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A disciplina de Economia I tem como objetivo geral capacitar o aluno para compreender como
funciona o Sistema Econômico e Financeiro de uma sociedade, sendo capaz de analisar as
inúmeras questões econômicas do cotidiano e aquelas informadas pela mídia impressa,
eletrônica ou televisiva.
A Economia surgiu como ciência a partir de 1.776, com a publicação da obra de Adam Smith, A
Riqueza das Nações. Antes disso, a Economia não passava de um pequeno ramo da Filosofia
Social e do Direito. Com o Mercantilismo e a Fisiocracia, as ideias econômicas começam a ter
um pequeno desenvolvimento.
Com a publicação da Riqueza das Nações, em 1.776, tendo como experiência a Revolução
Industrial Inglesa (1.760-1.830), Adam Smith estabeleceu as bases científicas da Economia
Moderna. Ao contrário dos mercantilistas e fisiocratas, que consideravam os metais preciosos e
a terra, respectivamente, como os geradores de riqueza nacional, para ele o elemento
essencial da riqueza é o trabalho produtivo. Assim o valor pode ser gerado fora da agricultura.
Adam Smith ensinou que a Economia Política tem como objetivo gerar riqueza para o indivíduo
e o Estado, para o provimento de suas necessidades básicas.
A riqueza aumenta pelo trabalho produtivo, fecundado pelo capital. "O trabalho anual de cada
nação constitui o fundo que originalmente lhe fornece todos os bens necessários e os confortos
materiais de que consome anualmente. O mencionado fundo consiste sempre na produção
imediata do referido trabalho ou naquilo que com essa produção é comprado de outras
nações." O valor vem do trabalho, desse modo ele pode ser gerado fora da agricultura, desde
À medida que a economia consegue expandir seus mercados, ela obtém rendimentos
crescentes à escala, podendo distribuir sem conflitos um produto social maior entre capitalistas,
trabalhadores e Governo, na forma de lucros, salários e impostos.
DEFINIÇÃO E OBJETO
A palavra economia deriva do grego “oikosnomos” (de oikos, casa, nomos, lei) e pode ser
definida como sendo a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem
empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-
los entre várias pessoas e grupos sociais, a fim de satisfazer as necessidades humanas.
Necessidades que são de certa forma ilimitadas e podem ser classificadas em:
Primárias (vestir, comer);
Secundárias (supérfluos) ;
Coletivas (segurança, transporte).
De posse dos elementos citados acima, podemos afirmar que ECONOMIA é o processo que
combina fatores de produção para criar bens e serviços.
São diferentes tipos de sistemas econômicos que administram os limitados recursos com a
finalidade de produzir bens e serviços objetivando satisfazer as necessidades da população.
A economia pode ser representada pelo fato de termos que utilizar algo até o seu desgaste
total e só depois substituí-los quando realmente, necessário, ou seja, evitando desperdício e
lucrando com a diminuição dos gastos. Podemos também citar o exemplo da dona de casa no
supermercado: comprando o produto de igual necessidade mas de valor mais acessível, ela
estará economizando no seu salário sem retirar o produto de seu consumo.
Então, representada de várias maneiras em diversos exemplos, fica fácil distinguir e relatar a
Economia de acordo com o ponto de vista de cada um.
A Economia não se aplica apenas ao setor doméstico e pessoal; mas também ao setor
nacional e internacional quando se refere a investimentos (ações da bolsa de valores;
aplicações em fundos de investimentos...), moedas (compra e venda de dólar), títulos etc.
PRATICANDO:
2- Você já ouviu falar da crise de 1.929? Elabore uma pesquisa para apresenta-la em sala
de aula.
NECESSIDADES INDIVIDUAIS:
Por isso, pode-se dizer que as necessidades são ilimitadas ou, de forma, que sempre
existirão necessidades que os indivíduos não poderão satisfazer, ainda que seja somente pelo
fato de os desejos tornarem-se “refinados”.
BENS:
É tudo aquilo que satisfaz direta ou indiretamente os desejos e necessidades dos seres
humanos. Inicialmente, os bens são classificados e materiais e imateriais. Vários são os
critérios adotados para as classificações dos bens. Os principais são:
Quanto à raridade:
- Livres: são ilimitados em quantidade ou muito abundantes
e não são apropriáveis.
Por outro lado, os bens podem ser intermediários (o cimento é um exemplo), pois sofrem novas
transformações antes de se converterem em bens de consumo ou de capital; ou bens finais,
isto é, os que já sofrera m essas transformações. A soma total de bens e serviços finais
gerados em um período denomina-se produto total.
SERVIÇOS:
Serviços são aquelas atividades que, sem criar objetos materiais se destinam direta ou
indiretamente a satisfazer necessidades humanas. Pode-se dizer que os serviços são
atividades intermediárias que concorrem para a produção, distribuição e consumo de bens.
Desse modo representam os serviços: as atividades administrativas; publicitárias; transportador
ou agente de vendas: distribuição de produtos; artistas de cinema e teatro, escritor ou cantor:
necessidades culturais; outros serviços: bancos, seguros, corretores, etc.
Pode-se dizer que os recursos produtivos apresentam como características básicas o fato de
serem limitados ou escassos, ou seja, não existe em quantidade suficiente para produção de
todos os bens necessários.
Os Recursos Produtivos são também denominados fatores de produção, eles são elementos
utilizados no processo de fabricação dos mais variados tipos de mercadorias as quais serão
utilizadas para satisfazer necessidades.
