTANTINOPOLITANO.
O DESCONSTANTINOPOLITANIZARIA?

SE O PRÍNCIPE DE CONSTANTINOPLA QUISESSE SE


DESCONSTANTINOPOLIZAR, QUAL SERIA O DESCONSTANTINOPOLIZADOR
QUE IRIA A CONSTANTINOPLA PARA DESCONSTANTINOPOLIZÁ-LO?

O ARCEBISPO DE CONSTANTINOPLA SERÁ


DESARCEBISPOCONSTANTINOPOLIZADO; QUEM O
DESARCEBISPOCONSTANTINOPOLIZARÁ? QUEM O
DESARCEBISPOCONSTANTINOPOLIZAR, BOM
DESARCEBIPOCONSTANTINOPOLIZADOR SERÁ.

SE O BISPO DE CONSTANTINOPLA A QUISESSE

ORATÓRIA Página 78
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DESCONSTANTINOPLATANILIZAR, NÃO HAVERIA


DESCONSTANTINOPLATANILIZADOR QUE A DESCONSTANTINOPLATANILIZARIA
DESCONSTANTINOPLATANILIZADORAMENTE.

Exercício para treinar fonoarticulação.

Repita várias vezes às estrofes abaixo em tons de voz, altura e velocidade de fala
diferente.

Quebra, quebra, quebra,


Em tuas frias rochas cinza, ó mar!
Eu gostaria que minha língua proferisse
As ideias que em mim ressuscitam’’

Quebra, quebra, quebra,


Ao pé de teus penhascos, ó mar!
Contudo, a graça terna do dia que morreu,
Jamais retornará a mim’’

Exercícios para correção da articulação do “r”

O burro amarrado com barbante,


Rodeou, rodeou até que rebentou a corda,
Ronaldo rosnando de raiva derramou
Torta de pera e esmurrou a mesa.

Exercícios para correção da articulação do “l, lh, ão e ões”

Meio milhão, dez limões, dois milhões, nove limões, três milhões, oito limões, quatro
milhões, sete limões, cinco milhões, seis limões, seis milhões, cinco limões, sete
milhões, quatro limões, oito milhões, três limões, nove milhões, dois limões, dez

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milhões, meio limão. Um limão, dois limões, três limões. Um limão, dois limões, três
limões, meio limão.

Exercícios para correção da articulação de consoantes

F V S Z X G

4.7 EXERCÍCIOS PARA CORREÇÃO DA ARTICULAÇÃO SILÁBICA

ZI SI JI CHI VI FI BI PI DI TI GUI QUI

AR BAR CAR DAR FAR GAR JAR LAR MAR NAR PAR QUAR RAR
SAR TAR VAR ZAR.

ER BER CER DER FER GER JER LER MER NER PER QUER RER
SER TER VER ZER.

IR BIR CIR DIR FIR GIR JIR LIR MIR NIR PIR QUIR RIR
SIRTIR VIR ZIR.

OR BOR COR DOR FOR GOR JOR LOR MOR NOR POR QUOR ROR
SOR TOR VOR ZOR.

UR BUR CUR DUR FUR GUR JUR LUR MUR NUR PUR QUUR RUR
SUR TUR VUR ZUR

Exercícios para corrigir sibilação

Repita as palavras abaixo prestando atenção na colocação da língua atrás dos dentes.

ZICO SILO CHINO JINO VILA FILA

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BIA PIA DINO TINO GUIA QUIA

Exercícios de articulações múltiplas

1. Em cima daquela árvore tem um ninho de mafagato, e quem lá chegar


encontrará quatro mafagatinhos mamando na mafagata o leite
mafagatoso. E quem o desmafagatar será um grande desmafagatador.

2. Em um ninho de mafagafos havia sete mafagafinhos; quem amafagafar mais


mafagafinhos, bom amagafanhador será.

3. Um ninho de mafagafos, com cinco mafagafinhos, quem desmafagafizar os


mafagafos, bom desmafagafizador será.

4. Num ninho de mafagafos tinha seis mafagafinhos, quem os desmafagafar será o


maior desmafagafador.

5. Num ninho de mafagafos, cinco mafagafinhos há! Quem os desmafagafizá-los,


um bom desmafagafizador será.

6. Um ninho de mafagafas tinha seis mafagatinhos. Tinha também magafaças,


maçagafas, maçafinhos, mafafagos, fagaçafas, façafagas, fagafinhos. Isso além dos
magafafos e dos magafafinhos.

7. Um ninho de manfagafas Com nove manfagafinhos Quando a ifagafa-fala' Falam


todos os manfagafinhos.

8. Um ninho de magarfagafa com cinco magarfagafinhos; quando a magarfagafa


guincha, guincham os cincos magarfagafinhos. Quem os
desmagarfagafizar, bom desmagarfagafizador será.

9. Maria-Mole é molenga, se não é molenga, Não é Maria-Mole. É coisa


malemolente, Nem mala, nem mola, nem Maria, nem mole.

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10. Tinha tanta tia tantã. Tinha tanta anta antiga. Tinha tanta anta que era tia. Tinha
tanta tia que era anta.

11. O sabiá não sabia. Que o sábio sabia. Que o sabiá não sabia assobiar.

12. O doce perguntou pro doce, qual é o doce mais doce, que o doce de batata-
doce. O doce respondeu pro doce, que o doce mais doce que o doce de batata-doce, é
o doce de doce de batata-doce.

13. Olha o sapo dentro do saco, o saco com o sapo dentro, o sapo batendo papo, e
o papo soltando o vento.

14. Disseram que na minha rua tem paralelepípedo feito de paralelogramos. Seis
paralelogramos têm um paralelepípedo. Mil paralelepípedos têm uma
paralelepípedovia. Uma paralelepípedovia tem mil paralelogromos. Então uma para
paralelepípedovia é uma paralelogramolândia?

15. Lalá, Lelé e Lili e suas filhas, Lalalá, Lelelé e Lilili e suas netas Lalelá, Lelalé e
LeLali e suas bisnetas Lilelá, Lalilé e Lelali e suas tataranetas Laleli, Lilalé e Lelilá
cantavam em coro lalalalalalalalalalalala.

16. A aranha arranha a rã. A rã arranha a aranha. Nem a aranha arranha a rã. Nem
a rã arranha a aranha. Aranha, ararinha, ariranha, aranhinha. Se a aranha arranha a rã,
se a rã arranha a aranha. Como arranha a aranha a rã. Como a rã arranha a aranha.

17. Não confunda ornitorrinco com otorrinolaringologista, ornitorrinco com nitologista,


ornitologista com otorrinolaringologista, porque ornitorrinco É ornitorrinco, Ornitologista
é ornitologista e otorrinolaringologista é
Otorrinolaringologista.

18. Larga a tia, largatixa! Lagartixa, larga a tia! Só no dia que sua tia Chamar
largatixa de lagartinha!

ORATÓRIA Página 82
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19. O peito do pé de Pedro é preto. Quem disser que o peito do pé de Pedro é preto,
tem o peito do pé mais preto do que o peito do pé de Pedro.

20. Se cada um vai à casa de cada um é porque cada um quer que cada um lá vá.
Porque se cada um não fosse a casa de cada um é porque cada um não queria que
cada um fosse lá.

21. Lá de trás de minha casa tem um pé de umbu butando umbu verde, umbu
maduro, umbu seco, umbu secando.

22. O tempo perguntou pro tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu
pro tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem.

23. Lá vem o velho Felix com o fole velho nas costas. Tanto fede o velho Felix,
quanto o fole velho nas costas do velho Felix, fede

24. Não tem truque, troque o trinco, traga o troco e tire o trapo do prato.

25. O desinquivincavacador das caravelarias, desinquivicavacaria as cavidades, que


deveriam ser desinquivincavacadas.

26. Se a aranha arranha a rã, se a rã arranha a aranha. Como arranha a aranha a


rã. Como a rã arranha a aranha.

