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Bom Samaritano – Lc 10,25-41

Ir. Denilson Mariano da Silva

Prof. Wilson Augusto Costa Cabral

Presente somente no Evangelho de Lucas, a Parábola do Bom Samaritano


constitui-se em um dos mais importantes ícones da caridade e do amor ligados à Boa Nova
de Jesus. Motivada por um questionamento de um doutor da Lei, esta parábola serve de
exemplo para nossa catequese como itinerário de Iniciação à Vida Cristã (IVC). De modo
simples e instigador, Jesus leva seus ouvintes à constatação, por eles mesmos, de quem de
fato é o nosso próximo.

O texto da parábola do Bom Samaritano encontra-se localizado no Evangelho


de Lucas. Sua teologia nos coloca, de modo especial, diante do mistério da Paixão, Morte e
Ressurreição de Jesus. A própria estrutura do Evangelho prepara esse momento. Depois de
um breve prólogo (Lc 1,1-4), dos evangelhos da infância (Lc 1,5 – 2,52), da pregação de
João (Lc 3,1 – 4,13) e do ministério público de Jesus na Galiléia (Lc 4,14 – 9,50), inicia-se
a viagem de Jesus para Jerusalém (Lc 9,51 – 19,27).

A viagem a Jerusalém representa o centro do projeto teológico de Lucas. Com


um tom solene, o texto de Lc 9,51 afirma que “quando se ia completando o tempo de ser
elevado ao céu – expressão que significa que estava chegando o tempo da paixão, morte e
ressurreição de Jesus, – ele decide ir a Jerusalém.” Para Jesus, essa não era uma decisão
qualquer, era sim o momento de cumprir sua missão, assumindo as consequências da
incompreensão de suas palavras e ações.

É no contexto desta viagem a Jerusalém que se pode compreender a parábola


do Bom Samaritano. O texto é precedido por três seções que são muito importantes.
Primeiro, como sinal de que o caminho não é nada fácil, os discípulos enviados para
preparar hospedagem para Jesus em uma aldeia samaritana são mal recebidos (Lc 9,51-55).
Aqui já se prepara a percepção do leitor para a compreensão do papel do personagem
principal da parábola que será narrada mais adiante. Ademais sinaliza que a Boa Nova de
Jesus não será acolhida com tanta facilidade.

Em seguida temos a seção da missão dos discípulos. Tal missão é preparada


por ensinamentos sobre o seguimento de Jesus. Ser discípulo de Jesus não é tarefa simples.
Exige renúncias, a atitude de se colocar no seguimento do Mestre (Lc 9,57-58) e a entrega
incondicional diante das exigências do Reino (Lc 9,59-62). Os setenta e dois discípulos são
então enviados em missão. Não são apenas os doze – referência às doze tribos de Israel –,
mas os setenta e dois – referência a todas as nações pagãs. É importante perceber neste
texto e nos ensinamentos de Jesus as orientações dadas aos discípulos que deveriam ir
aonde Ele próprio deveria ir. Ou seja, aonde o discípulo missionário for, ele vai em nome
d´Aquele que o enviou. Isso exige responsabilidade e comprometimento.
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A missão gera alegria nos discípulos (Lc 10,17-20), como também em Jesus
(Lc 10, 21-24). Esta é a mais declarada manifestação de alegria de Jesus em todo o Novo
Testamento. Nela podemos ver a alegria de Jesus pela missão dos setenta e dois, mas
também pela missão de toda Igreja chamada a anunciar o Evangelho. Verdadeiramente
muitos quiseram anteriormente ver o que os discípulos viram e ouviram, porém não
puderam (Lc 10,23-24). O que os discípulos viram e ouviram é o mistério da íntima união
entre o Pai e o Filho, manifestada na missão realizada por aqueles que o Filho enviou (Lc
10,22). É este poder que elimina todas as formas do mal (Lc 10,18-19). Este texto tem uma
importância cristológica e eclesiológica muito grande.

