EBD LIÇÃO 09 Os Salmos de Culto e Louvor - II ESTUDO 24.03.

2019
REVISTA ATITUDE Nº 449 Oração, Canção e Poesia Estudos no Livro dos Salmos

Os Salmos de Culto e Louvores - II

Boas Vindas
Oração
Introdução
Hoje iremos dar continuidade aos salmos de culto e louvor baseados na lição 9. Convidar os alunos
para fazerem a leitura no Salmo 29.1-11.
Tributo à voz do Senhor (Salmo 29.1-11)
O salmo 29 é conhecido como “a canção da tempestade ou o Deus da tempestade”. A partir do
versículo três ao nove o salmista Davi descreve a passagem de uma tempestade que vem das águas
do mar ocidental e atravessa os montes arborizados do norte da Palestina, até os lugares desertos de
Cades na extremidade da divisa de Edom. Este acontecimento não apenas descreve a grandeza do
mundo natural, mas aponta para o Criador da natureza. Observem que a frase “a voz do Senhor” é
enfatizada sete vezes, falando sobre os efeitos que a voz do Senhor causa.
- Em primeiro lugar, A voz do Senhor ressoa. Perguntar aos alunos se eles têm medo de trovões?
A experiência igualmente nos diz que aqueles que são mais ousados em seu desprezo por Deus são
mais vulneráveis em seu medo do barulho dos trovões e tempestades. O Salmista chama nossa
atenção para esses exemplos que chocam os rudes e insensíveis com algum senso da existência de
um Deus.
Quais razões particulares pelas quais o trovão deveria ser chamado a voz do Senhor? ele vem de
cima, não está debaixo da direção ou previsão de qualquer homem, fala em voz alta, e alcança longe.
Deus frequentemente falava no trovão, particularmente no monte Sinai (Ver Êx 19.16). É dito aqui
que a voz de Deus está sobre as águas, sobre as muitas águas, alcançando o imenso oceano, as águas
sobre o firmamento. Ela passa chacoalhando entre as nuvens espessas, as águas debaixo do
firmamento.
- Em segundo lugar, A voz de poder. A voz do Senhor é poderosa, como parece ser pelos seus
efeitos e maravilhas. Ele fala e as coisas são criadas no livro de Gênesis, Ele se encarna no Novo
Testamento em Jesus A Palavra de Deus. Jesus a voz encarna usa o poder da palavra divina para
operar milagres. Quando Ele fala a tempestade se acalma. Através da sua voz os demônios fogem,
com sua palavra de ordem o coxo volta a andar, o cego retorna a ver e o surdo ouve novamente. A
sua palavra é tão poderosa que rasga a escuridão da morte e faz com que Lázaro ressuscite ao ouvir
o som de sua voz.
- Em terceiro lugar, A voz majestosa. Todo aquele que ouve o trovão (sendo o seu ouvido feito
para tinir com ele) reconhecerá que a voz do Senhor é cheia de majestade. Toda vez que nós
ouvirmos o seu trovejar, deixemos os nossos corações serem preenchidos com grandes, altos e
honrados pensamentos sobre Deus, nas santas adorações e admirações daquele cujo poder e
santidade são muito consistentes.
- Em quarto lugar, A voz impetuosa. O cedro era considerado a madeira mais forte e resistente da
época, mas até mesmo essas árvores robustas e poderosas não resistiam ao golpe desfechado por
um relâmpago. E então a área inteira das montanhas do Líbano (onde estavam os cedros) foi posta
a saltar como uma novilha. Temos aqui (vs. 6) uma referência aos terremotos, um poder muito maior
que o do relâmpago.
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É preciso grande poder para causar esses fenômenos naturais, e o salmista, a fim de subjugar a
obstinação dos homens, mostra, por meio de cada termo, quão poderoso é Deus. Tudo indica que
ele também repreende, de passagem, a demência dos soberbos e daqueles que não dão ouvidos à
voz de Deus. O profeta Isaías considerou a queda dos cedros altivos um retrato da derrota das nações
no Dia do S e n h o r (Is 2:12-17).
- Em quinto lugar, A voz é evidente. Sobre a voz do Senhor, no trovão, é dito aqui que ela separa
as labaredas do fogo, ou seja, os poderes de Deus manifestados na natureza podem estilhaçar rochas
maciças em um instante, uma demonstração do Poder que os homens devem temer e adorar.
- Em sexto lugar, A voz terrível. A voz de Deus, abala o deserto de Cades. Imaginem um tapete
