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06/06/2019

O EVANGELHO DE
MATEUS E SUA
TEOLOGIA

Autoria – não se sabe quão antigos são os títulos dos evangelhos, mas certamente no segundo
século eles já eram usados. Vários dos Pais da Igreja (Papias, Irineu, Orígenes) atribuíram este
evangelho a Mateus. Este é o único evangelho chama o apóstolo Levi (cf. Marcos 2.14 e Lucas
5.27) de Mateus. Assim, juntamente com os que viveram pouco depois dos fatos narrados no
livro, cremos que a autoria é de Mateus.

Data – para afixar a data deste evangelho seria necessário saber qual é exatamente o seu
relacionamento de dependência com os outros dois, pressupondo que este evangelho usou o
evangelho de Marcos para ser escrito, a data provável seria em torno de 60-70 d.C.

Destinatários – Pela ênfase do autor no cumprimento das profecias, pelo fato do autor deste
evangelho ter sido o único evangelista verdadeiramente judeu (levando em consideração apenas
os sinóticos), pelo conteúdo do evangelho (às vezes antipático aos gentios) e por conter
expressões tipicamente semíticas, podemos concluir que Mateus tinha em mente alcançar
primariamente, ainda que não exclusivamente, os judeus.

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Mateus: “Vinho novo em vasilha velha”

■ 3 preocupações:
– 1ª: demonstrar que o evangelho era o cumprimento das
Escrituras.
– 2ª: provar aos judeus que rejeitaram Jesus, que Deus os havia
julgado por sua complacência e hipocrisia. (vinho estragado)
– 3ª: alertar que o novo povo de Deus poderia, cair na mesma
armadilha da religiosidade hipócrita.

Jesus cumpriu as Escrituras de Israel


Quinze vezes, Mateus diz que algum aspecto da vida de Jesus “cumpriu” as Escrituras.

1. O nascimento virginal (1.22,23; cf. Is 7.14, LXX);


2. O nascimento em Belém (2.3-6; cf. Mq 5.2);
3. A mudança com sua família do Egito para Israel (2.14,15; cf. Os 11.1);
4. O assassinato das crianças de dois anos para baixo, ordenado por Herodes, em
Belém como tentativa de matar Jesus (2.16-18; cf. Jr 31.15);
5. A família ter escolhido Nazaré, na Galileia, e não a Judeia como lugar para morar
(2.23);
6. Sua decisão de viver em Cafarnaum, ao lado do mar da Galileia (4.13-16; cf. Is 9.1,2);
7. Seu ensino (5.17);
8. Seu ministério de cura (8.16,17; cf. Is 53.4);
9. O silêncio imposto as pessoas curadas por ele (12.17; cf. Is 42.1-4);

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Jesus cumpriu as Escrituras de Israel


10. O uso de parábolas para obscurecer seu ensino para os que o rejeitavam (13.13,14; cf. Is
6.9-10);

11. 0 uso de parábolas no ensino de forma geral (13.34,35; cf. SI 78.2);

12. A decisão de montar em uma jumenta, acompanhada de seu filhote, para entrar em
Jerusalém (21.4-7; cf. Is 62.11; Zc 9.9);

13. A recusa de convocar o exercito celestial para salva-lo ao ser preso (26.53,54);

14. O ato da prisão (26.55,56);

15. A aquisição do “campo do oleiro” com as trinta moedas de prata de Judas (27.6-10; cf. Jr
18.2-6; 19.1,2,4,6,11; 32.6-15; Zc 11.13).

Jesus cumpriu as Escrituras de Israel

Mateus também desejava que seus leitores entendessem que o ensino de Jesus cumpriu
a lei mosaica. Essa e a ideia principal de 5.17-20 — passagem cuja importância e
assinalada por sua localização próxima do inicio do primeiro grande bloco de
ensinamentos de Jesus, o Sermão do Monte. Esse posicionamento aponta para o leitor
que em 5.17-20 estão as lentes através das quais pelo menos a passagem de 5.21-48
deve ser lida.

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Jesus como incorporação da lei e da


sabedoria
■ Jesus incorpora a lei por sua autoridade (Sermão do Monte e Torah) (Mt 28.16-20)
■ Jesus incorpora a lei em sua vida
– Misericordioso (5.7; 9.27; 15.22)
– Perseguição (5.10; 27.23)
– Vingança (5.39; 26.52,53)
– Tomar a cruz (16.24; 26.28,39,42)
■ Jesus como incorporação da sabedoria. (Mt 11.1-30)
– Alguns judeus do tempo de Mateus entendiam a lei como a corporificação da
sabedoria, então Mateus deseja mostrar a seus leitores que Jesus é a
incorporação de ambas.

