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Mathew Lipman
Desde dos anos 80 que a Filosofia para Crianças se espalhou pelo mundo
inteiro, sendo a metodologia utilizada numa grande variedade de contextos,
e muitos dos países começaram a desenvolver o seu próprio material para
as sessões. Formou-se assim uma comunidade internacional que partilha o
modo como aplica a metodologia, ao mesmo tempo que reflecte sobre os
seus aspectos teóricos e o seu impacto nas ideias pedagógicas das ciências
da educação. Ainda que diferentes países tenham começado a divergir no
uso de material para dinamizar as sessões, todos mantêm em geral os
princípios da comunidade de investigação tal como Lipman os desenhou.
Uma das questões que se levanta com frequência é saber quem deve
ensinar Filosofia para Crianças. Se devem só ser pessoas com formação
filosófica ou se devem ser os próprios professores da sala. Não irei elaborar
sobre o que está por detrás desta difícil discussão. Basta dizer que quem o
fizer deverá ter uma formação específica que lhe permita conhecer o
programa metodológico pois o papel de facilitador requer uma formação
cuidada que oriente a pratica das discussões.
A filosofia para Crianças não diz aos participantes o que devem pensar
sobre os assuntos que aparecem para ser discutidos a partir de perguntas.
Os temas são abertos e existem uma série de mecanismos usados pelo
facilitador para aprofundar o tema em discussão, Mas a filosofia para
Crianças não contempla nenhum momento para “ensinar” os conceitos e a
tradição filosófica como se ensina os países em geografia.