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ESTUDO DA INFLUÊNCIA DE ACOPLAMENTOS FLEXÍVEIS NO ALINHAMENTO DE

EIXOS UTILIZANDOA MEDIÇÃO DA FORMA DE DEFLEXÃO OPERACIONAL (ODS)

Josué Natan Silva (1) (josuenatan@ymail.com)

Prof. D. Sc. Vinícius Augusto Diniz Silva (2) (viniciusadsilva@ufsj.edu.br)

(1)
Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) – DEMEC

RESUMO: Este estudo busca contribuir no entendimento da influência de acoplamentos flexíveis


no alinhamento de eixos através da análise de Forma de Deflexão Operacional (ODS). Esta tem
sido uma importante técnica utilizada pelos pesquisadores e profissionais de engenharia para
estudar o comportamento de um equipamento ou sistema mecânico que se encontra em
funcionamento. Ela consiste em relacionar o movimento dos pontos das malhas de um sistema a
outro de referência dentro da mesma para determinação do Grau de Liberdade (DOF). O objetivo
deste trabalho é mostrar através da ODS o comportamento do sistema dinâmico quando diferentes
situações de alinhamento são empregadas através do acoplamento flexível. Adicionalmente, o
trabalho apresenta a bancada de teste e os espectros de medições das Funções de Resposta em
Frequência (FRF) comprovando os estados do sistema. Os resultados obtidos apresentam boa
coerência quando comparados, possibilitando a criação de um banco de dados e sugerir ações
corretivas na estrutura.
PALAVRAS-CHAVE: Forma de Deflexão Operacional (ODS), Alinhamento, Acoplamento
Flexível, Funções de Resposta em Frequência (FRF), Microlog GX e ME`scopeVESTM.

1. INTRODUÇÃO
O crescimento da competitividade e os novos desafios relacionados com o aumento da
produtividade entre as indústrias têm exigido sistemas cada vez mais complexos e sofisticados, por
isso, o sistema de monitoramento da condição das máquinas tem se tornado muito importante (Silva
et al., 2009). Conhecer as técnicas de monitoramentos já existentes, aprimorá-las e até mesmo
desenvolver novas tecnologias significa uma manutenção de melhor qualidade e,
consequentemente, com menos tempo de horas paradas na planta industrial (Brito, 2002).
Os acoplamentos são um dos mais importantes elementos destas máquinas. Eles são
responsáveis por unir dois eixos, transmitindo torque e rotação; compensar desalinhamentos;
absorver choques e vibrações; e atuar como fusível mecânico. Os acoplamentos mecânicos são os
elementos com maior empregabilidade na transmissão de movimento rotativo e conjugado
(Ramalho et al., 2014). Se os acoplamentos forem projetados apropriadamente, eles podem diminuir
a sensibilidade relativa ao desalinhamento que existe entre os componentes acoplados (Tadeo,
2003).
Ainda segundo Tadeo (2003), o alinhamento perfeito entre eixos é difícil de ser obtido
devido a muitos fatores práticos, e ainda se obtido, é difícil de ser mantido durante o tempo de
operação dos sistemas mecânicos. Por apresentar tolerância ao desalinhamento, suavização por
torção nas transições mecânicas, entre outras vantagens, os acoplamentos elásticos se notabilizam
em aplicações tipicamente industriais de tração e variação de velocidade (Ramalho et al., 2014).
Em diversos tipos de indústria o acompanhamento e a análise de vibração tornaram-se um
dos mais importantes métodos de predição (Dias, 2009). No trabalho de Ramalho et al (2014) os
autores apontam como primeiro efeito da falha de acoplamentos a mudança no padrão de vibração
sucedida por um aumento de ruído audível e uma redução significativa de desempenho. E ressaltam
ainda que a análise espectral do sinal de vibração do equipamento monitorado é uma metodologia
de particular interesse por ser um método não invasivo e exercer pouca ou nenhuma influência
sobre o sistema monitorado.
Para entender um problema de vibração estrutural é necessário identificar a deformação da
estrutura. Existem diversas técnicas para fazer isto. Pode-se excitar uma estrutura, medir a Função
de Resposta de Frequência (FRF) em vários pontos e processar para obter parâmetros modais
(frequência modal, amortecimento modal e modo de vibrar). Uma outra maneira, é através da
medição da forma de deflexão operacional.
Segundo Scwarz e Richardson (1999), a análise da Forma de Deflexão Operacional (ODS)
consiste em relacionar o movimento dos pontos das malhas de um sistema a outro ponto de
referência dentro da mesma determinando o Grau de Liberdade (DOF) da estrutura. Com isto, a
ODS tem a finalidade de estudar o comportamento de um equipamento que se encontra em
funcionamento ou qualquer outro corpo cuja excitação seja desconhecida.
O objetivo deste trabalho foi o estudo da capacidade de um acoplamento flexível interferir
em um sistema se montado no eixo de um motor elétrico e trabalhando em alta rotação, através da
Medição da Forma de Deflexão Operacional (ODS – Operational Defletion Shape). Para verificação
do alinhamento do sistema foi utilizado o Alinhador a laser Fixturlaser. Os sinais de vibração foram
coletados através do Microlog GX-75, tecnologia SKF. Posteriormente analisados no software
ME’scopeVES™. Ambas as tecnologias estão disponíveis no LASID (Laboratório de Sistemas
Dinâmicos) onde os testes experimentais foram realizados.
Verificou-se o comportamento do sistema mecânico através da ODS quando inseridos
diferentes graus de desalinhamentos em seus eixos através do acoplamento flexível em duas
situações distintas, primeiramente com o sistema livre de influências externas e posteriormente com
a ação do freio mecânico TwiFlex da Tec Tor para simular uma carga externa.
Através dessa pesquisa detectou-se a forma operacional da deformação da estrutura. Foi
possível compreender o comportamento dinâmico da bancada de teste nas diversas situações
analisadas e sugerir ações corretivas. Com este estudo serão beneficiados os pesquisadores que
trabalham com detecção de defeitos incipientes em equipamentos rotativos, profissionais da Área de
Manutenção e alunos das disciplinas do curso de Engenharia Mecânica da UFSJ.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1. ODS (Operating Deflection Shape)

