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Faculdade de Ciências Médicas (FCM) – UNICAMP

Curso de Fonoaudiologia

MD 350 – Funções Corticais na Infância

AULA: LINGUAGEM (07/04/2016) Profª Drª Tais de Lima Ferreira Mattar

• A linguagem é um exemplo de função cortical superior, e seu desenvolvimento se


sustenta, por um lado, em uma estrutura anatomo-funcional geneticamente
determinada e, por outro, em um estímulo verbal que depende do ambiente.
(Castaño, 2003)

• Muito antes de começar a falar, a criança está habilitada a usar o olhar, a expressão
facial e o gesto para comunicar-se com os outros. Tem também capacidade para
discriminar precocemente os sons da fala. (Landry, 2002)

• A aprendizagem do código linguístico se baseia no conhecimento adquirido em relação


a objetos, ações, locais, propriedades, etc. Resulta da interação complexa entre as
capacidades biológicas inatas e a estimulação ambiental e evolui de acordo com a
progressão do desenvolvimento neuropsicomotor.

(Cervera-Merída et al, 2003)

• Funções Corticais Superiores

• Atenção

• Memória

• Praxia

• Gnosia

• Linguagem

• Funções Executivas

• A linguagem é diferente de outras formas de comunicação; apresenta 4


características:

– Criatividade

– Forma

– Conteúdo

– Uso
• Criatividade: não há limites para o número de frases que podemos formar ou
compreender.

• Forma: formação de fonemas, morfemas, frases.

• Conteúdo: formar e comunicar abstrações, significados que são independentes da


situação de momento; dimensão emocional.

• Uso: propósito social, expressa nossa auto-identidade, pensamentos, sentimentos e


expectativas.

• A LINGUAGEM ENVOLVE:

Processos Cognitivos Processos Linguísticos

Processos Auditivos Processos Visuais

Requisitos para o desenvolvimento da linguagem:

– Tem algo em mente para dizer

– Ter alguma razão ou intenção em comunicar o que está em mente

– Possuir alguma forma para expressar o que está em mente

– Ter com quem se comunicar

– Possuir capacidades cognitivas suficientes para organizar procedimentos


comunicativos verbais e não verbais e função pragmática (Zorzi, 1993)

COMPONENTES DA LINGUAGEM:

FONOLOGIA , PRAGMÁTICA, SINTAXE, SEMÂNTICA, LÉXICO

Fonologia: refere-se aos sons da fala de uma língua e suas regras que são seguidas pelos
falantes para a comunicação e pronúncia.

Sintaxe: aspectos da morfologia e regras gramaticais.

Léxico: palavras significadas dentro de uma língua (significado e significante).

Semântica: refere-se aos significados em combinações nas palavras, frases, dentro da língua
falada.
Pragmática: acontece na linguagem entre o sujeito e outros significados em situações
diversificadas em um contexto de relações inter-pessoais (Aram, 1991)

• FALA

• Articulação: movimentação sincronizada entre os órgãos fonoarticulatórios (lábios,


língua, palato e bochecha).

• Distúrbio articulatório: ocorre quando o padrão articulatório da criança é desviado


pelo considerado normal.

• Menor unidade com significado na linguagem: palavra

A Linguagem é uma forma complexa de comportamento que exige Integridade de zonas ou


áreas cerebrais para que ocorra o processamento da informação oral e escrita

Na ocorrência de distúrbios de áreas específicas do SNC, como por exemplo, alterações em


noção de esquema corporal, lateralidade, noção têmporo-espacial, ritmo, as quais estão
relacionadas com alterações percepto-motoras, provavelmente ocorrerão problemas de
linguagem/aprendizagem.

• MODELO DE WERNICKE GESCHWIND (1965):


Modelo de processamento da linguagem

Som

cóclea e núcleo geniculado medial

Córtex Audit. Primário (41)

informação é levada para área processadora da informação

Córtex Audit. Assoc. (P/T/O)

informação projetada para

Área de Wernicke (22)

via fascículo arqueado

Área de Broca (45)

vocalização – córtex motor


• Processamento da Linguagem

• Córtex Temporal – região perissilviana

• Localização no HE para 87% da população (independentemente da dominância


manual)

• HD: 8% da população

• Representação bilateral: 5%

(Milner e col, 1966; Subirana, 1969; Coren e Porac, 1980)

• Área de Broca

• Relacionada à organização dos atos motores para a produção da fala

• Ocupa a parte opercular e triangular do giro frontal inferior (3ª circunvolução frontal)

• Áreas 44 e 45 de Broadman

• Localiza-se em frente à área do controle cortical motor, responsável pelos órgãos da


fala

• HISTÓRICO

• Broadmann (1904): modelo citoarquitetônico (52 áreas)

Área cerebral del lenguaje: una reconsideración funcional

• Alfredo Ardila, Byron Bernal, Monica Rosselli.

