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Raciocínio Lógico p/ Escrivão da Polícia Federal

Teoria e exercícios comentados


Prof Marcos Piñon – Aula 03
AULA 03: Lógica (Parte 3)

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SUMÁRIO PÁGINA
1. Resolução das questões da Aula 02 1
2. Lógica da Argumentação 35
3. Exercícios Comentados nesta aula 70
4. Exercícios Propostos 74
5. Gabarito 84

1 - Resolução das questões da Aula 02

Como de costume, vamos começar com a resolução das questões que deixei na
aula passada!

136 - (MPS - 2009 / CESPE) Considerando as proposições P, Q e R e os


símbolos lógicos: ~ (negação); v (ou); ∧ (e); → (se ..., então), é correto
afirmar que a proposição ~((~P) → R) → ~(P ∧ (~Q)) é uma tautologia.

Solução:

A primeira maneira que vem na cabeça para resolver esta questão é ir logo
construindo a tabela verdade. Vamos lá:

P Q R ~P ~Q ~P→R ~(~P→R) 91824207425

P∧~Q ~(P∧~Q) ~(~P→R)→ ~(P∧~Q)


V V V F F V F F V V
V V F F F V F F V V
V F V F V V F V F V
V F F F V V F V F V
F V V V F V F F V V
F V F V F F V F V V
F F V V V V F F V V
F F F V V F V F V V

Olhando para a última coluna da tabela-verdade, podemos ver que se trata de


uma tautologia. Acontece que na hora da prova, construir uma tabela desse
tamanho leva bastante tempo e, se não tivermos uma atenção espetacular, pode

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nos levar a cometer algum erro por desatenção. Assim, vou mostrar uma maneira
mais simples de resolver esta questão, sem precisar construir esta tabela.

Primeiro, vamos olhar com atenção a proposição:

~((~P) → R) → ~(P ∧ (~Q))

Destaquei os termos para mostrar que temos uma condicional. Já sabemos que
uma condicional só será falsa quando o primeiro elemento for verdadeiro e o
segundo elemento for falso (V → F). Assim, basta testar o primeiro elemento
sendo verdadeiro e verificar o comportamento do segundo. Se houver a
possibilidade de ele ser falso, poderemos concluir que a condicional poderá ser
falsa e que a proposição não será uma tautologia.

Tomando ~((~P) → R) como verdadeiro, temos:

~((~P) → R) = V

Vimos a negação da condicional “~(p → q) = p ∧ ~q”:

~((~P) → R) = ~P ∧ ~R = V

Para que uma conjunção seja verdadeira, as duas proposições simples devem ser
verdadeiras. Assim, temos que ~P é verdadeiro e ~R também é verdadeiro (ou
seja, tanto P quanto R são falsos).

Por fim, considerando que P e R sejam falsos (para que o primeiro termo da
condicional seja verdadeiro), resta verificar se o segundo termo da condicional
pode ser falso:

~(P ∧ (~Q))

Substituindo o P por F, temos:

~(F ∧ (~Q)) 91824207425

Não sabemos se Q é verdadeiro ou falso, mas sabemos que numa conjunção,


quando uma de suas proposições simples é falsa, seu valor lógico também é falso.

~(F) = V

Assim, independentemente do valor lógico de Q, o segundo termo da condicional


sempre será verdadeiro para P considerado falso. Logo, podemos concluir que
temos uma tautologia, pois não existe a possibilidade de a condicional
~((~P) → R) → ~(P ∧ (~Q)) possui um valor lógico diferente de Verdadeiro. Item
correto!

Na prova, essa questão acabou sendo anulada, pois havia um erro de impressão
que eu corrigi para que vocês pudessem treinar.

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137 - (DETRAN/DF - 2008 / CESPE) A proposição (A v B) ∧ [(~A) ∧ (~B)] é


sempre falsa.

Solução:

A questão está afirmando que a proposição (A v B) ∧ [(~A) ∧ (~B)] é sempre falsa,


ou seja, a proposição é uma contradição. Para verificar isso, basta construir sua
tabela-verdade. Vamos lá:

A B ~A ~B AvB (~A) ∧ (~B) (A v B) ∧ [(~A) ∧ (~B)]


V V F F V F F
V F F V V F F
F V V F V F F
F F V V F V F

Olhando para a última coluna, percebemos que realmente é uma contradição.


Assim, este item está correto!

138 - (TRT - 2008 / CESPE) A proposição A ∧ (~B) → ~(A ∧ B) é uma


tautologia.

Solução:

Nessa questão, como temos apenas duas variáveis (A e B), vamos direto construir
a tabela-verdade:

A B ~B A ∧ (~B) A∧B ~(A ∧ B) A ∧ (~B) → ~(A ∧ B)


V V F F V F V
V F V V F V V
F V F F F V V
F F V F F V V
91824207425

Percebemos pela última coluna da tabela que realmente a proposição


A ∧ (~B) → ~(A ∧ B) é uma tautologia. Item correto!

139 - (MPS - 2010 / CESPE) Considerando as proposições P e Q e os


símbolos lógicos: ~ (negação); v (ou); ∧ (e); → (se, ... então), é correto
afirmar que a proposição (~P) ∧ Q → (~P) v Q é uma tautologia.

Solução:

Mais uma para treinar. Podemos ir direto para a tabela-verdade:

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P Q ~P (~P) ∧ Q (~P) v Q (~P) ∧ Q → (~P) v Q


V V F F V V
V F F F F V
F V V V V V
F F V F V V

Aqui nós já podemos marcar essa questão como certa. Para quem quiser outra
forma de resolver essa questão, podemos fazer a seguinte análise, que vale para
muitas questões desse tipo:

Queremos saber se a proposição (~P) ∧ Q → (~P) v Q é uma tautologia. Para ela


não ser uma tautologia é necessário que para alguma combinação dos possíveis
valores lógicos de P e Q, a proposição (~P) ∧ Q → (~P) v Q seja falsa.

Temos uma condicional. A condicional só é falsa quando a primeira proposição é


verdadeira e a segunda proposição é falsa. Com isso, devemos testar se existe
alguma possibilidade de, ao mesmo tempo, (~P) ∧ Q ser verdadeira e (~P) v Q ser
falsa. Vamos testar?

(~P) ∧ Q: Temos uma conjunção, que só será verdadeira quando (~P) e Q forem
verdadeiras ao mesmo tempo. Assim, resta testar se o (~P) v Q será falsa,
considerando (~P) verdadeira e Q também verdadeira.

(~P) v Q (substituindo (~P) e Q por V)


V v V (que possui valor lógico verdadeiro)

Portanto, podemos concluir que não existe nenhuma possibilidade de a


proposição (~P) ∧ Q ser verdadeira e a proposição (~P) v Q ser falsa ao mesmo
tempo, o que torna a proposição (~P) ∧ Q → (~P) v Q sempre verdadeira, ou seja,
uma tautologia. Item correto!

140 - (Escrivão-PF - 2009 / CESPE) Independentemente dos valores lógicos


atribuídos às proposições A e B, a proposição [(A → B) ∧ (~B)] → (~A) tem
91824207425

somente o valor lógico F.

Solução:

Poderíamos construir a tabela-verdade e verificar se temos somente o valor lógico


F para a proposição [(A → B) ∧ (~B)] → (~A). Mas eu vou resolver essa questão
pelo outro método mostrado na questão anterior. Vamos lá!

Devemos prestar atenção no seguinte, a questão afirma que a proposição


[(A → B) ∧ (~B)] → (~A) será sempre falsa, independentemente dos valores
lógicos de A e B. Como se trata de uma condicional, para testar se existe alguma
possibilidade de essa proposição ser verdadeira, devemos lembrar que a
condicional será verdadeira sempre que a primeira proposição for falsa ou quando
as duas proposições forem verdadeiras. Ora, existe alguma possibilidade de

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[(A → B) ∧ (~B)] ser falsa? É o que veremos agora, pois basta isso para que a
proposição [(A → B) ∧ (~B)] → (~A) tenha pelo menos um valor lógico verdadeiro.

[(A → B) ∧ (~B)]

Temos aqui uma conjunção, que será falsa sempre que qualquer uma de suas
proposições for falsa. Assim, basta que (A → B) seja falsa ou (~B) seja falsa. Ora,
basta que B seja verdadeira para que (~B) seja falsa. Logo, haverá pelo menos
uma possibilidade na qual a proposição [(A → B) ∧ (~B)] → (~A) será verdadeira, o
que torna o item errado. Só para ilustrar, vou construir a tabela-verdade:

A B ~A ~B A→B [(A → B) ∧ (~B)] [(A → B) ∧ (~B)] → (~A)


V V F F V F V
V F F V F F V
F V V F V F V
F F V V V V V

Podemos perceber que temos uma tautologia, que é o oposto do que a questão
está afirmando. Perceba que sempre que B for verdadeira (linhas 1 e 3),
[(A → B) ∧ (~B)] será falsa, como mostramos acima. Item errado!

141 - (Banco da Amazônia - 2010 / CESPE) A negação da proposição “se


Paulo está entre os 40% dos homens com mais de 30 anos, então Luísa tem
mais de 30 anos” é “se Paulo não está entre os 40% dos homens com mais
de 30 anos, então Luísa não tem mais de 30 anos”.

Solução:

Nessa questão, devemos saber a negação de uma proposição “se...então...”.


Vimos na aula passada que essa negação é dada por:

~(p → q) = p ∧ ~q

Assim, transformando a sentença para a linguagem simbólica, temos:


91824207425

p → q
se Paulo está entre os 40% dos homens com mais de 30 anos, então Luísa tem
mais de 30 anos

p: Paulo está entre os 40% dos homens com mais de 30 anos


q: Luísa tem mais de 30 anos

Assim, a negação fica:

p ∧ ~q
Paulo está entre os 40% dos homens com mais de 30 anos e Luísa não tem mais
de 30 anos

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Portanto, o item está errado!

142 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) As proposições na forma ~(A ∧ B) têm


exatamente três valores lógicos V, para todos os possíveis valores lógicos
de A e B.

Solução:

Nessa questão, podemos simplesmente construir a tabela-verdade e verificar


quantos valores lógicos serão V e quantos serão F.

Podemos, também, lembrar que ~(A ∧ B) é equivalente a ~A v ~B. Como já temos


decorada a tabela-verdade de uma disjunção, sabemos que ela possui três
valores lógicos V e um valor lógico F. Logo, o item está correto! Segue a tabela-
verdade para ilustrar:

A B ~A ~B A∧B ~(A ∧ B) ~A v ~B
V V F F V F F
V F F V F V V
F V V F F V V
F F V V F V V

143 - (TRT - 2009 / CESPE) A negação da proposição “O juiz determinou a


libertação de um estelionatário e de um ladrão” é expressa na forma “O juiz
não determinou a libertação de um estelionatário nem de um ladrão”.

Solução:

Começamos passando a sentença para a linguagem simbólica:

“O juiz determinou a libertação de um estelionatário e de um ladrão”

Reescrevendo essa sentença, temos: 91824207425

“O juiz determinou a libertação de um estelionatário e o juiz determinou a


libertação de um ladrão”

Batizando as proposições simples, temos:

A: O juiz determinou a libertação de um estelionatário


B: O juiz determinou a libertação de um ladrão

Portanto, temos uma conjunção (proposição composta do tipo “A ∧ B”). Vimos na


aula passada que a negação dessa conjunção é dada por “~A v ~B”. Assim,
temos:

~A: O juiz não determinou a libertação de um estelionatário

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~B: O juiz não determinou a libertação de um ladrão

Assim, ~A v ~B é dado por:

“O juiz não determinou a libertação de um estelionatário ou o juiz não determinou


a libertação de um ladrão”

Voltando para o enunciado da questão, é informado que a negação é dada por “O


juiz não determinou a libertação de um estelionatário nem de um ladrão”. Ora, isso
é o mesmo que “O juiz não determinou a libertação de um estelionatário e não
determinou a libertação de um ladrão” (“nem” = “e” + “não”). Na linguagem
simbólica essa sentença é dada por: ~A ∧ ~B. Portanto, o item está errado!

144 - (TRE/ES - 2009 / CESPE) A negação da proposição “A pressão sobre os


parlamentares para diminuir ou não aprovar o percentual de reajuste dos
seus próprios salários” está corretamente redigida na seguinte forma: “A
pressão sobre os parlamentares para não diminuir e aprovar o percentual de
reajuste dos seus próprios salários”.

Solução:

Essa questão é bem parecida com esta última que acabamos de resolver. Vamos
começar passando a sentença para a linguagem simbólica:

“A pressão sobre os parlamentares para diminuir ou não aprovar o percentual de


reajuste dos seus próprios salários”

Reescrevendo, temos:

“A pressão sobre os parlamentares para diminuir o percentual de reajuste dos


seus próprios salários ou a pressão sobre os parlamentares para não aprovar o
percentual de reajuste dos seus próprios salários”

Batizando as proposições simples, temos:


91824207425

A: A pressão sobre os parlamentares para diminuir o percentual de reajuste dos


seus próprios salários
B: A pressão sobre os parlamentares para não aprovar o percentual de reajuste
dos seus próprios salários”

Temos aqui uma disjunção (A v B). Já sabemos que a negação da disjunção é


dada por: ~A ∧ ~B. Assim, temos:

~A: A pressão sobre os parlamentares para não diminuir o percentual de reajuste


dos seus próprios salários
~B: A pressão sobre os parlamentares para aprovar o percentual de reajuste dos
seus próprios salários”

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~A ∧ ~B: A pressão sobre os parlamentares para não diminuir o percentual de
reajuste dos seus próprios salários e a pressão sobre os parlamentares para
aprovar o percentual de reajuste dos seus próprios salários

Reescrevendo para simplificar a sentença, temos:

~A ∧ ~B: A pressão sobre os parlamentares para não diminuir e aprovar o


percentual de reajuste dos seus próprios salários

Comparando com o enunciado da questão, concluímos que ela está correta!

145 - (MPE/RR - 2008 / CESPE) Considere as seguintes proposições.

A: Jorge briga com sua namorada Sílvia.


B: Sílvia vai ao teatro.

Nesse caso, independentemente das valorações V ou F para A e B, a


expressão ~(A v B) corresponde à proposição C: “Jorge não briga com sua
namorada Sílvia e Sílvia não vai ao teatro”.

Solução:

Nessa questão, temos quem é A e quem é B e devemos encontrar quem é


~(A v B). Ora, já sabemos que:

~(A v B) = ~A ∧ ~B

Assim, temos:

~A: Jorge não briga com sua namorada Sílvia


~B: Sílvia não vai ao teatro

Assim,

~A ∧ ~B: Jorge não briga com sua namorada Sílvia e Sílvia não vai ao teatro.
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Voltando para o enunciado, vemos que a questão está correta!

146 - (Polícia Civil/ES - 2010 / CESPE) A negação da proposição “havia um


caixa eletrônico em frente ao banco ou o dinheiro foi entregue à mulher de
Gavião.” é logicamente equivalente à proposição “Não havia um caixa
eletrônico em frente ao banco ou o dinheiro não foi entregue à mulher de
Gavião”.

Solução:

Vamos começar passando a proposição para a linguagem simbólica:

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“Havia um caixa eletrônico em frente ao banco ou o dinheiro foi entregue à mulher


de Gavião.”

A: Havia um caixa eletrônico em frente ao banco


B: O dinheiro foi entregue à mulher de Gavião

Temos, portanto, uma disjunção (A v B). Já sabemos que sua negação é ~A ∧ ~B.
Assim, temos:

~A: Não havia um caixa eletrônico em frente ao banco


~B: O dinheiro não foi entregue à mulher de Gavião

Assim, ~A ∧ ~B é dado por:

~A ∧ ~B: Não havia um caixa eletrônico em frente ao banco e o dinheiro não foi
entregue à mulher de Gavião

Comparando com o enunciado, vemos que a questão está errada já que é dito
que a negação da proposição é equivalente a “Não havia um caixa eletrônico em
frente ao banco ou o dinheiro não foi entregue à mulher de Gavião”. Vejam, a
diferença está no conectivo.

147 - (MPS - 2009 / CESPE) A negação da proposição “Pedro não sofreu


acidente de trabalho ou Pedro está aposentado” é “Pedro sofreu acidente de
trabalho ou Pedro não está aposentado”.

Solução:

Mais uma questão bem parecida com essas últimas que nós acabamos de
resolver. Queremos a negação de “Pedro não sofreu acidente de trabalho ou
Pedro está aposentado”. Passando para a linguagem simbólica, temos:

“Pedro não sofreu acidente de trabalho ou Pedro está aposentado”


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A: Pedro não sofreu acidente de trabalho


B: Pedro está aposentado

Portanto, temos uma disjunção A v B. Já sabemos que a negação dessa disjunção


é dada por ~A ∧ ~B. Assim,

~A: Pedro sofreu acidente de trabalho


~B: Pedro não está aposentado

Com isso, ~A ∧ ~B é dado por:

~A ∧ ~B: Pedro sofreu acidente de trabalho e Pedro não está aposentado

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Comparando com o enunciado da questão, percebemos o erro na troca do
conectivo “e” pelo “ou”. Portanto, a questão está errada!