Segundo Souza (2014), a Análise Modal Experimental (AME) é um conjunto de técnicas


experimentais e modelos utilizados para identificação de parâmetros modais em estruturas,
máquinas e equipamentos. Ela segue uma ordem inversa a análise teórica. E recebe este nome
quando os parâmetros modais são identificados conhecendo-se a força de excitação e as técnicas
empregadas.
A determinação dos parâmetros modais utilizando somente os dados de resposta do sistema,
onde as excitações originam-se, por exemplo, da própria operação da máquina ou equipamento, é
chamada de Análise Modal Operacional (AMO) (SOUZA, 2014). A AMO segue a mesma ordem
inversa da AME, inicia-se pelo Modelo Resposta, onde são medidos os sinais de vibração na
estrutura, passa pelo Modelo Modal, onde são determinadas as propriedades modais tais como
discretização dos graus de liberdade, e são finalizadas pelo Modelo Estrutural, onde é possível
concluir a AMO observando os modos de vibração de interesse. A discretização deve ser feita de tal
modo que o sistema possa ser observável, ou seja dependendo do comprimento de onda analisado, a
discretização deve ser mais refinada ou não, para que o número de informações medidas seja
suficiente para gerar um modelo adequado da estrutura (GEVINSKI, 2014).
A análise da Forma de Deflexão Operacional (ODS) é feita a partir da relação de movimento
entre um ponto de referência e outros pontos da malha com o objetivo de informar o quanto a
estrutura está movimentando, qual ponto movimenta-se mais e em qual direção, se a ressonância é
como se parece o modo de vibração e, finalmente, se podem ser aplicadas ações corretivas para
reduzir os níveis de vibração e ruídos (SARTORI, 2014).
Segundo Sartori (2014), a principal diferença entre a ODS e as formas modais é a presença
de vibrações forçadas, pois a ODS apresenta ambos os tipos de vibração, enquanto as formas
modais, AME e AMO, são apresentadas apenas pela vibração ressonante. Dentre as vibrações
forçadas, tem-se as geradas por forças internas, desbalanceamentos, cargas externas e excitação do
ambiente.
Para Brito (2016), o comportamento dinâmico de estruturas pode ser avaliado a partir dos
parâmetros modais do sistema, sejam eles estimados através da análise modal numérica,
experimental ou operacional. Entretanto, em algumas situações, apenas o conhecimento da forma de
vibrar, em um determinado instante de tempo ou frequência, pode ser suficiente para o
entendimento e a avaliação do comportamento dinâmico das máquinas, equipamentos ou estruturas
(Brito, 2016). E para Gevinski (2014), as técnicas de Análise da Forma de Deflexão Operacional ou
em inglês Operating Deflection Shape (ODS) podem ser utilizadas.
Medições de ODS podem ajudar a responder às perguntas relacionadas à vibração e em
relação às diferenças esperadas no projeto em questão devido à variação de como se apresenta o
sistema mecânico, conforme apresentado a seguir.
 Qual a magnitude de movimentação do sistema?
 Onde está movendo mais?
 Qual o sentido deste movimento?
 O movimento é de um ponto relativo ao outro?
 O movimento se repete em situações diferentes?
 Quais são os modos de vibração dessa estrutura?
 Que ações corretivas podem reduzir essa vibração estrutural?