São eles:
Trabalho: Força desenvolvida pelo ser humano. São as faculdades físicas, mentais e
intelectuais dos seres humanos que intervém no processo produtivo.
É trabalho constituído como economia os serviços prestados por um médico, o
trabalho de um operário empregado na construção civil etc. Sendo esta o fator básico
da produção.
Se dedicarmos certa quantidade de recursos para produzir bens de capital, eles nos satisfarão
necessidades no futuro, quando forem utilizados na produção de bens de consumo.
Na Produção, por exemplo, a empresa tem de decidir que bem vai produzir e que meios
utilizará para produzi-los.
Em relação ao Consumo, as famílias têm de decidir como vão gastar a renda familiar entre os
diferentes bens e serviços ofertados para satisfazer suas necessidades. Assim, uma família
qualquer, na hora de decidir entre um televisor ou uma máquina de lavar, levará em conta suas
necessidades, os preços de ambos os bens e suas próprias preferências, de forma que o
resultado da escolha seja o mais apropriado.
Terra Aluguel
Trabalho Salário
Capital Juros
Capacidade Empresarial Lucro
Os agentes econômicos são pessoas de natureza física ou jurídica que, através de suas ações,
contribuem para o funcionamento do sistema econômico.
EMPRESAS – agentes encarregados de produzir e comercializar bens e serviços;
FAMÍLIAS – são os agentes responsáveis pelo consumo dos bens e serviços;
GOVERNO – organizações que atuam sob o controle do Estado.
Uma boa parte dos bens e serviços é consumida, mas há outra parte que não é,
permanecendo muito tempo entre as pessoas, algumas vezes por gerações e, mesmo, por
séculos. Como exemplos desses bens, temos as instalações industriais, as linha telefônicas, as
estradas, as pontes, as obras de arte, os edifícios históricos etc.
Tais bens são produzidos através da combinação de fatores de produção, mas permanecem
por longo tempo entre as pessoas, formando um acervo, um estoque de bens que podem ser
usufruídos por muitos anos. Essas observações são importantes para que se possa introduzir
um novo conceito, o de riqueza.
A riqueza compõe-se, ainda, de elementos como a população do país (seu fator trabalho), os
recursos naturais (a terra agricultável, as reservas minerais e de petróleo e os mananciais de
água), os equipamentos (máquinas e instalações das empresas), as redes de energia, a
distribuição de água, as estradas, as pontes, os edifícios públicos, as habitações, os
monumentos históricos, as obras de arte, as bibliotecas e outros, além dos bens correntemente
produzidos, como alimentos, roupas etc.
PRATICANDO:
Vimos que a produção econômica é obtida com a combinação dos fatores de produção
representada pelo trabalho, pelo capital, e pelos recursos naturais
Desses três fatores, o trabalho, o trabalho receberá um destaque especial por duas razões
básicas. Primeiro, porque são as pessoas que organizam e executam a produção econômica e
segundo porque a produção de bens e de serviços reverte para as pessoas, a fim de que
possam satisfazer suas necessidades.
O estado da população, ou seja, seu número, sua distribuição por sexo, idade e estado
civil, número e composição das famílias, grau de escolaridade etc.;
Os fenômenos demográficos, com os nascimentos, os casamentos, os óbitos etc.;
Os movimentos das populações, sua tendência para o crescimento, os movimentos
migratórios e suas consequências etc.;
População dependente é aquela que não tem condições de oferecer força de trabalho,
seja porque ainda não tem idade para isso, seja porque já perdeu as condições
Obs: apenas para que se tivesse um critério para formular essas comparações, estabeleceu-se
que as “crianças” entre 0 e 14 anos e os “velhos” com mais de 65 anos fariam parte da
população dependente.
A população economicamente ativa, também conhecida como “P.E.A.” é aquela que está
efetivamente integrada no mercado de trabalho, sendo formada pela população ocupada e
pelos desempregados.
A ESCASSEZ
A escassez é um conceito relativo, pois existe o desejo de adquirir uma quantidade de bens e
serviços maior que a disponibilidade.
Existem países em que a população possui níveis de vida mais elevados do que em outros.
Nesses países, há alimentos e bens materiais abundantes. Enquanto em alguns países
atrasados existem milhões de pessoas vivendo na mais absoluta pobreza, onde muitos
chegam a morrer de fome.
* Resumindo:
Devido às necessidades do ser humano serem ilimitadas, através dos consumos dos mais
diversos bens (moradia, vestuário, alimentação) e de serviços (transportes, assistência
médica...) no mesmo instante em que os recursos produtivos, através das máquinas, fábricas,
terras e matérias primas estão a disposição da sociedade e são insuficientes para produção de
bens necessários para satisfação das necessidades humanas.
Por isso temos que utilizar a escolha, ou seja, não se pode produzir tudo o que todos desejam
e por isso criam-se mecanismos que ajudem a sociedade a decidir quais bens serão
produzidos e necessidades atendidas. Em relação as escassez de recursos, temos sempre que
nos preocuparmos em utilizá-los de maneira racional e eficientes quanto possível.
Como produzir? – é uma questão técnica, que indica que há várias maneiras de se
combinarem os fatores de produção para se obterem bens e serviços.
Para quem produzir? – envolve uma questão da distribuição dos bens e dos serviços
produzidos entre os elementos a sociedade.
Podemos dizer que todas as leis, regulamentos, costumes e práticas tomadas em conjunto, e
suas relações com os componentes de uma economia, incluem-se as empresas com o
fornecimento de bens e produtos diversificados, as famílias que são geradoras de consumo e
prestação de serviços e o governo com a arrecadação de impostos constituindo-se assim um
Sistema Econômico.
