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Pergunta 1
c.
O território, a população, o povo e a nação.
Pergunta 2
a.
É sempre um fenômeno social e é sempre bilateral.
Pergunta 3
d.
Falar do povo, tornando-os conscientes de sua aspiração, a liberdade.
Pergunta 4
d.
A política é a arte de governar, de gerir o destino da cidade.
Pergunta 1
(UEL) “Toda cidade [polis], portanto, existe naturalmente, da mesma forma que as
primeiras comunidades; aquela é o estágio final destas, pois a natureza de uma coisa é
seu estágio final. [...] Estas considerações deixam claro que a cidade é uma criação
natural, e que o homem é por natureza um animal social, e um homem que por
natureza, e não por mero acidente, não fizesse parte de cidade alguma, seria
desprezível ou estaria acima da humanidade.” (ARISTÓTELES. Política. 3. ed. Trad.
de Mário da Gama Kuri. Brasília: Ed. Universidade de Brasília, 1997. p. 15.)
De acordo com o texto de Aristóteles, é correto afirmar que a polis:
b.
Existe por natureza e é da natureza humana buscar a vida em sociedade.
resposta: Alternativa: B
Comentário: para os gregos, polis é a cidade entendida como a
comunidade organizada formada pelos cidadãos, isto é, pelos homens
nascidos no solo da cidade, livres e iguais portadores de dois direitos
inquestionáveis, a isonomia (igualdade perante a lei) e a isegoria (o direito
de expor e discutir em público opiniões sobre ações que a cidade deve ou
não deve realizar). Para Aristóteles, “O homem é naturalmente um animal
racional e político, destinado a viver em sociedade”.
Pergunta 2
A Ciência Política como ciência do poder é mais abrangente que considerá-la como
ciência do Estado. Nesse sentido, hoje predomina o entendimento de que:
b.
O poder é o seu objeto central de estudo.
resposta: Alternativa: B
Comentário: a Ciência Política é a ciência que tem por objetivo o estudo
dos fenômenos políticos, que são os acontecimentos que visam à
aquisição, à manutenção e ao exercício do Poder Político, tanto interno
como externo. Seu objeto de estudo é o Poder Político que são todos os
meios capazes de coagir um indivíduo ou organização a agir de uma
determinada maneira, assim temos o Estado e as organizações, tais como
a empresa etc.
Pergunta 3
A definição clássica de política foi legada pelos antigos gregos através da obra de
Aristóteles “Política”. O conceito de política é derivado do adjetivo originado de polis,
que significa:
c.
Tudo que se refere à cidade, que urbano, civil, público e até mesmo sociável e
social.
resposta: Alternativa: C
Comentário: o significado de política é muito abrangente e está, em geral,
relacionado com aquilo que diz respeito ao espaço público. O termo tem
origem no grego politiká, uma derivação de polis que designa aquilo que é
público.
Pergunta 4
resposta: Alternativa: A
Comentário: o sistema político é o conceito utilizado que trata
da forma de governo predominante em um Estado constituído e
conjunto de instituições políticas. O sistema político permite a
organização do poder sobre a sociedade. Essa organização
permite, quando instituídas práticas democráticas, a disputa
pelo poder e o seu exercício por meio de instituições políticas,
públicas e de interesse público.
Pergunta 5
Como afirma Max Weber “todo homem, que se entrega à política, aspira ao poder –
seja porque o considere como instrumento a serviço da consecução de outros fins,
ideais ou egoístas, seja porque deseje o poder ‘pelo poder’, para gozar do sentimento
de prestígio que ele confere”. (WEBER, Max. “Ciência e Política: duas vocações”. 18.
ed. São Paulo, Cultrix, 2011, p. 67)
Assim, o conceito de política como práxis humana está intimamente relacionado com:
d.
A noção de poder, isto é, quem faz política busca ou exerce o poder.