2.2. Bancada de Testes

Os testes experimentais foram desenvolvidos em uma bancada de teste, Figura 1, disponível


no Laboratório de Sistemas Dinâmicos (LASID), do Departamento de Engenharia Mecânica
(DEMEC), da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ). A bancada experimental é
composta de um motor elétrico WEG monofásico de 1CV, 1750 rpm, 110/220V; um acoplamento
flexível Samiflex – A0; um mancal de rolamento SNH 506 com rolamento 6206; um mancal SNH
507 com rolamento 6207; um mancal SNH 508 com rolamento 6208 e um freio mecânico TwiFlex
da Tec Tor que simulou a carga no sistema.
Figura 1. Bancada experimental. Fonte: Autor.

Na realização dos testes o Alicate Amperímetro auxiliou na verificação da eficiência de


aplicação da carga. Através do equipamento Fixturlaser o sistema foi alinhado e posteriormente
desalinhado em dois níveis diferentes. Para coletar os sinais de vibração foi utilizado o equipamento
industrial Microlog GX-75. Os sinais foram coletados com dois acelerômetros SKF CMSS2200,
com sensibilidade de 100 mV, o primeiro permaneceu na referência e o segundo coletou os dados
em determinados pontos de acordo com o a direção de liberdade. Por fim, para fazer a análise
detalhada do comportamento do sistema em cada situação, gerar a simulação da ODS e montar um
banco de dados foi utilizado o software ME`scopeVESTM.

3. METODOLOGIA

A metodologia para a análise do sistema dinâmico consistiu na medição da Forma de


Deflexão Operacional (ODS) com o motor em funcionamento do sistema em diferentes condições.
Em seguida procederam-se as análises dos sinais coletados.
Neste trabalho foram analisadas seis situações distintas como se observa a seguir:

1. O sistema mecânico foi operado livre com o alinhamento estando dentro das
recomendações do fabricante do acoplamento;
2. O sistema mecânico foi operado mantendo o alinhamento dentro das recomendações
do fabricante do acoplamento e o freio mecânico foi acionado simulando uma carga externa;
3. Foi inserido um desalinhamento misto intermediário através do acoplamento flexível
no sistema mecânico acima das recomendações do fabricante e o sistema foi operado de forma
livre;
4. O sistema foi operado com o desalinhamento misto intermediário através do
acoplamento flexível e a ação do freio mecânico;
5. O desalinhamento foi aumentado para o limite permitido pelo acoplamento flexível
e o sistema foi operado de forma livre;
6. E na última situação, com o mesmo desalinhamento limite inserido através do
acoplamento o sistema foi operado com a ação do freio mecânico.
A análise do sistema é feita pela medição da malha que é discretizada igualmente no sistema
real e na estrutura desenvolvida no software para a análise, Figura 2.

Figura 2. Estrutura desenvolvida no software. Fonte: Autor.

Para a estrutura em questão optou-se por coletar 125 pontos em cada situação, Figuras 3 e 4,
sendo cada um com uma direção de liberdade, X, Y ou Z.
Figura 4. Vista panorâmica dos pontos
coletados. Fonte: Autor.

Figura 3. Vista superior dos pontos


coletados. Fonte: Autor.