27. O tempo perguntou pro tempo qual é o tempo que o tempo tem. O tempo
respondeu pro tempo que não tem tempo de dizer pro tempo que o tempo do tempo é
o tempo que o tempo tem.

28. É um dedo, é um dado, é um dia. É um dia, é um dado, é um dedo. É um dedo,


é um dia, é um dado, é um dado, é um dedo, é um dia.

ORATÓRIA Página 83
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AULA 05

LEITURA EM PÚBLICO

Reflexão:

APRESENTAÇÃO

A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao


conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler e não
apenas “passar os olhos sobre algum texto”. Ler, na
verdade, é dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a
riqueza de qualquer texto, seja literário, informativo,
persuasivo, narrativo, possibilidades que se misturam e
as tornam infinitas.

Litura exata

A leitura correta e bem feita é fundamental para se transmitir o conhecimento exato de


uma mensagem. É essencial pronunciar as palavras corretamente, obedecendo a
pontuação e os sinais diacríticos, que incluem os acentos,
nunca se esquecendo de trabalhar a articulação.
Quando ler, evite ler palavra a palavra, mas sim capture
grupos de palavras e entenda o seu significado como um
todo, sem ficar dissecando cada palavra. Substitua a
compreensão local pela global.

ORATÓRIA Página 84
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Fluência

A fluência na leitura se refere à habilidade em ler um


texto com precisão, velocidade e expressividade
adequadas. Quando o orador não tem fluência, os
ouvintes podem deixar de prestar atenção. Além disso,
existe o risco de se transmitirem ideias erradas e de a
mensagem não ser expressa de forma convincente.
Para desenvolver a fluência é necessária a prática da
leitura. Quando encontrar palavras desconhecidas em revistas e livros, marque-as,
descubra exatamente o que significam e use-as. Treine a leitura em voz alta pelo
menos de cinco a dez minutos por dia. Quando for designado a fazer uma leitura,
prepare-se bem. Preste atenção especial aos grupos de palavras que transmitem
ideias. Entenda bem a linha de raciocínio. No dia-a-dia, aprenda a pensar primeiro e
então dizer frases completas, sem interromper a linha de raciocínio.
Também é interessante medir a VELOCIDADE LEITORA (número de palavras lidas por
minuto).
Escolha dois ou três pequenos textos, repita semanalmente a sua leitura. Cronometre o
tempo de leitura e calcule a velocidade leitora. Registre em um gráfico a evolução. A
monitorização dos progressos é um excelente meio de motivação, é um bom incentivo
para continuar as atividades de leitura.
Fazer leituras orais repetidas, quatro leituras do mesmo parágrafo ou página,
cronometrar e registrar os tempos permite constatar, com evidência, o aumento da
velocidade e fluência leitora.

Uso correto de pausas

O uso correto de pausas é fundamental para se entender prontamente o que é dito.


Pausar também serve para ressaltar pontos importantes.

ORATÓRIA Página 85
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Ênfase segundo o sentido

A ênfase ajuda o orador a prender a atenção dos


ouvintes e persuadi-los ou motiva-los, quando
enfatizamos palavras e frases os ouvintes
conseguem assimilar facilmente as ideias.
Acostume-se a identificar as palavras-chaves e os
grupos de palavras das sentenças. Ao fazer isso,
tome cuidado de levar em conta o contexto. Tente usar a ênfase para indicar mudança
de pensamento e como se sente em relação ao assunto sobre o qual esta falando.
A mesma frase tem quatro significados diferentes, dependendo de onde você coloca
mais ênfase. A forma de dizer é tão importante quanto o conteúdo que você quer
comunicar. A maneira como você diz pode modificar o sentido das palavras e da frase.

Veja, por exemplo, esta frase:

Eu não disse que ele roubou o dinheiro!

Leia a mesma frase dando ênfase à primeira palavra.

EU não disse que ele roubou o dinheiro!


(Quem disse?).

Agora leia outras vezes com ênfase em outras partes da frase:

Eu não disse que ELE roubou o dinheiro!


(Quem roubou?)

Eu não disse que ele ROUBOU o dinheiro!


(Como ele conseguiu o dinheiro?)

Eu não disse que ele roubou o DINHEIRO!


(O que ele roubou?)

ORATÓRIA Página 86
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Além da comunicação verbal, existem aspectos significativos de comunicação não-


verbal, como os gestos e a postura do corpo, que também influem decisivamente no
que você está dizendo, até mesmo fazendo as pessoas acreditarem ou deixarem de
acreditar nas suas palavras. Um aspecto importante, que pouca gente percebe, é o
movimento dos olhos.

Naturalidade

Se ao falar você parecer nervoso, muito formal ou


desajeitado, por estar preocupado demais com a impressão
que vai causar isto talvez distraia os ouvintes.
É importante ser você mesmo: espontâneo, sincero e
despretensioso. Ao proferir discursos, e na conversa diária,
evite falar de forma desleixada e não use características de
oratória para chamar atenção para si mesmo. Prepare-se bem
para ler em público. Leia com sentimento e leve em
consideração o real sentido da matéria.

Pontuação

É utilizado para sinalizar o término de orações declarativas. Os chamados pontos


simples delimitam orações declarativas que se sucedem no interior do mesmo
parágrafo por expressarem ideias relacionadas.
Quando se quer passar de um grupo de ideias a outro grupo de ideias, deve-se usar o
chamado ponto-parágrafo e retomar a escrita uma linha abaixo, deixando-se o espaço
no início da linha. O ponto utilizado parar marcar o final do texto escrito recebe a
denominação de ponto final.

O ponto (.)
É utilizado para sinalizar o término de orações declarativas. Os chamados pontos
simples delimitam orações declarativas que se sucedem no interior do mesmo
parágrafo por expressarem ideias relacionadas.

ORATÓRIA Página 87
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2014

Quando se quer passar de um grupo de ideias a outro grupo de ideias, deve-se usar o
chamado ponto-parágrafo e retomar a escrita uma linha abaixo, deixando-se o espaço
no início da linha. O ponto utilizado parar marcar o final do texto escrito recebe a
denominação de ponto final.

O ponto de interrogação (?)


É utilizado ao final dos enunciados interrogativos.

“Cidadão se descuidou e roubaram seu celular”. Como era um executivo e não sabia
mais viver sem celular, ficou furioso. Deu parte do roubo, depois teve uma ideia. Ligou
para o número do telefone. Atendeu uma mulher.
- Alo.
-Quem fala?
-Com quem quer falar?
-O dono desse telefone.
-Ele não pode atender.
-Quer chama-lo, por favor?
-Ele está no banheiro. Posso anotar o recado?
-Bate na porta e chama esse vagabundo! Agora!”

VERISSIMO, Luis Fernando: As mentiras que os homens contam;


Rio de Janeiro:Objetiva,2000.

O ponto de exclamação (!)


É utilizado ao final dos enunciados exclamativos, denotativos de espanto, admiração ou
surpresa.

“Para pô!”
“Muito bem!”
“Ahaa!”

ORATÓRIA Página 88
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2014

Dois pontos (:)


• Usam-se os dois-pontos antes de uma citação ou fala de alguém.

“Apenas começou a botar as cartas, disse-me: A senhora gosta de uma pessoa”.


MACHADO DE ASSIS. A cartomante.

• Indica o início de uma enumeração.

“Há três maneiras de enriquecer com facilidade: herdando alguma fortuna, ganhando
na loteria, ou casando-se com alguém rico”!

• Introduz um esclarecimento ou explicação a respeito de algo previamente


mencionado.

“Alguns costumam renovar o sabor de uma citação intercalando-a numa frase nova,
original e bela, mas não te aconselho este artifício: seria desnaturar lhe as graças
vetustas.”
MACHADO DE ASSIS. Teoria do medalhão.

Aspas (“”)
• Indicam uma citação.

