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Dislexia é uma palavra que deriva do grego.

“Dis” (dus) significa dificuldade e “lexis”,


linguagem. Portanto, dislexia é o nome que se dá à dificuldade que algumas crianças apresentam
para aprender a ler, escrever ou para compreender o texto que leem.
Geralmente os disléxicos têm dificuldade em relacionar as letras com os sons que elas
representam, invertem sua posição dentro da palavra, têm dificuldade em seguir instruções e em
entender enunciados. Essa desordem no aprendizado da leitura e da escrita, às vezes, é
confundida com desinteresse e má vontade do aluno ou como sinal de comprometimento da
inteligência, uma conclusão equivocada porque essas pessoas costumam ser inteligentes e
bastante criativas.

Dislexia requer tratamento multidisciplinar. O diagnóstico precoce pode evitar muitos


dissabores e o comprometimento da autoestima e da socialização dessas crianças.

Drauzio – O que é dislexia?


Cláudio Guimarães dos Santos – Dislexia é tanto o nome de um sintoma, como o de uma
síndrome e, talvez, o de uma doença. Como sintoma, designa a dificuldade para ler e pode
acometer tanto a criança quanto o adulto ou o idoso. Evidentemente, o indivíduo que é cego ou
tem miopia não corrigida e não consegue ler, não é disléxico; tem problemas visuais, sensoriais.
Como síndrome, a dislexia faz parte de uma série de situações deficitárias que podem ser
decorrentes de lesões adquiridas ou de desenvolvimento, daí a divisão entre dislexias adquiridas
e dislexias de desenvolvimento. As adquiridas acompanham lesões encefálicas, como o acidente
vascular cerebral (AVC) ou traumas, e o paciente apresenta dificuldade de leitura que pode ser
pura, a chamada alexia sem grafia, ou pode ser acompanhada, por exemplo, de quadros afásicos,
de dificuldades de linguagem oral. Para fazer o diagnóstico de dislexia adquirida, é fundamental
que o indivíduo nessa situação seja letrado, isto é, tenha aprendido a ler e sido alfabetizado.
As síndromes relacionadas às dislexias de desenvolvimento acometem crianças em idade
escolar, crianças que estão começando o processo de alfabetização.

Eu mencionei que era um sintoma, uma síndrome e talvez uma doença, porque existem
determinadas situações da síndrome disléxica de desenvolvimento que permitiriam pensar ser
ela uma entidade com etiologia, fisiopatologia e quadro clínico específicos, como a meningite
meningocócica, por exemplo. Essa classificação merece, porém, estudo mais detalhado. Por
isso, prefiro dizer que a dislexia pode ser tanto um sintoma quanto uma síndrome.

Drauzio – As dislexias de desenvolvimento, essas que aparecem na infância, são todas


iguais?
Cláudio Guimarães dos Santos – De maneira nenhuma. Um tipo bastante conhecido dos
professores é a grande dificuldade que determinadas crianças apresentam para aprender a ler as
primeiras palavras, para estabelecer as correlações entre grafemas (letras) e fonemas (sons).
Cada língua tem os sons que lhe são próprios. O português tem uns, o inglês tem outros e o
russo, outros sons diferentes. Quando está aprendendo a ler, a pessoa precisa estabelecer
correlações no sentido de reconhecer qual letra ou agrupamento de letras corresponde a certos
sons. Por exemplo, precisa perceber que a letra C quando seguida da vogal A forma o som KA e
que L antes de H seguido de A produz o som LHA.
A dificuldade para realizar esse processo acomete especialmente crianças com dislexia de
desenvolvimento. Elas trocam as consoantes surdas e sonoras (p/b,t/d, c/g), por exemplo, “cola”
por “gola”, invertem a posição das letras ou omitem algumas ao escrever uma palavra. Essas
crianças não conseguem elaborar o mapa entre os sons de determinadas palavras e as letras que
as constituem quando escritas. Esse tipo de dislexia é detectado logo no início do processo de
escolarização e pode acompanhar a criança por muito tempo.

