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DOCUMENTO DE REFERÊNCIA
2
SUMÁRIO
1. A PRE SE NT AÇÃO 6
PARTE I – INTRODUÇÃO
2. I NTRODUÇÃO 7
PARTE II – CIDADES INTELIGENTES: CONCEITOS, ATRIBUTOS,
FACES E DESAFIOS
3. C IDADE S I NTELIGE NTE S (S MART C IT IE S ) NO B RASIL E NO M UNDO 9
3.1. T ECNOLOGIAS DA I NFORMAÇÃO E C OMUNICAÇÃO ("TIC S ") NAS C IDADE S 13
3.2. I NTERNET DAS C OISAS (I NTE RNET OF T HINGS – "I O T") NAS C IDADE S 16
3.2.1. O P LANO N ACIONAL DE I O T – BNDES | MCTIC 21
3.2.2. O P ROGRAMA "C IDADE S D IGIT AIS " – MCTIC 26
3.3. B IG D AT A NAS C IDADE S 29
3.4. C IDADE S I NTELIGE NTE S E O F OME NTO À I NOVAÇÃO E AO E COSSISTE MA DE
S T ART UPS DE T E CNOLOGIAS DA I NFORMAÇÃO E C OMUNICAÇÃO (TIC S ) NO
B RASIL 34
3.5. A S F ACE S DE UMA C IDADE I NTELIGE NTE 39
3.5.1. C ONT ROLE C E NTRALIZADO , I NT EGRADO E I NTEL IGE NTE DA I NFORMAÇÃO E
DAS E ST RUT URAS E S ERV IÇOS P ÚBLICOS DA C IDADE 41
3.5.2. I NFRAESTRUT URA I NTE LIGENTE DE T ELECOMUNICAÇÕES E C ONE CT IV IDADE NA
C IDADE 47
3.5.3. I LUMINAÇÃO P ÚBLICA I NT ELIGE NT E 51
3.5.4. M OBILIDADE U RBANA A TIVA E I NTELIGE NT E 59
3.5.5. M ONITORAME NTO I NTELIGE NTE DO A MBIE NTE U RBANO E P REV ENÇÃO DE
D E SASTRE S 66
3.5.6. S ANE AMENTO B ÁSICO I NTEL IGE NT E 69
3.5.6.1. G E ST ÃO I NT ELIGE NTE DA Á GUA E E SGOT O 70
3.5.6.2. G E ST ÃO I NT ELIGE NTE DOS R E SÍDUOS S ÓLIDOS 74
3.5.6.3. G E ST ÃO I NT ELIGE NTE DA D RE NAGE M DE Á GUAS P L UVIAIS 77
3.5.7. S E GURANÇA P ÚBLICA I NT EL IGE NT E 79
3.5.8. G E ST ÃO E NERGÉTICA I NTELIGE NTE 84
3.5.9. C ONSTRUÇÕES E E DIFICAÇÕES I NT ELIGE NTE S 87
3.5.10. G E ST ÃO I NT ELIGE NTE DA S AÚDE P ÚBLICA 89
3.5.11. G E ST ÃO I NT ELIGE NTE DA E DUCAÇÃO P ÚBLICA 94
3.5.12. A DMINISTRAÇÃO P ÚBLICA I NT ERATIVA E I NTELIGE NT E 95
4. D E SAFIOS PARA O C ONSUMO E FICIE NTE DE T ECNOL OGIAS A V ANÇADAS E
S OLUÇÕE S S MART PELAS C IDADE S B RASILEIRAS 98
4.1. A SSIMETRIA DE C ONHE CIME NTOS E DE I NFORMAÇÕE S E NTRE OS M UNICÍPIOS
E O M E RCADO D E SE NV OLVE DOR DAS S OL UÇÕE S 99
4.1.1. D IFICUL DADE S NO P LANEJ AME NTO E M ODELAGE M DAS C ONTRAT AÇÕES
P ÚBLICAS (A QUISIÇÃO DE P RODUTOS E S ERVIÇOS , C ONCESSÕE S , P ARCERIAS
P ÚBLICO -P RIV ADAS E O UTROS A RRANJOS ) 101
3
4.2. E FET IVIDADE E E FICIÊ NCIA DAS S OLUÇÕE S S MART E D ISPOSIT IVOS "I O T"
D IANTE DAS D E MANDAS P ÚBLICAS M UNICIP AIS 102
4.3. I NTEROPERABILIDADE E I NT E GRAÇÃO ENTRE AS S OL UÇÕE S S MART E
D ISPOSIT IV OS "I O T" – C ONCEPÇÃO DE UMA ÚNICA "R E DE I NTEL IGE NT E
M UNICIPAL " 103
4.4. C IBERSE GURANÇA NAS S OLUÇÕE S S MART , D ISPOSIT IVOS "I O T" E G E ST ÃO DO
B IG D AT A DA C IDADE 105
PARTE III – O AMBIENTE DE DEMONSTRAÇÃO DE TECNOLOGIAS
PARA CIDADES INTELIGENTES – ABDI | INMETRO
5. O C AMPUS DO I NMETRO (R IO DE J ANEIRO ) E NQUANTO A MBIE NTE DE
D E MONSTRAÇÃO DE T E CNOLOGIAS 106
6. C E NÁRIOS -C HAV E C ONSIDERADOS 109
6.1. C E NÁRIO 0: A INFRAESTRUTURA DE T ELE COMUNICAÇÕES E O C E NTRO
I NTEGRADO DE O PERAÇÃO , C OMANDO E C ONTROLE – CICC 109
6.2. C E NÁRIO 1: A ILUMINAÇÃO PÚBL ICA INT ELIGE NTE – P OSTES I NTE LIGE NTES 112
6.3. C E NÁRIO 2: C ONTROLE DO A MBIE NTE DE M OBILIDADE P ÚBL ICA 113
6.4. C E NÁRIO 3: C ONTROLE DO T RÂNSITO , T RANSP ORTE E V E ÍCUL OS 114
6.5. C E NÁRIO 4: C ONTROLE DO A MBIE NTE N AT URAL E DE D E SASTRE S 116
6.6. C E NÁRIO 5: C ONTROLE DO S ANE AMENT O B ÁSICO – A BASTE CIME NT O DE
Á GUA , E SGOT AMENTO S ANIT ÁRIO , R E SÍDUOS S ÓL IDOS E D RENAGE M DE
Á GUAS P LUV IAIS 116
6.7. C E NÁRIO 6: G E ST ÃO I NFORMAT IZADA E I NTE LIGE NTE DA S E GURANÇA
P ÚBLICA 117
6.8. C E NÁRIO 7: M UNICÍPIO G ERADOR DE E NE RGIA 118
6.9. C E NÁRIO 8: C ONSTRUÇÕES E E DIFICAÇÕES I NTE LIGE NTE S 119
6.10. C E NÁRIO 9: S AÚDE , E DUCAÇÃO E Q UALIDADE DE V IDA 120
6.11. C E NÁRIO 10: A DMINISTRAÇÃO P ÚBLICA I NFORMAT IZADA 121
7. N ORMAS , O RIE NT AÇÕE S , A SPECTOS E R E QUISITOS E SSE NCIAIS À
I MPLANTAÇÃO DO P ROJETO 123
7.1. T IP OS DE S OLUÇÕE S – E QUIPAME NTOS (H ARDW ARE S ) E S ISTE MAS
(S OFTWARES ) 124
7.2. A RQUITET URAS DE T E CNOLOGIAS DA I NFORMAÇÃO E C OMUNICAÇÃO
(C AMADAS F ÍSICAS E L ÓGICAS ) QUE C OMPÕEM A S MART C ITY 125
7.3. T IP OS DE P LATAFORMAS T E CNOLÓGICAS (A BERTAS | F E CHADAS ) 127
7.4. T IP OS DE S E NSORE S E D ISPOSIT IVOS "I O T" 128
7.5. M ODE LOS DE P ROCE SSAMENT O E A RMAZE NAME NTO DE D ADOS 129
7.6. R E DE S DE C OMUNICAÇÃO E T RÁFE GO DE I NFORMAÇÕES 131
7.7. R E QUISITOS DE I NTE ROP ERABIL IDADE E I NT EGRAÇÃO 135
7.8. R E QUISITOS DE C IBERSE GURANÇA 138
7.8.1. R E QUISITOS DE F ALHA S E GURA E S E GURANÇA AOS C IDADÃOS 143
8. T ECNOLOGIAS , S OLUÇÕE S E A PLICAÇÕE S S MART E LEITAS P ARA O P ROJET O 145
9. M APEAME NT O DE P LAY ERS E LE GÍVEIS AO P ROJETO 146
PARTE IV – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
4
10. R E FE RÊ NCIAS B IBLIOGRÁFICAS 154
A NOT AÇÕES 157
5
1. A PRESENTAÇÃO
* * *
6
PARTE I – INTRODUÇÃO
2. I NTRODUÇÃO
7
no distrito de Xerém (Duque de Caxias/RJ), assim como os onze cenários já definidos
para o Projeto – os quais, frise-se, buscam simular as diversas faces de uma Cidade
Inteligente, conforme as principais normas e pronunciamentos dos órgãos
internacionais competentes (notadamente a International Organization for
Standardization – ISO e a International Telecommunication Union – ITU).