Em seu livro sobre o emprego da vírgula, Celso Luft afirma que “pontuar bem é ter
visão clara da estrutura do pensamento e da frase. Pontuar bem é governar as rédeas
da frase. Pontuar bem é ter ordem, no pensar e na expressão”.

• Indicam palavras ou expressões que são de alguma forma, estranhas à língua:


palavras estrangeiras, palavras inventadas (neologismos), gírias.

Tem gente que passa horas e horas “surfando” na internet.

• Indicam ironia, como por exemplo.

Hoje o Ricardo, aquele “gênio”, interrompeu várias vezes a aula de Literatura com mais

ORATÓRIA Página 89
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2014

um de seus comentários absurdos.

• Indicam hesitação, interrupção, ou a suspensão de um pensamento ou ideia que


fica a cargo do leitor completar.

“De quando em quando, olhava furtivamente para o espelho; a imagem era a mesma
difusão de linhas, a mesma decomposição de contornos... Continuei a vestir-me.
Subitamente, por uma inspiração inexplicável, por um impulso sem cálculo, lembro-
me... Se forem capazes de adivinhar qual foi minha Ideia...”.
MACHADO DE ASSIS. O espelho.

• Indicam que determinado trecho de um texto citado foi suprimido, por ser
irrelevante para os objetivos de quem o está citando. Nesse caso, as reticências devem
vir entre colchetes.

“Como sistema de linguagem, a língua compreende uma organização de sons vocais


específicos, ou fonemas [...], com que se constroem as formas linguísticas.”
CAMARA Jr.,M. Dicionário de linguística e gramática.

Parênteses ( )
• Utilizam-se os parênteses para intercalar, em algum momento do texto,
observações, explicações ou comentários acessórios.

“Era um restaurante francês (tão francês que ficava na França) e perto da nossa mesa
almoçava, sozinho, um homem ruivo.”
VERISSIMO, Luis Fernando. Novas comédias da vida pública
A versão dos afogados.

Travessão ( - )
• Indica o discurso direto, como no exemplo.

- Pare e me escute.

- Você está me deixando maluco!

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Ponto e vírgula (;)


• Separa partes de períodos que já apresentam divisões assinaladas por vírgulas.

“Há-os também de quarenta anos, e outros mais precoces, de trinta e cinco, e de trinta;
não são, todavia, vulgares”.
MACHADO DE ASSIS. Teoria do medalhão.

• Separa orações coordenadas extensas, como no exemplo.

“Cheguei a supor que fosse uma cilada; mas adverti logo que havia outros meios de
capturar-me, se o crime estivesse descoberto.”
MACHADO DE ASSIS. O enfermeiro.

O uso da vírgula
De todos os sinais de pontuação, a vírgula costuma provocar mais dúvidas quanto ao
seu emprego, pois tem várias funções. O que vale lembrar sempre é que uma vírgula
fora do lugar pode mudar toda a ideia do texto, por isso devemos tomar cuidado na
hora de dar as pausas.

Teste de leitura

Para uma Menina como uma Flor


Vinícius de Moraes

Porque você é uma menina com uma flor e tem uma voz que não sai, eu lhe prometo
amor eterno, salvo se você bater pino, o que, aliás, você não vai nunca porque você
acorda tarde, tem um ar recuado e gosta de brigadeiro: quero dizer, o doce feito com
leite condensado.
E porque você é uma menina com uma flor e chorou na estação de Roma porque
nossas malas seguiram sozinhas para Paris e você ficou morrendo de pena delas
partindo assim no meio de todas aquelas malas estrangeiras.
E porque você sonha que eu estou passando você para trás, transfere sua d.d.c. para o
meu cotidiano, e implica comigo o dia inteiro como se eu tivesse culpa de você ser

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2014

assim, tão subliminar. E porque quando você começou a gostar de


mim procurava saber por todos os modos com que camisa esporte eu
ia sair para fazer mimetismo de amor, se vestindo parecido. E porque
você tem um rosto que está sempre um nicho, mesmo quando põe o
cabelo para cima, parecendo uma santa moderna, e anda lento, e
fala em 33 rotações, mas sem ficar chata. E porque você é uma
menina com uma flor, eu lhe predigo muitos anos de felicidade, pelo menos até eu ficar
velho: mas só quando eu der uma paradinha marota para olhar para trás, aí você pode
se mandar, eu compreendo.
E porque você é uma menina com uma flor e tem um andar de pajem medieval; e
porque você quando canta nem um mosquito ouve a sua voz, e você desafina lindo e
logo conserta, e às vezes acorda no meio da noite e fica cantando feito uma maluca. E
porque você tem um ursinho chamado Nounouse e fala mal de mim para ele, e ele
escuta e não concorda porque ele é muito meu chapa, e quando você se sente perdida
e sozinha no mundo você se deita agarrada com ele e chora feito uma boba fazendo
um bico deste tamanho.
E porque você é uma menina que não pisca nunca e seus olhos foram feitos na
primeira noite da Criação, e você é capaz de ficar me olhando horas. E porque você é
uma menina que tem medo de ver a Cara-na-Vidraça, e quando eu olho você muito
tempo você vai ficando nervosa até eu dizer que estou brincando. E porque você é uma
menina com uma flor e cativou meu coração e adora purê de batata, eu lhe peço que
me sagre seu Constante e Fiel Cavalheiro.
E sendo você uma menina com uma flor, eu lhe peço também que nunca mais me
deixe sozinho, como nesse último mês em Paris; fica tudo uma rua silenciosa e escura
que não vai dar em lugar nenhum; os móveis ficam parados me olhando com pena; é
um vazio tão grande que as mulheres nem ousam me amar porque dariam tudo para
ter um poeta penando assim por elas, a mão no queixo, a perna cruzada triste e aquele
olhar que não vê.
E porque você é a única menina com uma flor que eu conheço, eu
escrevi uma canção tão bonita para você, "Minha namorada", a fim
de que, quando eu morrer, você, se por acaso não morrer
também, fique deitadinha abraçada com Nounouse cantando sem
voz aquele pedaço que eu digo que você tem de ser a estrela
derradeira, minha amiga e companheira, no infinito de nós dois.

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E já que você é uma menina com uma flor e eu estou vendo você subir agora - tão
purinha entre as marias-sem-vergonha - a ladeira que traz ao nosso chalé, aqui nessas
montanhas recortadas pela mão de Guignard; e o meu coração, como quando você me
disse que me amava, põe-se a bater cada vez mais depressa.
E porque eu me levanto para recolher você no meu abraço, e o mato à nossa volta se
faz murmuroso e se enche de vaga-lumes enquanto a noite desce com seus segredos,
suas mortes, seus espantos - eu sei, ah, eu sei que o meu amor por você é feito de
todos os amores que eu já tive, e você é a filha dileta de todas as mulheres que eu
amei; e que todas as mulheres que eu amei, como tristes estátuas ao longo da aleia de
um jardim noturno, foram passando você de mão em mão até mim, cuspindo no seu
rosto e enfrentando a sua fronte de grinaldas; foram passando você até mim entre
cantos, súplicas e vociferações - porque você é linda, porque você é meiga e sobretudo
porque você é uma menina com uma flor.