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Jesus como novo e maior Moisés


■ Paralelos: nascimento (1.18-2.21); Faraó, Herodes e o genocídio (Ex 1.15,16; Mt 2.16-18);
Fuga (Ex 2.15; Mt 2.13,14); Retorno (Ex 4.19; Mt 2.19,20).

■ Jesus subindo ao Monte para ensinar (Mt 5.1,17); Moisés subindo ao Monte para receber as
tábuas da lei.

■ Transfiguração (Mt 17.1-9)

■ “Não surpreende, portanto, Jesus comissionar seus discípulos na conclusão do evangelho a


ensinarem as nações tudo o que ele lhes ensinou, e não a totalidade dos mandamentos de
Moises (28.16-20). Jesus e semelhante a Moises, porem, e maior que ele e o suplanta e o
substitui”. (Frank Thielman)

Jesus como Messias, filho de Davi


■ Jr 23.5,6
■ Mt 1.16,18; 2.2; 2.6,5
■ Mt 11.2-6, João Batista, na prisão, fica sabendo dos atos de Cristo.
■ Mt 16.16-20, Jesus ordena aos discípulos que não digam a outras pessoas o que o Pai no céu lhes
revelara, isto e, que ele e o Cristo.
■ “Filho de Davi” (9.27-31; 20.29-34)
■ “Não será este o Filho de Davi?” (12.23)
■ Mulher sírio-fenícia (15.22)
■ Entrada triunfal (Mc 11.9,10 X Mt 21.9,15)
■ Mt 16.16 “Filho de Deus”
“Em suma, Mateus considera Jesus o filho messiânico de Davi e o Filho de Deus. Ao mesmo tempo, ele
se une a Marcos ao ultrapassar essa categoria tradicional para definir a filiação messiânico-divina de
Jesus em termos da união com Deus. Como Filho de Deus, ele e também “Emanuel, [...] Deus conosco”.
Para Mateus, se Jesus esta presente “conosco”, então, em Jesus, “Deus” também esta presente
“conosco” (18.20; 28.20).

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Jesus como a personificação de Israel


■ Os 11.1 x Mt 2.14-23: O “filho” ao qual Oseias se refere aqui era a própria nação de
Israel, a qual Deus chamou da escravidão no Egito durante o Êxodo, mas que se
rebelou contra o amor de Deus ao incorrer na idolatria.
■ Tentação no deserto (Dt 8.2,3 x Mt 4.1-11) Israel falhou no deserto, Jesus
prevaleceu.
■ Servo Sofredor (Is 53.11-12 x Mt 26.28)

A rejeição dos líderes judeus


■ Variedade de termos: “escribas, fariseus, saduceus, anciãos do povo e principais sacerdotes”.
■ Do berço ao túmulo:
– “Toda a Jerusalém” — incluindo os principais sacerdotes e escribas — estava preocupada, junto
com o cruel Herodes, ao ouvir que o rei dos judeus nascera (2.3)
– Os escribas creem que o perdão concedido por Jesus aos pecados do paralítico é blasfemo (9.3).
– Os fariseus afirmam duas vezes que ele expulsa demônios “pelo príncipe dos demônios” (9.34;
12.24).
– “testam” a Jesus (16.1; 19.3; 22.18)
– Os principais sacerdotes e os fariseus se ofendem com suas parábolas (21.45)
– os principais sacerdotes e os anciãos do povo conspiram prender Jesus (26.3-5)
– Eles subornam Judas para trair Jesus (26.14); prendem-no (26.47); e acusam-no de blasfêmia
(26.65); e seguem com ele para que Pilatos promulgue sua sentença de morte (27.12,20).
– Junto com os escribas, eles caçoam de Jesus enquanto ele pende na cruz (27.41).
– Pagam aos guardas para dizer que os discípulos de Jesus roubaram-lhe o corpo (28. 14,15).

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O Juízo sobre os líderes pela rejeição


■ Mt 8 / Lc 7
■ Mt 12.38,39
■ Mt 21.33-43
■ Mt 22.1-14
■ Mt 23

“O fato de terem rejeitado a Deus levará à destruição de seu país, e Deus estenderá seus
propósitos salvíficos para além do povo judeu e incluirá os gentios. Isso não significa que
Mateus seja antijudeu. Ele é o porta-voz da minoria fraca e perseguida, e apesar de falar, em
certo sentido, como alguém de fora da estrutura do judaísmo institucional de seu tempo, ele
também fala a partir das tradições proféticas adotadas pelo judaísmo.”