Um sistema econômico pode ser definido como a reunião dos diversos elementos
participantes da produção de bens e serviços que satisfazem as necessidades da sociedade,
organizados não apenas do ponto de vista econômico, mas também social, jurídico,
institucional etc.
O mesmo ocorre quanto à intervenção pública, que engloba desde uma intervenção mínima em
impostos, crédito, contratos e subsídios até o controle dos salários e os preços dos sistemas de
economia centralizada que imperam nos países comunistas.
Em quase todos os países capitalistas, uma parte importante do produto nacional bruto (PNB)
é produzida pelas empresas privadas, pelos agricultores e pelas instituições não
governamentais, como universidades e hospitais particulares, cooperativas e fundações.
Empresas Famílias
Mercado de Fatores
Demanda
Oferta de
Derivada Preços dos Fatores Fatores
salário, preço da terra,
tipo de interesses
Setor terciário: esse setor se diferencia dos outros pelo fato de seu produto não ser
tangível, concreto, embora seja de grande importância no sistema econômico.
Durante o processo de produção, em que são obtidos bens e serviços, as unidades produtoras
remuneram os fatores de produção por elas empregados: pagam salários aos seus
trabalhadores, aluguel pelas instalações que ocupam, juros pelos financiamentos obtidos e
distribuem lucros aos seus proprietários. Essa remuneração é recebida pelos proprietários dos
fatores de produção e permite-lhes adquirir os bens e os serviços de que necessitam.
Este é o aspecto fundamental do sistema econômico, e que garante sua eficiência: as unidades
produtoras, ao mesmo tempo em que produzem bens e serviços, remuneram os fatores de
produção por elas empregados, permitindo que as pessoas adquiram bens e serviços
produzidos por todas as outras unidades produtoras.
Uma pessoa que trabalha numa fábrica de roupas, por exemplo, não vai adquirir apenas o
produto de seu trabalho (as roupas) com o salário que recebe. Precisa também, comprar
alimentos, alugar ou comprar uma casa, tomar condução etc.
É através da remuneração de sua força trabalho (fator de produção que concorreu para a
produção das roupas) que ela poderá adquirir as coisas de que necessita para viver.
O fluxo real é formado pelos bens e serviços produzidos no sistema econômico, que
também recebe o nome de produto.
Esses dois fluxos dois fluxos tem um significado muito importante para a teoria econômica. O
fluxo real, formado pelos bens e serviços produzidos, constitui a oferta da economia, ou seja,
tudo aquilo que foi produzido e está à disposição dos consumidores.
O fluxo monetário, formado pelo total da remuneração dos fatores produtivos, é a demanda
ou a procura da economia, ou seja, aquilo que as pessoas procuram para satisfazer suas
necessidades e desejos.
A oferta e a procura são as duas funções mais importantes de um sistema econômico. Essas
duas funções formam o mercado onde as pessoas que querem vender se encontram com as
pessoas que querem comprar.
É importante observar que o termo Mercado, na Teoria Econômica, não significa apenas o
lugar físico onde as pessoas estão localizadas, como uma feira livre, por exemplo. Seu
significado é muito mais amplo.
É importante observar que, na realidade, os fluxos monetário e real estão, ao mesmo tempo,
tanto com as famílias e empresários como no mercado, não sendo necessário haver uma volta
completa para que os mesmo se reiniciem.
ESTRUTURA DE MERCADO
Monopólio:
É uma situação de mercado em que uma única firma vende um produto que não tenha
substitutos próximos; ex.: Serviços Telefônicos e Petróleo no Brasil.
Concorrência Monopolística:
É uma situação de mercado na qual existem muitas empresas vendendo produtos
diferenciados que sejam substitutos próximos entre si; ex.: Fabricantes de cigarros;
sabonetes, creme dental, etc.
Surgiu então a primeira empresa holding do Ocidente, a “East India Trade Company”, em 1604,
que operou até o começo do século XIX, dominando o comércio entre as ilhas britânicas e
parte do continente asiático.
Desde o fim do século XIX, a disputa entre as empresa tomou a forma de guerra entre Estados.
Cada governo passou a aplicar barreiras tarifárias para proteger “suas empresas” contra as
estrangeiras. Dentro de cada país eram promovidos acordos de cartéis, pelos quais várias
empresas fixavam preços e dividiam mercados, com a cumplicidade do próprio governo.
A empresa surgida a partir daí, com comando estratégico centralizado e uma estrutura
multidivisional, conferindo liberdade tática a cada divisão, - as subsidiárias espalhadas pelo
mundo como extensão natural do mercado norte-americano - era a multinacional típica do inicio
do século até o final dos anos 60. Atualmente, oportunidades e pressões para o crescimento de
empreendimentos, combinadas com o alto custo de capital de terceiros, substituem a política
de controle absoluto ou de estabelecimento de subsidiárias ou filiais pelas técnicas de fusão,
participação acionária e joint ventures.
CARTEL: É uma forma de associação monopolista. Ao contrário do truste, que representa uma
forma de concentração vertical, o Cartel é uma concentração horizontal. Nele as diversas
empresas produtoras de um mesmo ramo fazem um acordo, sem perderem sua autonomia de
operação e administração.
Cada uma das empresas continua fabricando o produto, mas passa a seguir uma única
orientação no que diz respeito a política de preços, características e qualidades do produto,
bem como do seu volume de produção.
As empresas reunidas no cartel, não fazem concorrência entre si, pois lançam produtos com as
mesmas características, com os mesmos preços e idênticas taxas de lucros, concorrendo,
assim, com grande vantagem com as empresas fora do cartel, chegando mesmo a impedir a
entrada de novos produtores no mercado.