* * *
8
PARTE II – CIDADES INTELIGENTES: CONCEITOS, ATRIBUTOS, FACES E
DESAFIOS
9
Segundo PARDO 1, Cidade Inteligente é aquela que "infunde informações em
sua infraestrutura física para melhorar as conveniências, facilitar a mobilidade,
adicionar eficiência, economizar energia, melhorar a qualidade do ar e da água,
identificar problemas e corrigi-los rapidamente, recuperar-se rapidamente de
desastres, coletar dados para tomar melhores decisões, implantar recursos de forma
eficaz e compartilhar dados para ativar a colaboração entre entidades e domínios".
Na mesma linha, LAZAROIU 2 sustenta que a Smart City consiste em "uma nova
forma de viver e considerar a cidade, apoiada em TICs que podem ser integradas em
soluções para gestão da energia, água, segurança pública, mobilidade e gestão de
resíduos".
3 32 , 20 12 .
10
Pode-se dizer, assim, que o movimento das Smart Cities não ocorre,
propriamente, no "surgimento" de tais Tecnologias – que já são experimentadas e
utilizadas nos setores privados (comercial, industrial) há muitos anos, e até décadas
–, mas em sua absorção eficiente pelo setor público municipal, incumbido (na
grande maioria dos países, inclusive o Brasil) da entrega de serviços públicos locais,
e que, historicamente, distanciou-se das mais avançadas soluções, por inúmeros
fatores e obstáculos.
11
Sempre importante ressaltar, nesse sentido, que a aplicação de TICs no
provimento de serviços e utilidades públicas envolve, invariavelmente, exercício de
criatividade e inovação, além do diagnóstico de cada realidade, em cada
ecossistema urbano. Daí que o conceito de Cidade Inteligente aqui adotado
considera a otimização, em cada Cidade, das SUAS demandas e necessidades
públicas, inexistindo, portanto, uma fórmula-padrão para criação das Cidades
Inteligentes. Trata-se de um processo, que passa (i) pelo entendimento da realidade
de cada ecossistema, suas necessidades e demandas, (ii) pelo mapeamento das TICs
habilitadas à otimização de tais demandas, em dado momento, (iii) pela verificação
das condicionantes (físicas, logísticas, cibernéticas) para implantação das soluções
e, finalmente, (iv) pela adoção da solução, observando-se continuamente seus
resultados e impactos na prestação de determinados serviços públicos aos cidadãos,
a fim de que sejam proporcionadas constantes melhorias e atualizações (sendo,
nesse sentido, um pressuposto das Smart Cities o alto grau de mutabilidade do que
se entende como "atual").
12
3.1. T ECNOLOGIAS DA I NFORMAÇÃO E C OMUNICAÇÃO ("TIC S ") NAS C IDADES
5 “ M app i ng Sm a r t C i ti es i n th e E U”, disp on ív el em h ttp :/ /ww w. e urop a r l. e u rop a. eu / Reg Da ta/ e tud e s/
e tu de s/ j o in /2 01 4/5 07 48 0/ IP OL -IT RE _ ET (2 014 )50 74 80 _E N. p df (a c esso em 02 /1 1/ 20 17 ).
6 “A C i da d e p ara o s C ida dã o s: Mo bi l i da d e, E nerg i a e A g r ic ul tu r a U rba na” , d ivu lg ad o n o C ad e r no FG V Pr o j e tos
13
Recentemente, a União Internacional de Telecomunicações (International
Telecommunication Union – ITU) pronunciou-se no seguinte sentido 7, no tocante ao
papel das TICs no desenvolvimento das Smart Cities:
14
Dentre as Tecnologias da Informação e Comunicação avançadas com maior
grau de aplicabilidade à otimização da gestão de serviços públicos e demandas
sociais do ambiente urbano, destaca-se o movimento da Internet das Coisas
("Internet of Things – IoT"), adiante explicado.
15
3.2. I NTERNET DAS C OISAS (I NTERNET OF T HINGS – "I O T") NAS C IDADES
16
Efetivamente, o movimento da Internet das Coisas ocupou, nas últimas
décadas – e especialmente na presente década –, certo protagonismo (ainda que
tímido, diante de seus potenciais) no setor privado, notadamente em âmbito
comercial e industrial, além de encabeçar verdadeiras revoluções no agronegócio,
a partir da utilização de dispositivos e sistemas capazes de gerenciar com alta
precisão a produção agrícola e o ciclo de desenvolvimento das culturas (do plantio à
colheita), de forma automatizada e controlável em tempo real.
O ápice do emprego privado da Internet das Coisas se deu no início dos anos
2000, com a popularização do conceito "Smart House", ou casa inteligente, assim
denominada em razão (i) da possibilidade de se acompanhar, em tempo real, via
smartphone ou tablet, a medição do consumo de energia da casa e sua potência e
frequência, inclusive individualizando-se cada cômodo da residência ou até mesmo
dispositivos específicos, como uma televisão ou um aparelho de ar condicionado; (ii)
da possibilidade de interagir, via smartphone ou tablet, por meio da rede elétrica ou
outros meios de comunicação, com equipamentos da casa, transmitindo-se, à
distância, informações ou ordens, como "ligar a máquina de lavar roupas", "preparar
o café", "esquentar a água", "chamar o elevador", entre outros inúmeros exemplos;
e (iii) da possibilidade de conexão dos medidores de água, gás e quaisquer outras
utilidades ou sensores à "rede inteligente", viabilizando o acompanhamento, via
smartphone ou tablet, de seu consumo, em tempo real:
17
Em 2005, a União Internacional de Telecomunicações (International
Telecommunication Union – ITU) publicou o primeiro "manual" 10 quanto à Internet
das Coisas aplicada a dispositivos típicos da Smart House ("fridge, television, vehicle,
garage door, etc.); já em 2012, foi editada a norma ITU-T Y-2060, abordada mais
adiante – "Overview of the Internet of things".
18
A ideia de um controle estatal massivo sobre todos os dispositivos nas vias públicas,
que atinja a tão buscada onisciência e onipresença sobre todas as estruturas,
perseguidas há séculos pelo Poder Público na administração dos espaços e utilidades
urbanas, traz consigo, de um lado, o fascínio provocado pela eficiência vislumbrada
nestes cenários; de outro, a preocupação legítima com a cibersegurança e o nível de
proteção de serviços e dados contra ataques mal-intencionados, os quais, a partir
de um clique, podem provocar verdadeiro caos na Cidade, interferindo em estruturas
críticas, como Iluminação ou Videomonitoramento, bem como acessar dados
privados que, teoricamente, somente deveriam integrar as bases da Administração
Pública.
19
A vulnerabilidade que compõe um dos efeitos colaterais da absorção massiva
de "IoT" nas estruturas urbanas ocupa uma das principais pautas no âmbito do
Ambiente de Demonstração de Tecnologias para Cidades Inteligentes, e será
abordada mais adiante.
20
3.2.1. O P LANO N ACIONAL DE I O T – BNDES | MCTIC
12 Di sp on í ve l em h ttp s:// www . bn d es.g ov. b r/ wps/w cm / con n ect / si te/2 69 b c7 80- 8cd b-4 b9 b- a2 97-
5 39 55 10 3d4 c5 /r e la to rio- fi n a l-p l a n o- de- a cao- p r odu to- 8-a lt er a d o.pd f?M OD =A JPE RE S &CV ID= m 0 j DU o k. A ces so
e m 06 /1 2/ 20 17 .
21
No âmbito do Plano, foram eleitas quatro frentes distintas de ação, quais
sejam: CIDADES, SAÚDE, RURAL e INDÚSTRIA. As duas primeiras frentes dialogam
diretamente com o Projeto do Ambiente de Demonstração:
22
Como se vê, no campo das CIDADES tem-se como objetivo do Plano de IoT
elevar a qualidade de vida por meio da adoção de tecnologias e práticas que
viabilizem a gestão integrada dos serviços para o cidadão e a melhoria da
mobilidade, segurança pública e uso dos recursos.
23
incidentes em segurança da info rmação, a discussão
so bre m edidas relacio nadas à cibersegurança nos
âm bito s do Po der Público e da iniciativa priva da
ganha destaque.
