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20/06/2019 ITCR - Terapia por Contingências de Reforçamento

Diálogo com a comunidade - Jornal Sinal Verde


um canal de comunicação com a comunidade
Volume 46 - 26/11/10

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Como a Terapia por Contingências trata os tics nervosos?


(pergunta enviada pela psicóloga Fátima Costa – Niterói - RJ)

Quando falamos em Terapia por Contingências de Reforçamento (TCR) no


tratamento de tiques nervosos, não podemos deixar de pensar na análise
funcional desse comportamento para o nosso cliente. O tique nervoso é uma
resposta que está inserida em um determinado contexto, ou seja, há um
antecedente que aumenta a probabilidade de ocorrência dessa resposta e uma
consequência que a mantém. É muito importante que a análise da função desse
comportamento esteja clara para o terapeuta para que este seja capaz de intervir,
modificar as situações em que os tiques aparecem e alterar as consequências que
o cliente obtém quando emite essa resposta. Dessa forma, o psicólogo
comportamental leva em conta as contingências de reforçamento que estão
presentes na história de vida da pessoa e não somente as descrições dos
“sintomas”.

Para exemplificar, vamos considerar que nosso cliente seja uma criança com
tique nervoso. Neste caso, quando falamos em antecedentes, temos que
observar situações nas quais a ocorrência do tique aumenta; por exemplo,
quando o pai chega em casa, em véspera de prova, quando acontece algo que
constrange a criança, quando tem que fazer atividades que não quer, quando
está relaxada, quando está junto de pessoas de quem gosta genuinamente. Da
mesma forma, precisamos observar o que acontece quando a criança emite o
tique (que seriam as consequências); por exemplo, se é repreendida por alguém,
se fazem comentários irônicos, se ela recebe apoio, atenção, se as pessoas
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conversam com ela. Essas situações nos dão dicas de quando esse
comportamento ocorre ou não.

Com a análise funcional do caso, o profissional irá trabalhar com as variáveis


que estão controlando determinado comportamento (neste caso, o tique
nervoso), com o objetivo de alterar as contingências descritas (antecedente que
desencadeia a resposta e consequente que a mantém), modificando assim tal
comportamento. A identificação do antecedente dá condições ao terapeuta de
reorganizar situações inevitáveis nas quais os tiques acontecem e de planejar e
valorizar situações em que não ocorra o tique nervoso. Além disso, é importante
que haja um reforço diferencial dos comportamentos emitidos pela pessoa que
não envolvam o tique e, ao mesmo tempo, a extinção dos comportamentos nos
quais a emissão dessa resposta está presente. No exemplo acima, poderíamos
orientar a mãe a dar atenção, a fazer elogios à criança quando esta estiver
fazendo alguma atividade em que o tique não acontece (quando está tocando
violão, por exemplo).

Para isso, é fundamental que o processo terapêutico se estenda do contexto do


consultório para o ambiente natural do cliente e de sua família. Voltando ao
nosso exemplo acima, é importante que as pessoas que convivem com a criança
(mãe, pai, irmãos, avós) percebam as situações que estão contribuindo para o
aparecimento do tique, para que tenham condições de contribuir no tratamento e
não para se sentirem julgadas e/ou culpadas por essas situações. Assim, o papel
do terapeuta é reorganizar o ambiente familiar e desenvolver com o cliente o seu
repertório deficitário, ou seja, se é uma pessoa muito responsável, o terapeuta
pode trabalhar para aumentar sua autoestima, para que se cobre menos; se é
uma pessoa com pouco contato social, o profissional irá priorizar o
desenvolvimento de um repertório social adequado, entre outros exemplos.