Alternativa: D
Comentário: Weber identifica poder com política e vice-versa, pois para ele só há
política quando se vislumbra o poder. Só há ação política quando há luta por poder,
quando o poder está em disputa. Como afirma Weber, nem todo poder é
dominação, “é um caso especial de poder”. Traduzindo, há pessoas que partem
para a política (mandatária ou não) para lutarem pelo que consideram o bem
comum, outras pessoas partem para a política para satisfazer interesses escusos e
pessoais e há algumas pessoas que estão interessadas no poder apenas pelo
prestígio que ele confere.
Pergunta 7
Pergunta 8
O conceito de política como práxis humana está intimamente relacionado com a noção
de poder, isto é:
a.
Quem faz política busca e exerce o poder, com o objetivo de alguma vantagem
pessoal ou coletiva.
Alternativa: A
Comentário: o poder foi definido tradicionalmente como algo que “se baseia nos
meios para obter uma vantagem” (Hobbes), ou analogamente como “o conjunto de
meios que permitem obter efeitos desejados” (Russel). Um desses meios é o
domínio sobre os outros homens. (Bobbio, 1988, p. 21-36)
Pergunta 9
Pergunta 10
Unidade II
Pergunta 1
Com base no que foi estudado sobre o pensamento político de Aristóteles, aponte a
proposição correta:
d.
Para Aristóteles a família está presente no Estado, assim como na tese de que o
Estado deriva da família.
Pergunta 2
Para Platão, a filosofia tem um fim prático e é capaz de resolver os grandes problemas
da vida.
c.
Platão afirmou que o Estado ideal deveria ficar sob responsabilidade da mais
evoluída casta de governantes, os filósofos
Pergunta 3
b.
Apenas os homens livres eram considerados cidadãos e participavam diretamente
das decisões tomadas na Cidade-Estado.
Pergunta 4
Um aspecto importante da civilização grega da época residiu nos discursos
proferidos para obter a aprovação da maioria, Tais pronunciamentos deveriam
conter argumentos sólidos e persuasivos, induzindo alguns cidadãos a
procurarem aperfeiçoar a habilidade de discursar. Isso favoreceu o surgimento
de um grupo de filósofos que dominavam a arte da oratória.
d.
Sofistas.
Pergunta 1
c.
Não era considerado divino nem indicado pelos deuses, sendo eleito pelos cidadãos
comuns.
Resposta: C
Pergunta 2
(UEL-2004, adaptado) “Uma vez que constituição significa o mesmo que governo, e o
governo é o poder supremo em uma cidade, e o mando pode estar nas mãos de uma
única pessoa, ou de poucas pessoas, ou da maioria, nos casos em que esta única
pessoa, ou as poucas pessoas, ou a maioria, governam tendo em vista o bem comum,
estas constituições devem ser forçosamente as corretas; ao contrário, constituem
desvios os casos em que o governo é exercido com vistas ao próprio interesse da única
pessoa, ou das poucas pessoas, ou da maioria, pois ou se deve dizer que os cidadãos
não participam do governo da cidade, ou é necessário que eles realmente participem.”
(ARISTÓTELES. Política. Trad. de Mário da Gama Kury. 3ª ed. Brasília: Editora UnB,
1997. p. 91.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre as formas de governo em Aristóteles,
analise as afirmativas a seguir e escolha a que for correta.
a.
A democracia é uma forma de governo reta, ou seja, um governo que prioriza o
exercício do poder em benefício do interesse comum.
Resposta: A
Pergunta 3
c.
A monarquia (substituída por cônsules), a aristocracia (formada pelo senado) e a
democracia (a assembleia popular).
Resposta: C
Pergunta 4
a.
A linguagem, a política, o sistema educacional, a filosofia, a ciência, a tecnologia,
a arte e a arquitetura moderna, particularmente durante a renascença da Europa
ocidental e Américas nos século XVIII e XIX.
Resposta: A
Comentário : A herança cultural deixada pelos gregos foi riquíssima e influencia toda
a civilização ocidental. Suas concepções de beleza, retratadas nas obras de pinturas,
escultura e arquitetura, são tidas como clássicas por seu equilíbrio e harmonia.
Igualmente, suas produções filosóficas, científicas e teatrais, na linguagem, na
política, no sistema educacional, na ciência e na tecnologia foram fecundas e
delinearam o pensamento universal.
Pergunta 5
b.