Soneto de Fidelidade
Vinicius de Moraes
De tudo ao meu amor serei atento antes,
E com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento


E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure


Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):


Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

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Trem de ferro
Manuel Bandeira
Café com pão Que vontade
Café com pão De cantar!
Café com pão Oô…
Virgem Maria que foi isto maquinista? Quando me prendero
Agora sim No canaviá
Café com pão Cada pé de cana
Agora sim Era um oficia
Café com pão Ôo…
Voa, fumaça Menina bonita
Corre, cerca Do vestido verde
Ai seu foguista Me dá tua boca
Bota fogo Pra matá minha sede
Na fornalha Ôo…
Que eu preciso Vou mimbora voou mimbora
Muita força Não gosto daqui
Muita força Nasci no sertão
Muita força Sou de Ouricuri
Oô.. Ôo…
Foge, bicho Vou depressa
Foge, povo Vou correndo
Passa ponte Vou na toda
Passa poste Que só levo
Passa pasto Pouca gente
Passa boi Pouca gente
Passa boiada Pouca gente…
Passa galho
De ingazeira
Debruçada

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O pingado

Desconhecido

Quando Arthur Riedel era menino, existia no Largo da SÉ, no velhíssimo Largo da Sé,
um café na esquina da Rua l5 de Novembro, chamado Café dos Girondinos. Os mais
de meio século devem lembrar-se dele. Ele ia para a escola ali na velha Rua da Boa
Morte, hoje Rua do Carmo; passava pelo Café Girondino e ouvia sempre o garçom
gritar lá dentro: “Sai um pingado!”. Aquele “pingado” que o garçom servia lhe dava
então ideia de ser uma coisa grande, deliciosa, e ele, impressionado, não fazia outra
coisa senão passar o dia inteiro desejando tomar um “pingado”. Mas o empregado que
lhe acompanhava ao colégio não permitia nunca que ele entrasse no Café para tomar o
tal “pingado”. O “pingado” era uma alucinação, o seu sonho, o seu desejo. À noite,
sonhava com ele. Uma manhã, quando ia para o colégio, avisaram, em casa: “Você
hoje tem que ir sozinho; o empregado não pode acompanhá-lo. Que alegria, que
satisfação! Iria tomar um “pingado”! Foi até o cofre daqueles antigos, feitos de barro,
quebrou, pegou as moedas, encheu o bolso enquanto pensava: “Será que isto chega
para um “pingado”?
Entrou no Café, sentou-se. Nem um rei era tão feliz quanto ele, nem uma noiva no dia
do seu noivado! Quando o garçom chegou, pediu-lhe, com voz emocionada, um
“pingado”. Esperava uma coisa maravilhosa; não sabia o que era, mas a imaginação
havia criado tal forma, que devia ser uma coisa maravilhosa. O garçom gritou lá para
dentro, com voz aportuguesada: “Um pingado!” Ficou esperando. De repente veio o
garçom e colocou na sua frente um copo de leite com um pingo de café dentro: era a
mesma coisa que ele bebia em casa todas as manhãs. Mas isso que é o tal “pingado”?
Perguntou. Pagou e saiu chorando.

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AULA 06

APRESENTAÇÃO COM MICROFONE

Reflexão:

APRESENTAÇÃO

Seria difícil imaginar os dias de hoje sem a presença do


microfone. Sua utilidade é incontestável. Ele permite que a
comunicação do orador seja mais natural e espontânea,
possibilitando falar a grandes plateias da mesma forma
como se conversa com uma ou duas pessoas.
Mesmo possuindo todas essas qualidades, o microfone, muitas vezes, é visto como um
terrível inimigo, chegando a provocar pânico em determinados oradores, principalmente
naqueles menos habituados com a tribuna. Isso ocorre por não se observar certos
procedimentos elementares, mas de capital importância a uma boa apresentação.
Vejamos, de forma resumida, o que deve ser feito para o bom uso do microfone:

Microfone de lapela

Este tipo de microfone praticamente não apresenta grandes


problemas quanto à sua utilização; ele é preso na roupa por
uma presilha tipo "jacaré", de fácil manuseio. É muito útil
quando se pretende liberdade de movimentos na tribuna. Para
usá-lo bem, basta atentar aos itens que passaremos a comentar.

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Ao colocá-lo na lapela, na gravata ou na blusa, procure


deixá-lo na altura da parte superior do peito, pois ele possui
boa sensibilidade e a essa distância poderá captar a voz com
perfeição.
Enquanto estiver falando, não mexa no fio. É comum
observar oradores segurando, enrolando, ou torcendo o fio
do microfone. Já presenciamos casos que se mostraram
cômicos; em um deles, sem perceber, o orador começou a enrolar o fio do microfone e,
quando chegou ao final da apresentação, assustou-se ao verificar que esta com mais
de dois metros de fio nas mãos.
Outra precaução importante a ser tomada ao usar o microfone de lapela é a de não
bater as mãos ou tocar no peito com força, próximo ao microfone, enquanto estiver
falando, porque esses ruídos também são ampliados, prejudicando a concentração e o
entendimento dos ouvintes.
É perigoso fazer comentários alheios ao assunto tratado de qualquer microfone, porque
sempre poderão ser ouvidos. No caso do microfone de lapela o problema passa a ser
muito mais grave por causa da sua alta sensibilidade. Ele permite captar ruídos a uma
considerável distância. Isto sem conta que, preso na roupa, sempre o acompanhará.
Talvez não seja necessário fazer este tipo de comentário, mas como já presenciamos
inúmeros ocorridos desagradáveis, vale a pena alertar o orador para que não se
esqueça de retirar o microfone quando terminar de falar e for sair da tribuna.

Microfone de pedestal

Este tipo de microfone exige maiores cuidados para sua melhor utilização. É um
microfone mais comum e encontrável na maioria dos auditórios.
Cuide a distância entre a sua boca e o microfone. De nada adianta usar o microfone e
meio metro de distância da boca. Ele não vai captar nada e
ninguém vai escutar nada. Há casos que a voz vai sair firme
e forte se você colar o microfone na boca, porém neste caso,
cuidado com os estouros, silibações e outros problemas. O
ideal seria testar antes ou observar outra pessoa que se saia
bem naquele microfone e fazer igual. Mas, aqui também há

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variáveis, como o volume da voz. Neste caso, resta torcer para


que o técnico de som seja ágil e sensato para dar mais volume no
som ou até diminuir se necessário.
Sugere-se: Geralmente falar há uns 5 cm de distância vai bem na
maioria dos microfones. Para casos específicos, deverá se
conhecer que tipo de microfone é, marca e outros casos que não
trataremos aqui. Sempre que seja possível, converse antes com o
técnico de som e peça uma sugestão a ele. Se ainda sim, quando
não tiver nenhum retorno do som e pintar aquela dúvida (será que estão me ouvindo?),
não tenha medo em perguntar a plateia, que certamente estará pronta a colaborar.
Afinal, mais do que em qualquer outra coisa, quando o assunto é comunicação clara,
quem tem boca vai a Roma.
Veja agora o que deverá fazer para evitar problemas e melhorar as condições de sua
apresentação.
Inicialmente verifique como funciona o mecanismo da haste onde o microfone se
sustenta e se existe regulagem na parte superior onde ele é fixado. Treine esses
movimentos, abaixando e levantando várias vezes a haste, observando atentamente
todas as suas peculiaridades. Evidentemente essa tarefa deverá ser realizada bem
antes do momento de se apresentar, de preferência sem a presença de nenhum
ouvinte. Se isto não for possível, verifique a atuação dos outros oradores mais
habituados com o local e como se comportam com o microfone que irá usar.
Já familiarizado com o mecanismo de regulagem da altura, teste a sensibilidade do
microfone para saber a que distância deverá falar. Normalmente a distância indicada é
de dez a quinze centímetros, mas cada microfone possui características distintas e é
prudente conhecê-las antecipadamente. Se durante o teste estiver acompanhado de
um amigo ou conhecido, peça que ele fique no fundo da sala e diga qual a melhor
distância e qual a altura ideal da sua voz.
Ao acertar a altura do microfone, procure não
deixar na frente do rosto, permitindo que o
auditório veja o seu semblante. Deixe-o a um
ou dois centímetros abaixo do queixo.
Ao falar, não segure na haste e fale sempre
olhando sobre o microfone; dessa forma o jato
da voz será sempre captado: assim, quando

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falar com as pessoas localizadas nas


extremidades da sala, ou sentadas à mesa
que dirige a reunião, normalmente
posicionada no sentido lateral, gire o corpo de
tal maneira que possa sempre continuar
falando com os olhos sobre o microfone.
Fale, não grite ,isso mesmo, aja como se
estivesse conversando com um pequeno grupo de amigos. Isso não quer dizer que
deverá falar baixinho, sem energia; ao contrário, transmita sua mensagem
animadamente, com vibração, mas sem gritar.
Se for preciso segurar o microfone com a mão para se movimentar na tribuna, o
cuidado com o jato de voz deverá ser o mesmo; nesse caso não movimente a mão que
segura o microfone e deixe-o sempre à mesma distância.