1. Um questionamento: “E quem é meu próximo”? (Lc 10,29).

Depois de um momento no qual se percebeu a forte comunhão de Jesus com os


discípulos enviados por ele vem uma interrupção, um questionamento. O evangelista em
sua narração alerta já de início que não se trata de uma intervenção qualquer. Trata-se de
um mestre da Lei, conhecedor dos ensinamentos da Torá. Mais ainda, Lucas revela a
intenção do interlocutor. Ele aborda Jesus com a intenção de testá-lo, de colocar uma
armadilha para ele. A pergunta é direta: “Mestre, o que devo fazer para herdar a vida
eterna?” (Lc 10,25). Na pergunta já temos um elemento que indica a qual grupo este
mestre da Lei pertence, pois somente os fariseus e depois os cristãos tinham a crença na
vida após a morte. O mestre então era um fariseu com intenção de deixar Jesus em má
situação.

Jesus responde ao mestre da lei com duas perguntas. O que está escrito na Lei?
Como lês? Jesus havia percebido a intenção daquele homem e, justamente por isso, o
devolve-lhe o questionamento. Em suas perguntas Jesus vai além da literalidade das
Escrituras. Ao acrescentar à pergunta sobre o que está escrito a questão de como o homem
a lê, ele coloca a questão da interpretação que se dá ao texto. A Palavra de Deus não deve
ser apenas lida como o fazem os fundamentalistas. Ela deve passar também pelo crivo da
interpretação.

Diante do questionamento de Jesus, o mestre da Lei vai ao cerne da Lei, da


Torá dos judeus, o “Escuta Israel”. Essa é para os judeus a oração mais importante, na qual
ao mesmo tempo o povo de Deus da Primeira Aliança professava a sua fé em um único
Deus e, em contrapartida, se reconhecia como único herdeiro da aliança: “Ouve, Israel! O
Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração,
com toda a tua alma e com todas as tuas forças.” (Dt 6,4-5). O mestre da Lei ainda
acrescenta com todo o teu entendimento – em alusão à forma como ele interpreta e
compreende esse texto, dando a ele inclusive um acento maior. Como mestre da Lei, ele
conhecia bem as Escrituras a ponto até de acrescentar também o texto de Lv 19,18b:
“amarás o teu próximo como a ti mesmo.”

A alusão ao texto do Levítico prepara o problema motivador da parábola. Em


Lv 19 encontram-se prescrições morais e cultuais do Código de Santidade – grupo de leis e
normas presentes no Levítico. O texto é claro quanto ao dever de amar ao próximo.
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Contudo, a primeira parte do versículo não deixa dúvidas quanto a identidade do próximo
em questão: “Não procures vingança nem guardes rancor aos teus compatriotas. Amarás
o teu próximo como a ti mesmo.”. Na realidade toda a seção de Lv 19,15-18 faz menção ao
vínculo fraterno nas relações entre os compatriotas israelitas. Os estrangeiros não estão
incluídos nessas normas e nesse amor.

Diante da resposta do mestre da Lei, Jesus responde fazendo alusão também ao


livro do Levítico: “Guardareis minhas leis e meus decretos, pois o homem que os cumprir,
por meio deles viverá.” (Lv 18,5). Fica claro que o amor a Deus e ao próximo na
perspectiva de Jesus não é uma realidade somente de fé ou de sentimento, mas uma prática
de vida, uma realização concreta.

O doutor da Lei tinha conhecimento de que o amor de Jesus ia além desse amor
presente no Código de Santidade, e justamente por isso queria colocar Jesus em
dificuldade. Por isso ele não se dá por vencido. “Tentando se justificar” do embaraço no
qual ele mesmo havia se colocado, ele faz nova pergunta a Jesus: “E quem é meu
próximo”? (Lc 10,29). Jesus então não responde com conceitos e conta a parábola do
Samaritano.

2. A Parábola – Ele viu e moveu-se de compaixão (Lc 10,33)

Uma parábola se baseia sempre em uma imagem, em um acontecimento do


cotidiano, que se expõe de forma simples. Nela, o ouvinte é convidado a entrar em uma
busca ativa para descobrir um significado espiritual mais profundo. O discípulo, como
ouvinte e crente, não é um receptor passivo do ensinamento, é aquele que tem a tarefa de
investigar seu significado em diversos planos, ou seja, ele é convidado a entrar no mistério
(LESKE, 2005) Desse modo, ao falar em parábolas, Jesus provoca nos discípulos uma
experiência de descoberta do sentido mais profundo de sua Boa Nova.