Foi desvirtuada, e o exame do comportamento político dos homens, não importando
a dimensão, mostra que eles visam seus interesses individuais em detrimento de toda
a sociedade.
Resposta: B
Pergunta 6
b.
O fim último do estado é a virtude, isto é, a formação moral dos cidadãos e o conjunto
dos meios necessários para isso.
Resposta: B
Pergunta 7
“É evidente, pois, que a cidade faz parte das coisas da natureza, que o homem é
naturalmente um animal político, destinado a viver em sociedade, e que aquele que,
por instinto, e não porque qualquer circunstância o inibe, deixa de fazer parte de uma
cidade, é um ser vil ou superior ao homem [...].”
(ARISTÓTELES. A política. Trad. de Nestor Silveira Chaves. Rio de Janeiro: Ediouro,
1997, p.13.)
Com base no texto de Aristóteles, é correto afirmar que:
d.
O texto alude à ideia aristotélica de que o homem é um animal político por natureza,
mas quando o homem renega a coletividade, ele se torna vil ou divino.
Resposta: D
Pergunta 8
Na história do pensamento grego houve uma fase muito particular que foi muito
importante, mas de duração relativamente curta: o período dos sofistas. Esse período
compreendeu os séculos V e IV a.C. e envolveu poucos, porém grandes intelectuais,
pensadores e cientistas. Os sofistas se caracterizavam, mais do que por terem ideias
comuns, por uma identidade de pontos de vista e pelo emprego do mesmo método. Eles
afastavam a ideia de uma verdade universal e os princípios abstratos da justiça. Outra
diferença fundamental separa Sócrates dos sofistas: enquanto aqueles se consideravam
sábios, profundamente conhecedores de várias matérias e, justamente por essa razão,
se faziam pagar pelos seus ensinamentos, Sócrates defendia aquela fórmula tão célebre
quanto enigmática pela qual ficou para sempre conhecido: “Só sei que nada sei”. Ao
negar a existência de normas fixas que regem a conduta humana, os sofistas:
a.
Atacavam, por sua vez, os princípios racionais da natureza, que constituíam a base
da moral e da filosofia gregas.
Resposta: A
Pergunta 9
No período clássico, que vai do século V ao século IV a.C., a sociedade grega era
marcada por profundas desigualdades sociais. Embora houvesse diferenças na
organização social de cada cidade-estado, no geral, quase todas seguiam certo
padrão. Ela era formada por:
b.
Cidadãos (homens livres, nascidos nas cidades-estados), estrangeiros e escravos.
Resposta: B
Comentário : No período Clássico, que vai do século V até o IV a.C., a autonomia
política das várias cidades-estado da Grécia era visivelmente confrontada com o
aparecimento de grandes conflitos. No entanto, era formada por cidadãos (homens
livres, nascidos nas cidades-estados), estrangeiros (originários de outras cidades) e
escravos (principalmente prisioneiros de guerras, capturados e comercializados).
Pergunta 10
Resposta: E
Unidade III
Pergunta 1
“Para ganhar o favor popular, o candidato deve conhecer os eleitores por seu nome,
elogiá-los e bajulá-los, ser generoso, fazer propaganda e levantar-lhes a esperança de
um emprego no governo. [...]” Essas palavras de Cícero (106-43 a.C.) revelam:
d.
a existência de relações clientelistas.
Pergunta 2
A partir do século III, o Império Romano entrou em declínio. Com o fim das guerras de conquista,
b.
fez surgir o colonato e provocou o êxodo urbano.
Pergunta 3
Pergunta 4
Pergunta 1
c.
O Senado.
Resposta: C
Comentário: O Senado romano é uma das mais antigas instituições políticas
colegiadas, tendo origem em antigos conselhos de anciãos. Existente desde o
período monárquico (753 a.C. – 509 a.C.), o Senado ganhou mais importância a
partir do período republicano (510 a.C. – 27 a.C.), quando seus membros, os
senadores, deixaram de ser meros conselheiros do rei, passando a ser o centro do
governo romano, controlando as finanças públicas, a justiça e mesmo a religião. Já
com o Império (27 a.C.-476 d.C.), o Senado deixou novamente de ser o centro do
poder até se transformar em um órgão de administração municipal, por volta do
século III.