Embora a empresa que funciona como Holding não se identifique com nenhuma daquelas
que de que detém as ações, as empresas controladas não podem assumir qualquer atitude
industrial ou comercial que vá contra os interesses da Holding que as controla.
A holding pode ser definida como uma empresa que opera em vários setores da economia.
Um exemplo de holding são os zaibatsu japoneses. O zaibatsu do conde Mitsui Bussam
Kaisha, por exemplo, controlava um império econômico: finanças, seguros , atacado e varejo,
construção civil, indústrias de mineração, alimentícia, têxtil, química, de papel, de vidro,
automobilística, ótica e negócios imobiliários.
Como se pode ver, tal gênero de agrupamento não passa de uma forma de Truste, uma vez
que se trata de uma empresa que controla outras diretamente.
É uma política adotada pelos grandes trustes internacionais, para conquista de mercados
estrangeiros, vendendo seus produtos, muitas vezes abaixo do custo, compensando tal perda,
nos preços do mercado interno.
JOINT VENTURE: Pode ser definida como uma fusão de interesses entre uma empresa com
um grupo econômico, pessoas jurídicas ou pessoas físicas que desejam expandir sua base
econômica com estratégias de expansão e diversificação, com propósito explícito de lucros ou
benefícios, com duração permanente ou a prazos determinados.
Outro exemplo de joint venture seria um fabricante de conservas de alimentos que oferecesse
uma fusão de interesses para um fazendeiro, que controlasse a matéria-prima em quantidade e
qualidade adequadas para transformação em alimentos conservados.
Existe ainda uma certa inibição entre executivos perante a fusão empresarial por joint venture,
em caso de transferência de tecnologia ou qualquer outro ativo intangível que não possui
proteção legal, patentes e marcas registradas, que poderiam ficar no domínio público, uma vez
utilizado como aporte de capital para uma transação de joint venture.
PRATICANDO:
As análises e notícias que aparecem na mídia, pela sua frequência e importância, fazem parte
de nosso cotidiano. Assim, as pessoas e as empresas, que sabem que são afetadas pelas
variáveis, se interessam e realizam suas próprias avaliações sobre os cenários
macroeconômicos e suas realidades podem ser influenciadas pelas variáveis.
O Produto nacional bruto (PNB) mede em termos monetários o que se produz em um país, a
produção final, que corresponde, por definição, à demanda final. O PNB potencial, em
determinado momento, depende da quantidade de fatores da produção disponível — trabalho e
capital — e da tecnologia. Esses três elementos mudam com o tempo, e a teoria do
crescimento analisa sua modificação em longo prazo.
Portanto, a teoria monetária é uma parte essencial da teoria macroeconômica, uma variável
monetária cuja função principal, em um mundo de incertezas, limita-se a equilibrar a oferta e a
demanda de dinheiro, e não a equilibrar o investimento e a poupança planejados.
A teoria monetária também está relacionada com outro elemento chave da macroeconomia: a
inflação.
Para completar o estudo dos principais componentes da demanda agregada, devem ser
considerados os fatores de equilíbrio externo, ou seja, o saldo entre exportações e importações
e os seus determinantes, sobretudo os tipos de câmbio.
Produto Bruto (PB): Produção de bens e serviços finais realizados pela economia,
durante um período de tempo.
Renda Bruta (RB): Somatório das remunerações brutas dos fatores de produção
empregados na economia, durante um período de tempo.
Produto Nacional Bruto (PNB): Expressão monetária dos bens e serviços produzidos por
fatores de produção nacionais, independentemente do território econômico.
Renda Nacional (RN): É a renda líquida gerada no período, e que se dirige aos
proprietários nacionais de fatores de produção.
PIB ou PNB?
Uma das confusões em torno do PIB é a que mistura taxas trimestrais de crescimento,
divulgadas periodicamente pelo IBGE com taxas anuais. A taxa trimestral mede o crescimento
do PIB num trimestre em relação ao trimestre anterior e se constitui na medida mais
aproximada de velocidade corrente de crescimento do PIB. Essa taxa é anualizada, ou seja,
indica o quanto o PIB cresceria no ano todo se sua velocidade de expansão continuasse a
mesma.
Para se evitar confusões no tratamento das variações do PIB deve-se sempre tomar a base
inicial da medida como 100, e aplicar sobre ela os índices de crescimento divulgados. Isso
permite visualizar corretamente o fenômeno em curso.
Outras confusões se dão entre os conceitos de Produto Interno Bruto -PIB e Produto Nacional
Bruto- PNB. Nos Estados Unidos, o conceito preferido é o de PNB, e por isso ele aparece nos
principais livros de macroeconomia. Na Grã Bretanha e no Brasil, é mais usado o PIB.
Qual a diferença entre os dois conceitos? O PIB é o valor de toda a produção de bens e
serviços ocorrida dentro das fronteiras do país, sem considerar a nacionalidade dos que se
apropriaram dessas rendas, sem descontar rendas eventualmente enviadas ao exterior e sem
considerar as recebidas do exterior, daí o qualificativo de "interno."
O PNB considera as rendas recebidas do exterior por nacionais do país e desconta as que
foram apropriadas por nacionais de outros países, daí o qualificativo "nacional."
No caso do Brasil, o PNB é menor do que o PIB porque uma parcela da ordem de 3 por cento
do PIB brasileiro não é usufruída por brasileiros e sim enviada ao exterior na forma de lucros,
dividendos e juros do capital estrangeiro. Assim, a renda interna bruta é de fato menor do que
PIB.
