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ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA, GESTÃO DE NEGÓCIOS E MEIO AMBIENTE
MESTRADO PROFISSIONAL EM SISTEMAS DE GESTÃO
Orientador:
Niterói
2019
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BANCA EXAMINADORA:
____________________________________________
Prof. Sergio Luiz Braga França, D.Sc. Orientador(a)
Universidade Federal Fluminense - UFF
____________________________________________
Prof. Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas, D.Sc.
Universidade Federal Fluminense - UFF
____________________________________________
Prof. Fernando Medina, D.Sc.
Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ
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DEDICATÓRIA
Dedico esta dissertação às pessoas que sofreram algum tipo acidente enquanto
executavam suas funções no trabalho e às suas famílias.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais, por serem a base do meu caráter e por terem me ensinado
a nunca desistir.
À minha companheira de vida, Renata Muller, pela motivação diária para enfrentar
este momento de grande dedicação e esforço na minha vida, e por ser “combustível”
em todo processo do mestrado, desde a inscrição até a apresentação.
Ao meu avô Manoel (in memorian) e à minha avó Maria, que sempre foram apoiadores
incontestáveis nos meus momentos mais importantes.
Aos amigos Victor, Allan, Rafael, Jarbas e Roberto, que me apoiaram nos momentos
de incertezas e foram fontes inspiradoras para o meu ingresso ao mestrado.
Ao meu orientador, professor Sergio Luiz Braga França, pela parceria que
construímos, pelo grande incentivo e constante motivação que me deu neste projeto
e por ter agregado valor ao meu crescimento profissional e acadêmico ao longo deste
período.
À professora Dilma Pimentel, pela grande troca de ideias que resultou no tema deste
projeto.
RESUMO
ABSTRACT
Occupational accidents and leaves that come with them not only causes a huge impact
at client-customer’s relationships, also in companies and government’s financial
losses, despite the irrecoverable damage to the victims and its families. The high
quantity of accidents registered in Brazil and worldwide prove the relevance of this
theme. The companies have been looking for ways to avoid accidents by investing in
technologies, engineering design changes and trainings to develop its Occupational
Health and Safety Management Systems, increasing employee’s protection. ILO and
OHSAS 18001:2007 guidelines plus the adaptation demanded by the modern
business, ISO 45001:2018 was published aiming to raise the bar of the OHS
Management System’s effectiveness. In this context, the research’s main objective is
to propose a method for improving the OHS Management System performance by
applying it in a multinational oil and gas company. An Assessment Tool was developed,
based on the new standard requirements, to support the companies in the adaptation
of its processes. This project suggests a method to measure the OHS Management
System’s performance, aiming to generate enough data to support the development of
action plans for the improvement opportunities. To summarize, it can be concluded that
despite the studied organization studied has been recently OHSAS 18001:2007
certified, a lot of its process still shows improvement opportunities regarding the
process adaptation to ISO 45001:2018 requirements, in special support, operation and
planning requirements.
Key words: Occupational Health and Safety Management Systems, oil and gas,
OHSAS 18001, ISO 45001:2018.
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Lista de Figuras
Lista de Tabelas
Lista de Quadros
Lista de Gráficos
Lista de Siglas
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 15
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .............................................................................. 15
1.2 FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA ...................................................... 18
1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 19
1.3.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 19
1.3.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 20
1.4 QUESTÕES DA PESQUISA ................................................................................ 20
1.5 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ........................................................................... 20
1.6 IMPORTÂNCIA DO ESTUDO E JUSTIFICATIVA ................................................ 21
1.7 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO ............................................................................ 21
1 INTRODUÇÃO
Standard Institute, responsável pela publicação da antiga norma (BSI, 2017). Desta
forma, existe uma alta probabilidade de migração global em massa das empresas
certificadas para à nova ISO nos próximos anos, assim o entendimento sobre a ISO
45001:2018 se faz fundamental e de grande relevância para as empresas a partir
deste momento.
seguir a linha da ISO 9001 e ISO 14001, se concretizando como peça chave do
Sistema de Gestão Integrado (LO et al., 2014). A partir da publicação da ISO
45001:2018, a qual substituirá o papel da OHSAS 18001. A certificação do sistema de
SST busca ir além ao envolver a cadeia de fornecedores e trazendo mais
responsabilidades sociais para as empresas (JONES, 2015) (ISO, 2018a) .
As empresas certificadas tendem a uma transição em massa para a norma ISO
nos próximos anos e, consequentemente, as auditorias dos clientes também passarão
a se basear na ISO 45001:2018, seguindo as mesmas evoluções que as atualizações
das ISO 9001:2015 e ISO 14001:2015. A análise relacionando os processos de SST,
certificados na OHSAS, aos requisitos da nova norma mostra-se essencial para que a
empresa objeto de estudo possa realizar o planejamento da adequação do seu
Sistema de Gestão de SST à nova certificação.
A proposta do método de avaliação de desempenho do Sistema de Gestão de
SST prova-se muito importante para a empresa estudada por alguns fatores: do ponto
de vista mercadológico, a mesma possui as informações necessárias para planejar
todas as adequações em seus processos para atender rapidamente os requisitos do
principal cliente em tempo hábil, se posicionando um passo à frente de seus
concorrentes. Do ponto de vista organizacional, a companhia mantém a melhoria
contínua de seu Sistema de Gestão de SST para minimizar os riscos que afetam a
segurança de seus colaboradores, baseando-se em uma nova norma desenvolvida
pelas principais instituições do tema no mundo, como a ISO e a OIT.
Com base no contexto apresentado, a razão da pesquisa está relacionada com
a seguinte questão: Como uma organização deve avaliar o seu Sistema de Gestão de
SST em relação aos requisitos da ISO 45001:2018, de forma que seja possível
identificar um índice comparativo com outras locações ou empresas?