Pergunta 2
“As verdades que professamos acerca de Deus revestem uma dupla modalidade. Com
efeito, existem a respeito de Deus verdades que ultrapassam totalmente as
capacidades da razão humana. Uma delas é, por exemplo, que Deus é trino e uno. Ao
contrário, existem verdades que podem ser atingidas pela razão: por exemplo, que
Deus existe, que há um só Deus etc. Estas últimas verdades, os próprios filósofos as
provaram por meio de demonstração, guiados pela luz da razão natural”.
A partir dessa citação, identifique a opção que melhor expressa esse pensamento de
Tomás de Aquino.
d.
Mesmo limitada, a razão humana é capaz de alcançar por seus meios naturais
certas verdades.
Resposta: D
Comentário: Depois de oito séculos marcados por uma filosofia voltada para a
resignação, a intuição e a revelação divina, a Idade Média cristã chegou a um ponto
de tensão ideológica que levou à inversão quase total desses princípios. O
personagem-chave da reviravolta foi São Tomás de Aquino (1225-1274), o grande
nome da filosofia escolástica, cujo pensamento privilegiou a atividade, a razão e a
vontade humana. Segundo Tomás de Aquino, em “Súmula contra os gentios”, enfim,
a razão e fé puderam ser harmonizadas, apesar de serem distintas, mesmo no que
diz respeito às verdades que podem alcançar. Ele afirma, “com efeito, existem a
respeito de Deus verdades que ultrapassam totalmente as capacidades da razão
humana. Uma delas é, por exemplo, que Deus é trino e uno. Ao contrário, existem
verdades que podem ser atingidas pela razão: por exemplo, que Deus existe, que
há um só Deus etc. Estas últimas verdades, os próprios filósofos as provaram por
via demonstrativa, guiados que eram pelo lume da razão natural.”
Pergunta 3
(UFF 2011) Na Idade Média considerava-se que o ser humano podia alcançar a
verdade por meio da fé e também por meio da razão. Ao mesmo tempo, o poder
religioso (Igreja) e o poder secular (Estado) mantinham relacionamento político tenso e
difícil. O filósofo Tomás de Aquino desenvolveu uma concepção destinada a conciliar
FÉ e RAZÃO, bem como IGREJA e ESTADO.
De acordo com as ideias desse filósofo:
a.
A Igreja e o Estado são, em certa medida, conciliáveis.
Resposta: A
Comentário: Tomás de Aquino é uma figura simbólica de seu tempo na medida em
que representou como ninguém a tensão entre a tradição cristã medieval e a cultura
que se formava no interior de uma nova sociedade. A relação entre razão e fé está
no centro dos interesses do filósofo. Para ele, embora esteja subordinada à fé, a
razão funciona por si mesma, segundo as próprias leis. Ou seja, o conhecimento
não depende da fé nem da presença de uma verdade divina no interior do indivíduo,
mas é um instrumento para se aproximar de Deus. As relações entre Igreja e
Estado, na Idade Média, estão intrinsecamente vinculadas à essência da tradição
europeia, que tem como fonte a Antiguidade, pagã e cristã. Essa tradição no
Ocidente fez da Europa uma comunidade de civilização, que subsistiu sempre e
nem as posteriores divisões políticas, no decorrer dos séculos, conseguiram alterar.
Pode até afirmar-se, sem exagero, que a própria União Europeia entronca nela a
sua verdadeira gênese e é dela inseparável.
Pergunta 4
(UFF 2012) A grande contribuição de Tomás de Aquino para a vida intelectual foi a de
valorizar a inteligência humana e sua capacidade de alcançar a verdade por meio da
razão natural, inclusive a respeito de certas questões da religião. Discorrendo sobre a
“possibilidade de descobrir a verdade divina”, ele diz que há duas modalidades de
verdade acerca de Deus. A primeira refere-se a verdades da revelação que a razão
humana não consegue alcançar, por exemplo, entender como é possível Deus ser uno
e trino. A segunda modalidade é composta de verdades que a razão pode atingir, por
exemplo, que Deus existe. A partir dessa citação, indique a afirmativa que melhor
expressa o pensamento de Tomás de Aquino.
c.
