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mario barata — ric de janeiro, 1967 © Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro expoe grande parte da vanguarda brasileira de 1967 nesta Nova-Objetividade, que reune qua- se tudo que de rico e contraditério existe na formulacac da jévem arte do pais. A tendéncia construcao de coisas, o rigor dialéticc da mani- jestagao critico-visual-tatil, os elementos de gestac&io de uma lingua- gem de alto nivel semanticc:, informativo e psicologicamente percuten- te, farao dessa mostra um centro vital e coerente da problematica e das estruturas estéticas do nosso tempo. Hélio Oiticica divulga aqui texto especial, analisandc as principais defingdes desse fendmeno criativo: a negacéo do quadro de cavalete; abordagem e tomada de posicéo em face a problemas pcliticos, sociais © éticos; tendéncia para proposigées coletivas, entre outros aspectos. Reccnhece inclusive a vyalidade das experiéncias e realizacdes nao-nor- mativas de Duke-Lee, que para éle teriam sido uma das constituintes do processo que o levou & formulacao recente da nova objetividade, coneluinde que a posicao esteticista — segundo o seu depoimento — seria insustentavel. Também o que chama de “realismo carioca” e teria influenciado na eclosaéo do processo, seria — parece — a nova afirma- cao artistica que se evidencicu e tornou consciéncia prépria nas mos- tras OPINIAO 65 e 66 efetuadas néste Museu. De Sao Paulo, Waldemar Cordeiro envia precisa andlise em que uti- liza correlatos aos da teoria da informacao para fixar os dadcs e con tribuicdes de grupo representativo, matéria que integrara as mani- festacdes que serao divulgadas no decurso da mestra. Com depoimentos auténticos e surgindo sobretudo gracas a iniciativa de artistas, Nova Objetividade assume — como se veré no seu contex” to, através das obras expostas — um papel importante na concentra- ¢ao e na dialética dos impulsos e intuigGes criadoras, estruturais, cons” frutivas, semanticas cu comunicantes da vanguarda atual no pais. Ela representa uma nova consciéncia do movimento estético, consciéncia em patamar superior, pela auto-reflexao e pela participacao no mun™ do exterior, a par do singular dominio e eficécia no tratamento formal da mecanica ou economia dos meios e fatéres téenicos do operar ou do faber artistico, iste é, da elaboragao da obra. Formula-se e concretiza-se aqui um estagio elevado, qualitativamente, da vida artistica brasileira, que surpreendera a muita gente pelo fato de resultar de um salto quase inesperado. As pesquisas e os en” contres dessa geracdo criadora, nao partem s6 ou mérmente de con- ceitos, mas também de impulsos ou necessidades vitais, e nao se en” caram como elementos adversos no plano estético, sendc demarches acumulativas ou passos de experiéncias. O processo complexo de que resulta Nova-Objetividade supera ccnciliagdes, mas ultrapassa anti teses. Subindo a névo plano, prepara novas sinteses e fecundas con” tradicdes, através do reconhecimento dos valéres e inter-relacoes mul tinlas, aue tio bem Oiticica reconhece, e que sio contribuicdes posi- tivas désse in atto, na progressaéo de nossa estética. Mediante ésse névo plano do agir artistic, a visio, e a participacao do espectador. isto 6, do ptiblico, atuarao mais diretamente e melhor com- preenderao o significado lingitisticc e simbdlico desta arte, mesmo nos seus momentos de antiarte Cumpria 20 Museu, que ja expés Opinio em 1965 e 1966, trazer ao publico esta nova manifestacao coletiva, mais concentrada e desta vez com carater nacional. Se aqui nao se acha presente toda a vaneverda, esté ao menos um seu momento decisivo, dotado de alta eficacia téc- nica. beleza e informacao.

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