• Rev. Neurol, 2016; 62(3):97-106

 Desde o início do séc. XIX foram estabelecidos os fundamentos anatômicos e


funcionais da linguagem, baseados nos estudos de Broca (1863) e Wernicke (1874)

 Linguagem: área de Broca, área de Wernicke, ínsula do HE

 Wernicke: grande participação área denominada “Fissura de Silvius” , associada com


córtex da ínsula, circunvolução frontal inferior, 1ª circunvolução temporal

 Início do séc. XX, Dejerine (1914) propôs “área de linguagem” que engloba: área de
Broca, área de Wernicke e região da circunvolução angular (centro da lgg escrita)

 Exclusão da participação da ínsula na área da linguagem

 Dronkers (1996): ínsula responsável pela coordenação fonoarticulatória.

 Retomada da importância

desta região
 Final séc. XX: Modelo Funcional; Avanço neuroimagem

 Áreas de Brodmann participantes da recepção e compreensão da lgg

 20, 37, 38, 39: sistema lexical e semântico

 44, 46: sistema gramatical

 13 (ínsula): área somatossensorial; emoções

 Com bases nas principais áreas cerebrais relacionadas à linguagem, estabeleceu-se


“áreas de sombra”: estudo dos padrões de ativação durante a realização de diversas
atividades linguísticas, para averiguar a conectividade entre diversas áreas cerebrais.

 Ativação simultânea de várias áreas cerebrais durante a realização de tarefas


linguísticas: tais áreas pertencem a um circuito ou rede cerebral relacionada com a
função selecionada.

 Áreas cerebrais participam de diversos circuitos, dependendo da função a ser


executada. (Ardilla, 2014, 2015, 2016 prelo)

 Critérios de inclusão dos estudos/dados:

 Estudos que descrevem a ativação de áreas específicas (“pontos de sombra”):


20, 37, 38, 39, 44, 46, 13

 Estudos com fMRI

 Sujeitos normais

 Sujeitos destros

 18 a 60 anos

 Áreas: cognição/linguagem

 Falantes do inglês

(aspectos da linguagem X Mandarim)

1) Área de Wernicke:

 AB 20: 7 grupos (conglomerados) de ativação neuronal com outras áreas temporais


(37, 21), córtex da ínsula, córtex pré-frontal, córtex occipital e giro do cíngulo. Todos
conglomerados no HE

 AB 37: 12 grupos (6 D e 6E): maior ativação nos grupos à E; conexões com lobo
temporal inferior esquerdo (AB 20), córtex pré-frontal esquerdo (AB 9, 45, 46, 47),
córtex da ínsula, pedúnculo cerebelar e córtex occipital. Região comum para circuitos
de reconhecimento visual e funções semânticas da linguagem.

 AB 38: 4 grupos de ativação, sendo:


 dois no HE (13, 22): área da linguagem

 dois no HD (7, 21): área parietal e temporal: funções viso-espaciais e


integração audiovisual.

 Contribui para circuitos cerebrais que participam de processos linguísticos


relacionados com a linguagem receptiva e expressiva.

 AB 39: 16 grupos de ativação significativa que formam uma rede de coativação com
participação de lobo parietal superior e circunvolução supramarginal direitos, lobo
temporal (medial e inferior), lobo frontal esquerdos.

 Função de integração com habilidades linguísticas

 Área de Wernicke (20,37,38,39):

 Áreas de associação linguística.

 Áreas marginais no processamento da linguagem ou que participam em uma


“Área de Wernicke expandida”.

2) Área de Broca:

 AB 44: rede com 16 grupos de ativação

 Região opercular frontal, área motora suplementar, lobo parietal e região


temporal posterior do HE.

 Grupos em estruturas subcorticais: tálamo, putâmem esquerdo

 Principal grupo: áreas adjacentes, como córtex anterior da ínsula,


circunvoluções frontais inferior e média e circunvolução précentral.

 Grupos secundários: 6, 32, 37(E), 39(D/E), 40(E), 44(D), giro fusiforme E

 Grupos terciários: tálamo (E), parietal (D), occipital (D/E), cerebelo.

 AB 46: 11 grupo de ativação, quase todos no HE:

 6, 44, 45, 13, 37, 18, 32, 21, 22, 19

Grupo mais evidente; volume 8 x maior que o segundo


grupo/aglomerado; 11 x maior que o terceiro grupo/aglomerado

 Área 46: papel central no sistema de produção da linguagem, provavelmente


relacionado com o controle executivo em função da localização desta no lobo frontal.

3) Córtex da Ínsula:

 AB 13: 13 grupos de ativação

 Conexões com área de emissão, recepção, repetição


 Conexões com área 9 (lobo pre-frontal E): processos linguísticos complexos

 Conexões com área 37: habilidades semânticas e lexicais

• Patologias da Linguagem (principais)

• Atraso de Linguagem:

• “Atraso ou retardo de linguagem referem-se quando o surgimento de determinados


comportamentos de comunicação ou encadeamento desses comportamentos é similar
ao da maioria das crianças, porém com aparecimento em ritmo lentificado e
notadamente inferior à idade mental e cronológica da criança”

(Tamanaha, Perissinoto, Isotani, 2012)

• A criança segue o mesmo curso de desenvolvimento daquelas com desenvolvimento


típico, ou seja, apesar da falha no aparecimento desta, as mesmas etapas de
desenvolvimento são cumpridas, porém com maior lentidão.