Ensinos de Jesus para a Igreja


■ Autoridade da Igreja (Mt 16.18,19; 18.18)
■ Disciplina (Mt 18.15-18)
■ Ofícios (Mt 23.8-10)
■ Contra a hipocrisia dos religiosos (Mt 6.1-18)
■ Corpus Mixtum: crentes genuínos e parciais
– Lobos disfarçados (Mt 7.15)
– Joio e tribo (13.24-30)
– Peixes bons e ruins (13.47-50)
– O banquete de casamento (22.1-14)
– Servos bons e maus (24.45-51)
– Dez virgens (25.1-13)

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“Mateus crê que a nova comunidade de Deus deve permanecer alerta sobre o
perigo de desenvolver os mesmos padrões de corrupção e hipocrisia que levaram
os judeus incrédulos ao juízo e à ruina. A igreja é um corpo misto de joio e de
ervas daninhas que inclui falsos profetas e falsos pretendentes do senhorio de
Cristo, bem como “pequeninos” que necessitam de cuidado especial, havendo,
por isso, lugar apara a complacência. [...] O fruto acompanhado do
arrependimento é tão necessário para o novo povo de Deus quanto o foi para o
povo judeu e seus líderes. Para Mateus, Deus colocou o vinho novo do evangelho
nas novas vasilhas de couro da igreja, mas agora e imperativo que a igreja
mantenha suas novas vasilhas intactas.” (Frank Thielman)

O EVANGELHO DE
MARCOS E SUA
TEOLOGIA

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A Identidade de Jesus
■ “Quem é este?”: Mc 1.27; 2.7; 4.41; 6.2,3; 8.27,29; 10.18; 14.61
■ O povo, líderes judeus e os discípulos, desejam saber quem é Jesus. Marcos foi escrito, como
resposta.
■ Em Marcos, Jesus é o Messias, Filho de Deus, predito pelos profetas Isaías e Malaquias.
■ Expectativa Messiânica: 2Sm 7.9-16; Sl 2; Jr 2.1-6; Ez 34.1-6.
– Em Marcos ela é menor, porque Jesus não intencionava usar sua identidade messiânica
para salvar a si mesmo ou aos “justos” de seu povo. Como seus ensinamentos e curas
demonstraram ativamente, ele veio para o benefício das pessoas possuídas por
demônios, os perpetuamente impuros, gentios, e todos os que se reconhecessem
pecadores. Ele veio, além do mais, não para ser servido, mas para servir e dar sua vida
como resgate por muitos (10.45).
– Por outro lado, Jesus foi mais que um rei justo, especialmente designado “filho” de Deus.
Marcos deseja que seus leitores compreendam que Jesus é o Messias, o “Filho de Deus”,
em um sentido especial que ultrapassa as expectativas da fusão de 2Samuel 7 com o
Salmo 2.

A Identidade de Jesus
■ “Filho de Deus”
– Duas vezes a voz do próprio Deus irrompe no relato de Marcos a respeito do ministério de
Jesus para dizer que Jesus é seu Filho (1.11; 9.7), e quando Jesus conta a parábola dos
lavradores ímpios, ele usa essa designação a respeito de si mesmo (12.6)
– O título aparece no ponto mais importante da narrativa, o momento da morte de Jesus.
(2.20; 15.39).
– Durante o período em que Jesus ensinou na área do templo, antes da paixão, ele provou a
seus ouvintes que o Messias e mais que mero Filho de Davi, ao citar o Salmo 110. Jesus não
e somente o Messias davídico, mas também, e mais importante, o Filho de Deus.
– Quando o sumo sacerdote pergunta a Jesus se ele é o Cristo, o Filho do Deus Bendito, ele
responde de forma inequívoca: “Sou” (ego eimi, 14.61). Mas quando Pilatos pergunta a
Jesus se ele é “o rei dos judeus”, como referência à sua filiação divina, Jesus responde com
reserva: “Tu o dizes” (sy legeis, 15.2). Jesus é o Messias, mas em um sentido especial que a
expressão “Filho de Deus” ajuda a definir.

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A Missão de Jesus
■ Marcos registra que Jesus veio:
– Para destruir o poder dos demônios (1.24);
– Para pregar as boas novas do Reino (1.38);
– Para chamar pecadores (2.17);
– Para morrer como resgate “por muitos” (10.45).

Em suma, Marcos sintetiza a missão de Jesus como trazer o tão esperado


Reino de Deus e morrer por pecadores.