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.1. Comparação do sistema sem e com a carga

Após cada coleta os dados foram importados para a análise ODS do sistema. O foco das
análises foi na faixa de frequência de 0 a 100 Hz por contemplar a frequência de excitação
promovida pelo movimento rotacional do motor e seu primeiro harmônico.
Na Figura 5 pode-se observar o espectro da Função de Resposta em Frequência (FRF) de
todos os pontos sobrepostos com a bancada estando na primeira situação. Observa-se uma
magnitude de 1,55 mm/s na frequência de 30 Hz, frequência de excitação promovida pelo motor. E
uma maior magnitude próxima ao primeiro harmônico de 4,76 mm/s na frequência de 61,3 Hz.
Figura 5. Espectro de Vibração Magnitude X Frequência com a bancada na primeira situação.
Fonte: Autor.

Na Figura 6 pode-se observar o espectro da FRF de todos os pontos sobrepostos com a


bancada estando na segunda situação. Observa-se uma magnitude de 2 mm/s na frequência de 28,8
Hz, frequência de excitação promovida pelo motor quando o freio é utilizado. E uma maior
magnitude de 4,98 mm/s na frequência de 60 Hz próximo ao primeiro harmônico. Em comparação
com a Figura 5 é perceptível o aumento de picos devido à utilização da carga gerada pelo freio
mecânico.
Figura 6. Espectro de Vibração Magnitude X Frequência com a bancada na segunda situação.
Fonte: Autor.

Na figura 7 tem-se o modelo computacional comparando o comportamento do sistema na


primeira e na segunda condição. Observa-se que a magnitude de vibração no motor é maior quando
não ocorre a utilização da carga e todo sistema permaneceu mais estável quando a carga é utilizada.
Esta característica permite deduzir que o acoplamento flexível foi eficiente ao transmitir o torque do
motor para o eixo e contribuir para a redução do nível de vibração do motor quando o sistema
trabalhou com a carga.

Figura 7. Modelo computacional comparando a primeira e a segunda situação. Fonte: Autor.

Na Figura 8 pode-se observar o espectro da FRF de todos os pontos sobrepostos com a


bancada estando na terceira situação. Observa-se uma magnitude de 2,23 mm/s na frequência de 30
Hz, frequência de excitação promovida pelo motor. E uma maior magnitude próxima ao primeiro
harmônico de 4,37 mm/s na frequência de 61,3 Hz. Em comparação com o espectro da primeira
situação, onde a bancada estava alinhada dentro das recomendações do fabricante do acoplamento
houve um aumento de magnitude na freqüência do motor e um decréscimo na magnitude do
primeiro harmônico. Esta variação é esperada devido à mudança que o sistema sofreu quando foi
aplicado o desalinhamento.
Figura 8. Espectro de Vibração Magnitude X Frequência com a bancada na terceira situação.
Fonte: Autor.

Na Figura 9 pode-se observar o espectro da FRF de todos os pontos sobrepostos com a


bancada estando na quarta situação. Observa-se uma magnitude de 1,75 mm/s na frequência de 28,8
Hz, frequência de excitação promovida pelo motor quando o freio é utilizado. E uma maior
magnitude de 6,22 mm/s na frequência de 60 Hz próximo ao primeiro harmônico. Em comparação
com a Figura 8 se nota que a magnitude do primeiro harmônico sofreu uma maior variação do que
quando a bancada estava alinhada. Este efeito sugere que a utilização da carga com a bancada
desalinhada acentua ainda mais o nível de vibração do sistema.
Figura 9. Espectro de Vibração Magnitude X Frequência com a bancada na terceira situação.
Fonte: Autor.

Na Figura 10 tem-se o modelo computacional comparando o comportamento do sistema na


terceira e na quarta condição. Observa-se que a magnitude de vibração no motor continua sendo
maior quando não ocorre a utilização da carga, entretanto com a ação do freio mecânico e a
aplicação do primeiro desalinhamento o nível de vibração no mancal mais distante do motor
aumentou. Semelhante a comparação anterior o acoplamento continuou transmitindo de forma
satisfatória o torque, entretanto, a diferença de vibração entre a bancada com a carga e sem a carga
diminuiu sugerindo a diminuição da eficiência do acoplamento de absorver vibrações devido ao
desalinhamento.

Figura 10. Modelo computacional comparando a terceira e a quarta situação. Fonte: Autor.