Portanto: O PIB, descontado dessa renda enviada ao exterior, ou somado à renda recebida do
exterior é chamado PNB. O conceito de PNB, por esse motivo, está mais próximo ao conceito
de Renda Nacional. O Produto Nacional Bruto, descontadas as perdas por depreciação, é
exatamente igual à Renda Nacional Líquida. Assim:
RENDA E PRODUTO
A atividade econômica pode ser medida através de dois parâmetros: a renda e o produto.
A renda de uma economia é a soma da remuneração paga aos fatores de produção durante o
processo produtivo. Assim para se obter a renda de um país num determinado período soma-
se os salários, aluguéis, juros e lucros, que são os pagamentos feitos aos fatores produtivos
durante o período considerado.
O produto de uma economia é a soma dos valores monetários dos bens e dos serviços
voltados para o consumo final e produzidos em um determinado período de tempo.
Num automóvel, por exemplo, são empregados inúmeros bens e serviços, como chapas de
aço, pneus, serviços de pintura etc. entretanto, eles não são computados no cálculo do produto
da economia, pois são bens e serviços intermediários. Apenas o número de automóveis
produzidos multiplicado pelo seu preço é que vai entrar nesse cálculo, para evitar o problema
da dupla contagem, pois o preço dos bens e serviços intermediários já está incluído no preço
final do automóvel.
PRODUTO RENDA
Alimentos Salário
Vestuário Aluguéis
Habitação Juros
Educação Lucros
Transportes
10 bilhões 10 bilhões
Portanto, daqui por diante, podemos empregar os dois termos (produto ou renda) para
designar o resultado de uma atividade econômica de uma sociedade.
A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA
O sistema econômico, como foi visto, produz os bens e os serviços que irão satisfazer as
necessidades das pessoas. Para que isso ocorra, essas pessoas precisam ter acesso ao
produto ou à renda, que é a mesma coisa.
Portanto, a renda precisa ser distribuída entre as pessoas, e o processo pelo qual isso é feito é
chamado de distribuição de renda. Entretanto a distribuição de renda envolve muitos
problemas, como veremos a seguir.
Os fatores de produção que compõem o sistema econômico de um país estão dispersos pela
sua superfície geográfica, e essa dispersão não se dá necessariamente de forma homogênea.
Com isso, queremos dizer que os fatores de produção podem estar mais concentrados em uma
ou mais regiões de um país, enquanto em outras regiões há escassez desses fatores.
Essa observação se aplica a todos os fatores de produção. Os recursos naturais, como terra
em boas condições de ser cultivada, por exemplo, não são encontrados com a mesma
Como a renda é a remuneração dos fatores de produção e esses fatores estão concentrados
em algumas regiões, a renda também estará concentrada nessas regiões.
Distribuição funcional de renda: Esse aspecto verifica como a renda é distribuída entre
os fatores de produção capital e trabalho. O fator de produção recursos naturais é
excluída, dadas as dificuldades em se estabelecer sua remuneração.
Ela é um indicador de quanto caberia a cada pessoa do total da renda gerada pelo sistema
econômico num período de tempo.
Como a renda é igual ao produto, a renda per capita significa a quantidade de bens e de
serviços produzidos num período de tempo que caberia a cada pessoa, se essa renda fosse
distribuída igualmente entre os habitantes do país.
A CONTABILIDADE NACIONAL
Contabilidade nacional é a técnica que tem como objetivo principal representar e quantificar a
atividade econômica de um país, durante determinado período de tempo. Ela se insere na
moderna macroeconomia, que nos fornece os meios para a análise do conjunto da economia
de uma sociedade.
A contabilidade Nacional mede a atividade econômica a partir de sua expressão mais genérica
– o produto da economia –, para, em seguida, e a partir dele, introduzir novos conceitos e
assim se observar a atividade econômica.
No entanto esses bens e serviços podem ser adicionados quando são traduzidos numa mesma
unidade comum de medida, ou seja, a moeda.
PRATICANDO:
1- Defina Microeconomia.
2- Defina Macroeconomia.
3- Quais os principais agregados econômicos?
4- Qual a diferença entre PIB e PNB? Por que no Brasil usa-se o PIB e não o PNB como
nos Estados Unidos?
5- Defina renda.
6- Defina produto.
7- Qual o conceito de distribuição de renda?
8- O que se entende por renda per capita?
9- Para que serve a Contabilidade Nacional?
10- Faça uma análise sobre como é a distribuição de renda em sua região.
Conjunto de regras estabelecidas pelos países ricos e acatadas pelos demais para controlar
as atividades financeiras em nível internacional. Organizado a partir da Conferência de Bretton
Woods, EUA (1944), indica o dólar, moeda dos EUA, e a libra esterlina, do Reino Unido, como
padrões de conversão e moedas de reserva.
Alguns países, como a França, entendem que o dólar não é forte o suficiente para ser moeda
de reserva e defende a criação de uma moeda internacional, ideia sustentada pelo economista
John Maynard Keynes.
A MOEDA
Unidade de valor padrão utilizada como instrumento de troca por uma comunidade. É o meio
pelo qual os preços são expressos, as dívidas liquidadas, as mercadorias e serviços pagos e a
poupança efetuada. A moeda corrente é o dinheiro oficial de um país para todos os tipos de
transações. Como o controle da moeda é vital não apenas para o equilíbrio da economia de um
país, mas também para as relações comerciais entre nações, é criado um sistema monetário
internacional.