O reino de Deus
■ Is 40.1-5

■ Is 42.1 → Mc 1.11

■ Jesus passa quarenta dias no deserto (1.13) — o lugar onde, de acordo com Isaías 40,
Deus aparecerá para restaurar seu povo — e, como se pusesse em ação o “novo êxodo”
profetizado por Isaias, ele surge do deserto, como o mensageiro de Isaías 52.7 (cf.
62.1), para trazer boas novas da parte de Deus (Mc 1.14)

■ Para Marcos, a proclamação de Jesus sobre o Reino de Deus e o estabelecimento desse


Reino mediante exorcismos, curas, e a alimentação de multidões eram sinais de que
Deus, por meio de Jesus, visitara seu povo para efetuar a restauração prometida por
Isaias.

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A Paixão
■ Filho do Homem
– como Filho do homem, Jesus seguiu o padrão estabelecido para “alguém
semelhante a um filho de homem”, em Daniel 7. Ele possuía autoridade; sofreu nas
mãos de seus inimigos e foi vindicado e exaltado por Deus. Como Filho do homem,
conclamou seus discípulos a seguirem-no nesse padrão de vida. 1) Eles eram o
povo eleito de Deus e possuíam a autoridade divina concedida a esse povo. 2) Eles
precisavam sofrer mantendo-se fiéis ao compromisso com Jesus. 3) Quando Deus
tiver realizado seus propósitos e executado seu juízo sobre todos os povos, eles
serão vindicados e restaurados ao devido lugar de autoridade.

A Paixão
■ Servo Sofredor de Isaías

– Insultos: Is 50.6 → Mc 14.65, 15.17-19

– Silêncio: Is 53.7 → Mc 14.60

– Inocência: Is 53.9 → Mc 15.14

– Vicário: Is 53.5,6,8,11,12 → Mc 10.45; 14.24; 15.31

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TEOLOGIA DE
LUCAS-ATOS

■ Autoria: “Escrevi o primeiro livro, ó Teófilo, relatando todas as coisas que


Jesus começou a fazer e a ensinar até ao dia em que, depois de haver dado
mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que
escolhera, foi elevado às alturas” (Atos 1.1-2). Não tem havido dúvidas de
que estes dois livros, Lucas e Atos, formam uma só obra composta por
Lucas, o médico amado (Cl 4.14).
■ Data: O livro de Atos termina abruptamente narrando um fato ocorrido por
volta em 60-62 d.C., a prisão de Paulo em Roma. Tendo em vista que fatos
importantes que aconteceram depois disto não são narrados, concluímos
que Lucas foi concluído entre 58-62 d.C.
■ Destinatário e Objetivo:–Teófilo (Teo= Deus e filo = amigo). A maioria dos
estudiosos pensa que era um crente novo com este nome. Lucas com o
seguinte objetivo: “para que tenhas plena certeza das verdades em que
foste instruído” (Lc1.4). Alguns pensam que o nome é um adjetivo para
todos os cristãos, que, no caso, seriam os destinatários.

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A História da Salvação
Lucas concebe a história da salvação como o plano de Deus para perdoar os pecados de
suas criaturas rebeladas – gentios e judeus. Os gentios necessitam do perdão divino por
terem incorrido na idolatria, e os judeus precisam dele pela rejeição dos mensageiros de
Deus, especialmente seu preeminente mensageiro, Jesus, que desempenhou os papéis de
Rei-Messias, Servo Sofredor e profeta escatológico. Agora, com a ressurreição e a exaltação
de Jesus, chegou o tempo para o arrependimento e o perdão, em primeiro lugar para o povo
especial de Deus –Israel –e, na sequência, para “todas as nações”.
Judeus e gentios que se arrependerem de seus pecados e receberem o perdão divino
receberão um lugar entre o povo de Deus quando o Messias Jesus vier para “restaurar o
reino a Israel” e “julgar o mundo com justiça”. Lucas entende esse plano todo, do começo ao
fim, como nada mais que o plano de Deus revelado na lei de Moisés, nos Profetas e nos
Salmos.
Frank Thielman.

A História da Salvação
■ Deus como Senhor do:
– Tempo (At 1.7)
– Geografia e história (At 17.26)
– Eventos (Lc 4.43; 13.33; 24.44; At 3.21)
■ Cumprimento da Escritura ( Lc 4.21; 21.22; At. 2.16; At 3.18; At 13.27-29)
■ Jesus como “Salvador”
– Maria (Lc 1.47)
– Zacarias (Lc 1.69)
– Anjos (Lc 2.11)
– Simeão (Lc 2.30,31)
– Zaqueu (Lc 19.9)
– Apóstolos e Evangelistas (At 4.12; At 5.31; 13.23)

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A História da Salvação
Para Lucas, a “salvação” refere-se especificamente as promessas de Isaías (Is 25;
26; 40.1-5; 45.14). de que um dia Deus restaurará seu povo e que, ao mesmo
tempo, por ser o Criador do céu e da terra, ele estenderá sua obra de salvação a
todos os povos. O tempo do nascimento, do ministério, da ressurreição, da
exaltação ao céu de Jesus e da proclamação das boas novas a respeito dele
mediante suas testemunhas cumpre o proposito divino da salvação de judeus e de
gentios, descrito nas Escrituras de Israel.