1.3 OBJETIVOS
do ramo de óleo e gás, com sua unidade principal em Macaé, no estado do Rio de
Janeiro, será avaliado com base nesta norma. O status do sistema atual com relação
à ISO 45001:2018 e a avaliação dos requisitos frente aos processos atuais servirão
como base para o planejamento de ações de adequação do sistema até a
implementação da nova norma. A análise foi realizada com o consentimento e apoio
da organização objeto de estudo e os objetivos específicos dependem das
informações da empresa. O projeto foi desenvolvido entre os anos de 2017 e 2018.
Devido ao fato da norma ISO 45001:2018 ser muito atual e sua publicação ser
recente, este estudo torna-se um dos precursores a realizar esta análise. Esta
pesquisa foi iniciada quando a norma estava em sua versão ISO/DIS 45001, ainda em
processo de votação, e finalizada poucos meses após a sua publicação.
O tema de Saúde e Segurança do trabalho vem ganhando importância já que
os custos que acidentes, doenças e mortes são muito expressivos, não só para as
empresas como também para o governo. A nova norma passa a dividir a
responsabilidade da fiscalização das condições de trabalho de toda a cadeia
suprimentos com as empresas que estão no fim dela, buscando menos tolerância e
mais rigidez.
Segundo a própria ISO, a norma passará a ser o terceiro elemento das normas
de Sistemas de Gestão, antes ocupado pela OHSAS, mas agora com a formalização
da instituição. Além de utilizar a OHSAS 18001 como base, a norma também tem como
referência os principais documentos relacionado a SST da OIT. (ISO, 2018b)
A proposta de método para transição normativa deste trabalho poderá ser
utilizada para a empresa estudada como uma análise do seu Sistema de Gestão de
SST para atendimento da nova norma. Esta pode ser uma vantagem competitiva já
que o seu principal cliente tende a exigir em breve a certificação da ISO 45001:2018
como requisito, no lugar da OHSAS 18001.
2 REVISÃO DA LITERATURA
O assunto SST visto de forma global merece uma atenção especial devido às
mudanças que vem ocorrendo no mundo ocasionadas tanto por avanços tecnológicos
quanto pelo aumento da longevidade, do maior número de mulheres no mercado de
trabalho e das migrações de trabalhadores, que direta ou indiretamente alteram a
cultura local e sua forma de trabalhar (JONES, 2015) (WORLD ECONOMIC FORUM,
2015) . As empresas também seguiram estas mudanças, de acordo com a OIT, as
pequenas e médias organizações possuem mais trabalhadores do que as grandes, na
maioria dos países emergentes. Empresas de médio e pequeno porte tem, em geral,
menor recursos para a criação de sistemas de SST eficientes e condições de trabalho
decentes para todos os colaboradores (ILO, 2014).
26
Tabela 2: Acidentes fatais, não fatais e mortes ocasionadas por doenças ocupacionais
Fonte: Adaptado de Relatórios (HAMALAINEN; TAKALA; SAARELA, 2017)
R$ 250.000.000
R$ 200.000.000
R$ 150.000.000
R$ 100.000.000
R$ 50.000.000
R$ -
2011 2012 2013 2014 2015 2016
As informações sobre acidentes no país não são de fácil acesso a partir dos
órgãos públicos da Previdência Social e do Ministério do Trabalho e Emprego. Os
Anuários Estatísticos de Acidentes do Trabalho (AEAT) podem ser encontrados no
site da Previdência Social, em dados abertos de SST. A data de acesso desta página
foi dia 18 de abril de 2018 e apenas foram encontrados os anuários publicados entre
os anos de 2008 e 2015. (SECRETARIA DE PREVIDÊNCIA, 2016)
Já os dados abertos da Previdência Social e INSS apresentam a última versão
da publicação, de 2016. Por isso, os anuários da Previdência Social foram os
escolhidos para serem usados como base deste trabalho, pois apresenta as
informações necessárias sobre acidentes de trabalho e de seus impactos nos cofres
30
públicos. A fonte do banco de dados da previdência social pode ser encontrada no site
do DataPrev, com atalho disponível no site da Previdência. Onde funciona de forma
semelhante à um sistema e as informações podem ser filtradas e analisadas, porém
não são de fácil utilização. (DATAPREV, 2018)
A publicação dos Anuários Estatísticos da Previdência Social demora em média
um ano após o fim do período anterior, por exemplo, o anuário de 2017 tem previsão
de publicação para o fim de 2018, enquanto o Anuário de 2016 foi publicado em janeiro
de 2018. Este atraso na publicação das informações faz com as iniciativas baseadas
nestes dados estejam sempre com um período de defasagem.
Os dados estatísticos apresentados pelo site do Ministério do Trabalho e
Emprego não apresentam nenhuma informação sobre acidentes de SST posterior a
novembro de 2016. O site não apresenta as informações de forma clara, que auxiliem
em uma análise dos dados apresentados, desta forma, nenhuma pessoa que acesse
o conteúdo consegue enxergar o real status da saúde e segurança dos trabalhadores
deste país. (MTE, 2016)
Outra importante fonte de informações é o Observatório Digital de Saúde e
Segurança do Trabalho, iniciativa criada pela SMARTLAB de Trabalho Decente,
formada pelo Ministério Público do Trabalho e pela Organização Internacional do
Trabalho Brasil, sendo conduzida pela Faculdade de Saúde Pública da USP. Na sua
primeira versão, publicada em abril de 2017, as informações a seguir definem os tipos
de informação que a iniciativa apresenta:
“Indicadores de incidência, número de notificações de acidentes (CATs), gastos
previdenciários acumulados, dias perdidos de trabalho, mortes acidentárias,
localização geográfica, ramos de atividade e perfil das vítimas”. (MPT; OIT, 2017)
De acordo com o Observatório, o número de acidentes com CAT registrada é
aproximadamente de 4 milhões entre o período de 2012 a 2017, quase 15 mil pessoas
vieram a óbito e o total acumulado de gastos com a Previdência Social é próximo de
R$ 27 bilhões de reais. (MPT; OIT, 2017)
Os dados apresentados pelo Observatório são de fontes oficiais do governo
brasileiro, contudo, muitos acidentes não são reportados pelas empresas e em outros
casos até pelos próprios acidentados (MENDES et al., 2014). Os altos números
provam a necessidade de atenção nas políticas públicas e nas legislações
relacionadas.