A narrativa começa com a realidade de um homem que descia de Jerusalém a


Jericó. Era “um caminho de aproximadamente trinta e dois quilômetros com uma descida a
partir de cerca de 700 metros acima do nível do mar até cerca de 400 metros abaixo do
nível do mar” (ABOGUNRIN, 2005, p. 1279). Esse caminho era cheio de curvas, passando
próximo a penhascos e grutas, um ambiente que favorecia a presença de ladrões e
salteadores. Jesus parte então de uma realidade bem conhecida de seus ouvintes. Ao narrar
a história daquele homem, naquelas circunstâncias, muito facilmente os ouvintes se
colocavam em seu lugar.

Tal homem – embora o texto não fale, mas que era provavelmente um judeu –
acaba caindo nas mãos de assaltantes, que além de despojá-lo de seus bens, o espancam e o
deixam semimorto no chão (Lc 10,30). A situação é grave. Todo ouvinte percebe de
antemão a necessidade daquele homem ferido, despojado, abandonado à beira do caminho.
O fato de ele estar semimorto – palavra que dá a entender que ele estava desacordado,
acentua o seu problema. No livro dos Números encontra-se uma restrição para quem toca
em um morto. Diz o texto:
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Quem tocar qualquer cadáver humano ficará impuro por sete dias. Deverá
purificar-se com esta água no terceiro e no sétimo dia, e ficará puro. Caso não se
purificar no terceiro e no sétimo dia, não ficará puro. Quem tocar um morto, um
cadáver humano, e não se purificar, contaminará a morada do Senhor: deverá ser
eliminado de Israel. Visto que não foi derramada sobre ele a água purificadora,
está impuro, sua impureza continua. (Nm 19,11-13)

Percebe-se, portanto, que na situação em que o homem se encontrava –


aparentemente morto –, caso confirmada a morte, quem o tocasse ficaria impuro por sete
dias. A escolha dos personagens, então, não foi casual. De um lado temos um sacerdote e
um levita – ambos ligados ao templo. De outro temos um samaritano. Mais do que
simplesmente estrangeiros, eles eram considerados hereges, deturpadores da Lei de Deus.

O primeiro personagem a ver o homem caído era o sacerdote. Responsáveis


pelo Templo, os Sacerdotes tinham de se manter puros para os sacrifícios e para entrar na
Habitação do Senhor. De um lado, então, estava a misericórdia e a compaixão por aquele
homem, de outro os deveres da Lei. Correr o risco de ficar sete dias longe do culto foi o
que falou mais alto para o sacerdote. Ele passa ao largo.

O levita, com funções no culto inferiores às funções dos sacerdotes, mas


igualmente ligado ao Templo, tem a mesma atitude. Diante do homem caído, ele passa
adiante. É importante notar que, embora em situações diversas, muitas vezes é mais fácil se
render às obrigações do culto e das normas religiosas do que ir ao encontro do outro para
acolhê-lo, ampará-lo, cuidar dele.

A surpresa vem do terceiro homem que passa pelo caminho: um samaritano.


Desde a invasão da Samaria e do reino de Israel (2Rs 17) e, consequentemente, com a
deportação de seu povo de sua terra, a Samaria passou a ser considerada para os judeus,
como um local de sincretismo, de junção do culto de seu Deus com outros deuses de outros
povos. Na tradição judaica, aos judeus era proibido dizer “amém” em uma oração proferida
por um samaritano.

Entretanto será um samaritano que se aproximará do homem ferido. Ele se


moveu de compaixão – o que significa que o samaritano participou das dores daquele
homem, sentiu com ele sua situação, teve misericórdia, deu àquele homem, em situação de
extrema miséria, o seu coração –, dedicou-lhe tempo curando suas feridas, utilizando o que
tinha: óleo e vinho. A compaixão fez com que mudasse seus planos, atrasasse sua viagem.
Ele coloca o homem ferido em seu próprio animal e o leva a uma hospedaria.

Amar tem suas consequências. Na hospedaria, o samaritano paga adiantado.


“dois denários”, assumindo o compromisso de pagar o restante, caso o gasto fosse maior.
O amor leva ao comprometimento. Os dois primeiros se desviaram no caminho, o
samaritano refaz seu caminho, muda planos, ultrapassa leis, conceitos e preconceitos.

A parábola termina. Não é difícil imaginar o silêncio e a expectativa gerados


por essa estória. Todos percebiam o alcance de tais acontecimentos, do que representavam
seus personagens, seus atos e suas opções. Assim é o uso de Jesus das parábolas em seus
ensinamentos. Na maioria delas, Jesus não dá explicações. Elas são claras e provocam a
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meditação. A Parábola do Samaritano proporciona entrar no cerne do amor ao próximo.