Oração e Cânticos
■ Lucas há duas ênfases claras que os outros evangelhos não tem: oração e cânticos. O
substantivo e o verbo mais comuns de oração aparecem (em grego) em (Lc1:10; Lc3:21;
Lc9:18; Lc9:28; Lc9:29; Lc11:1; Lc11:1; Lc11:2; Lc18:1; Lc18:10; Lc18:11; Lc22:41;
Lc22:44; Lc22:45; Lc22:46) e cânticos, vemos o Magnificat de Maria (Lc1.46-55); o
Benedictus de Zacarias (Lc1.68-79); O Gloria dos anjos (2.14); O Nunc Dimitis de Simeão
(2.29-32). Além dos diversos relatos da igreja orando em Atos.

■ A importância da oração é acentuada. Lucas registra que Jesus orou antes das ocasiões
cruciais de seu ministério. Nove preces de Jesus são incluídas no Evangelho (sete das quais
encontradas somente em Lucas), juntamente com parábolas sobre oração encontrada
somente em Lucas.

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Minorias

■ “Um aspecto notável do evangelho de Lucas é seu interesse naqueles que


em geral eram vistos como sem valor no século I: mulheres, crianças,
pobres e pessoas de má fama”. D.A.CARSON.

■ “Jesus veio ‘buscar e salvar o que estava perdido’ (Lc19.10), portanto, o


seguidores de Jesus devem estender a salvação aos pobres, pecadores e
aos etnicamente diferentes. O Deus bondoso para com os ingratos e os
ímpios espera que os seguidores de seu caminho também sejam
misericordiosos (Lc6.35-36).” Frank Thielman.

Mulheres
■ Em geral tanto os gentios quanto os judeus de então desprezavam a posição e o
valor da mulher. Lucas apresenta mulheres de diversos tipos: Isabel, a mãe de
Jesus, a profetiza Ana, a mulher que entrou na casa de Simão, Maria Madalena,
Joana, Susana, a viúva de Naim, a mulher que foi curada de um fluxo de sangue,
Maria e Marta, e mulher que bendisse a mãe de Jesus, a viúva com os dois leptos
[pequenas moedas de bronze], as “filhas de Jerusalém” e as mulheres que
visitavam o túmulo. Ele conta também a história do ministério das mulheres na
satisfação das necessidades econômicas de Jesus e seus apóstolos, e o motivo de
gratidão deste serviço pelas bênçãos recebidas do mestre. (A. R. Crabtree)

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ESPÍRITO SANTO
■ Os outros evangelistas encontraram em Jesus o centro de todo o seu relato, porque tratam só
dos feitos e palavras do Senhor, mas Lucas tem uma perspectiva mais ampla: segundo a sua
concepção do Kerygma, deve-se incluir também a predicação a todas as nações. Por esta
razão, para dar unidade a toda a sua obra, introduz de uma maneira mais destacada a ação do
Espírito Santo. Nos seus livros, Lucas dá especial importância à presença e à ação do Espírito
Santo. É Ele que dá unidade a toda a sua obra (e que através do qual se dá toda a ação).

■ O Espírito inspira as personagens do Antigo Testamento (Lucas 1.15; 1.41; 1.67); desce sobre
Maria para que conceba Jesus (1.35); Isabel e Zacarias ficam cheios do Espírito Santo (1.41,
67) e falam movidos por Ele, assim como Simão (2.26-27); o Espírito desce sobre Jesus (3.21-
22) e leva-o ao deserto para ser tentado (4.1) e à Galiléia para que comece a sua missão (4.14,
18).

ESPÍRITO SANTO
■ A primeira predicação de Jesus começa com uma citação do Antigo Testamento (Lucas 4, 18-19; ver
ainda Atos 10, 38). Jesus enche-se de alegria no Espírito Santo (10, 21) e o Pai dará o Espírito a todos
aqueles que O peçam (11, 13). Jesus mesmo enviará o Espírito Santo sobre os Apóstolos depois da
Ascensão (Lucas 24, 49; Atos 1, 4-5.8). Com a força do Espírito, eles transformam-se em testemunhas
para anunciar o Evangelho em todo o mundo (Atos 1, 8).