cheio de área e quando é sacudido o que acontece? o salmista nos convocou a pensar sobre a “terra
inteira” sacudida pela voz de Deus manifestada em atos da natureza.
- Em sétimo lugar, A voz coercitiva. A voz do Senhor retorce os carvalhos. O carvalho é conhecido
por seus galhos rígidos e inflexíveis, todavia não há quem não se dobre a essa poderosa voz. Uma
observação que eu gostaria de mencionar é que esse mesmo texto na versão da bíblia King James
foi criado pela leitura errônea dos massoretas, os quais confundiram os carvalhos (terebintos), que
têm as mesmas consoantes que a palavra corça, embora com sinais vocálicos diferentes.
A visão de julgamento (Salmo 82.2-7)
O salmo 82 evoca que se faça justiça aos pobres e órfãos. Os juízes humanos, chamados aqui de
elohim “usavam de respeito humano para com certas pessoas e julgavam de modo profano as
outras”, A autoridade constituída, pois, favorecia a alguns, dizendo-lhes palavras boas. Israel
deveria ter uma justiça incorruptível, mas esse princípio estava sendo violado. Ver João 7.24.
Aprendemos assim que certos homens recebem autoridade para defenderem poderosamente os
bons, e não para perverterem causas e empreendimentos egoístas. Por conseguinte, a autoridade tem
por finalidade servir ao próximo de maneira justa, e não promover o “próprio eu" e o interesse de
grupos. Ver Levítico 19.15 e Provérbios 17.13.
No verso quatro fala que as autoridades devem socorrer os fracos e os necessitados... Não existe
maior classe servidora que a dos políticos, pois ela é nomeada ou eleita para servir ao próximo. No
entanto, não existe classe mais corrupta que a dos políticos. Ver Isaías 1.17; 10.1-2.
O salmista nos mostra no verso 6 que, essas elevadas autoridades por sua própria elevadíssima
posição, têm a obrigação moral de praticar a justiça e a bondade. Devem prestar conta ao Poder
Superior, que é retratado como Pai deles.
Canções de Peregrinação (Salmo 121.1-7)
Alguns chamam esse de salmo do soldado e acham que foi escrito no acampamento, quando Davi
corria risco de vida nos lugares altos do campo, por isso confiou em Deus para cobrir sua cabeça no
dia da batalha. Esse salmo ensina-nos:
A permanecer em Deus como um Deus de poder e infinitamente capaz para nos suprir. Davi faz
isso e encontra o benefício de fazer isso. Não devemos depender das criaturas, dos homens nem dos
meios, dos instrumentos nem das segundas causas, nem fazer da carne nosso braço: Ver Jeremias
3.23. Devemos olhar além dos instrumentos, para Deus, que torna os instrumentos o que eles são
para nós.
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Devemos ver que toda nossa ajuda está em Deus, em seu poder e bondade, sua providência e
graça. “O meu socorro vem do Senhor, Ele envia a ajuda que desejo e dele espero na forma e no
tempo dele. Se Ele não me ajudar, nenhuma criatura pode ajudar; se Ele ajudar, nenhuma criatura
pode impedir, pode ferir”.
Devemos buscar a ajuda de Deus pela fé nas promessas dele e com o devido respeito por todas as
instituições do Senhor. “Elevo os olhos para os montes” (ele referia-se provavelmente aos montes
sobre os quais o templo foi construído, monte Moriá e o monte santo Sião, em que estavam a arca
da aliança, o oráculo e os altares). “volto o olho para a presença especial de Deus em sua igreja e
com seu povo (sua presença pela promessa), e não apenas sua presença comum”. daí virá nosso
socorro, da palavra e da oração, do secreto de seu tabernáculo.
Ele os protegerá de todas as influências malignas dos corpos celestiais. O sol e a lua são grandes
bênçãos para a humanidade, todavia (que triste mudança o pecado causou na criação) até mesmo o
sol e a lua, embora adorados por grande parte da humanidade, muitas vezes, são instrumentos de
ferida e de desequilíbrio para o corpo humano. Deus, com frequência, fere-nos por intermédio deles,
mas seu favor intervém para que eles não causem dano a seu povo. Ver Isaías 27.3. Deus sempre
protegerá sua igreja e seus santos até à consumação dos séculos.

Reflexão – Ler A Lição em Foco.