Mesmo limitada, a razão humana é capaz de alcançar certas verdades por seus
meios naturais.
Resposta: C
Comentário: S. Tomás de Aquino foi quem melhor expressou as vias para o
conhecimento racional de Deus (5 vias): movimento, primeiro Motor. Causas
eficientes: causa primeira; contingência - Ser Necessário por si mesmo; graus de
perfeição - Ser Perfeito por essência; finalidade - Ser pelo qual todas as coisas se
ordenam a um fim. Outra via natural para o conhecimento de Deus é o próprio
homem: “Com a sua abertura à verdade e à beleza, com o seu sentido do bem
moral, com a sua liberdade e a voz da sua consciência, com a sua ânsia de infinito e
de felicidade, o homem interroga-se sobre a existência de Deus”. As atitudes
humanas que levam ao conhecimento de Deus implicam sinceridade e retidão no
coração do homem.
Pergunta 5
(Uncisal, 2011) Uma das preocupações de certa escola filosófica consistiu em provar
que as ideias platônicas ou os gêneros e espécies aristotélicos são substâncias reais,
criadas pelo intelecto e vontade de Deus, existindo na mente divina. Reflexões dessa
natureza foram realizadas majoritariamente no período da história da filosofia:
c.
Medieval.
Resposta: C
Comentário: Entre os problemas que o mundo ocidental viu surgir com o
aparecimento do cristianismo e que a Idade Média herdou, mas que eram
desconhecidos e até incompreensíveis para toda a Antiguidade clássica, estão a
nova noção cristã de humanidade, a distinção entre o espiritual e o temporal e o
aparecimento da Igreja como autoridade fora dos quadros do Estado. Esse encontro
das duas culturas, protagonizadas pela razão e pela fé, efetuou-se, principalmente
com São Tomás de Aquino, que foi um dos melhores transmissores do humanismo
pagão, e desde então jamais deixaram de exercer uma sobre a outra uma influência
profunda. Mas quer se tenham oposto ou unido, constituem dois elementos
constantes da tradição europeia, pelo que o período medieval é uma época de
unidade espiritual, moral e até material, fazendo da Europa uma comunidade de
civilização, mas não uma comunidade política. Ao contrário da Época Moderna, cuja
característica principal é definitivamente a divisão política, embora sem
comprometer a comunidade de civilização.
Pergunta 6
b.
O fim da escravidão por dívidas, a igualdade civil (liberação de casamento entre
plebeus e patrícios), igualdade religiosa (direito de atuarem como sacerdotes) e a
ampliação de direitos políticos (eleger representantes para diversos cargos
políticos).
Resposta: B
Comentário: A ascensão econômica da plebe levou esse grupo a exigir o direito de
intervir no Estado Romano. Progressivamente, a plebe foi conquistando espaços de
participação na política romana. Primeiro, o direito de eleger os tribunos da plebe,
que tinham o poder de vetar qualquer decisão do Senado; segundo, o fim da
escravidão por dívidas e a instituição das leis escritas; terceiro, a igualdade religiosa
e o casamento interclasses, que levou ao fim das classes sociais e o direito de
qualquer grupo social romano de integrar o Senado ou qualquer cargo das
magistraturas romanas.
Pergunta 7
b.
A república romana.
Resposta: B
Comentário: Cícero foi um político de reconhecida atuação durante a fase mais
violenta e incerta da era republicana romana. Seus escritos, tratados e estudos
produzidos durante esse período evidenciam mais que a simples defesa do regime
republicano e de suas instituições: suas obras destacam principalmente a
importância da manutenção do poder aristocrático como fundamento da ordem
republicana. De sua ampla produção intelectual, duas obras se destacam nesse
sentido: o De republica (“Da República”), escrito entre os anos de 54-52 a.C., e o De
Legibus (“Das Leis”), escrito entre 51-43 a.C. No primeiro livro, Cícero expôs suas
reflexões político-filosóficas sobre o regime de governo republicano romano,
centrando sua argumentação na defesa do caráter aristocrático dessas instituições.