Discutem-se mo delo s de go vernança ta nto pa ra a
coo peração internacio nal, qua nto em relaçã o ao
arra njo institucio na l interno brasileiro. No â mbito
loca l, faz-se necessário, ainda, enco ntrar
alternativa s pa ra incentivar a adoção de medidas
protetivas à segurança da informação pela
iniciativa privada, s eja pela adoção de mecanismos
voluntários de certificação de dispos itivos ou pelo
respeito a cr itér ios mínimos de segurança em
infraestruturas críticas."
24
Estes, entre outros aspectos, demonstram a plena convergência entre os
primados do Plano Nacional de IoT e os objetivos do Projeto do Ambiente de
Demonstração de Tecnologias para Cidades Inteligentes, notadamente no tocante às
ações definidas para as áreas CIDADES e SAÚDE e a utilização de soluções IoT para a
otimização da gestão pública das Cidades Inteligentes brasileiras, tal como mais
adiante exemplificado.
25
3.2.2. O P ROGRAMA "C IDADES D IGITAIS " – MCTIC
26
F on te: MCT IC
F on te: MCT IC
27
F on te: MCT IC
28
3.3. B IG D ATA NAS C IDADES
Conforme explica Ana Claudia Rodrigues da Silva Quirino 13, "o Big Data é o
próprio combustível da inovação, pois permite que se detectem os padrões
comportamentais de consumidores, de máquinas monitoradas ou qualquer outro
recurso que gere dados". "O conceito pode ser compreendido como a análise do
imenso volume de dados – estruturados e não estruturados – com grande
complexidade, para a geração de resultados importantes que dificilmente seriam
alcançados sem o apoio de soluções tecnológicas".
29
análise e a dispo nibilização destes e a relação entre
o s volumes."
30
O Big Data materializa, pois, uma visão organizada, estruturada e aplicada,
em relação aos dados provenientes da atividade humana no ambiente virtual. Seu
potencial, como já dito, vem sendo explorado com grande criatividade há muitos
anos para fins privados. E como o Poder Público – notadamente em âmbito
municipal – poderia extrair valor das técnicas e soluções baseadas em Big Data,
para otimizar o atendimento às demandas públicas?
Ressalta-se que a geração do Big Data da Cidade acaba por ser uma
consequência lógica e, ao mesmo tempo, um requisito de sucesso da absorção de
31
mecanismos IoT na gestão de serviços municipais. Isso porque, como resultado da
implantação e utilização de múltiplos sensores nas coisas da Cidade (semáforos,
câmeras, lixeiras, bueiros, luminárias), mostra-se absolutamente necessário o
processamento qualitativo e correlacionado entre tais informações, capturadas
pelos inúmeros "devices" distribuídos pela Cidade. Do contrário, ter-se-á somente
bancos de dados mortos, que, embora ricos em conteúdo, pouca contribuição terão
no incremento da qualidade das decisões públicas.
Arquite tura de Te cnolog ia s da Informaçã o e Comunicaçã o (TICs) em Smart Cities, conforme a ITU.
32
Como se vê no esquema acima ilustrado, os diversos dispositivos IoT que
compõem a malha de aplicações Smart no ecossistema de uma Cidade Inteligente
integram a Camada de Sensores ("Sensing Layer"), indicada em vermelho, coletando
dados e informações e interagindo, inclusive "Machine to Machine", a partir da
infraestrutura física da Cidade (água, esgoto, energia, mobilidade, iluminação,
segurança). Após superar-se a camada das redes de comunicação (indicada em
verde), os dados coletados a partir dos dispositivos IoT chegam ao seu estágio de
processamento e análise, indicado em azul – aplicando-se, nesta camada, as
inúmeras soluções baseadas em Big Data disponíveis à gestão pública.
33
3.4. C IDADES I NTELIGENTES E O F OMENTO À I NOVAÇÃO E AO E COSSISTE MA DE S TARTUPS
DE T ECNOLOGIAS DA I NFORMAÇÃO E C OMUNICAÇÃO
34
mercado, acabam excedendo as necessidades de alguns segmentos e ignoram as
necessidades de outros consumidores. Assim, novas empresas, através de uma
inovação disruptiva, conseguem atingir os segmentos negligenciados e construir um
mercado, fornecendo uma proposta de valor e consequentemente, produto mais
adequado a um preço mais baixo e acessível. Exemplo claro disto, no caso das
Cidades Inteligentes, foi o surgimento dos aplicativos de transporte individual de
passageiros, que provocou (e ainda provoca) abalos no sistema de regulação do
tradicional serviço de "taxi" nas Cidades.
35
produzidos pela asiática Xiaomi, empresa de internet móvel focada em tornar
tecnologia "good enough" acessível a todos. Fundada pelo empreendedor Lei Jun em
2010, a empresa se tornou rapidamente uma das líderes em tecnologia na China e
uma das Startups mais valiosas do mundo. Possui hardware e software próprios,
suportados por um conjunto operacional de processos e recursos enxutos,
conferindo baixo custo de produção e um produto competitivo e atraente sobretudo
para os consumidores de massa da base.
Atribui-se ao mercado das Cidades Inteligentes no Brasil tal perfil, uma vez
que as Municipalidades brasileiras – como se demonstrará mais adiante, nos
próximos capítulos – ainda não são, por diversos fatores (assimetria de
conhecimentos, desconhecimento sobre potenciais das soluções, barreiras
jurídicas para consumo da inovação etc.), demandantes em massa de soluções
Smart, o que torna o movimento das Smart Cities, nesta classificação, um "Novo
Mercado", em relação à demanda pelos Poderes Públicos Municipais.
A empresa que explora esse tipo de inovação geralmente não conta com
grandes volumes de vendas no primeiro momento, tendo em vista que necessitará
movimentar-se para demonstrar os potenciais de sua inovação e, assim, criar a
demanda. Ainda ilustrando no caso dos celulares, cita-se a empresa DL Eletrônicos,
fundada no ano 2004, em Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais, pelo imigrante chinês
Paulo Xu. A empresa lançou o celular YC-110 destinado ao público idoso e/ou com
limitações, e inova ao oferecer recursos inexistentes nos produtos do mercado de
massa, como uma função exclusiva de SOS; teclas em tamanho maior e som de voz
para informar o número digitado, o que o torna um produto de nicho, focado em
explorar consumidores "esquecidos" pelas demais empresas e seus produtos.
36
inovação através do acionamento do ecossistema de Startups que giram à órbita dos
negócios e governos, e estão habilitados a aplicar tecnologia, processos e
comportamentos modernos na construção de uma oferta de produtos e serviços
inteligentes, que envolvam moderna governança (apoiada em TICs), administração
pública informatizada, planejamento urbano inteligente, atenção ao meio-ambiente,
conexões internacionais, coesão social, capital humano e a economia.
37
comum de superar os desafios das Smart Cities no Brasil (descritos mais abaixo) e,
com isto, proporcionar, em novos tempos, uma nova experiência de vida em
sociedade – onde o cidadão está no centro e tem aspirações atuais e em linha com
a sociedade digital e exponencial em plena construção.
38
3.5. A S F ACE S DE UMA C IDADE I NTELIGENTE
39
"FACES" DA CIDADE INTELIGENTE
MON ITO RAMENTO G ESTÃ O INT ELIGEN T E DA G ESTÃ O INT ELIGEN T E DOS G ESTÃ O INT ELIGEN T E DA
INTELIGENTE DO AMBIENTE ÁGUA E ESGOTO R ES ÍDUOS SÓL IDOS DRENAGEM DE ÁGUAS
U RBAN O E P REVENÇ ÃO DE P L UV I A I S
DESASTRES
SANEAMENTO BÁSICO INTELIGENTE
40
3.5.1. C ONTROLE C ENTRALIZADO , I NTEGRADO E I NTELIGENTE DA I NFORMAÇÃO E DAS
E STRUTURAS E S ERVIÇOS P ÚBLICOS DA C IDADE
41
Compõem o CCO funcionalidades tituladas por quase 30 órgãos e entidades
ligadas à Prefeitura do Rio: Defesa Civil, Guarda Municipal, CET-Rio (Companhia de
Tráfego), administração do Túnel Rebouças, Ponte Rio-Niterói, Bombeiros, Polícia
Militar (estaduais), além de diversas secretarias municipais e concessionárias de
serviços públicos, como Light (eletricidade) e CEG (gás).
No "desenho" de uma Smart City, o CCO acaba por ser a via de contato do
Poder Público com o Big Data da Cidade e com os diversos dispositivos IoT
instalados nas vias públicas.