ORIGEM:
Os primeiros registros do uso de moedas metálicas datam do século VII a. C., quando eram
cunhadas na Lídia, reino da Ásia Menor e também na região do Peloponeso, ao sul da Grécia.
O papel-moeda (as notas) surge no século IX na China. A Suécia é o primeiro país europeu a
adotá-lo, no século XVII.
Para combater o desvio, institui-se o padrão ouro, em que o volume de dinheiro em circulação
deve ser igual ao valor das reservas de ouro de um país depositado nos bancos. Mesmo
assim, tornou-se comum a emissão de notas em quantidades desproporcionais às reservas e
que não tinham, em consequência, o valor declarado.
TIPOS DE MOEDA
Moeda metálica: Moeda cunhada em metal precioso que trazia impresso o seu peso.
Atualmente, são cunhadas em metal não precioso, trazendo impresso o seu valor.
Papel-moeda: Surgiu com a emissão de recibos pelos cunhadores, e assegurava ao seu
portador certa quantidade de ouro expressa no documento. Atualmente, é a moeda emitida
pelos bancos centrais de cada país.
Moeda escritural: Criada pelo sistema bancário, ao emprestar ou aplicar uma quantidade
de moeda superior à que era originalmente introduzida no sistema bancário como depósito
em um dos bancos componentes do sistema.
Moeda fiduciária: Emitida pelos bancos centrais de cada país, tendo curso obrigatório por
lei.
AS FUNÇÕES DA MOEDA
A fim de cumprir de forma conveniente o seu papel no sistema econômico, a moeda deve
desempenhar algumas funções, decorrentes de sua própria necessidade numa economia, que
estão abaixo citadas:
Meio de instrumento de troca: Serve para facilitar as trocas de bens e serviços numa
economia.
Reserva de valor: Um indivíduo ao possuir certa quantia em dinheiro, e não quer trocá-la
imediatamente por mercadorias precisa estar seguro de que esse dinheiro, ao ser gasto no
futuro, terá o mesmo valor em termos da possibilidade de aquisição de bens e serviços.
Unidade de conta: Refere-se a necessidade das pessoas e das empresas de registrarem
suas operações e transações econômicas em uma medida de que seja comum a todos os
bens e serviços.
POLÍTICA MONETÁRIA
Instrumentos:
Venda de Títulos públicos: quando o Banco Central vende títulos públicos ele retira
moeda da economia, que é trocada pelos títulos. Desta forma há uma contração dos meios de
pagamento e da liquidez da economia.
Instrumentos:
Compra de títulos públicos: quando o Banco Central compra títulos públicos há uma
expansão dos meios de pagamento, que é a moeda dada em troca dos títulos. Com isso,
ocorre uma redução na taxa de juros e um aumento da liquidez.
A mais forte do mundo é o dólar norte-americano, adotado como unidade monetária dos EUA
em 1785. Também são fortes: o marco alemão, criado em 1500; a libra esterlina, em 1489; o
franco francês, em 1360; e o iene japonês, adotado em 1871.
O real, criado em 1994, apresenta, em 1995, atributos de moeda forte, pela sua pequena
variação, mantendo o poder de compra estável. Mas a avaliação do comportamento de uma
moeda só é válido quando feito por longos períodos.
PRATICANDO:
1- Defina Sistema Monetário.
2- Qual o conceito de moeda.
3- Qual o conceito de moeda corrente?
4- Quais eram os tipos de moeda na antiguidade?
5- Quando surgiu e porque o papel moeda foi tão facilmente aderido?
6- O que significa padrão ouro?
7- Quais são os tipos de moeda existentes atualmente?
8- Quais são as funções da moeda?
9- Como é dividida a política monetária?
10- Qual é a moeda mais forte do mundo?
11- Quais foram as alterações monetárias sofridas pelo Brasil e qual foi o motivo de tais
alterações?
12- Elabore uma pesquisa com as principais moedas do mundo e discuta em sala de aula
a posição dos Estados Unidos na economia ultimamente.
Ele é formado pelos bancos comerciais, pelos bancos de investimento, pelas sociedades de
crédito, financiamento e investimento e pelas bolsas de valores.
Essas entidades captam recursos junto aos agentes superavitários, como o caso dos depósitos
à vista nos bancos comerciais, e os repassam aos agentes deficitários sob a forma de
empréstimos, por exemplo.
A remuneração do sistema financeiro corresponde à diferença entre a taxa de juros paga aos
poupadores e a taxa de juros cobrada dos tomadores de empréstimos. Essa diferença é
denominada pelo termo inglês spread.
Naturalmente, o spread é positivo, pois a taxa de juros cobrada é sempre maior do que a paga
pelo sistema financeiro.
Bancos de Desenvolvimento
Bancos de Investimento
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES)
Companhias Hipotecárias
Cooperativas Centrais de Crédito
Sociedades Crédito, Financiamento e Investimento
Sociedades de Crédito Imobiliário
Sociedades de Crédito ao Micro‐ empreendedor
Bancos de Câmbio
Outros Administradoras de Consórcio
Intermediá- Sociedades de arrendamento mercantil
rios Sociedades corretoras de câmbio
Conselho Monetário Nacional – CMN
Bolsas de Valores
Comissão de
comple- de Previdên
mentar cia Comple
(CNPC) mentar
(PREVIC)
O Banco Central do Brasil: o BACEN é o órgão responsável pela execução das normas
que regulam o SFN. São suas atribuições agir como: banco dos bancos, gestor do SFN,
executor da política monetária, banco emissor e banqueiro do governo.