31
A parceria da OIT com o Ministério Público do Trabalho é uma ação fruto dos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, onde visam buscar uma maior
assertividade nos dados. Além disso outra campanha relacionada à prevenção de
acidentes o “World Day for Safety and Health at Work” ou Dia Mundial da Saúde e
Segurança do Trabalho, celebrado no dia 28 de Abril, teve como tema no ano de 2017
a otimização da coleta de dados de SST (ILO, 2017b). O que prova que o Brasil está
buscando o caminho indicado pela OIT, o primeiro passo, como a coleta de dados de
forma mais abrangente, já foi dado, o país necessita valorizar as informações e usá-
las como base para campanhas e políticas em conjunto com o setor privado, para
reduzir os custos do país na previdência social e aumentar a segurança dos
trabalhadores.
A OIT pode ser considerada a primeira instituição que buscou melhorias nas
condições de trabalho. A organização foi criada em 1919, a partir da assinatura do
Tratado de Versalhes, incluindo todos os países signatários e com o objetivo de criar
melhores condições para os trabalhadores da época. É formada por uma estrutura
chamada de tripartite, composta por representantes de governos, de organizações de
empregadores e de trabalhadores de 183 estados-membros. (SZARYSZOV;
KLEINOVÁ, 2014) (JONES, 2015) (OIT, 2018)
Desde a fundação da OIT, diversas Convenções e Protocolos foram instituídos,
os quais tem implantação obrigatória dos países membros, enquanto as
Recomendações podem ser analisadas para implantação ou não pelos órgãos locais.
A primeira Conferência da OIT teve como resultado seis convenções, que abordavam
assuntos como: a regulamentação de horas de trabalho e a proteção dos empregados
quanto a acidentes e doenças ocupacionais por exemplo. (LEITÃO, 2016) (OIT, 2018)
Em 1944, os textos da OIT sofreram suas modificações mais relevantes. A
chamada Declaração de Filadélfia foi responsável por apresentar a carta de princípios
e objetivos da Organização baseados em quatro valores fundamentais, ainda
considerados atualmente, segundo a página da OIT no Brasil (OIT, 2018):
32
Em 1970 foi criado o Comitê de SST no Reino Unido, para buscar melhorias
nas legislações internas. Neste mesmo ano, o Comitê passou a se reunir com
empresas, trabalhadores e a fazer visitas em outros países, como os EUA e a recém
instituída OSHA, por exemplo, para buscar conhecimento e entender como os outros
países gerenciavam a SST e suas legislações. Em 1972, o Comitê publicou um
relatório e Lord Robens, o diretor deste, levou o nome informal do documento
conhecido como “Robens Report” ou em tradução livre, Relatório de Robens (SIRRS,
2016). Este relatório trouxe ideias e conceitos sobre acidentes de trabalho,
regulamentação e o papel do estado, já que as iniciativas internas das empresas não
eram suficientes para reduzir o grande número de acidentes. (BROWNE, 1973)
Utilizando o relatório como base, em 1974 o Reino Unido publica o Ato 1974,
The Health and Safety at Work, etc., que é considerado a base das normas e leis de
SST no país. Este Ato unificou as considerações de SST de todos os ramos de
atuação que existiam no momento, passou a responsabilizar diretamente o
empregador pelos riscos que a força de trabalho está exposta e pelos acidentes
ocorridos, traz a noção de responsabilidades de saúde e segurança dos trabalhadores
durante o serviço, além de instituído a necessidade de criação de novas leis de SST.
É considerado um marco na regulamentação britânica de SST, já que veio a facilitar a
inovação do gerenciamento de saúde e segurança no trabalho, partir da
recomendação de regulamentação própria, onde tinha o foco em trazer as
oportunidades de melhoria dos sistemas, vendo das próprias organizações. (JONES,
2015) (SIRRS, 2016)
As primeiras diretrizes de SST da Austrália também utilizaram como base os
mesmos conceitos apresentados pelo “Relatório de Robens”. Os estados da Austrália
inicialmente construíram suas diretrizes de forma independente, apesar de baseados
nos mesmos conceitos. A partir dos anos 90, o governo australiano criou a Comissão
Nacional de Saúde e Segurança Ocupacional ou NOHSC (National Occupational
Health and Safety Commission), com o objetivo de unificar e regulamentar a SST no
país. A partir de 2004, as diretrizes nacionais australianas passaram a ser alinhadas
com a publicação da OIT de 2003, “Global Strategy on Occupational Safety and
Health”. (BLUFF, 2012)
custos, visão sistêmica dos processos, redução de retrabalho, minimização dos riscos
de saúde e segurança no trabalho e aumento da satisfação do cliente, por exemplo.