Já na segunda obra, considerada como uma continuação da primeira, Cícero
apresenta suas reflexões sobre o ordenamento jurídico romano existente, pautado
na primazia do poder político senatorial como fator de estabilidade e ordem para a
república romana.
Pergunta 8
Leia com atenção o texto a seguir e indique qual das cinco vias da prova da existência
de Deus, elaboradas por Tomás de Aquino, está incorreta.
d.
Qualquer pessoa que consiga compreender os argumentos das cinco vias
conhecerá, com certeza evidente, a essência de Deus.
Resposta: D
Comentário: Profundamente influenciado por Aristóteles, Tomás de Aquino
sustenta que nada está na inteligência que não tenha estado antes nos sentidos,
razão pela qual não podemos ter de Deus, imediatamente, uma ideia clara e
distinta. Assim, para provar a existência de Deus, o filósofo procede a posteriori,
partindo não da ideia de Deus, mas dos efeitos por ele produzidos, formulando cinco
argumentos, cinco vias: 1) o movimento existe e é uma evidência para os nossos
sentidos; ora, tudo o que se move é movido por outro motor; se esse motor, por sua
vez, é movido, precisará de um motor que o mova, e, assim, indefinidamente, o que
é impossível se não houver um primeiro motor imóvel, que move sem ser movido,
que é Deus; 2) há uma série de causas eficientes, causas e efeitos, ao mesmo
tempo; ora, não é possível remontar indefinidamente na série das causas; logo, há
uma causa primeira, não causada, que é Deus; 3) todos os seres que conhecemos
são finitos e contingentes, pois não têm em si próprios a razão de sua existência –
são e deixam de ser; ora, se são todos contingentes, em determinado tempo
deixariam todos de ser e nada existiria, o que é absurdo; logo, os seres
contingentes implicam o ser necessário, ou Deus; 4) os seres finitos realizam todos
determinados graus de perfeição, mas nenhum é a perfeição absoluta; logo, há um
ser sumamente perfeito, causa de todas as perfeições, que é Deus; 5) a ordem do
mundo implica em que os seres tendam todos para um fim, não em virtude de um
acaso, mas da inteligência que os dirige; logo, há um ser inteligente que os dirige;
logo, há um ser inteligente que ordena a natureza e a encaminha para seu fim; esse
ser inteligente é Deus.
Pergunta 9
Para São Tomás de Aquino, o homem é corpo e alma inteligente, incorpórea (ou
imaterial) e se encontra, no universo, entre os anjos e os animais. Princípio vital, a
alma é o ato do corpo organizado que tem a vida em potência. Contestando o
platonismo e a tese das ideias inatas, Tomás de Aquino observa que se a alma tivesse
de todas as coisas um conhecimento inato, não poderia esquecê-lo e, sendo natural
que esteja unida a um corpo, não se explica por que seja o corpo a causa desse
esquecimento. Conhecer, para Tomás de Aquino, não é se lembrar, como
pretendia Platão, mas extrair, por meio do intelecto agente, a forma universal que se
acha contida nos objetos sensíveis e particulares. Do conhecimento depende o apetite
ou o desejo, inclinação da alma pelo bem. Para Santo Tomás de Aquino, filosofia e
teologia são ciências distintas porque:
a.
A filosofia se funda no exercício da razão humana e a teologia na revelação divina.
Resposta: A
Comentário: Profundamente influenciado por Aristóteles, Tomás de Aquino
sustenta que nada está na inteligência que não tenha estado antes nos sentidos,
razão pela qual não podemos ter de Deus, imediatamente, uma ideia clara e
distinta. Assim, para provar a existência de Deus, o filósofo procede a posteriori,
partindo não da ideia de Deus, mas dos efeitos por ele produzidos. Seguindo
Aristóteles, Tomás de Aquino diz que, para o homem, o bem supremo é a felicidade,
que não consiste na riqueza, nem nas honrarias, nem no poder, em nenhum bem
criado, mas na contemplação do absoluto, ou visão da essência divina, realizável
somente na outra vida e com a graça de Deus, pois excede as forças humanas.