AUTORIDADES DE APOIO:
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS:
Sociedade Corretoras: essas sociedades operam com títulos e valores mobiliários por
conta de terceiros. São instituições que dependem do BACEN para constituírem-se e da CVM
para o exercício de suas atividades. As "corretoras" podem efetuar lançamentos de ações,
administrar carteiras e fundos de investimentos, intermediar operações de câmbio, dentre
outras funções.
Para que se tenha uma ideia correta do funcionamento do sistema financeiro, é necessário
falar alguma coisa sobre crédito. O crédito pode ser definido, de maneira geral, como a troca
de um bem disponível no momento pela promessa de um pagamento futuro.
Crédito para o Estado: É o crédito direcionado para o governo, que tanto pode ser
utilizado para a produção (construção de pontes e estradas) como para o consumo
(compra de material de escritório para as repartições públicas, por exemplo).
1. EMPRÉSTIMOS
Definição: Ato de emprestar. Confiar a alguém (certa soma de dinheiro, ou certa coisa),
gratuitamente ou não, para que se faça uso delas durante certo tempo, restituindo-as depois ao
dono; ceder. Dar a juros (dinheiro).
Trata-se da troca de dinheiro por uma promessa de pagamento, quando o devedor pode dispor
dele a qualquer momento. Nessa transação participam duas pessoas de suma importância: o
credor e o devedor.
2. FINANCIAMENTOS
Ato de financiar, prover despesas de, custear. Dessa operação participam 3 pessoas: o
credor, o devedor e a pessoa que financia.
Credor: que é o dono do bem a ser arrematado.
Devedor: que é o interessado em obter o bem.
A pessoa que financia: a pessoa que obtém o bem do credor lhe pagando à vista e vende
à prazo para o devedor.
No caso, se uma pessoa deseja adquirir um bem, mas não dispõe da quantia pedida ela
mantém um acordo com a pessoa que financia sendo que essa pessoa adquire o bem à vista
(do credor) e passa a ser o dono desse bem, e a pessoa que quer o bem assume uma dívida à
prazo com a pessoa que financia.
3. FACTORING
Conceitos Iniciais
O Leasing - ou arrendamento mercantil - é um contrato pelo qual uma empresa cede a outra,
por determinado período, o direito de usar e obter rendimentos com bens de sua propriedade.
Bens, neste caso, devem ser entendidos em seu sentido mais amplo: imóveis, automóveis.
máquinas, equipamentos, enfim, qualquer bem cuja utilização seja capaz de gerar rendas e
seja para uso próprio do arrendatário.
Leasing é uma palavra de origem inglesa, derivada do verbo "to lease", que significa aluguel. A
ideia do Leasing é fundamentada na concepção econômica de que o fato propulsor de
rendimentos para uma empresa é a utilização e não a propriedade de um bem. Portanto,
genericamente, o Leasing pode ser explicado como um contrato cuja finalidade é a cessão do
uso de bens de capital.
A legislação brasileira, através da Lei no. 6.099, de 12/09/74, alterada pela Lei no. 7.132, de
26/10/83, define o arrendamento mercantil da seguinte forma:
"Considera-se arrendamento mercantil, para os efeitos desta Lei, o negócio jurídico realizado
entre pessoa jurídica, na qualidade de arrendadora, e pessoa física ou jurídica, na qualidade de
arrendatária , e que tenha por objetivo o arrendamento de bens adquiridos pela arrendadora,
segundo especificações da arrendatária e para uso desta."
Como no aluguel, a propriedade do bem arrendado continua a ser do proprietário inicial até o
final do contrato. As operações de leasing prevêem um fluxo de pagamento periódico de
contraprestações (amortização do valor do bem, os encargos e a remuneração da arrendadora)
e impostos. Os intervenientes envolvidos na operação são assim denominados:
OBS:
O valor do bem arrendado vai sendo gradativamente amortizado durante o pagamento das
contraprestações; No final do contrato, a arrendatária tem a opção de adquirir definitivamente o
bem arrendado.
O cliente não recebe recursos para a aquisição e sim o bem pretendido. Durante toda a
vigência do contrato, o bem continua sendo propriedade da empresa arrendadora. Este é o
sentido natural e internacionalmente utilizado para o termo leasing.
5. DESCONTOS
Voltado para a Pessoa Jurídica (Empresas), tratando-se de duplicatas. A empresa permite que
seus clientes comprem parcelado (3x,4x, etc.)tendo em mãos um documento que garante o
pagamento dessa dívida, este documento, uma duplicata. Com isso o cliente assume a
responsabilidade e a empresa pode recorrer judicialmente se o pagamento da dívida não
ocorrer.
PRATICANDO:
Taxa de câmbio é a relação entre o valor de duas unidades monetárias, indicando o preço em
termos monetários nacionais da divisa estrangeira correspondente.
É feita pelo Banco Central, uma vez que este é o órgão responsável por gerir as reservas do
país, sendo apresentada anualmente.
Os bancos nasceram como financiadores de grandes projetos e só mais tarde foram criados
instituições bancárias voltadas à "classe média". Com a expansão da produção industrial na
América do Norte, a partir de 1870, surgiram as multinacionais e as grandes organizações
empresariais nacionais e internacionais. O sistema financeiro foi obrigado a modernizar-se e
acompanhar tal evolução a nível mundial. Surgiram, as bolsas de valores e todo o mercado
acionário, além de grandes processos de fusões e incorporações mercantis. Nesse contexto,
diferenciaram-se os bancos varejistas dos bancos atacadistas.