148 - (MPS - 2009 / CESPE) A negação da proposição “O cartão de Joana tem


final par ou Joana não recebe acima do salário mínimo” é “O cartão de Joana
tem final ímpar e Joana recebe acima do salário mínimo”.

Solução:

Viram que as questões se repetem bastante? Só mais uma questão desse tipo.
Passando para a linguagem simbólica, temos:

“O cartão de Joana tem final par ou Joana não recebe acima do salário mínimo”

A: O cartão de Joana tem final par


B: Joana não recebe acima do salário mínimo

Assim, devemos negar uma disjunção “A v B”. A essa altura já devemos estar
carecas de saber que a negação de “A v B” é dada por “~A ∧ ~B”. Assim, temos:

~A: O cartão de Joana não tem final par


~B: Joana recebe acima do salário mínimo

~A ∧ ~B: O cartão de Joana não tem final par e Joana recebe acima do salário
mínimo

Comparando com o enunciado, vemos que a primeira proposição simples está


diferente “O cartão de Joana tem final ímpar”. Mas será que está diferente
mesmo? Será que dizer que “O cartão de Joana não tem final par” e dizer “O
cartão de Joana tem final ímpar” são coisas diferentes? Nesse caso, podemos
afirmar que se trata da mesma coisa! Qualquer cartão só poderá ter em seu final
os números 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9. Ora, 0, 2, 4, 6 e 8 são números pares e
1, 3, 5, 7 e 9 são números ímpares. Logo, se o final não é par, com certeza ele
será ímpar. Portanto, nesse caso, dizer que “o final não é par” é o mesmo que
dizer que “o final é ímpar”. Assim, a questão está correta!
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149 - (TRT - 2009 / CESPE) As proposições (~A) v (~B) e A → B têm os


mesmos valores lógicos para todas as possíveis valorações lógicas das
proposições A e B.

Solução:

Bom, a melhor maneira de resolver logo essa questão é construir a tabela-verdade


e verificar se as duas proposições são equivalentes:

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A B ~A ~B (~A) v (~B) A→B
V V F F F V
V F F V V F
F V V F V V
F F V V V V

Podemos perceber que as proposições não são equivalentes, já que para os


mesmos valores lógicos de A e B, essas proposições possuem valores lógicos
diferentes. Logo, a questão está errada!

150 - (MPE/RR - 2008 / CESPE) Se A e B são proposições, então ~(A ↔ B)


tem as mesmas valorações que [(~A) → (~B)] ∧ [(~B) → (~A)].

Solução:

Vamos para a tabela-verdade?

A B ~A ~B A ↔ B ~(A ↔ B) ~A → ~B ~B → ~A [~A → ~B] ∧ [~B → ~A]


V V F F V F V V V
V F F V F V V F F
F V V F F V F V F
F F V V V F V V V

Olhando para os valores lógicos de ~(A ↔ B) e de [(~A) → (~B)] ∧ [(~B) → (~A)],


vemos que as duas proposições não possuem os mesmos valores lógicos. Assim,
concluímos que a questão está errada!

Acontece que essa tabela-verdade deu um trabalhão. Será que não tem outra
forma de resolver essa questão? Tem sim! Vamos a ela!

Lembram que A ↔ B é o mesmo que (A → B) ∧ (B → A)? Assim, temos:

A ↔ B = (A → B) ∧ (B → A)
~(A ↔ B) = ~[(A → B) ∧ (B → A)] 91824207425

Vimos na aula passada que A → B é equivalente a ~B → ~A, e, de forma


semelhante, B → A é equivalente a ~A → ~B. Voltando para a nossa expressão,
temos:

~(A ↔ B) = ~[(A → B) ∧ (B → A)]


~(A ↔ B) = ~[(~B → ~A) ∧ (~A → ~B)]

Vimos, também na aula passada, que A ∧ B é o mesmo que B ∧ A. Assim,


podemos reescrever nossa expressão:

~(A ↔ B) = ~[(~A → ~B) ∧ (~B → ~A)]

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Comparando com o enunciado da questão, temos:

~(A ↔ B) = ~[(~A → ~B) ∧ (~B → ~A)] (o que acabamos de demonstrar)


~(A ↔ B) = [(~A → ~B) ∧ (~B → ~A)] (o enunciado da questão)

Assim, podemos concluir que a questão está errada, já que o resultado


apresentado no enunciado da questão é o oposto do resultado demonstrado aqui.

Bom, essas são duas maneiras de resolver essa questão. Acho que ainda deu
muito trabalho. Existe, ainda, uma terceira, que às vezes é bem mais simples.
Vamos a ela!

Podemos simplesmente ir testando os possíveis valores lógicos de A e B e


verificando o resultado nas proposições ~(A ↔ B) e [(~A → ~B) ∧ (~B → ~A)].
Vamos lá:

Testando A e B verdadeiros:

~(A ↔ B)
~(V ↔ V)
~(V) = F

[(~A → ~B) ∧ (~B → ~A)]


[(~V → ~V) ∧ (~V → ~V)]
[(F → F) ∧ (F → F)]
[(V) ∧ (V)] = V

Já nesse primeiro teste podemos concluir que as proposições ~(A ↔ B) e


[(~A) → (~B)] ∧ [(~B) → (~A)] não possuem as mesmas valorações. Portanto, o
item está errado!

151 - (UNIPAMPA - 2009 / CESPE) As proposições A ∧ (~B) ∧ (~C) e


~[A → (B v C)] têm os mesmos valores lógicos, independentemente dos
valores lógicos das proposições A, B e C.
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Solução:

Bom, a primeira maneira de resolver esta questão é construir a tabela-verdade das


duas proposições e fazer a comparação. Porém, olhando com cuidado para as
proposições, podemos tirar as seguintes conclusões:

A ∧ (~B) ∧ (~C): Estamos diante de uma conjunção. Ela só será verdadeira


quando todos os seus elementos forem verdadeiros, ou seja, quando “A”, “~B” e
“~C” forem verdadeiros ao mesmo tempo, ou seja, A verdadeira, B falsa e C falsa.
Em qualquer outra situação, a proposição será falsa.

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~[A → (B v C)]: Estamos diante da negação de uma condicional. Assim, como a
condicional só será falsa quando o primeiro elemento for verdadeiro e o segundo
elemento for falso, a negação da condicional é o oposto, ou seja, ela só será
verdadeira quando o primeiro elemento for verdadeiro e o segundo elemento for
falso (quando A for verdadeira e (B v C) for falsa, ou seja, tanto B quanto C forem
falsas). Em qualquer outra situação esta negação será falsa.

Resumindo:

Proposição 1:

V (A verdadeira, B falsa, C falsa)


F (qualquer outra combinação)

Proposição 2:

V (A verdadeira, B falsa, C falsa)


F (qualquer outra combinação)

Assim, concluímos que a questão está correta. Só para ilustrar, segue a tabela-
verdade:

A B C ~B ~C A ∧ (~B) ∧ (~C) BvC A → (B v C) ~[A → (B v C)]


V V V F F F V V F
V V F F V F V V F
V F V V F F V V F
V F F V V V F F V
F V V F F F V V F
F V F F V F V V F
F F V V F F V V F
F F F V V F F V F

152 - (Escrivão-PF - 2009 / CESPE) As proposições [A v (~B)] → (~A) e


[(~A) ∧ B] v (~A) são equivalentes. 91824207425

Solução:

Aqui só temos duas variáveis, o que indica que a tabela-verdade pode ser a
melhor opção. Vamos desenhá-la?

A B ~A ~B A v (~B) [A v (~B)] → (~A) (~A) ∧ B [(~A) ∧ B] v (~A)


V V F F V F F F
V F F V V F F F
F V V F F V V V
F F V V V V F V

Bom, podemos perceber que a questão está correta!

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153 - (Polícia Civil/ES - 2010 / CESPE) A proposição “Se havia um caixa


eletrônico em frente ao banco, então o dinheiro ficou com Gavião” é
logicamente equivalente à proposição “Se o dinheiro não ficou com Gavião,
então não havia um caixa eletrônico em frente ao banco”.

Solução:

Começamos passando para a linguagem simbólica:

A: havia um caixa eletrônico em frente ao banco


B: o dinheiro ficou com Gavião

Proposição 1: Se havia um caixa eletrônico em frente ao banco, então o dinheiro


ficou com Gavião

Proposição 1: A → B

Proposição 2: Se o dinheiro não ficou com Gavião, então não havia um caixa
eletrônico em frente ao banco

Proposição 2: ~B → ~A

Portanto, a questão quer saber se (A → B) é equivalente a (~B → ~A). Lembram


dessa equivalência? Já vimos algumas questões onde ela apareceu. Item correto!

154 - (Escrivão-PF - 2009 / CESPE) Se A for a proposição “Todos os policiais


são honestos”, então a proposição ~A estará enunciada corretamente por
“Nenhum policial é honesto”.

Solução:

Lembrando a aula passada, vimos que a negação de “existe... que é...” é dada por
“todo... não é...” e a negação de “todo... é...” é dado por “existe... que não é...”.
Assim, 91824207425

A: Todos os policiais são honestos


~A: Existe policial que não é honesto

Portanto, a questão está errada, já que afirmar que “Nenhum policial é honesto”
não é o mesmo que afirmar que “Existe policial que não é honesto”. Assim, o
item está errado!

155 - (Banco da Amazônia - 2010 / CESPE) Dizer que “todas as senhas são
números ímpares” é falsa, do ponto de vista lógico, equivale a dizer que
“pelo menos uma das senhas não é um número ímpar”.

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Solução:

Vamos lá:

A: Todas as senhas são números ímpares


~A: pelo menos uma das senhas não é um número ímpar

A proposição “A” será verdadeira se realmente TODAS as senhas forem números


ímpares. Caso pelo menos uma das senhas não seja um número ímpar, a
proposição “A” será falsa. Assim, do ponto de vista lógico, podemos concluir que
esta questão está correta!

156 - (UNIPAMPA - 2009 / CESPE) Se a proposição A → (B v C) é F, então a


proposição (A ∧ B) v (A ∧ C) é V.

Solução:

A questão afirma que se a proposição A → (B v C) é falsa, então a proposição


(A ∧ B) v (A ∧ C) é verdadeira. Poderíamos simplesmente construir a tabela-
verdade e verificar isso. Como aparecem três variáveis, teríamos uma tabela com
8 linhas, o que dá um bom trabalho. Com isso, vamos fazer de outra forma.

Para a proposição A → (B v C) ser falsa, devemos ter A verdadeira e (B v C) falsa,


ou seja, A verdadeira, B falsa e C falsa, ao mesmo tempo. Agora, resta testar
estes valores na proposição (A ∧ B) v (A ∧ C) e verificar se ela é verdadeira:

(A ∧ B) v (A ∧ C)
(V ∧ F) v (V ∧ F)
(F) v (F) = F

Assim, podemos concluir que a questão está errada. Segue a tabela-verdade,


caso você prefira esta forma de resolução.

A B C BvC A → (B v C)
91824207425
A∧B A∧C (A ∧ B) v (A ∧ C)
V V V V V V V V
V V F V V V F V
V F V V V F V V
V F F F F F F F
F V V V V F F F
F V F V V F F F
F F V V V F F F
F F F F V F F F

Podemos observar na quarta linha da tabela que a proposição A → (B v C) é falsa


e a proposição (A ∧ B) v (A ∧ C) também é falsa.

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157 - (Polícia Civil/CE - 2012 / CESPE) A negação da proposição “Toda
pessoa pobre é violenta” é equivalente a “Existe alguma pessoa pobre que
não é violenta”.

Solução:

Devemos saber que a negação de uma proposição do tipo “Todo ... é ...”
corresponde a “Existe ... que não é ...”. Assim:

P: “Toda pessoa pobre é violenta”.

~P: “Existe pessoa pobre que não é violenta”.

Item correto.

158 - (Polícia Civil/CE - 2012 / CESPE) A negação da proposição “Se houver


corrupção, os níveis de violência crescerão” é equivalente a “Se não houver
corrupção, os níveis de violência não crescerão”.

Solução:

Vamos começar passando as duas proposições para a linguagem simbólica:

p: Houver corrupção.
q: Os níveis de violência crescerão.

~p: Não houver corrupção.


~q: Os níveis de violência não crescerão.

p → q: Se houver corrupção, os níveis de violência crescerão.


~p → ~q: Se não houver corrupção, os níveis de violência não crescerão.

Portanto, devemos verificar se “~(p → q)” é equivalente a “~p → ~q”.

Sabemos que a negação de uma proposição do tipo “p → q” é “p ∧ ~q”. Assim,


91824207425

devemos verificar se “p ∧ ~q” é equivalente a “~p → ~q”. De forma direta,


sabemos que uma conjunção qualquer possui três valores lógicos falsos e um
valor lógico verdadeiro e que uma condicional qualquer possui um valor lógico
falso e três valores lógicos verdadeiros. Portanto, as proposições “p ∧ ~q” e
“~p → ~q” não podem ser equivalentes.

Segue a tabela-verdade que prova o que falei acima:

p q ~p ~q p→q ~(p → q) p ∧ ~q ~p → ~q
V V F F V F F V
V F F V F V V V
F V V F V F F F
F F V V V F F V

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Item errado.

159 - (Polícia Civil/CE - 2012 / CESPE) Considerando que Jorge não seja
pobre, mas pratique atos violentos, é correto afirmar que Jorge é um
contraexemplo para a afirmação: “Todo indivíduo pobre pratica atos
violentos”.

Solução:

Um contraexemplo para a afirmação “Todo indivíduo pobre pratica atos violentos”


é um exemplo que negue esta afirmação, ou seja, é um exemplo que confirme que
“Existe indivíduo pobre que não pratica atos violentos”. Assim, como Jorge não é
pobre, ele não pode ser um contraexemplo.

Item errado.

(Texto para a questão 160) Com a finalidade de reduzir as despesas mensais


com energia elétrica na sua repartição, o gestor mandou instalar, nas áreas
de circulação, sensores de presença e de claridade natural que atendem à
seguinte especificação:

P: A luz permanece acesa se, e somente se, há movimento e não há


claridade natural suficiente no recinto.

Acerca dessa situação, julgue o item seguinte.

160 - (TCDF - 2012 / CESPE) A negação da especificação P é logicamente


equivalente à proposição “A luz não permanece acesa se, e somente se, não
há movimento ou há claridade natural suficiente no recinto”.

Solução:

Nessa questão, vamos começar passando a especificação P para a linguagem


91824207425

simbólica:

P: A luz permanece acesa se, e somente se, há movimento e não há


claridade natural suficiente no recinto.

p: A luz permanece acesa


q: Há movimento
r: Há claridade natural suficiente no recinto

P: p ↔ (q ∧~r)

Agora, passamos a proposição do enunciado (vou chamar de Q) para a linguagem


simbólica:

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Q: “A luz não permanece acesa se, e somente se, não há movimento ou há


claridade natural suficiente no recinto”

Q: ~p ↔ (~q v r)

Portanto, queremos saber se ~[p ↔ (q ∧ ~r)] é equivalente a ~p ↔ (~q v r). Para


descobrir se essas duas proposições são ou não são equivalentes, temos mais de
uma maneira. A primeira é tentar desenvolver as duas proposições para
chegarmos em algo mais simples:

~[p ↔ (q ∧ ~r)]

Lembrando que A ↔ B = (A → B) ∧ (B → A), temos:

~{[p → (q ∧ ~r)] ∧ [(q ∧ ~r) → p]}

Lembrando que A → B = ~B → ~A, temos:

~{[~(q ∧ ~r) → ~p] ∧ [~p → ~(q ∧ ~r)]}

Lembrando que ~(A ∧ B) = ~A v ~B, temos:

~{[(~q v r) → ~p] ∧ [~p → (~q v r)]}

Lembrando, também que p ∧ q = q ∧ p, temos:

~{[~p → (~q v r)] ∧ [(~q v r) → ~p]}

Desenvolvendo a segunda proposição, temos:

~p ↔ (~q v r)

[~p → (~q v r)] ∧ [(~q v r) → ~p]


91824207425

Perceberam que as proposições em azul são iguais? Pois é, podemos concluir


que a proposição “~P” é a negação da proposição do enunciado (Q), ou seja, não
são equivalentes.

Outra possibilidade é utilizar a tabela-verdade:

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p q r ~p ~q ~r q ∧ ~r p ↔ (q ∧ ~r) ~[p ↔ (q ∧ ~r)] ~q v r ~p ↔ (~q v r)
V V V F F F F F V V F
V V F F F V V V F F V
V F V F V F F F V V F
V F F F V V F F V V F
F V V V F F F V F V V
F V F V F V V F V F F
F F V V V F F V F V V
F F F V V V F V F V V

Podemos ver que quando uma proposição é verdadeira, a outra é falsa, e vice-
versa, exatamente o que tínhamos concluído acima, que uma é o oposto da outra,
ou seja, elas são contraditórias. Item errado.