42
consiste em uma plataforma gerida por um Centro de Operações Integradas ("COI")
e equipada com aproximadamente 500 (quinhentas) câmeras de
videomonitoramento interconectadas instaladas nas vias públicas, 205 (duzentos e
cinco) quilômetros de cabos de fibra ótica e software de destinado ao recebimento
e processamento dos dados e imagens das câmeras, 24 horas por dia.
43
Em determinados locais, o CCO da Cidade acaba por ser, também, o local de
alocação dos servidores necessários ao processamento e armazenagem dos dados
e informações sob os cuidados e gestão do Poder Público ("Data Centers"). Noutras
Cidades, opta-se pelo armazenamento em local distinto, por diversos fatores,
inclusive de capacidade dos locais; há, ainda, a possibilidade de operação em nuvem
– com limitações a serem abordadas mais adiante.
44
Forma do s por uma sa la de pro ntidão e a lerta, com
mo nitores integrados, perm ite o traba lho em
regime de esca la, ao lo ngo das 24 ho ras do s sete
dia s da semana (Pa ra sim ulação e demo nstração de
so luções). Neste cená rio estarão disponibilizada s as
infra estruturas físicas de servidores de dado s e de
sistem as.
45
fum aça, gás, inundaçõ es, dispa ros de arma de fo go
e interferências eletroma gnéticas. Tam bém
co nsidera gera dores capazes de abastecer o lo cal
po r 48hora s em caso de falta de energia .
46
pontuado, na Oficina, a necessidade de consideração de intercâmbio entre Centros
de Controle de cidades vizinhas (aspecto a ser explorado no Projeto), a fim de que,
diante da indisponibilidade, funções essenciais do CCO sejam controladas por outros
locais;
47
3.5.2. I NFRAESTRUTURA I NTELIGENTE DE T ELECOMUNICAÇÕES E C ONE CTIVIDADE NA
C IDADE
De acordo com o Comitê Técnico n.º 268, instituído pela ISO com vistas a
concepção, em 2018, da primeira norma do órgão direcionada exclusivamente às
Cidades Inteligentes – a "ISO 37122 – I NDICATORS FOR S MART C ITIE S " –, as faces da
Smart City relacionadas às Telecomunicações traduzem-se nos seguintes
indicadores 17:
17 P ron u n ciam e nto de 2 7/1 1/ 201 7, d isp o nibi l i za do a es te C o nsó r ci o pe l o P ro f. A lex A b i ko , da U n ive r sid a d e d e
S ã o Pa u l o (USP ), um do s r esp on sá ve i s p e l a fo rm u la ç ã o, a t é o f in a l do m ê s de Ja ne i r o d e 2 01 8, d a s
co n tr ib u içõ e s b r a si lei r a s à p r op osi ç ã o de n o rm a.
48
bom funcionamento de dispositivos IoT empregados na prestação de serviços e
utilidades públicas locais.
Arquite tura de Te cnolog ia s da Informaçã o e Comunicaçã o (TICs) em Smart Cities, conforme a ITU.
49
(cinza e laranja) cheguem de modo seguro e eficiente a seus locais de
processamento e análise, indicados em azul – aplicando-se, nesta camada, as
inúmeras soluções baseadas em Big Data disponíveis à gestão pública.
50
de alta capacidade de comunicação de dados em áreas sem competição adequada
e a redução das desigualdades". Tais medidas são apontadas no Plano Nacional de
Internet das Coisas – Relatório do Plano de Ação 19.
19 Di sp on í ve l em h ttp s:// www . bn d es.g ov. b r/ wps/w cm / con n ect / si te/2 69 b c7 80- 8cd b-4 b9 b- a2 97-
5 39 55 10 3d4 c5 /r e la to rio- fi n a l-p l a n o- de- a cao- p r odu to- 8-a lt er a d o.pd f?M OD =A JPE RE S &CV ID= m 0 j DU o k. A ces so
e m 06 /1 2/ 20 17 .
51
3.5.3. I LUMINAÇÃO P ÚBLICA I NTELIGENTE
52
luminárias, tem-se por resultado uma rede física de transmissão de dados e
informações em tempo real que abrange todas as vias públicas da Cidade (uma vez
que, em regra, os pontos de Iluminação Pública espalham-se por todo o território
urbano).
Nesse sentido, (i) sendo o Poder Público Municipal responsável por diversos
serviços e utilidades que envolvem equipamentos instalados nas vias públicas
(semáforos, câmeras de vigilância, placas eletrônicas de orientação aos veículos e
ao público etc.), (ii) estando o Município dotado de rede inteligente que passa por
cada um dos pontos de Iluminação Pública (e, portanto, abrange todo o território do
Município), e (iii) havendo, nessa rede inteligente, espaço para o trânsito de mais
dados e informações, além daqueles destinados à telegestão do PIP, tem sido
frequente, em diversas Cidades no Brasil e no mundo, a configuração de projetos
em que a mesma rede física inteligente destinada à Iluminação Pública é utilizada
para a gestão de outros serviços e utilidades públicas municipais que envolvam
equipamentos situados nas vias públicas, e que possam ser melhorados ou
otimizados a partir de gestão remota em tempo real 20.
53
Tecnologia da Informação e Comunicação (no caso, a rede inteligente acoplada aos
pontos de Iluminação Pública).
54
Como se vê, a partir dos mesmos equipamentos públicos destinados à gestão
inteligente do Parque de Iluminação Pública (a saber, os sensores instalados nas
luminárias, os concentradores presentes nas vias públicas, os softwares e hardwares
envolvidos no processo etc.), possibilitou-se o trânsito dos dados e informações
necessários à gestão inteligente de múltiplas e distintas utilidades públicas
municipais, todas monitoradas por um único Centro de Controle Operacional.
55
um CENT RO DE CONT ROLE OPERACIONAL , do s
seguintes SERV IÇOS:
56
Outras iniciativas municipais contemplaram investimentos e serviços
integrados ao Parque de Iluminação Pública, no âmbito de PPPs. Por exemplo,
Guarapuava/PR, Maringá/PR e Dois Vizinhos/PR – nenhuma, contudo, já contratada.
Vale registrar, nesse sentido, que, de acordo com o Comitê Técnico n.º 268,
instituído pela ISO com vistas a concepção, em 2018, da primeira norma do órgão
direcionada exclusivamente às Cidades Inteligentes – a "ISO 37122 – I NDIC ATORS FOR
S MART C ITIE S " –, as faces da Smart City relacionadas à Iluminação Pública traduzem-
se nos seguintes indicadores:
22 C on form e h ttp:/ /e p oca n eg o ci os .g l ob o .com / Bra si l/ n ot ici a /2 01 7/ 11 /pr e fe i tur a- d o- r io - la n ca ra- p r e- edi t a l-
p a r a- p ri va t i za r- il um i na ca o- pub l i ca .htm l . A ces so em 1 0/ 12 /20 17 .
57
Iluminação Pública compõe, no âmbito do Projeto do Ambiente de
Demonstração, o Cenário 1 (como descrito, adiante, na Parte III deste Documento
de Referência):
58
A energia dispo nibiliza da para a iluminação po de
alim entar os sensores e dar funcio nalidades ao s
equipamentos de com unicação .
59
3.5.4. M OBILIDADE U RBANA A TIVA E I NTELIGENTE
60
No tocante ao oferecimento de modais ativos – como as bicicletas e seus
sistemas de ciclovias e/ou ciclo faixas –, estudo cientifico conduzido ainda em 1973
pela Revista "Scientific American" 24 evidenciou ser a bicicleta o meio de locomoção
mais eficiente para um ser humano, aplicando-se a lógica da distância percorrida
versus a energia consumida no processo:
Nem se diga, aqui, quanto à nocividade dos carros no que tange ao consumo
de combustíveis fósseis, cujo processo de queima mostra-se extremamente agressivo
ao meio ambiente e à saúde dos indivíduos (destaque-se, contudo, o forte
movimento dos veículos elétricos, mais adiante abordados).
61
Deste modo, os danos causados ao "sistema circulatório" das Cidades serão
minimizados ao máximo, viabilizando que o período de transição dos meios de
transporte dominantes nas Cidades brasileiras (dos carros para as bicicletas e
sistemas coletivos, como os BRTs – Bus Rapid Transit, preferencialmente aqueles
movidos a energia gerada por fontes alternativas) transcorra da maneira menos
traumática possível, com nossos cidadãos perdendo o mínimo de horas de seus dias
nos congestionamentos.
Com tudo isto, pode-se afirmar que, sem sombra de dúvidas, um dos
principais atributos de uma Smart City consiste na habilidade de o Poder Público
Municipal gerenciar eficientemente o fluxo de veículos nas vias públicas,
empregando-se recursos de Tecnologia de Informação e Comunicação disponíveis
para a melhor gestão do tráfego.