O espectro da FRF de todos os pontos sobrepostos com a bancada estando na quinta situação
pode ser observado na Figura 11. Nesta situação uma magnitude de 2,85 mm/s foi alcançada na
frequência de 30 Hz, frequência de excitação promovida pelo motor. E uma maior magnitude
próxima ao primeiro harmônico de 5,6 mm/s na frequência de 61,3 Hz. Em comparação com os
espectros das situações anteriores houve um aumento de magnitude na frequência provocada pelo
motor e surgiram outros picos em determinadas frequências. Esta característica comprova a
inserção do desalinhamento conforme esperado validando a ODS.
Figura 11. Espectro de Vibração Magnitude X Frequência com a bancada na quinta situação.
Fonte: Autor.

Na Figura 12 pode-se observar o espectro da FRF de todos os pontos sobrepostos com a


bancada estando na sexta e última situação analisada. Observa-se uma magnitude de 1,75 mm/s na
frequência de 28,8 Hz, frequência de excitação promovida pelo motor quando o freio é utilizado. E
uma maior magnitude de 7,39 mm/s na frequência de 58,8 Hz próximo ao primeiro harmônico. Em
comparação com as situações anteriores se nota que a magnitude do primeiro harmônico continuou
aumentando à medida que o desalinhamento no sistema foi aumentado.
Figura 12. Espectro de Vibração Magnitude X Frequência com a bancada na quinta situação.
Fonte: Autor.

O modelo computacional comparando o comportamento do sistema na quinta e na sexta


condição pode ser observado na Figura 13. Neste grau de desalinhamento o motor sofreu uma maior
vibração com a ação da carga, entretanto, as duas situações apresentaram movimentos periódicos
que podem comprometer a bancada. O acoplamento já não consegue mais ajudar a absorver as
vibrações no sistema com a carga conforme nas situações anteriores. Esta característica é esperada
devido ao nível de desalinhamento estar muito acima das recomendações do fabricante.

Figura 13. Modelo computacional comparando a terceira e a quarta situação. Fonte: Autor.

4.2. Comparação do sistema em diferentes alinhamentos

Comparando as três situações em que a bancada foi utilizada sem a ação da carga, Figura 14,
verifica-se que a diferença do nível de vibração do motor para os outros componentes do sistema
decresceu à medida que o desalinhamento foi inserido. Todavia o nível de vibração geral aumentou,
criando movimentos mais comprometedores. Na situação em que o desalinhamento máximo foi
empregado o eixo apresenta uma maior deflexão e o acoplamento exigiu um maior torque do motor
justificando o fato do nível de vibração no motor ter ficado mais semelhante ao restante da bancada.
Figura 14. Modelo computacional comparando as três situações sem a carga. Fonte: Autor.

A figura 15 apresenta a comparação entre as três situações em que a bancada foi utilizada
com a ação do freio mecânico. O nível de vibração no motor aumentou à medida que o
desalinhamento foi aumentado conforme era esperado. Tal característica permite deduzir que o
acoplamento diminuiu sua capacidade de transmissão do torque do motor para o restante do
sistema.
Figura 15. Modelo computacional comparando as três situações com a carga. Fonte: Autor.

5. CONCLUSÃO

Os objetivos deste estudo foram alcançados de forma satisfatória, visto que através das
simulações geradas pelas Análises das Formas de Deflexão Operacional nas diferentes situações
que a bancada foi submetida foi possível verificar a influência dos desalinhamentos entre os eixos
através do acoplamento mecânico flexível.
Através dos resultados encontrados foi possível conhecer o comportamento da bancada e
com isto montar um banco de dados que auxiliará a melhoria de estruturas semelhantes em
laboratórios e empresas. De uma forma particular, recomenda-se analisar a forma que se encontra o
eixo e o mancal intermediário devido à movimentação horizontal que o sistema sofreu e a alta
magnitude de vibração nos pontos localizados no mancal respectivamente. Suspeita-se de
empenamento do eixo e má fechamento do mancal.
Ao longo deste trabalho o discente do curso de Engenharia Mecânica teve a possibilidade de
trabalhar com o Alinhamento de Eixos, a ODS e a Análise de Vibração, técnicas de grande
utilização pelos profissionais de manutenção para solucionar problemas nas grandes empresas que
geram altos custos se não forem corrigidos.
Para trabalho futuro pretende-se aplicar as ações corretivas e comparar os resultados.

6. AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem em especial aos coordenadores, membros e colaboradores do Grupo


de Estudos e Pesquisas do Laboratório de Sistemas Dinâmicos da Universidade Federal de São João
del-Rei que com tempo e disposição foram fundamentais para a execução deste trabalho.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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