Mas Jesus vai além em sua catequese.

3. Uma ordem: “Vai e faze tu a mesma coisa” (Lc 10, 37b)

Ao concluir a parábola, Jesus não se contenta somente em provocar a reflexão.


Jesus provoca o mestre da Lei. Diante da pergunta feita anteriormente por ele, quanto a
quem era o seu próximo, Jesus prossegue questionando: “Na tua opinião, qual dos três foi
o próximo do homem que caiu na mão dos assaltantes?” (Lc 10,36) A pergunta de Jesus
supõe uma troca. A questão não é de quem é o próximo que se deve amar. Quando se tem
o amor misericordioso de Jesus, faz-se como o samaritano: aproxima-se de quem está em
necessidade, fragilizado, abandonado. Esse amor não respeita barreiras, limites, rótulos,
preconceitos... O samaritano acolheu o homem, um judeu. Os cristãos são chamados a
tornarem-se próximos de todos os homens.

O mestre da Lei, no entanto, reluta em dizer que o samaritano foi o próximo


daquele homem. Ele simplesmente afirma: “Aquele que usou de misericórdia para com
ele” (Lc 10,37a). Sua resposta está certa, o próximo foi aquele que usou de misericórdia,
ou seja, aquele que foi além de suas possibilidades, cuidando do homem, dando-lhe seu
coração. Entretanto, a dificuldade de dizer que fora realmente um samaritano, um herege,
que havia feito o que se devia fazer, superando em amor a preocupação com a pureza e a
pressa do sacerdote e do levita, revela que ele ainda não tinha se deixado tocar pela
proposta de Jesus. Mas a provocação de Jesus continua a ecoar nos ouvidos dos discípulos
de hoje.

Jesus então conclui: “Vai e faze tu a mesma coisa” (Lc 10,37b). Aqui não se
trata de uma mera conclusão. Como vimos, em Lucas o caminho para Jerusalém supõe um
comprometimento e uma despedida. Ao final da Parábola do Samaritano temos um envio,
um “ide” para o mestre da Lei e para todo aquele que a ouvir. Trata-se de uma missão,
tornar-se próximo para amar é a missão de todo cristão.

4. Uma Igreja Samaritana

O Papa Francisco, em vários de seus escritos e pronunciamentos, tem


apresentado a necessidade da identidade da Igreja como uma “Igreja Samaritana”. Para
ele é missão dos cristãos curar as feridas, construir pontes, estreitar laços, ajudar a carregar
os fardos uns dos outros (EG 67). Ainda segundo o Papa, é essa atitude que os feridos das
periferias existenciais aguardam dos discípulos missionários (EG 88). A Igreja Samaritana
é aquela que acolhe, que se faz próxima daqueles que estão pelo caminho. É uma Igreja
que sabe amar.

Tendo diante de nós a parábola do Samaritano, somos convidados a


desenvolver em todas as nossas comunidades uma catequese, ou melhor, um processo de
Iniciação à Vida Cristã que nos leve a recriar em nós algumas das atitudes de Jesus
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presentes nesta parábola. Vale lembrar que Jesus, ele mesmo, é o grande Samaritano. Cada
uma das atitudes do Samaritano na parábola- aproximar-se, ver, ter compaixão, solidarizar-
se, partilhar, cuidar - são atitudes que Jesus desenvolve em sua vida pública. Ele continua a
ser para nós o Caminho que devemos seguir em nosso itinerário de IVC.

Aproximar. A proximidade é uma constante na vida missionária de Jesus. Ele


estava próximo, de modo especial, dos mais necessitados. Era capaz de interromper uma
caminhada, parar, sentir o grito de quem estava à margem da vida. Estamos muito
acostumados a ficar “à disposição” das pessoas, na “segurança” de nossas igrejas, casas de
encontros ou centros catequéticos, à espera de que as pessoas ou mesmo os jovens venham
até nós. No entanto, sem um contato direto com a realidade das pessoas, nós não seremos
provocados a tomar atitudes diante dos desafios que ameaçam a vida hoje. O processo de
Iniciação à Vida Cristã nos leva a ser mais ousados: sair de nossas seguranças e nos
aproximar das pessoas. Ele quer despertar a consciência e a prática missionária em todas as
atividades de nossa comunidade, abrindo-nos às nossas realidades e situações do mundo do
hoje, não nos fechando apenas nas atividades dentro das igrejas ou em nossas reuniões.

