Вы находитесь на странице: 1из 35

A SOCIOLOGIA

DA EDUCAÇÃO
DE
PIERRE BOURDIEU
(1930-2002)
Relembrando a análise da relação
entre indivíduo e sociedade.
Para MARX – o foco recai sobre os
indivíduos inseridos nas classes sociais e as
contradições e conflitos entre elas.

Para DURKHEIM – o fundamental é a


integração dos indivíduos na sociedade.

Para WEBER – os indivíduos e o sentido de


suas ações são os elementos constitutivos da
sociedade.
Pierre Bourdieu
e os esquemas reprodutores
O francês Pierre
Bourdieu
empreendeu uma
investigação
sociológica do
conhecimento que
detectou um jogo
de dominação e
reprodução de
valores. 
O pensamento de Durkheim serviu de base e
ofereceu os métodos fundamentais para a
construção de uma sociologia da educação
muito influente ao longo do século XX.

Um dos mais importantes sociólogos a


analisar a educação contemporânea sob a
influencia do modelo de Durkheim foi o
francês Pierre Bourdieu.
Embora a maioria dos grandes pensadores
da educação tenha desenvolvido suas
teorias com base numa visão crítica da
escola, somente na segunda metade do
século XX surgiram questionamentos bem
fundamentados sobre a neutralidade da
instituição.
Para levar a cabo a ambição de Durkheim de
unificar as ciências humanas em torno da
sociologia, Bourdieu introduziu uma síntese
teórica entre o modelo durkheimiano e o
estruturalismo.

O estruturalismo se conecta à sociologia de


Durkheim na medida em que pretende
desvendar justamente o peso das estruturas
sociais por trás das ações dos sujeitos.
É uma visão mais radical do modelo de
Durkheim, que leva às últimas consequências
o ponto de partida segundo o qual os
indivíduos estão submetidos ao controle das
estruturas da sociedade.

Para Bourdieu, os sujeitos sociais são vistos


como uma espécie de marionetes das
estruturas dominantes, onde os indivíduos,
em sua ação, apenas reproduzem as
orientações determinadas pela estrutura
social vigente.
Segundo Bourdieu, os agentes sociais,
mesmo aqueles que pensam estar liberados
das determinações sociais, são na verdade
movidos por “forças ocultas”, que os
estimulam a agir, mesmo que não tenham
consciência disso.

São essas “condições objetivas” que o


investigador deve desvendar, pois nelas é que
residem as explicações.

Os sujeitos da ação estão ausentes daquele


nível da sociedade em que são objetivamente
determinadas as suas ações.
O sujeito de fato não existe. O que
chamamos de ação, para Bourdieu, é na
verdade o processo pelo qual as estruturas se
reproduzem.

O sujeito está simplesmente submetido aos


desígnios, faz o que suas estruturas
determinam, não sabe disso e ainda é iludido
pelos discursos dominantes, que o fazem
pensar que sua ação é resultado de vontade
própria.
Teoria da reprodução das
desigualdades sociais por meio da
educação
Como as desigualdades de desempenho na
escola não representavam diferenças em
relação à capacidade dos alunos, mas se
constituíam em uma expressão das
desigualdades sociais e culturais vivenciadas
fora da escola.
Pierre Bourdieu propôs o estudo da ação
pedagógica na busca do desenvolvimento
daqueles mecanismos muitas vezes ocultos
de imposição da dominação simbólica, mas
que legitimam a reprodução das hierarquias
que estruturam a ordem social e para ela
contribuem.
Para Bourdieu, a sociologia no proporciona a
apreender o senso prático em ação dentro da
própria atividade de teorização.

Bourdieu define que a


reprodução da ordem
social se explica pelas
múltiplas estratégias
de reprodução que
os diferentes agentes
sociais colocam em
ação para manter ou
melhorar a sua posição
social.
Nessa lógica, a escola é vista como um
excelente domínio da reprodução
social e de legitimação da
desigualdades sociais.
Para Bourdieu, o sistema escola, em vez de
ser considerado um fator de mobilidade
social, na realidade desempenha a função
contrária, ou seja, é um dos mais eficazes
fatores de conservação social, pois legitima
as desigualdades sociais e sanciona a herança
cultural como dom social e natural.
Até ali a instrução era vista como um meio de
elevação cultural mais ou menos à parte das
tensões sociais.

Para Bourdieu o sistema escolar, em vez de


oferecer acesso democrático de uma
competência cultural específica para todos,
tende a reforçar as distinções de capital
cultural de seu público.
A estrutura social é apresentada por
Bourdieu como um sistema hierarquizado de
poder e privilégio, determinado tanto pelas
relações materiais e/ou econômicas (salário,
renda) como pelas relações simbólicas
(status) e/ou culturais (escolarização) entre
os indivíduos.

Dessa forma, a diferente localização dos


grupos nessa estrutura social deriva da
desigual distribuição de recursos e poderes
de cada um de nós. 
Por recursos ou poderes, Bourdieu entende
o capital econômico (renda, salários,
imóveis), o capital cultural (saberes e
conhecimentos reconhecidos por diplomas e
títulos), o capital social (relações sociais que
podem ser revertidas em capital, relações
que podem ser capitalizadas) e o capital
simbólico (o que vulgarmente chamamos
prestígio e/ou honra). 
Agindo dessa forma, o sistema escolar
limitaria o acesso e o pleno aproveitamento
dos indivíduos pertencentes às famílias
menos escolarizadas, pois cobraria deles os
que eles não têm, ou seja, um conhecimento
cultural anterior, aquele necessário para se
realizar a contento o processo de
transmissão de uma cultura culta.
Essa cobrança escolar foi denominada por
ele como uma violência simbólica, pois
imporia o reconhecimento e a legitimidade
de uma única forma de cultura,
desconsiderando e inferiorizando a cultura
dos segmentos populares.
Para Bourdieu, a escola é um espaço de
reprodução de estruturas sociais e de
transferência de capitais de uma geração
para outra.

É nela que o legado econômico da família


transforma-se em capital cultural e está
diretamente relacionado ao desempenho dos
alunos na sala de aula.

Eles tendem a ser julgados pela quantidade e


pela qualidade do conhecimento que já
trazem de casa, além de várias “heranças”,
como a postura corporal e a habilidade de
falar em público.
Os próprios estudantes mais pobres acabam
encarando a trajetória dos bem-sucedidos
como resultante de um esforço
recompensado.

Uma mostra dos mecanismos de


perpetuação da desigualdade está no fato,
facilmente verificável, de que a frustração
com o fracasso escolar leva muitos alunos e
suas famílias a investir menos esforços no
aprendizado formal, desenhando um círculo
que se auto alimenta.
Bourdieu previa a possibilidade de superar
essa situação se as escolas deixassem de
supor a bagagem cultural que os alunos
trazem de casa e partissem do zero.

Mas, com o passar do tempo, o pessimismo


foi crescendo na obra do sociólogo: a
competição escolar passou a ser vista como
incontornável.
PARA PENSAR
1. Qual a relação entre capital cultural e cultura
escolar, segundo Bourdieu?

2. Segundo a teoria da reprodução de Bourdieu, por


meio de quais mecanismos o sistema de ensino
contribui para a legitimação das desigualdades entre
as classes sociais?

3. Cite fatos e relações da sua experiência escolar,


aos quais as análises de Bourdieu sobre a escola
podem ser aplicadas. Em caso negativo, justifique as
razões de não ser possível aplicá-las.

Вам также может понравиться