Microfone de mesa

O microfone de mesa requer os mesmo cuidados já mencionados,


com a diferença de normalmente ser apoiado sobre uma haste
flexível. Ao acertar a altura não vacile, faça-o com firmeza e só
comece a falar quando tiver posicionado da maneira desejada.
Se lhe oferecerem um microfone no momento de falar, antes de
aceitar ou recusar, analise algumas condições do ambiente. Se os
outros falaram sem microfone e se a sala não for muito ampla e permitir que a voz
chegue até os últimos ouvintes, sem dificuldade, poderá recusá-lo. Se alguns oradores
se apresentaram valendo-se do microfone, ou se sentir que o tamanho da sala e a
acústica impedirão sua voz de chegar bem até os últimos elementos
da plateia, aceite-o.
Se o microfone apresentar problemas e você perceber que eles
persistirão, desligue-o e fale sem microfone. Não peça opinião a
ninguém sobre essa atitude. A apresentação é sua e você é o
responsável pelo seu bom desempenho. O microfone deve ajudar a
exposição. Se, ao contrário, atrapalhar, é preferível ficar sem ele.

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Principais mandamentos do microfone

1º Mandamento: Não fale se movimentando


Alguns de nós temos o hábito de falar/cantar movendo-nos de um
lado para o outro diante do microfone, quando este está fixo. Os
microfones têm uma capacidade “auditiva” limitada. Eles não são
capazes de “ouvir” se você estiver falando ou cantando muito
afastado dele para as laterais. Você precisa falar e/ou cantar
diretamente em frente a ele. Aí ele poderá perceber toda a beleza de
sua voz.

2º Mandamento: Não tenha medo


Muitas pessoas têm medo de microfones e por isto afastam-se dele demasiadamente.
À medida que você se afasta do microfone, ele passa a ter dificuldades de “ouvir” você.
Sua voz ficará com excesso de agudos e sem peso (graves): a conhecidíssima “voz de
taquara rachada”. Para obter um bom desempenho, aproxime-se do microfone até
cerca de Cinco cm. Não se preocupe, ele não morde.

3º Mandamento: Não engula o microfone


Não vá para o evento com fome esperando engolir alguns microfones: eles dão
indigestão! Na ânsia de fazer uma boa apresentação, falamos tão próximo ao
microfone que quase o engolimos. A essa distância tão pequena certamente
lançaremos sobre o pobre coitado aqueles mililitros de saliva, lembra-se? E também
alguns perdigotos (para quem não sabe o que são, lá vai: germes).
Essa prática prejudica também a qualidade do som: os microfones direcionais (usados
por nós em 99% das aplicações) têm uma propriedade chamada “efeito proximidade”.
Este efeito encorpa os graves à medida que o
microfone é aproximado da fonte sonora. Sendo assim,
você terá o som da sua voz cheio de graves e
provavelmente sem clareza, para não falar do
maravilhoso efeito “puf”. É só lembrar do item anterior:
a distância adequada para uma boa captação é cerca
de 5 cm afastado da boca e diretamente em frente ao

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microfone.

4º Mandamento: Não enrole o fio do microfone


Quando seguramos o microfone na mão, temos o hábito de enrolar o cabo: pare com
isto e não enrole. Ao enrolar o cabo do microfone, você provoca alteração em suas
propriedades elétricas e, com o tempo, danifica as soldagens que o unem aos plugs. O
que resulta disto são chiados e barulhos diversos. Ao segurar um microfone, deixe o
cabo completamente livre e solto.
Bom, agora que acabamos de indicar a você algumas maneiras práticas de evitar
problemas com os microfones e de aumentar sua vida útil, gostaria de dar algumas
outras dicas. Lá vai:
Aceite as orientações do técnico de som. Ele está ali para ajudá-lo a obter o melhor
desempenho possível. Se você tiver alguma ideia, discuta-a com ele.
Para evitar o problema de encher o microfone com saliva e minimizar o efeito “puf”, use
espumas de proteção. Elas podem ser encontradas com facilidade no mercado.
Você poderá obter sons mais graves ou mais agudos apenas afastando ou
aproximando o microfone. É só lembrar do “efeito proximidade”, que pode e deve ser
usado em seu favor.
Não passe na frente das caixas acústicas com o microfone apontado para elas. Isto
causará microfonia.
Não envolva o globo do microfone (aquela parte redonda que protege a cápsula) com a
mão. Isto altera o padrão de captação do mic e pode causar microfonia.
Se você fala baixo, tente elevar o tom de sua voz falando mais alto, soltando as vogais
com maior intensidade, caso contrário, o volume no máximo poderá ocasionar
microfonia.
Em algumas Bancas são usadas o microfone sem fio, segure-o na horizontal e a uma
distância de uns cinco centímetros da boca.
Fale sempre olhando para o examinador e não para o microfone. Evite dobrar o queixo
para baixo, porque além de passar um visual desanimador ao público, essa posição
curvará seu pescoço, pressionando as pregas vocais e tornando sua voz abafada.
Evite também, ficar olhando para o microfone quando estiver respondendo as
perguntas.

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AULA 07

APRESENTAÇÕES EM VÍDEO

Reflexão:

APRESENTAÇÃO

Antes de entrar em pânico, lembre-se que, antes de dirigir


seu carro, você também não sabia o que fazer primeiro: se
mudar a marcha ou apertar o pedal da embreagem. Falar
com os jornalistas, utilizando as ferramentas de gravação, é
exatamente a mesma coisa. Depois que você adquire o
hábito e se familiariza com o processo, a comunicação flui
melhor e o medo dá lugar à segurança. Para saber se
posicionar frente à câmera de TV e ao microfone, confira 10 dicas importantes:

A lente da câmera não é espelho, portanto não fique olhando diretamente na lente, se
estiver sendo entrevistado por um jornalista. É pra ele que você tem que olhar, em
respeito e consideração à oportunidade de estar sendo ouvido. Exceção para horário
político: durante a gravação você deve olhar diretamente à câmera, como se estivesse
olhando nos olhos do eleitor.

Se o microfone for direcional, não pegue no equipamento de jeito


nenhum. O repórter tem que ficar autônomo para movimentar o
microfone a qualquer momento. É o jornalista que vai dirigi-lo a
você. Se o microfone for o de lapela, um técnico vai instalá-lo na
gola da sua camisa ou paletó. Cuide para não bater as mãos no

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microfone, nem tossir em direção a ele.

E por falar em movimentos, cuidado com gestos


exagerados. Segurar as mãos para trás não é uma boa
pedida, porque pode restringir sua liberdade. O melhor é
dosar a movimentação das mãos e da cabeça, sem
afetação. O corpo nunca se mexe. Quando estiver em pé, abra um pouco as pernas e
mantenha sem paralelo para facilitar o equilíbrio. Se estiver sentado, capriche na
postura.

É fundamental apresentar visual limpo e asseado na hora da entrevista.


Roupa amassada ou com manchas de suor devem ser trocadas. Para as mulheres,
não à transparência ou decotes sensuais que comprometem a credibilidade e tiram a
atenção do telespectador. Os cabelos devem ter bom corte e estar penteados.

As cores também têm que ser estudadas. Se o fundo do estúdio é azul royal, não
apareça com uma camisa ou terno da mesma cor: corre o risco de ficar transparente.
Tecidos listrados, quadriculados ou com estampas grandes provocam o efeito de
‘batimento’ que ‘borra’ a imagem no vídeo. Portanto prefira as cores lisas e tecidos sem
brilho.

