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Cultura Política nos Impressos

O conceito cultura política, teorizado por Almond e Verba 1, nos ajuda a entender
como esse grupo de formação republicana se insurgiram contra a influência dos
costumes e valores dominantes da cultura imperial, de sua região, país ou comunidade.
Segundo os autores franceses, existem três tipos de orientações que são seguidas pelos
autores políticos em sua maneira de pensar o mundo que vai desde a orientação
cognitiva, a orientação afetiva e orientação avaliativa.

A orientação cognitiva é possível de ser apreendida ao abarcar os conhecimentos


que republicanos compartilhavam em suas folhas diante do fardo de se viver sob o peso
da centralização monárquica. A forma de um governo federativo foi pensada em seus
impressos como uma resposta, dado a rígida limitação que era imposta pela
centralização do regime imperial através da Corte, então localizada na capital do
Império que era a província do Rio de Janeiro. Não faltava admiração desses impressos
quando os redatores republicanos se tratavam de parabenizar as experiências
republicanas norte-americana, francesa. A reprodução da constituição americana e os
benefícios que elas trariam para a nação brasileira, em especial para se pensar a
organização política da região pernambucana. A orientação afetiva, aquela que por
dizer une indivíduos, pode ser entendida pelos laços sociabilidades que o grupo
produzia através da imprensa, clubes, sociedades e até mesmo em suas passeatas. E
finalmente, a orientação avaliativa, dado a politização de seus debates contra a
morosidade do sistema monárquico que impedia parte dessa classe média urbana e diga-
se, da inclusão do povo, em conquistar seu espaço na sociedade civil.

Destaque-se que os autores discorrem sobre três tipos ideias de experiência de


cultura política somada as orientações acima elencadas, são elas: a paroquial, de
sujeição e participante. As duas primeiras são presentes em sociedades da antiguidade
até o período medieval, entretanto com o advento da modernidade faz desenvolver o
tipo ideal de cultura política participante, a que acreditamos que seja a mais coerente
para descrever a atitude dos republicanos históricos pernambucanos que publicizavam
contra a ordem vigente, dado que os funcionários do governo eram segmentos
privilegiados da elite política. Problematizar e questionar as realidades nacionais para
pensar o regional foram temas abordados com bastante freqüência por esses periódicos,

1
The Civic Culture, Almond e Verba.
conforme o contexto político vivido por esses escritores públicos - tal como se definiam
- contribuiria para consolidar a orientação das ideias políticas que se tornarão base do
programa político desse credo quando este seria fundado em 18702.

Tão revolucionários quanto os radicais liberais do período regencial, houveram


aqueles que ao optar pela via revolucionária da implantação do regime republicano, tal
como os jacobinos franceses na Revolução Francesa de 1789, consideravam que temas
sociais e políticos dos mais variados deveriam ser abordados em suas matérias, tais
como, a educação para a população livre, liberdade de imprensa, a questão da terra,
recrutamento, a instalação de universidades, a lenta emancipação gradual. Despertam
atenção pelo conteúdo das suas matérias, principalmente por se tratar de um recurso
estratégico para despertar atenção no público leitor. Isso nos leva a questionar José
Murilo de Carvalho quando ao se referir aos liberais radicais e republicanos aventa,

“Nenhum dos radicais da década de 1860 ousou tocar no tema


da terra, embora estivesse em vigor, sem ser aplicada, uma lei de terras.
Os exaltados, além disso, não hesitavam em pregar o recurso às armas
para fazer a revolução. Os radicais nunca o fizeram, nem os
republicanos”3.

A Revolução de Novembro, cujo redator Antonio Borges da Fonseca já era reconhecido


pela sua atuação como liberal exaltado.

2
Reynaldo Carneiro Pessoa, O Primeiro Centenário do Manifesto Republicano de 1870. Revista de
História. v. 41 n. 84 (1970). Acesso: 27, Maio, 2019. https://doi.org/10.11606/issn.2316-
9141.rh.1970.129541.
3
CARVALHO, José Murilo. Op. cit., 2007, p. 34.

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