62
S em á foro i nte l ig e n te in sta la do em Iva i po r ã/P R
63
A primeira cidade brasileira a contar com um semáforo inteligente em seu
sistema de mobilidade urbana foi Ivaiporã, no Estado do Paraná 25. Ali, os semáforos
inteligentes, instalados em caráter de testes em 2016 e dotados de alimentação
energética por placas fotovoltaicas, foram equipados com Wi-Fi gratuito (num raio
de 300m) e sistema de autuação de infrações de trânsito, identificação de vagas para
estacionamento e liberação de vias para ambulâncias e carros de bombeiros em
casos de emergência.
25 C o n fo rm e ht tp :/ / tno n l in e.uo l. com .b r/n o ti ci as / re g i a o/ 32 ,395 96 5, 08, 12 , iva i po r a- te sta- sem a fo r o- com - w i- fi-
q ue- s e- au to p rogr am a-d e- a co rd o- com - t ra feg o.sh tm l, a ces so e m 03 /0 4/ 20 17 .
64
• Percentua l da s vagas de estacio namento
público equipado com sistema de monito ramento
de dispo nibilida de em tem po real, ba sea do em T ICs;
65
(Co nsidera-se um possível desenvo lvimento de
metodo logia, entendimento dos produto s e
requisito s; em nova á rea de testes em paralelo co m
o a mbiente de demo nstração).
66
3.5.5. M ONITORAMENTO I NTELIGENTE DO A MBIENTE U RBANO E P REVENÇÃO DE
D ESASTRES
Em que pese a Defesa Civil – encarregada das ações imediatas nos casos de
catástrofes e acidentes como os mencionados acima – constituir uma entidade
vinculada ao Governo dos Estados, é comum que, assim como as Polícias e os Corpos
de Bombeiros (também estaduais), que ocupam, costumeiramente, os Centros de
Comando e Controle das Prefeituras, a Defesa Civil também compartilhar
infraestruturas e informações com as Municipalidades.
Nesse sentido, as TICs possuem alto potencial para, por meio de dispositivos
IoT e ferramentas de Big Data, maximizar a resiliência dos ambientes urbanos a
eventos como estes. Sensores IoT instalados nas encostas, monitoramento das
condições meteorológicas em tempo real, o cruzamento destas informações, bem
como o acompanhamento dos sistemas de drenagem da Cidade (bueiros)
compreendem, dentro do espírito da Smart City, ferramentas fundamentais ao
oferecimento de respostas a eventos gravosos e catástrofes urbanas.
Em que pese o Brasil, felizmente, situar-se fora das zonas mais sujeitas à
ocorrência de terremotos, são bastante frequentes e recorrentes eventos
gravíssimos de alagamentos, deslizamentos, desabamentos, entre outros, os quais,
a partir de ferramentas TIC, podem ser melhor absorvidos e tratados/remediados
pelas Cidades.
67
D em o ns tra ç ã o do fun ci on am en to de se n sor e s d e des ab am en to , q ue em it em sin a i s l og o no in í ci o d o pro ce sso
d e d e slo cam en to da te r ra
68
público s (bom beiro s, defesa civil, empresas de gás
e de eletricidade).
69
3.5.6. S ANEAMENTO B ÁSICO I NTELIGENTE
70
3.5.6.1. G ESTÃO I NTELIGENTE DA Á GUA E E SGOTO
71
H i d rôme tr o i n tel ig e nte, q ue re m ete i nf orma ç ões a o usu á r i o e a o op e ra d or do sis tem a so br e o con sum o em
te m po r ea l . À e sq uer d a, vi sã o d o "a p l i ca ti vo d o usuá rio" .
72
• Percentua l do esgo to tratado que é
reutilizado (á gua de reuso);
(...)
73
Mostra-se essencial, nesse sentido, que as funcionalidades e resultados do
tratamento inteligente dos recursos água e esgoto sejam controláveis e
monitoráveis a partir do Centro Integrado de Comando e Controle.
74
3.5.6.2. G ESTÃO I NTELIGENTE DOS R ESÍDUOS S ÓLIDOS
75
S i stem a d e Li xe ir a s I n te l ig e n tes em P or tug a l
76
• Percentua l da po pulação co m acesso a
coleta res idencial (door-to -doo r) de resíduos
sólidos, equipada com dispositivos de telemetria;
e
77
3.5.6.3. G ESTÃO I NTELIGENTE DA D RENAGEM DE Á GUAS P LUVIAIS
No tocante à contribuição das TICs, têm sido cada vez mais testados, nas
grandes Cidades, os sistemas de "bueiros inteligentes", habilitados à detecção
automática de entupimentos e ao envio de informações sobre sua capacidade de
vazão, em tempo real, permitindo à Municipalidade a rápida ação (proativa) na
prevenção de enchentes, antes que as consequências dos
entupimentos/incapacidades se materializem.
78
S en so r d e b ue ir o insta l ad o em S ão P a u lo . F ont e: G l o bo
79
3.5.7. S EGURANÇA P ÚBLICA I NTELIGENTE
Sistemas que fusionam primados da Internet das Coisas e do Big Data têm
auxiliado inúmeras Cidades ao redor do mundo no campo da segurança. Sistemas de
videomonitoramento inteligente, por exemplo, são capazes de, por intermédio de
hardwares e softwares específicos, identificar e analisar comportamentos e
reconhecer faces de indivíduos, cruzando imagens com o banco de dados dos
Poderes Públicos, inclusive das autoridades policiais e judiciais, e gerando alertas
confiáveis e de qualidade, por intermédio de inteligência artificial avançada.
80
(Secretarias de Segurança Pública, Polícias, Bombeiros etc.), correlacionando seus
conteúdos entre si sob três dimensões (o que materializa o conceito de Big Data):
territorial (onde aconteceu ou onde o sensor está instalado), temporal (quando: dia,
hora, dia da semana, mês, trimestre etc.) e semântico (o que aconteceu).
A partir das informações que chegam ao Sistema por meio destes diversos
componentes e sensores (como, por exemplo, as imagens de uma câmera de
videomonitoramento instalada numa rua, que detectam um motociclista
acompanhando um carro, a seu lado, por mais de dez segundos), tem-se a sua análise
conjuntamente com outras informações e dados (neste mesmo exemplo, o histórico
de ocorrências policiais em que uma motocicleta foi utilizada para assaltar um
condutor de veículo, naquela região), gerando-se um alerta às autoridades, para que
dispendam atenção especial àquele evento (passando a acompanha-lo em tempo
real, no Centro de Controle, acionando-se os agentes policiais se o movimento
evoluir para um assalto, neste exemplo).
81
despachos 190, 192, e 193; atendimento a serviços municipais 153, 156 e 199;
cadastro de veículos – DETRAN; cadastro de condutores – CNH; registros criminais;
mandados de prisão; mandados de busca e apreensão; medidas cautelares; penas
cumpridas; penas em andamento; Termos Circunstanciados; registros fotográficos
criminais (quadrilhas e indivíduos); multas veiculares e judiciais; boletins de
ocorrência; leitores de placas de veículos; proprietário com mandado de prisão;
veículo furtado e roubado; veículo de interesse de investigação; proprietário de
interesse de investigação; placa furtada ou roubada; operação remota das câmeras;
indexação das imagens históricas; exportação das imagens; visualização vinculada a
alertas e pesquisas; e visualização em tempo real e imagens passadas.
82
provas, que a causa mais provável da morte não estaria ligada a alguma conduta do
suspeito preso preventivamente, mas aos problemas e vazamentos na tubulação do
apartamento.
A Solução de integração de dados aqui referida teria sido capaz de, no mesmo
momento da descoberta da morte da moça, correlacionar este evento aos registros
de vazamento de gás de anos anteriores, que levaram à morte do antigo morador do
apartamento, ainda que integrassem bancos de dados de outros órgãos ou
entidades, e muito provavelmente se teria evitado conclusões precipitadas – que
levaram à prisão preventiva do rapaz.
83
de a tribuição precípua do s E stado s, ta mbém se
insere na ma triz municipal, de fo rm a co ordenada.
84
3.5.8. G ESTÃO E NERGÉ TICA I NTELIGENTE
85
E xemp l o de Smar t Me te r
86
• Energia (KW h) gerada a ca da ano a pa rtir do
tratamento de esgo to (lo do/biogás); e
87
3.5.9. C ONSTRUÇÕE S E E DIFICAÇÕES I NTELIGENTES
Nesse sentido, são indicados, pelo Comitê Técnico n.º 268, responsável pela
elaboração da norma ISO 37122 (Indicators For Smart Cities), inúmeros selos e
certificações que podem/devem ser consideradas na aferição da inteligência de
determinada edificação, pública ou privada.