As causas da inflação são diversas e quem gerencia situações como esta é a própria
autoridade monetária, administrando a oferta de moeda, melhor dizendo, empregando a
O sistema financeiro nada mais é do que um mercado como os demais e, por esse motivo,
deve ser independente do governo.
Além de fiduciária, a moeda é um ativo financeiro, ou seja, corresponde a um empréstimo. Ela
se apresenta sob a forma de moeda legal, moeda escritural, títulos negociáveis, etc. Todo
pagamento de dívidas acaba sendo feito através de outras dívidas.
Através de um exemplo, temos que se o agente "D" deve um valor ao agente "C", o pagamento
ao credor "C" através de cheques é uma redução da dívida do banco frente ao devedor "D" e
uma elevação da dívida de outro ou o mesmo banco frente ao credor "C". O que se reduz,
nessa situação, é o capital a juros na economia.
Quanto à estabilidade dos preços empregam-se políticas monetárias restritivas para inibir a
inflação e expansionistas para incentivar o crescimento. Vale ressaltar que políticas monetárias
restritivas não têm sido capazes de anular inflações inerciais. Os três instrumentos de política
monetária são a alteração no percentual do empréstimo compulsório, operações de venda e
compra de títulos no mercado aberto e a operação de redesconto dos bancos comerciais. É de
se notar que baixos níveis de inflação acabam elevando o nível do desemprego.
O Fundo Monetário Internacional – FMI foi criado na conferência de 1944 com objetivos de
fomentar o processo de globalização e dar apoio financeiro às economias em dificuldades. De
imediato, o FMI passou a agir conforme seus objetivos. Em um segundo momento, observou-
se que a grande maioria das crises nas economias periféricas era proveniente de más
condições estruturais. Diante dessa situação, o Fundo implementou o que ficou conhecido
como stand-by. Na nova dinâmica, os empréstimos são autorizados mediante fixação de metas
de ajustes estruturais na economia. A liberação de recursos é gradativa e condicionada ao
cumprimento das referidas metas.
Nota-se que, ao observarmos as ações do FMI nos últimos anos, as metas de ajustes giram em
torno de restrição monetária e desvalorização da moeda nacional. O resultado imediato da
busca pelas metas fixadas é sempre a recessão acompanhada por consequências imediatas
como, por exemplo, a elevação no nível de desemprego. Passada essa primeira fase, muitas
economias conseguem alcançar um novo processo de crescimento.
Outro fato importante relacionado ao sistema financeiro é que na década de 70 os EUA foram
obrigados a abandonar a conversibilidade de sua moeda ao ouro devido a consecutivos déficits
no balanço de pagamentos. É como se deixasse de existir um sistema internacional de
pagamentos, pois as desvalorizações de moeda passam a ser totalmente arbitrárias. Alguns
países abdicam da possibilidade de fazer política monetária criando um sistema de paridade
com suas reservas internacionais. Muitos pensadores liberais defendem um regime cambial
totalmente livre.
INFLAÇÃO
B) Inflação de custos: tem suas causas nas condições de oferta de bens e serviços na
economia. O nível da demanda permanece o mesmo, mas os custos de certos fatores
importantes aumentam, levando à retração da oferta e provocando um aumento dos preços de
mercado.
C) Inflação inercial: é a aquela em que a inflação presente é uma função da inflação passada.
Se deve à inércia inflacionária, que é a resistência que os preços de uma economia oferecem
às políticas de estabilização que atacam as causa primárias da inflação. Seu grande vilão é a
"indexação", que é o reajuste do valor das parcelas de contratos pela inflação do período
passado.
Sobre a distribuição de renda: os trabalhadores saem perdendo, pois seus salários são
reajustados periodicamente, ao passo que os preços de bens e serviços sobem quase que
diariamente.
Sobre a balança comercial: com a inflação, os preços dos bens e serviços produzidos
internamente tendem a ficar mais caros que os importados, fazendo com que as pessoas
aumentem suas compras de mercadorias importadas, o que causa um déficit na balança
comercial.
Em decorrência da inflação, o governo estabelece alguns meios para poder reduzir a inflação.
Esses meios são chamados de políticas:
Política monetária: que são medidas adotadas pelo governo que visam reduzir a
quantidade de moeda em circulação na economia.
Política fiscal: que são medidas do governo que visam reduzir a demanda através da
carga tributária.
A inflação é medida através de números-índices, que são fórmulas matemáticas que dizem
qual a porcentagem de aumento nos preços dos bens e serviços num determinado período de
tempo. No Brasil, são usados mais comumente os seguintes números-índices.
A partir do início dos anos 80 a inflação evoluiu a taxas elevadíssimas e crescentes, motivo
pelo qual foram elaborados com o objetivo de eliminar a inflação vigente. Abaixo teremos os
planos de estabilização também chamados de planos econômicos, adotados a partir de 1986.
Plano Cruzado:
- Data: fevereiro de 1986
- Principais medidas: congelamento de preços e salários e reforma monetária que
transformou CR$ 1.000,00 em Cz$ 1,00.
Plano Bresser:
- Data: junho de 1987
- Principais medidas: congelamento de preços e salários por um período de
aproximadamente três meses.
Plano Verão:
- Data: janeiro de 1989
- Principais medidas: congelamento de preços e salários e reforma monetária que
transformou CZ$ 1.000,00 em NCz$ 1,00.
Plano Collor I:
- Data: março de 1990
- Principais medidas: retenção dos saldos superiores a NCz$50.000,00 das contas
correntes, poupanças e outras aplicações financeiras, e reforma monetária que
transformou NCz$ 1,00 em Cr$ 1,00.