É no uso do vocabulário que o porta-voz tem que fazer bonito. Nada de reduzir
palavras no final, engolir ‘ésses’ ou errar a concordância verbal.
Independente do seu cargo ou ocupação, o português tem que ser falado
corretamente.

O tom de voz é o termômetro para o seu humor. Se falar forte,


com raiva, vai parecer que está bravo. Se falar muito macio
(para as mulheres) pode mostrar sensualidade fora de hora.
Encontre o tom de voz que passa firmeza e credibilidade, com
simpatia. Se for necessário demonstrar alegria, sorria e fale: vai
apresentar uma voz simpática e feliz.

Para os homens, a maquiagem é necessária quando o local da

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gravação é o estúdio. Para as mulheres, se houver o costume a maquiagem cai bem,


mas não se deve usar o artifício com exagero para parecer que foi feita uma produção
para a entrevista.

Dicas sobre o que fazer:

1. Usar palavras simples, readaptar o vocabulário.

2. Usar a linguagem coloquial, de conversa.

3. Falar com clareza e objetividade.

4. Usar a forma direta.

5. Ser acessível.

6. Concluir o pensamento.

7. Aproveitar a entrevista para se tornar próximo do telespectador.

8. Falar no que acredita para passar credibilidade e confiança.

9. Ter conhecimento do que está falando.

10. Falas curtas e abrangentes (esgotar o tema em pouco tempo).

11. Falar todas as palavras com todas as letras (não comer palavras e
principalmente final da frase)

12. Usar termos precisos (exatos) para definir alguma coisa.

13. Criar interesse no que está falando.

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14. Ser prudente (não falar além do que deve).

15. Manter a postura.

16. Justificar o ponto principal, mas não se alongar em argumentações.

17. Estar atento à pergunta do repórter.

18. Se posicionar com clareza, quando tiver que fazê-lo.

19. Usar comparações que possam ajudar a esclarecer (evitar confundir o


telespectador).

20. Transmitir informações consistentes.

21. Criar empatia com o público.

22. Demonstrar com o olhar o que está sentindo.

23. Falar com firmeza.

24. Usar um tom de voz adequado (não falar para dentro, baixinho, como se
estivesse resmungando).

25. Procurar se sentir à vontade diante da câmera e do microfone.

Dicas sobre o que não fazer:

1. Falar difícil, rebuscado ("moradores sob a égide dos traficantes").

2. Não concluir o raciocínio.

3. Falar sem definições.

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4. Usar termos técnicos ("meso e microdrenagem").

5. Ser redundante - repetir a mesma ideia de forma diferente.

6. Falas longas, com muitos exemplos e "vírgulas".

7. Cometer erros gramaticais.

8. Usar gírias e/ou palavras estrangeiras.

9. Usar frases de efeito (chavões).

10. Ser demagogo (tentar "enrolar" o telespectador).

11. Ler algum papel-lembrete enquanto fala.

12. Falar de forma autoritária ("prendo e arrebento").

13. Abaixar o olhar enquanto fala.

14. Deixar o olhar perdido.

15. "falar sem parar", emendando frases e assuntos.

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AULA 08

APRESENTAÇÃO EM SALA DE AULA

Reflexão:

APRESENTAÇÃO

Existem pessoas que não conseguem falar bem quando estão com toda a atenção
voltada para si. No período escolar são inúmeras as vezes que o aluno tem que
apresentar um trabalho, uma maquete, um exercício ou outras atividades que o coloca
sobre evidência aos demais que estão presentes na sala de aula. Como lidar com a
insegurança e a timidez ao falar?

Os sinais quando se está prestes a falar para outras pessoas são sempre os mesmos:
frio na barriga; suor, principalmente nas mãos; vontade de urinar; insegurança e voz
trêmula. Para conseguir lidar com essas situações é importante seguir algumas
regrinhas básicas que já falamos anteriormente, mas é bom revisar:

Dominar o assunto a ser apresentado, ler o material não é bom;

Ensaie antes de se apresentar;

Não tente se desculpar se caso der algum deslize e nem se justifique, apenas corrija;

Falar de forma clara com o vocabulário adequado para a situação;

Determinar um tempo para a apresentação;

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Mostrar entusiasmo na apresentação para despertar interesse daqueles que ouvem


para o que é apresentado;
Olhar diretamente para as pessoas para que inspire confiança;

Evitar olhar para colegas que buscam tirar sua concentração;

Utilize-se da tecnologia para tornar sua apresentação mais interessante e eficiente


(Datashow, som, vídeos, músicas, atividades, histórias);

Dê exemplos práticos e faça demonstração para provar o que diz;

Busque materiais de apoio que auxilie na lembrança do que deve ser falado;

Ao final, enfatizar os pontos principais apresentados e por fim;

Esclarecer dúvidas que surjam nos ensaios;

Antecipar questões que possam ser feitas pelos alunos;

Apesar de seguir à risca o que está descrito acima, poderá ainda haver o aparecimento
do nervosismo e do friozinho na barriga, porém insegurança não.

Para professores

Professores também necessitam aprender sobre apresentação em sala de aula.

Apresentação inicial do professor: o reconhecimento da voz.

Tradicionalmente, o professor chega à sala de aula, nos primeiros dias, e se apresenta


de viva voz ou escrevendo seu nome na lousa, além de outras informações
necessárias para o início de sua programação.

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É conveniente, na sua primeira apresentação à classe, que o professor saiba com


antecedência se existem alunos dvs. Havendo, é necessário que ele procure
apresentar-se diretamente para ele.

Este não é um procedimento padrão, e nem é habitual na universidade, porém para o


aluno dv esta atitude é fundamental. Aliada à sua insegurança por ser calouro, existe a
dificuldade especial para saber o que está acontecendo na sala de aula, principalmente
nos primeiros dias. Quando o professor se dispõe a apresentar-se diretamente ao
aluno dv, já se inicia o processo de reconhecimento de sua voz, O aluno saberá que
quem está falando com ele naquele momento, é o professor de tal disciplina e não o
confundirá com outras pessoas.

Parece simples, não é verdade? E é realmente simples, mas isto raramente acontece

Dicas para o professor:

- Aproxime-se do aluno, apresentando-se pessoalmente.


- Pergunte como ele costuma fazer suas anotações.
- Caso ele queira gravar, permita.
- Espere que ele inicie a gravação.
- Avise sempre que tiver que escrever algumas coisas no quadro.
- Continue narrando tudo que escrever.
- Pergunte se ele tem um e-mail, através do qual poderão se comunicar com mais
rapidez e eficiência.

Programas da disciplina: material necessário no tempo certo.

O programa da disciplina é o contrato de trabalho entre o professor e o aluno, para um


número determinado de aulas, geralmente um semestre.
É um documento extremamente importante para que o aluno possa ter uma noção de
conjunto dos itens que deverão ser tratados pelo professor e seus objetivos, além de
toda sua bibliografia básica e complementar a ser utilizada durante o semestre.

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Tradicionalmente, o cronograma de aulas impresso em papel, é distribuído pelo


professor no primeiro dia de aula. Este procedimento não atinge o aluno dv. Ele precisa
destas informações impressas em braille, ou gravadas num CD-ROM, para que possa
ler no seu computador em casa ou no NAAPNE, e ter acesso ao programa ao mesmo
tempo que os demais colegas.

Dicas para o professor:

- Encaminhe ao NAAPNE o arquivo de seu programa, via e-mail ou pessoalmente, com


antecedência mínima de 10 dias para o preparo do material em braile ou em CD-ROM.

- Passe por e-mail o programa e a bibliografia para os alunos DVS.

- Para o aluno DV, é de fundamental importância que ele tenha em mãos, ao mesmo
tempo em que todos os demais de sua classe, o programa do professor.

Textos para leitura e bibliografia da disciplina: ajuda do NAAPNE.

Tradicionalmente, na Universidade São Marcos, os professores costumam indicar os


textos de apoio para suas aulas com certa antecedência.

Anotações no quadro: construções mentais.