Vale ressaltar que a Medicina e a Psicologia não têm uma resposta definitiva
para as causas do tique nervoso. Embora a maior parte se deva a déficits de
repertório da pessoa e à forma como o ambiente está organizado (principalmente
o familiar), não devemos excluir a possibilidade de haver um substrato orgânico
responsável pelo tique em alguns casos que devem ser avaliados por um médico.
Às vezes, ade
Gostaria critério
saberdocomo
médico,a pode ser necessário
análise o uso de alguma
do comportamento lidamedicação,
com as pessoas que
associada ao tratamento psicológico. Nestas situações algumas técnicas podem
tem esquizofrenia. (Pergunta enviada pela estudante de Psicologia: Renata
ser utilizadas, porém isso requer uma avaliação individualizada por profissionais
Menezes
da área que – Salvador – BA)orientar sobre o melhor procedimento a ser
irão aconselhar,
Gostaria
realizado e de
o usosaber como
dessas a terapia
técnicas comportamental
não exclui pode
a primeira análise do atuar no caso de
ambiente.
pacientes esquizofrênicos ? (Pergunta enviada por Eron Santos, Psicólogo –
Bocaiúva – MG)

A Análise do Comportamento compreende o comportamento chamado esquizofrênico como parte


dos comportamentos humanos. Diferencia-se dos outros, ditos “normais”, pela intensidade,
frequência e grau de sofrimento causado para quem se comporta e para aqueles com os quais
convive. Em outras palavras , todas as pessoas sonham, fantasiam, “deliram”, sentem-se
“perseguidas”, “vêem” coisas (que os demais não vêem), “ouvem” vozes (que os outros não
ouvem) etc. Lucato
Ana Regina O que Sigolo
as diferencia é, no entanto, a freqüência e intensidade dos comportamentos
dessas classes, o grau de sofrimento que sente a pessoa que os apresenta, a intensidade de
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sofrimentoEspecialização
Cursando que causam nasem pessoas
Terapia por
comContingências
as quais convivem
de Reforçamento
e, finalmente, o quanto a presença
– ITCR
dos comportamentos
– Campinas/SP descritos interferem com a rotina normal de vida do indivíduo (impede-o de
Mestranda
estudar, trabalhar,
do Programa
de manter
de Pós-Graduação
interações sociais
emtranqüilas,
Educação de
Especial
se divertir
da etc.).
UFSCar
Como qualquer resposta, as de uma pessoa portadora de esquizofrenia também foram
determinadas pela história genética, de contingências passadas e atuais do indivíduo, as quais
devem ser analisadas a fim de identificar relações responsáveis pela aquisição e manutenção dos
repertórios comportamentais observados. Os determinantes orgânicos têm uma influência que não
pode ser minimizada.

Segundo Skinner, para se manter dentro do modelo das ciências naturais, ao se estudar o
comportamento, psicótico ou não, é preciso selecionar como objeto de estudo a atividade
observável do indivíduo (como por exemplo, gestos, emissão de sons, movimentos etc.), chamado
pelo autor de variável dependente. Essa variável deve ser explicada em termos de forças e eventos
externos que agem sobre o organismo, que são as variáveis independentes das quais o
comportamento pode ser expresso como função. Diversos autores apontam para possíveis
variáveis independentes na história de contingências de uma pessoa portadora de psicose, que
podem ser responsáveis pelas modificações comportamentais encontradas. Assim, por exemplo,
reforços de comportamentos socialmente pouco ajustados; reforços de comportamentos de
esquiva de situações identificadas como aversivas; interações aversivas e/ ou pouco efetivas na
comunidade social; punição de comportamentos identificados como adequados.

Essas contingências de reforçamento a que uma pessoa foi e está sendo exposta estão
relacionadas com o estado do organismo. Um organismo não intacto, como dos psicóticos,
predispõe a pessoa a reagir ao ambiente com percepções distorcidas. Os conteúdos dessas
distorções, conhecidas como delírios e alucinações, são individuais, singulares, e podem ser
compreendidos através da história de contingências de cada um.