Pergunta 10
Resposta Selecionada: e.
“Cidade de Deus” ( De civitate Dei).
Resposta: E
Comentário: Santo Agostinho (354 - 430 d.C) foi um filósofo, escritor, bispo e
teólogo cristão responsável pela elaboração do pensamento cristão medieval e da
filosofia patrística. Na sua visão católica da história, Santo Agostinho nos fala sobre
as duas cidades: a de Deus e a do homem. Na cidade de Deus, fundada sobre o
amor a Deus levado ao desprezo de si próprio, e a dos homens, fundada sobre o
amor próprio levado ao desprezo de Deus. Essas cidades foram fundadas no livro
do Gênesis por Caim e Abel. Caim criando uma cidade na Terra, e Abel, que não
criou nenhuma cidade na Terra, mas fundou a celeste. Para Santo Agostinho, a
primeira cidade está destinada a sofrer a pena eterna com o diabo e a segunda a
reinar eternamente com Deus.
Unidade IV
Pergunta 1
a.
O chefe de Estado deve ser um chefe de exército. O Estado em guerra deve
renunciar a todo sentimento de humanidade.
Pergunta 2
d.
Da experiência real do seu tempo para fundamentar o seu pensamento político.
Pergunta 3
e.
Conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe.
Pergunta 4
Segundo O príncipe, de Maquiavel, toda cidade está dividida em dois desejos opostos:
Resposta a.
Selecionada: O desejo dos grandes de oprimir e comandar e o desejo do povo
de não ser oprimido nem comandado.
Pergunta 1
(Enem, 2010) “O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel,
se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos
duros poderá ser mais clemente de outros que, por muita piedade, permitem os
distúrbios que levam ao assassinato e ao roubo.” MAQUIAVEL, N. O príncipe, São
Paulo: Martin Claret, 2009.
No século XVI, Maquiavel escreveu O príncipe, reflexão sobre a Monarquia e a função
do governante. A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na:
e.
Conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe.
Resposta: E
Comentário: Segundo Maquiavel, a moral política é marcada pela necessidade de
atingir seus propósitos. Assim, a função do príncipe é governar e manter a ordem
social, sem se preocupar com a imagem que possam formar de sua pessoa, com a
reputação de cruel. Maquiavel defendia o poder absolutista do Estado, com o poder
concentrado nas mãos do governante.
Pergunta 2
Pergunta 4
(UEL, 2003) “Sendo, portanto, um príncipe obrigado a bem servir-se da natureza da
besta, deve dela tirar as qualidades da raposa e do leão, pois este não tem defesa
alguma contra os laços, e a raposa contra os lobos. Precisa, pois, ser raposa para
conhecer os laços e leão para aterrorizar os lobos. Os que se fizerem unicamente de
leões não serão bem-sucedidos. […] E há de se entender o seguinte: que um príncipe,
e especialmente um príncipe novo, não pode observar todas as coisas a que são
obrigados os homens considerados bons, sendo frequentemente forçado, para manter
o governo, a agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião.” (MAQUIAVEL,
Nicolau. O príncipe 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1979. p.74-75).
A partir do texto de Nicolau Maquiavel, identifique a afirmativa, entre as indicadas a
seguir, que esteja em desacordo com seu pensamento sobre a noção do poder própria
ao governante.
c.
A sobrevivência do poder depende das virtudes da fé e da religião.
Resposta: C
Comentário: A nova ética abordada por Maquiavel analisa as ações não mais em
função de uma hierarquia de valores dada a priori, mas sim em vista das
consequências dos resultados da ação política. Para Maquiavel, portanto, a avaliação
moral não deve ser feita antes da ação política, segundo normas gerais e abstratas,
mas a partir de uma situação específica e em função do resultado dela.