• BOM A BE ST (Canada);
• BC A Green M ark.
88
"Neste cenário serão co nsiderada s a impla nta ção
de edifícios inteligentes, dotados de alto gr au de
sustentabilidade, com ges tão inteligente do
consumo energético e de recurs os como água e gás ,
geração pr ópria de energia (como por placas
fotovoltaicas e es tr uturas de geração eólica),
telhado ver de, monitor amento de áreas restr itas ,
entr e outr as f uncionalidades.
89
3.5.10. G ESTÃO I NTELIGENTE DA S AÚDE P ÚBLICA
Um dos campos da atuação pública que mais vem sendo impactado pelas
inovações em TICs é a gestão da Saúde. Principalmente no campo do Big Data e
inteligências artificiais desenvolvidas, notadamente de tecnologia cognitiva, os
avanços proporcionados são extremamente impactantes no ecossistema social, e
estão, sem dúvidas, na pauta das Smart Cities.
"Onco logia
26 C o n fo rm e h ttps :/ /ww w. ibm.com / b l og s/ ro b e rt oa /2 01 7/0 3/co n he ca- o- wa tso n- e- se u- uso- na- saud e/ . A ce sso
e m 08 /1 2/ 20 17 .
90
nessa etapa , e o médico tem mais tempo pa ra promo ver
um a maio r interação co m o pa ciente.'
Ro b ô W a tson. F on te: I BM
91
realização assídua de consultas médicas por ferramentas como a videoconferência,
bem como a interação entre paciente-prestador por ferramentas online.
92
O cená rio também contemplará a gestão inteligente
de am bulância s (incluindo GP S pa ra o
rastreamento ) e atendimento s de urgência nas
Cidades, permitindo que a info rmação so bre
determ inada urgência seja integrada ao
funcio nam ento da Cidade como um todo (po r
exem plo, co m a tem porização do s semáfo ro s de
fo rm a a utomática, para permitir o rápido
deslo ca mento de ambulâncias).
93
diferentes entidades esco lares para o
desenvolvimento do cida dão co m condições
especiais.
94
3.5.11. G ESTÃO I NTELIGENTE DA E DUCAÇÃO P ÚBLICA
95
3.5.12. A DMINISTRAÇÃO P ÚBLICA I NTERATIVA E I NTELIGENTE
Trata-se de cenário atual que, possivelmente, mudará num futuro não tão
distante. Todavia, é uma realidade indiscutível que os smartphones e seus
aplicativos constituem, hoje, o mais eficiente canal de interação entre um
indivíduo e pessoas/serviços/órgãos públicos.
96
Destacam-se, nesse sentido, os indicadores apontados pelo Comitê Técnico
n.º 268 da ISO, relativamente aos serviços disponibilizados eletronicamente ao
cidadão:
T ot em i n stal a d o em S a l va d or/B A
97
Contempla Sistema s de Toma da de Decisão e de
Algoritmos de Análise e P redição da Informa çã o.
98
4. D ESAFIOS PARA O C ONSUMO E FICIENTE DE T ECNOLOGIAS A VANÇADAS E S OLUÇÕES
S MART PELAS C IDADES B RASILEIRAS
99
4.1. A SSIMETRIA DEC ONHECIMENTOS E DE I NFORMAÇÕES E NTRE OS M UNICÍPIOS E O
M ERCADO D ESENVOLVEDOR DAS S OLUÇÕES
Soluções TIC, principalmente nos campos da Internet das Coisas e do Big Data
como as mencionadas acima, têm sido mundialmente propagadas como verdadeiras
soluções para antigos problemas das metrópoles. No Brasil, são inúmeros os Fóruns,
Simpósios, Encontros e Feiras destinadas à disseminação de conceitos e revelação
de novas soluções para demandas públicas do ambiente urbano.
100
da s tecno lo gias aplicá veis à gestão de Cidades
Inteligentes (em que pese a dissem inação de vá rio s
destes co nteúdos a través da Internet e grupo s de
com partilhamento de ma teriais); e
101
4.1.1. D IFICULDADES NO P LANEJAMENTO E M ODELAGEM DAS C ONTRATAÇÕES P ÚBLICAS
(A QUISIÇÃO DE P RODUTOS E S ERVIÇOS , C ONCE SSÕES , P ARCERIAS P ÚBLICO -P RIVADAS E
O UTROS A RRANJOS )
102
4.2. E FE TIVIDADE E E FICIÊNCIA DAS S OLUÇÕES S MART E D ISPOSITIVOS "I O T" D IANTE
DAS D EMANDAS P ÚBLICAS M UNICIPAIS
103
4.3. I NTEROPE RABILIDADE E I NTEGRAÇÃO ENTRE AS S OLUÇÕES S MART E D ISPOSITIVOS
"I O T" – C ONCE PÇÃO DE UMA ÚNICA "R EDE I NTELIGENTE M UNICIPAL "
Isso porque, como já dito acima, inúmeras (senão todas) aplicações Smart têm
seu sucesso intimamente relacionado à eficiência na comunicação, viabilizando que
estímulos e dados coletados no ecossistema urbano sejam interpretados com rapidez
pelas Prefeituras e gerem as adequadas contramedidas por parte dos gestores
públicos. Equivale a dizer que a Internet das Coisas somente se materializará em
seu máximo potencial se apoiada em infraestruturas eficientes de comunicação.
104
de deslocamento e maximizando as chances de salvamento do indivíduo. Um único
estímulo foi capaz de movimentar diversas estruturas públicas, contribuindo na
resposta eficiente da Municipalidade a uma demanda social.
105
4.4. C IBERSEGURANÇA NAS S OLUÇÕES S MART , D ISPOSITIVOS "I O T" E G ESTÃO DO B IG
D ATA DA C IDADE
106
PARTE III – O AMBIENTE DE DEMONSTRAÇÃO DE TECNOLOGIAS PARA
CIDADES INTELIGENTES – ABDI | INMETRO
107
Inovação (Ditec), Diretoria de Programa (Dipro), Auditoria Interna (Audin) e a
Coordenação-Geral da Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade (Cgred).
108
aplicativos) que simularão ao máximo os fenômenos urbanos, a fim de que sejam
aferidos aspectos como: (i) eficiência da aplicação; (ii) nível de interoperabilidade
com o todo que compõe o ecossistema Smart da Cidade; (iii) nível de segurança
cibernética (a partir de ataques simulados), entre outros aspectos, que comporão
uma pauta de rotina de testes.
109
6. C ENÁRIOS -C HAVE C ONSIDERADOS
Formados por uma sala com monitores integrados, permitindo o trabalho em regime
de escala, ao longo das 24 horas dos sete dias da semana (Para simulação e
demonstração de soluções). Neste cenário estarão disponibilizadas as
infraestruturas físicas de servidores de dados e de sistemas.
110
A estrutura deve permitir o funcionamento da área de operações do Centro Integrado
de Comando e Controle (CICC), voltadas para a gestão do município, bem como
simular de forma preditiva as possíveis situações do cotidiano nos municípios, tais
como engarrafamento, desvios de trafego, inundações, ocorrência de desastres
naturais, comunicação com o cidadão, entre outras a partir dos equipamentos e
sistemas de monitoramento e controle instalados.
111
Devem ser considerados os tipos diversificados de Modelos de Dados utilizados -
(Exemplo: modelos de Banco de Dados relacional/não relacional, Big Data,
Computação em Nuvem, entre outros)
Também para esta definição devem ser considerados tipos diversificados de tráfego
de informação (tipo de comunicação, Protocolos, entre outros)
c) O Infraestrutura de Telecomunicação
Deve considerar também a disponibilização de Spots de WiFi Free para uso pelos
transeuntes, aplicativos e sensores.
112
e) Espaço Aberto de Inovação
Integradas com Luminárias LED, que permita, a partir de sensores ambientais, variar
a intensidade da iluminação por faixa de horário ou por detecção de movimento,
reduzindo o consumo de energia.
113
Os postes inteligentes devem permitir a integração de diversos tipos de sensores
ambientais (Som, Poluição, Chuvas, Calor, de Deslocamento, entre outros) e alarmes
sonoros e avisos de emergência.
Neste cenário o sistema de Iluminação deve ser provido de estruturas que permitam
a medição exata do consumo de energia, considerando a telegestão e a dimerização
das luminárias (sistema diverso do adotado em grande parte dos Municípios, em que
o consumo de energia das luminárias é padronizado em 11h52min, por força da
Resolução ANEEL n.º 414/10), sendo tal cenário de utilidade para o estabelecimento
de padronização quanto aos requisitos técnicos que permitirão a medição dinâmica.