161 - (MPU - 2013 / CESPE) A negação da proposição “Não apareceram


interessados na licitação anterior e ela não pode ser repetida sem prejuízo
para a administração” está corretamente expressa por “Apareceram
interessados na licitação anterior ou ela pode ser repetida sem prejuízo para
a administração”.

Solução:

Nessa questão, vamos começar passando a proposição para a linguagem


simbólica:

“Não apareceram interessados na licitação anterior e ela não pode ser


repetida sem prejuízo para a administração”

p: Não apareceram interessados na licitação anterior

q: A licitação não pode ser repetida sem prejuízo para a administração

p ∧ q: Não apareceram interessados na licitação anterior e ela não pode ser


repetida sem prejuízo para a administração
91824207425

Devemos, então, negar uma conjunção p ∧ q. Sabemos que:

~(p ∧ q) = ~p v ~q

Assim, temos:

~p: Apareceram interessados na licitação anterior

~q: A licitação pode ser repetida sem prejuízo para a administração

~p v ~q: Apareceram interessados na licitação anterior ou ela pode ser repetida


sem prejuízo para a administração

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Portanto, item correto.

(Texto para as questões 162 a 165)


— Mário, você não vai tirar férias este ano de novo? Você trabalha demais!

— Ah, João, aquele que trabalha com o que gosta está sempre de férias.

Considerando o diálogo acima, julgue os itens seguintes, tendo como


referência a declaração de Mário.

162 - (SERPRO - 2013 / CESPE) A negação da declaração de Mário pode ser


corretamente expressa pela seguinte proposição: “Aquele que não trabalha
com o que não gosta não está sempre de férias”.

Solução:

Nessa questão, devemos escrever a negação da declaração de Mário. Mário


disse:

"Aquele que trabalha com o que gosta está sempre de férias."

Bom, essa frase pode ser reescrita da seguinte forma:

"Se o indivíduo trabalha com o que gosta, então ele está sempre de férias"

Passando a frase reescrita para a linguagem simbólica, temos:

p: O indivíduo trabalha com o que gosta

q: O indivíduo está sempre de férias

p → q: Se o indivíduo trabalha com o que gosta, então ele está sempre de férias

Temos, então, uma condicional. Sabemos que a negação da condicional é dada


por: 91824207425

~(p → q) = p ∧ ~q

Assim, podemos escrever a negação:

p: O indivíduo trabalha com o que gosta

~q: O indivíduo não está sempre de férias

p ∧ ~q: O indivíduo trabalha com o que gosta e não está sempre de férias

Para ficar no formato da frase original, podemos reescrever esta frase da seguinte
forma:

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p ∧ ~q: Aquele trabalha com o que gosta e não está sempre de férias.

Portanto, item errado.

163 - (SERPRO - 2013 / CESPE) A declaração de Mário é equivalente a “Se o


indivíduo trabalhar com o que gosta, então ele estará sempre de férias”.

Solução:

Vimos na solução da questão anterior justamente esta equivalência, quando


fizemos a reescritura. A frase dita por Mário nada mais é do que uma condicional.
Assim, concluímos que o item está correto.

164 - (SERPRO - 2013 / CESPE) A proposição “Enquanto trabalhar com o que


gosta, o indivíduo estará de férias” é uma forma equivalente à declaração de
Mário.

Solução:

Novamente, podemos perceber que esta frase do enunciado e a frase dita por
Mário expressam a mesma informação, que é "Se o indivíduo trabalha com o que
gosta, então ele está sempre de férias". Item correto.

Achei interessantes essas questões da prova do Serpro, para que a gente não
fique bitolado achando que só existe condicional no formato "Se ... então ...".

165 - (SERPRO - 2013 / CESPE) “Se o indivíduo estiver sempre de férias,


então ele trabalha com o que gosta” é uma proposição equivalente à
declaração de Mário.

Solução:
91824207425

Vimos que a declaração de Mário pode ser reescrita da seguinte forma:

"Se o indivíduo trabalha com o que gosta, então ele está sempre de férias"

Assim, devemos comparar se esta proposição é equivalente a:

"Se o indivíduo estiver sempre de férias, então ele trabalha com o que gosta"

Passando as duas para a linguagem simbólica, temos:

p: O indivíduo trabalha com o que gosta

q: O indivíduo está sempre de férias

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p → q: Se o indivíduo trabalha com o que gosta, então ele está sempre de férias

q → p: Se o indivíduo estiver sempre de férias, então ele trabalha com o que gosta

E então? p → q é equivalente a q → p? Já sabemos muito bem que p → q é


equivalente a ~q → ~p e não a q → p. Portanto, o item está errado.

(Texto para as questões 166 e 167) Considerando que, P, Q e R são


proposições conhecidas, julgue os próximos itens.

166 - (DEPEN - 2013 / CESPE) A proposição [(P ∧ Q) → R] v R é uma


tautologia, ou seja, essa proposição é sempre verdadeira
independentemente dos valores lógicos de P, Q e R.

Solução:

Um forma de resolver esta questão é construir a tabela-verdade da proposição


[(P ∧ Q) → R] v R e verificar se seu valor lógico é sempre verdadeiro,
independentemente dos valores lógicos de P, Q e R. Outra forma de resolver é
analisar a proposição [(P ∧ Q) → R] v R e verificar se é possível ela ser falsa, o
que faria com que não fosse uma tautologia:

[(P ∧ Q) → R] v R

Temos aqui uma disjunção, que só será falsa se (P ∧ Q) → R for falsa e R também
for falsa ao mesmo tempo. Assim, considerando o R falso, temos:

[(P ∧ Q) → R] v R

[(P ∧ Q) → F] v F

Bom, para que (P ∧ Q) → F seja falsa, basta que P e Q sejam verdadeiras ao


mesmo tempo. Assim, podemos concluir que para P verdadeira, Q verdadeira e R
91824207425

falsa, a proposição [(P ∧ Q) → R] v R será falsa, ou seja, não será uma tautologia.

[(P ∧ Q) → R] v R

[(V ∧ V) → F] v F

[(V) → F] v F

[F] v F = F

Item errado.

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167 - (DEPEN - 2013 / CESPE) A Proposição ~[(P → Q) v Q] é equivalente à
proposição P ∧ (~Q), em que ~P é a negação de P.

Solução:

Como temos apenas duas variáveis, P e Q, vamos construir a tabela-verdade e


verificar se as proposições são equivalentes:

P Q ~Q P → Q (P → Q) v Q ~[(P → Q) v Q] P ∧ (~Q)
V V F V V F F
V F V F F V V
F V F V V F F
F F V V V F F

Portanto, as duas proposições são equivalentes. Item correto.

(Texto para as questões 168 a 172) Em cada um dos itens a seguir, é


apresentada uma proposição que deve ser julgada se, do ponto de vista
lógico, é equivalente à proposição “Se for autorizado por lei, então o
administrador detém a competência para agir”.

168 - (INPI - 2013 / CESPE) Quando for autorizado por lei, o administrador
terá a competência para agir.

Solução:

Vamos começar passando a proposição do enunciado para a linguagem


simbólica:

“Se for autorizado por lei, então o administrador detém a competência para
agir”

P: O administrador for autorizado por lei


Q: O administrador detém a competência para agir
91824207425

P → Q: Se for autorizado por lei, então o administrador detém a competência para


agir

Agora, devemos comparar esta condicional com a seguinte proposição:

Quando for autorizado por lei, o administrador terá a competência para agir

Vejam que há uma relação se causa e consequência nesta proposição, pois é dito
que quando o administrador for autorizado por lei, ele terá a competência para
agir, ou seja, ter a competência para agir é uma consequência da autorização
dada pela lei. Assim, podemos representar esta proposição também pela mesma
condicional P → Q.

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Item correto.

169 - (INPI - 2013 / CESPE) Sempre que for autorizado por lei, o administrador
deterá a competência para agir.

Solução:

Mais uma questão parecida. Agora devemos comparar a proposição P → Q, com


a seguinte proposição:

Sempre que for autorizado por lei, o administrador deterá a competência


para agir

Novamente podemos perceber uma relação de causa e consequência nesta


proposição. Vejam que o administrador deter a competência para agir é uma
consequência da autorização por lei.

Item correto.

170 - (INPI - 2013 / CESPE) Desde que seja autorizado por lei, o administrador
detém a competência para agir.

Solução:

Mais uma questão semelhante. Podemos perceber mais uma vez a relação de
causa e consequência. O “desde que” possui o mesmo significado do “se”, o que
torna as proposições equivalentes.

Item correto.

171 - (INPI - 2013 / CESPE) O administrador detém a competência para agir,


pois foi autorizado por lei.
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Solução:

Aqui também temos a relação de causa e consequência, já que a autorização


legal foi suficiente para o administrador deter a competência de agir.

Item correto.

172 - (INPI - 2013 / CESPE) Somente se for autorizado por lei, o administrador
deterá a competência para agir.

Solução:

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Essa foi a mais complicada, pois o “somente se” confundiu muito aluno. A sutileza
aqui é a restrição que o termo “somente” impõe à frase. Numa condicional
qualquer A → B, sempre que o A é verdadeiro o B também será verdadeiro, mas é
possível o A ser falso e o B ser verdadeiro que a condicional continua verdadeira.
Nessa questão, o “somente” impede esta segunda possibilidade, o que faz com
que não possamos representar esta proposição pela condicional.

Item errado.

(Texto para as questões 173 a 178) Considerando a proposição P: Se cada


um busca o melhor para si em uma complexa relação de interdependência de
estratégias similar a um jogo, quando você toma uma decisão, o resultado
de sua escolha depende da reação dos outros jogadores, julgue os próximos
itens a respeito de proposições logicamente equivalentes.

173 - (INPI - 2013 / CESPE) A proposição P é logicamente equivalente a: Se


cada um busca o melhor para si em uma complexa relação de
interdependência de estratégias similar a um jogo e você toma uma decisão,
então o resultado de sua escolha depende da reação dos outros jogadores.

Solução:

Vamos começar passando a proposição P para a linguagem simbólica:

P: Se cada um busca o melhor para si em uma complexa relação de


interdependência de estratégias similar a um jogo, quando você toma uma
decisão, o resultado de sua escolha depende da reação dos outros
jogadores

A: cada um busca o melhor para si em uma complexa relação de interdependência


de estratégias similar a um jogo

B: você toma uma decisão

C: o resultado de sua escolha depende da reação dos outros jogadores


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P: A → (B → C)

Agora, vamos passar a proposição do enunciado para a linguagem simbólica:

Se cada um busca o melhor para si em uma complexa relação de


interdependência de estratégias similar a um jogo e você toma uma decisão,
então o resultado de sua escolha depende da reação dos outros jogadores

(A ∧ B) → C

Bom, agora nós temos algumas maneiras para comparar as duas proposições e
verificar se elas são ou não são equivalentes. Uma delas é construir a tabela-

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verdade das duas proposições. Outra opção é tentar atribuir valores às
proposições simples e checar os valores lógicos resultantes. Vejamos:

A proposição P: A → (B → C) só será falsa quando A for verdadeira e B → C for


falsa. A proposição B → C só será falsa quando B for verdadeira e C for falsa.
Assim, podemos concluir que A → (B → C) só será falsa quando A for
verdadeira, B for verdadeira e C for falsa. Agora vamos analisar a proposição
do enunciado.

A proposição (A ∧ B) → C só será falsa quando A ∧ B for verdadeira e C for falsa.


A proposição A ∧ B só será verdadeira quando A for verdadeira e B for verdadeira.
Assim, podemos concluir que (A ∧ B) → C só será falsa quando A for verdadeira,
B for verdadeira e C for falsa, da mesma forma que a proposição P. Portanto,
podemos concluir que elas são equivalentes.

Apenas para demonstrar o que concluímos acima, segue a tabela verdade:

A B C B→C A → (B → C) A∧B (A ∧ B) → C
V V V V V V V
V V F F F V F
V F V V V F V
V F F V V F V
F V V V V F V
F V F F V F V
F F V V V F V
F F F V V F V

Item correto.

174 - (INPI - 2013 / CESPE) A negação da proposição “cada um busca o


melhor para si em uma complexa relação de interdependência de estratégias
similar a um jogo e você toma uma decisão” é logicamente equivalente a
“cada um busca o pior para si em uma complexa relação de
interdependência de estratégias similar a um jogo ou você não toma uma
91824207425

decisão”.

Solução:

Nessa questão, devemos negar a proposição “cada um busca o melhor para si em


uma complexa relação de interdependência de estratégias similar a um jogo e
você toma uma decisão”. Temos aqui uma conjunção:

A: cada um busca o melhor para si em uma complexa relação de interdependência


de estratégias similar a um jogo

B: você toma uma decisão

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A ∧ B: cada um busca o melhor para si em uma complexa relação de
interdependência de estratégias similar a um jogo e você toma uma decisão

Sabemos que a negação de uma conjunção é dada por:

~(A ∧ B) = ~A v ~B

Com isso, temos:

~A: cada um não busca o melhor para si em uma complexa relação de


interdependência de estratégias similar a um jogo. (poderia ser também “ninguém
busca o melhor para si...”)

~B: você não toma uma decisão.

~A v ~B: cada um não busca o melhor para si em uma complexa relação de


interdependência de estratégias similar a um jogo ou você não toma uma decisão

Vejam que “não buscar o melhor” não é o mesmo que “buscar o pior”. Assim,
concluímos que a negação está errada.

Item errado.

175 - (INPI - 2013 / CESPE) A proposição P é logicamente equivalente a


“ninguém busca o melhor para si em uma complexa relação de
interdependência de estratégias similar a um jogo ou você não toma uma
decisão e o resultado de sua escolha depende da reação dos outros
jogadores”.

Solução:

Já vimos que P é representada por A → (B → C). Agora, vamos passar a


proposição do enunciado para a linguagem simbólica:

ninguém busca o melhor para si em uma complexa relação de


91824207425

interdependência de estratégias similar a um jogo ou você não toma uma


decisão e o resultado de sua escolha depende da reação dos outros
jogadores

(~A v ~B) ∧ C

Já vimos que a proposição P só é falsa quando A for verdadeira, B for verdadeira


e C for falsa. Já a proposição do enunciado desta questão poderá ser falsa
quando C for falsa ou quando ~A v ~B for falsa. A proposição ~A v ~B será falsa
quando A for verdadeira e B for verdadeira ao mesmo tempo. Assim, concluímos
que (~A v ~B) ∧ C será falsa quando C for falsa, independentemente dos valores
lógicos de A e B, ou quando A e B forem verdadeiras independentemente do valor
lógico de C.

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Como as duas proposições são falsas em situações diferentes, concluímos que


elas não são equivalentes.

Segue a tabela-verdade que demonstra isso:

A B C ~A ~B B→C A → (B → C) ~A v ~B (~A v ~B) ∧ C


V V V F F V V F F
V V F F F F F F F
V F V F V V V V V
V F F F V V V V F
F V V V F V V V V
F V F V F F V V F
F F V V V V V V V
F F F V V V V V F

Item errado.

176 - (INPI - 2013 / CESPE) A proposição P é logicamente equivalente a “se


sua escolha não depende da reação dos outros jogadores, então cada um
busca o pior para si em uma complexa relação de interdependência de
estratégias similar a um jogo ou você não toma uma decisão”.

Solução:

Já sabemos que P: A → (B → C). Agora, vamos passar a proposição do


enunciado para a linguagem simbólica:

se sua escolha não depende da reação dos outros jogadores, então cada um
busca o pior para si em uma complexa relação de interdependência de
estratégias similar a um jogo ou você não toma uma decisão

Aqui já podemos perceber que a proposição pintada de verde não se relaciona


com a proposição batizada de A na proposição P, pois vimos que “buscar o pior”
91824207425

não é a negação de “buscar o melhor”, o que impossibilita que elas sejam


equivalentes.

Item errado.

177 - (INPI - 2013 / CESPE) A negação da proposição P é logicamente


equivalente a “cada um busca o melhor para si em uma complexa relação de
interdependência de estratégias similar a um jogo e você toma uma decisão
ou o resultado de sua escolha não depende da reação dos outros
jogadores”.

Solução:

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A proposição P é A → (B → C). Negando esta proposição temos:

~[A → (B → C)]

Negamos a primeira condicional:

A ∧ ~(B → C)

Agora, negamos a segunda condicional:

A ∧ (B ∧ ~C)

Agora, vamos comparar esta proposição com a proposição do enunciado:

cada um busca o melhor para si em uma complexa relação de


interdependência de estratégias similar a um jogo e você toma uma decisão
ou o resultado de sua escolha não depende da reação dos outros jogadores

A ∧ B v ~C

Podemos perceber que há uma diferença no segundo operador, que na negação


de P é uma conjunção e que na proposição do enunciado é uma disjunção.
Portanto, estas proposições não são equivalentes.

Item errado.

178 - (INPI - 2013 / CESPE) Se é falsa a proposição “cada um busca o melhor


para si em uma complexa relação de interdependência de estratégias similar
a um jogo”, então é verdadeira a proposição P independentemente do valor
lógico de suas demais proposições simples constituintes.