A análise comportamental realizada com o cliente dito psicótico deve incluir a observação das
propriedades da resposta (freqüência, intensidade, duração), condições antecedentes (contextos
nos quais há maior e menor probabilidade de resposta) e as conseqüências de suas respostas
(conseqüências principais relacionadas às respostas emitidas). Também é preciso que, antes de
qualquer ação terapêutica, o terapeuta conheça o repertório global de comportamentos do cliente,
ficando assim sob controle dos comportamentos considerados problemáticos, ou seja, que se
diferenciam do comum em relação ao esperado para um ajustamento adequado às contingências.
Esses comportamentos problemáticos podem ser chamados de déficits comportamentais (poucos
comportamentos de um mesmo tipo, por exemplo, a perda dos cuidados pessoais), ou também de
excessos comportamentais (muitos comportamentos de um determinado tipo, por exemplo, altos
índices de gritos). Além disso, também é necessário que se considere o repertório comportamental
não-problemático do cliente. Ou seja, aquilo que o cliente faz bem, comportamentos que
representam forças especiais, qualitativa ou quantitativamente, que poderiam ser usados como
recursos no tratamento, por exemplo, um talento musical ou uma habilidade física.

Assim como com organismos intactos, o analista do comportamento irá intervir buscando alterar
contingências de reforçamento; ou manejar parâmetros de variáveis das contingências; ou
desenvolver novas contingências; ou compor conjuntos de contingências que venham a
demonstrar função sobre o organismo não intacto.

O profissional ao lidar com um cliente que apresenta comportamentos psicóticos deve considerar
que o indivíduo em surto não apresenta seus padrões comportamentais usuais e não responde ao

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ambiente da mesma forma que um organismo intacto. Nesses momentos a terapia pode não ser
temporariamente, eficaz. É preciso que o organismo retorne mais intacto, tornando-se assim mais
apto para manter contato, com menos distorções, com o ambiente social e natural. Para tal, uma
medicação apropriada (prescrita por um médico especialista) tem um importante papel,
colaborando para tornar o organismo mais intacto, habilitando-o para interagir de maneira mais
harmônica com o ambiente. Outro ponto importante do processo terapêutico a ser destacado é a
inclusão da família, tanto para obter e fornecer informações relevantes, como para instruí-la e
orientá-la para que os familiares se tornem agentes cooperativos e ativos de mudança.

O processo terapêutico tem como objetivo principal não a cura, mas sim a prevenção do surto e a
maximização funcional do repertório comportamental apropriado, criando-se contextos nos quais
possam ser emitidos, mantidos e ampliados. Para isso, é preciso que a intervenção busque que o
cliente desenvolva repertório social, a fim de torná-lo menos vulnerável a doença e também que o
cliente discrimine condições do ambiente (interno e externo) que precipitam ou intensificam a
crise. Há necessidade de levar o portador da psicose a compreender que tem um problema, a
identificar os primeiros sinais de que a crise começa a se instalar (ou a reaparecer), a utilizar
medicamentos apropriados de maneira independente e a se manter continuamente alerta aos seus
sintomas. O cliente deve ser levado a assumir um papel ativo no processo de controle das
manifestações de sua doença. Assim, discriminando essas condições, o cliente poderá reconhecer
suas limitações e identificar os primeiros sinais de um possível surto, passando então a controlar
seus comportamentos desde os primeiros elos do encadeamento. Com a terapia o cliente
aprenderá a ser seu próprio terapeuta.

Marina Cruvinel Macedo


CRP: 06/99205
Cursando Especialização em Terapia por Contingências de Reforçamento
– ITCR – Campinas/SP

Abertas as inscrições para as turmas de 2011:

- Curso de Especialização em Terapia Comportamental – Terapia por Contingências de


Reforçamento (presencial ou on-line)
- Curso de Formação de Terapeutas Comportamentais
- Curso de Aprimoramento em Terapia por Contingências de Reforçamento com Crianças

Para informações, ver: http://www.terapiaporcontingencias.com.br/cursos

Frase da Vez
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[Cada membro de um casal] é ativamente responsável pela convivência harmônica do casal.


Não delegue para o companheiro um papel que também é seu.

(Hélio José Guilhardi)

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Fones: (19) 3294-1960/ 3294-8544
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