Também neste cenário, o sistema de Iluminação deve atender às disposições da NBR
5101, que dispõe sobre os requisitos técnicos obrigatórios em sistemas de iluminação
pública, e a implantação de luminárias no Campus do Inmetro de atender à Portaria
Inmetro n.º 20, de 15 de Fevereiro de 2017, que introduziu o Regulamento Técnico
da Qualidade para Luminárias para Iluminação Pública Viária, estabelecendo os
requisitos, de cumprimento obrigatório, referentes ao desempenho e segurança de
luminárias LED.
Com a implantação de sensores no asfalto, nas ruas e nos edifícios, devem enviar
dados de forma ininterrupta para a Central Integrada de Comando e Controle (CICC),
onde dados a respeito dos prédios, da demanda por energia, da condição do trânsito,
do deslocamento de pessoas, da temperatura externa e interna, podem ser
processados e geradas informações direcionados para sistemas de decisão em tempo
real.
114
Sensores em edifícios públicos, devem identificar o prédio e sua condição de
funcionamento e segurança (Exemplo dados de hospitais, escolas, polícia, corpo de
bombeiros, lojas, fábricas, serviços públicos, comercio, etc.), gerando informação e
colaboração diretamente de/para os transeuntes e/ou para a rede pública (pelo uso
de mobiles (Smart Fones) ou sites de Internet).
Deve disponibilizar pontos de WiFi Free (em áreas de reunião pública, lazer ou
praças), permitindo que aparelhos celulares, smartphones, tablets e computadores
moveis, se conectem em ambientes públicos.
Deve estar Integrado ao Centro de Comando e Controle bem como ao cidadão por
mobiles (Smart Fones) de forma a disponibilizar informação em tempo real, tornando
o cidadão e as coisas (dispositivos públicos e sensores) conectadas.
115
As funcionalidades do Cenário 3 devem ser Integradas e Interoperáveis com o Cenário
0, 1 e 2, bem como utilizar a infraestrutura de comunicações disponibilizada.
116
6.5. C ENÁRIO 4: C ONTROLE DO A MBIENTE N ATURAL E DE D ESASTRES
117
Deve considerar as tecnologias de controle de qualidade da água, reaproveitamento
de água de chuva e outras funcionalidades criativas.
Este cenário deve considerar as soluções urbanas inovadoras integradas aos cenários
na área das redes de energia, água, gás e saneamento, contemplando Smart Meters,
Smart Grids, iluminação pública inteligente, matrizes energéticas alternativas, etc.
118
estabelecimentos privados, de forma a maximizar o espectro de abrangência da
atenção do Estado, oferecendo às autoridades públicas, de forma autônoma (e prévia
a qualquer avaliação pelos agentes públicos), alertas confiáveis sobre tais
ocorrências, e que permitam a rápida atuação de agentes de segurança, integrados
os organismos de segurança (Exemplo Bombeiros) pelos meios adequados (terrestre,
aéreo etc.), a partir de um único Centro de Comando e Controle.
Considera também alertas gerados pelo sistema, que serão monitorados pelo Centro
Integrado de Comando e Controle (CICC), responsável pelo despacho de agentes para
atendimento às ocorrências, integrados com organismos públicos (Exemplo
Segurança e Bombeiros).
Este cenário prevê a aplicação de soluções que possibilitem, através das estruturas
que se situam nas vias públicas (de controle das Municipalidades) associados com a
geração e armazenamento de energia para suporte às tecnologias locais, como
pontos de ônibus, pontos de iluminação pública, estruturas semafóricas, uso de topos
de prédios pela geração de energia limpa, como por fonte solar, eólica ou pela
circulação de pessoas e carros nas vias públicas por piso-elétricos, e que possa ser
empregada na operação dos equipamentos públicos (luminárias, semáforos,
câmeras), bem como a energia ser lançada no sistema, se excedente (caracterizando-
119
se o Município como gerador), receber os créditos correspondentes àquilo que lançar
no sistema (na relação junto à Distribuidora de Energia Elétrica).
120
6.10. C ENÁRIO 9: S AÚDE , E DUCAÇÃO E Q UALIDADE DE V IDA
Neste cenário os dados dos cidadãos com condições especiais podem ser integrados
aos sistemas de controle público, vias, semáforos e instituições públicas, gerando
melhores condições de deslocamento e acesso priorizados nas dimensões públicas ou
privadas.
121
Considera também o acompanhamento de pacientes, prontuários eletrônicos,
aplicativos móveis para acompanhamento de atividades físicas, integrados ao banco
de dados de pacientes.
O cenário considera a Integração com banco de dados das escolas públicas e privadas
nas diferentes entidades escolares para o desenvolvimento do cidadão com condições
especiais.
122
Prevê o provimento de soluções para as possíveis modalidades de interface da
Administração Pública com o cidadão, como tempo de espera em hospitais,
agendamento de consultas, emergências, aviso de acidentes, horários de ônibus,
entre outras diversas utilidades públicas, que deverão ser centralizadas em solução
unívoca.
Este cenário integrará os resultados obtidos pelos demais sistemas e cenário criados,
permitindo a integração e interoperabilidade de soluções num mesmo ambiente.
123
7. N ORMAS , O RIENTAÇÕES , A SPE CTOS E R EQUISITOS E SSENCIAIS À I MPLANTAÇÃO DO
P ROJETO
124
7.1. T IPOS DE S OLUÇÕES – E QUIPAMENTOS (H ARDWARES ) E S ISTEMAS (S OFTWARES )
125
7.2. A RQUITETURAS DE T ECNOLOGIAS DA I NFORMAÇÃO E C OMUNICAÇÃO (C AMADAS
F ÍSICAS E L ÓGICAS ) QUE C OMPÕEM A S MART C ITY
Arquite tura de Te cnolog ia s da Informaçã o e Comunicaçã o (TICs) em Smart Cities, conforme a ITU.
126
T ro ca s num am bi e n te I oT, s egu n d o a I TU- T Y .2 06 0
Nesse sentido, a arquitetura TIC de uma Smart City deve conciliar, de forma
harmônica, sistemas complexos (sistema dentro de sistema), interconexões e
interfaces (com sistemas complexos) e troca de informações (entre sistemas
complexos), conforme a ITU.
127
7.3. T IPOS DE P LATAFORMAS T ECNOLÓGICAS (A BERTAS | F ECHADAS )
1) visão funcional;
2) visão de implementação (foco no gerenciamento, segurança, desenvolvedores
e usuário);
3) visão física (computação e comunicação);
4) visão do domínio do processo;
5) visão de engenharia de software.
128
7.4. T IPOS DE S ENSORES E D ISPOSITIVOS "I O T"
Uma rede pode utilizar-se de conexão com fio ou sem fio para a atuação dos
sensores. Estes sensores são caracterizados, tecnicamente, como dispositivos
autônomos interconectados, distribuídos através de uma localização geográfica
(esta área de atuação influencia diretamente o tipo de rede: LAN, MAN, WAN), para
coletivamente monitorar condições ambientais/físicas.
Além de ser classificado como ativo ou passivo, um sensor pode ser do tipo
dirigido a eventos ou ao tempo. Um sensor dirigido a eventos, como denominado,
parte da premissa de que, quando o evento acontece, age e manipula os dados
conforme sua configuração prévia. Um sensor dirigido no tempo exige que janelas
de tempo sejam respeitadas, garantindo o tempo real para manipulação dos dados.
Normalmente, aplicações industriais usam sensores dirigido no tempo (por exemplo:
HART, MODBUS, FIELDBUS, LONWORKS etc.) e aplicações de TI baseiam-se em
sensores dirigidos a evento.
129
7.5. M ODELOS DE P ROCESSAMENTO E A RMAZENAMENTO DE D ADOS
130
Outro tipo de classificação importante envolvendo tais protocolos: se são
centrados em mensagem ou dados.
131
7.6. R EDES DE C OMUNICAÇÃO E T RÁFE GO DE I NFORMAÇÕES
A relevância das Redes de Comunicação para que se extraia real valor dos
múltiplos dispositivos IoT, no contexto de uma Smart City, fica clara no desenho da
Arquitetura de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) proposta pela ITU
(International Telecommunications Union) no âmbito da orientação Technical
Reports and Specifications para Cidades Inteligentes e Sustentáveis 27, como
reproduzido abaixo:
Arquite tura de Te cnolog ia s da Informaçã o e Comunicaçã o (TICs) em Smart Cities, conforme a ITU.
132
(cinza e laranja) cheguem de modo seguro e eficiente a seus locais de
processamento e análise, indicados em azul – aplicando-se, nesta camada, as
inúmeras soluções baseadas em Big Data disponíveis à gestão pública.