Solução:

Bom, a proposição P é dada por A → (B → C). A questão afirma que se A for falsa
a proposição P será verdadeira, independentemente dos valores lógicos de B e de
91824207425

C, o que é verdade, pois numa condicional se a primeira proposição (o


antecedente) for falsa então a condicional será verdadeira independentemente do
valor lógico do consequente.

Item correto.

(Texto para as questões 179 e 180) Das proposições P, Q, R, S e C listadas a


seguir, P, Q, R e S constituem as premissas de um argumento, em que C é a
conclusão:

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P: O tempo previsto em lei para a validade da patente de um fármaco é curto,
uma vez que o desenvolvimento de um remédio exige muito investimento e
leva muito tempo.

Q: O tempo previsto em lei para a validade da patente de um software é


longo, já que o desenvolvimento de um software não exige muito
investimento ou não leva muito tempo.

R: Se o tempo previsto em lei para a validade da patente de um fármaco é


curto, a lei de patentes não atende ao fim público a que se destina.

S: Se o tempo previsto em lei para a validade da patente de um software é


longo, a lei de patentes não atende ao fim público a que se destina.

C: Se o desenvolvimento de um remédio exige muito investimento, ou o


desenvolvimento de um software não leva muito tempo, então a lei de
patentes não atende ao fim público a que se destina.

Com base nessa argumentação, julgue os itens seguintes.

179 - (INPI - 2014 / CESPE) A negação da proposição “O desenvolvimento de


um remédio exige muito investimento e leva muito tempo” está corretamente
expressa por “O desenvolvimento de um remédio não exige muito
investimento ou não leva muito tempo”.

Solução:

Passando a proposição que devemos negar para a linguagem simbólica, temos:

p: O desenvolvimento de um remédio exige muito investimento.


q: O desenvolvimento de um remédio leva muito tempo.

p ∧ q: “O desenvolvimento de um remédio exige muito investimento e leva


muito tempo”

91824207425

Devemos, então, negar uma conjunção. Devemos saber que a negação da


conjunção p ∧ q é dada por ~p v ~q. Assim, resta passar a proposição ~p v ~q
para a linguagem corrente.

~p v ~q: “O desenvolvimento de um remédio NÃO exige muito investimento


ou NÃO leva muito tempo”

Item correto.

180 - (INPI - 2014 / CESPE) A proposição Q é equivalente a “Se o


desenvolvimento de um software não exige muito investimento ou não leva

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muito tempo, então o tempo previsto em lei para a validade da patente de um
software é longo”.

Solução:

Relembrando a proposição Q:

Q: O tempo previsto em lei para a validade da patente de um software é


longo, já que o desenvolvimento de um software não exige muito
investimento ou não leva muito tempo.

Passando para a linguagem simbólica, temos:

p: O tempo previsto em lei para a validade da patente de um software é longo


q: O desenvolvimento de um software não exige muito investimento
r: O desenvolvimento de um software não leva muito tempo

Q: (q v r) → p

Agora, vamos passar a proposição do enunciado para a linguagem simbólica:

“Se o desenvolvimento de um software não exige muito investimento ou não


leva muito tempo, então o tempo previsto em lei para a validade da patente
de um software é longo”

(q v r) → p: Se o desenvolvimento de um software não exige muito investimento ou


não leva muito tempo, então o tempo previsto em lei para a validade da patente de
um software é longo.

Portanto, as duas proposições são equivalentes.

Item correto.

(Texto para as questões 181 a 184) Considerando a proposição P: “Se João


91824207425

se esforçar o bastante, então João conseguirá o que desejar”, julgue os itens


a seguir.

181 - (MPOG - 2015 / CESPE) A proposição “João não se esforça o bastante


ou João conseguirá o que desejar” é logicamente equivalente à proposição
P.

Solução:

Começamos passando a proposição P para a linguagem simbólica:

P: “Se João se esforçar o bastante, então João conseguirá o que desejar”

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p: João se esforça o bastante
q: João consegue o que deseja

P: p → q

Agora, passamos a proposição do enunciado para a linguagem simbólica (vou


chamá-la de “Q”):

Q: “João não se esforça o bastante ou João conseguirá o que desejar”

p: João se esforça o bastante


q: João consegue o que deseja

Q: ~p v q

Por fim, podemos montar a tabela-verdade para checar se as duas proposições


são equivalentes:

p q ~p p→q ~p v q
V V F V V
V F F F F
F V V V V
F F V V V

Portanto, concluímos que as duas proposições são equivalentes.

Item correto.

182 - (MPOG - 2015 / CESPE) A proposição “Se João não conseguiu o que
desejava, então João não se esforçou o bastante” é logicamente equivalente
à proposição P.

Solução:
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Mais uma questão que propõe uma proposição equivalente à P. Assim, temos:

P: “Se João se esforçar o bastante, então João conseguirá o que desejar”

p: João se esforça o bastante


q: João consegue o que deseja

P: p → q

Agora, passamos a proposição do enunciado para a linguagem simbólica (vou


chamá-la de “R”):

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R: “Se João não conseguiu o que desejava, então João não se esforçou o
bastante”

p: João se esforça o bastante


q: João consegue o que deseja

Q: ~q → ~p

Por fim, podemos montar a tabela-verdade para checar se as duas proposições


são equivalentes:

p q ~p ~q p→q ~q → ~p
V V F F V V
V F F V F F
F V V F V V
F F V V V V

Portanto, concluímos que as duas proposições são equivalentes.

Item correto.

183 - (MPOG - 2015 / CESPE) Se a proposição “João desejava ir à Lua, mas


não conseguiu” for verdadeira, então a proposição P será necessariamente
falsa.

Solução:

Bom, a única relação entre a proposição desse enunciado e a proposição P, é que


ficamos sabendo que João desejava algo (ir à Lua), e não conseguiu. Ora, nada
foi dito sobre ele ter se esforçado ou não para conseguir ir à lua. Para a
proposição P ser falsa, necessariamente João deveria se esforçar bastante e não
conseguir o que desejava, mas não temos informação sobre seu esforço, o que
faz com que não possamos afirmar que a proposição P será necessariamente
falsa.
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Item errado.

184 - (MPOG - 2015 / CESPE) A negação da proposição P pode ser


corretamente expressa por “João não se esforçou o bastante, mas, mesmo
assim, conseguiu o que desejava”.

Solução:

Agora, queremos a negação da proposição P. Como a proposição P é uma


condicional do tipo p → q, sua negação é dada por p ∧ ~q. Porém, a proposição

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sugerida no enunciado não representa p ∧ ~q, mas sim ~p ∧ q, o que faz com que
ela não possa ser considerada negação para P:

“João não se esforçou o bastante, mas, mesmo assim, conseguiu o que


desejava”

p: João se esforça o bastante


q: João consegue o que deseja

~p ∧ q: João não se esforçou o bastante, mas, mesmo assim, conseguiu o que


desejava

Item errado.

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Ufa!!! Agora, vamos à teoria da aula de hoje.

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2 – Lógica da Argumentação

Considere a proposição:

FHC foi um bom presidente

Você saberia me dizer se essa proposição é verdadeira ou falsa? Bom, para isso,
teríamos que definir o que vem a ser um bom presidente. Podemos avaliar as
conquistas na área econômica, as melhorias na área social, os prêmios
internacionais, a quantidade de escândalos de corrupção, etc. Veja que cada um
desses itens pode ter um peso maior ou menor a depender de quem avalia, pois o
conceito de “bom presidente” é um conceito subjetivo. Para um grupo de pessoas,
essa afirmação é considerada verdadeira, já para outro grupo de pessoas, esta
afirmação é considerada falsa.

“Mas aonde você quer chegar, professor?”

Bom, o que eu quero dizer é que o objetivo da Lógica da Argumentação não é a


avaliação do conteúdo em si, mas a forma com que as informações são
apresentadas, se determinado raciocínio foi ou não bem construído, se podemos
chegar a alguma conclusão baseada no raciocínio apresentado,
independentemente dos valores subjetivos dos conceitos. Vejamos um exemplo:

Marcos é um uma pessoa legal.

Será que podemos avaliar se essa proposição é verdadeira ou falsa? Mais uma
vez seria muito subjetivo, além de não sabermos de que Marcos estamos falando.
Agora, se eu falo “Marcos é uma pessoa legal, pois ele é baiano e todo baiano é
legal”. Nesse caso, estamos diante de uma conclusão baseada em alguns fatos
que foram apresentados. Assim, independentemente do Marcos que estou me
referindo, sabendo que todo baiano é legal e que Marcos é baiano, eu posso
afirmar sem nenhuma dúvida que ele é legal.

No estudo da Lógica da Argumentação, nos baseamos em regras de inferência


lógica. A argumentação centra-se essencialmente em alcançar conclusões por
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meio do raciocínio lógico, isto é, fatos baseados em premissas. O argumento é


uma sequência determinada (finita) de proposições (premissas) que leva a uma
proposição final, uma conclusão do argumento.

Observe esse argumento:

Todo baiano é legal (premissa)

Marcos é baiano (premissa)

Marcos é uma pessoa legal (conclusão)

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Nesse argumento as duas premissas podem ser chamadas de antecedentes e
dão suporte à conclusão, que pode ser chamada de consequente. Podemos
utilizar um diagrama para mostrar que este argumento é válido. Vejamos:

Pessoas Legais

Baianos

Marcos

Observando o diagrama, podemos perceber que Marcos está dentro do conjunto


dos baianos (elipse amarela), pois ele é baiano, e o conjunto dos baianos está
dentro do conjunto das pessoas legais (elipse verde), pois todo baiano é legal.
Vimos conjuntos na primeira aula, e esse conceito dos diagramas é muito útil para
o que estamos estudando agora.

Vejam que você pode até discordar e dizer que nem todo baiano é legal. Tudo
bem, mas, baseado nas informações de que “todo baiano é legal” é uma premissa
verdadeira e que “Marcos é baiano” também é uma premissa verdadeira, podemos
afirmar que “Marcos é legal” é uma conclusão verdadeira baseada nessas duas
premissas.

Um argumento é constituído de proposições P1, P2, P3, ..., Pn, chamadas de


premissas, que servem de base para afirmar que uma outra proposição C é
verdadeira, chamada de conclusão.

Quando temos apenas duas premissas e uma conclusão, estamos diante de um


Silogismo. Assim, o silogismo nada mais é do que uma argumentação com duas
premissas e uma conclusão.
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No estudo da Lógica da Argumentação o que nos interessa são os “Argumentos


Válidos”. Dizemos que um argumento é válido (legítimo), quando a sua conclusão
é uma consequência obrigatória do seu conjunto de premissas. Assim, não é
possível saber se a conclusão do argumento é verdadeira se nós não
considerarmos todas as premissas como verdadeiras.

Dizemos que um argumento é inválido (ilegítimo, falacioso, sofisma) quando,


mesmo considerando suas premissas como verdadeiras, ainda assim, não é
possível garantir a verdade da conclusão, ou seja, a conclusão não é uma
consequência obrigatória do seu conjunto de premissas.

Resumindo o que já falamos até aqui, não estamos interessados em saber se


cada proposição de um argumento é verdadeira ou falsa, mas sim, se o argumento

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é válido, ou seja, se a conclusão é uma consequência obrigatória das premissas,
considerando que as premissas sejam verdadeiras simultaneamente. Assim, o
argumento é classificado em válido ou inválido e não em verdadeiro ou falso (as
proposições é que são classificadas em verdadeiras ou falsas). Vejamos dois
exemplos:

Ex. 1:

P1: Todos os baianos são nordestinos


P2: Pedro é baiano
C: Pedro é nordestino

Nordestinos

Baianos

Pedro

Ex. 2:

P1: Todos os baianos são alemães


P2: Pedro é baiano
C: Pedro é alemão

Alemães

Baianos

Pedro

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Percebam que os dois argumentos são válidos, pois considerando as premissas


verdadeiras, as conclusões são consequência obrigatória das premissas,
independentemente do conteúdo das premissas. Percebam que no primeiro
exemplo, o conteúdo também é verdadeiro, já que todo baiano realmente é
nordestino e se uma pessoa é baiana, com certeza ela também será nordestina.
Já o segundo exemplo, possui um conteúdo falso, pois dizer que todo baiano é
alemão não é verdade.

Mas o que interessa é que os dois argumentos são válidos, já que as conclusões
são consequência obrigatória das premissas, considerando estas verdadeiras.

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Além desses casos, podemos ter argumentos inválidos com conteúdo verdadeiro e
argumentos inválidos com conteúdo falso. Vejamos mais dois exemplos:

Ex. 3:

P1: Todos os baianos são nordestinos


P2: Existem nordestinos que são ricos
C: Existem baianos que são ricos

Nordestinos Ricos
Baianos

Vejam que nesse exemplo, mesmo sabendo que existem baianos que são ricos,
essa conclusão não é consequência obrigatória das premissas, que também são
verdadeiras. Assim, temos um argumento falacioso com conteúdo verdadeiro.

Ex. 4:

P1: Todos os baianos são ricos


P2: Pedro é rico
C: Pedro é baiano

Ricos
Baianos

Pedro

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Vejam que nesse exemplo, mesmo considerando as premissas verdadeiras, a


conclusão não é consequência obrigatória das premissas. Nesse caso também o
conteúdo das premissas não é verdadeiro, já que nem todos os baianos são ricos.
Assim, temos um argumento falacioso com conteúdo falso.

Tipos de argumentos

Basicamente, existem dois tipos de argumentos: Argumentos Categóricos e


Argumentos Hipotéticos. Não é necessário saber esta classificação, mas sim como
resolver as questões que envolvem cada um desses dois tipos. Comecemos com
os argumentos categóricos.

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Os argumentos categóricos são aqueles que apresentam premissas
representadas por enunciados simples, contendo um quantificador, um sujeito,
um verbo de ligação e um predicado. Não, isso não é aula de português!
Vejamos alguns exemplos:

Todo baiano é nordestino

todo: Quantificador
baiano: Sujeito
é: Verbo de ligação
nordestino: Predicado

Existe baiano que é rico

existe: Quantificador
baiano: Sujeito
é: Verbo de ligação
rico: Predicado

Nenhum carioca é baiano

nenhum: Quantificador
carioca: Sujeito
é: Verbo de ligação
baiano: Predicado

Alguns nordestinos não são baianos

alguns: Quantificador
nordestinos: Sujeito
não: Partícula de negação
são: Verbo de ligação
baianos: Predicado

Representamos acima os quatro tipos de proposições com quantificadores: Todo


A é B (universal afirmativo), Nenhum A é B (universal negativo), Algum A é B
91824207425

(particular afirmativo) e Algum A não é B (particular negativo). Vamos explicar as


conclusões que podem ser tiradas a partir desses quantificadores:

Todo A é B

A B

A partir dessa informação podemos ter certeza que a área pintada de vermelho
não possui nenhum elemento e que a área pintada de azul possui algum
elemento. Todos os elementos do conjunto A estarão localizados dentro do

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conjunto B. Pode existir algum elemento de B que não seja de A (área branca),
mas isso nós não temos como saber apenas com a afirmação de que “Todo A é
B”.

A negação desse quantificador é dizer que existe elemento de A na área


vermelha, ou seja, dizer que “Algum A não é B”.

~(Todo A é B) = Algum A não é B

Nenhum A é B

A B

A partir desta informação podemos ter certeza que a área pintada de vermelho
não possui nenhum elemento e que a área azul possui algum elemento. Todos os
elementos do conjunto A estarão localizados fora do conjunto B.

A negação desse quantificador é dizer que existe elemento de A na área


vermelha, ou seja, dizer que “Algum A é B”.

~(Nenhum A é B) = Algum A é B

Algum A é B

A B
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A partir desta informação podemos ter certeza que a área pintada de azul possui
algum elemento. Ou seja, podemos concluir que A e B possuem pelo menos um
elemento em comum. Pode existir algum elemento de B que não seja de A, e
algum elemento de A que não seja de B, mas isso nós não temos como saber
apenas com a afirmação de que “Algum A é B”.

A negação desse quantificador é dizer que não existe elemento de A na área azul,
ou seja, dizer que “Nenhum A é B”.

~(Algum A é B) = Nenhum A é B

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Algum A não é B

A B

A partir desta informação podemos ter certeza que a área pintada de azul possui
algum elemento. Podemos concluir que A possui algum elemento que não
pertence a B. Pode existir algum elemento de A que seja de B, mas isso nós não
temos como saber apenas com a afirmação de que “Algum A não é B”.

A negação desse quantificador é dizer que não existe elemento de A na área azul,
ou seja, dizer que “Todo A é B”.

~(Algum A não é B) = Todo A é B

Existe uma relação entre esses quatro tipos de proposições com quantificadores,
que pode ser representada por um “Quadrado das Oposições”. Vejamos:

Todo A é B Nenhum A é B

A B Contrário A B

Contraditório
Subalterno 91824207425
Subalterno

A B A B

Subcontrário

Algum A é B Algum A não é B

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Proposições contrárias (Todo A é B x Nenhum A é B): Duas proposições
contrárias não podem ser ambas verdadeiras ao mesmo tempo.