■ Efetivamente, o Espírito desceu sobre a comunidade reunida (Atos 2, 1-36; 4, 31). Lucas elege a
solenidade de Pentecostes como marco para relatar a vinda do Espírito Santo sobre os discípulos de
Jesus. Esta festa judaica celebra o acontecimento narrado no livro do Êxodo (capítulos 19-24), quando
Deus selou a Aliança com Israel e lhe entregou a Lei no Monte Sinai, entre trovões e fogo.

■ Também Lucas descreve um dia de Pentecostes em que Deus entrega o seu Espírito num lugar alto,
no meio do ruído de trovões e com fogo. No entanto, no Monte Sinai estavam só as 12 Tribos, e Lucas
nomeia todos os povos da terra (Atos 2.9-11).

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ESPÍRITO SANTO
■ Novos convertidos recebem o Espírito Santo (Atos 2.38-39; 9.18; 10.44; etc.), tanto judeus como
pagãos (Atos 10, 44; 11, 15-17). O Espírito dá testemunho junto aos apóstolos (Atos 5, 31), está
presente nos momentos das grandes decisões (Atos 15.28), elege os novos missionários para que
vão pregar aos pagãos (Atos 13, 2) e guia-os no seu trabalho (Atos 13, 4; 16, 6-7), os apóstolos
concedem também o Espírito Santo aos discípulos (Atos 8.15-17; 19.6).

■ Desta maneira, Lucas demonstra de forma inequívoca que esta força que agora une todos os
povos, já não é a Lei, mas o Espírito de Deus, e que o impulso que leva a Igreja a abrir-se aos
pagãos, provém de Deus. Não se trata de um capricho de Paulo, mas de um plano de Deus que
tem de se levar a cabo, porque isso consta nas Sagradas Escrituras e é o mesmo Espírito que
elege os evangelizadores e que os guia, para que a Salvação chegue até aos confins da terra (Atos
13.47).

TEOLOGIA DE JOÃO

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João é explícito acerca do propósito de seu evangelho:

“Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros


sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram
registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de
Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.”

(Jo 20.30-31)

■ identidade de Jesus (“Jesus é o Cristo, o Filho de Deus”)

■ o relacionamento entre os sinais de Jesus e a crença de que ele é a

revelação final do Pai (“este foram escritos”)

■ a vida futura que é alcançada no presente os que têm essa fé

(“crendo, tenhais vida em seu nome”)

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João é uma fonte inesgotável de verdades profundas a respeito de Jesus Cristo:


Divindade/eternidade
■ No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio
com Deus. (Jn. 1:1-2 ARA)
■ É este a favor de quem eu disse: após mim vem um varão que tem a primazia, porque já existia
antes de mim. (Jn. 1:30 ARA)
■ Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado,
mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus. (Jn. 5:18 ARA)
■ Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU.
(Jn. 8:58 ARA)
■ e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que
houvesse mundo. (Jn. 17:5 ARA)

Filho Unigênito

■ Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto
Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas
para que o mundo fosse salvo por ele. (Jn. 3:16-17 ARA)

■ Οὕτως γὰρ ἠγάπησεν ὁ θεὸς τὸν κόσμον, ὥστε τὸν υἱὸν αὐτοῦ τὸν
μονογενῆ ἔδωκεν, ἵνα πᾶς ὁ πιστεύων εἰς αὐτὸν μὴ ἀπόληται, ἀλλ᾽ ἔχῃ
ζωὴν αἰώνιον.

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Encarnação/humanidade

■ E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e

vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. (Jn. 1:14 ARA)

■ “Cansado” da viagem, assentara-se Jesus junto à fonte, por volta da hora

sexta. (Jn. 4:6 ARA)

■ Filho de Deus e Rei de Israel (1.49, 11.27; 12.13);


■ Cordeiro de Deus (1.29, 36);
■ dado e enviado ao mundo por Deus (3.16-17, 11.42);
■ comida de Jesus é fazer a vontade do Pai (4.34);
■ Salvador (4.42);
■ O filho vivifica, julga e merece honra como a do Pai (5.19-23);
■ O profeta que deveria vir ao mundo (5.14-15; 7.40);
■ Aquele que desceu do céu (6.38, 51);
■ O Santo de Deus (6.69);
■ Filho de homem (1.51; 3.13-14, 5.27; 6.27);
■ Jesus dá a sua vida espontaneamente (10.17-18).