(TORP; MOEN, 2006) (MOHAMAD et al., 2014)
A partir da evolução dos sistemas de gestão de qualidade e da sua filosofia, a
gestão passou a levar em consideração as consequências ao meio ambiente nas
etapas dos processos, ao mesmo tempo em que as legislações nacionais passaram a
ser mais rigorosas e as ações para minimização de perdas em processo começaram
a ser vistas como oportunas fontes de redução de custo. (MOHAMAD et al., 2014)
A gestão de SST começou a ser modelada a partir de diretrizes, leis e
recomendações, feitas a partir dos governos locais, sindicatos e também de demandas
dos clientes. As empresas que possuíam menores índices de acidentes passaram a
ter suas práticas adaptadas para outros mercados e até para concorrentes, a partir do
benchmarking. As características que elas apresentavam em comum eram, por
exemplo: preocupação da gerência e seu envolvimento na construção da cultura de
segurança, alto número de treinamentos focados em segurança nas atividades,
melhores práticas de contratação, métodos de análises de riscos, entre outros fatores
que compõe hoje um Sistema de Gestão de SST. Essas práticas passaram a ser mais
comuns e adaptadas de empresa para empresa, sendo alinhadas às estratégias da
corporação e com metas e objetivos a serem atendidos. (ROBSON et al., 2007)
(VINODKUMAR; BHASI, 2011) (WALTERS; WADSWORTH, 2017)
O governo britânico e a OIT tem um papel importante na institucionalização dos
sistemas de SST. Os primeiros guias e diretrizes internacionais mais relevantes foram
publicados pelo governo britânico e pelo BSI. Em 1991 o departamento de SST criou
o guia “Managing for health and safety - HSG65”, com sua terceira edição publicada
em 2013, que traz informações e conceitos relevantes sobre como criar bases para
um Sistema de Gestão de SST. Em 1996, o BSI criou com o apoio da DNV a BS
8800:1996, que serviu como uma diretriz, mais completa que o HSG65. Em 1999 a
publicação da OHSAS 18001:1999 foi um marco, como a primeira norma internacional
de gestão de SST certificável, trazendo mais credibilidade aos sistemas de gestão de
SST das corporações. (VINODKUMAR; BHASI, 2011) (HEALTH AND SAFETY
EXECUTIVE, 2013) (JONES, 2015)
A OIT publicou em 2001 um guia genérico denominado de “ILO-OSH:2001
Guidelines on occupational safety and health management systems” com orientações
da maior organização do tema SST no mundo. Este guia serviu como uma confirmação
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nos documentos. E apenas focam nos processos do sistema de SST quando estão
próximos de uma auditoria do cliente ou da certificadora. (GHAHRAMANI, 2017)
A sistemática de uma auditoria pode não ser eficaz ao ponto de identificar
grandes falhas em um sistema SST. Um dos exemplos disso é o caso da explosão de
uma planta de gás da empresa Esso, em Longford, na Austrália em 1998, menos de
um ano após uma auditoria do sistema. Investigações posteriores comprovaram que
o treinamento era ineficaz, falha na metodologia de análise de riscos e um sistema de
auditoria que não funcionava da forma adequada, já que as falhas que ocasionaram a
explosão poderiam ter sido evitadas pelo sistema de SST da empresa. Apesar de
naquele período a OHSAS ainda não era certificável, ela apresentava um sistema de
SST que contemplava manuais, procedimentos, metodologias de análises de riscos,
entre outros requisitos de um sistema de gestão. (HOPKINS, 2000) (HOHNEN;
HASLE, 2011)
Em 1996 o guia mais representativo de SST foi publicado pela British Standards
Institute (BSI), o BS 8800. Apesar de não ter sido publicado como um padrão
internacional no momento, passou a ser utilizado como referência de Sistema de
Gestão de SST no mundo inteiro, principalmente na Europa. A OHSAS 18001:1999,
abreviação para Occupational Health and Safety Assessments Series, foi criada com
o apoio de outras instituições de certificação, especialistas e órgãos de SST e passou
a ser certificável devido a demanda internacional. Neste ponto, a OHSAS já era
baseada na melhoria contínua, utilizando o ciclo PDCA no seu desenvolvimento e
trazia requisitos importantes para a criação de procedimentos de SST no sistema de
gestão. (VINODKUMAR; BHASI, 2011) (NAGYOVA et al., 2018)
A partir da grande utilização internacional da OHSAS 18001:1999, que em 2006
já estava presente em 80 países, a BSI realizou um levantamento com diversas
instituições e foi analisada a necessidade de uma atualização na norma, tendo como
ponto chave a compatibilidade com a ISO 9001:2000 e a ISO 14001:2004, buscando
o Sistema de Gestão Integrado. Além de facilitar a integração entre os padrões, a
OHSAS 18001:2007 foi publicada com atualizações sobre a norma anterior em pontos
como a preocupação com a saúde do trabalhador, a importância do método de análise
de risco, entre outras atualizações. A norma compara seus requisitos com a importante
publicação da OIT em 2001, a ILO OHS 2001. (SEGUNDO; SOUZA, 2016)
(NAGYOVA et al., 2018)
De acordo com (SARACINO et al., 2015) a OHSAS 18001 é a certificação
internacional de SST mais reconhecida do mundo. Ela é uma relevante base para um
Sistema de Gestão de SST, e é considerada pré-requisito para prestação de serviços
por muitos clientes. É realizada por empresas certificadoras especializadas e os
processos de saúde e segurança no trabalho devem seguir os requisitos exigidos e a
comprovação de tratativas, o mapeamento dos processos e as medidas de mitigação
42
dos riscos da exposição dos trabalhadores, o que faz com que as empresas sejam
obrigadas a seguir os processos do sistema. A norma garante que as empresas
possuam documentos como política de saúde e segurança, procedimentos para
identificação de riscos, ferramentas de tratativa para desvios, acidentes ou falhas nos
processos, além da implementação de medidas de controle relacionadas aos riscos
identificados. (BSI, 2007) (LO et al., 2014)
A interação do ciclo PDCA com os requisitos da OHSAS 18001 é fundamental
para a melhoria contínua do sistema de SST. Esta característica garante que ações
serão geradas para corrigir falhas do sistema e buscar evitar a reincidência. Para os
clientes, a melhoria contínua dos processos de SST representam como um
compromisso da empresa a favor da proteção dos seus colaboradores. A
representação do ciclo com os requisitos da norma OHSAS 18001:2007 pode ser
analisada na figura 2:
em 2013, que seria responsável pelo início dos estudos que originaram a ISO
45001:2018. (BSI, 2017)
sistema de gestão. As normas ISO 9001 foi revisada em 1994, 2000, 2008 e 2015,
enquanto a norma ISO 14001 em 2004, 2009 e 2015. As últimas atualizações, feitas
em 2015, apresentam as suas estruturas baseadas no Anexo SL, ou estrutura de alto
nível, diretriz da ISO para padronização de termos e de estruturas das normas.