Proposições contraditórias (Todo A é B x Algum A não é B; Nenhum A é B x


Algum A é B): Duas proposições contraditórias não podem ser nem verdadeiras
nem falsas ao mesmo tempo. Se uma é verdadeira, a outra é falsa.

Proposições subcontrárias (Algum A é B x Algum A não é B): Duas proposições


subcontrárias não podem ser ambas falsas ao mesmo tempo.

Proposições subalternas (Todo A é B x Algum A é B; Nenhum A é B x Algum A


não é B): Se a proposição universal é verdadeira, sua subalterna também será
verdadeira.

Essas regras não são cobradas explicitamente nos concursos, mas podem nos
ajudar na resolução das questões.

Agora, vamos aprender a resolver as questões de concurso que apresentam


esses quantificadores nas premissas. Para isso, vamos aprender a representá-los
por meio de diagramas, que nos ajudarão a visualizar a solução. Comecemos com
o quantificador universal afirmativo (Todo):

Todo baiano é nordestino

Nordestinos
Baianos

Esse quantificador nos diz que o conjunto dos baianos está contido no conjunto
dos nordestinos, ou seja, todos os elementos do conjunto dos baianos também
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pertencem ao conjunto dos nordestinos. A representação utilizada acima é a mais


usual, mas não é a única. Podemos representar esse quantificador de outra
maneira. Vejamos:

Todo baiano é nordestino

Nordestinos
Baianos

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Nessa representação, o conjunto dos baianos coincide com o conjunto dos
nordestinos. Assim, continua valendo o que eu disse acima, todos os elementos
do conjunto dos baianos também pertencem ao conjunto dos nordestinos.

Agora, observe o seguinte: Na primeira representação, havia elementos do


conjunto dos nordestinos que não eram elementos do conjunto dos baianos (área
verde do diagrama). Essa informação difere do que vimos na segunda
representação, onde não há elementos do conjunto dos nordestinos que não
sejam também elementos do conjunto dos baianos (os conjuntos são
coincidentes). Assim, com a informação de que “Todo baiano é nordestino”, não
podemos garantir se há ou não nordestinos que não sejam baianos. O que
podemos garantir é que não há baianos que não sejam nordestinos.

Assim, dizendo que “Todo A é B”, podemos concluir que “não existe A que não
seja B”.

O próximo quantificador é o universal negativo (Nenhum). Vejamos:

Nenhum carioca é baiano

Baianos Cariocas

Esse quantificador só possui essa maneira de ser representado, pois os conjuntos


dos baianos e o conjunto dos cariocas não possuem nenhum elemento em
comum. Com isso, podemos concluir que não existe a possibilidade de alguém ser
carioca e baiano ao mesmo tempo.

Agora, vamos aos quantificadores particulares. Comecemos com o afirmativo:

Existe baiano que é rico (é o mesmo que “algum baiano é rico”)

91824207425

Baianos Ricos

Essa é a maneira mais usual de representar esse quantificador. Mas também, não
é a única. Porém, a informação mais importante é que o conjunto dos baianos e o
conjunto dos ricos possuem pelo menos um elemento em comum, ou seja, eles
não são disjuntos. Olhando o diagrama, podemos dizer com certeza que a área
azul possui pelo menos um elemento, mas as áreas amarela e verde podem

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possuir elemento ou não. Vamos ver outras representações para esse
quantificador:

Existe baiano que é rico (é o mesmo que “algum baiano é rico”)

Ricos
Baianos

Veja que continua valendo o que eu disse: “o conjunto dos baianos e o conjunto
dos ricos possuem pelo menos um elemento em comum” (representada pela área
azul).

Existe baiano que é rico (é o mesmo que “algum baiano é rico”)

Baianos
Ricos

Mais uma vez, continua valendo o que eu disse: “o conjunto dos baianos e o
conjunto dos ricos possuem pelo menos um elemento em comum” (representada
pela área azul).

Existe baiano que é rico (é o mesmo que “algum baiano é rico”)

Baianos
Ricos

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Nessa última representação, com os conjuntos dos baianos e dos ricos


coincidindo, continua valendo o que eu disse: “o conjunto dos baianos e o conjunto
dos ricos possuem pelo menos um elemento em comum”.

Para terminar, vejamos o quantificador particular negativo:

Alguns nordestinos não são baianos (é o mesmo que “existem nordestinos que
não são baianos”)

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Baianos Nordestinos

Como o quantificador é o mesmo, só mudando a existência do “não”, a maneira


mais usual de representar esse quantificador é a mesma do item anterior. Ocorre
que, agora, o que podemos concluir com certeza, é que a área verde possui pelo
menos um elemento, ou seja, ela não está vazia. As áreas amarela e azul podem
ou não possui elementos. Podemos afirmar que não é todo nordestino que é
baiano.

Mais uma vez, essa não é a única maneira de representar esta proposição.
Vejamos as outras:

Alguns nordestinos não são baianos

Nordestinos
Baianos

Veja que continua valendo o que eu disse acima: “Não é todo nordestino que é
baiano” (área verde do diagrama).

Alguns nordestinos não são baianos

Nordestinos
Baianos
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Por fim, mais uma representação e continua valendo o que eu disse acima: “Não é
todo nordestino que é baiano” (área verde do diagrama).

Bom, vimos todas as maneiras de representar as proposições com quantificadores


por meio dos diagramas. Para fechar esse assunto, vamos ver como resolver as
questões.

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(Texto para as questões 185 e 186) Um argumento constituído por uma
sequência de três proposições — P1, P2 e P3, em que P1 e P2 são as
premissas e P3 é a conclusão — é considerado válido se, a partir das
premissas P1 e P2, assumidas como verdadeiras, obtém-se a conclusão P3,
também verdadeira por consequência lógica das premissas. A respeito das
formas válidas de argumentos, julgue os próximos itens.

185 - (PC/ES - 2010 / CESPE) Considere a seguinte sequência de


proposições:

P1 – Existem policiais que são médicos.


P2 – Nenhum policial é infalível.
P3 – Nenhum médico é infalível.

Nessas condições, é correto concluir que o argumento de premissas P1 e P2


e conclusão P3 é válido.

Solução:

Para resolver essa questão, vamos começar representando as premissas por meio
dos diagramas. Utilizaremos os diagramas mais comuns.

P1 – Existem policiais que são médicos.

Policiais Médicos

Essa premissa nos dá a certeza da existência de pelo menos um elemento na


área azul.
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P2 – Nenhum policial é infalível.

Policiais Infalíveis

Com essa afirmação, podemos concluir que não há nenhuma pessoa que seja ao
mesmo tempo policial e infalível, ou seja, os conjuntos acima não possuem
nenhum elemento em comum.

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Unindo as duas figuras:

Policiais Médicos
Infalíveis

Vejam que eu coloquei os médicos e os infalíveis bem colados, pois não temos
como saber se existe algum médico que seja infalível.

Para finalizar, vamos verificar se a conclusão é uma consequência obrigatória de


suas premissas:

P3 – Nenhum médico é infalível.

Vimos que não temos como saber se existe algum médico que seja infalível.
Portanto, essa não é uma consequência obrigatória das premissas. Assim,
concluímos que esse argumento não é válido. Item errado.

186 - (PC/ES - 2010 / CESPE) Se as premissas P1 e P2 de um argumento


forem dadas, respectivamente, por “Todos os leões são pardos” e “Existem
gatos que são pardos”, e a sua conclusão P3 for dada por “Existem gatos
que são leões”, então essa sequência de proposições constituirá um
argumento válido.

Solução:

Da mesma forma que fizemos na questão anterior, vamos começar representando


as premissas por meio dos diagramas, utilizando os diagramas mais comuns.

P1: “Todos os leões são pardos”


91824207425

pardos
leões

A partir dessa premissa, podemos concluir que se o bicho é um leão, com certeza
ele será pardo. Ou seja, não há leão que não seja pardo.

P2: “Existem gatos que são pardos”,

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gatos pardos

Essa premissa nos dá a certeza da existência de pelo menos um elemento na


área azul.

Sobrepondo os diagramas:

gatos pardos
leões

Vejam que eu coloquei os leões e os gatos bem colados, pois não temos como
saber se existe algum gato que seja leão.

P3: “Existem gatos que são leões”

Vimos que não temos como saber se existe algum gato que seja leão. Portanto,
essa não é uma consequência obrigatória das premissas. Assim, concluímos que
esse argumento não é válido. Item errado.

(Texto para a questão 187) A questão da desigualdade de gênero na relação


de poder entre homens e mulheres é forte componente no crime do tráfico
de pessoas para fins de exploração sexual, pois as vítimas são, na sua
maioria, mulheres, meninas e adolescentes. Uma pesquisa realizada pelo
Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), concluída em
91824207425

2009, indicou que 66% das vítimas eram mulheres, 13% eram meninas,
enquanto apenas 12% eram homens e 9% meninos.
Ministério da Justiça. Enfrentamento ao tráfico de pessoas: relatório
do plano nacional. Janeiro de 2010, p. 23 (com adaptações).

Com base no texto acima, julgue o item a seguir.

187 - (PC/ES - 2010 / CESPE) O argumento “A maioria das vítimas era mulher.
Marta foi vítima do tráfico de pessoas. Logo Marta é mulher” é um argumento
válido.

Solução:

Vamos começar representando o argumento por meio dos diagramas:

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Premissa 1: A maioria das vítimas era mulher

Dizer que a maioria das vítimas era mulher, não é o mesmo que dizer que todas
as vítimas eram mulheres, mas sim, que algumas das vítimas eram mulheres.

mulheres vítimas

Premissa 2: Marta foi vítima do tráfico de pessoas


vítimas
Marta

Unindo os diagramas, temos:

mulheres vítimas

Marta

Vejam que eu coloquei Marta e o conjunto das mulheres bem colados, pois não
temos como saber se ela é ou não é mulher, a partir dessas premissas.

Conclusão: Marta é mulher 91824207425

Vimos que não temos como saber se Marta é ou não é mulher. Portanto, essa não
é uma consequência obrigatória das premissas. Assim, concluímos que esse
argumento não é válido. Item errado.

188 - (PREVIC - 2010 / CESPE) Suponha que um argumento tenha como


premissas as seguintes proposições.

Alguns participantes da PREVIC são servidores da União.


Alguns professores universitários são servidores da União.

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Nesse caso, se a conclusão for “Alguns participantes da PREVIC são
professores universitários”, então essas três proposições constituirão um
argumento válido.

Solução:

Mais uma vez, vamos começar representando as premissas por meio dos
diagramas:

P1: Alguns participantes da PREVIC são servidores da União.

Participantes da
PREVIC Servidores da União

P2: Alguns professores universitários são servidores da União.

Servidores da União
Professores universitários

Unindo os diagramas:

Participantes da Servidores da União


PREVIC
Professores universitários

91824207425

Alguns participantes da PREVIC são professores universitários

Vejam que não temos como saber se os participantes da PREVIC e os


professores universitários possuem elementos em comum (áreas azul e
vermelha). Assim, concluímos que esse argumento não é válido. Item errado.

189 - (PREVIC - 2010 / CESPE) Considere o diagrama abaixo.

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ágeis analista
administrativo
dançarinos

Esse diagrama é uma prova de que o argumento a seguir é válido, ou seja, as


proposições I e II são premissas e a proposição III é uma conclusão, pois é
verdadeira por consequência das premissas.

I Nenhum analista administrativo é dançarino.


II Todos os dançarinos são ágeis.
III Logo, nenhum analista administrativo é ágil.

Solução:

Vamos começar checando as premissas e comparando com o diagrama do


enunciado

I Nenhum analista administrativo é dançarino.

analista
administrativo
dançarinos

II Todos os dançarinos são ágeis.

ágeis

dançarinos

Aparentemente, nós poderíamos pensar que o argumento é válido, mas unindo os


diagramas, podemos perceber que isso não é verdade:
91824207425

ágeis analista
administrativo
dançarinos

III Logo, nenhum analista administrativo é ágil.

Portanto, podemos perceber que pode haver analista administrativo que seja ágil.
Assim, concluímos que o argumento não é válido. Item errado.

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190 - (SEPLAG/DF - 2009 / CESPE) Se forem V as proposições “Todos os
assistentes de educação auxiliam os professores” e “João e Aline auxiliam
os professores”, então a proposição “João e Aline são assistentes de
educação” também será V.

Solução:

Vamos analisar o argumento:

P1: Todos os assistentes de educação auxiliam os professores

assistentes pessoas que auxiliam


os professores

P2: João e Aline auxiliam os professores

pessoas que auxiliam


João os professores
Aline

Unindo os diagramas:

assistentes pessoas que auxiliam


João os professores
Aline

91824207425

C: João e Aline são assistentes de educação

Vejam que não temos como garantir que João e Aline são assistentes de
educação. Portanto, não podemos garantir que a proposição “João e Aline são
assistentes de educação” também será V. Item errado.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Voltando à teoria, vamos conhecer agora os Argumentos Hipotéticos.

Os argumentos hipotéticos são aqueles que possuem proposições compostas


conjuntivas, disjuntivas, condicionais ou bicondicionais. Podem apresentar

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proposições simples e proposições compostas que utilizam os conectores “e”,
“mas”, “ou”, “se...então...”, “...se e somente se...”, etc. Vejamos um exemplo:

Premissa 1: Se chover, então não vou à praia


Premissa 2: Chove
Conclusão: Não vou à praia

Veja que na premissa 1 temos uma proposição composta condicional (se...


então...). Intuitivamente podemos perceber que estamos diante de um argumento
válido (não se costuma ir à praia quando está chovendo). Mas nem sempre será
apresentado de maneira simples. Vamos aprender algumas técnicas para a
resolução dos exercícios.

Utilizando a tabela-verdade

Vimos que um argumento é válido quando a conclusão é uma consequência


obrigatória das premissas. Assim, quando o argumento é válido, a conjunção das
premissas verdadeiras implica logicamente numa conclusão verdadeira.
Simbolicamente, podemos representar o que eu disse acima da seguinte forma:

(P1 ∧ P2 ∧ P3 ∧ … ∧ Pn) ⇒ C

Ora, uma implicação é verdadeira, quando a sua condicional correspondente é


uma tautologia. Assim, para saber se um argumento é válido, construímos a
tabela-verdade da condicional que o representa e verificamos se é uma tautologia.

Um argumento é válido se (P1 ∧ P2 ∧ P3 ∧ … ∧ Pn) → C é uma tautologia

Essa primeira técnica é infalível, mas pode demandar muito tempo na hora da
prova. De qualquer forma, vamos começar com ela.

Voltemos ao nosso exemplo:

Premissa 1: Se chover, então não vou à praia


91824207425

Premissa 2: Chove
Conclusão: Não vou à praia

Para checar se o argumento é válido, passamos as proposições para a linguagem


simbólica e depois montamos a tabela-verdade. Vejamos:

p: Chover
q: Ir à praia

P1: p → ~q
P2: p
C: ~q

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P2 C P1 Argumento
p q ~q p → ~q (p → ~q) ∧ (p) [(p → ~q) ∧ (p)] → (~q)
V V F F F V
V F V V V V
F V F V F V
F F V V F V

Podemos perceber que o argumento é válido, pois a condicional que o representa


é uma tautologia.

Vejamos outro exemplo:

Premissa 1: Se chover, então não vou à praia


Premissa 2: Não vou à praia
Conclusão: Chove

E agora, será que você consegue me dizer se esse argumento é válido ou não?
Vamos mais uma vez utilizar a tabela-verdade para verificar isso.

p: Chover
q: Ir à praia

P1: p → ~q
P2: ~q
C: p

C P2 P1 Argumento
p q ~q p → ~q (p → ~q) ∧ (~q) [(p → ~q) ∧ (~q)] → (p)
V V F F F V
V F V V V V
F V F V F V
F F V V V F

Perceba que a condicional que representa o argumento não é uma tautologia.


91824207425

Logo, o argumento é inválido.

Utilizando a tabela-verdade reduzida

Uma observação importante sobre o método demonstrado acima é que sempre


que alguma premissa é falsa, a condicional que o representa possui valor lógico
verdadeiro. Isso se deve ao fato de que numa condicional, sempre que “o termo
antes da seta” (antecedente) é falso, a condicional é verdadeira. Como o
antecedente é uma conjunção formada por todas as premissas, basta que uma
das premissas seja falsa para que a conjunção seja falsa. Com isso, o que eu
quero mostrar é que, na análise das tabelas, só nos interessa aquelas linhas em
que todas as premissas são verdadeiras. Se nessas linhas a conclusão tiver algum
valor falso, a condicional que representa o argumento será falsa, pois teremos o

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antecedente verdadeiro e o “termo após a seta” (consequente) falso, que numa
condicional possui valor lógico falso (V → F, que possui valor lógico falso).