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Εγώ εἰμι – Eu sou...

uma das características mais marcantes deste evangelho é o fato de Jesus constantemente
identificar-se com o EU SOU de Êxodo 3.14: 8.24, 28, 58 e 13.19. Além dessa séria
reivindicação, Jesus também se qualifica de várias maneiras através da frase eu sou: Eu
Sou o pão da vida (6.35, 48, 51); o Messias (4,25-26); a luz do mundo (8.12); a porta das
ovelhas (10.7, 9); o bom pastor que dá a vida pelas ovelhas (10.11, 14); a ressurreição e a
vida (11.25); o caminho, a verdade e a vida (14.6); a videira verdadeira (15.1, 5).

“A minha hora”
■ Mas Jesus lhe disse: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.
(Jn. 2:4 ARA)
■ Então, procuravam prendê-lo; mas ninguém lhe pôs a mão, porque ainda não era chegada
a sua hora. (Jn. 7:30 ARA)
■ Proferiu ele estas palavras no lugar do gazofilácio, quando ensinava no templo; e ninguém
o prendeu, porque não era ainda chegada a sua hora. (Jn. 8:20 ARA)
■ Respondeu-lhes Jesus: É chegada a hora de ser glorificado o Filho do Homem. (Jn. 12:23
ARA)
■ Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora;
glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti, (Jn. 17:1 ARA)

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Espírito Santo
Pousou como pomba sobre Jesus (1.32-33). É um agente do novo nascimento (3.5-6). É
chamado água viva (4.10, 13-14). Para que o Espírito seja enviado, Cristo precisa ser
glorificado (7.37-39). Os capítulos 14-16 são os que mais revelam sobre o Espírito
Santo em João.

O Espírito é chamado de o Consolador (14.16, 26; 15.26); o Espírito da Verdade (14.17;

15.26), Espírito Santo (14.26). Jesus anuncia que o Espírito que naquele momento
estava com osdiscípulos, passará a estar em os discípulos (14.16-17).

Espírito Santo
■ Consola
E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre
convosco (Jn. 14:16 ARA)
■ Ensina
Isto vos tenho dito, estando ainda convosco; mas o Consolador, o Espírito Santo, a
quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará
lembrar de tudo o que vos tenho dito. (Jn. 14:25-26 ARA)
■ Testemunha
Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da
verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim; e vós também
testemunhareis, porque estais comigo desde o princípio. (Jn. 15:26-27 ARA)

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Espírito Santo
■ Convence
Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador
não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei. Quando ele vier,
convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não crêem
em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais; do juízo, porque o
príncipe deste mundo já está julgado. (Jn. 16:7-11 ARA)
■ Glorifica ao Filho
quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não
falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que
hão de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de
anunciar. (Jn. 16:13-14 ARA)

❖ Em João, o Espírito Santo deve ser entendido como desenvolvimento do conceito judaico do
“Espírito de profecia”.

➢ No judaísmo “Espirito de profecia”, refere-se ao agir do Espírito como canal de


comunicação entre Deus e uma pessoa. (Nm 11.25-29; Mq 3.8; Is 48.16).

❖ Em seu Evangelho João trata do Espírito em dois momentos diferentes. De 1 – 12 temos a


relação entre o Espírito e o ministério do Filho; e de 13 – 17 a promessa do Espírito
Consolador.

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31 Quem vem das alturas certamente está acima de todos; quem vem da terra
é terreno e fala da terra; quem veio do céu está acima de todos 32 e testifica o
que tem visto e ouvido; contudo, ninguém aceita o seu testemunho. 33 Quem,
todavia, lhe aceita o testemunho, por sua vez, certifica que Deus é verdadeiro.
34 Pois o enviado de Deus fala as palavras dele, porque Deus não dá o Espírito
por medida. 35 O Pai ama ao Filho, e todas as coisas tem confiado às suas
mãos. (Jo. 3:31-35 ARA)

38 Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água
viva.

39 Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele
cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não
havia sido ainda glorificado. (Jo. 7:38-39 ARA)

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5 Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da


água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. (Jn. 3:5 ARA)

Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as


vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei
coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de
pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito e farei
que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis. (Ez.
36:25-27 ARA).

ἄλλον παράκλητον
pαράκλητος: auxiliador (que atua em favor de outro), esp. também advogado, assessor,
intercessor.
1. O Parakletlos é exemplificado em Jesus
2. O Parakletlos mediará a presença do Pai e do Filho glorificado (14.16-26)
3. O Parakletlos como Mestre e Revelador
4. O Parakletlos como Advogado e a missão cristã.