1) Redes de cabo (fibra óptica, redes baseadas em coaxial pela Cidade, etc.);
2) Redes sem fio (WiFi, WiMax, GSM, redes móveis 4G etc.) disponíveis;
133
Todas as alternativas de transmissão acima são organizadas em quatro
grupos, em relação à faixa geográfica da rede:
4) Redes de área pessoal (rede de dados sem fio usada para comunicação entre
dispositivos de dados/periféricos em torno de um usuário) – PAN.
134
Multiprotocol Label Switching (MPLS) e as capacidades de tráfego vinculados à
camada 3 do Modelo OSI (vide item 9.7), otimiza-se o roteamento do tráfego IP,
através de diretrizes estabelecidas pela topologia e as capacidades do tronco.
135
7.7. R EQUISITOS DE I NTEROPERABILIDADE E I NTEGRAÇÃO
M od e lo O SI
Tendo bem definida as camadas inferiores pela IEEE, surge o modelo TCP/IP,
que atua diretamente na camada de rede (protocolo IP) e transporte (protocolo TCP),
permitindo que computadores contendo sistemas operacionais diferentes possam se
comunicar, seguindo um padrão único de comunicação definido por estes protocolos.
A figura a seguir demonstra a comparação do modelo OSI versus o TCP/IP:
136
P a ra l e l o en tr e a s C ama da s OSI e Cam ad a s T CP/ IP
137
Um exemplo disto se faz presente em redes industriais, agindo em camadas
baixas, e o modelo TCP/IP que atua em camadas intermediárias, empregando o
protocolo CSMA/CD, que não garante a entrega confiável atrelado a um tempo pré-
definido, por se tratar de um protocolo estatístico (não garante a entrega do dado
em um dado instante de tempo preciso – aspecto crucial em infraestruturas críticas
presentes nas Smart Cities).
138
7.8. R EQUISITOS DE C IBERSEGURANÇA
139
Classes de Risco
140
Estudo de Caso: Hack do sistema de Semáforos de Nova Iorque
141
Infraestruturas das Cidades Inteligentes serão fatores determinantes no sucesso da
integração desses dispositivos da Internet das Coisas nas Cidades Inteligentes
Brasileiras.
O ataque a uma represa no estado de Nova Iorque foi reportado por um grupo
de hackers Iranianos em 2013. Os hackers acessaram os sistemas de controle da
represa a partir de um modem celular, e comprometeram os computadores de
controle automático da represa.
142
CASO: Ataque em massa no sistema elétrico da Ucrânia
143
7.8.1. R EQUISITOS DE F ALHA S EGURA E S EGURANÇA AOS C ID ADÃOS
144
aceitas amplamente na Europa, América do Norte e Ásia para sistemas seguros e
críticos.
145
8. T ECNOLOGIAS , S OLUÇÕES E A PLICAÇÕE S S MART E LE ITAS PARA O P ROJETO
146
9. M APEAMENTO DE P LAYERS E LE GÍVEIS AO P ROJETO
ACQUACONTE - SOLUÇÕES
1 LONDRINA PARANÁ
HÍDRICAS SUSTENTÁVEIS
SÃO BERNARDO
3 ACURA SÃO PAULO
DO CAMPO
CAMPINA
8 AION PARAÍBA
GRANDE
ATECH - NEGOCIOS EM
10 SÃO PAULO SÃO PAULO
TECNOLOGIAS S.A.
147
SANTA RITA DO MINAS
11 ATIVA SOLUÇÕES
SAPUCAÍ GERAIS
PERNAMBUC
12 ÁUDIO ALERTA OLINDA
O
SANTA
18 CHIPUS MICROELETRÔNICA S.A. FLORIANOPOLIS
CATARINA
148
[DHQ] MINAS
26 DHQ TECNOLOGIA PATOS DE MINAS
GERAIS
RIO GRANDE
27 DIGICON S/A GRAVATAÍ
DO SUL
SANTA
29 DÍGITRO TECNOLOGIA S.A. FLORIANÓPOLIS
CATARINA
[ENVIROME
NTAL] SANTA BARBARA
32 ENVIROMENTAL SERVICE SÃO PAULO
D'OESTE
SANTA
33 ERICO MONTRUCCHIO BASSO RIO NEGRINHO
CATARINA
LARANJAL
38 HENSYS SÃO PAULO
PAULISTA
149
HONEYWELL TECHNOLOGIES
40 BARUERI SÃO PAULO
CORPORATION
RIO GRANDE
42 IN2 PORTO ALEGRE
DO SUL
IMA - INFORMÁTICA DE
43 CAMPINAS SÃO PAULO
MUNICÍPIOS ASSOCIADOS
INSTITUTO DE PESQUISAS
44 CAMPINAS SÃO PAULO
ELDORADO
SANTA
46 INTELBRAS S.A. SÃO JOSÉ
CATARINA
MINAS
47 IOTON UBERLANDIA
GERAIS
DISTRITO
48 JUGANU BRASIL ENERGIA AS BRASÍLIA
FEDERAL
KNBS TELECOMUNICAÇÕES E
50 CAMPINAS SÃO PAULO
INFORMÁTICA LTDA.
KRAFTY DESENVOLVIMENTO DE
51 SAO PAULO SÃO PAULO
TECNOLOGIAS LTDA - ME
LEDICO PERNAMBUC
53 LEDICO RECIFE
O
150
RIO GRANDE
54 LIBRE SOLUÇÕES DE GOVERNO PORTO ALEGRE
DO SUL
BELO MINAS
55 M2M TELEMETRIA
HORIZONTE GERAIS
MAUELL SERVIÇOS DE
57 SÃO PAULO SÃO PAULO
TECNOLOGIA LTDA.
PERNAMBUC
60 MOLEGOLAR RECIFE
O
PERNAMBUC
61 MOOH TECH RECIFE
O
RIO DE
66 NET SENSORS TECNOLOGIA LTDA RIO DE JANEIRO
JANEIRO
151
NEUROBRINQ COMERCIO E SANTA RITA DO MINAS
68
SERVIÇOS LTDA ME SAPUCAÍ GERAIS
PUMATRONIX EQUIPAMENTOS
81 CURITIBA PARANA
ELETRÔNICOS LTDA
152
83 RAIS SAÚDE LONDRINA PARANÁ
RIO DE
85 RUSTCON RIO DE JANEIRO
JANEIRO
RIO DE
95 STARTMEUP SOLUTIONS RIO DE JANEIRO
JANEIRO
153
TAGGEN SISTEMAS DE
986 CAMPINAS SÃO PAULO
INFORMAÇÃO LTDA.
DISTRITO
102 VISENT BRASÍLIA
FEDERAL
WISEHOME SOLUÇÕES
107 HORTOLANDIA SÃO PAULO
INTELIGENTES
RIO DE
108 WND BRASIL RIO DE JANEIRO
JANEIRO
RIO DE
109 ZENITEL BRAZIL RIO DE JANEIRO
JANEIRO
154
PARTE IV – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTUNES, Vitor Amuri. Parcerias Público-Privadas para Smart Cities. Rio de Janeiro:
Ed. Lumen Juris, 2017. 2.ª Edição;
"Data breaches through wearables put target squarely on IoT in 2017 - Security needs
to be baked into IoT devices for there to be any chance of halting a DDoS attack,
according to security experts".
https://www.javaworld.com/article/3153938/internet-of-things/data-breaches-
through-wearables-put-target-squarely-on-iot-in-2017.html, acesso em 02/11/2017;
http://epocanegocios.globo.com/Brasil/noticia/2017/11/prefeitura-do-rio-lancara-
pre-edital-para-privatizar-iluminacao-publica.html. Acesso em 08/12/2017;
https://www.ibm.com/blogs/robertoa/2017/03/conheca-o-watson-e-seu-uso-na-
saude/. Acesso em 08/12/2017;
http://raopo.com.br/computadores-descobrem-que-a-filha-esta-gravida-antes-do-
pai/, acesso em 08/12/2017;
http://tnonline.uol.com.br/noticias/regiao/32,395965,08,12,ivaipora-testa-
semaforo-com- wi-fi-que-se-autoprograma-de-acordo-com-trafego.shtml, acesso em
08/12/2017;
ITU-T’s Technical Reports and Specifications - Shaping smarter and more sustainable
cities - Striving for sustainable development goals. International Telecommunication
Union – ITU, 2016;
155
LAZAROIU, G. C.; ROSCIA, M. Definition Methodology for the Smart Cities Model.
Energy, v. 47, n. 1;
The Disruptive Innovation Model, Chistopher Christensen et. al, 2015, p. 49;
Vermesan O.; Eriess P. Internet of Things – From Research and Innovation to Market
Deployment. River Publishers Series, 2014; e
Wilson, Stuart. S.. Bicycle Technology. Scientific American. EUA; Março de 1973.
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157
A NOTAÇÕES
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