CAPÍTULO 06

INTRODUÇÃO
- Os princípios metodológicos foram desenvolvidos por Boas e Malinowski,
contudo esse autores não legaram um corpus teórico à Antropologia. Durkheim e Mauss,
pensadores da Escola Sociológica Francesa foram os responsáveis pela base teórica.
- As representações mentais eram produto da coletividade social, e não de
ordem individual. Desse modo, a classificação não seria um atributo inato, mas sim advinda
de processos sociais complexos.
- Categorias aristotélicas: Durkheim retoma a ideia do filósofo tentando
explicar a origem social das categorias do pensamento. Para isso, constrói dialeticamente sua
teoria, a partir de outras duas: apriorismo que defende que o pensamento precede a
experiência, sendo as categorias inatas e o empirismo que postula que as categorias são
oriundas da experiência individual. Na Escola Sociológica Francesa, as categorias são
construções sociais. Extraí desta síntese que as categorias possuem um caráter externo,
advindo da experiência e sua indica sua origem remontando às sociedades concretas pensadas
como totalidades. Dessa feita, as categorias passam a ser ilustradas como “representações
coletivas”.
- A sociedade precede o homem. Os fatos sociais só podem ser explicados por
outros fatos sociais e não por motivações individuais.
- Marcel Mauss: advoga a autonomia da vida social, irredutível ao plano da
individualidade. Concebe a independência da disciplina antropológica da Sociologia.
- Morfologia Social: análise da estrutura social, a forma que cada sociedade
assume no tempo e no espaço. Ocupa-se do substrato social e de seus tipos.
- Simbolismo: representações sociais ou coletivas, categorias do pensamento
que os indivíduos de uma sociedade apreende a realidade do mundo e as formas de
transmissão dessa apreensão.
- Radcliffe-Brown: funcionalismo britânico, focado nas estruturas da
sociedade, ou seja, as relações das posições sociais dos homens dentro de uma sociedade que
permita o seu funcionamento.
- Os pensadores da L’Année Sociologique buscam o entendimento dos
símbolos que constroem as sociedades (material e psicológico).
- Fato social total (Mauss): afirma que todo fato social é parte de uma
totalidade, isto é, este fato faz parte de um conjunto social, dentro de uma especificidade em
uma sociedade. Evidencia o caráter total e concreto da realidade social. Assim, cabe à
Antropologia apreender essa totalidade.
 - Nota-se um rompimento da ótica metafísica das ciências sociais no
pensamento de Mauss. O social possui duas facetas uma dependente e outra independente,
que se conjugam para formar o todo, ou seja, manifestações dos grupos sociais.