Enquanto as empresas utilizavam a OHSAS 18001, a ISO identificou, junto aos
organismos internacionais de padronização, a necessidade de uma atualização no
sistema de gestão de saúde e segurança no trabalho. A última versão da OHSAS
18001, revisada em 2007, já apresentava características estruturais bem semelhantes
às normas da ISO. Juntas, as três normas internacionais vinham sendo amplamente
utilizadas como base do Sistema de Gestão Integrado de diversas empresas. O
Comitê Técnico para criação da ISO 45001:2018, substituta da norma OHSAS, foi
instituído em 2013, quando se iniciou o processo de criação, revisão e validação da
norma.
A ISO possui diretrizes relacionadas à criação das normas, todas devem seguir
as etapas determinadas pela instituição, que são separados em seis etapas: proposta,
preparação, comitês, consultas, aprovação e publicação. Todas elas possuem suas
sub etapas que passam por votações em todas as fases, podendo sempre retornar à
fase anterior, ser revisada ou avançar para o próximo passo. (ISO, 2017)
A ISO 45001:2018 foi oficialmente publicada no dia 12 de março de 2018. A
aprovação do projeto da norma aconteceu em outubro de 2013. A figura 3 ilustra os
momentos chave desde a aprovação do projeto até a publicação da norma:
45
A construção da norma também foi alinhada com o discurso da OIT que enfatiza
que os direitos humanos devem ser valorizados em larga escala, de acordo com
(HEMPHILL; KELLEY, 2016). Os autores apresentam a ideia de que a
responsabilidade de garantir que todos os postos de trabalho, até o fim da cadeia,
devem ser dignos e seguros e tratados de forma justa. Segundo este artigo, as
empresas restringem os suas avaliações e auditorias nas empresas chaves de
fornecimento, sem considerarem as menos significativas na cadeia de suprimentos.
Os riscos presentes nestas empresas de menor expressão não são valorizados como
nas de maior expressão, porém todo posto de trabalho deve ser tratado da mesma
47
3 METODOLOGIA DA PESQUISA
2.1 CENÁRIO ATUAL DA SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO (ILO, 2017a) (JONES, 2015) (ONU; GOVERNO
FEDERAL, 2015) (MTE, 2016) (MINISTÉRIO DA
Cenário Global FAZENDA; INSS; DATAPREV, 2013)
Cenário Nacional
2.3 GESTÃO DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO (OIT, 2001) (BSI, 2007) (VINODKUMAR; BHASI,
2011) (GRANERUD; ROCHA, 2011) (MOHAMAD et
A Evolução dos Sistemas de Gestão de SST al., 2014)(JONES, 2015) (PODGÓRSKI, 2015)
Críticas do processo de certificação de sistemas de gestão (WALTERS; WADSWORTH, 2017) (ISO, 2018a)
Vantagens do processo de certificação da OHSAS 18001
2.4 ILO OHS 2001 (OIT, 2001) (BSI, 2007) (JONES, 2015)
Requisito Tópicos
4 Contexto da Organização 8
5 Liderança e participação dos trabalhadores 16
6 Planejamento 22
7 Apoio 20
8 Operação 19
9 Avaliação de desempenho 18
10 Melhoria 10
Tabela 3: Distribuição de perguntas da Lista de Verificação
Fonte: O autor
Evidência
ISO 45001:2018 - Requisitos Tópicos Comentários Respostas
Comprobatória
0 Introdução
1 Escopo Atende Atende
Não atende
2 Referências normativas completamente parcialmente
3 Termos e definições
4 Contexto da organização
A empresa define o contexto interno e o externo em que a
organização está inserida e que influencia o seu SGSST? Ex: Em
relação à legislação, governo, clientes, concorrentes e
Compreensão da
4.1 colaboradores.
organização e seu contexto
A empresa possui um levantamento das oportunidades e das
ameaças dos fatores internos e externos que possam afetar o
SGSST?
Compreensão das
As partes interessadas foram definidas e suas expectativas são
necessidades e expectativas
4.2 levadas em consideração em todas as etapas do sistema? Estas
dos trabalhadores e outras
expectativas devem estar presentes como inputs dentro do SGSST.
partes interessadas
0 – Não atende: quando a empresa não possui nenhum item dos tópicos
ou não possui o processo relacionado àquele assunto;
1 – Atende parcialmente: quando a empresa não possui evidência
comprobatória ou possui apenas parte dos itens perguntados;
2 – Atende completamente: quando a empresa efetivamente possui
evidências que provem a resposta positiva à pergunta realizada;
1- Nome:
2- Profissão:
3- Ramo de Atuação:
4- Você considera as perguntas aplicáveis a empresas de diferentes portes?
( ) Sim ( ) Não
5- Você considera as perguntas aplicáveis a empresas de diferentes ramos de
atuação?
( ) Sim ( ) Não
6- Na sua opinião, todas as perguntas da lista são de fácil entendimento?