Drauzio – De que outras formas pode manifestar-se a dislexia de desenvolvimento?


Cláudio Guimarães dos Santos – A dislexia ou dificuldade de leitura pode manifestar-se num
nível diferente. A criança é alfabetizada, mas se mostra incapaz de adquirir estratégias de
produção e decodificação textual. Até consegue ler as palavras. Não consegue, porém,
estabelecer ligações entre elas, nem correlacionar as sentenças e formar a macroestrutura do
texto.
Essa dificuldade de processar textos faz com que mal e mal continue o processo de
escolarização. Embora consiga passar pelo ciclo básico, quando as disciplinas adquirem
especificidade e a linguagem escrita se transforma num instrumento para a aprendizagem de
matemática, história, ciências, geografia, entre outras, seu desempenho é catastrófico. No geral,
é uma criança que vai relativamente bem até a terceira ou quarta série, mas não consegue
acompanhar a quinta série.

Esse quadro, até onde sei, foi descrito pelo nosso grupo e eu o chamei de dislexia discursiva
para diferenciar da dislexia ligada ao fonema, à sílaba, ao universo da palavra, enfim. Ele reflete
uma incapacidade de processar discursos escritos, uma incapacidade para decodificar e formular
o texto escrito. A criança vai mal na prova de geografia, por exemplo, porque não consegue
entender o enunciado das questões e muito menos escrever uma resposta. Em muitos casos, a
criança domina as informações e sabe transmiti-las oralmente, mas não é capaz de entendê-las
quando está lendo.

Drauzio – Quando a professora faz um ditado, essas crianças são capazes de escrever
corretamente as palavras?
Cláudio Guimarães dos Santos – Se a dislexia for discursiva, conseguem; se for fonológica,
não conseguem. Crianças com dificuldade de imaginar a estrutura da palavra correspondente ao
som vão cometer erros, porque não têm esse mapeamento bem estabelecido. Como se trata de
duas situações diferentes, obviamente elas merecem atenção individual e personalizada.

Drauzio – Considerando cada grupo isoladamente, existe um padrão de dificuldades que


se manifesta em todas as crianças?
Cláudio Guimarães dos Santos – Durante muito tempo, a palavra dislexia foi usada
impropriamente para designar os transtornos da aprendizagem em geral, incluindo as
dificuldades de cálculo e de raciocínio. No entanto, dislexia é a dificuldade de leitura e de
compreensão do texto escrito.
Crianças com dislexia fonológica, essa que aparece nos primeiros anos de escolarização, podem
apresentar certas peculiaridades durante a aquisição da linguagem oral, por exemplo, certo
atraso nas fases observadas pelas crianças normais e dificuldade na realização de tarefas de
consciência fonológica como rimar palavras, por exemplo. Neste momento, não me refiro ainda
à escrita, mas à estrutura sonora da palavra que é assimilada antes da alfabetização. Com isso
quero dizer que a dislexia fonológica de desenvolvimento pode ser percebida antes de a criança
começar o processo de alfabetização, o que permite acompanhá-la precocemente e com um
pouco mais de cuidado.
Drauzio – Os pais geralmente não percebem o problema nessa fase.
Cláudio Guimarães dos Santos – Os pais não percebem e raramente percebem os professores
que acompanham as crianças na fase pré-escolar. Na verdade, na imensa maioria das vezes, a
dislexia fonológica de desenvolvimento é detectada no momento da alfabetização.
Como se trata de uma dificuldade específica de leitura que se refletirá na escrita posteriormente,
na minha opinião e de alguns pesquisadores, a escolarização dessas crianças não deve ser
prejudicada. O fato de aprenderem com maior dificuldade, às vezes com muitíssima dificuldade,
os problemas com a escrita e a leitura não devem atrapalhar a absorção de outros conhecimentos
que podem ser transmitidos por via oral ou auditiva. As provas orais revelam que essas crianças
são capazes de dominar conteúdos programáticos. Portanto, sob o ponto de vista de tratamento
ou de acompanhamento pedagógico, é muito importante dar a elas a oportunidade para se
escolarizarem, enquanto vão cuidando de suas deficiências, ao contrário do que acontecia no
passado, quando toda a ênfase era dada à absorção de conhecimentos por meio da escrita.