Ver. A IVC nos desperta para termos a compaixão de Jesus diante da situação
e comportamento de risco de muitas pessoas e de famílias que “estão à beira do caminho”,
necessitadas de nossa presença e atuação misericordiosa. Precisamos abrir os olhos e
enxergar a necessidade das pessoas e não cortar caminho, abandonando-as com a desculpa
que estamos atarefados com as “coisas” da Igreja... Nós e nossas comunidades somos
convidados a nos posicionar com maior responsabilidade diante do graves problemas e
desafios que nos circundam nos dias de hoje.

Solidarizar. O bom samaritano se solidarizou com o homem ferido. O


processo de IVC nos convida a ter mais solidariedade com pessoas feridas por situações
sociais de exclusão, como desemprego, drogas, saúde precária, direitos violados, falta de
base familiar. Não se trata apenas de um trabalho assistencialista. Precisamos, sobretudo, a
partir de uma consciência crítica diante da nossa realidade social, capacitar as pessoas,
especialmente os jovens, a serem sujeitos da transformação de que o mundo tanto
necessita.

Partilhar. A partilha da condução entre o samaritano e o homem ferido é sinal


de fraternidade manifestada na vida e no uso de bens. A IVC nos lembra da importância de
reforçarmos nossas experiências de fraternidade comunitária. Viver em comunidade é uma
exigência do Evangelho. Ninguém se salva sozinho. É importante que em nossos grupos
paroquiais, sobretudo em nossas ações catequéticas, haja, cada vez mais, um ambiente
adequado de partilha de vida e de esperança. Precisamos encontrar formas de
envolvimento das pessoas no seguimento a Jesus Cristo e estimular a convivência de
grupos fraternos em nossas comunidades, onde as pessoas possam encontrar espaço para
um encontro pessoal com o Senhor e com o próximo que ele tanto quer ver bem atendido.

Levar à hospedaria. Temos aí um símbolo de lugar de tratamento e acolhida


em um espaço comum. A comunidade paroquial deve ser um espaço onde as pessoas,
sobretudo os catequizandos, se sintam bem como quem está em casa. Se as pessoas não se
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sentem em casa na Igreja, elas vão procurar outros espaços que as “acolham”. A
comunidade precisa ter um clima de leveza, de compreensão. As pessoas vêm, às vezes,
feridas, machucadas, marcadas por decepções familiares e sociais. Nossas comunidades
precisam ser espaços de cuidado com as pessoas. Elas devem se sentir envolvidas,
valorizadas, descobrindo que são amadas por Deus e pela comunidade. Uma atenção
especial deve ser dada aos adolescentes e jovens. A comunidade tem a missão de acolher
as pessoas e procurar ajudá-las a se encontrarem consigo mesmas, com o próximo e
sobretudo com o Senhor... Quando o coração se abre, tudo fica mais fácil!

Referências:

ABOGUNRIN. S. O. Lucas. In FARMER, Willian R. (Org.). Comentário Bíblico


Internacional. Comentário católico y ecuménico para el siglo XXI. Navarra: Editorial
Verbo Divino. 2005. p. 1244-1307.

LESKE, A. Mateo. In FARMER, Willian R. (Org.). Comentário Bíblico Internacional.


Comentário católico y ecuménico para el siglo XXI. Navarra: Editorial Verbo Divino.
2005. p. 1139-1210

Essa e outras parábolas de Jesus devem ser aplicadas à realidade atual dos catecúmenos.
Eles podem até reescrever algumas parábolas situando-as no ambiente em que vivem
(Quem são os feridos no caminho hoje? Quem passa adiante e não lhes dá atenção? Quem
se dispõe a atendê-los?) E já que é tão importante socorrer os necessitados, os catecúmenos
devem ser apresentados aos agentes das pastorais sociais, visitar com eles os que precisam
de ajuda e refletir sobre como se construiria uma sociedade onde todos estivessem bem,
com seus direitos respeitados. Afinal, a melhor ajuda seria criar condições para que as
pessoas não precisem mais de socorro.

Publicado In: PERUZZO, José Antônio. E seguiram Jesus: Caminhos bíblicos de Iniciação.
Brasília: Edições CNBB, 2018, pp. 103-114.

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