( ) Sim ( ) Não
56
Para cada requisito foi desenvolvido uma quantidade de tópicos suficientes que
auxiliam na análise da conformidade geral do sistema. A partir da somatória das
respostas multiplicadas pelos respectivos pesos e dividindo o resultado pela
quantidade de tópicos do requisito, foi gerada uma pontuação denominada de IDR –
Índice de Desempenho por Requisito. Este índice apresenta o nível de conformidade
de cada requisito variando entre 100 e 0, sendo 100 o valor representando a
conformidade total daquele requisito, enquanto 0 o valor absoluto de não atendimento.
Os valores intermediários representam o não atendimento total de todos os tópicos do
requisito, podendo conter alguns tópicos com atendimento parcial e/ou não
atendimento aos requisitos da norma.
Para o sistema de SST ser considerado em conformidade com a norma, todos
os requisitos devem obter nota 100, ou seja, atenderem completamente a todos os
tópicos criados na Lista de Verificação. Contudo, no cenário atual, onde a norma foi
recém-publicada e o período de transição até a substituição da OHSAS 18001:2007
vai até 2021, o método de avaliação de desempenho permitirá a identificação de
oportunidades de melhoria com os IDRs abaixo de 100. Para que o plano de ações
em busca da conformidade tenha como primeiros passos a minimização de riscos à
saúde e à segurança dos colaboradores, uma sistemática de ranqueamento dos IDR
foi desenvolvida.
Ao considerar os objetivos principais da organização ISO na publicação da
norma ISO 45001:2018 e os autores presentes nesta revisão bibliográfica, foi possível
graduar os sete requisitos aplicáveis em pesos percentuais. Por exemplo, enquanto o
requisito 6- Planejamento possui peso 20%, o requisito 9- Avaliação de desempenho
possui peso 15%, com somatória dos pesos de cada requisito totalizando 100%. Desta
forma, foi possível diferenciar ações estruturais e documentais de ações práticas e
com resultados de maior impacto na saúde e segurança dos colaboradores.
A partir desta ponderação é possível obter o IDG – Índice de Desempenho
Global, que leva em consideração a somatória dos IDRs multiplicados pelos seus
respectivos valores de ponderação estipulados. A somatória final quando resultando
em 100, significa que a locação atende a todos os tópicos de conformidade da Lista
de Verificação. O valor obtido deve ser utilizado como efeito comparativo de diferentes
locações de uma mesma empresa, viabilizando troca de boas práticas e
potencializando a melhoria contínua dos sistemas de SST das locações.
59
Para classificar os IDGs foi desenvolvida uma tabela com cinco níveis variando
entre insuficiente e muito bom. Esta classificação é importante para segregar as
locações por nível de IDG e poder elaborar os planos de ação por categoria,
simplificando a atuação rumo à conformidade em maior escala.
A figura 5 representa os passos desenvolvidos para o método proposto neste
projeto, descritos em seguida:
4 ESTUDO DE CASO
61
4.1 A EMPRESA
revisões mais recentes. Além disso, uma imensa base de dados é gerada a partir
destes sistemas e servem como fonte de desenvolvimento de novos projetos,
investigações de acidentes, oportunidades de melhoria e até treinamentos, por
exemplo.
O mercado de prestação de serviços no ramo de óleo e gás traz uma
necessidade de adaptação muito relevante devido ao grande dinamismo das
operações offshore e onshore. Em alguns casos, a empresa pode prestar diferentes
serviços com diferentes clientes ao mesmo tempo e em uma mesma locação, e isso
traz um exemplo da necessidade de consistência não apenas operacional, mas
também na saúde e segurança, já que o local de trabalho dos colaboradores varia por
cliente e tipo de serviço a ser executado. Análises de riscos dinâmicas, gerenciamento
de mudanças, regras e normas de clientes, são alguns dos itens que a organização
possui como desafio de sistematizar e garantir que seus colaboradores estejam
preparados para seguir em cada tipo e local de operação.
A locação de Macaé é a maior do Brasil e uma das maiores do mundo, com
aproximadamente 800 funcionários. O seu Sistema de Gestão de SST apresenta
algumas particularidades em relação ao sistema corporativo. Um exemplo é que
apesar da própria empresa e da maioria de seus clientes serem multinacionais com
língua inglesa como principal, a legislação brasileira e a Petrobras, maior cliente no
Brasil, exigem que os principais documentos e normas estejam sempre em português,
o que já acarreta em uma necessidade de constantes traduções dos procedimentos e
de instruções de trabalho. Além disso, a legislação brasileira possui 35 Normas
Regulamentadoras, que quando aplicável para as atividades exercidas em suas
operações, se tornam obrigações legais. Estes dois exemplos ilustram a necessidade
de adequação da locação perante ao sistema de SST global.
Anualmente, os clientes com contratos vigentes realizam auditorias de
conformidade operacional, de conformidade legal e contratual, relacionadas à SST. A
Petrobras, por exemplo, cliente de maior expressão histórica no país, exige o
atendimento de requisitos de SST para participação em licitações e para posterior
manutenção dos contratos. Um exemplo é a exigência de conformidade com a OHSAS
18001:2007. Alguns clientes exigem a certificação como condição de participação das
licitações, enquanto outros possuem sistemas de pontuação, onde a certificação do
sistema de SST conta mais pontos e a nota final do postulante a prestador de serviços
se torna mais competitiva.