Funções cognitivas adquiridas

Drauzio – Numa sociedade em que não houvesse escrita, essas crianças seriam iguais a
todas as outras?
Cláudio Guimarães dos Santos – Num certo sentido, sim. A leitura e a escrita são funções
cognitivas adquiridas muito recentemente pela nossa espécie. Se pensarmos que nosso encéfalo
não é muito diferente do encéfalo do caçador-coletor de 100 mil anos atrás, concluiremos que
ele não foi preparado para ler e escrever. Considerando que os primeiros registros escritos
datam de 5 mil ou 6 mil anos e que a Epopeia de Gilgamesh, primeiro texto literário conhecido,
foi escrita há cerca de 3 mil anos, lá nas tabuinhas de argila da Babilônia, veremos que pelo
menos uma parte do encéfalo não está preparada para suportar esse tipo de função.
Nesse sentido, a linguagem escrita é muito diferente da linguagem oral. É preciso aparato
nazista para impedir que a criança aprenda a falar. Para que a linguagem oral se desenvolva, não
há necessidade de aprendizado formal. Basta expor a criança a um ambiente em que as pessoas
falem. Todo mundo conhece a história do menino-lobo que afastado do convívio humano
acabou uivando como os lobos, porque foi essa a estimulação auditiva que recebeu.

No entanto, é preciso aprender a ler e a escrever. Decifrar esse código assim como fazer
cálculos são habilidades desenvolvidas num passado mais próximo. Por isso, as crianças
apresentam mais problemas em matemática e português. Todo o mundo gosta de jogar bola, de
correr, porque nosso corpo foi feito para o movimento. Ele garantiu a sobrevivência dos
caçadores-coletores de 100 mil anos atrás, que precisavam de braços fortes e de ligeireza de
gestos para dominar a presa ou fugir dos animais. Saber ler e escrever não fazia a menor
diferença em suas vidas.

Drauzio – Na sua opinião, crianças com dislexia devem frequentar uma escola comum e
priorizar o aprendizado oral enquanto fazem o tratamento específico. Como costuma ser a
evolução dessas crianças quando os casos são bem orientados?
Cláudio Guimarães dos Santos – Talvez porque, no passado, parte dos transtornos de
aprendizagem tenha sido associada às dislexias, a epidemiologia desses processos é muito
confusa, tanto no Brasil quanto no exterior. Para dar uma ideia, os dados sobre a prevalência da
dislexia fonológica variam entre 1% e 30%, números bastante díspares.
No que se refere ao tratamento, a evolução do paciente é extremamente peculiar e
idiossincrásica. Dependendo de como foi instituído, das características do indivíduo, de
seu background familiar, de como foi estimulado durante o desenvolvimento, o prognóstico
pode ser melhor ou pior.
Isso vale não só para a dislexia, mas para as disfunções cognitivas em geral. Hoje sabemos – e
enfatizamos muito em nosso grupo – que o tratamento deve ser individualizado. Lidar com
reabilitação nessa área é diferente de tratar um caso de meningite meningocócica. Nessa doença,
o tratamento é padronizado. A mesma droga pode ser administrada para a maioria das pessoas,
respeitando apenas particularidades como peso corpóreo, dosagem adequada, etc.

Nas disfunções cognitivas e em especial na dislexia, o tratamento é quase sob medida (os
ingleses o chamam de taylormade). Recentemente, um grupo de especialistas do Canadá
demonstrou interesse por nosso trabalho, porque defendemos uma perspectiva de tratamento
que privilegia a individualização, enquanto nos países anglo-saxônicos, a tendência é
padronizar.

Drauzio – Em que se baseia o tratamento que seu grupo está desenvolvendo?