Tradicionalmente, quando o professor está escrevendo na lousa, ele permanece em


silêncio, ou narra apenas algumas partes mais importantes. Com este procedimento, o
aluno dv fica excluído, pois não pode anotar e nem gravar.
É complicado para um aluno com este tipo de deficiência compreender um esquema,
por exemplo, porque este tipo de demonstração gráfica é subdividido infinitamente em
outros subesquemas. A visão do conjunto torna-se impossível. Quando o professor
utiliza expressões tais como "à direita", ou "aqui em baixo", ou ainda, "para cá ou para

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lá", é muito desagradável para o aluno dv não poder acompanhar seu raciocínio. Ele
fica completamente "perdido".

Dicas para o professor:


- Para que um professor não deixe excluído o aluno dv a cada vez que escreve na
lousa, o jeito mais adequado é narrar a sua escrita no exato momento em que está
escrevendo.

- Quando se tratar de um esquema, com subdivisões, chaves, números, letras, o ideal


é ir narrando, ir pontuando a cada momento o que vai escrevendo de chave em chave.
E deve fazer isto tanto quando está caminhando para fora do esquema (para a direita),
assim como quando volta para dentro do mesmo (à esquerda).
- Para não deixar o aluno dv confuso no meio da explicação, o professor precisa dizer
literalmente para que local do quadro está apontando. Por exemplo: "Voltando para o
tópico em que falamos de... podemos comparar com... que está aqui à direita".
- Desta maneira, o aluno dv vai construindo mentalmente o esquema ou o desenho
elaborado no quadro, e poderá, posteriormente, montar aquele esquema ou desenho
de sua própria maneira.

5- Apresentação de transparências: a sensação de exclusão total.

Tradicionalmente, os professores têm suas transparências com os tópicos a serem


abordados em aula, com pequenos textos resumidos das teorias ou conceitos. Ao
serem exibidas, os alunos videntes copiam os tópicos, para posteriormente agregarem
novas informações com o decorrer das explanações do mestre. Às vezes, solicitam dos
professores estas transparências e fazem cópias xerografadas.
Sem dúvida, este é um dos momentos de maior exclusão de um aluno dv. Seu acesso
é totalmente impossível, e à medida que as folhas de transparências vão sendo
trocadas, a sensação de "estar perdido" ou de confusão, ficam cada vez mais
evidentes. Isto ocorre com muita frequência, tanto nas aulas regulares ao longo do
semestre, como nas apresentações de trabalhos dos demais alunos.
Dicas para o professor:
- As transparências devem ser oferecidas ao aluno dv em braille ou em CD-ROM, com

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o auxílio dos estagiários do NAAPNE. Para isso, precisam ser encaminhadas via email
ou em CD-ROM, com a maior antecedência possível, para o Núcleo.
- Na ausência de cópias em braille, cada página da transparência deve ser lida e
pontuada na íntegra. Dessa maneira, o aluno dv vai acompanhando tópico por tópico e
fica incluído na discussão, e com possibilidades de levantar questões.
- Seria interessante ainda, que o professor recomendasse aos demais alunos da
classe, a importância de fornecer, também com antecedência, as transparências das
futuras apresentações de seus trabalhos individuais ou em grupo. Dessa forma,
estarão praticando também o exercício da inclusão.

6- Apresentação de filmes: um momento difícil.

Tradicionalmente, este é um recurso muito utilizado pelos professores. Para o caso de


filmes nacionais ou então filmes dublados para o português, não há nenhum problema,
pois o aluno dv tem condições de compreender o contexto através dos diálogos ou de
narrações. Mas para filmes estrangeiros legendados, mudos ou ainda que misturem
idiomas, o problema existe.

Dicas para o professor:

- Alguns filmes possuem uma versão atualizada em DVD. A substituição do


videocassete por cópia DVD é recomendável, pois facilita sua utilização na opção de
dublagem em português.
- Pode ser que o aluno dv já esteja bem adaptado aos colegas e estes prontamente se
ofereçam para a audiodescrição do filme. Isto já resolve a situação.
- Um procedimento correto por parte do professor é oferecer para o aluno a sua
contribuição, fazendo uma narração sucinta do filme, do que está acontecendo, um
contexto geral da obra, os pontos de maior interesse, sem a necessidade de traduzir
todas as falas. Esta audiodescrição pode ser feita em tom baixo, no fundo da sala de
aula, para que não atrapalhe o restante da turma.

7- Avaliações: um duplo problema.


a) Na Aplicação.

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Fazer avaliações já é um motivo de preocupação para qualquer aluno, em qualquer


tempo. Imagine agora um aluno dv será que o professor terá uma prova adaptada? De
que formato?
É muito importante que o professor tenha conhecimento prévio das necessidades do
aluno dv em relação às avaliações. Isto pode ser conseguido simplesmente com uma
conversa prévia, direta e objetiva, para saber se ele está habituado à avaliação em
braille, CD-ROM ou prova oral.
Á maioria dos alunos dvs prefere a prova em braille, com a qual estão mais
familiarizados. Mas alguns deles podem requisitá-la em CD-ROM, se possuírem um
computador portátil, e/ou se tiverem a permissão de realizar as avaliações no
NAAPNE. Isto deve ser combinado com antecedência.
É muito comum entre os professores que têm alunos dvs em suas classes, optarem por
provas orais. Mas, segundo muitos destes alunos, esta é a pior opção, a menos
recomendada, porque além da dificuldade natural da avaliação, existe o
constrangimento diante do avaliador.
Outra forma utilizada é o professor pedir para que o próprio aluno leia a sua prova feita
em braille, para que o professor possa corrigi-la no mesmo instante e já conferir-lhe a
nota respectiva.
Para essas duas últimas opções, devemos salientar que uma das preocupações de
todo professor deve ser o zelo pela linguagem e boa escrita. Pois bem, essas duas
formas de avaliação não permitem que ele se aperceba disso, ou seja, se o aluno está
ou não escrevendo corretamente, respeitando as normas ortográficas vigentes. Sendo
assim, são duas opções que, caso seja uma escolha autônoma do aluno, podem ser
utilizadas, mas é preciso que se esteja atento a esses cuidados, visando a uma melhor
formação do aluno.
Dicas para o professor:
- Um recurso muito rápido é permitir que o aluno dv realize sua avaliação nos
computadores do NAAPNE, caso ele não tenha um computador pessoal, mas tenha
habilidade com esse recurso. O resultado é instantâneo e a avaliação será impressa e
entregue ao professor, permitindo o processo de correção e devolução em tempo hábil.
- Caso a opção seja para a avaliação em braille, o professor deverá enviar, com a
maior antecedência possível, uma cópia para o NAAPNE para sua devida transcrição
em tempo útil.
- Caso a opção seja para a avaliação em CD-ROM, basta gravá-lo e entregá-lo ao

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aluno dv. Depois de respondida, ele lhe entregará para sua correção.
- Caso a opção seja pela prova oral, combine com o aluno dv o melhor local, dia e
condições para realizá-la.
b) Na devolução da prova.
Tradicionalmente, os professores devolvem suas provas com as respectivas correções,
comentários e notas, ao final de um prazo específico.
É imprescindível que o aluno dv receba suas provas e notas ao mesmo tempo que
seus colegas, e que ele possa saber dos comentários, dicas, além dos erros cometidos
na avaliação.