63
20
6
15 8 4
3
6 13
10 5 5 8
1 3
5 2 10 3
8 7 6 6
5 4
0
4- Contexto da 5- Liderança e 6- Planejamento 7- Suporte 8- Operação 9- Avaliação de 10- Melhoria
Organização participação dos desempenho
trabalhadores
34% 35%
31%
foi elaborada uma sistemática de índice de desempenho para cada requisito e índice
de desempenho global.
multiplicado por 100, para obter um resultado inteiro. Este resultado pode ser no
máximo 200, quando todos os tópicos são classificados como “Atende
Completamente” e, no mínimo, 0 quando todos são classificados como “Não Atende’,
já que em caso de um requisito obter 100% de “Atende Completamente”, ao multiplicar
por 2 (peso da categoria “Atende Completamente”) e por 100, o resultado é 200, e
assim sucessivamente.
O IDR – Índice de Desempenho por Requisito, é obtido através da soma das
notas de cada avaliação por requisito e dividido por 2, com o objetivo de trazer a escala
do IDR entre 0 e 100. Este índice representa o desempenho dos processos do Sistema
de SST da organização naquele específico requisito, com base na ISO 45001:2018.
Quanto mais próximo de 100, mais próximo da conformidade naquele requisito a
empresa se encontra, em contrapartida, quanto mais próximo de 0, mais distante.
A partir dos cálculos dos IDR apresentados na tabela 5, fica evidente que a
empresa objeto de estudo obteve um bom resultado no requisito 4- Contexto da
Organização, enquanto apresentou baixo IDR no requisito 8- Operação.
A empresa objeto de estudo possui diversas locações no mundo. No Brasil,
além da locação de Macaé, que recentemente obteve a certificação, outras três
locações estão passando pelo processo de implementação da OHSAS 18001:2007
68
O IDG obtido pela locação da empresa objeto de foi de 50.43. Este valor
representa o desempenho do sistema de SST da empresa, com base na ISO
45001:2018 e no impacto direto de cada requisito na saúde e na segurança dos
colaboradores.
A tabela 8 foi desenvolvida para classificar o IDG obtido por cada locação de
acordo com a nota do IDG entre “Insuficiente”, “Muito baixo”, “Razoável”, “Bom” e
“Muito bom “. A classificação dos IDGs permite que empresas com diversas locações
tenham informações estratégicas que auxiliem nas tomadas de decisão sobre quais
locações seriam certificadas primeiro ou quais precisariam de planos de ação mais
robustos rumo à conformidade da norma, por exemplo.
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Evidência
ISO 45001:2018 - Requisitos Lista de Verificação Comentários Respostas
Comprobatória
0 Introdução
1 Escopo Atende Atende
Não
completame parcialmen
2 Referências normativas atende
nte te
3 Termos e definições
4 Contexto da organização
A empresa define o contexto interno e o
Manual SGI - O contexto da organização deve ser melhor definido, a partir de uma
externo em que a organização está inserida e
Entendendo a análise mais profunda sobre os benchmarkings do mercado, citando
que influencia o seu SGSST? Ex: Em relação à X
Organização e seu os maiores concorrentes, caracterizando os principais clientes e
legislação, governo, clientes, concorrentes e
contexto trazendo explicações sobre os perfis de colaboradores da empresa.
colaboradores.
Compreensão da
4.1 organização e seu A matriz SWOT deveria contemplar itens alinhados aos objetivos
contexto A empresa possui um levantamento das estratégicos da organização e levar em consideração o ambiente
oportunidades e das ameaças dos fatores Manual SGI - interno e externo característico da locação. Para elaboração desta
X
internos e externos que possam afetar o Matriz SWOT matriz um time multifuncional deveria ser instituído. Qual é a
SGSST? metodologia de revisão da SWOT? É necessária uma revisão periódica
da SWOT, de forma a mantê-la condizente com a realidade.
O SGSST está alinhado com a missão, com os A empresa não possui uma missão coorporativa, assim o time de SST
N/A X
valores e os objetivos da companhia? Brasil elaborou uma missão e uma visão específica para a sua locação.
A gerência possui ferramentas que garantem a Apesar da empresa possuir um sistema que trata destes assuntos, não
participação ativa dos colaboradores na N/A foi encontrado como este papel é desempenhado pelos X
melhoria do SGSST? colaboradores e nem como eles o fazem.
A gerência atua diretamente nos planos de Sim, utilizando a metodologia de planos de ação e a sistemática de
ação de melhorias das condições de trabalho N/A cobrança de prazos que a empresa possui. Contudo, esta sistemática X
apontados pelos colaboradores? não foi encontrada nos documentos do sistema de gestão.
83
Identificação de perigo
6.1.2 e avaliação de riscos e
oportunidades
Manual SGI -
Ações para
Existe um método para identificação de riscos? N/A X
6.1.2. abordar riscos e
Identificação de perigo oportunidades
1
Os colaboradores são treinados para
N/A N/A X
identificarem os riscos de suas atividades?
85
Manual SGI -
Identificação de
O local de trabalho possui análises de riscos e perigods,
Falta informar como os visitantes e os terceirizados da unidade são
instrui todos os visitantes, terceirizados e avaliação de X
informados dos riscos que estão expostos na locação.
colaboradores sobre os mesmos? riscos e
determinação de
controles
Quando há cortes de equipe, redução de
operações ou mudanças no alinhamento
estratégico da coorporação, os riscos
N/A N/A X
relacionados às atividades são reavaliados, no
sentido de identificar riscos potencializados
devido às mudanças ocorridas?
Procedimento de
Gerenciamento
Todas as potenciais emergências decorrentes
de Perigos e
das atividades executadas e os locais onde são N/A X
Riscos da Saúde e
executados são mapeadas e documentadas?
Segurança no
Trabalho
Procedimento de
Gerenciamento
O histórico de acidentes e seus tipos são
de Perigos e
levados em consideração na identificação dos N/A X
Riscos da Saúde e
riscos?
