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Um Breve Ensaio Sobre Religião em Hegel

Autor: Cicero Laurindo da Silva Junior 25/03/2019

UFPI- Universidade Federal do Piauí

Em uma análise hegeliana das religiões vemos que religião é o religa-se do


homem com Deus, ou melhor, em uma análise mais cética da coisa, um religa-se com
a consciência divina. O homem é o mesmo tendo em vista todos os povos e raças
como conduzidos por um ser absoluto, o qual Hegel chamou de espirito. Hegel ver a
realidade como algo vivo e que se movimenta em um eixo em si mesmo, contudo em
um círculo que nunca se fecha, uma repetição de etapas que se movem rumo a uma
atualização maior. Cada círculo é uma época, que é guiada por uma razão que é o
espirito da época. Para que essa realidade se movimente é necessário passar por um
processo dialético, o homem de forma geral pensando no mesmo como uma forma de
coletividade se desenvolver intelectualmente por meio das etapas do conhecimento até
atingi a condição de consciência da verdade. Para tingir a verdade ele passa pelo
processo de tese, antitese e finalmente a síntese, isto é, um resumo de todo processo
algo que se iguala ao método de René Decartes na construção do conhecimento como
objeto de pesquisa. Contudo todo esse processo de aprendizagem do homem abrange
toda uma uma coletividade formando uma razão que é histórica por assim dizer, essa
razão é chamada de espirito. Temos um espirito individual que é guiado pela intuição
de cada povo ou nação e temos finalmente o espirito absoluto, o espirito livre, esse
último é o mesmo espirito do ser que buscou a verdade, contudo ele se unificou ao
espirito universal o qual alguns comparam com Deus ou alguma coisa divina. Nesse
processo também temos as etapas que o espirito percorre e uma delas é a religião. O
homem não pode ser separado de sua história, a razão do homem por assim dizer é
histórica, e o fim da história é quando o espirito atinge a completa liberdade.
Entendam que espirito é algo que remete as faculdades da mente em conhecer a
realidade do mundo sensível e extrassensível, por isso temos a filosofia da mente
como estudo de suas funções em conhecer a realidade como ela é. Para Hegel o
conhecimento é adquiro por etapas, em uma dessas etapas de forma geral o homem
passaria pela experiência imediata, o conhecimento imediato de todas as coisas. Esse
seria o conhecimento sensível das coisas. A religião por assim dizer seria um estado
de consciência onde o indivíduo tem o conhecimento imediato das coisas no sensível.

Mas a forma como o mesmo via a formação das religiões deveria ser guiada por
um espirito livre, um espirito de reflexão que reflete em si mesmo. Um espirito
consciente de si no tocante a sensibilidade. A religião necessita de um espírito para
ser conduzida, mas este espírito deve primeiramente conhecer-se a si próprio para em
seguida conhecer o próximo. A “filosofia apoia-se nas mesmas bases da religião,
enquanto o objeto de ambas é idêntico, isto é, a razão universal existente em si e por
si”. (HEGEL, 1980, p.361). Sendo o espírito aquele que orienta a religião, ele deve
em primeiro lugar ter consciência de si próprio, para fazer com que essa religião seja
revelada com clareza a todos os povos. É complicado o homem ter conhecimento do
próprio Deus, mas através do espírito que rege a religião, e até mesmo do espírito que
rege o próprio homem, é possível que o homem tenha conhecimentos das várias
qualidades que Deus possui. Todos os povos têm sua própria forma de se conectar
com o seu lado místico, o seu lado sensível ou melhor dizendo o lado intuitivo do ser.
E esse comportamento é o mesmo em todos os homens de todos os povos, desde o
mais primitivo como os índios até mesmo o da sociedade mais desenvolvida, sem
falar no homem europeu que era modelo na época de Hegel de homem evoluído
intelectualmente. Essa reflexão que a religião traz em si, é algo que é herdado em um
segundo estágio pela condição de filosofia que também passa pelo campo das artes e
da estética como sendo conhecimentos intuitivos. O homem toma consciência das
coisas no imediato e construo seu conhecimento, mas nunca jamais deve se conter, se
estacionar, é um eterno questionasse para chegar aquilo que pode ser mais próximo da
verdade. O homem só é inteiramente livre quando ele realmente se questionar
passando do imediatismo para o consciencialismo da coisa. É um eterno retornar de
consciência. A religião não deve ser levada como algo ultrapassado ela é a base desse
construísse. A sociedade moderna de hoje se ver na condição de desmitificar os mitos
por meio do conhecimento cientifico, mas acaba menosprezando o sensível. A
religião é a base desse conhecimento, não devemos negar sua importância para
sociedade moderna. Por que com os conflitos e guerras do passado onde o grande
espirito da realidade passou em suas contradições e dialéticas aprendeu a fazer um
conhecimento mais consciente de si. A igreja católica de hoje é uma igreja consciente
de seus atos do passado diferente da que esteve na idade média, isto é, o espirito do
passado ainda estava em seu estado primitivo, ainda no conhecimento imediato das
coisas. Os homens eram ainda cegos de sua realidade, a religião verdadeira estava
longe de ser dita como tal. A religião é revelada através da consciência-de-si, ou seja,
através do espírito divino. Nos cultos, nas celebrações que acontecem em várias
religiões, o espírito se manifesta no homem de forma exterior e principalmente de
forma interior, sendo assim, há uma junção do exterior com o interior. O espírito é
sabido como consciência-de-si, e é imediatamente revelado a esta consciência, pois é
a própria; por isto se diz que a natureza divina é o mesmo que é a humana: e é esta
unidade o que se contempla (HEGEL, 1980, p.190).

Referências:

HEGEL, G. W. F. Fenomenologia do Espírito. Petrópolis: Vozes, 1988.

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