Vamos ver um exemplo:

P1: Se o avião cair, então o piloto morrerá


P2: O avião caiu
C: O piloto morreu

Vamos passar as proposições para a linguagem simbólica e montar a tabela-


verdade. Vejamos:

p: O avião cair
q: O piloto morrer

P1: p → q
P2: p
C: q

P2 C P1
p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V

Para um melhor entendimento, vamos reorganizar a ordem das colunas (P1, P2 e


C):

P1 P2 C
p→q p q
V V V
F V F
V F V
V 91824207425
F F

Vimos que um argumento é válido quando a conclusão é uma consequência


obrigatória do conjunto das premissas, considerando as premissas verdadeiras.
Assim, só nos interessa o valor lógico da conclusão para os casos em que todas
as premissas são verdadeiras simultaneamente. Olhando para a tabela acima,
podemos perceber que apenas a primeira linha apresenta valor lógico verdadeiro
para as duas premissas simultaneamente. Assim, devemos verificar qual o valor
lógico da conclusão apenas na primeira linha.

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P1 P2 C
p→q p q
V V V
F V F P1 é falso, não serve.
V F V P2 é falso, não serve.
V F F P2 é falso, não serve.

Eliminando as linhas onde as premissas são falsas, temos:

P1 P2 C
p→q p q
V V V

Veja que na única linha em que as premissas são verdadeiras simultaneamente, a


conclusão também é verdadeira. Com isso, podemos concluir que a conclusão é
uma consequência obrigatória das premissas, ou seja, podemos concluir que o
argumento é válido. Vejamos outro exemplo:

P1: Se o avião cair, então o piloto morrerá


P2: O piloto morreu
C: O avião caiu

E agora, será que você consegue me dizer se esse argumento é válido ou não?
Vamos mais uma vez utilizar a tabela-verdade para verificar isso.

p: O avião cair
q: O piloto morrer

P1: p → q
P2: q
C: p

C P2 P1
p 91824207425
q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V

Organizando a ordem das colunas, temos:

P1 P2 C
p→q q p
V V V
F F V
V V F
V F F

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Eliminando a segunda e a quarta linhas, temos:

P1 P2 C
p→q q p
V V V
V V F

Veja que nas duas linhas em que as premissas são verdadeiras simultaneamente,
a conclusão pode ser verdadeira ou falsa. Ou seja, considerando as premissas
verdadeiras, não temos como afirmar se a conclusão é verdadeira ou falsa. Assim,
concluímos que este argumento é falacioso.

Análise sem tabela-verdade

É possível, também, verificar se um argumento é válido ou não sem a utilização da


tabela-verdade. Para isso, devemos conhecer muito bem as regras lógicas dos
operadores vistos nas aulas anteriores. Vamos mostrar esse método por meio de
exemplos.

Ex1: Se não chover, vou à praia. Se for à praia, tomarei uma cerveja gelada.
Se tomar uma cerveja gelada, ficarei bêbado. Não fiquei bêbado. Logo,
choveu.

E então, parece difícil? Você verá que não tem nada de difícil nessa questão, o
difícil é ficar pensando em praia e cerveja, e ter que continuar estudando!

Vimos que podemos representar um argumento por meio de uma condicional, com
a sequência de premissas unidas pela conjunção “e”, implicando uma conclusão.
Assim, vamos começar organizando as informações e passando tudo para a
linguagem simbólica:

p: chover
q: Ir à praia
r: Tomar uma cerveja gelada 91824207425

s: Ficar bêbado

P1: Se não chover, vou à praia


P2: Se for à praia, tomarei uma cerveja gelada
P3: Se tomar uma cerveja gelada, ficarei bêbado
P4: Não fiquei bêbado
C: Choveu.

P1: ~p → q
P2: q → r
P3: r → s
P4: ~s
C: p

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Argumento: (P1 ∧ P2 ∧ P3 ∧ P4) → C


Argumento: [(~p → q) ∧ (q → r) ∧ (r → s) ∧ (~s)] → p

Devemos lembrar que nos interessa na análise do argumento o comportamento da


conclusão quando todas as premissas são verdadeiras simultaneamente. Assim:

(~p → q) ∧ (q → r) ∧ (r → s) ∧ (~s) deverá ser necessariamente verdadeira.

Lembrando do operador “e” (conjunção), o resultado só será verdadeiro se todos


os termos forem verdadeiros. Assim:

(~p → q) deverá ser necessariamente verdadeira.


(q → r) deverá ser necessariamente verdadeira.
(r → s) deverá ser necessariamente verdadeira.
(~s) deverá ser necessariamente verdadeira.

Veja que eu destaquei a quarta premissa, pois é a partir dela que analisaremos
todo o argumento. Para que essa premissa seja verdadeira, “~s” deverá ser
verdadeira, ou seja, “s” deverá ser falsa. Pronto, já chegamos à primeira certeza:

Não fiquei bêbado.

A partir desta constatação, vamos substituir o valor lógico de “s” nas outras
premissas:

P3: (r → s) deverá ser necessariamente verdadeira.


P3: (r → F) deverá ser necessariamente verdadeira.

Bom, temos uma condicional (r → F). Numa condicional, sempre que o segundo
termo é falso, seu valor lógico só será verdadeiro se o primeiro termo também for
falso. Assim, concluímos que o “r” deverá ser falso para que essa premissa seja
verdadeira. Com isso, podemos concluir que:

Não tomei uma cerveja gelada. 91824207425

Continuando,

P2: (q → r) deverá ser necessariamente verdadeira.


P2: (q → F) deverá ser necessariamente verdadeira.

Igual ao que fizemos com o “r”, chegamos à conclusão que o “q” deverá ser falso
para que essa premissa seja verdadeira. Assim:

Não fui à praia.

Continuando,

P1: (~p → q) deverá ser necessariamente verdadeira.

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P1: (~p → F) deverá ser necessariamente verdadeira.

Semelhante ao que fizemos com o “r” e com o “q”, chegamos à conclusão que o
“~p” deverá ser falso para que essa premissa seja verdadeira, ou seja, “p” deverá
ser verdadeiro. Assim:

Choveu.

Com isso, vimos que a conclusão (p) possui valor lógico V, pois efetivamente
choveu. Logo, concluímos que o argumento é válido.

Essa questão nos deu uma premissa com apenas uma proposição simples (P4), o
que facilitou nosso raciocínio, pois partimos dela para concluirmos o valor lógico
das outras proposições. Podemos, também, tentar identificar se alguma premissa
é uma conjunção, pois numa conjunção, todas as proposições devem ser
verdadeiras para que a conjunção seja verdadeira.

Ocorre que nem sempre teremos uma proposição simples ou uma conjunção entre
as premissas. Vejamos um exemplo:

Ex2: Se não corro, não canso. Se ando, não corro. Se não paro, canso. Se
penso, não paro. Logo, se ando, não penso.

Da mesma forma que fizemos no exemplo 1, vamos organizar as premissas e a


conclusão por meio da linguagem simbólica:

p: Corro
q: Canso
r: Ando
s: Paro
t: Penso

P1: Se não corro, não canso


P2: Se ando, não corro
P3: Se não paro, canso
P4: Se penso, não paro 91824207425

C: Se ando, não penso

P1: ~p → ~q
P2: r → ~p
P3: ~s → q
P4: t → ~s
C: r → ~t

Bom, de início parece bastante complicado, mas vamos aprender a resolver esse
tipo de questão com bastante facilidade. Lembrando que podemos escrever o
argumento como uma seqüência de premissas unidas pelo “e”, implicando numa
conclusão:

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Argumento: (P1 ∧ P2 ∧ P3 ∧ P4) → C
Argumento: [(~p → ~q) ∧ (r → ~p) ∧ (~s → q) ∧ (t → ~s)] → (r → ~t)

Agora, devemos lembrar de duas coisas:

p → q é equivalente a ~q → ~p (contrapositiva)
(p → q) ∧ (q → r) implica em p → r (propriedade transitiva)

Agora, utilizaremos essas regrinhas para reorganizar as premissas de forma que o


resultado seja a igual à conclusão. Vejamos:

(~p → ~q) ∧ (r → ~p)

Podemos simplesmente inverter a ordem dos termos de uma conjunção:

(r → ~p) ∧ (~p → ~q) que implica em r → ~q

Assim,

Argumento: [(r → ~q) ∧ (~s → q) ∧ (t → ~s)] → (r → ~t)

Substituindo P3 e P4 pelas suas contrapositivas, temos:

(~s → q) = (~q → s) e (t → ~s) = (s → ~t)

Assim,

Argumento: [(r → ~q) ∧ (~q → s) ∧ (s → ~t)] → (r → ~t)

Utilizando a transitiva, temos:

Argumento: [(r → ~q) ∧ (~q → s) ∧ (s → ~t)] → (r → ~t)


Argumento: [(r → s) ∧ (s → ~t)] → (r → ~t)
Argumento: (r → ~t) → (r → ~t)
91824207425

Assim, como as premissas são verdadeiras, podemos concluir que a conclusão


também é verdadeira e o argumento é válido.

Análise no método da tentativa e erro

Uma outra forma de resolver as questões é testando possíveis valores para as


proposições simples e verificando o comportamento das premissas. Vejamos mais
um exemplo:

Ex: João não é jovem ou Renato é rico. Ivan é alto ou Renato não é rico. Renato
não é rico ou Ivan não é alto. Se Ivan não é alto, então João é jovem. Logo, João
não é jovem, Renato não é rico e Ivan é alto.

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Como de costume, começamos passando tudo para a linguagem simbólica:

p: João é jovem
q: Renato é rico
r: Ivan é alto

P1: João não é jovem ou Renato é rico.


P2: Ivan é alto ou Renato não é rico.
P3: Renato não é rico ou Ivan não é alto.
P4: Se Ivan não é alto, então João é jovem.
C: João não é jovem, Renato não é rico e Ivan é alto.

P1: ~p v q
P2: r v ~q
P3: ~q v ~r
P4: ~r → p
C: ~p ∧ ~q ∧ r

Argumento: [(~p v q) ∧ (r v ~q) ∧ (~q v ~r) ∧ (~r → p)] → (~p ∧ ~q ∧ r)

Bom, para resolver a questão, utilizaremos somente as premissas. Vamos


começar testando o “p” sendo verdadeiro.

(~p v q) ∧ (r v ~q) ∧ (~q v ~r) ∧ (~r → p)


(~V v q) ∧ (r v ~q) ∧ (~q v ~r) ∧ (~r → V)
(F v q) ∧ (r v ~q) ∧ (~q v ~r) ∧ (~r → V)

Perceba o termo destacado de vermelho. Trata-se de uma disjunção, que para ser
verdadeira, pelo menos um de seus componentes deverá ser verdadeiro. Como já
temos um componente falso, o “q” deverá ser verdadeiro. Assim:

(F v q) ∧ (r v ~q) ∧ (~q v ~r) ∧ (~r → V)


(F v V) ∧ (r v ~V) ∧ (~V v ~r) ∧ (~r → V)
(F v V) ∧ (r v F) ∧ (F v ~r) ∧ (~r → V)
91824207425

Agora, podemos perceber uma situação que invalida nossa suposição. Os dois
termos destacados de vermelho forçam valores distintos para o “r”. No primeiro
termo, o “r” deve ser verdadeiro para o termo ser verdadeiro, enquanto no
segundo termo, o “r” deve ser falso para o termo ser verdadeiro. A partir desta
constatação, podemos concluir que nosso teste deu errado e que o “p” é falso.
Assim, vamos observar o que acontece com as premissas, sabendo que o “p” é
falso (João não é jovem):

(~p v q) ∧ (r v ~q) ∧ (~q v ~r) ∧ (~r → p)


(~F v q) ∧ (r v ~q) ∧ (~q v ~r) ∧ (~r → F)
(V v q) ∧ (r v ~q) ∧ (~q v ~r) ∧ (~r → F)

Perceba o termo destacado em vermelho. Para esse termo ser verdadeiro, o “~r”
deve ser falso, ou seja, “r” deve ser verdadeiro (Ivan é alto). Assim:

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(V v q) ∧ (r v ~q) ∧ (~q v ~r) ∧ (~r → F)


(V v q) ∧ (V v ~q) ∧ (~q v ~V) ∧ (~V → F)
(V v q) ∧ (V v ~q) ∧ (~q v F) ∧ (F → F)

Agora, para que o termo destacado de vermelho seja verdadeiro, “~q” deve ser
verdadeiro, ou seja, “q” deve ser falso (Renato não é rico). Assim:

(V v q) ∧ (V v ~q) ∧ (~q v F) ∧ (F → F)
(V v F) ∧ (V v ~F) ∧ (~F v F) ∧ (F → F)
(V v F) ∧ (V v V) ∧ (V v F) ∧ (F → F)
(V) ∧ (V) ∧ (V) ∧ (V) que possui valor lógico verdadeiro.

Sabendo que p é falso, q é falso e r é verdadeiro, resta analisar a conclusão:

C: (~p ∧ ~q ∧ r)
C: (~F ∧ ~F ∧ V)
C: (V ∧ V ∧ V) que possui valor lógico verdadeiro.

Com isso, concluímos que o argumento é válido.

Macete do teste da conclusão falsa

Uma outra maneira de analisarmos o argumento é testando se é possível, ao


considerarmos a conclusão como falsa, que o conjunto de premissas seja
verdadeiro. Vejamos novamente um exemplo resolvido anteriormente:

Ex: Se não corro, não canso. Se ando, não corro. Se não paro, canso. Se
penso, não paro. Logo, se ando, não penso.

p: Corro
q: Canso
r: Ando
s: Paro 91824207425

t: Penso

P1: Se não corro, não canso


P2: Se ando, não corro
P3: Se não paro, canso
P4: Se penso, não paro
C: Se ando, não penso

P1: ~p → ~q
P2: r → ~p
P3: ~s → q
P4: t → ~s
C: r → ~t

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Argumento: (~p → ~q) ∧ (r → ~p) ∧ (~s → q) ∧ (t → ~s) ⇒ (r → ~t)

Agora, vamos testar se é possível a conclusão ser falsa e o conjunto de premissas


ser verdadeiro ao mesmo tempo. Se isso for possível, concluímos que o
argumento é inválido, se não for possível, concluímos que o argumento é válido.
Vejamos:

Para a conclusão “r → ~t” ser falsa, é necessário que o “r” seja verdadeiro e o “~t”
seja falso ao mesmo tempo, ou seja, é necessário que tanto “r” quanto “t” sejam
verdadeiros ao mesmo tempo. Agora, vamos testar nas premissas esses valores
de “r” e de “t” e verificar se é possível o conjunto de premissas ser verdadeiro.
Vejamos:

(~p → ~q) ∧ (r → ~p) ∧ (~s → q) ∧ (t → ~s)

(~p → ~q) ∧ (V → ~p) ∧ (~s → q) ∧ (V → ~s)

Aqui, concluímos que “~p” deve ser verdadeiro para que a 2ª premissa seja
verdadeira, e que “~s” seja verdadeiro para que a 4ª premissa seja verdadeira, ou
seja, “p” e “s” devem ser falsos:

(~p → ~q) ∧ (V → ~p) ∧ (~s → q) ∧ (V → ~s)

(~F → ~q) ∧ (V → ~F) ∧ (~F → q) ∧ (V → ~ F)

(V → ~q) ∧ (V → V) ∧ (V → q) ∧ (V → V)

(V → ~q) ∧ (V) ∧ (V → q) ∧ (V)

Vejam que chegamos numa situação em que o “~q” deve ser verdadeiro (ou seja,
“q” deve ser falso) para que a 1ª premissa seja verdadeira, enquanto que para a 3ª
premissa ser verdadeira o “q” deve ser verdadeiro, ou seja, temos uma
contradição que não permite que o conjunto de premissas seja verdadeiro ao
mesmo tempo em que a conclusão é falsa. Com isso, concluímos que este
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argumento é válido.

Bom, vimos diversas maneiras para avaliarmos se o argumento é válido ou não.


Geralmente podemos utilizar qualquer uma delas, pois todas levam ao mesmo
resultado. Seguem algumas dicas para identificarmos o melhor método a ser
utilizado:

1ª: Há uma proposição simples ou uma conjunção entre as premissas? Se houver,


podemos começar a análise por aí, sem a utilização de tabelas

2ª: Há até duas variáveis no argumento? Se houver, podemos utilizar os métodos


das tabelas-verdade.

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3ª: A conclusão apresenta uma condicional, ou uma disjunção? Se apresentar,
podemos utilizar o macete do teste da conclusão falsa.

4ª: Caso tenhamos chegado até aqui, sem conseguir resolver o argumento, sugiro
utilizar o método da tentativa e erro.

Porém, o mais importante é praticar bastante, pois com o treino conseguimos


identificar qual o melhor método a ser utilizado em cada questão. O que coloquei
acima é apenas uma sugestão de análise para escolha do melhor método.