Segurança no
Trabalho
Avaliação dos riscos de
6.1.2. SST e outros riscos para
Perguntas já realizadas em outros tópicos
2 o sistema de gestão de
SST
86
Todos os níveis hierárquicos possuem metas de Quadro de O quadro de Objetivos e Metas não apresenta estratificação por
6.2.1 Objetivos de SST X
SST a serem atingidas? Objetivo e Metas função e o desdobramento das metas para cada cargo.
87
Os objetivos levam em consideração os riscos e Não existe vinculação dos objetivos com riscos e oportunidades
as oportunidades de melhoria na mitigação dos N/A levantadas pelos colaboradores em relação às suas atividades. Os X
riscos das atividades? objetivos e metas são relacionados apenas à política.
Os objetivos possuem planos de ação
Planejamento para De acordo com o manual, os planos de ação são inseridos no sistema
documentados com prazos, responsáveis, Quadro de
6.2.2 atingir os objetivos de online quando os objetivos não são alcançados. Não existe análise de X
metas e um planejamento detalhado para Objetivo e Metas
SST eficácia dos planos de ação.
serem alcançados?
7 Suporte
A empresa garante os recursos necessários
para a execução de todas as atividades de
Manual SGI -
7.1 Recursos forma segura? Recursos de infra-estrutura, de N/A X
Recursos
equipamentos, de pessoal e de tecnologia
devem ser considerados.
Os colaboradores (próprios e terceiros) são Procedimento de
Falta inserir a necessidade dos treinamentos dos terceirizados. Estes
capacitados e retreinados para avaliarem os Treinamento,
poderiam estar inclusos em uma coluna da matriz de treinamento, X
riscos e realizarem atividades de forma segura, Competência e
com o mínimo necessário para desempenhar suas funções.
de acordo com as suas funções? Conscientização
Procedimento de
Os colaboradores são retreinados
Treinamento, O treinamento de Análise de Riscos deveria ser realizado
sazonalmente nos principais treinamentos de X
Competência e sazonalmente e não ser permanente.
analises de riscos?
Conscientização
88
Os colaboradores são informados dos A Parada de Segurança e os Diálogos Diários de Segurança são as
acidentes e suas causas quando relacionados ferramentas utilizadas para informar os acidentes para cada setor. Os
7.3 Conscientização N/A X
às atividades que exercem para documentos do Sistema de SST não apresentam como os acidentes
conscientização? são passados no processo de conscientização dos colaboradores.
Informação
7.5
documentada
89
7.5.1 Generalidades
Procedimento de
Os documentos criados pela empresa possuem
Controle de
número de referência, versão e informações N/A X
Informações
como data última revisão e aprovadores?
Documentadas
Não foi encontrada a lista de controle de registros, citada no
procedimento, e nenhum registro de documentos e versões
A empresa possui um processo que garante
obsoletas. Os documentos obsoletos armazenados no servidor devem
7.5.2 Criação e atualização que os documentos obsoletos não são N/A X
conter uma observação no corpo do documento, para evitar que
utilizados pelos colaboradores?
sejam impressos e utilizados obsoletos. A forma de armazenamento
dos documentos também deve ser informada.
Procedimento de
Os documentos relacionados às análises de Controle de
N/A X
risco são revisados com frequência definida? Informações
Documentadas
Existe uma reunião da alta direção com o foco A reunião de Análise Crítica é apresentada no manual, porém não é
de realizar o planejamento anual dos objetivos detalhada sobre os assuntos que esta deve abordar. A empresa já
Manual SGI -
de SST, campanhas e programas a serem possui uma reunião sazonal da equipe de SST que define estes X
Planejamento e Análise Crítica
8.1 abordados e novos treinamentos a serem tópicos, esta reunião pode ser citada no procedimento e apresentada
controle operacional incluídos? como fonte de revisões documentais e planejamento de SST.
Esta reunião utiliza como base os resultados Não é apresentada nenhuma informação sobre a revisão do plano de
N/A X
históricos e os objetivos estratégicos de SST? ações anterior nas reuniões de Análise Crítica no Manual.
8.1.1 Generalidades
Com o objetivo de tornar as tarefas com o
menor risco possível, são implementadas ações Procedimento
que visem reduzir o risco até a última Gerenciamento
Eliminar perigos e instância? Considerando a hierarquia: 1- de Perigos e
8.1.2 Não está clara a informação sobre como exercer isso na prática. X
reduzir riscos de SST Eliminar o risco, 2- substituir a atividade por Riscos da Saúde e
uma mais segura, 3- melhorias na engenharia Segurança no
dos processos, 4- controles operacionais e 5- Trabalho
Uso de EPIs.
Existe um processo definido para o Padrão de Gestão
Falta citar este procedimento com mais clareza no manual. X
gerenciamento de mudanças? de Mudanças
A empresa possui procedimentos de resposta à O procedimento de resposta à emergências, não entra em detalhes
N/A X
emergência em suas unidades de serviço? de como são realizados e evidenciados.
9.1.1 Generalidades
Este processo possui atualização constante e Falta uma citação sobre os requisitos do cliente/outros requisitos.
Procedimento de
planos de ação que auxiliem a empresa a Falta explicar como os outros requisitos são cumpridos pela
Requisitos X
cumprir todos os requisitos legais e os outros companhia, como as exigências pontuais de cada cliente, por
Aplicáveis
requisitos? exemplo.
Quando encontrados pontos de não
Procedimento de
conformidade, a empresa cria planos de ação
Requisitos N/A X
com prazo, responsável e análises de eficácia
Aplicáveis
para garantia do cumprimento legal?
Programa de O procedimento não deixa claro qual fluxo cada tipo de auditoria deve
O resultado da auditoria é apresentado para a
Inspeção e seguir, se seus resultados devem ser apresentados aos gestores da X
direção e para os colaboradores?
Auditoria Interna área ou aos diretores, por exemplo.
10.1 Generalidades