Pergunta 5
Pergunta 6
(UEL, 2005) “A escolha dos ministros por parte de um príncipe não é coisa de pouca
importância: os ministros serão bons ou maus de acordo com a prudência que o
príncipe demonstrar. A primeira impressão que se tem de um governante e da sua
inteligência é dada pelos homens que o cercam. Quando estes são eficientes e fiéis,
pode-se sempre considerar o príncipe sábio, pois foi capaz de reconhecer a
capacidade e manter fidelidade. Mas quando a situação é oposta, pode-se sempre dele
fazer mau juízo, porque seu primeiro erro terá sido cometido ao escolher os
assessores”. (MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. Trad. de Pietro Nassetti. São Paulo:
Martin Claret, 2004. p.136.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre Maquiavel, é correto afirmar que:
e.
Um príncipe e seu governo são avaliados também pela escolha dos ministros.
Resposta: E
Comentário: O pensamento de Maquiavel nos leva à reflexão sobre a situação
dramática e ambivalente do governante; se aplicar de forma inflexível o código
moral que rege sua vida pessoal à vida política e, consequentemente, na escolha de
seus ministros.
Pergunta 7
Pergunta 8
(UEM, 2009) Leia o fragmento a seguir e assinale a alternativa correta.
“O príncipe eletrônico pode ser visto como uma das mais notáveis criaturas da mídia,
isto é, da indústria cultural. Trata-se de uma figura que impregna amplamente a
Política, como teoria e prática. Impregna a atividade e o imaginário de indivíduos e
coletividades, grupos e classes sociais, nações e nacionalidades em todo o mundo. Em
diferentes gradações, conforme as peculiaridades institucionais e culturais da política
em cada sociedade, o príncipe eletrônico influencia, subordina, transforma ou mesmo
apaga partidos políticos, sindicatos, movimentos sociais, correntes de opinião,
legislativo, executivo e judiciário.” (IANNI, Octávio. O príncipe eletrônico. In: COSTA,
Cristina. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. São Paulo: Moderna, p.296.)
Resposta e.
Selecionada: A expressão “príncipe eletrônico” está associada à concepção clássica
de política, construída por Nicolau Maquiavel e é utilizada no texto
acima como forma de destacar os processos de enfraquecimento do
poder do Estado Moderno na vida política contemporânea.
Feedback Resposta: E
da Comentário: A obra O príncipe, de Maquiavel, apresenta como
resposta: características: o realismo, em razão da sua fidedignidade com a
realidade manifesta; o pragmatismo, em razão da postura calculista
quanto aos resultados das ações propostas; e o empirismo, em razão da
importância atribuída ao conhecimento dos fatos históricos
e à experiência como referencial no sentido de evitar os mesmos erros
cometidos no passado pelos governantes. A noção de “príncipe
eletrônico” é uma expressão contemporânea associada à concepção
clássica de política construída por Maquiavel.
Pergunta 9
Pergunta 10
No início do século XVI, Maquiavel escreveu O príncipe – uma célebre análise do poder
político, apresentada sob a forma de lições dirigidas ao príncipe Lorenzo de Médicis.
Assim,justificou Maquiavel o caráter professoral do texto: “Não quero que se repute
presunção ao fato de um homem de baixo e ínfimo estado discorrer e regular sobre o
governo dos príncipes; pois assim como os [cartógrafos] que desenham os contornos
dos países se colocam na planície para considerar a natureza dos montes, e para
considerar a das planícies ascendem aos montes, assim também, para conhecer bem a
natureza dos povos, é necessário ser príncipe, e para conhecer a dos príncipes é
necessário ser do povo.” Tradução de Lívio Xavier, adaptada. Ao justificar a autoridade
com que pretende ensinar um príncipe a governar, Maquiavel compara sua missão à de
um cartógrafo para demonstrar que:
a.
O poder político deve ser analisado tanto do ponto de vista de quem o exerce
quanto do de quem a ele está submetido.
Resposta: A
Comentário: Maquiavel subverte abordagem tradicional da teoria política feita pelos
gregos e medievais. Este se alia à tendência utilitarista, pela qual pretende
desenvolver uma teoria voltada para a ação eficaz e imediata. Maquiavel percebe
que o conflito é um fenômeno inerente à atividade política e que está se faz
justamente a partir da conciliação de interesses divergentes. Portanto, segundo
Maquiavel, o poder político deve ser analisado tanto do ponto de vista de quem o
exerce quanto do de quem a ele está submetido.