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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA

LICENCIATURA EM MÚSICA

REPOSIÇÃO DE SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO

ALUNO: ANTONIO ELIAS SILVA NETO

RESENHA CRÍTICA

EDUCAÇÃO OPRESSORA.
FREIRE, Paulo. A concepção «bancária» da educação como instrumento da
opressão: In: A Pedagogia do Oprimido. 23. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1970.
cap. 2, p. 37-40.

I AUTOR
Paulo Reglus Neves Freire (1921-1997) foi um educador, pedagogo e filósofo
brasileiro. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da
pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.

A CONCEPÇÃO BANCÁRIA DA EDUCAÇÃO COMO OBJETO DE


OPRESSÃO.

No capítulo 2, o autor fala sobre o conceito de concepção bancária da


educação como instrumento da opressão, caracterizada como um depósito, uma
dádiva ou uma ação que assistencia o povo, considerada “tábua rasa”, em
alusão ao argumento do empirista John Locke. Esta pedagogia caracteriza-se
por relações fundamentalmente narrativas e dissertativas entre um sujeito
narrador, o educador, e objetos ouvintes, os educandos, por falar da realidade
como algo estático, compartimentado e completamente alheio à experiência
existencial dos educandos, recorrendo ao esvaziamento da dimensão concreta
que deveria ter.
O autor define educação como um ato de depositar, onde o homem é um
ser adaptável e ajustável, em que educador e educando se arquivam por não
haver criatividade, transformação e saber, pois, segundo o autor, só existe saber
na invenção, reinvenção, busca inquieta, impaciente e permanente que os
homens fazem no mundo, com o mundo e com os outros, o que se traduz numa
busca esperançosa. Na visão bancária da educação o saber é uma doação
fundamentada na absolutização da ignorância, manifestação instrumental da
ideologia da opressão, que visa transformar a mentalidade do oprimido e não a
situação que o oprime.
Neste capítulo, o autor defende que os homens são seres da procura e a
sua vocação ontológica é humanizar-se. Segundo Paulo Freire, os homens
educam-se entre si mediatizados pelo mundo, pela educação problematizadora
que exige a superação da contradição educador/educando e o diálogo, e em que
ambos se tornam sujeitos do processo e crescem juntos em liberdade,
procurando o conhecimento verdadeiro e a cultura pela emersão das
consciências para uma inserção crítica na realidade. O autor chama a atenção
para que em nenhum propósito, mesmo na liderança revolucionária, o homem
aliene os outros nas suas decisões, mas sim que os incentive à luta pela sua
emancipação no mundo. A libertação do estado de opressão é uma ação social,
não podendo, portanto, acontecer isoladamente. O homem é um ser social e por
isso, a consciência e transformação do meio deve acontecer em sociedade. No
desenvolver da sua obra, Paulo Freire procura conscientizar o docente do seu
papel problematizador da realidade do educando e de como a educação também
tem um papel importante nesse processo de busca pela liberdade e que, por
isso, Freire é levado a aprofundar alguns pontos discutidos em sua primeira
obra: Educação como prática da liberdade. “Somente os oprimidos, libertando-
se, podem libertar os opressores” (FREIRE, 1987, p.24). Ou seja, no momento
em que os oprimidos se libertarem, os opressores deixarão de existir, e assim
ambos encontrariam a liberdade. Opressores geram opressores, e muitos que
são oprimidos almejam ser opressores por causa do “poder” de opressão, que
por muitos oprimidos é tido como objetivo. Apesar do opressor parecer está
acima de tudo, ele também não é um ser livre, porque depende do oprimido para
estar acima dos outros, precisa do “poder”.

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