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O indutivismo

- papel da observação e da experimentação


-o critério da verificabilidade das
hipóteses

O Indutivismo é a perspetiva segundo a qual o


método da ciência ou o caminho que os cientistas
seguem, para explicar e prever os fenómenos da
realidade, é o método indutivo.
Em linhas gerais, o método indutivo, ou método
experimental consiste em, a partir da observação
sistemática, rigorosa e imparcial dos factos empíricos,
se proceder à recolha de informações\ dados, a partir
da qual se formulam as hipóteses , que propõem uma
explicação provisória para o fenómeno estudado.
Depois segue-se a experimentação , momento em que
as hipóteses vão ser confrontadas com a realidade,
tendo em vista a sua verificação (provar a sua
verdade). Se tal acontecer, as hipóteses são
confirmadas e procede-se à generalização dos
resultados obtidos. Após o sucesso dos testes e a sua
repetição em condições semelhantes, o cientista pode
passar a designar a sua hipótese como lei científica .

Criticas ao Indutivismo
Esta perspectiva sobre o modo como os cientistas
investigam a realidade foi criticada por várias razões:
 É errado supor que começamos pela observação
ou que há observação pura- de facto, toda a
observação é orientada por teorias e
expectativas do cientista à cerca de um
problema, pelo que as hipóteses ou conjeturas
são anteriores às observações.
 As hipóteses não são extraídas dos factos- as
hipóteses são produtos da criatividade e do
raciocínio do cientista, existindo algumas teorias
científicas que se referem mesmo ao que não
pode ser observado, isto prova que muitas
hipóteses científicas não são formadas a partir
de amostras factuais.
 Sendo as hipóteses científicas enunciados
universais, não podem, nunca, ser seguramente
verificadas- os enunciados universais referem
um numero indefinido\ infinito de casos
particulares possíveis, pelo que todos esses
casos deveriam ser observados para poderem
estar provados e para a lei ou hipóteses poder
ser dada como verificada. Ora, isto é
manifestamente impossível.

O Falsificacionismo de Popper
É uma perspetiva sobre a ciência e o método científico
que:

 Constitui um critério de demarcação (distinção)


entre ciência e não ciência (hipóteses científicas
e aquelas que não têm valor científico).
 Considera que a cientificidade de uma
teoria\hipótese depende da sua falsificabilidade.

 Rejeita que a indução desempenhe algum papel


na investigação científica porque eta não parte
de observações putas, nem pode garantir a
verdade dos seus enunciados ( não podemos
observar todos os casos a que se referem as
hipóteses científicas, pelo que não podemos
afirmar que são verdadeira. Além disso, a forma
indutiva de raciocinar não garante a verdade da
conclusão, porque a observação de alguns casos
apenas permite concluir que provavelmente a
conclusão é verdadeira).

 Rejeita o verificacionismo porque não se pode


provar a verdade- veracidade de um enunciado
universal ( neste caso os enunciados referem-se a
um numero de situações que não podem ser
controladas empiricamente).

Como alternativa ao critério do verificacionismo das


hipóteses (o critério da demarcação científica do
método indutivo), Popper propõe que o valor
científico de uma teoria depende da possibilidade de
ela ser empiricamente falsificável, ou seja , se for
possível encontrar factos na realidade com a qual a
confrontemos e que possam vir a refutá-la ou a
falsificá-la. Em suma, só tem direito ao titulo de
científica, a teoria que pode ser submetida a testes e
observações em que arrisque ser falsificada; uma
teoria irrefutável não pode ser científica.
O que distingue as teorias científicas consideradas
boas, é o facto de terem muito conteúdo empírico,
isto é, quanto mais informação sobre o mundo nos
derem, mais riscos de serem desmentidas ou
falsificadas correm; o seu grau de falsificabilidade é
maior.
Uma teoria testada empiricamente e cujos testes
empíricos não a conseguem falsificar, diz-se que foi
corroborada – significa que é uma teoria digna de
confiança, mas não significa que ficou demonstrada a
sua verdade, apenas significa que ainda não é falsa( a
qualquer momento novos testes empíricos podem vir
a refutá-la).

Segundo Popper, a ciência desenvolve-se mediante o


método das conjeturas e refutações. Este método
pode ser sintetizado em 3 etapas distintas:
1. Problema- o ponto de partida para a investigação
científica não é a observação pura e imparcial dos
factos, mas um problema.
2. Conjetura - o cientista conjetura uma possível
explicação, isto é, uma hipótese ou teoria para os
factos observados baseados na sua experiencia
passada.
3. Tentativa de refutação - o cientista testa a sua
hipóteses, recorrendo aos testes experimentais,
não para confirmar a hipóteses, mas para tentar
provar a sua falsidade, para tentar refutá-la( a
falsificabilidade é, pois, o critério que demonstra/
distingue hipóteses científicas de não científicas).

Críticas de Popper ao Indutivismo


A indução não tem valor científico – proceder a
generalizações a partir da observação de alguns
factos, concluindo que tal hipóteses é verdadeira, é
uma vez que a indução não nos dá garantias quanto
á verdade da conclusão. Contudo, é certo que
quanto maior for o numero de exemplos de acordo
com a hipóteses, maior será a probabilidade de esta
ser verdadeira. Ainda assim, o raciocínio indutivo é
sempre inconclusivo.

A observação não é meio de prova- não se pode


provar a verdade de um enunciado universal
porque enunciados deste género referem-se a um
numero de casos que não pode ser controlado
empiricamente.

As hipóteses não são extraídas dos factos- são


conjeturas criadas pelo cientista para tentar
responder a um problema.

O que deve ser testado não é a possibilidade de


verificação das hipóteses, mas a possibilidade da
sua refutação ou falsificação.

O facto de uma hipóteses ser bem sucedida num


teste empírico não a verifica ou torna verdadeira,
apenas mostra que ainda não é falsa.

Objeções ao Falsificacionismo de
Popper

Nem todas as teorias científicas são falsificáveis: a


falsificabilidade não é uma condição necessária
para tornar uma teoria científica porque algumas
teorias científicas referem-se a objetos que não são
diretamente observáveis, pelo que não será
possível submete-las a testes experimentais
capazes de mostrar a sua falsidade e, contudo, o
papel que têm na ciência faz com que não
possamos deixar de as considerar.

O falsificacionismo não está de acordo com a


prática científica :os cientistas não passam a vida a
tentar mostrar que as suas teorias são falsas.
Preocupam-se ,sobretudo, em provar a precisão e o
alcance das teorias existentes, ou seja , trabalham
no sentido de confirmar as suas teorias e continuam
a defendê-las mesmo quando as suas previsões não
se confirmam.

Não é aceitável abandonar uma teoria apenas


porque foi refutada por um teste experimental: o
facto de uma investigação científica não correr de
acordo com o previsto por uma dada
teoria/hipótese, não é suficiente para estabelecer
de modo conclusivo a sua falsidade. O problema
pode estar no processo de falsificação, que envolve
vários factores para além da teoria ou hipótese.

O falsificacionismo desvaloriza a importância das


confirmações no progresso científico: segundo
Popper, por muito que uma teoria tenha sido
corroborada pela experiencia, nunca estamos
racionalmente justificados a aceitar que uma teoria
científica é verdadeira. Esta nunca deixa de ser um
conjetura que ainda não foi refutada. Contudo,
algumas teorias científicas possibilitam grandes
avanços tecnológicos e permitem controlar a
natureza e prever o seu comportamento de modo
relativamente fiável, pelo que isto pode significar
que temos justificação para acreditar que estas são
verdadeiras e não apenas conjeturas por refutar.

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