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Em 1 João, o apóstolo reflete estes mesmos conceitos de seu evangelho a respeito


do Espírito.
1. O Espírito testifica que Jesus é o Cristo, Deus encarnado (4.2,6; 5.6-8)
Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de
Deus; (1 Jo. 4:2 ARA)
Este é aquele que veio por meio de água e sangue, Jesus Cristo; não somente com água, mas
também com a água e com o sangue. E o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a
verdade. (1 J0. 5:6 ARA)
2. Garante segurança de que Deus vive nele e ele em Deus (3.24; 4.13)
E aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus, nele. E
nisto conhecemos que ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu. (1 Jo. 3:24
ARA)
3. É o interprete, que ajuda a reconhecer a diferença entre verdade e erro (2.20)
E vós possuís unção que vem do Santo e todos tendes conhecimento. (1 Jo. 2:20
ARA)

Salvação
■ Obra de Deus
os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem,
mas de Deus (Jn. 1:13 ARA)
Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último
dia. Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que da
parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a mim. (Jn. 6:44-45 ARA)
■ Novo nascimento
A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo,
não pode ver o reino de Deus. (Jn. 3:3 ARA)
■ Nascer da água e do Espírito
Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito
não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do
Espírito é espírito. (Jn. 3:5-6 ARA)

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Salvação
■ Vida eterna (3.16)
Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do
Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo. (Jn. 6:27 ARA)
Este é o pão que desceu do céu, em nada semelhante àquele que os vossos pais comeram e,
contudo, morreram; quem comer este pão viverá eternamente. (Jn. 6:58 ARA)
■ Vida em abundância
O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em
abundância. (Jn. 10:10 ARA)

Salvação

Aquele que se perde, perde-se porque não quer vir a Jesus (5.40), porque não o
recebem (1.11), porque não querem vir à luz para não serem renovadas as suas
obras (3.19-21), porque gostam de glória para si mesmos e não para Deus (5.44),
porque não ouvem a voz do bom pastor (10.26-27).

Os que são salvos são chamados de ovelhas (10.16) e filhos de Deus (11.52)
mesmo antes da conversão. Aqueles que foram dados pelo Pai ao Filho, de maneira
nenhuma podem ser arrebatados das mãos do Filho (10.28-29).

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Sinais (σημείων, semeion)

Certamente um dos temas mais importantes do evangelho de João


é relacionado aos sinais. João escolhe sete atos sobrenaturais de
Jesus para narrar. Ao invés de chamá-los milagres (como os
sinóticos), João chama estes atos sobrenaturais de sinais, pois
eles apontam para algo.

Sinais (σημείων, semeion)

■ 1º sinal: água em vinho (2.1-11)

através dele Jesus manifesta a sua glória e seus discípulos crêem nele (v. 11). Logo
após, João narra Jesus purificando o templo e os fariseus o questionando sobre que sinal
ele faz para assegurar seu direito de agir assim (purificando o templo), então Jesus
coloca-se como o novo templo e diz que o sinal que fará será a reconstrução do templo
em três dias após a destruição (sua ressurreição, João 2.18-21). Assim, este primeiro
sinal está conectado ao último e maior de todos, a morte e ressurreição de Jesus.

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Sinais (σημείων, semeion)


■ 2º sinal: cura à distância (4.46-54): novamente sinal e fé são interligados.

■ 3º sinal: cura de um paralítico (5.1-9):

João usa ironia para mostrar o crescimento da oposição à Jesus, expondo assim as motivações
daqueles que o perseguiam: “E os judeus perseguiam Jesus, porque fazia estas coisas no sábado”
(v. 16). Ao invés de fé, como nos outros sinais, a resposta a este sinal é perseguição e tentativa de
assassinato (5.16, 18).

■ 4º sinal: multiplicação dos pães (6.1-15):

O sinal leva a multidão a reconhecer que Jesus é o profeta que deveria vir ao mundo e querer
procamá-lo rei (v. 14-15). Apesar disso Jesus diz à multidão que eles estavam interessados somente
nos pães e não em crer naquele que fazia sinais sendo o próprio pão vivo que desceu do céu.
Enquanto muitos abandonam Jesus, Pedro faz uma firme declaração de fé (6.26-69)

Sinais (σημείων, semeion)


■ 5º sinal: Jesus anda sobre a água (6.16-21)

■ 6º sinal: Jesus cura um cego (9.1-7): este sinal realizado por Jesus está
ligado ao discurso anterior no qual Jesus se apresneta como a Luz do
mundo (8.12-20, 9.5)

■ 7º sinal: Ressurreição de Lázaro (11.1-46):


o sétimo sinal é o que João usa mais tempo para narrar e é também o mais
impressionante. Este sinal tanto confirma o que Jesus tem dito sobre ter vida
eterna ao crer nele, quanto aponta para o seu poder sobre a morte, a ser
demonstrado na sua ressurreição. Resultado: alguns crêem, outros foram
contar aos fariseus.

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