Dicas para o professor:


- Se a avaliação foi realizada em braille, tome os devidos cuidados de solicitar ao
Núcleo a sua devolução, pois terá que entregá-la corrigida junto com todas as outras.
- Se a avaliação foi feita em CD-ROM, o professor pode transcrever os dados da
correção também no mesmo dispositivo. Isso possibilita que o aluno dv tenha contato
direto com os comentários da correção, assim como todos os outros.
- Se a avaliação foi feita oralmente, o professor pode optar por fornecer ao aluno dv
sua nota imediatamente após seu término.
- Tomando todos esses cuidados, evitar-se-ão, ao máximo, expressões tais como:
"Esqueci sua prova!", ou "Sua prova ainda não chegou", ou também, "Eu não sei o que
fizeram com a sua prova", pois estas expressões podem destruir todas as expectativas
e esperanças de uma inclusão verdadeira.
- O aluno dv tem as mesmas ansiedades, angústias, dificuldades, medos como
qualquer outro aluno.
Expor trabalhos e idéias diante de uma sala de aula cheia de colegas e professores é
um dos grandes desafios enfrentados pelos estudantes que ingressam na faculdade.
Nessas ocasiões, não basta só o conhecimento. É preciso também aplicar algumas
técnicas de comunicação e saber utilizar os recursos audiovisuais para garantir o
resultado de uma boa apresentação.
O especialista em expressão verbal e autor Reinaldo Polito, traz em seus livros
orientações práticas para quem deseja falar em público com desenvoltura e
naturalidade. Recursos audiovisuais nas apresentações de sucesso, que acaba de ser
relançado em nova edição, é uma obra bastante procurada por estudantes e recém-
formados, que buscam projetar uma boa imagem pessoal e acrescentar um diferencial

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em suas qualificações.
Adaptada ao contexto atual, a publicação apresenta os recursos audiovisuais mais
importantes disponíveis e orienta como e quando utilizá-los, da maneira mais
apropriada. O autor dá dicas preciosas para se produzir um bom visual, abordando
todos os tipos. E vai além: orienta sobre arranjos das salas para facilitar o
posicionamento e a movimentação do orador e ampliar a visualização dos ouvintes.
Quais são as maiores dificuldades encontradas pelos universitários durante uma
apresentação de trabalho em sala de aula?
A apresentação oral de trabalhos escolares é um dos itens importantes na avaliação do
aluno. Por isso, às vezes, ele se impõe o compromisso de se apresentar de forma
excepcional, procurando ter um desempenho acima do normal. Com receio de não
atingir esse resultado pode se sentir impotente, nervoso e com rendimento deficiente.
Há também um ponto importante a ser considerado: Quando o aluno se apresenta na
frente dos colegas de sala, se sente vulnerável pelo fato de assumir uma postura e um
jeito de falar diferente daquele natural como se comporta no dia a dia.
A solução é se apresentar com a maior naturalidade possível, como se estivesse
conversando normalmente com um grupo de amigos. Não queira dar uma de super-
homem, nem exija da sua apresentação um resultado que talvez não possa atingir.
Faça o que puder, da melhor maneira possível, sem responsabilidades desnecessárias.
Pela falta de experiência ou pelo nervosismo natural o aluno nem sempre usa o volume
de voz apropriado. De maneira geral fala muito baixo, desvalorizando a qualidade da
sua apresentação. Fale com volume de voz suficiente para que os colegas que se
sentam no fundo da sala possam ouvir sem dificuldades. Falando com bom volume de
voz e pronunciando bem as palavras estará projetando sua imagem de forma positiva e
conquistando pontos importantes na avaliação final.
Outro cuidado importante é o de conversar bastante sobre o tema da apresentação
com os colegas do grupo. Assim, estará verbalizando o assunto que irá expor e
treinando o ritmo, a cadência, a melodia e se sentirá mais bem preparado para falar
diante do grupo. Portanto, esse é o maior segredo da boa apresentação de um trabalho
escolar, depois de dominar o conteúdo da matéria, evidentemente, conversar o máximo
que puder sobre o assunto com o grupo de colegas. No momento de fazer a exposição
já estará acostumado a falar sobre o tema e se sentirá mais à vontade.
Existem técnicas indicadas para atrair a atenção e a simpatia dos colegas?
Se o aluno que vai fazer a apresentação puder logo no início informar os benefícios

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que os colegas terão ouvindo sua exposição poderá conquistar maior atenção para o
que irá dizer. Os benefícios podem ser com relação à carreira que irão abraçar,
realização profissional, conquistas pessoais, etc. Outros recursos adequados para
conquistar o interesse são: usar frases ou informações que possam provocar algum
tipo de impacto, uma boa história relacionada com o tema, ou um fato bem humorado,
nascido do próprio ambiente onde se apresentam.
Como os recursos audiovisuais podem ajudar nas apresentações?
Os recursos audiovisuais se constituem em uma poderosa e eficiente arma para o
sucesso de uma apresentação, mas acima de tudo precisam ser utilizados com critério
para que possam servir de apoio efetivo para a exposição. Para isso, necessitam
atender a três objetivos: destacar as informações importantes da mensagem, facilitar o
acompanhamento do raciocínio e fazer com que os ouvintes se lembrem das
informações por tempo mais prolongado.
Eles são particularmente úteis para ajudar no esclarecimento de cifras, dados
estatísticos, informações técnicas ou científicas e na simplificação de mensagens
complexas.
É possível improvisar uma boa apresentação na ausência de recursos de alta
tecnologia?
Principalmente em sala de aula nem sempre é possível contar com recursos de alta
tecnologia, por isso, a improvisação, ou o uso de outros recursos mais simples precisa
ser considerado. Quadro-de-giz, quadro branco, flip chart, cartazes são recursos
simples e que podem dar excelentes resultados. Entretanto, o fato de ser simples não
significa que deva ser usado com negligência. Ao contrário, procure fazer letras e
desenhos bem legíveis para que possam ser vistos por todos. Evite falar e escrever ao
mesmo tempo para não perder o contato visual com o grupo. Faça pausas expressivas
para dar tempo aos ouvintes de lerem as informações do visual.
Dependendo do tempo e das características da apresentação é preferível usar esses
recursos sem sofisticação tecnológica. A exposição poderá ser vista com mais simpatia
e de maneira mais natural.

Regras básicas para a produção de um bom visual


• Coloque um título.
• Faça legendas.
• Escreva com letras legíveis.

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• Limite a quantidade de tamanhos de letras.


• Crie frases curtas.
• Use poucas linhas
• Use cores
• Apresente apenas uma idéia em cada visual.
• Utilize apenas uma ilustração em cada visual.
• Retire tudo o que for dispensável ou incompatível com a mensagem.

Formas mais comuns de elaborar um visual para apresentações


• tabela
• gráfico de barras
• gráfico setorial (pizza ou pie)
• gráfico de linhas
• mapa
• fluxograma
• desenho
• relação de itens

Recursos audiovisuais mais importantes


• quadro-de-giz e quadro branco;
• cartaz;
• flip chart;
• folheto;
• modelos e objetos;
• retroprojetor;
• projetor de slides;
• videoteipe e DVD;
• projetor de filmes;
• projetor de originais;
• projetor multimídia

Fonte: Recursos audiovisuais nas apresentações de sucesso, Editora Saraiva

Propostas de trabalho apresentadas no livro Recursos audiovisuais nas apresentações

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de sucesso, de Reinaldo Polito


1. Separe o caderno de economia do seu jornal preferido e faça os seguintes
exercícios:
• Localize as informações numéricas que não foram apresentadas com gráficos e
elabore quantos forem necessários para explicá-las.
• Verifique os gráficos que foram usados pelo departamento de arte do jornal e
apresente a mesma informação com visuais diferentes.
2. Elabore um visual numa folha de flip chart com letras que possam ser lidas numa
sala com quarenta pessoas.
3. Pegue a matéria mais importante da revista semanal que costuma ler e monte uma
apresentação com o apoio de visuais produzidos em PowerPoint ou outro programa
que julgar mais conveniente, como se fosse fazer a exposição diante de uma platéia.
4. Prepare um original, faça transparência e projete-a com auxílio de retroprojetor,
explicando as informações como se estivesse numa apresentação verdadeira.
Especialista no ensino da expressão verbal há 23 anos, Reinaldo Polito é autor das
melhores obras sobre a arte de falar em público, entre elas Como Falar Corretamente e
Sem Inibições. Seu mais recente lançamento é Fale Muito Melhor.

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