• Podem ser comparadas a outras com idade cronológica menor.

• Discrepância entre a capacidade de recepção e emissão da criança, com melhor


desempenho em recepção (compreensão).

• Dificuldade na expansão do vocabulário

• Uso de gestos indicativos associados ou não a sons não-verbais

• Uso de frases simples, porém sem alteração na ordem das palavras

• Alterações fonológicas. (Hage e Guerreira, 2004; Zorzi, 2008)

• TEL (DSM 5):

• Dificuldade específica da linguagem que ocorre em crianças que não apresentam


alterações neurossensoriais, neurológicas, psiquiátricas, bem como rebaixamento
cognitivo/intelectual e alterações emocionais significativas, tratando-se de diagnóstico
realizado por meio de critérios de exclusão. (Bishop,1992)

• Alteração persistente da linguagem, que acompanha o indivíduo durante toda a vida,


acarretando dificuldades sociais, escolares, comportamentais, além das linguísticas
(Bishop, 1992)

• É diagnosticado quando a criança apresenta alterações significativas em pelo menos


duas áreas da linguagem, revelando presença de padrões atípicos de desenvolvimento
linguístico, os quais não condizem com desempenho intelectual dentro dos limites de
normalidade.

• CARACTERÍSTICAS:

• Atraso na aquisição da linguagem,

• Déficits semânticos significativos,

• Persistente dificuldade em expansão vocabular,

• Alterações fonológicas importantes,

• Presença de fala ininteligível,

• Presença de alterações sintáticas e morfológicas

• Uso limitado de subordinações,

• Marcadores temporais, flexão verbal

• Uso de elementos ortográficos que compõem a linguagem (Leonard, 2007;Rerscola et


al, 2000)

• Subtipos: fonológico, semântico-lexical, morfossintático e pragmático;

• Distúrbio de Linguagem:

• Relacionado à falha no curso de desenvolvimento da linguagem no que diz respeito ao


aspecto emissivo e receptivo, podendo estar associado a alterações temporo-
espaciais, perceptuais auditivas e visuais.

• ”Dificuldade ou alterações que podem comprometer o uso da linguagem com fins


comunicativos, a capacidade de produzir e compreender enunciados gramaticalmente
estruturados e/ou semanticamente apropriados, ou seja, prejudicam aspectos
relacionados ao planejamento e compreensão da linguagem.” (Zorzi, 2008)

• Manifesta-se em crianças ainda pequenas, podendo estar associado a outros


comprometimentos como quadros sindrômicos (ex: Síndrome de Down, Síndrome
Cromossomo X-Frágil, entre outras), deficiência intelectual, paralisia cerebral e os
quadros de transtorno do espectro autista (TEA).

• É caracterizado por ausência ou severo prejuízo de comportamentos comunicativos


intencionais ou persistência na fase regulatória dos comportamentos comunicativos,
dificuldade para imitar sons e movimentos não visíveis ao corpo humano, dificuldade
de brincadeiras com conteúdo simbólico, dificuldade em comportamentos que
garantam o início e/ou manutenção do diálogo, bem como as trocas linguísticas
decorrentes destes, dificuldade em estruturação sintática e aumento da complexidade
sintática.

• Transtorno Fonológico:

• Alteração encontrada no sistema fonológico de um indivíduo e pode ser caracterizado


por: substituições, omissões e ou distorções dos sons da fala.

• Essas alterações podem estar relacionadas às dificuldades com a organização das


regras fonológicas da língua o que caracterizaria uma dificuldade cognitivo-linguística,
com a percepção auditiva dos sons e/ou com a produção dos mesmos, não sendo
consequência de alterações anatômicas, neurológicas, auditivas. (APA, 2014)

• Ininteligibilidade de fala causada pela realização de simplificações de regras


fonológicas, fazendo com que as crianças com esta patologia não realizem mudanças
espontâneas no sistema fonológico ao longo do desenvolvimento, ou seja,
permanecem com um sistema fonológico estático.

• O TF é decorrente da dificuldade de organização mental no estabelecimento do


sistema língua-alvo, inadequação da recepção do input sensorial, organização e
classificação dos sons contrastivos da língua. A alteração fonêmica pode afetar o modo
pelo qual a informação sonora é armazenada e representada no léxico mental ou
acessada e recuperada cognitivamente (Pagan, 2002; Gierut, 2008)

• Etiologia, sugere-se a existência de cinco subgrupos com diferentes patologias, sendo:

• 1) atraso de fala genético;

• 2) atraso de fala decorrente de otite média de repetição;

• 3) apraxia do desenvolvimento;

• 4) efeitos psicossociais;

• 5) erros residuais

ferr.tais@gmail.com

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