Cláudio Guimarães dos Santos – Primeira medida: é feito o melhor levantamento possível das
alterações que o indivíduo apresenta. Como disse Chico Buarque em uma de suas
músicas, “Procurando bem todo o mundo tem bereba, só a bailarina que não tem”, pacientes
com disfunções cognitivas raramente têm alterações isoladas. Em vista disso, um bom
tratamento para dislexia fonológica pode ser desestabilizado por pequena alteração da memória
ou de atenção que não foi detectada numa avaliação prévia.
Segunda: quando possível, investigam-se os aspectos pré-mórbidos do paciente, suas
características constitucionais, o ambiente sóciocultural em que foi criado, seus interesses e
motivações. Todo o tratamento e mesmo a avaliação precisam ter como base o aspecto
motivacional. Tratamento de disfunção cognitiva não pode ser maçante.

Drauzio – Manter o paciente motivado é fundamental para o resultado do tratamento.


Cláudio Guimarães dos Santos – No passado, as técnicas eram muito repetitivas. Hoje, têm de
ser motivacionalmente relevantes. O paciente precisa estar motivado para aderir ao tratamento.
Vivemos na época do controle-remoto. O programa está sem graça, aperta-se um botão e
procura-se outro. Ainda mais a criança, que é muito espontânea, honesta e sincera; se não
estiver interessada, logo deixa claro seu desinteresse e insatisfação.

Drauzio – Além da motivação, que outras estratégias se tornam necessárias?


Cláudio Guimarães dos Santos – São pré-requisitos básicos também o acompanhamento
contínuo e periódico do processo e a interação com a equipe encarregada da reabilitação na
escola. Aliás, o papel da escola é muito importante na detecção e tratamento dessas lesões. Não
se pode esquecer de que frequentemente é a professora quem levanta a questão da dificuldade e
encaminha a criança para diagnóstico específico.
Por outro lado, a escola precisa estar aberta para adequar-se e interagir com a equipe que está
tratando da criança, no sentido de alterar rotinas, fazer avaliações orais, etc.

No tratamento das crianças com dislexia, é fundamental harmonizar o trinômio: escola,


indivíduo e família.

Drauzio – Se considerarmos a qualidade de ensino de muitas escolas públicas,


provavelmente grande parte dessas crianças acaba não sendo alfabetizada e desiste de
estudar.
Cláudio Guimarães dos Santos – Esse é outro problema. Há certo modismo em considerar
disléxicas todas as crianças que não conseguem ser alfabetizadas antes de avaliar se o professor
é bom e a sala de aula adequada, se a criança está bem alimentada e recebendo os estímulos
propícios para aprender a ler e a escrever. Classificar as dificuldades como decorrentes de
dislexia discursiva ou fonológica só é possível se ocorrerem apesar das condições ótimas de
ambiente e de escolarização. Portanto, quando a qualidade de ensino deixa a desejar, como
ocorre em determinadas áreas de São Paulo e do Brasil, fica extremamente difícil falar em
dislexia.

Estimulo de leitura:

Drauzio – Há como estimular a capacidade de leitura de uma criança?


Cláudio Guimarães dos Santos – A capacidade de leitura pode ser otimizada precocemente.
Desde que o mundo é mundo, criança pequena gosta de que leiam para ela. Se a pegarmos no
colo, abrirmos um livro e mostrarmos que a história está ali, registrada naquele livro, estaremos
estimulando o desenvolvimento de sua capacidade de leitura e escrita. Primeiro, porque ela
começa a interessar-se pelos livros. Segundo, porque estabelece correlações, mesmo que
rudimentares, entre o que está sendo falado e o que está sendo mostrado. Terceiro, porque
desperta sua curiosidade para decodificar os sinais que se transformam na história que ouve.
Além do start que dá no processo de aprendizado da leitura, ler para a criança é importante do
ponto de vista da formação filosófica e psicológica. É importante também porque passa
informações morais que a ajudam a socializar-se, a tornar-se um ser humano que respeita regras,
planeja, controla suas vontades.