Agora, vamos treinar com questões de concurso. Para cada questão, vou escolher
um método de resolução. Caso você utilize outro e fique com alguma dúvida, não
hesite em perguntar utilizando o nosso fórum de dúvidas.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

(Texto para a questão 191) Um argumento lógico é uma relação que associa
uma sequência finita de k proposições Pi, 1 < i < k, denominadas premissas,
a uma proposição Q, denominada conclusão. Um argumento lógico será
denominado válido se a veracidade das premissas garantir a veracidade da
conclusão. A partir dessas informações, considere as proposições listadas a
seguir.

P1: A atmosfera terrestre impede que parte da radiação solar refletida pela
superfície terrestre seja irradiada para o espaço.
P2: Esse fenômeno é chamado de efeito estufa.
P3: Os gases na atmosfera responsáveis pelo efeito estufa, como o vapor de
água e o CO2, são chamados de gases do efeito estufa.
P4: A emissão de alguns gases do efeito estufa pelas indústrias, pelas
queimadas e pelo tráfego de veículos produzirá aumento no efeito estufa.
Q: A vida na Terra sofrerá grandes mudanças nos próximos 50 anos.

Com base nas definições e nas proposições enunciadas acima, julgue o item
que se segue.

191 - (EMBASA - 2009 / CESPE) O argumento lógico em que P1, P2, P3 e P4


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são as premissas e Q é a conclusão pode ser corretamente representado


pela expressão [P1 v P2 v P3 v P4] → Q.

Solução:

Vimos que o argumento pode ser representado de forma simbólica pela conjunção
das premissas implicando numa conclusão:

(P1 ∧ P2 ∧ P3 ∧ P4) → C

Vejam que a questão colocou a disjunção das premissas, o que não está correto.
Portanto, item errado.

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(Texto para a questão 192) Uma afirmação formada por um número finito de
proposições A1, A2, ..., An, que tem como consequência uma outra
proposição, B, é denominada argumento. As proposições A1, A2, ..., An são
as premissas, e B é a conclusão.

Se, em um argumento, a conclusão for verdadeira sempre que todas as


premissas forem verdadeiras, então o argumento é denominado argumento
válido.

Tendo como base essas informações, julgue o item abaixo:

192 - (SERPRO- 2010 / CESPE) O argumento formado pelas premissas A1, A2,
A3 = A1 → A2, A4 = A2 → A1 e pela conclusão B = A3 ∧ A4 é válido.

Solução:

Nessa questão, temos o seguinte argumento:

P1: A1
P2: A2
P3: A1 → A2
P4: A2 → A1
C: (A1 → A2) ∧ (A2 → A1)

Para verificar a validade desse argumento, vou utilizar o método da tabela-


verdade reduzida:

P1 P2 P3 P4 C
A1 A2 A1 → A2 A2 → A1 (A1 → A2) ∧ (A2 → A1)
V V V V V
V F F V F
F V V F F
F F V V V
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Portanto, apenas na primeira linha todas as premissas são verdadeiras, e nessa


linha a conclusão também é verdadeira, o que nos leva a concluir que o
argumento é válido. Item correto.

(Texto para as questões de 193 a 195) Considere que cada uma das
proposições seguintes tenha valor lógico V.

I Tânia estava no escritório ou Jorge foi ao centro da cidade.


II Manuel declarou o imposto de renda na data correta e Carla não pagou o
condomínio.
III Jorge não foi ao centro da cidade.

A partir dessas proposições, é correto afirmar que a proposição

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193 - (TRT- 2009 / CESPE) “Tânia não estava no escritório” tem,


obrigatoriamente, valor lógico V.

Solução:

Vamos começar organizando o argumento:

I Tânia estava no escritório ou Jorge foi ao centro da cidade.


II Manuel declarou o imposto de renda na data correta e Carla não pagou o
condomínio.
III Jorge não foi ao centro da cidade.

Conclusão: Tânia não estava no escritório

Batizando as proposições:

A: Tânia estava no escritório


B: Jorge foi ao centro da cidade.
C: Manuel declarou o imposto de renda na data correta
D: Carla pagou o condomínio.

Assim,

I: A v B
II: C ∧ ~D
III: ~B
Conclusão: ~A

Portanto, podemos escrever o argumento da seguinte forma:

[(A v B) ∧ (C ∧ ~D) ∧ (~B)] → (~A)

Como temos diversas proposições simples formando esse argumento, não


utilizarei o método da tabela-verdade. Podemos observar que uma das premissas
(III) é formada por uma única proposição simples. Assim, sabendo que todas as
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premissas devem ser verdadeiras, essa premissa também deve ser verdadeira:

~B deve ser verdadeira, logo B deve ser falsa.

Reescrevendo o conjunto de premissas:

(A v B) ∧ (C ∧ ~D) ∧ (~B)
(A v F) ∧ (C ∧ ~D) ∧ (~F)
(A v F) ∧ (C ∧ ~D) ∧ (V)

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Agora, podemos observar que a premissa I é uma disjunção a qual possui uma de
suas proposições com valor lógico falso. Assim, para essa premissa ser
verdadeira, a outra proposição deve ser verdadeira:

(A v F) deve ser verdadeira, logo A deve ser verdadeira.

Reescrevendo o conjunto de premissas:

(A v F) ∧ (C ∧ ~D)
(V v F) ∧ (C ∧ ~D)
(V) ∧ (C ∧ ~D)

Por fim, podemos observar que a premissa restante é uma conjunção. Ora, já
estamos carecas de saber que uma conjunção só é verdadeira quando todas as
suas proposições são verdadeiras. Assim:

(C ∧ ~D) deve ser verdadeira, logo C deve ser verdadeira, e ~D também deve ser
verdadeira (ou seja, D deve ser falsa).

Resumindo o que encontramos para as proposições:

A deve ser verdadeira.


B deve ser falsa.
C deve ser verdadeira.
D deve ser falsa.

Resta, então, verificar se para esses valores lógicos das proposições, a conclusão
também é verdadeira:

Conclusão: ~A = ~V = F

Portanto, “Tânia não estava no escritório” não tem, obrigatoriamente, valor lógico
verdadeiro. Item errado.

194 - (TRT- 2009 / CESPE) “Carla pagou o condomínio” tem valor lógico F.
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Solução:

Utilizando as informações da questão anterior, temos:

D: Carla pagou o condomínio.

D deve ser falsa.

Podemos concluir que realmente “Carla pagou o condomínio” tem valor lógico
F. Item correto.

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195 - (TRT- 2009 / CESPE) “Manuel declarou o imposto de renda na data


correta e Jorge foi ao centro da cidade” tem valor lógico V.

Solução:

Mais uma vez, utilizando as informações já obtidas, temos:

A deve ser verdadeira.


B deve ser falsa.
C deve ser verdadeira.
D deve ser falsa.

Agora, passando a conclusão sugerida por essa questão para a linguagem


simbólica, temos:

Conclusão: “Manuel declarou o imposto de renda na data correta e Jorge foi


ao centro da cidade”

Conclusão: C ∧ B

Sabendo que C é verdadeira e B é falsa, temos:

Conclusão: C ∧ B = V ∧ F = F

Portanto, essa proposição não tem valor lógico V. Item errado.

(Texto para a questão 196) Se P1, P2, ..., Pn e C forem proposições, então
uma sequência de proposições do tipo P1 ∧ P2 ∧ ... ∧ Pn → C é um
argumento. Esse argumento só é válido se for impossível a conclusão ser
falsa quando as premissas forem, simultaneamente, verdadeiras. A seguir,
são apresentadas quatro proposições.

D: João não desperdiça água. 91824207425

P: João ajuda a preservar a natureza.


C: João não economiza dinheiro.
L: Todos os consumidores têm direito a informações acerca da qualidade da
água.

Considerando as informações acima, julgue o item a seguir a respeito de


lógica sentencial.

196 - (EMBASA - 2009 / CESPE) As premissas C → (~D) e D → P e a


conclusão D → ~(C v (~P)) formam um argumento válido.

Solução:

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Organizando as informações:

P1: C → (~D)
P2: D → P
Conclusão: D → ~(C v (~P))

Escrevendo o argumento, temos:

[(C → (~D)) ∧ (D → P)] → [D → ~(C v (~P))]

Nessa questão, vamos direto ao método da tabela-verdade reduzida:

P1 P2 Conclusão
C D P ~D ~P C v (~P) ~(C v (~P)) C → (~D) D→P D → ~(C v (~P))]
V V V F F V F F V F
V V F F V V F F F F
V F V V F V F V V V
V F F V V V F V V V
F V V F F F V V V V
F V F F V V F V F F
F F V V F F V V V V
F F F V V V F V V V

Eliminando as linhas onde as premissas são falsas, temos:

C D P ~D ~P C v (~P) ~(C v (~P)) C → (~D) D→P D → ~(C v (~P))]


V F V V F V F V V V
V F F V V V F V V V
F V V F F F V V V V
F F V V F F V V V V
F F F V V V F V V V

Portanto, podemos ver que é impossível a conclusão ser falsa quando as


premissas forem, simultaneamente, verdadeiras. Portanto, o argumento é válido.
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Item correto.

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Um grande abraço, e não se esqueçam de resolver as questões propostas. A


resolução delas será apresentada na próxima aula.

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3 - Questões comentadas nesta aula

(Texto para as questões 185 e 186) Um argumento constituído por uma sequência
de três proposições — P1, P2 e P3, em que P1 e P2 são as premissas e P3 é a
conclusão — é considerado válido se, a partir das premissas P1 e P2, assumidas
como verdadeiras, obtém-se a conclusão P3, também verdadeira por
consequência lógica das premissas. A respeito das formas válidas de argumentos,
julgue os próximos itens.

185 - (PC/ES - 2010 / CESPE) Considere a seguinte sequência de proposições:

P1 – Existem policiais que são médicos.


P2 – Nenhum policial é infalível.
P3 – Nenhum médico é infalível.

Nessas condições, é correto concluir que o argumento de premissas P1 e P2 e


conclusão P3 é válido.

186 - (PC/ES - 2010 / CESPE) Se as premissas P1 e P2 de um argumento forem


dadas, respectivamente, por “Todos os leões são pardos” e “Existem gatos que
são pardos”, e a sua conclusão P3 for dada por “Existem gatos que são leões”,
então essa sequência de proposições constituirá um argumento válido.

(Texto para a questão 187) A questão da desigualdade de gênero na relação de


poder entre homens e mulheres é forte componente no crime do tráfico de
pessoas para fins de exploração sexual, pois as vítimas são, na sua maioria,
mulheres, meninas e adolescentes. Uma pesquisa realizada pelo Escritório das
Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), concluída em 2009, indicou que
66% das vítimas eram mulheres, 13% eram meninas, enquanto apenas 12% eram
homens e 9% meninos.
Ministério da Justiça. Enfrentamento ao tráfico de pessoas: relatório
do plano nacional. Janeiro de 2010, p. 23 (com adaptações).
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Com base no texto acima, julgue o item a seguir.

187 - (PC/ES - 2010 / CESPE) O argumento “A maioria das vítimas era mulher.
Marta foi vítima do tráfico de pessoas. Logo Marta é mulher” é um argumento
válido.

188 - (PREVIC - 2010 / CESPE) Suponha que um argumento tenha como


premissas as seguintes proposições.

Alguns participantes da PREVIC são servidores da União.


Alguns professores universitários são servidores da União.

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Nesse caso, se a conclusão for “Alguns participantes da PREVIC são professores
universitários”, então essas três proposições constituirão um argumento válido.

189 - (PREVIC - 2010 / CESPE) Considere o diagrama abaixo.

ágeis analista
administrativo
dançarinos

Esse diagrama é uma prova de que o argumento a seguir é válido, ou seja, as


proposições I e II são premissas e a proposição III é uma conclusão, pois é
verdadeira por consequência das premissas.

I Nenhum analista administrativo é dançarino.


II Todos os dançarinos são ágeis.
III Logo, nenhum analista administrativo é ágil.

190 - (SEPLAG/DF - 2009 / CESPE) Se forem V as proposições “Todos os


assistentes de educação auxiliam os professores” e “João e Aline auxiliam os
professores”, então a proposição “João e Aline são assistentes de educação”
também será V.

(Texto para a questão 191) Um argumento lógico é uma relação que associa uma
sequência finita de k proposições Pi, 1 < i < k, denominadas premissas, a uma
proposição Q, denominada conclusão. Um argumento lógico será denominado
válido se a veracidade das premissas garantir a veracidade da conclusão. A partir
dessas informações, considere as proposições listadas a seguir.

P1: A atmosfera terrestre impede que parte da radiação solar refletida pela
superfície terrestre seja irradiada para o espaço.
P2: Esse fenômeno é chamado de efeito estufa.
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P3: Os gases na atmosfera responsáveis pelo efeito estufa, como o vapor de água
e o CO2, são chamados de gases do efeito estufa.
P4: A emissão de alguns gases do efeito estufa pelas indústrias, pelas queimadas
e pelo tráfego de veículos produzirá aumento no efeito estufa.
Q: A vida na Terra sofrerá grandes mudanças nos próximos 50 anos.

Com base nas definições e nas proposições enunciadas acima, julgue o item que
se segue.

191 - (EMBASA - 2009 / CESPE) O argumento lógico em que P1, P2, P3 e P4 são
as premissas e Q é a conclusão pode ser corretamente representado pela
expressão [P1 v P2 v P3 v P4] → Q.

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(Texto para a questão 192) Uma afirmação formada por um número finito de
proposições A1, A2, ..., An, que tem como consequência uma outra proposição, B,
é denominada argumento. As proposições A1, A2, ..., An são as premissas, e B é a
conclusão.

Se, em um argumento, a conclusão for verdadeira sempre que todas as premissas


forem verdadeiras, então o argumento é denominado argumento válido.

Tendo como base essas informações, julgue o item abaixo:

192 - (SERPRO - 2010 / CESPE) O argumento formado pelas premissas A1, A2,
A3 = A1 → A2, A4 = A2 → A1 e pela conclusão B = A3 ∧ A4 é válido.

(Texto para as questões de 193 a 195) Considere que cada uma das proposições
seguintes tenha valor lógico V.

I Tânia estava no escritório ou Jorge foi ao centro da cidade.


II Manuel declarou o imposto de renda na data correta e Carla não pagou o
condomínio.
III Jorge não foi ao centro da cidade.

A partir dessas proposições, é correto afirmar que a proposição

193 - (TRT- 2009 / CESPE) “Tânia não estava no escritório” tem, obrigatoriamente,
valor lógico V.

194 - (TRT- 2009 / CESPE) “Carla pagou o condomínio” tem valor lógico F.

195 - (TRT- 2009 / CESPE) “Manuel declarou o imposto de renda na data correta
e Jorge foi ao centro da cidade” tem valor lógico V.

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(Texto para a questão 196) Se P1, P2, ..., Pn e C forem proposições, então uma
sequência de proposições do tipo P1 v P2 v ... v Pn → C é um argumento. Esse
argumento só é válido se for impossível a conclusão ser falsa quando as
premissas forem, simultaneamente, verdadeiras. A seguir, são apresentadas
quatro proposições.

D: João não desperdiça água.


P: João ajuda a preservar a natureza.
C: João não economiza dinheiro.
L: Todos os consumidores têm direito a informações acerca da qualidade da água.

Considerando as informações acima, julgue o item a seguir a respeito de lógica


sentencial.

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196 - (EMBASA - 2009 / CESPE) As premissas C → (~D) e D → P e a conclusão


D → ~(C v (~P)) formam um argumento válido.

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4 - Questões para praticar! A solução será apresentada na próxima aula

197 - (MPE/AM - 2007 / CESPE) Considerando-se como premissas as


proposições “Nenhum pirata é bondoso” e “Existem piratas que são velhos”, se a
conclusão for “Existem velhos que não são bondosos”, então essas três
proposições constituem um raciocínio válido.

198 - (MPE/AM - 2007 / CESPE) Considere como premissas as proposições


“Todos os hobits são baixinhos” e “Todos os habitantes da Colina são hobits”, e,
como conclusão, a proposição “Todos os baixinhos são habitantes da Colina”.
Nesse caso, essas três proposições constituem um raciocínio válido.

199 - (EMBASA - 2009 / CESPE) Considerando que as proposições “As pessoas


que, no banho, fecham a torneira ao se ensaboar são ambientalmente educadas”
e “Existem crianças ambientalmente educadas” sejam V, então a proposição
“Existem crianças que, no banho, fecham a torneira ao se ensaboar” também será
V.

200 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) Considere as proposições a seguir.

A: Todo marciano é péssimo jogador de futebol.


B: Pelé é marciano.

Nessa hipótese, a proposição Pelé é péssimo jogador de futebol é F.

(Texto para as questões de 201 a 203) Considere as seguintes proposições:

I Todos os cidadãos brasileiros têm garantido o direito de herança.


II Joaquina não tem garantido o direito de herança.
III Todos aqueles que têm direito de herança são cidadãos de muita sorte.

Supondo que todas essas proposições sejam verdadeiras, é correto concluir


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logicamente que

201 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) Joaquina não é cidadã brasileira.

202 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) Todos os que têm direito de herança são
cidadãos brasileiros.