Drauzio – Que mais se pode fazer para estimular o desenvolvimento da linguagem nas
crianças?
Cláudio Guimarães dos Santos – As antigas cantigas infantis que estão se perdendo por
influência da mídia precisam ser recuperadas, porque favorecem o desenvolvimento da
consciência fonológica, da capacidade de a criança pensar na estrutura sonora das palavras.
Quando canta “Atirei um pau no gato-to-to, mas o gato-to-to não morreu” ela vai descobrindo
que a sílaba to que aparece em gato, faz parte também de outras palavras. Brincar com rimas é
outra estratégia até certo ponto lúdica que não deve ser deixada de lado.

Drauzio – Qual é a idade ideal para esse tipo de atividade?


Cláudio Guimarães dos Santos – Crianças estimuladas entre três e cinco anos serão melhores
leitoras do que

Drauzio – Crianças que apresentam dislexia na infância podem aprender a ler


normalmente depois?
Cláudio Guimarães dos Santos – Algumas, sim. Outras permanecem com deficiências. De
certa maneira, porém, esses quadros podem ser bastante melhorados.

Drauzio – Como os pais podem perceber que têm um filho disléxico?


Cláudio Guimarães dos Santos – A primeira coisa a fazer é observar a criança no que se refere
ao desenvolvimento da linguagem oral. Crianças com atraso significativo nessa área podem
apresentar dificuldades na aquisição da linguagem escrita e na habilidade de leitura mais tarde.
A segunda é os pais procurarem manter contato próximo com os filhos, o que é cada vez mais
difícil nos dias de hoje. O ideal seria que percebessem as alterações de linguagem em casa, antes
dos professores e que lessem para as crianças. Além de todas as vantagens já citadas, a leitura
serve de instrumento para verificar a capacidade que elas têm para lidar com as palavras.

Nós, que cuidamos da reabilitação, estamos conscientes de que quanto mais precoce o
diagnóstico, melhores as condições para intervir. É mais difícil tratar uma criança de dez, doze
anos com dislexia fonológica do que uma de seis ou sete anos.

Exemplo práticos

Drauzio – Você poderia dar um exemplo de como se deve trabalhar com essas crianças?
Cláudio Guimarães dos Santos – O grande problema de uma criança com dislexia fonológica
é a correlação entre sons e letras, a correlação fonema/grafema. Para melhorar essa percepção,
podemos trabalhar com palavras que têm sons semelhantes em determinadas posições –
molhada e folha – com o propósito de fazer a criança reconhecer que a estrutura LH, por
exemplo, tem a mesma grafia e o mesmo som independentemente do lugar que ocupe na
palavra.
Para abordar a questão dos espelhamentos, isto é, das inversões de sílabas ou de letras, um erro
comum nessas crianças, pode-se colorir as sílabas ou enfatizar certos aspectos de uma palavra
específica dentro de um texto maior.

O trabalho com rimas para estimular a consciência fonológica, isto é, a capacidade de perceber a
estrutura sonora da palavra, também é muito proveitoso. É importante para a criança perceber
que o CA de casa é o mesmo CA de cachorro e que peteca rima com sapeca. Outra estratégia é
explorar a divisão silábica. É difícil para essas crianças perceberem que as palavras podem ser
divididas em sílabas.
Em outra etapa, todos esses elementos são associados ao significado das palavras e do texto. Ler
não é simplesmente pronunciar os vocábulos nem estabelecer a correlação entre fonemas e
grafemas. É preciso compreender as ideias que o texto veicula.

Drauzio – Isso depende de treinamento?


Cláudio Guimarães dos Santos – Depende dessa interação dentro de uma perspectiva
motivacional e relevante. É fundamental que se estabeleça boa relação entre o terapeuta e a
criança que está sendo tratada, que precisa entender o que está sendo feito com ela. Um passo
importante na evolução do caso é dado quando ela própria começa a apropriar-se do tratamento
e sugere as atividades que deseja fazer. Dentro de certos limites, isso configura melhor
prognóstico.

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