203 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) Se Joaquina não é cidadã brasileira, então


Joaquina não é de muita sorte.

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(Texto para as questões de 204 a 207) Uma dedução é uma sequência de
proposições em que algumas são premissas e as demais são conclusões. Uma
dedução é denominada válida quando tanto as premissas quanto as conclusões
são verdadeiras. Suponha que as seguintes premissas sejam verdadeiras.

I Se os processos estavam sobre a bandeja, então o juiz os analisou.


II O juiz estava lendo os processos em seu escritório ou ele estava lendo os
processos na sala de audiências.
III Se o juiz estava lendo os processos em seu escritório, então os processos
estavam sobre a mesa.
IV O juiz não analisou os processos.
V Se o juiz estava lendo os processos na sala de audiências, então os processos
estavam sobre a bandeja.

A partir do texto e das informações e premissas acima, é correto afirmar que a


proposição

204 - (TRT- 2009 / CESPE) “Se o juiz não estava lendo os processos em seu
escritório, então ele estava lendo os processos na sala de audiências” é uma
conclusão verdadeira.

205 - (TRT- 2009 / CESPE) “Se os processos não estavam sobre a mesa, então o
juiz estava lendo os processos na sala de audiências” não é uma conclusão
verdadeira.

206 - (TRT- 2009 / CESPE) “Os processos não estavam sobre bandeja” é uma
conclusão verdadeira.

207 - (TRT- 2009 / CESPE) “Se o juiz analisou os processos, então ele não esteve
no escritório” é uma conclusão verdadeira.

208 - (Escrivão-PF - 2009 / CESPE) Considere as proposições A, B e C a seguir.


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A: Se Jane é policial federal ou procuradora de justiça, então Jane foi aprovada


em concurso público.
B: Jane foi aprovada em concurso público.
C: Jane é policial federal ou procuradora de justiça.

Nesse caso, se A e B forem V, então C também será V.

209 - (Escrivão-PF - 2009 / CESPE) A sequência de proposições a seguir constitui


uma dedução correta.

Se Carlos não estudou, então ele fracassou na prova de Física.

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Se Carlos jogou futebol, então ele não estudou.
Carlos não fracassou na prova de Física.
Carlos não jogou futebol.

210 - (Escrivão-PF - 2009 / CESPE) Considere que as proposições da sequência a


seguir sejam verdadeiras.

Se Fred é policial, então ele tem porte de arma.


Fred mora em São Paulo ou ele é engenheiro.
Se Fred é engenheiro, então ele faz cálculos estruturais.
Fred não tem porte de arma.
Se Fred mora em São Paulo, então ele é policial.

Nesse caso, é correto inferir que a proposição “Fred não mora em São Paulo” é
uma conclusão verdadeira com base nessa sequência.

211 - (BB - 2007 / CESPE) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de
proposições seguintes:

Se Antônio for bonito ou Maria for alta, então José será aprovado no concurso.
Maria é alta.
Portanto José será aprovado no concurso.

212 - (BB - 2007 / CESPE) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de
proposições seguintes:

Se Célia tiver um bom currículo, então ela conseguirá um emprego.


Ela conseguiu um emprego.
Portanto, Célia tem um bom currículo.

213 - (BB - 2007 / CESPE) Considere as seguintes proposições:


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P: “Mara trabalha” e Q: “Mara ganha dinheiro”

Nessa situação, é válido o argumento em que as premissas são “Mara não


trabalha ou Mara ganha dinheiro” e “Mara não trabalha”, e a conclusão é “Mara
não ganha dinheiro”.

214 - (BB - 2007 / CESPE) Considere que as afirmativas “Se Mara acertou na
loteria então ela ficou rica” e “Mara não acertou na loteria” sejam ambas
proposições verdadeiras. Simbolizando adequadamente essas proposições pode-
se garantir que a proposição “Ela não ficou rica” é também verdadeira.

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(Texto para as questões de 215 e 216) O exercício da atividade policial exige
preparo técnico adequado ao enfrentamento de situações de conflito e, ainda,
conhecimento das leis vigentes, incluindo interpretação e forma de aplicação
dessas leis nos casos concretos. Sabendo disso, considere como verdadeiras as
proposições seguintes.

P1: Se se deixa dominar pela emoção ao tomar decisões, então o policial toma
decisões ruins.

P2: Se não tem informações precisas ao tomar decisões, então o policial toma
decisões ruins.

P3: Se está em situação de estresse e não teve treinamento adequado, o policial


se deixa dominar pela emoção ao tomar decisões.

P4: Se teve treinamento adequado e se dedicou nos estudos, então o policial tem
informações precisas ao tomar decisões.

Com base nessas proposições, julgue os itens a seguir.

215 - (Polícia Civil/CE - 2012 / CESPE) A partir das proposições P2 e P4, é correto
inferir que “O policial que tenha tido treinamento adequado e tenha se dedicado
nos estudos não toma decisões ruins” é uma proposição verdadeira.

216 - (Polícia Civil/CE - 2012 / CESPE) Considerando que P1, P2, P3 e P4 sejam
as premissas de um argumento cuja conclusão seja “Se o policial está em situação
de estresse e não toma decisões ruins, então teve treinamento adequado”, é
correto afirmar que esse argumento é válido.

(Texto para a questão 217) Estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisas


Econômicas Aplicadas (IPEA) revela que, no Brasil, a desigualdade social está
entre as maiores causas da violência entre jovens.

Um dos fatores que evidenciam a desigualdade social e expõem a população


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jovem à violência é a condição de extrema pobreza, que atinge 12,2% dos 34


milhões de jovens brasileiros, membros de famílias com renda per capita de até
um quarto do salário mínimo, afirma a pesquisa.

Como a violência afeta mais os pobres, é usual fazer um raciocínio simplista de


que a pobreza é a principal causadora da violência entre os jovens, mas isso não
é verdade. O fato de ser pobre não significa que a pessoa será violenta. Existem
inúmeros exemplos de atos violentos praticados por jovens de classe média.
Internet: <http://amaivos.uol.com.br> (com adaptações).

Tendo como referência o texto acima, julgue o item seguinte.

217 - (Polícia Civil/CE - 2012 / CESPE) Das proposições “Se há corrupção,


aumenta-se a concentração de renda”, “Se aumenta a concentração de renda,

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acentuam-se as desigualdades sociais” e “Se se acentuam as desigualdades
sociais, os níveis de violência crescem” é correto inferir que “Se há corrupção, os
níveis de violência crescem”.

(Texto para as questões de 218 a 221) Verificando a regularidade da aquisição de


dispositivos sensores de presença e movimento para instalação em uma
repartição pública, os fiscais constataram que os proprietários das empresas
participantes da licitação eram parentes. Diante dessa constatação, o gestor
argumentou da seguinte maneira:

P: As empresas participantes do certame foram convidadas formalmente ou


tomaram conhecimento da licitação pela imprensa oficial.

Q: Os proprietários das empresas convidadas formalmente não eram parentes.

R: Se os proprietários das empresas convidadas formalmente não eram parentes


e os proprietários das empresas participantes da licitação eram parentes, então as
empresas participantes não foram convidadas formalmente.

Conclusão: As empresas participantes tomaram conhecimento da licitação pela


imprensa oficial.

A partir das informações acima apresentadas, julgue os itens a seguir.

218 - (TCDF - 2012 / CESPE) Incluindo entre as premissas a constatação da


equipe de fiscalização, o argumento do gestor será um argumento válido.

219 - (TCDF - 2012 / CESPE) A partir da argumentação do gestor é correto inferir


que todas as empresas que tomaram conhecimento do certame pela imprensa
oficial participaram da licitação.

220 - (TCDF - 2012 / CESPE) Se alguma das premissas, P, Q ou R, for uma


proposição falsa, então o argumento apresentado será inválido.
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221 - (TCDF - 2012 / CESPE) O fato de determinado argumento ser válido implica,
certamente, que todas as suas premissas são proposições verdadeiras.

(Texto para a questão 222) Um jovem, ao ser flagrado no aeroporto portando certa
quantidade de entorpecentes, argumentou com os policiais conforme o esquema a
seguir:

Premissa 1: Eu não sou traficante, eu sou usuário;

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Premissa 2: Se eu fosse traficante, estaria levando uma grande quantidade de
droga e a teria escondido;

Premissa 3: Como sou usuário e não levo uma grande quantidade, não escondi a
droga.

Conclusão: Se eu estivesse levando uma grande quantidade, não seria usuário.

Considerando a situação hipotética apresentada acima, julgue os itens a seguir.

222 - (Polícia Federal - 2012 / CESPE) Sob o ponto de vista lógico, a


argumentação do jovem constitui argumentação válida.

(Texto para a questão 223) Ao comentar a respeito da qualidade dos serviços


prestados por uma empresa, um cliente fez as seguintes afirmações:

P1: Se for bom e rápido, não será barato.


P2: Se for bom e barato, não será rápido.
P3: Se for rápido e barato, não será bom.

Com base nessas informações, julgue o item seguinte.

223 - (MI - 2013 / CESPE) Um argumento que tenha P1 e P2 como premissas e


P3 como conclusão será um argumento válido.

(Texto para a questão 224) Ser síndico não é fácil. Além das cobranças de uns e
da inadimplência de outros, ele está sujeito a passar por desonesto. A esse
respeito, um ex-síndico formulou as seguintes proposições:

— Se o síndico troca de carro ou reforma seu apartamento, dizem que ele usou
dinheiro do condomínio em benefício próprio. (P1)

— Se dizem que o síndico usou dinheiro do condomínio em benefício próprio, ele


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fica com fama de desonesto. (P2)

— Logo, se você quiser manter sua fama de honesto, não queira ser síndico. (P3)

Com referência às proposições P1, P2 e P3 acima, julgue o item a seguir.

224 - (SERPRO - 2013 / CESPE) Considerando que P1 e P2 sejam as premissas


de um argumento de que P3 seja a conclusão, é correto afirmar que, do ponto de
vista lógico, o texto acima constitui um argumento válido.

(Texto para a questão 225) Considere que um argumento seja formado pelas
seguintes proposições:

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• P1 A sociedade é um coletivo de pessoas cujo discernimento entre o bem e o


mal depende de suas crenças, convicções e tradições.

• P2 As pessoas têm o direito ao livre pensar e à liberdade de expressão.

• P3 A sociedade tem paz quando a tolerância é a regra precípua do convívio


entre os diversos grupos que a compõem.

• P4 Novas leis, com penas mais rígidas, devem ser incluídas no Código Penal, e
deve ser estimulada uma atuação repressora e preventiva dos sistemas judicial e
policial contra todo ato de intolerância.

Com base nessas proposições, julgue o item subsecutivo.

225 - (TCE/RO - 2013 / CESPE) O argumento em que as proposições de P1 a P3


são as premissas e P4 é a conclusão é um argumento lógico válido.

(Texto para a questão 226) Das proposições P, Q, R, S e C listadas a seguir, P, Q,


R e S constituem as premissas de um argumento, em que C é a conclusão:

P: O tempo previsto em lei para a validade da patente de um fármaco é curto, uma


vez que o desenvolvimento de um remédio exige muito investimento e leva muito
tempo.

Q: O tempo previsto em lei para a validade da patente de um software é longo, já


que o desenvolvimento de um software não exige muito investimento ou não leva
muito tempo.

R: Se o tempo previsto em lei para a validade da patente de um fármaco é curto, a


lei de patentes não atende ao fim público a que se destina.

S: Se o tempo previsto em lei para a validade da patente de um software é longo,


a lei de patentes não atende ao fim público a que se destina.
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C: Se o desenvolvimento de um remédio exige muito investimento, ou o


desenvolvimento de um software não leva muito tempo, então a lei de patentes
não atende ao fim público a que se destina.

Com base nessa argumentação, julgue os itens seguintes.

226 - (INPI - 2014 / CESPE) O argumento apresentado não é um argumento


válido.

(Texto para as questões de 227 a 231) As proposições A, B e C listadas a seguir


constituem as premissas de um argumento:

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A: Se a proteção de inventores é estabelecida atribuindo-lhes o monopólio da
exploração comercial da invenção por um período limitado de tempo, então o
direito de requerer uma patente de invenção contribui para o progresso da ciência.

B: Se o direito de requerer uma patente de invenção é utilizado tão somente para


prorrogar o monopólio de produtos meramente “maquiados”, aos quais nada
efetivamente foi agregado, então esse direito não só não contribui para o
progresso da ciência como também prejudica o mercado.

C: O direito de requerer uma patente de invenção, ou contribui para o progresso


da ciência, ou prejudica o mercado, mas não ambos.

Tendo como referência essas premissas, em cada item de a seguir é apresentada


uma conclusão para o argumento. Julgue se a conclusão faz que a argumentação
seja uma argumentação válida.

227 - (INPI - 2014 / CESPE) O direito de requerer uma patente de invenção


contribui para o progresso da ciência ou prejudica o mercado.

228 - (INPI - 2014 / CESPE) Se a proteção de inventores é estabelecida


atribuindo-lhes o monopólio da exploração comercial da invenção por um período
limitado de tempo, então o direito de requerer uma patente de invenção não
prejudica o mercado.

229 - (INPI - 2014 / CESPE) O direito de requerer uma patente de invenção, além
de contribuir para o progresso da ciência, também prejudica o mercado.

230 - (INPI - 2014 / CESPE) Se o direito de requerer uma patente de invenção for
utilizado tão somente para prorrogar o monopólio de produtos meramente
“maquiados”, aos quais nada efetivamente foi agregado, então esse direito
contribui para o progresso da ciência.

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231 - (INPI - 2014 / CESPE) O direito de requerer uma patente de invenção


estabelece a proteção de inventores atribuindo-lhes o monopólio da exploração
comercial da invenção por um período limitado de tempo, mas é utilizado tão
somente para prorrogar o monopólio de produtos meramente “maquiados”, aos
quais nada efetivamente foi agregado.

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(Texto para as questões de 232 e 233) A partir dos argumentos apresentados pelo
personagem Calvin na tirinha acima mostrada, julgue os seguintes itens.

232 - (MPOG - 2015 / CESPE) Considerando o sentido da proposição “Os


ignorantes é que são felizes”, utilizada por Calvin no segundo quadrinho, é correto
afirmar que a negação dessa proposição pode ser expressa por “Não só os
ignorantes são felizes”.

233 - (MPOG - 2015 / CESPE) Considere que o argumento enunciado por Calvin
na tirinha seja representado na forma: “P: Se for ignorante, serei feliz; Q: Se
assistir à aula, não serei ignorante; R: Serei feliz; S: Logo, não assistirei à aula”,
em que P, Q e R sejam as premissas e S seja a conclusão, é correto afirmar que
essa representação constitui um argumento válido.

(Texto para as questões 234) Mariana é uma estudante que tem grande apreço
pela matemática, apesar de achar essa uma área muito difícil. Sempre que tem
tempo suficiente para estudar, Mariana é aprovada nas disciplinas de matemática
que cursa na faculdade. Neste semestre, Mariana está cursando a disciplina
chamada Introdução à Matemática Aplicada. No entanto, ela não tem tempo
suficiente para estudar e não será aprovada nessa disciplina.

A partir das informações apresentadas nessa situação hipotética, julgue o item a


seguir, acerca das estruturas lógicas. 91824207425

234 - (STJ - 2015 / CESPE) Considerando-se as seguintes proposições: p: “Se


Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1, então ela aprende o conteúdo de
Química Geral”; q: “Se Mariana aprende o conteúdo de Química Geral, então ela é
aprovada em Química Geral”; c: “Mariana foi aprovada em Química Geral”, é
correto afirmar que o argumento formado pelas premissas p e q e pela conclusão c
é um argumento válido.

235 - (TRE/MT - 2015 / CESPE) Assinale a opção que apresenta um argumento


lógico válido.

A) Todos os garotos jogam futebol e Maria não é um garoto, então Maria não joga
futebol.

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B) Não existem cientistas loucos e Pedro não é louco. Logo, Pedro é um cientista.
C) O time que ganhou o campeonato não perdeu nenhum jogo em casa, o vice
colocado também não perdeu nenhum jogo em casa. Portanto, o campeão é o
vice colocado.
D) Todas as aves são humanas e nenhum cachorro é humano, logo nenhum
cachorro é uma ave.
E) Em Brasília moram muitos funcionários públicos, Gustavo é funcionário público.
Logo, Gustavo mora em Brasília.

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5 - Gabarito

185 - E 211 - C
186 - E 212 - E
187 - E 213 - E
188 - E 214 - E
189 - E 215 - E
190 - E 216 - C
191 - E 217 - C
192 - C 218 - C
193 - E 219 - E
194 - C 220 - E
195 - E 221 - E
196 - C 222 - E
197 - C 223 - C
198 - E 224 - E
199 - E 225 - E
200 - E 226 - C
201 - C 227 - C
202 - E 228 - C
203 - E 229 - E
204 - C 230 - E
205 - E 231 - E
206 - C 232 - C
207 - C 233 - E
208 - E 234 - E
209 - C 235 - D
210 - C

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